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Ensino a Distância
(EAD)
Ensino possui três componentes:
Quem ensina
Quem aprende
O que se ensina/aprende
Conceitos envolvidos
Educação - Conjunto de normas
pedagógicas que visam o desenvolvimento
geral do corpo e do espírito. É a construção
da identidade do indivíduo.
Ensino - Instrução.
Aprendizagem - Ato ou efeito de aprender.
EAD - Definição
Ensino a distância é o processo
de ensino-aprendizagem,
mediado por tecnologias,
onde professores e alunos
estão separados
espacial e/ou temporalmente.
EAD
História
• Escrita – A escrita é a primeira
tecnologia em massa na área de EAD.
• Escrita - Com o livro o alcance do EAD
aumentou significativamente em relação à
carta.
• Escrita - O livro impresso aumentou
exponencialmente o alcance do EAD.
• Rádio - Permitiu que o som fosse levado a
localidades remotas. Assim, a parte sonora de
uma aula pode, com o rádio, ser “remotizada”.
• Televisão - Permitiu que a imagem fosse,
junto com o som, levada a localidades remotas.
Assim, agora uma aula englobando todos os seus
componentes audiovisuais, pode ser remotizada.
• Computador - Permitiu que o texto fosse
enviado junto com som e imagem.
• Realidade Virtual - Permitirá a vivência
do processo de ensino.
Primeiros
exemplos de EAD
• Cartas de Platão
• Epístolas de São Paulo
uu
• Curso de taquigrafia por correspondência
nos Estados Unidos em 1728, e em 1840, na
Inglaterra
uu
• Outros cursos por
correspondência,
no início do século XX,
na Rússia e nos EUA.
Mas o verdadeiro salto dá-se a partir de
meados dos anos 60 com a institucionalização
de várias ações nos campos da educação
secundária e superior, começando pela
Europa.
Ensino Secundário:
Hermods NKI Skolen - Suécia;
Radio ECCA - llhas Canárias;
Air Correspondence High School - Coréia do
Sul; Schools of the Air - Austrália;
Telesecundária - México;
National Extension College - Reino Unido.
Ensino Universitário:
Open University - Reino Unido;
FernUniversitat - Alemanha;
Indira Gandhi National Open University - India;
Universidade Estatal a Distância - Costa Rica
Universidade Nacional Aberta - Venezuela;
Universidade Nacional de Educação a Distância -
Espanha;
Sistema de Educação a Distância - Colômbia;
Universidade de Athabasca - Canadá;
Universidade para Todos os Homens - China.
Atualmente mais de 80 países,
nos cinco continentes,
adotam a EAD em todos os níveis,
em sistemas de ensino formais ou não,
atendendo a milhões de estudantes.
A EAD tem sido largamente usada para
treinamento e aperfeiçoamento de professores
em serviço, como é o caso do México,
Tanzânia, Nigéria, Angola e Moçambique.
Hoje é crescente o número de instituições
e empresas que desenvolvem programas
de treinamento de recursos humanos através da
EAD.
Na Alemanha, o elevado índice de produtividade,
está relacionado diretamente aos investimentos
em treinamento e reciclagem.
Na Europa, se investe de forma acelerada,
em EAD, para o treinamento de pessoal
na área financeira, resultando em maior
produtividade e redução de custos.
EAD no Brasil
O Instituto Universal Brasileiro, iniciado em
1940, parece ser a instituição
mais antiga a manter cursos por
correspondência.
Até a década de 50, o
Brasil não possuía
iniciativas para reduzir o
índice de analfabetismo do
país que era de 50,5%.
Nordeste.
Em 1961, foi criado o MEB
(Movimento de Educação de Base),
uma iniciativa da CNBB, com apoio da
presidência da República, cuja preocupação
básica era alfabetizar milhares de jovens e
adultos através das "escolas radiofônicas",
principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Nessa mesma década, índice de
analfabetismo caiu para 39,6%.
A repressão política que se seguiu ao golpe de
1964 desmantelou o projeto inicial,
a proposta e os ideais de educação popular de
massa daquela instituição foram abandonados.
Na década de 70 o rádio foi usado para
transmitir programas de cursos de 1º e 2º
graus, o Projetos Madureza.
Em acordo com o MEC,
a TV Cultura produziu o 1º curso ginasial
na tevê brasileira.
Contou com uma rede de telepostos
em vários municípios paulistas,
com a finalidade de atender às necessidades
da massa de indivíduos marginalizados da
rede escolar, utilizando para tanto os recursos
propiciados pelo rádio e televisão.
Durou de 1969 a 1974.
O Projeto Minerva foi um programa de rádio
criado pelo então Serviço de Radiodifusão Educativa
do MEC, durante o regime militar,
teve por finalidade educar pessoas adultas.
Para auxiliar no aprendizado eram distribuídas
cartilhas para o ouvinte poder seguir a aula
pelo rádio.
Estrutura do projeto:
a) Recepção organizada:
Desenvolvia-se em radiopostos locais,
onde 30 a 50 alunos se reuniam,
sob a liderança de um monitor,
para ouvir a transmissão das aulas.
O radioposto funcionava em escolas, quartéis,
clubes, igrejas e outros locais.
b) Recepção controlada:
Os alunos recebiam isoladamente a
transmissão dos cursos reunindo-se semanal
ou quinzenalmente
sob a orientação do monitor,
a fim de discutir idéias e dirimir dúvidas.
 
c) Recepção isolada:
Os alunos recebiam emissões em suas casas.
Projeto Minerva pontos positivos:
a) Contribuía para renovação e o
desenvolvimento do sistema
educacional e o aumento da cultura;
b) Complementava o trabalho desenvolvido
pelo sistema regular de ensino;
c) Possibilitava a promoção da educação
continuada;
Projeto Minerva pontos positivos:
d) Dirigia a programação de acordo com o
interesse da audiência;
e) Elaborava de textos didáticos de apoio
aos programas instrutivos;
f) Avaliava os resultados.
Projeto Minerva pontos negativos:
Todas as emissoras de rádios eram
obrigadas a transmitir a sua programação
e com o passar do tempo sua atuação
ficou anacrônica.
___________________________
Transmissões duraram de 1970 até 1991.
O sucessor destes projetos é o
Projeto Telecurso 2º Grau,
sob o patrocínio da Fundação Roberto
Marinho e do MEC.
Dados, o alto custo dos investimentos e
o retorno estar sendo muito baixo,
e a razão entre
alunos que fazem as provas e
aqueles que são aprovados,
ficar em torno de 45% o telecurso foi
interrompido para reformulação.
Nos fins dos anos oitenta, a
FRM,
em conjunto com a FIESP,
iniciaram o Telecurso 2000,
com os cursos de ensino
médio,
ensino fundamental e
um profissionalizante
na área
de mecânica geral.
