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Pós-Graduação em
Desenho Instrucional para EaD
Disciplina IX:
Design de Roteiros de
Vídeoaulas para EaD
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo I
Módulo 1: Histórico e Características
Objetivos do Módulo
O objetivo dessa disciplina é apresentar uma visão geral de EAD, sua origem e
evolução até a data atual. O módulo apresenta também as principais
características e benefícios da EAD, bem como os diferentes níveis que
possibilitam ampliar o conceito e incorporar novas tecnologias de comunicação.
Conteúdos abordados
A História da Educação à Distância
As Características da EAD
Os Níveis da EAD
A História da Educação à Distância
A educação a distância (EAD) teve sua origem nos tempos antigos, com as
experiências de educação por correspondência, por meio de materiais
impressos com tarefas e atividades que eram enviados pelo correio. A
educação a distância teve início no final do século XVIII e com maior
desenvolvimento a partir de meados do século XIX.
Em meados da década de 70 surgiram as primeiras Universidades Abertas
com design e implementação sistematizadas de cursos a distância, utilizando,
além do material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio e fitas de
áudio e vídeo.
A educação a distância surgiu devido a necessidade de preparo profissional e
cultural de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um
estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis
em cada momento histórico.
Citando alguns países mais evoluídos em EAD, na Alemanha os cursos a
distância existem desde 1890 e nos Estados Unidos desde 1881. Documentos
provam ainda que nos Estados Unidos, no início do século XX, existiam
produções de filmes educacionais e transmissões radiofônicas.
No Brasil, essa prática só chegou com força em 1937 com a criação do Serviço
de Radiodifusão Educativa, do Ministério da Educação. As aulas transmitidas
por rádio eram acompanhadas por material impresso.
A primeira empresa particular a trazer o serviço de ensino a distância como
modalidade de estudo foi o Instituto Monitor, no ano de 1939.
Em 1941 foi criado o Instituto Universal Brasileiro, com foco na formação
técnica que passou a ensinar por correspondência, por meio de material
impresso e, recentemente, fitas de vídeo.
Estes dois, o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, foram os únicos
que sobreviveram com suas empresas desde o começo e estão ativos até hoje.
Em 1948, com a chegada da televisão, surgiram maiores chances de transmitir
conhecimentos.
Em 1965, o poder público criou a TV Educativa.
Em 1967, é instituída a Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e
TV Educativas e, com ela, a Rádio e a TV Cultura.
Em 1978, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta,
lançaram o projeto educativo Telecurso 2º Grau.
Em 1981, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Bradesco, colocaram no
ar o Telecurso 1º Grau, com o apoio do MEC e da Universidade de Brasília.
Em 1994, a Fundação Roberto Marinho, em parceria com a da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), lançou o Telecurso 2000.
Ao longo dos anos, muitas outras instituições passaram a aprimorar a
modalidade de ensino a distância. Porém, sempre houve preconceitos
relacionados aos cursos a distância devido a falta de regulamentação por parte
do governo federal. No entanto, isso foi mudado em 1998, por decreto
presidencial e, em 1999 surgiram os primeiros cursos superiores regidos por lei
no Brasil.
Hoje são 215 cursos reconhecidos pelo MEC e a maior procura é pelos cursos
supletivos do ensino médio.
Com o surgimento da internet na década de 90, a educação a distância vem se
aprimorando cada vez mais, por meio de tecnologias que viabilizam
mecanismos de comunicação tão eficazes capazes de suprir a distância
geográfica entre aluno e professor.
Hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância
em todos os níveis de ensino, em programas formais e não formais, atendendo
a milhões de estudantes.
A educação a distância tem sido usada para treinamento e aperfeiçoamento de
professores em serviço. Programas não formais de ensino têm sido largamente
utilizados para adultos nas áreas da saúde, agricultura e previdência social,
tanto pela iniciativa privada como pela governamental.
A cada dia, cresce o número de instituições e empresas que desenvolvem
programas de treinamento de recursos humanos por meio da modalidade EAD.
As Características da EAD
A EAD se caracteriza principalmente por alunos e professores não ocuparem o
mesmo ambiente/espaço físico e tempo, ou seja, o aluno não necessita se
deslocar para um determinado local em uma determinada hora para suas
tarefas de aprendizagem.
Para que o ensino a distância seja feito com sucesso, os alunos precisam
desenvolver uma capacidade de autonomia e independência em seus estudos.
Por isso, o aluno é o maior responsável pela aprendizagem.
O professor exerce a função de mediador e orientador no curso, mas o grande
segredo para o sucesso do ensino a distância é a motivação e autonomia do
aluno que se baseia em materiais didáticos elaborados especificamente a ele.
O aluno é o foco e o professor possui papel secundário, pois apenas orienta o
aluno que por sua vez escolhe o ritmo e a maneira como quer estudar e
aprender, de acordo com suas necessidades pessoais.
As questões propostas se articulam por meio dos diálogos estabelecidos e a
interação de alunos e professores se faz ainda mais necessária. Essa
interação, mesmo a distância, pode ser tão efetiva quanto nas situações
presenciais.
A comunicação no ensino a distância é feita de várias formas: materiais
impressos, internet, vídeos, videoconferências, entre outros.
Com o ensino a distância é possível personalizar o processo de aprendizagem,
garantindo uma seqüência acadêmica que responda ao ritmo do rendimento do
aluno.
Em geral, o custo da educação a distância é menor do que da educação
presencial, podendo chegar 1/3 do custo de um aluno presencial. Outros custos
são reduzidos ou até eliminados como tempo, transporte, materiais, entre
outros.
O treinamento, formação, reciclagem ou capacitação de profissionais é
efetuada de forma mais rápida e flexível.
Outra grande vantagem é a possibilidade de integração entre as diversas
culturas de regiões próximas ou distantes, facilitando a troca de experiências,
aumentando a sucessão de conhecimentos por meio da troca colaborativa e
cooperativa.
O governo federal, através do MEC é o responsável por autorizar a abertura de
cursos de educação a distância. É nesse momento, sobretudo, que a qualidade
da proposta é avaliada.
Os Níveis da EAD
O ensino a distância possui diferentes níveis que possibilitam ampliar o
conceito e incorporar novas tecnologias de comunicação.
Ensino regular com uso de tecnologias a distância:
Tanto dentro como fora da sala de aula, os alunos de cursos regulares podem
receber materiais. Estes materiais podem ser vídeos, programas de
computador, jornais, através de satélite, de redes eletrônicas, de áudio ou
vídeo conferência, dos correios, entre outros. Desta forma, é possível a
comunicação entre alunos e professores, professores e outros professores e
assim por diante.
Os professores podem orientar alunos, tirar suas dúvidas por meio do telefone,
computador, videofone.
Para tanto, as escolas precisam incorporar programas via televisão, vídeo,
cabo, satélite. Assim, os alunos podem pesquisar assuntos similares aos de
outras escolas e cidades e fazer um intercambio de resultados, ganhando uma
nova motivação.
A sala de aula não fica confinada a quatro paredes, se abre para outras formas
de comunicação e de aprendizagem.
Assim, as escolas precisam incorporar formas de de aprendizagem e interação
a distância, junto com as presenciais.
Ensino regular com tecnologias a distância substitutivas:
Centros menos avançados ou carentes podem receber programas, aulas e
outros tipos de apoio de outros centros mais ricos e equipados.
Exemplo: Nas escolas da periferia e rurais, onde faltem determinados
professores qualificados, os alunos podem acompanhar ao vivo as aulas dadas
em outros centros, por professores qualificados, por meio da televisão ligada
por circuito fechado ou outro sistema. As aulas são registradas por câmera
numa escola, transmitidas ao vivo e assistidas por alunos que estão nas
escolas carentes, podendo estes fazer perguntas e tirar dúvidas através de
sistemas de áudio.
Para tanto, as tarifas de comunicação (redes, telefone...) precisam ser
amplamente subsidiadas, para tornar viáveis o seu uso na educação.
O ensino regular aberto:
São cursos presenciais que, em parte, podem ser realizados a distância.
As aulas podem ser combinadas com alguns materiais, tempos de ensino não
presencial.
Algumas matérias optativas ou específicas de um curso regular podem ser
realizadas por meio de qualquer sistema de comunicação não presencial.
Algumas matérias são dadas sob a forma de tutoria, de estudo dirigido, de
materiais por meio de redes eletrônicas ou de vídeo.
Os alunos têm que participar desses cursos, mas são dados de forma diferente
do que os presenciais.
Ensino regular a distância monitoriado:
São cursos que dão títulos reconhecidos pelo Ministério de Educação, de nível
médio ou superior, onde o aluno se inscreve, e lhe é associado a um professor
orientador ou tutor, que o acompanha, em períodos definidos, no andamento
do curso à distância.
Alguns cursos podem exigir períodos de aulas presenciais em determinado
campus.
Ensino regular a distância não monitoriado:
São, por exemplo, os telecursos até agora existentes no Brasil, onde os alunos
só são avaliados ao final do processo.
Pressupõe-se que o aluno está acompanhando os cursos pela televisão e
comprando os fascículos, e que estuda nos tempos livres para poder passar
nos exames finais preparados pelas Secretarias da Educação.
Estes cursos costumam durar a metade do tempo dos convencionais.
Cursos livres a distância:
São cursos de atualização que utilizam tecnologias de comunicação e que
podem ser feitos por qualquer pessoa e que dão direito a certificados.
Podem ser de nível básico, médio, superior ou de alta especialização.
Fazem parte da necessidade de educação permanente. Por isso, a demanda
por esses cursos é enorme.
Em resumo, os níveis da EAD são: Ensino regular com uso de tecnologias a
distância, ensino regular com tecnologias à distância substitutivas, ensino
regular aberto, ensino regular a distância monitorizado, ensino regular a
distância não monitorizado e os cursos livres à distância.
Independente do nível, é preciso investimentos, criar a mentalidade de que o
ensino a distância não é algo totalmente diferente do presencial, muito menos
inferior, e de que o ensino formal também precisa do auxílio de tecnologias de
comunicação a distância.
O princípio básico é de que o processo de ensino e aprendizagem tem que
superar as barreiras das paredes da sala de aula e incorporar fórmulas flexíveis
de acessar novas informações, de criar estruturas abertas de interação, de
integrar professores e alunos com outros professores e alunos da mesma
cidade, do mesmo país e de outros países.
Referências
LITTO, F.; FORMIGA, M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo:
ABED; Prentice Hall, 2008.