Metas do telecurso 2000:
1. Oferta de curso para educação de
jovens e adultos, para complementação
do ensino básico;
2. Acompanhamento dos tele-alunos
através de instrumentos sistematizados
pelos coordenadores das tele-salas;
Metas do telecurso 2000:
3. Possibilitar aos jovens a sua
continuidade na escola, sem maior
ônus para sua locomoção entre cidades
e municípios;
4. Fornecer a certificação de conclusão
de 1º e 2º graus, permitindo a
continuidade de estudos;
Metas do telecurso 2000:
5. Promover a integração do projeto
político-pedagógico das unidades
escolares de extensão;
6. Garantir formação continuada e
capacitação aos professores
(monitores) das tele-salas.
Novo Telecurso é o Telecurso 2000,
que também está sendo atualizado.
O programa é uma parceira da Fundação
Roberto Marinho com o Sistema FIESP.
EAD
Possibilidades de atuação
• Democratização do saber
• Formação e capacitação profissional
• Capacitação e atualização de
professores
• Educação aberta e continuada
• Educação para a cidadania
EAD
Justificativas
• Há quem pressuponha que EAD não difere
muito do ensino presencial.
• Há aqueles que vêm vantagens no EAD: maior
alcance, razão custo/benefício, flexibilidade (tanto
para professores quanto para os alunos),
acreditam na possibilidade de personalização
do EAD em nível tal que chegue até a
individualização.
• Há aqueles que vêem na EAD, a perde da
dimensão pessoal, que se não necessária ao
ensino em si, é essencial ao ensino eficaz.
Na comunicação presencial, "olho no olho", pode-se
facilmente detectar as nuances:
 Da expressão sonora não verbal - o tom, o timbre e o
volume da voz, o ritmo da fala, as pausas, as ênfases
sutis.
 Da postura - a posição das mãos, dos braços e das
pernas a possibilidade de contato físico, etc.
 Da linguagem corporal - especialmente as expressões
faciais, nas quais o olhar talvez seja a característica
mais significativa.
Isso tudo torna mais eficaz o ensino
do que a comunicação remota,
ainda que se faça uso de todos os
recursos
que as tecnologias atuais colocam à
nossa disposição.
Por outro lado, a mera contigüidade
espaço-temporal não garante
que um relacionamento seja pessoal.
As classes grandes levam a um
relacionamento extremamente impessoal,
apesar da proximidade, no espaço e no
tempo
Muitas vezes, nesses contextos,
o professor nem sequer sabe o nome de seus
alunos, e desconhece totalmente
as suas características individuais,
que são extremamente relevantes
para um ensino eficaz.
EAD
Vantagens
ALCANCE
RAZÃO CUSTO/BENEFÍCIO
FLEXIBILIDADE
PERSONALIZAÇÃO E INDIVIDUALIZAÇÃO
O modelo de educação contemporâneo
é calcado no ensino,
modelo criado para a sociedade industrial
(onde a produção em massa é essencial),
mas não se adapta bem à sociedade
da informação e do conhecimento,
na verdade é um obstáculo a ela .
O modelo calcado no ensino está
ultrapassado.
O ensino é uma atividade que envolve
o professor, o aluno e o conteúdo.
A escola prioriza o conteúdo,
é "conteúdo-cêntrica“,
e por causa disso,
"magistro-cêntrica",
contudo a tendência está voltada à
flexibilidade, necessidades, interesses,
estilo e ritmo de aprendizagem
de cada aluno,
é "mateto-cêntrica", isto é,
centrada no aluno.
Na escola o ambiente de aprendizagem é
totalmente estruturado e padronizado,
(linha de montagem):
Todos começam na mesma hora,
assistem aula,
na seqüência pré-especificada (a ementa),
num horário imposto.
Param na mesma hora,
e não tem liberdade para escolher o que fazer
e quando.
Não leva em conta as diferenças individuais
de interesse, motivação, aptidão,
capacidade, estilo e ritmo de
aprendizagem.
Para poder colocar na sociedade um
"produto padronizado"
a tende-se a concentrar a atenção
no "aluno médio",
negligenciando tanto os mais fracos
como os mais fortes!
Os alunos melhores são os mais
prejudicados,
porque mais importante do que produzir
alunos excepcionalmente bons,
é evitar que sejam colocados no mercado de
trabalho
"produtos defeituosos".
O que não funciona mais,
no ensino de hoje,
não é o seu caráter presencial.
O fato de que o professor está
lá é, em si, bom, pois o
professor é capaz
de perceber que os alunos
são diferentes, têm
necessidades, interesses,
aptidões, e capacidades
diferentes, aprendem em
estilos e ritmos distintos.
Não sabe-se resolver o problema
de um professor com 50
ou mais alunos na classe,
que deve cumprir um programa curricular
padronizado e obrigatório,
com o coordenado e/ou diretor cobrando
resultados,
tendo de atender aos alunos lentos demais,
sem deixar que os alunos médios
e os rápidos demais,
se tornem desatentos e desinteressados
ou perturbem a aula com a conversa.
É o modelo que não funciona mais.
É necessário um novo modelo de ensino
presencial.
Flexibilidade nos horários de atendimento.
Poderia se implementar o atendimento
pessoal e individualizado no horário
mais conveniente ao aluno.
Isso é possível, desde que se centre o ensino
na aprendizagem, isto é,
no aluno.
A flexibilidade no horário de atendimento
parece ser facilmente alcançável pelo EAD,
pois os alunos não precisam,
estar todos juntos, num mesmo local,
ao mesmo tempo.
Apesar de que no caso de atividades,
como chats e vídeo-conferências,
exige-se a presença de todos,
num mesmo horário, em locais nos quais
possam ter acesso a tecnologia,
que lhes permita participar das atividades.
Contudo, os programas de EAD hoje
existentes são predominantemente
padronizados.
Tão padronizados quanto os programas de
ensino presencial, que copiam.
Sabendo que o modelo padronizado
não funciona,
nem quando o professor está presente junto
ao aluno,
como podemos esperar que,
aquilo que não funciona presencialmente
passe a funcionar remotamente?
Milhares de cursos a
distância são oferecidos,
por 850 instituições
de ensino superior,
nos Estados Unidos e
Canadá.
Todos, sem exceção, são
tentativas de ministrar,
remotamente,
cursos absolutamente
idênticos aos ministrados
presencialmente.
As regras são absolutamente as mesmas:
O aluno precisa se matricular em um curso
específico,
pagar uma taxa entre 100 a 500 dólares por
crédito,
ficar matriculado durante um certo tempo (mais
ou menos um semestre),
ler materiais escritos
(que em regra, não foram estruturados para leitura
on-line, seguindo o modelo hipertexto),
discuti-los com o professor e os colegas
(por e-mail ou chat).
Submeter trabalhos (papers),
fazer provas,
e, ao final,
receber uma nota,
que determina se ele foi aprovado ou não.
Se foi aprovado, recebe um certificado ou um
diploma.