MORAN, José Manuel. Novos Caminhos no Ensino a Distância: Algumas
Propostas. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em:
<www.eca.usp.br/prof/moran/distanci.htm>.
BARROS, Ivonio de Barros. Noções de Ensino a Distância. Acesso em: 20
Set. 2011. Disponível em: <www.intelecto.net/ead/ivonio>.
BERNARDO, Viviane. Educação a distância: Fundamentos e guia
metodológico. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em:
<www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm>.
INSTITUTO MONITOR. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em:
<www.institutomonitor.com.br>.
TELECURSO 2000. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível
em:<www.telecurso2000.org.br>
INFO ESCOLA. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em:
<www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia> .
MEC. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <portal.mec.gov.br>.
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo II
Adequação da Linguagem de Roteiros Impressos para
Linguagem de TV
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é conhecer as semelhanças e diferenças entre
roteiros impressos e roteiros para vídeos. O módulo ajuda a identificar os itens
que devem ser atentados na elaboração de roteiros e a esclarecer o conceito
de linguagem televisiva.
Conteúdos Abordados
Composição Textual
Roteiros Impressos X Roteiros Apresentados
A Linguagem Televisiva
COMPOSIÇÃO TEXTUAL
Uma apresentação por meio de vídeo (TV) parte do concreto, do visível, do
imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Os outros estão ao nosso
alcance por meio de recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente.
O vídeo explora basicamente o ver, o visualizar, o ter diante de nós as
situações, as pessoas, os cenários, as cores, as relações espaciais (próximo-
distante, alto-baixo, direita-esquerda, grande-pequeno, equilíbrio-desequilíbrio).
Desenvolve um ver entrecortado, com múltiplos recortes da realidade - através
dos planos - e muitos ritmos visuais: imagens estáticas e dinâmicas, câmera
fixa ou em movimento, uma ou várias câmeras, personagens quietos ou
movendo-se, imagens ao vivo, gravadas ou criadas no computador.
O ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, o narrar, o contar
histórias. A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se
comunicam habitualmente.
Os diálogos expressam a fala coloquial, enquanto o narrador "costura" as
cenas, as outras falas, dentro da norma culta, orientando a significação do
conjunto. A narração falada ancora todo o processo de significação.
TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das
pessoas, tanto crianças como adultas.
O uso de vídeos, como maneira de educar a distância está ficando cada vez
mais comum, principalmente com o advento cada vez maior das conexões de
internet banda larga.
Até pouco tempo atrás, esse tipo de recurso era inimaginável pela demora na
exibição desse tipo de conteúdo, mas hoje é mais fácil e plausível a criação e a
publicação de vídeos para educação.
Para criação de um curso por meio de aulas em vídeo, uma das etapas mais
desafiadoras do processo é escrever o roteiro para as aulas.
É preciso colocar por escrito o que narrador precisa falar na aula. Quanto mais
detalhado, melhor será para o planejamento.
O texto deve ter presentes certas peculiaridades do ato comunicativo, tais
como:
Intenções do produtor:
As intenções devem ficar claras no texto. O que ele pretende ao produzi-lo:
convencer, impressionar, alarmar, satirizar, informar, pedir, discordar, suscitar
indagações a respeito de determinado tema, motivar, entre outros.
Na produção textual, geralmente leva-se em conta a função representativa da
linguagem, ou seja, pensar a comunicação sempre sob o enfoque da
informação, como algo que se dá sem conflito.
Quando as falas são produzidas, sejam elas através da linguagem verbal ou
não verbal, é preciso fazer sempre com determinadas intenções e objetivos.
A interlocução, isto é, o diálogo, no caso de textos de outro autor, não será
direta e exclusiva entre autor/leitor (aluno). O professor estará, por meio de seu
guia didático, intermediando o diálogo. Isso requer do professor/mediador muita
responsabilidade, uma vez que, ao fazer essa mediação, estará trazendo seu
processo de interpretação do texto.
Por isso, é importante um mergulho no texto escolhido, para tentar extrair
respostas para as perguntas: O que pretendia o autor ao produzir esse texto?
Quais suas intenções? O que ele propõe, através do texto, para alcançar seu
objetivo?
Com base nesses questionamentos, o professor/mediador deve buscar,
através da organização de seu guia, garantir que o aluno possa produzir um
diálogo verdadeiramente profícuo com o autor.
O jogo de imagens mentais entre os interlocutores:
Esse jogo faz parte do processo de comunicação, estando presente sempre no
processo de construção de texto de qualquer natureza e tipo.
Se a linguagem é um processo de interação entre falante(autor) e
ouvinte(leitor), é preciso ter presente a interação entre falante(produtor) e
ouvinte(leitor) no processo de interlocução.
Assim, ao se produzir um texto, devem estar presentes os jogos de imagens
mentais que cada um dos interlocutores faz de si, do outro, e do outro com
relação a si e ao tema do discurso.
Se a linguagem é social, seus sujeitos (interlocutores) não são abstratos e
ideais. Eles devem ser pensados em situação real da vida social: onde vivem,
participam de quais grupos culturais, onde trabalham, que tipo de atividades
desenvolvem, que nível de escolaridade possuem, o que sabem sobre esse
assunto que estamos trabalhando, que leituras têm a respeito da temática
estudada, que recursos têm à disposição para auxiliá-los, etc. Todas essas
são questões que devem estar presentes no processo de produção textual.
Na produção textual deve ser considerada a questão da intertextualidade: um
texto sempre depende do conhecimento de outros textos. Por isso, é preciso
preocupar-se com as ideias apresentadas.
Tipologia de cada texto em particular:
Dá-se atenção aqui aos fatores responsáveis pelo sentido do texto.
Cada tipo de texto, de acordo com sua natureza, possui determinadas
propriedades que garantem sua textualidade.
Para ser considerado texto, qualquer manifestação de linguagem, verbal ou
não verbal, deve apresentar as seguintes características:
 ser uma unidade de sentido;
 apresentar marcas da interação entre autor/leitor;
 apresentar marcas do contexto de situação onde se inserem os
sujeitos da interação.
Assim, levando em contas os pontos citados (intenções do produtor, o jogo de
imagens mentais e a tipologia de cada texto), a composição textual será
efetuada com resultados satisfatórios, conseguindo alcançar o objetivo
principal: o aluno (ouvinte).
ROTEIROS IMPRESSOS X ROTEIROS APRESENTADOS
O processo de desenvolvimento de um material educacional resulta de um
planejamento macro como um recurso educacional a ser utilizado em uma
estratégia definida para se atingir um objetivo também já definido. Este
processo é similar tanto para materiais impressos quanto para a produção de
videoaulas. Em ambos os casos, também, utiliza-se um roteiro como
instrumento de planejamento.
Roteiros Impressos
Para os roteiros impressos, basicamente foca-se nos seguintes
elementos de organização:
Introdução / Apresentação:
A introdução do roteiro impresso deve abrir oportunidade ao leitor-estudante de
situar-se no curso, compreender a importância da disciplina, módulo ou tema
no contexto do curso. Deve também informar os principais temas que serão ali
abordados e as finalidades daquele estudo para o processo de formação do
acadêmico.
É também nesse espaço que o autor deve dizer qual é o percurso definido para
o estudo daquele tema: quantas unidades ou seções, como estão organizadas,
se há ou não atividades de avaliação previstas, se há indicação de estudos
suplementares como a seção do SABER + , por exemplo.
Enfim, a introdução é para situar o leitor em relação a seu roteiro de estudo e
em relação à importância daqueles estudos para sua formação.
Desenvolvimento:
É recomendável que o conteúdo da disciplina, módulo ou tema a ser
desenvolvido seja subdividido em unidades, seções ou capítulos, com o intuito
de dar ensejo ao estudante do contato gradual com os conceitos a serem
trabalhados.
No desenvolvimento de cada uma das seções/unidades/capítulos, é necessário
fazer uma pequena introdução com a apresentação dos objetivos pretendidos
no desenvolvimento. Ao final de cada unidade, é importante a proposição de
atividades de avaliação, além de uma seção de SABER + . É relevante que o
autor busque manter um caráter dialógico no desenvolvimento dos temas
propostos para estudo.
Linguagem clara e objetiva é também recomendável para uma boa
compreensão do texto.
Conclusão:
Na conclusão do módulo, disciplina ou tema, é importante que o autor faça uma
síntese das principais ideias trabalhadas. É igualmente interessante
recomendar novas leituras, estimulando o acadêmico a continuar seus estudos
em relação ao tema trabalhado. Da mesma forma, pode-se sugerir uma
atividade de síntese, não se esquecendo da indicação de bibliografia
complementar.
Roteiros Apresentados
No caso da produção de videoaulas, o roteiro é o esboço de uma narrativa que
será realizada através de imagens e sons que buscará apresentar o conteúdo
da aula.
A apresentação deste conteúdo precisa ser estruturada de forma a
potencializar a aprendizagem no aluno, ou seja, é no roteiro da videoaula que
se planeja as ações que promoverão a mediação pedagógica da videoaula.
A seguir estão relacionados alguns benefícios de trabalhar com roteiro de
videoaulas:
 Conhecimento do que e por que está fazendo, e isso poupa
tempo, esforço e material;
 Os diálogos escritos podem ser melhorados durante as filmagens;
 Facilidade em orçar a partir do roteiro do que de uma lista de
locações ou itens;
 O roteiro obriga a visualização dos efeitos das mudanças de cena
e de andamento, assim como ângulos de câmera e campos de visão;
 O roteiro permite planejar as etapas de edição e pós-produção;
 Facilidade de planejar todos os requisitos, como iluminação,
objetos de cena e som.
Para o desenvolvimento e roteirização de uma videoaula, é necessário que
seja feito um trabalho conjunto do professor-conteudista e designer
instrucional.
Para que seja produzido um vídeo de qualidade, que atinja os objetivos
didáticos-pedagógicos, o professor-conteudista que é o especialista no
conteúdo, necessita ter o apoio do designer instrucional na estruturação
didática das cenas e sugestão de elementos audiovisuais enriquecedores,
como animação, ilustrações e sons, visando a mediação pedagógica.
O designer instrucional pode ainda atuar no nível mais técnico do roteiro,
definindo enquadramento de planos e movimentação de câmeras.
Um roteiro feito pela união dos conhecimentos do conteudista, designer
instrucional e roteirista possui muito mais qualidade e faz diferença no
resultado de uma videoaula.