Em algumas universidades o diploma
fornecido, não menciona o fato
de que o curso foi feito a distância.
Esses cursos não oferecem nem vantagens de
custo.
Alguns MBAs, requerem no mínimo
48 créditos a 500 dólares por crédito
(total 24 mil dólares), outros de até 50.000.
A única variável diferente é a “virtualização”, no
resto o modelo é exatamente o mesmo.
É necessário procurar um modelo diferente.
Mas qual será o modelo de aprendizagem
que vai caracterizar a sociedade da
informação e do conhecimento?
Vamos ter que inventar um outro modelo,
começando a partir do que existe e seguindo
gradualmente até chegar a um modelo
diferente.
Esse modelo, provavelmente, não será
calcado no ensino, presencial ou remoto: será
calcado na aprendizagem.
Conseqüentemente,
não será um modelo de EAD,
mas provavelmente,
um modelo de Aprendizagem Mediada
pela Tecnologia.
Um modelo de ensino calcado na tecnologia,
será tipicamente
mateto-cêntrico, centrado no aluno,
em suas necessidades,
em seus interesses,
em seu estilo e
ritmo de aprendizagem.
Quem quiser participar desse processo terá
que disponibilizar, não cursos convencionais
ministrados a distância,
mas sim, ambientes ricos em possibilidades
de aprendizagem.
A Internet e a Web, ou seus sucedâneos,
certamente terão um papel fundamental
nesse processo.
Características
da educação superior
a distância
a) População estudantil relativamente
dispersa,
devido a razões de posição geográfica,
condições de emprego,
incapacidade física, etc;
b) População estudantil
predominantemente adulta,
que apresenta peculiaridades
que justificam enfoques educativos
adultos.
c) Cursos que pretendem ser
auto-instrucionais,
mediante a elaboração de materiais para
o estudo independente,
contendo objetivos claros,
auto-avaliações,
exercícios,
atividades e
textos complementares.
Estes cursos podem ser auto-suficientes e
constituir-se em guia para o estudo
de um conjunto de outros textos,
fomentando a capacidade
de observação e crítica e
o pluralismo de idéias,
aspectos especialmente valiosos
nos estudos universitários;
d) Cursos pré-produzidos,
que geralmente usam de forma
predominante textos impressos,
mas combinando-os com uma ampla
variedade de outros meios e
recursos tais como:
suplementos de periódicos e revistas,
livros adicionais,
rádio e televisão educativos em circuito
aberto ou fechado,
filmes, computadores,
vídeo-discos,
vídeo-textos,
comunicações mediante telefone,
rádio e satélite,
kits portáteis para testes, etc.
Esses cursos se caracterizam pela
centralização da produção, e
descentralização da aprendizagem;
e) Comunicações de massas,
uma vez que os cursos estejam
preparados,
é possível,
conveniente e
economicamente vantajoso;
f) Comunicações organizadas
em duas direções,
que se produzem entre os estudantes e o
centro produtor dos cursos.
Esta comunicação se cumpre mediante
tutorias,
orientações,
observações sobre trabalhos e ensaios
realizados pelo estudante,
auto-avaliações e
avaliações finais.
O meio principal de comunicação é a
palavra escrita, entretanto usa-se com
frequência o telefone,
o rádio e
reuniões entre tutor e aluno ou
com pequenos grupos;
g) Estudo individualizado, sem pretender
que ele seja uma característica exclusiva
desta forma de ensino.
Contudo, "aprender a aprender" constitui
um recurso especialmente importante
para o estudante a distância;
h) Crescente utilização da "Nova
Tecnologia Informativa", afirma que a
informação não é educação, mas o
conhecimento,
se firma na informação.
A antiga tecnologia informativa utilizava
principalmente meios mecânicos e
elétricos para cumprir suas funções;
ao contrário, a nova tecnologia depende
mais da eletrônica e compreende três
tecnologias convergentes: computação,
microeletrônica e telecomunicações.
As possibilidades dessas novas
tecnologias para a educação a distância
são extraordinárias.
i) Custos decrescentes por estudante,
depois de elevados investimentos
iniciais e sempre e quando se
combinem uma população estudantil
numerosa com uma operação eficiente,
a educação a distância pode ser mais
barata.
Problemas Observados
No Brasil, os problemas mais significativos
que impediram o progresso e a
massificação da modalidade de
educação a distância têm sido:
- Organização de projetos piloto sem a
adequada preparação de seu
seguimento;
- Falta de critérios de avaliação dos
programas projetos;
- Inexistência de uma memória
sistematizada dos programas
desenvolvidos e das avaliações
realizadas (quando essas existiram);
- Descontinuidade dos programas sem
qualquer prestação de contas à
sociedade e mesmo aos governos e às
entidades financiadoras;
- Inexistência de estruturas
institucionalizadas para a gerência dos
projetos e a prestação de contas de
seus objetivos;
- Permanência de uma visão
administrativa e política que
desconhece os potenciais e as
exigências da educação a distância,
fazendo com que essa área sempre
seja administrada por pessoal sem a
necessária qualificação técnica e
profissional;
- Programas pouco vinculados às
necessidades reais do país e
organizados sem qualquer vinculação
exata com programas de governo;
- Critérios de avaliação dos conteúdos
ministrados ineficientes, permitindo a
formação de profissionais deficientes;
- Conteúdo dos cursos oferecidos
insuficiente;
EAD na UFPr
Graduação
 Administração Pública;
 Pedagogia com habilitação para
Magistério da
Educação Infantil e
Séries Iniciais do
Ensino Fundamental;
Extensão
 Mídias na Educação;
 Direitos Humanos;
 Gênero e Diversidade na Escola;
 Educação de Jovens e Adultos;
 Educação Integral e Integrada;
 Educação Étnico raciais.
Especializações
 Mídias na Educação;
 Saúde para professores do ensino fundamental e
médio;
 Especialização em Genética;
 Educação em Direitos Humanos;
 Educação para a Diversidade com ênfase em
educação Ambiental;
 Educação do Campo;
 Gestão em Saúde,
 Gestão Pública,
 Gestão Pública Municipal;
 Ciências
 Filosofia
Programa de atualização e
capacitação continuada
 Educação a Distância: história,
concepções e modelos;
 Produção de Material para a EaD;
 Metodologia de Ensino Superior;
 Elaboração de projetos para EaD;
 Formação de Tutores para a EaD ;
 Produção de Audiovisual para a EaD;
 E-learning;
 Moodle na prática docente;
 Moodle na prática tutorial;
Cursos de Aperfeiçoamento
 Capacitação para Tutores em EAD
 Cursos PACC (Programa Anual de Capacitação Continuada)
 Educação Ambiental
 Educação de Jovens e Adultos
 Educação Integral e Integrada
 Educação para Relações Étnico-Raciais
Tecnologia Necessária
para a EAD
Infra-estrutura mínima
 Alunos e professores precisam ter acesso à
Internet, de preferência com banda larga. Uma
conexão à Internet2.
A alta velocidade da Internet2 possibilita, a
realização de videoconferências com boa
qualidade de vídeo.
 Os computadores da instituição,
dos laboratórios aos setores administrativos,
precisam estar conectados em rede, e ligados
a servidores.
 Os usuários (alunos, professores e
funcionários) precisam ser possuidores de
conta (login) de acesso ao sistema,
de área de trabalho em disco virtual,
e endereço de correio eletrônico.
Suporte pedagógico
Fóruns de discussão: recurso de comunicação
que possibilita a organização das discussões
por assunto, por disciplina, por curso, por
turma, por grupo etc.;
Salas de bate-papo virtual (chat): sala virtual
para encontros e trocas de mensagens,
podendo ser de texto, voz ou vídeo;
Material didático: textos especialmente
produzidos para leitura online. Disponibilização
ao aluno todos os livros da biblioteca de forma
on-line;
Área para publicação de trabalhos de alunos:
permite que um ou mais usuários
compartilhem a tela, um documento ou
recursos de seus computadores;
Quadro de avisos: local onde todos os
participantes do processo tem acesso as
comunicações importantes;
Sistema para avaliação on-line:
Recursos para gerenciamento
da aplicação e correção de avaliações
(testes de múltipla escolha ou dissertativas),
com possibilidade de sorteio de questões e
de alternativas,
programação de horário para publicação,
controle de tempos de realização, correção
automática, e
feedback automático personalizado ao
aluno, em função de seu desempenho.
Para um EAD eficiente
é necessário:
Transformar a aula em pesquisa
e comunicação.
Aula-pesquisa, onde professor
motiva, incentiva, sensibiliza o aluno
para o valor do que se vai fazer,
para a importância de sua participação
no processo.
Aluno motivado e com participação ativa, avança
mais.
Depois da sensibilização
-verbal e audiovisual, o aluno individualmente
e/ou em pequenos grupos procura suas
informações,
-faz a sua pesquisa na Internet, em livros, em
contato com experiências significativas, com
pessoas ligadas ao tema.
Os grandes temas da matéria
são coordenados, iniciados e motivados pelo
professor,
mas pesquisados pelos alunos.
Uma parte da pesquisa pode ser feita
"ao vivo"
(juntos fisicamente, EAD semipresencial);
outras, "off line"
(cada um pesquisa no seu espaço e tempo preferidos).
Ao vivo, o professor está atento
às descobertas, às dúvidas,
ao intercâmbio das informações.
Ele ajuda, problematiza, incentiva, relaciona,
coordena as trocas.
Os alunos relatam suas descobertas,
socializam suas dúvidas,
mostram os resultados de pesquisa.
Se possível, todos recebem uma seleção dos
melhores materiais descobertos pelos alunos e
professor
(textos impressos, a disposição ou indicados em sites).
Os alunos acessam os textos,
onde aprofundam a sua leitura,
fazem novas sínteses,
colocam os problemas
que os textos suscitam,
os relacionam com a sua realidade.
Essa pesquisa é comunicada em classe
para os colegas
e o professor procura:
ajudar a contextualizar,
ampliar o universo alcançado pelos alunos,
problematizar,
descobrir novos significados no conjunto
das informações trazidas.
O conhecimento que é elaborado a partir
da própria experiência
se torna muito mais forte e definitivo.
Junto com a pesquisa coletiva, o professor
incentiva a pesquisa individual ou
projetos de grupo.
Cada aluno - pessoalmente ou em grupo -
escolhe um tema mais específico da matéria e
que é do seu interesse.
Esse tema é pesquisado com orientação
do professor.
É apresentado à classe.
Distribuído aos colegas.
Divulgado na Internet.
É importante neste processo dinâmico
de aprender pesquisando,
utilizar-se todos os recursos,
todas as técnicas possíveis
pelo professor,
instituição,
classe.
Vale a pena descobrir as competências dos
alunos,
as contribuições que podem dar ao curso
(exlética).
Não impor um projeto fechado de curso, mas
um programa com as grandes diretrizes
delineadas e onde vamos construindo
caminhos de aprendizagem em cada etapa,
estando atentos
– professor e alunos –
para avançar da forma mais rica possível
em cada momento.
O que será uma aula?
Hoje aula é um espaço e tempo
determinados.
Esse tempo e espaço cada vez serão
mais flexíveis.
O professor continua "dando aula"
quando está disponível
para receber e responder
as mensagens dos alunos,
quando cria uma lista de discussão e
alimenta os alunos com textos,
páginas da Internet,
fora do horário específico da sua aula.
Quando
tanto professores
quanto os alunos
estão motivados
e entendem a aula como
pesquisa e intercâmbio,
o ensino se efetiva.
Também é possível, oferecer cursos
predominantemente presenciais
e outros predominantemente virtuais.
Alguns alunos não aceitam facilmente
essa mudança na forma de ensinar
e de aprender.
Estão acostumados a receber
tudo pronto do professor, e
esperam que ele continue "dando aula",
como sinônimo de:
ele falar e os alunos escutarem.
Alguns professores também criticam essa
nova forma, porque parece uma forma de
não dar aula,
de ficar "brincando" de aula...
O que se esperará do professor?
Que seja:
competente na sua especialidade,
conheça a matéria,
esteja atualizado,
saiba comunicar-se com os seus alunos,
motivá-los,
explicar o conteúdo,
manter o grupo atento,
entrosado,
cooperativo,
produtivo.
(Uau!)
Mudanças na educação dependem:
De educadores maduros intelectual e
emocionalmente, curiosos, entusiasmados,
abertos, que sabem motivar e dialogar.
Pessoas com as quais valha a pena entrar em
contato, pelo que nos enriquecem.
Grandes educadores atraem não só pelas
suas idéias, mas pelo contato pessoal.
Dentro ou fora da aula chamam a atenção.
Há sempre algo surpreendente,
diferente no que dizem,
nas relações que estabelecem,
na sua forma de olhar,
na forma de comunicar-se.
São um poço inesgotável de descobertas.
Mas, boa parte dos professores é previsível,
não nos surpreende;
repetem fórmulas, sínteses.
O contato com educadores entusiasmados
atrai, contagia, estimula,
os torna próximos
da maior parte dos alunos.
As primeiras reações que
o bom professor e educador
despertam no aluno
são confiança, admiração e entusiasmo.
Isso facilita enormemente o processo de
ensino-aprendizagem.
As mudanças no ensino dependem também
de administradores, diretores e coordenadores
mais abertos,
que entendam todas as dimensões envolvidas
no processo pedagógico,
apoiando os professores inovadores,
equilibrando o gerenciamento empresarial,
tecnológico e o humano,
contribuindo para que haja um ambiente de
maior inovação,
intercâmbio e comunicação.
As mudanças no ensino também dependem
dos alunos.
Alunos curiosos, motivados, facilitam
enormemente o processo,
estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e
parceiros de caminhada
do professor-educador.