A seguir são apresentadas as responsabilidades de cada um no
desenvolvimento de um roteiro:
 O professor é o detentor do conhecimento técnico sobre o
assunto;
 O designer instrucional é o especialista em educação a distância
e linguagem para EAD;
 O roteirista de vídeo é o especialista na linguagem televisiva e
forma de utilização da mídia.
Neste sentido, para obtermos sucesso na produção de uma Vídeoaula, é muito
importante que estes 3 profissionais estejam em perfeita sintonia, considerando
as atribuições e conhecimentos respectivos. Neste caso, o designer
instrucional poderá assumir a posição de intermediador entre conteúdo a ser
dado, didática a ser trabalhada e utilização da mídia, fazendo este trabalho em
parceria com o professor conteudista e o roteirista.
Com certeza esta não é uma tarefa fácil, porém, quando há uma troca positiva
em que todos os profissionais conseguem somar seus conhecimentos para um
resultado final, o que obtemos é um vídeo dinâmico e eficiente.
A LINGUAGEM TELEVISIVA
Quando se fala em linguagem audiovisual, apresenta-se uma primeira
dificuldade: há diferentes tipos de concepções e usos do termo linguagem. Ele
tem sido utilizado com várias significações.
Ao se tentar identificar as características da linguagem audiovisual, percebe-se
que há várias considerações a esse respeito. Tentaremos esclarecer alguns
pontos que a distinguem de outros tipos de linguagem, conscientes de que não
há opiniões conclusivas sobre o tema.
Muitos autores identificam a linguagem audiovisual com a verbo-icônica,
preferindo até utilizar este termo ao invés daquele.
A linguagem verbo-icônica é aquela que se utiliza de palavras e de imagens e
se refere aos meios audiovisuais na medida em que estes transmitem sua
mensagem através de sons e de imagens. Aqui, as mensagens verbais podem
ser sonoras e visuais, assim como as mensagens não-verbais podem ser,
igualmente, sonoras e visuais. Estes dois elementos, som e imagem,
completam-se. E tal interação constitui a própria mensagem.
Mas há os que recorrem a uma diferente definição de linguagem audiovisual,
identificando-a com a gramática do sistema de codificação dos audiovisuais.
Tratam-se, aqui, dos planos, sequências e movimentos de câmera.
Assim, o fundamento da linguagem audiovisual seria a combinação de planos e
sequências que formam os programas, os tipos de plano (ex.: geral, primeiro,
médio), os movimentos de câmera (ex.: panorâmica, close-up) etc.
Embora seja importante também ter conhecimento de tais elementos, deve-se
ter em mente que a linguagem audiovisual vai mais além da sua gramática,
mesmo porque esta é mutável no tempo, novas técnicas surgem de tempos em
tempos.
Outro fator importante ao entendimento da linguagem da televisão é a
construção da capacidade de analisá-la, sobretudo porque, como educadores,
estaremos apreciando criticamente as mensagens televisivas com nossos
alunos. Esta é a construção do “olhar crítico”.
Especialmente no mundo em que vivemos, onde as mensagens são veiculadas
com grande rapidez, é preciso saber ter o grau de atenção suficiente para
criticá-las.
Resumimos, a seguir, as considerações mais comuns a respeito da linguagem
audiovisual:
 É uma linguagem própria dos meios audiovisuais (cinema,
televisão, vídeo etc);
 Não copia a realidade, mas a recria;
 Tal recriação se dá de forma fragmentada, em partes que não
seguem necessariamente uma sequência linear na apresentação, mas
conformam um todo ao final;
 Hiperestimula os sentidos, modificando as experiências
perceptivas;
 Pode modificar processos mentais, principalmente os
relacionados à capacidade de associação;
 É manifestação da cultura mosaico (desordenada, não linear, em
oposição à organização da cultura tradicional).
Referências
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Acesso em: 26 Set. 2011.
Disponível em: <www.eca.usp.br/prof/moran>.
COLABORATIVO.ORG. Como produzir aulas em vídeo de maneira eficiente?
Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em:
<www.colaborativo.org/blog/2008/07/07>.
POSSARI, L.H.V; NEDER, M.L.C. Material didático para EaD: Processo de
Produção. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em:
<www.uab.ufmt.br/uab/images/livros_download/material_didatico_para_ead_pr
ocesso_de_producao.pdf >.
OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas. Acesso em: 26
Set. 2011. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video-
aulas-on-line>
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO. Linguagem Televisiva. Acesso em: 26 Set. 2011.
Disponível em:
<midiasnaeducacaojoanirse.blogspot.com/2009/05/linguagem-televisiva.html>
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo III
Roteirização de Vídeoaula
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é apresentar como as telemídias se encaixam no
conceito de EAD, o que é um roteiro e, ainda, por quem e como é produzido.
No final do módulo são apresentados 2 modelos de roteiro na prática.
Conteúdos Abordados
EAD X Telemídias
A Educação Telemidiática
A Composição de um Roteiro de Vídeoaulas
EAD X TELEMÍDIAS
Nos últimos anos tem havido muita discussão sobre os meios tecnológicos
aplicados à educação, promovendo o crescimento da educação a distância.
Quando falamos em educação à distância, a tecnologia é usada para mediar o
conteúdo entre professor e o aluno. Assim, rádio, cinema, vídeo, televisão e o
computador começaram a contribuir para essa mediação.
Entre as várias formas de mediações, a telemídia, ou a teleaula como é mais
comumente chamada, é uma das mais conhecidas e antigas.
A seguir, serão apresentadas as principais características de um curso 100%
web e da telemídia, para que entendamos estas mediações muito utilizadas
para EAD.
O modelo WEB
Hoje, quase todos os cursos superiores a distância utilizam a Internet em
algum momento, mas há instituições que têm na Internet o principal suporte.
Os cursos de curta duração podem ser realizados inteiramente online, já nos
superiores, principalmente de graduação, há hoje uma forte pressão pelo
modelo semipresencial.
O modelo WEB foca o conteúdo disponibilizado pela Internet e por CD ou DVD.
Além do material na WEB, os alunos costumam ter material impresso por
disciplina ou módulo.
Os ambientes principais de aprendizagem são o Moodle, o Blackboard e o
Teleduc.
Algumas instituições têm o seu próprio ambiente digital de aprendizagem.
Começa-se a utilizar a webconferência para alguns momentos de interação
presencial com os alunos, para orientações, dúvidas e manutenção de vínculos
afetivos.
Até agora, existem basicamente dois modelos diferentes de Ensino Superior a
Distância via web: o modelo virtual e o modelo semipresencial.
No modelo virtual, a orientação dos alunos é feita a distância, pela Internet ou
telefone.
Os alunos se reportam ao professor e ao tutor durante o semestre e
geralmente se encontram presencialmente só para fazer as avaliações. É um
modelo em que, predominantemente, tudo acontece na Internet e os encontros
presenciais são mais espaçados, porque não existem os pólos para o apoio
semanal.
No modelo semipresencial, os alunos freqüentam pólos perto de onde moram
e, além do tutor online, recorrem ao tutor presencial no pólo, com quem podem
tirar dúvidas e participar das atividades solicitadas, dos laboratórios de
informática e outros específicos do curso.
Esse modelo é replicado pelas universidades públicas, sob a gestão da UAB -
Universidade Aberta do Brasil, que fazem parceria com as prefeituras para a
instalação dos polos de apoio presenciais.
O MODELO TELEMÍDIA (TELEAULA)
No modelo de educação por meio das teleaulas, os alunos são reunidos em
salas e um professor transmite uma ou duas aulas por semana, ao vivo. Os
alunos enviam perguntas e o professor responde a algumas que considera
mais importantes.
Em geral, depois das teleaulas, os alunos se reúnem nas telesalas, em
pequenos grupos, para realizar algumas atividades de discussão e
aprofundamento de questões relacionadas à aula dada, sob a supervisão de
um mediador, chamado professor tutor local.
Além das aulas, os alunos costumam receber material impresso e orientações
de atividades para fazer durante a semana, individualmente, com o
acompanhamento de um professor (tutor online ou eletrônico).
As aulas são variações de professor falando, com ilustração de apresentações
em PowerPoint, trechos de vídeo e alguma interação com a lousa digital.
Os textos das aulas estão num livro impresso ou digital (CD, DVD ou Internet).
Além das teleaulas e das atividades locais com o tutor de sala dos polos, os
alunos acessam (quando podem) o portal do curso na Internet, no qual
encontram alguns materiais complementares, realizam alguma interação, em
geral por fórum, e enviam sua atividade para o tutor online.
Os tutores online são essenciais para o acompanhamento das atividades dos
alunos durante a semana. Eles assistem às aulas, acompanham os alunos nas
atividades individuais e de grupo, tiram dúvidas dos alunos, devolvem com
comentários as atividades realizadas que costumam ser disponibilizadas no
portfólio eletrônico. Organizam os alunos em grupos para poder atendê-los
melhor, além de agendarem chats com esses alunos.
Os tutores de sala ficam nos polos, perto dos alunos, para acompanhá-los nas
atividades presenciais, durante as teleaulas e, depois, nas atividades de sala
feitas em grupo. Durante a semana ajudam os alunos, que vêm aos polos, em
pesquisas nos laboratórios.
Em relação à infraestrutura, há uma exigência maior de bibliotecas no polo, um
livro para cada oito alunos, na bibliografia básica, e uma proporção equivalente
de computadores por número de alunos.
Também as instituições estão mais atentas a criar laboratórios específicos para
cada curso, virtuais e físicos.
Com a regulamentação mais detalhada, elaborada pelo MEC, para autorização
de cursos a distância e a delimitação da infraestrutura necessária para os
polos, os cursos adquirem um caráter mais semipresencial, com maior apoio
local e infraestrutura mais adequada.
Os principais avanços que estão acontecendo na organização acadêmica e
administrativa são:
Busca de aulas mais produzidas, com mais recursos de apoio
(entrevistas, vídeos, animações, jogos). O modelo professor falando com
apoio do PowerPoint está desgastado. Há uma valorização de maior
participação dos alunos, de estabelecer vínculos com os polos, de
quebrar a aula com algumas atividades de discussão ou
problematização intercaladas.
Depois da teleaula, um link dela fica disponível no ambiente
virtual, para que os alunos possam rever a aula quando acharem
conveniente (em algumas instituições, o link fica disponível por poucos
dias, pode ser acessado no polo ou pode ser adquirido no formato DVD,
na biblioteca do polo).