Alunos motivados aprendem e ensinam,
avançam mais,
ajudam o professor a ajudá-los.
Essas mudanças no ensino são possíveis?
Apenas se o foco do ensino fique agora
no aluno e não mais no professor.
Aumentando a responsabilidade do aluno
diante de sua própria instrução.
Retirando definitivamente a possibilidade
da existência de um aluno passivo.
Onde o ensino-aprendizagem deve ser agora
significativo para aquele que aprende.
Essas mudanças conduzem a uma solução
natural para um problema que assola
o ensino de todos os níveis,
a tenção do aluno em sala de aula.
Quando o que se ensina tem significado para
quem aprende,
a atenção do aluno, é naturalmente captada, e
mesmo em aulas presenciais, que não mais
serão assoladas pelo velho e crônico problema
da disciplina.
EAD é a solução mágica para o ensino?
Não,
é apenas um caminho
para se atingir a maturidade
na aquisição do conhecimento.
Um caminho que até pode levar,
num futuro, ao retorno das aulas presenciais
em grande escala,
agora como troca de experiências,
e não mais como aquisição de informação.
Final da 4ª parte

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  • 2. Ensino possui três componentes: Quem ensina Quem aprende O que se ensina/aprende
  • 3. Conceitos envolvidos Educação - Conjunto de normas pedagógicas que visam o desenvolvimento geral do corpo e do espírito. É a construção da identidade do indivíduo. Ensino - Instrução. Aprendizagem - Ato ou efeito de aprender.
  • 4. EAD - Definição Ensino a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
  • 6. • Escrita – A escrita é a primeira tecnologia em massa na área de EAD.
  • 7. • Escrita - Com o livro o alcance do EAD aumentou significativamente em relação à carta.
  • 8. • Escrita - O livro impresso aumentou exponencialmente o alcance do EAD.
  • 9. • Rádio - Permitiu que o som fosse levado a localidades remotas. Assim, a parte sonora de uma aula pode, com o rádio, ser “remotizada”.
  • 10. • Televisão - Permitiu que a imagem fosse, junto com o som, levada a localidades remotas. Assim, agora uma aula englobando todos os seus componentes audiovisuais, pode ser remotizada.
  • 11. • Computador - Permitiu que o texto fosse enviado junto com som e imagem.
  • 12. • Realidade Virtual - Permitirá a vivência do processo de ensino.
  • 14. • Cartas de Platão • Epístolas de São Paulo uu
  • 15. • Curso de taquigrafia por correspondência nos Estados Unidos em 1728, e em 1840, na Inglaterra uu • Outros cursos por correspondência, no início do século XX, na Rússia e nos EUA.
  • 16. Mas o verdadeiro salto dá-se a partir de meados dos anos 60 com a institucionalização de várias ações nos campos da educação secundária e superior, começando pela Europa. Ensino Secundário: Hermods NKI Skolen - Suécia; Radio ECCA - llhas Canárias; Air Correspondence High School - Coréia do Sul; Schools of the Air - Austrália; Telesecundária - México; National Extension College - Reino Unido.
  • 17. Ensino Universitário: Open University - Reino Unido; FernUniversitat - Alemanha; Indira Gandhi National Open University - India; Universidade Estatal a Distância - Costa Rica Universidade Nacional Aberta - Venezuela; Universidade Nacional de Educação a Distância - Espanha; Sistema de Educação a Distância - Colômbia; Universidade de Athabasca - Canadá; Universidade para Todos os Homens - China.
  • 18. Atualmente mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a EAD em todos os níveis, em sistemas de ensino formais ou não, atendendo a milhões de estudantes. A EAD tem sido largamente usada para treinamento e aperfeiçoamento de professores em serviço, como é o caso do México, Tanzânia, Nigéria, Angola e Moçambique.
  • 19. Hoje é crescente o número de instituições e empresas que desenvolvem programas de treinamento de recursos humanos através da EAD. Na Alemanha, o elevado índice de produtividade, está relacionado diretamente aos investimentos em treinamento e reciclagem. Na Europa, se investe de forma acelerada, em EAD, para o treinamento de pessoal na área financeira, resultando em maior produtividade e redução de custos.
  • 21. O Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1940, parece ser a instituição mais antiga a manter cursos por correspondência. Até a década de 50, o Brasil não possuía iniciativas para reduzir o índice de analfabetismo do país que era de 50,5%. Nordeste.
  • 22. Em 1961, foi criado o MEB (Movimento de Educação de Base), uma iniciativa da CNBB, com apoio da presidência da República, cuja preocupação básica era alfabetizar milhares de jovens e adultos através das "escolas radiofônicas", principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Nessa mesma década, índice de analfabetismo caiu para 39,6%.
  • 23. A repressão política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial, a proposta e os ideais de educação popular de massa daquela instituição foram abandonados. Na década de 70 o rádio foi usado para transmitir programas de cursos de 1º e 2º graus, o Projetos Madureza.
  • 24. Em acordo com o MEC, a TV Cultura produziu o 1º curso ginasial na tevê brasileira. Contou com uma rede de telepostos em vários municípios paulistas, com a finalidade de atender às necessidades da massa de indivíduos marginalizados da rede escolar, utilizando para tanto os recursos propiciados pelo rádio e televisão. Durou de 1969 a 1974.
  • 25. O Projeto Minerva foi um programa de rádio criado pelo então Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC, durante o regime militar, teve por finalidade educar pessoas adultas. Para auxiliar no aprendizado eram distribuídas cartilhas para o ouvinte poder seguir a aula pelo rádio.
  • 26. Estrutura do projeto: a) Recepção organizada: Desenvolvia-se em radiopostos locais, onde 30 a 50 alunos se reuniam, sob a liderança de um monitor, para ouvir a transmissão das aulas. O radioposto funcionava em escolas, quartéis, clubes, igrejas e outros locais.
  • 27. b) Recepção controlada: Os alunos recebiam isoladamente a transmissão dos cursos reunindo-se semanal ou quinzenalmente sob a orientação do monitor, a fim de discutir idéias e dirimir dúvidas.   c) Recepção isolada: Os alunos recebiam emissões em suas casas.
  • 28. Projeto Minerva pontos positivos: a) Contribuía para renovação e o desenvolvimento do sistema educacional e o aumento da cultura; b) Complementava o trabalho desenvolvido pelo sistema regular de ensino; c) Possibilitava a promoção da educação continuada;
  • 29. Projeto Minerva pontos positivos: d) Dirigia a programação de acordo com o interesse da audiência; e) Elaborava de textos didáticos de apoio aos programas instrutivos; f) Avaliava os resultados.
  • 30. Projeto Minerva pontos negativos: Todas as emissoras de rádios eram obrigadas a transmitir a sua programação e com o passar do tempo sua atuação ficou anacrônica. ___________________________ Transmissões duraram de 1970 até 1991.
  • 31. O sucessor destes projetos é o Projeto Telecurso 2º Grau, sob o patrocínio da Fundação Roberto Marinho e do MEC.
  • 32. Dados, o alto custo dos investimentos e o retorno estar sendo muito baixo, e a razão entre alunos que fazem as provas e aqueles que são aprovados, ficar em torno de 45% o telecurso foi interrompido para reformulação.
  • 33. Nos fins dos anos oitenta, a FRM, em conjunto com a FIESP, iniciaram o Telecurso 2000, com os cursos de ensino médio, ensino fundamental e um profissionalizante na área de mecânica geral.
  • 34. Metas do telecurso 2000: 1. Oferta de curso para educação de jovens e adultos, para complementação do ensino básico; 2. Acompanhamento dos tele-alunos através de instrumentos sistematizados pelos coordenadores das tele-salas;
  • 35. Metas do telecurso 2000: 3. Possibilitar aos jovens a sua continuidade na escola, sem maior ônus para sua locomoção entre cidades e municípios; 4. Fornecer a certificação de conclusão de 1º e 2º graus, permitindo a continuidade de estudos;
  • 36. Metas do telecurso 2000: 5. Promover a integração do projeto político-pedagógico das unidades escolares de extensão; 6. Garantir formação continuada e capacitação aos professores (monitores) das tele-salas.
  • 37. Novo Telecurso é o Telecurso 2000, que também está sendo atualizado. O programa é uma parceira da Fundação Roberto Marinho com o Sistema FIESP.
  • 39. • Democratização do saber • Formação e capacitação profissional • Capacitação e atualização de professores • Educação aberta e continuada • Educação para a cidadania
  • 41. • Há quem pressuponha que EAD não difere muito do ensino presencial. • Há aqueles que vêm vantagens no EAD: maior alcance, razão custo/benefício, flexibilidade (tanto para professores quanto para os alunos), acreditam na possibilidade de personalização do EAD em nível tal que chegue até a individualização. • Há aqueles que vêem na EAD, a perde da dimensão pessoal, que se não necessária ao ensino em si, é essencial ao ensino eficaz.
  • 42. Na comunicação presencial, "olho no olho", pode-se facilmente detectar as nuances:  Da expressão sonora não verbal - o tom, o timbre e o volume da voz, o ritmo da fala, as pausas, as ênfases sutis.  Da postura - a posição das mãos, dos braços e das pernas a possibilidade de contato físico, etc.  Da linguagem corporal - especialmente as expressões faciais, nas quais o olhar talvez seja a característica mais significativa.
  • 43. Isso tudo torna mais eficaz o ensino do que a comunicação remota, ainda que se faça uso de todos os recursos que as tecnologias atuais colocam à nossa disposição.
  • 44. Por outro lado, a mera contigüidade espaço-temporal não garante que um relacionamento seja pessoal.
  • 45. As classes grandes levam a um relacionamento extremamente impessoal, apesar da proximidade, no espaço e no tempo
  • 46. Muitas vezes, nesses contextos, o professor nem sequer sabe o nome de seus alunos, e desconhece totalmente as suas características individuais, que são extremamente relevantes para um ensino eficaz.
  • 49. O modelo de educação contemporâneo é calcado no ensino, modelo criado para a sociedade industrial (onde a produção em massa é essencial), mas não se adapta bem à sociedade da informação e do conhecimento, na verdade é um obstáculo a ela . O modelo calcado no ensino está ultrapassado.
  • 50. O ensino é uma atividade que envolve o professor, o aluno e o conteúdo. A escola prioriza o conteúdo, é "conteúdo-cêntrica“, e por causa disso, "magistro-cêntrica", contudo a tendência está voltada à flexibilidade, necessidades, interesses, estilo e ritmo de aprendizagem de cada aluno, é "mateto-cêntrica", isto é, centrada no aluno.
  • 51. Na escola o ambiente de aprendizagem é totalmente estruturado e padronizado, (linha de montagem):
  • 52. Todos começam na mesma hora, assistem aula, na seqüência pré-especificada (a ementa), num horário imposto.
  • 53. Param na mesma hora, e não tem liberdade para escolher o que fazer e quando.
  • 54. Não leva em conta as diferenças individuais de interesse, motivação, aptidão, capacidade, estilo e ritmo de aprendizagem.
  • 55. Para poder colocar na sociedade um "produto padronizado" a tende-se a concentrar a atenção no "aluno médio", negligenciando tanto os mais fracos como os mais fortes!
  • 56. Os alunos melhores são os mais prejudicados, porque mais importante do que produzir alunos excepcionalmente bons, é evitar que sejam colocados no mercado de trabalho "produtos defeituosos".
  • 57. O que não funciona mais, no ensino de hoje, não é o seu caráter presencial. O fato de que o professor está lá é, em si, bom, pois o professor é capaz de perceber que os alunos são diferentes, têm necessidades, interesses, aptidões, e capacidades diferentes, aprendem em estilos e ritmos distintos.
  • 58. Não sabe-se resolver o problema de um professor com 50 ou mais alunos na classe,
  • 59. que deve cumprir um programa curricular padronizado e obrigatório, com o coordenado e/ou diretor cobrando resultados,
  • 60. tendo de atender aos alunos lentos demais, sem deixar que os alunos médios e os rápidos demais, se tornem desatentos e desinteressados ou perturbem a aula com a conversa.
  • 61. É o modelo que não funciona mais. É necessário um novo modelo de ensino presencial.
  • 62. Flexibilidade nos horários de atendimento. Poderia se implementar o atendimento pessoal e individualizado no horário mais conveniente ao aluno. Isso é possível, desde que se centre o ensino na aprendizagem, isto é, no aluno.
  • 63. A flexibilidade no horário de atendimento parece ser facilmente alcançável pelo EAD, pois os alunos não precisam, estar todos juntos, num mesmo local, ao mesmo tempo.
  • 64. Apesar de que no caso de atividades, como chats e vídeo-conferências, exige-se a presença de todos, num mesmo horário, em locais nos quais possam ter acesso a tecnologia, que lhes permita participar das atividades.
  • 65. Contudo, os programas de EAD hoje existentes são predominantemente padronizados. Tão padronizados quanto os programas de ensino presencial, que copiam.
  • 66. Sabendo que o modelo padronizado não funciona, nem quando o professor está presente junto ao aluno, como podemos esperar que, aquilo que não funciona presencialmente passe a funcionar remotamente?
  • 67. Milhares de cursos a distância são oferecidos, por 850 instituições de ensino superior, nos Estados Unidos e Canadá. Todos, sem exceção, são tentativas de ministrar, remotamente, cursos absolutamente idênticos aos ministrados presencialmente.
  • 68. As regras são absolutamente as mesmas: O aluno precisa se matricular em um curso específico, pagar uma taxa entre 100 a 500 dólares por crédito,
  • 69. ficar matriculado durante um certo tempo (mais ou menos um semestre), ler materiais escritos (que em regra, não foram estruturados para leitura on-line, seguindo o modelo hipertexto), discuti-los com o professor e os colegas (por e-mail ou chat).