Além das teleaulas há um avanço em algumas instituições no
pós-aula, em que o professor retoma alguns tópicos da teleaula e os
amplia num segundo momento, através de uma webaula, de um podcast
ou recurso semelhante. É uma forma de reforço, ampliação e
personalização da teleaula, para focá-la melhor e tirar dúvidas. Esse
material está disponível para o aluno no ambiente digital do curso. Há
uma ligação maior entre teleaula, a web ou áudio-aula e os estudos
independentes.
Há um melhor aproveitamento da cenografia. Alguns estúdios
contam com equipamento de cenário virtual, que permite inserir o
professor em ambientes relacionados com os temas da sua fala. Há
professores que representam personagens vinculados ao conteúdo,
trazem profissionais que aproximam as ideias teóricas à experiência
prática.
Alguns professores desenvolvem formas de comunicação mais
direta com os alunos: mobilizam os polos com alusões diretas, com
reorganização do espaço físico, com gincanas, concursos, sketches,
representações e simulações.
O recurso de webconferência ou de áudio-conferência pode ser
útil para a orientação de grupos, para tirar algumas dúvidas, para a
orientação de estágio e TCC. Trabalhos de apresentação de alunos
podem ser realizados também dessa forma.
Apesar dos avanços apresentados, é possível observar que as teleaulas
privilegiam a transmissão da informação pelo professor numa época em que a
informação está disponível por várias mídias e que o papel do professor pode
ser muito mais importante caso se transforme em orientador, em
contextualizador das questões dos alunos.
As teleaulas, em um programa de EaD, em geral, funcionam como um
complemento a outras formas de ensino, utilizando-se outras mídias. Devem
estar vinculadas a um projeto de estudos através de material impresso e, de
acordo com as condições e design de um curso, a outras mídias, como o
computador, através da Internet.
De qualquer maneira, o texto escrito, independentemente do suporte, é sempre
a fonte mais consistente de estudos que o programa deve dispor e o aluno
recorrer. Entretanto, não se pode criar uma hierarquia de graus de importância
das mídias, quando se define um design instrucional em um programa de EaD.
Nesse caso específico, a leitura e a televisão não podem ser vistas como
práticas opostas, ao contrário, devem ser pensadas e trabalhadas de forma
complementar, apesar de seguirem padrões comunicativos diferenciados e
ativarem processos mentais diversos.
O que se recomenda é a busca de um dialogismo que, em última instância, é
definidor de um dos princípios mais importantes na EaD: a interatividade.
A EDUCAÇÃO TELEMIDIÁTICA
A chegada da tecnologia de informação e comunicação na escola, da televisão
até a internet, tem provocado comportamentos de entusiamo e resistência por
parte dos educadores.
Uma coleção de preconceitos se transformou em mitos: uns acreditavam que
eram a solução de todos os problemas, outros adotavam uma atitude de
concorrentes ou algo assustador.
Os que acreditavam ser a solução dos problemas de aprendizagem foram
vítimas da prática difundida da tecnologia substituindo a organização, a
explicação e a competência do professor.
O uso da tecnologia deve ter uma função pedagógica bem definida: nem para
substituir professor, nem para preencher falta de preparação ou tempo. Tem
potencial para ajudar no trabalho didático na sala de aula, sobretudo no
processo de pensar por si próprio.
O caminho da educação contemporânea passa pelas tecnologias. Essa não é
uma dinâmica inédita, a não ser na velocidade e na potencialidade. Sempre foi
assim e sempre será: do martelo à pedra, do tinteiro à caneta, da madeira ao
papel, do desenho à fotografia em preto e branco, da fotografia preta e branca
à colorida; da imagem fixa à imagem colorida e movimentada, da lentidão e
paciência do copista à velocidade das redes e satélites.
Quando se usa tecnologias midiáticas na educação, há que se definir o que é
um programa educativo.
A tecnologia não pode ser a indutora do processo educativo.
As ações e atividades educativas como o uso de tecnologias devem ser
orientadas pelo princípio da construção cooperativa e solidária, disseminando o
trabalho coletivo, num projeto que vá além da descrição, procurando constituir
nos educandos a capacidade de analisar, explicar, prever, intervir, solidarizar-
se no processo de construção de uma sociedade mais justa.
Por esse motivo, é necessário procurar pelas interações possíveis que
permitam aos alunos uma compreensão mais ampla e uma atuação mais
consciente em sua realidade (interdisciplinaridade e contextualização).
Aprender é um processo que se vai desenvolvendo aos poucos, tendo os
desafios como fomentadores da aprendizagem complexa. É fundamental
promover a convicção de que aprender é abrir-se ao mundo e aos outros.
A nova cultura telemidiática existente, ou seja, uma nova forma de estar no
mundo, está a desafiar professores, alunos, sistemas de ensino. Todos podem
aprender com a tecnologia que exige uma nova postura educacional da
sociedade.
Educar com a televisão, por exemplo, abrange atividades que lançam mão da
linguagem televisiva para a apresentação e o desenvolvimento de
determinados assuntos ou conteúdos. E também ações que introduzem o aluno
no universo da realização audiovisual, possibilitando a expressão e a criação
próprias por meio dessa nova linguagem.
Parece ficar mais urgente ainda a criação de projetos que procurem superar o
fosso existente entre o saber-fazer e o saber-usar, entre as manifestações
culturais e as educacionais, entre a tradição e o novo.
Para tanto, talvez seja importante compreender primeiro que novo é apenas o
aparato tecnológico, que parece apresentar sempre um compromisso com o
futuro, mas as histórias contadas por meio dele podem remeter a algo que vem
de um tempo remoto, original, e conjugam-se no presente da narrativa atual,
sobretudo a da televisão.
Assim, uma educação que envolva a mídia precisa revelar o cerne da
linguagem e dos produtos dessa cultura audiovisual, buscando aprofundar a
compreensão da forma de expressão televisiva, assim como é feito há muito
nas escolas, com maior ou menor sucesso, com a literatura, por exemplo, para
além da simples recepção e produção.
A COMPOSIÇÃO DE UM ROTEIRO DE Vídeoaulas
As Vídeoaulas possuem características de ensino e didática diferentes, sendo
caracterizadas pela síntese dos conteúdos apresentados nas unidades de
estudo.
As Vídeoaulas são montadas através de roteiros técnicos, desenvolvidos por
roteiristas especialistas na linguagem audiovisual, e devem ser aprovadas pela
equipe responsável.
Tecnicamente um roteiro de tutoria é a previsão dos conteúdos e atividades de
uma aula ou várias aulas que compõem uma unidade de estudo.
O roteiro se complementa como um plano de aula. É preciso que o roteiro e o
plano de ensino sejam coerentes: na definição do que vai ser ensinado num
determinado período, de que modo as atividades devem ser direcionadas, de
como as discussões devem ser feitas e como será a avaliação.
Em resumo, os roteiros são orientações de como o tutor deve agir na mediação
dos conteúdos, dos materiais didáticos impressos e dos materiais didáticos
audiovisuais.
Vejamos as principais informações e estratégias de um roteiro:
Identificação: Nome do roteiro, autor, unidade (módulo), versão e página.
A identificação correta reduz a possibilidade de erros e facilita a produção,
principalmente se há muitos roteiros sendo redigidos simultaneamente por
diversos roteiristas.
Estratégias de sinalização para os leitores: Uso de cores distintas,
storyboards, negritos e sublinhados, maiúsculas, quadros, tabelas, gráficos,
fotos e ilustrações. É importante que o código seja compreendido por todos.
Estratégias de redação: Algumas características recomendáveis para o texto
são:
 Adequação ao contexto, ao curso e aos alunos, ao tempo requerido para
o estudo.
 Precisão e atualidade: Deve-se oferecer representações fiéis dos fatos,
princípios, leis, procedimentos que estão sendo expostos.
 Integração: Deve formar uma unidade com os demais materiais do
curso.
 Abertura e flexibilidade: Deve convidar à crítica, à reflexão, à
complementação em outras fontes, deve sugerir problemas e questionar por
meio de perguntas que levem à análise e à elaboração de respostas.
 Coerência entre os distintos elementos de ensino-aprendizagem do
texto.
 Eficácia: Deve facilitar a aprendizagem por meio do estudo
independente do aluno, esclarecendo dúvidas e propiciando a auto-avaliação.
 Transferibilidade e aplicabilidade: Deve propiciar a transferência positiva
do que foi aprendido, bem como a utilidade e aplicação prática, favorecendo
uma aprendizagem significativa.
 Interatividade: Deve manter um diálogo permanente com o aluno, que
convide ao intercâmbio de opiniões.
Na prática:
Primeiro é preciso fazer um roteiro básico, com uma separação prévia da
quantidade de vídeos necessários para a aula.
Ainda no roteiro básico (geral) é possível incluir dados como:
Dicas para Vídeoaula:
Procure filmar com a câmera fixada;
Filmar em um único ambiente;
Filme em pequenas partes;
Caso queiram explicar algo que não tenham em mãos podem utilizar
fotos ou figuras ilustrativas com suas narrações por traz;
Não utilize nenhum tipo de leitura para as gravações;
Todos devem explicar parte, e aparecer na filmagem.
Edição da Vídeoaula:
No inicio da Vídeoaula devem aparecer as seguintes informações por
escrito: Instituição de ensino, data, cadeira, professores, introdução;
No final deveram aparecer os créditos com nome e sobrenome de cada
um do grupo e a turma;
Entrega da Vídeoaula:
Deverá ser em DVD (mídia) e em formato DVD (arquivo);
Este trabalho deverá ser entregue até dia __/__/__
Critérios avaliativos:
Explicação;
Fidelidade nos assuntos solicitados;
Áudio;
Qualidade de filmagem;
Criatividade na edição.
Cada vídeo deve ter um objetivo bem definido. É preciso escrever um roteiro
detalhado para cada um dos vídeos. A seguir, são apresentados dois exemplos
de roteiros de vídeo para os módulos individualmente.
Nome da Instituição
Autor: Marcelo Correia
Modelo de Escaleta para Roteiro v.1.0
Módulo 01: Descrição da vídeoaula
VÍDEO ÁUDIO
Duração Imagem Grafismo Técnica Som
30s Cena 1: Plano
Conjunto
Abertura
Em meio ao
cenário,
Professor, em pé,
apresenta-se
GC: Nome
do
Professor,
Instituição e
Disciplina
Vinheta de
abertura
Professor dá as
boas-vindas aos
alunos espectadores
Cena 2: Plano
Americano
Abertura
Professor, em pé,
apresenta o
escopo da aula
BG:
música
tema do
programa
Na aula de hoje
abordaremos a
formação do
conhecimento
científico, os demais
tipos de
conhecimento.
Ao final da aula você
será capa de
distinguir o
conhecimento
científico do popular
e...