  • 70. Submeter trabalhos (papers), fazer provas, e, ao final, receber uma nota, que determina se ele foi aprovado ou não.
  • 71. Se foi aprovado, recebe um certificado ou um diploma. Em algumas universidades o diploma fornecido, não menciona o fato de que o curso foi feito a distância.
  • 72. Esses cursos não oferecem nem vantagens de custo. Alguns MBAs, requerem no mínimo 48 créditos a 500 dólares por crédito (total 24 mil dólares), outros de até 50.000. A única variável diferente é a “virtualização”, no resto o modelo é exatamente o mesmo.
  • 73. É necessário procurar um modelo diferente. Mas qual será o modelo de aprendizagem que vai caracterizar a sociedade da informação e do conhecimento? Vamos ter que inventar um outro modelo, começando a partir do que existe e seguindo gradualmente até chegar a um modelo diferente.
  • 74. Esse modelo, provavelmente, não será calcado no ensino, presencial ou remoto: será calcado na aprendizagem.
  • 75. Conseqüentemente, não será um modelo de EAD, mas provavelmente, um modelo de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
  • 76. Um modelo de ensino calcado na tecnologia, será tipicamente mateto-cêntrico, centrado no aluno, em suas necessidades, em seus interesses, em seu estilo e ritmo de aprendizagem.
  • 77. Quem quiser participar desse processo terá que disponibilizar, não cursos convencionais ministrados a distância, mas sim, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem. A Internet e a Web, ou seus sucedâneos, certamente terão um papel fundamental nesse processo.
  • 78.
  • 80. a) População estudantil relativamente dispersa, devido a razões de posição geográfica, condições de emprego, incapacidade física, etc;
  • 81. b) População estudantil predominantemente adulta, que apresenta peculiaridades que justificam enfoques educativos adultos.
  • 82. c) Cursos que pretendem ser auto-instrucionais, mediante a elaboração de materiais para o estudo independente, contendo objetivos claros, auto-avaliações, exercícios, atividades e textos complementares.
  • 83. Estes cursos podem ser auto-suficientes e constituir-se em guia para o estudo de um conjunto de outros textos, fomentando a capacidade de observação e crítica e o pluralismo de idéias, aspectos especialmente valiosos nos estudos universitários;
  • 84. d) Cursos pré-produzidos, que geralmente usam de forma predominante textos impressos, mas combinando-os com uma ampla variedade de outros meios e recursos tais como: suplementos de periódicos e revistas, livros adicionais,
  • 85. rádio e televisão educativos em circuito aberto ou fechado, filmes, computadores, vídeo-discos, vídeo-textos, comunicações mediante telefone, rádio e satélite, kits portáteis para testes, etc.
  • 86. Esses cursos se caracterizam pela centralização da produção, e descentralização da aprendizagem;
  • 87. e) Comunicações de massas, uma vez que os cursos estejam preparados, é possível, conveniente e economicamente vantajoso;
  • 88. f) Comunicações organizadas em duas direções, que se produzem entre os estudantes e o centro produtor dos cursos. Esta comunicação se cumpre mediante tutorias, orientações, observações sobre trabalhos e ensaios realizados pelo estudante, auto-avaliações e avaliações finais.
  • 89. O meio principal de comunicação é a palavra escrita, entretanto usa-se com frequência o telefone, o rádio e reuniões entre tutor e aluno ou com pequenos grupos;
  • 90. g) Estudo individualizado, sem pretender que ele seja uma característica exclusiva desta forma de ensino. Contudo, "aprender a aprender" constitui um recurso especialmente importante para o estudante a distância;
  • 91. h) Crescente utilização da "Nova Tecnologia Informativa", afirma que a informação não é educação, mas o conhecimento, se firma na informação. A antiga tecnologia informativa utilizava principalmente meios mecânicos e elétricos para cumprir suas funções;
  • 92. ao contrário, a nova tecnologia depende mais da eletrônica e compreende três tecnologias convergentes: computação, microeletrônica e telecomunicações. As possibilidades dessas novas tecnologias para a educação a distância são extraordinárias.
  • 93. i) Custos decrescentes por estudante, depois de elevados investimentos iniciais e sempre e quando se combinem uma população estudantil numerosa com uma operação eficiente, a educação a distância pode ser mais barata.
  • 94. Problemas Observados No Brasil, os problemas mais significativos que impediram o progresso e a massificação da modalidade de educação a distância têm sido:
  • 95. - Organização de projetos piloto sem a adequada preparação de seu seguimento; - Falta de critérios de avaliação dos programas projetos; - Inexistência de uma memória sistematizada dos programas desenvolvidos e das avaliações realizadas (quando essas existiram);
  • 96. - Descontinuidade dos programas sem qualquer prestação de contas à sociedade e mesmo aos governos e às entidades financiadoras; - Inexistência de estruturas institucionalizadas para a gerência dos projetos e a prestação de contas de seus objetivos;
  • 97. - Permanência de uma visão administrativa e política que desconhece os potenciais e as exigências da educação a distância, fazendo com que essa área sempre seja administrada por pessoal sem a necessária qualificação técnica e profissional;
  • 98. - Programas pouco vinculados às necessidades reais do país e organizados sem qualquer vinculação exata com programas de governo; - Critérios de avaliação dos conteúdos ministrados ineficientes, permitindo a formação de profissionais deficientes; - Conteúdo dos cursos oferecidos insuficiente;
  • 100. Graduação  Administração Pública;  Pedagogia com habilitação para Magistério da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental;
  • 101. Extensão  Mídias na Educação;  Direitos Humanos;  Gênero e Diversidade na Escola;  Educação de Jovens e Adultos;  Educação Integral e Integrada;  Educação Étnico raciais.
  • 102. Especializações  Mídias na Educação;  Saúde para professores do ensino fundamental e médio;  Especialização em Genética;  Educação em Direitos Humanos;  Educação para a Diversidade com ênfase em educação Ambiental;  Educação do Campo;  Gestão em Saúde,  Gestão Pública,  Gestão Pública Municipal;  Ciências  Filosofia
  • 103. Programa de atualização e capacitação continuada  Educação a Distância: história, concepções e modelos;  Produção de Material para a EaD;  Metodologia de Ensino Superior;  Elaboração de projetos para EaD;  Formação de Tutores para a EaD ;  Produção de Audiovisual para a EaD;  E-learning;  Moodle na prática docente;  Moodle na prática tutorial;
  • 104. Cursos de Aperfeiçoamento  Capacitação para Tutores em EAD  Cursos PACC (Programa Anual de Capacitação Continuada)  Educação Ambiental  Educação de Jovens e Adultos  Educação Integral e Integrada  Educação para Relações Étnico-Raciais
  • 105.
  • 106.