1 min Cena 3: Primeiro
Plano
Formação do
conhecimento
científico.
Professor expõe
o conteúdo com
apoio de Slides
Slides 2 a 5
Intercalados
com a
imagem do
professor.
Animação
ilustrando
as leis de
Newton
Desce BG. As ideias de Galileu
foram bem
divulgadas no seu
livro O
Experimentador,
com seus métodos
de pesquisa, e foram
as bases para uma
nova concepção da
natureza, que
posteriormente seria
bem aceita e
desenvolvida...
De modo geral, a
obra de Newton
mostrou que o
universo inteiro,
incluindo a Terra, é
governado por leis
naturais, que podem
ser expressas em
termos matemáticos.
[...]
Página 1
40s Cena 7: Plano
Americano
Encerramento
Professor, em pé,
realiza o
encerramento
BG:
música
tema do
programa
Nesta aula vimos os
tipos de
conhecimento.
Apresentamos o
conhecimento
científico e sua
importância no
desenvolvimento da
sociedade...
Gostaria de terminar
com uma frase de
Sigmund Freud:
“Conhecimento é
poder”
Sugerir que os
alunos assistam ao
filme Poeiras das
estrelas III.
20s Cena 8: Primeiro
Plano.
Chamada para
Atividade
Professor narra a
chamada da
atividade
Animação
demonstran
do o acesso
à atividade
no ambiente
virtual de
aprendizage
m
Efeitos
sonoros
acompanh
ando a
animação
(cliques
etc)
Vocês encontrarão
no ambiente virtual
de aprendizagem da
disciplina, na área
desta aula, uma
atividade de
pesquisa proposta...
Acessem a sala e
cliquem...
Página 2
Ao escrever o roteiro detalhado de cada vídeo (módulo) é preciso ter em mente
3 estratégias: Entrada, desenvolvimento e encerramento.
As estratégias de entrada devem ser sempre motivadoras, interessantes, e até
mesmo emotiva para ajudar a introduzir alguém no processo e ao mesmo
tempo tornar o tema atrativo.
Após a(s) cena(s) de abertura, dá-se início às cenas de desenvolvimento, que
devem encadear os conceitos e experiências de forma a facilitar a construção
do conhecimento.
Por fim, as estratégias de encerramento têm a finalidade de envolver o
estudante em um processo que tenha uma lógica e que conduzam a
resultados, conclusões ou compromissos para a prática, de modo que o
desenvolvimento anterior venha a convergir num ponto capaz de abrir caminho
para os passos seguintes.
Mais detalhes sobre as estratégias de estruturação serão apresentados
no módulo 5: Produção de Vídeoaula.
Referências
BRAGA, J.L; CALAZANS, R. Comunicação e Educação. São Paulo: Hacker,
2001.
BRITO, Mário Sérgio da Silva. Tecnologia para a EAD Via Internet. Acesso
em: 28 Set. 2011. Disponível em: <www.lynn.pro.br/pdf/educatec/brito.pdf >.
PEREIRA, Josias. Educação a Distância e EAD - Um casamento em
construção. Acesso em: 28 Set. 2011. Disponível em:
<pt.scribd.com/doc/57545584 >.
TAROUCO, Liane. Internet e Educação. Acesso em: 29 Set. 2011. Disponível
em: <penta2.ufrgs.br/edu/ribie/ribiec/index.htm >.
MORAN, José Manuel. Modelos de Ensino Superior a distância no Brasil.
Acesso em: 29 Set. 2011. Disponível em: <www.sumare.edu.br/portal_sumare/
>.
COUTINHO, Laura Maria. Aprender com o vídeo e câmera. Acesso em: 29
Set. 2011. Disponível em: <midiasnaeducacao-joanirse.blogspot.com/>.
CARVALHO, Ricardo. Como aplicar o ensino a distância na prática. Acesso
em: 30 Set. 2011. Disponível em: <webinsider.uol.com.br/2008/07/01/como-
aplicar-o-ensino-a-distancia-na-pratica/>.
TECNOLOGIA EDUCACIONAL. Design Instrucional para vídeo. Acesso em:
30 Set. 2011. Disponível em: <delinea.com.br/blog/?p=59>.
CARDOSO, M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Metodologia para Construção de
Materiais Didáticos na EAD: Do Plano de Ensino ap Roteiro de Tutoria.
Acesso em: 30 Set. 2011. Disponível em:
<www.abed.org.br/congresso2008/tc/1152008220039.pdf>.
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo IV
Atuação do Tutor/Professor frente às câmeras
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é apresentar uma visão simples de como os
professores precisam se portar frente às câmeras nas gravações de
Vídeoaulas. Tendo em vista a necessidade de preparação dos professores
para ministrarem os cursos, o módulo irá identificar a postura, linguagem e
atitude correta ao ministrarem os cursos frente às câmeras.
Conteudos Abordados
Postura
Linguagem
Atitude em Frente às Câmeras
POSTURA
A expectativa de utilizar tecnologia nas aula traz, ao mesmo tempo, curiosidade
e apreensão pela possibilidade de experimentar um jeito novo de ensinar e
aprender. Representa principalmente um desafio para o professor, que precisa
adaptar sua maneira de ensinar à nova dinâmica da aula.
Em frente as câmeras, o professor precisa se posicionar "para" a câmera,
buscando estar sempre bem iluminado, bem enquadrado, nunca "caindo" da
tela, nem cortando partes de seu corpo. Exatamente como na televisão. Afinal,
ele é o apresentador de um programa educativo ao qual os alunos estão
assistindo em uma tela de TV.
Um bom recurso é programar posições de câmera diferentes para o ambiente
onde está dando aula, dando assim mais dinamismo à transmissão. Se tem
alunos presenciais, deve escolher ângulos que contemplem não só o professor,
mas também os estudantes da sala. Se está sozinho numa sala de geração,
deve programar pelo menos três posições básicas:
Um plano aberto ou geral, para momentos neutros, por exemplo,
enquanto espera que os alunos resolvam um exercício ou enquanto
estão apresentando um seminário;
Um plano mais fechado, da cintura para cima, para quando estiver
dissertando, debatendo ou conversando com os alunos;
Um plano bem fechado, enquadrando a parte superior do peito e
o rosto, para quando quiser ter um pouco mais de intimidade ou
proximidade com os alunos.
Devemos lembrar que os meios audiovisuais exploram nossas emoções e
nossos sentidos, facilitando um aprendizado diferenciado. Usar esses recursos
como ferramenta cognitiva enriquece o relacionamento com os alunos.
Dicas para a apresentação pessoal e atuação:
O professor precisa ter um cuidado especial com a aparência.
Roupas totalmente pretas, com listras finas, de corres berrantes ou
com estampas contrastantes devem ser evitadas, pois podem gerar
desconforto visual para os participantes. Dar preferência às roupas
confortáveis e discretas;
Evitar maquiagens muito carregadas com cores fortes;
Evitar gestos bruscos para não acarretar distorção de imagem;
Evitar movimentos que geram ruídos na mesa (batuques) em
função da sensibilidade dos microfones;
Sinalizar com a cabeça em aprovação ou negação indicando que
está ouvindo e acompanhando as intervenções;
Evitar expressões que sugiram monotonia ou desagrado,
procurando manter o entusiamos e um contato amigável com seus
interlocutores;
Manter o seu tom de voz a um nível de conversação, priorizando
palavras curtas e sentenças simples, entretanto variadas e
expressivas;
Olhar diretamente para a câmera ou para o centro do monitor;
Procurar ficar o mais à vontade possível e ser natural.
LINGUAGEM
É no uso do vocabulário que o professor tem que fazer bonito. Nada de reduzir
palavras no final, engolir ‘ésses’ ou errar a concordância verbal. O português
tem que ser falado corretamente.
Dicas de estilo e legibilidade:
Adote um estilo claro, conciso, preciso, fluido;
Dê preferência às frases curtas;
Prefira verbos ativos e diretos, evite a voz passiva e o
gerúndio;
Use palavras concretas. Evite o uso excessivo de palavras
impessoais como "este", "isso" ou "o qual";
Sempre que possível e necessário, explique todos os
termos técnicos;
Evite clichês, frases feitas e jargão acadêmico;
Use "você", "eu" e "nós";
Ative o conhecimento prévio do aluno. Use analogias,
repetições, exemplos e comparações.
Na linguagem audiovisual um bom som sempre melhora a imagem. Em outras
palavras, a nossa percepção visual é influenciada pelo que ouve. É por isso
que "vemos" melhor as imagens na TV quando elas vem acompanhadas de
uma narrativa em "off", descrevendo a cena.
O professor deve utilizar, ao máximo, esse recurso narrativo na
videoconferência para ir dando sentido ao que os alunos vêem na tela.
Além disso, a fala do professor é um dos pontos fortes da aula. Assim, é
preciso dedicar atenção especial para a dicção e o alcance do microfone.
Atitude em Frente às Câmeras
Em frente as câmeras, o professor tem a possibilidade de incluir a sua própria
imagem e voz. Pode também falar em ”off” sobre imagens fixas (fotos, gráficos,
desenhos), imagens em movimento (em vídeo ou multimídia) e imagens dos
alunos nas salas remotas.
As fontes de áudio e vídeo que podem ser utilizadas na videoconferência
compõem uma narrativa que precisa ter um planejamento para ser mais
eficiente. Isso não quer dizer que o professor tenha que se tornar um roteirista
de TV, mas sim, que ele pode usar sua experiência como telespectador para
imaginar os modos audiovisuais mais agradáveis de passar o conteúdo da sua
disciplina. Isso significa começar a pensar não mais apenas em texto, mas
também em sons e imagens.
O tom de voz é o termômetro para o humor. Se falar forte, com raiva, vai
parecer que está bravo. Se falar muito macio (para as mulheres), pode mostrar
sensualidade fora de hora. Encontre o tom de voz que passa firmeza e
credibilidade, com simpatia.
Ao começar a gravas as aulas, o professor talvez experimente uma certa
insegurança quanto a sua postura. Mas com a prática, a tendência é que essas
tarefas se tornem de tal forma automatizadas que vão permitir ao professor
conjugar conteúdo e forma, num ritmo agradável.
As experiências com a interatividade através da câmeras mostram que, após
um momento inicial de estranhamento, a tela da televisão como que
"desaparece" e os professores nem percebem mais que estão se comunicando
por uma interface tecnológica.