  • 108. Infra-estrutura mínima  Alunos e professores precisam ter acesso à Internet, de preferência com banda larga. Uma conexão à Internet2. A alta velocidade da Internet2 possibilita, a realização de videoconferências com boa qualidade de vídeo.
  • 109.  Os computadores da instituição, dos laboratórios aos setores administrativos, precisam estar conectados em rede, e ligados a servidores.
  • 110.  Os usuários (alunos, professores e funcionários) precisam ser possuidores de conta (login) de acesso ao sistema, de área de trabalho em disco virtual, e endereço de correio eletrônico.
  • 111. Suporte pedagógico Fóruns de discussão: recurso de comunicação que possibilita a organização das discussões por assunto, por disciplina, por curso, por turma, por grupo etc.; Salas de bate-papo virtual (chat): sala virtual para encontros e trocas de mensagens, podendo ser de texto, voz ou vídeo;
  • 112. Material didático: textos especialmente produzidos para leitura online. Disponibilização ao aluno todos os livros da biblioteca de forma on-line; Área para publicação de trabalhos de alunos: permite que um ou mais usuários compartilhem a tela, um documento ou recursos de seus computadores; Quadro de avisos: local onde todos os participantes do processo tem acesso as comunicações importantes;
  • 113. Sistema para avaliação on-line: Recursos para gerenciamento da aplicação e correção de avaliações (testes de múltipla escolha ou dissertativas), com possibilidade de sorteio de questões e de alternativas, programação de horário para publicação, controle de tempos de realização, correção automática, e feedback automático personalizado ao aluno, em função de seu desempenho.
  • 114. Para um EAD eficiente é necessário:
  • 115. Transformar a aula em pesquisa e comunicação. Aula-pesquisa, onde professor motiva, incentiva, sensibiliza o aluno para o valor do que se vai fazer, para a importância de sua participação no processo. Aluno motivado e com participação ativa, avança mais.
  • 116. Depois da sensibilização -verbal e audiovisual, o aluno individualmente e/ou em pequenos grupos procura suas informações, -faz a sua pesquisa na Internet, em livros, em contato com experiências significativas, com pessoas ligadas ao tema.
  • 117. Os grandes temas da matéria são coordenados, iniciados e motivados pelo professor, mas pesquisados pelos alunos.
  • 118. Uma parte da pesquisa pode ser feita "ao vivo" (juntos fisicamente, EAD semipresencial); outras, "off line" (cada um pesquisa no seu espaço e tempo preferidos).
  • 119. Ao vivo, o professor está atento às descobertas, às dúvidas, ao intercâmbio das informações. Ele ajuda, problematiza, incentiva, relaciona, coordena as trocas.
  • 120. Os alunos relatam suas descobertas, socializam suas dúvidas, mostram os resultados de pesquisa.
  • 121. Se possível, todos recebem uma seleção dos melhores materiais descobertos pelos alunos e professor (textos impressos, a disposição ou indicados em sites). Os alunos acessam os textos, onde aprofundam a sua leitura, fazem novas sínteses, colocam os problemas que os textos suscitam, os relacionam com a sua realidade.
  • 122. Essa pesquisa é comunicada em classe para os colegas e o professor procura: ajudar a contextualizar, ampliar o universo alcançado pelos alunos, problematizar, descobrir novos significados no conjunto das informações trazidas. O conhecimento que é elaborado a partir da própria experiência se torna muito mais forte e definitivo.
  • 123. Junto com a pesquisa coletiva, o professor incentiva a pesquisa individual ou projetos de grupo. Cada aluno - pessoalmente ou em grupo - escolhe um tema mais específico da matéria e que é do seu interesse. Esse tema é pesquisado com orientação do professor. É apresentado à classe. Distribuído aos colegas. Divulgado na Internet.
  • 124. É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar-se todos os recursos, todas as técnicas possíveis pelo professor, instituição, classe. Vale a pena descobrir as competências dos alunos, as contribuições que podem dar ao curso (exlética).
  • 125. Não impor um projeto fechado de curso, mas um programa com as grandes diretrizes delineadas e onde vamos construindo caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos – professor e alunos – para avançar da forma mais rica possível em cada momento.
  • 126. O que será uma aula? Hoje aula é um espaço e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis.
  • 127. O professor continua "dando aula" quando está disponível para receber e responder as mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta os alunos com textos, páginas da Internet, fora do horário específico da sua aula.
  • 128. Quando tanto professores quanto os alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, o ensino se efetiva.
  • 129. Também é possível, oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais.
  • 130. Alguns alunos não aceitam facilmente essa mudança na forma de ensinar e de aprender.
  • 131. Estão acostumados a receber tudo pronto do professor, e esperam que ele continue "dando aula", como sinônimo de: ele falar e os alunos escutarem.
  • 132. Alguns professores também criticam essa nova forma, porque parece uma forma de não dar aula, de ficar "brincando" de aula...
  • 133. O que se esperará do professor? Que seja: competente na sua especialidade, conheça a matéria, esteja atualizado, saiba comunicar-se com os seus alunos, motivá-los, explicar o conteúdo, manter o grupo atento, entrosado, cooperativo, produtivo. (Uau!)
  • 134. Mudanças na educação dependem: De educadores maduros intelectual e emocionalmente, curiosos, entusiasmados, abertos, que sabem motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, pelo que nos enriquecem. Grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção.
  • 135. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas. Mas, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repetem fórmulas, sínteses.
  • 136. O contato com educadores entusiasmados atrai, contagia, estimula, os torna próximos da maior parte dos alunos. As primeiras reações que o bom professor e educador despertam no aluno são confiança, admiração e entusiasmo. Isso facilita enormemente o processo de ensino-aprendizagem.
  • 137. As mudanças no ensino dependem também de administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões envolvidas no processo pedagógico, apoiando os professores inovadores, equilibrando o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.
  • 138. As mudanças no ensino também dependem dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los.
  • 139. Essas mudanças no ensino são possíveis? Apenas se o foco do ensino fique agora no aluno e não mais no professor. Aumentando a responsabilidade do aluno diante de sua própria instrução. Retirando definitivamente a possibilidade da existência de um aluno passivo. Onde o ensino-aprendizagem deve ser agora significativo para aquele que aprende.
  • 140. Essas mudanças conduzem a uma solução natural para um problema que assola o ensino de todos os níveis, a tenção do aluno em sala de aula. Quando o que se ensina tem significado para quem aprende, a atenção do aluno, é naturalmente captada, e mesmo em aulas presenciais, que não mais serão assoladas pelo velho e crônico problema da disciplina.
  • 141. EAD é a solução mágica para o ensino? Não, é apenas um caminho para se atingir a maturidade na aquisição do conhecimento. Um caminho que até pode levar, num futuro, ao retorno das aulas presenciais em grande escala, agora como troca de experiências, e não mais como aquisição de informação.
  • 142. Final da 4ª parte