O importante é que o professor se prepare ao máximo para se sentir seguro,
participe das oficinas oferecidas por sua instituição para se familiarizar com o
equipamento e com o novo ambiente didático. Teste seus materiais gráficos
antes de começar as aulas.
Uma boa dica é assistir as aulas de outros professores que já estão ensinando
por Vídeoaula. E depois, conforme o curso vai seguindo, o professor deve
assistir suas aulas para perceber como melhorar o seu desempenho.
É importante lembrar que na educação a distância todos estão aprendendo. E
juntos, alunos e professores vão criar uma nova maneira de ensinar e
aprender. Por essa razão, o professor pode ficar tranquilo e deixar que a aula
flua o mais natural possível, escolhendo a maneira mais adequada para o seu
estilo pessoal e próprio de ensinar.
Referências
UFRGS. Acesso em: 30 Set. 2011. Boas práticas e regras de etiqueta.
Disponível em: <penta3.ufrgs.br/videoconferencia/manual/best_etiquette.htm>.
UFRGS. Acesso em: 30 Set. 2011. Educação a distância por
videoconferência. Disponível em:
<penta2.ufrgs.br/edu/videoconferencia/dulcecruz.htm>.
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo V
Produção de Vídeoaula
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é apresentar as estratégias que podem ser utilizadas
no processo de estruturação de uma Vídeoaula, bem como entender o
processo de transposição didática e, ainda, o que deve conter no encerramento
de uma Vídeoaula.
Conteúdos Abordados
Processo de Estruturação
Desenvolvimento e Transposição de Conteúdos para Vídeoaulas
Finalização de uma Vídeoaula
PROCESSO DE ESTRUTURAÇÃO
A vídeo aula tem como objetivo servir de instrumento mediador que objetiva o
ensino-aprendizagem de um determinado conhecimento, e precisa, portanto,
possuir uma narrativa específica que promova a aprendizagem.
A estrutura didática para a produção de uma vídeo aula para a educação a
distância, tem como regra inicial pensar em primeiro lugar no seu interlocutor e
para tanto ele apresenta três grupos de estratégias que podem ser utilizadas:
Estratégia de entrada;
Estratégias de desenvolvimento;
Estratégias de encerramento.
Esta estrutura quando aplicada ao desenvolvimento das videoaulas, auxiliando
o professor na estruturação das cenas.
Neste sentido, as estratégias de entrada devem ser sempre motivadoras,
interessantes, e até mesmo emotivas para ajudar a introduzir alguém no
processo e ao mesmo tempo tornar o tema atrativo.
Como estratégias de entrada que despertem a curiosidade do aluno, podemos
exemplificar:
 Abrir a videoaula com uma pergunta instigante, aproximando o aluno
através de uma linguagem dialógica e informal.
 Apresentar uma visão geral do tema, sua importância na prática dos
alunos e o objetivo da aula.
 Fazer referência a uma passagem curiosa em um filme, ou um anúncio
de jornal, que ilustre uma problemática que será tratada na aula.
Após a cena de abertura, damos início às cenas de desenvolvimento, que
devem encadear os conceitos e experiências de forma a facilitar a construção
do conhecimento. A inclusão de exemplos e a formulação de perguntas ao
aluno são exemplos de estratégias de desenvolvimento.
Por fim, as estratégias de encerramento têm a finalidade de envolver o
estudante em um processo que tenha uma lógica e que conduzam a
resultados, conclusões ou compromissos para a prática, de modo que o
desenvolvimento anterior venha a convergir num ponto capaz de abrir caminho
para os passos seguintes.
Consideramos uma boa estratégia de encerramento aquela que realiza um
breve resumo, resgatando o objetivo da aula, os principais pontos do
desenvolvimento (principais conceitos apresentados) e abrindo links para
pontos que se possa aprofundar.
Fluxo dos Processos de Produção
O fluxo de processo de produção de uma Vídeoaula é composto por 3 fases:
pré-produção, produção e pós-produção.
A fase de pré-produção consiste na preparação, planejamento e projeto do
vídeo a ser produzido, ou seja, é a etapa que vai desde a concepção da ideia
inicial até a filmagem. Esta fase abrange a capacitação dos tutores que
acompanham os professores durante a gravação.
O professor precisa delimitar aquilo que pretende que seus alunos aprendam,
escolhendo os recursos audiovisuais mais apropriados para atingir seus
objetivos. Na capacitação dos tutores são explicadas questões como:
formatação da apresentação, roupagem adequada ao ambiente, linguagem a
ser utilizada, etc. Após esta etapa, o próximo passo é a verificação e
preparação da infraestrutura para gravação (são testados todos os
equipamentos do estúdio e preparado o cenário específico).
Na fase de produção são feitas as filmagens das cenas que compõem o vídeo.
A equipe de acompanhamento também é responsável pelos seguintes
aspectos na gravação: enquadramento do plano visual, linguagem, tempo de
gravação, apresentação visual do professor, som, luz e acompanhamento do
roteiro pré-produzido.
A fase de pós-produção recobre todas as atividades realizadas para a
finalização do vídeo quando se faz a edição e a organização das tomadas
gravadas para a composição das cenas do vídeo como um todo. Nesta fase é
executada a edição e depois a validação, que tem o objetivo de controle de
qualidade, observando a coerência do conteúdo e a adequação de linguagem.
Além disso, nesta etapa ocorre à criação de grafismos para o vídeo com a
inserção de imagens, gerador de caracteres, músicas e animações em
consonância com o conteúdo e a proposta pedagógica do curso.
A introdução do vídeo previamente gravado e com linguagem audiovisual
adequada permitem exemplificar conteúdos com riqueza de detalhes e
informações promovendo assim, uma maior compreensão do aluno sobre os
conteúdos das aulas.
Porém, não se deve apenas introduzir tecnologias, ou mesmo apresentar
vídeos nas aulas, o uso desses precisam ser contextualizados e planejados
para atender as necessidades pedagógicas para difusão do conteúdo.
Ao construir um vídeo com objetivos pedagógicos, se faz necessário conhecer
os processos de produção para que seja possível efetivar todas as vantagens
que este recurso audiovisual oferece ao ensino/aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO E TRANSPOSIÇÃO DE CONTEÚDOS PARA
Vídeoaulas
Ao se pensar em uma metodologia para construção de materiais didáticos, o
início do caminho é discutir algumas questões pedagógicas.
É possível citarmos três passos necessários para o planejamento de uma
disciplina na EAD:
Definir resultados e objetivos,
Escolher um material de leitura adequado;
Estabelecer um roteiro para a disciplina.
Além disso, a principal pergunta que se deve fazer, ao conceber um plano de
ensino é: O que eu quero que meu aluno aprenda?
A própria educação à distância já possui um alunado diferenciado e, nas
estratégias de ensino, é necessário que o professor (tutor) responsável saiba
que as estratégias utilizadas devem proporcionar ao aluno mais que somente
exercícios de fixação, mas estimular a assimilação do que foi estudado, de
forma que o levem à reflexão e análise crítica.
O papel do professor conteudista implica em atuar como “orientador” ou
“facilitador” do processo educacional, assumindo o papel de parceiro no
processo de construção do conhecimento.
Na modalidade de EAD, até pouco tempo o material impresso era o principal
recurso disponível. Hoje, uma série de outros recursos foram sendo
incorporados no processo de ensino, ampliando as possibilidades de interação
nos cursos a distância.
Os professores que atuam na modalidade de EAD são desafiados ao uso
efetivo das ferramentas tecnológicas e a seleção de técnicas e estratégias de
ensino adequadas para um determinado conteúdo a ser trabalhado.
Para auxiliar no movimento de ensino-aprendizagem busca-se o apoio da
transposição didática digital, que significa analisar, selecionar e inter-relacionar
o conhecimento científico, dando a ele uma relevância e um julgamento de
valor, adequando-o às reais possibilidades cognitivas dos estudantes.
A transposição didática é a essência do ensinar, ou seja, a ação de fabricar
artesanalmente os saberes, tornando-os ensináveis, exercitáveis e passíveis
de avaliação. Essa é uma tradução pragmática dos saberes para atividades e
situações didáticas, onde aparecem como uma resposta ou reação às
situações reais de sala de aula.
Para fazer uma transposição didática eficaz, é preciso:
conhecer a aprendizagem em determinada área e articulá-la com
os princípios gerais da aprendizagem;
selecionar, organizar e distribuir o conteúdo no tempo,
estabelecendo sequência, ordenamento, séries de conceitos e relações,
etapas de análise, síntese e avaliação formativa com as características
dos alunos;
selecionar materiais ou mídias pelos quais os conteúdos serão
apresentados;
selecionar e aplicar técnicas e estratégias de ensino;
relacionar a teoria com a prática através de estratégias de ensino;
promover permanente construção de significados dos
conhecimentos com referência à sua aplicação, pertinência em
situações reais, relevância, validade para a análise e compreensão de
fatos da vida real.
A efetividade da transposição didática necessita dos conhecimentos da área
trabalhada e domínio sólido da estrutura e dos conceitos específicos do
conteúdo apoiado pelas tecnologias.
Na EAD, a preocupação com o processo de avaliação online mediadora é
notória.
Um dos artifícios para a mudança da avaliação é a prática da avaliação
formativa.
Existe uma tendência em conceber a avaliação de forma qualitativa, em
acompanhar o processo de aprendizagem no que diz respeito a conceitos,
princípios e procedimentos.
Com a criação e inserção de ambientes informatizados, interativos e
colaborativos de apoio à aprendizagem, abriu-se a possibilidade de uma
avaliação mais processual e qualitativa, inclusive com a criação de ferramentas
próprias, variadas formas de acompanhamento.
A seguir são apresentados alguns princípios orientadores para concepção de
materiais multimídias:
 Princípio da Multimídia: O aprendizado eletrônico deve incluir
tanto textos quanto gráficos, e não apenas um desses dois tipos de
informação. Isso se deve ao fato de que os alunos aprendem mais ou
melhor quando textos (escritos e falados) e imagens (ilustrações
estáticas, como desenhos, ou dinâmicas como animações) são
combinados, em vez de apresentados separadamente.
 Princípio da proximidade espacial: Os alunos aprendem mais ou
melhor quando textos e gráficos são apresentados de modo integrado,
ou seja, quando os textos estão posicionados próximo às imagens a que
se referem, poupando aos recursos cognitivos a tarefa de reuni-los.
Princípio da Coerência: Descrições textuais detalhadas, histórias que não
dizem respeito aos objetivos de aprendizagem, música de fundo em sons
incidentais que podem sobrecarregar a memória de trabalho. Alunos aprendem
mais ou melhor quando textos, imagens ou sons não relevantes ao assunto são
excluídos, evitando distrações que dividem o limitado potencial de atenção com
os recursos que realmente contribuem para o significado da unidade de
aprendizagem
FINALIZAÇÃO DE UMA VÍDEOAULA
Na conclusão de cada Vídeoaula (módulo, disciplina ou tema), é importante
que o professor (tutor) faça uma síntese das principais ideias trabalhadas,
recuperando os principais conceitos estudados.
É igualmente interessante recomendar novas leituras, estimulando o aluno a
continuar seus estudos em relação ao tema trabalhado.
Pode-se, também, sugerir uma atividade de síntese, não se esquecendo da
indicação de bibliografia complementar.
Uma avaliação poderá ser efetuada, onde o tutor estabelecerá o processo de
avaliação no percurso do aluno mediante atividades que vão sendo
desenvolvidas no decorrer dos estudos e pode também, ao final, propor uma
avaliação de síntese. As avaliações permitem a verificação da compreensão
crítica do aluno sobre o conteúdo das Vídeoaulas.
Todavia, sabemos que o teor das aulas não começa aqui nem termina aí, pois
o processo de interação pressupõe conhecimento prévio de ambos os polos e,
no final do texto, o assunto não se encerra, dado que o processo de leitura é
contínuo.
Referências
SPANHOL, G.K; SPANHOL, F. J. Processos de produção de Vídeoaula.
Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em:
<seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/13903/7812 >.
OLIVEIRA, Jaqueline de Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas on-line.
Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em:
<www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ >.
CARDOSO, M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Metodologia para construção de
materiais didáticos na EAD: Do plano de ensino ao roteiro de tutoria.
Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em:
<www.abed.org.br/congresso2008/tc/1152008220039.pdf >.
MELLO, Guiomar Namo. M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Transposição Didática,
Interdisciplinaridade e contextualização. Acesso em: 05 Out. 2011.
Disponível em:
<www.namodemello.com.br/pdf/escritos/outros/contextinterdisc.pdf >.
POSSARI, L.H.V; NEDER, M.L.C. Material didático para EaD: Processo de
Produção. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em:
<www.uab.ufmt.br/uab/images/livros_download/material_didatico_para_ead_pr
ocesso_de_producao.pdf >.
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo VI
Pré-Produção e Direção
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é apresentar as atividades envolvidas no processo de
pré-produção. O módulo apresenta também uma facilidade e utilidade na
gravação das Vídeoaulas que sé o chamado teleprompter, além de dicas para
as gravações.
Conteúdos Abordados
A gravação, a equipe técnica
O teleprompter e o professor frente às câmeras
Viradas, pausas, recursos e efeitos adequados
Tempo de uma Vídeoaulas
A GRAVAÇÃO, A EQUIPE TÉCNICA
Finalizando o roteiro, vem o processo de pré-produção. É necessário reunir
todas as pessoas envolvidas, decidir quem vai fazer o quê e o que é
necessário para a produção do vídeo.
Esta etapa requer muito esforço e cooperação da equipe.
O conceito de cooperação é mais complexo que o de interação e de
colaboração pois além de pressupor ambos requer relações sociais de respeito
mútuo e não hierárquicas entre os envolvidos, uma postura de tolerância e
convivência com as diferenças e um processo de negociação constante.
A diferença fundamental entre os conceitos de colaboração cooperação reside
no fato de que para haver colaboração o indivíduo deve interagir com o outro
existindo ajuda – mútua ou unilateral.
Para existir cooperação deve haver interação, colaboração,mas também
objetivos comuns, atividades e ações conjuntas e coordenadas.
O próximo passo é a gravação. Nessa parte, é importante ressaltar a qualidade
do som. O áudio de um programa em vídeo é tão importante quanto a imagem.
Além da narrativa textual, um roteiro também é utilizado para planejar a
narrativa visual, ditada pela definição de planos e movimentações de câmera.
Assim, a divisão do filme ou vídeo em planos precisa estar adequada de forma
que a narração apresente-se lógica, clara, contínua, coerente, suave e linear.
A narrativa visual de uma cena, ou seja, o seu enquadramento, pode reforçar
seu aspecto descritivo, narrativo ou emotivo.
Conhecendo os recursos da narrativa visual pode-se, portanto, relacioná-los
com as estratégias de instrução em vídeo, definindo, por exemplo, planos com
apelo emotivo para cenas de motivação, planos descritivos para abordagens
mais genéricas do conteúdo e planos narrativos para conceitos importantes.
É natural que durante a gravação do vídeo surjam pequenas modificações e
ajustes do roteiro. Neste caso, é necessário revisar o resultado do vídeo
produzido, de forma a garantir o foco no objetivo educacional planejado para a
videoaula.
O TELEPROMPTER E O PROFESSOR FRENTE ÀS CÂMERAS / VIRADAS,
PAUSAS, RECURSOS E EFEITOS ADEQUADOS
Um teleprompter, ou teleponto, é um equipamento acoplado às câmaras de
filmagem que exibe o texto a ser lido pelo apresentador.
O teleprompter apresentam na frente da câmera uma imagem dos textos
refletidos em um espelho. A imagem do texto no teleprompter é
eletronicamente invertida da esquerda para a direita para que a imagem no
espelho apareça corretamente.
Sendo apenas meio espelhado, o espelho funciona de duas maneiras:
Primeiro reflete a imagem gerada na tela do teleprompter, permitindo que o
apresentador leia o texto. Segundo, devido a sua semitransparência, o espelho
permite que quase toda a luz da cena passe através de sua superfície e seja
captada pela lente da câmara.
O professor de Vídeoaula pode ler os textos em um teleprompter, gravando sua
Vídeoaula em estúdio.
Quando o professor está lendo no espelho no teleprompter temos a impressão
de que ele está olhando diretamente para a lente da câmara e
consequentemente para o aluno.
Para evitar uma aparência de rigidez, alguns professores desviam o olhar da
câmera periodicamente para suas anotações, especialmente quando querem
dar ênfase a fatos e números.
Normalmente os repórteres memorizam os textos das passagens e
encerramento de suas matérias, e lêem o texto do off fora de cena.
Um teleprompter é a forma mais eficiente de exibir textos para os professores,
especialmente em segmentos longos.
O professor pode utilizar as seguintes orientações quanto ao bom uso do
teleprompter:
Fazer um bom treinamento antes de começar a gravar a Vídeoaula;
Praticar sozinho ou com a ajuda de algum orientador, pelo menos dez
leituras de textos diferentes de, no mínimo, cinco minutos cada uma;
Desenvolver o sincronismo entre a leitura das informações projetadas na
tela e a comunicação visual;
Não ter pressa em chegar ao final do texto;
Sempre que puder, ter a assistência de um operador para regular a
velocidade do texto de acordo com o ritmo da leitura;
Se apressar a leitura, o operador acompanhará, acelerando a velocidade
da projeção. Como consequência, aumentará ainda mais a velocidade da
leitura para acompanhá-lo. Esse círculo vicioso poderá prejudicar a
apresentação;
Ter calma e tranquilidade;
Falar de forma cadenciada e com bom ritmo, atendendo às pausas e
enfatizando as informações mais importantes;
Desfazer a rigidez da postura e demonstrar mais naturalidade com o giro
do tronco, mesmo que esteja usando apenas uma placa de cristal para leitura;
Ter postura natural, girando a cabeça de um lado para o outro somente
no final das frases;
Deixar o semblante arejado e descontraído, para evitar que os alunos
percebam a concentração no texto e o processo de leitura;
Fazer o possível para não mexer os olhos durante a leitura. Treinar para
manter os olhos fixos no meio da linha e em condições de ler a frase toda sem
se movimentar;
É conveniente levar o texto impresso e falar com as folhas nas mãos ou
apoiadas sobre a tribuna, para dar a impressão de que, de vez em quando,
você consulta o texto como um roteiro.
TEMPO DE UMA VÍDEOAULA
Antes de fazer uma Vídeoaula é preciso pensar no seu tempo de duração.
Conforme for gravando, é importante verificar quanto tempo já se passou, pois,
dependendo do público-alvo e do assunto abordado, uma vídeo aula muito
longa pode se tornar cansativa.
Se necessário, faça pausas na gravação para eventuais problemas ou
imprevistos (no caso de uma vídeo aula de programação, se o código do
programa não funcionar por exemplo).
Não é possível determinar um tempo padrão para cada Vídeoaula. O assunto,
maturidade, estilo de curso, entre outros, podem variar, o que irá variar também
o tempo de cada lição.
Vale sempre lembrar que as Vídeoaulas possuem características de ensino e
didática diferentes. São caracterizadas pela síntese dos conteúdos
apresentados nas unidades de estudo. E devido a tal característica, as
Vídeoaulas costumam ser curtas.
Referências
OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas. Acesso em: 05
Out. 2011. Disponível em:
<www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video-aulas-on-
line>
BERNARDO, Viviane. Educação a distância – Fundamentos e Guia
Metodológico. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em:
<www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm>
POLITO, Reinaldo. Aprenda a usar bem o teleprompter. Acesso em: 05 Out.
2011. Disponível em:
<economia.uol.com.br/planodecarreira/artigos/polito/2009/01/26/ult4385u93.jht
m>
Disciplina IX:
Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
Módulo VII
Detalhes Técnicos gerais para
finalização de Vídeoaula
Objetivos do Módulo
O objetivo desse módulo é apresentar como finalizar o processo de
apresentação de videoaulas e a importância do feedback ao aluno.
Conteudos Abordados
Apresentação do Conteúdo
Finalização do Processo de Apresentação
Feedback ao Aluno
APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO
Além da narrativa textual, um roteiro também é utilizado para planejar a
narrativa visual, ditada pela definição de planos e movimentações de câmera.
Assim, a divisão do filme ou vídeo em planos, precisa estar adequada de forma
que a narração apresente-se lógica, clara, contínua, coerente, suave e linear. A
narrativa visual de uma cena, ou seja, o seu enquadramento, pode reforçar seu
aspecto descritivo, narrativo ou emotivo.
Conhecendo os recursos da narrativa visual pode-se, portanto, relacioná-los
com as estratégias de instrução em vídeo, definindo, por exemplo, planos com
apelo emotivo para cenas de motivação, planos descritivos para abordagens
mais genéricas do conteúdo e planos narrativos para conceitos importantes.
É natural que durante a gravação do vídeo surjam pequenas modificações e
ajustes do roteiro. Neste caso, é necessário revisar o resultado do vídeo
produzido, de forma a garantir o foco no objetivo educacional planejado para a
videoaula.
FINALIZAÇÃO DO PROCESSO DE APRESENTAÇÃO
Lembrando a fase de pós-produção, apresentada no módulo 5 deste curso, na
finalização do processo de apresentação é quando se faz a edição e a
organização das tomadas gravadas para a composição das cenas do vídeo
como um todo.
Nesta fase é executada a edição e a validação, que tem o objetivo de controle
de qualidade, observando a coerência do conteúdo e a adequação de
linguagem.
Durante a edição são cortadas partes que não irão para a versão final da aula.
Por exemplo, o arquivo bruto possui 50 minutos de gravação e o produto final
apenas 30 minutos.
Na etapa de finalização ocorre à criação de grafismos para o vídeo com a
inserção de imagens, gerador de caracteres, músicas e animações em
consonância com o conteúdo e a proposta pedagógica do curso.
A utilização de vídeos, sendo estes significativos e integrados aos temas
trabalhados levando em conta uma concepção de currículo integrado, tornará a
aprendizagem mais significativa.
Depois de inserido o material gráfico, o arquivo é disponibilizado, validado pela
equipe pedagógica e publicado.
Não sendo aprovado em sua primeira versão, a Vídeoaula é reeditada, ou até
mesmo regravada.
No caso de reeditada ocorre uma nova validação e aprovada segue para a
publicação.
Quando ocorre a necessidade de regravação, é preciso capacitar o professor,
regravar, editar, validar e posteriormente publicar.
Um fluxo de processo de produção é composto por diversos subprocessos,
atividades e tarefas. E para garantir a qualidade desses processos se faz
necessário acompanhar e avaliar o desempenho dos mesmos. Para tal, busca-
se eleger indicadores e medidas de desempenho.
Os indicadores têm como função indicar as possíveis melhorias no processo
produtivo, e as medidas de desempenho devem indicar os problemas que
podem causar resultados indesejados.
Deste modo, para atingir um fluxo de processos eficiente e eficaz busca-se
observar:
os níveis de produtividade;
a qualidade dos produtos;
a programação da produção;
os custos e as despesas (sendo que para a avaliação do
desempenho do processo de produção, requer indicadores quantitativos
e qualitativos).
Buscando assegurar um fluxo de processo que garanta a qualidade do
conteúdo a ser disseminado, é importante avaliar, acompanhar, gerenciar,
atualizar e melhorar constantemente a forma de produzir materiais
audiovisuais.
FEEDBACK AO ALUNO
Feedback é o procedimento que consiste no retorno de informação a uma
pessoa sobre o desempenho, conduta, ou ação executada por esta,
objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.
O feedback é um importante recurso porque permite que nos vejamos como
somos vistos pelos outros, facilitando a consolidação das ações e seus
resultados; ou seja, garante retorno ao desencadeador das ações sobre os
seus resultados.
Em EAD, com a comunicação intermediada por equipamentos, se torna um
desafio a interatividade e o feedback. Os equipamentos permitem a
transmissão de informações, mas a construção de conhecimentos varia os
graus de interação conforme o suporte técnico que media essa comunicação e
que influencia tanto no conteúdo da comunicação quanto na sua forma.
A natureza da comunicação geralmente se classifica por suas diferentes
formas e graus de interatividade: unidirecional, bidirecional e multidirecional.
Na comunicação unidirecional, o nível de interatividade é baixo, sendo
preponderante na primeira geração de EAD. Este tipo de comunicação ocorre
em uma única direção, do professor para o aluno. Enquadram-se nesse nível
os cursos por correspondência, rádio difusão (TV educativa, emissões
radiofônicas), áudio cassetes, vídeoaulas e outros meios que limitam a
interação com os professores e os demais estudantes.
Na comunicação bidirecional, ocorre uma média interatividade. A comunicação
dá-se em ambas as direções, de professor para aluno e de aluno para
professor.
Na comunicação multidirecional o nível de interatividade é alto. O meio é
enviado de todo local para todo local. Este nível torna possível o uso síncrono e
assíncrono do meio telemático, mediante conferência eletrônica, e-mail, correio
de voz e outras formas de interação.
Qualquer que seja o nível de interação, pelo feedback, o professor tem a
possibilidade de identificar e atender as necessidades individuais dos alunos,
ao mesmo tempo em que se possibilita um fórum de sugestões para o
aprimoramento do curso. Assim, deve-se considerar:
A integração de vários meios de interação: telefone, fax, correio
eletrônico, vídeo etc;
Comentários detalhados sobre as tarefas por escrito, indicando
fontes adicionais para informação suplementar. Devolver as tarefas sem
demora, usando fax ou correio eletrônico;
O estabelecimento de horas de atendimento aos estudantes;
Ao iniciar o curso, solicitar que os alunos estabeleçam contato
com o professor e interajam entre si através de correio eletrônico,
telefone ou outro meio, para que se sintam à vontade com o processo.
Manter e partilhar revistas eletrônicas pode ser bastante eficaz neste
sentido;
O uso de questões pré - aula para promover e encorajar o
pensamento crítico e a participação por parte de todos os alunos.
Compreender que para aprimorar padrões de comunicação
insatisfatórios, demanda tempo.
A apresentação das anotações pelos alunos, com frequência, de
modo que mantenham um diário de pensamentos e idéias sobre o
conteúdo do curso, sobre seus progressos individuais e outras
preocupações;
Conversas telefônicas, on line, ou outro meio, fora do horário de
aula para obter feedback sobre o conteúdo, relevância, andamento,
apresentação de problemas e outras preocupações pedagógicas.
A garantia da participação de todos os estudantes e pontos,
desencorajando, educadamente, aqueles que são monopolizadores.
Em geral, os alunos de videoaula consideram como feedback efetivo aquele
que é:
Imediato, oportuno, e completo;
Formativo e dirigido ao grupo;
Avaliativo;
Construtivo, substantivo e que dê suporte;
Específico, objetivo e individual;
Consistente
Nas vídeoaulas, o feedback é ainda mais crítico, pois os alunos podem se
sentir isolados ou excluídos. Estes alunos necessitam de feedback apropriado
sobre sua atuação, pois a aprendizagem no ambiente não-presencial tem como
complicador a ausência de dados contextuais na comunicação textual
eletrônica. Por isso, é necessário que haja feedback efetivo para minimizar um
pouco a descontextualização e reduzir o sentimento de isolamento.
Referências
OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Módulo produção de vídeo aulas on-
line. Acesso em: 11 Out. 2011. Disponível em:
<www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video-aulas-on-
line>
UFSC. Educação à Distância: Características e Procedimentos
Pedagógicos. Acesso em: 11 Out. 2011. Disponível em:
<www.eps.ufsc.br/disserta98/ribeiro/cap3.html>.

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  • 1. Pós-Graduação em Desenho Instrucional para EaD Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD
  • 2. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo I Módulo 1: Histórico e Características Objetivos do Módulo O objetivo dessa disciplina é apresentar uma visão geral de EAD, sua origem e evolução até a data atual. O módulo apresenta também as principais características e benefícios da EAD, bem como os diferentes níveis que possibilitam ampliar o conceito e incorporar novas tecnologias de comunicação. Conteúdos abordados A História da Educação à Distância As Características da EAD Os Níveis da EAD
  • 3. A História da Educação à Distância A educação a distância (EAD) teve sua origem nos tempos antigos, com as experiências de educação por correspondência, por meio de materiais impressos com tarefas e atividades que eram enviados pelo correio. A educação a distância teve início no final do século XVIII e com maior desenvolvimento a partir de meados do século XIX. Em meados da década de 70 surgiram as primeiras Universidades Abertas com design e implementação sistematizadas de cursos a distância, utilizando, além do material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio e fitas de áudio e vídeo. A educação a distância surgiu devido a necessidade de preparo profissional e cultural de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico. Citando alguns países mais evoluídos em EAD, na Alemanha os cursos a distância existem desde 1890 e nos Estados Unidos desde 1881. Documentos provam ainda que nos Estados Unidos, no início do século XX, existiam produções de filmes educacionais e transmissões radiofônicas. No Brasil, essa prática só chegou com força em 1937 com a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa, do Ministério da Educação. As aulas transmitidas por rádio eram acompanhadas por material impresso. A primeira empresa particular a trazer o serviço de ensino a distância como modalidade de estudo foi o Instituto Monitor, no ano de 1939. Em 1941 foi criado o Instituto Universal Brasileiro, com foco na formação técnica que passou a ensinar por correspondência, por meio de material impresso e, recentemente, fitas de vídeo. Estes dois, o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, foram os únicos que sobreviveram com suas empresas desde o começo e estão ativos até hoje.
  • 4. Em 1948, com a chegada da televisão, surgiram maiores chances de transmitir conhecimentos. Em 1965, o poder público criou a TV Educativa. Em 1967, é instituída a Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e TV Educativas e, com ela, a Rádio e a TV Cultura. Em 1978, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta, lançaram o projeto educativo Telecurso 2º Grau. Em 1981, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Bradesco, colocaram no ar o Telecurso 1º Grau, com o apoio do MEC e da Universidade de Brasília. Em 1994, a Fundação Roberto Marinho, em parceria com a da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), lançou o Telecurso 2000. Ao longo dos anos, muitas outras instituições passaram a aprimorar a modalidade de ensino a distância. Porém, sempre houve preconceitos relacionados aos cursos a distância devido a falta de regulamentação por parte do governo federal. No entanto, isso foi mudado em 1998, por decreto presidencial e, em 1999 surgiram os primeiros cursos superiores regidos por lei no Brasil. Hoje são 215 cursos reconhecidos pelo MEC e a maior procura é pelos cursos supletivos do ensino médio. Com o surgimento da internet na década de 90, a educação a distância vem se aprimorando cada vez mais, por meio de tecnologias que viabilizam mecanismos de comunicação tão eficazes capazes de suprir a distância geográfica entre aluno e professor. Hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância em todos os níveis de ensino, em programas formais e não formais, atendendo a milhões de estudantes. A educação a distância tem sido usada para treinamento e aperfeiçoamento de professores em serviço. Programas não formais de ensino têm sido largamente
  • 5. utilizados para adultos nas áreas da saúde, agricultura e previdência social, tanto pela iniciativa privada como pela governamental. A cada dia, cresce o número de instituições e empresas que desenvolvem programas de treinamento de recursos humanos por meio da modalidade EAD. As Características da EAD A EAD se caracteriza principalmente por alunos e professores não ocuparem o mesmo ambiente/espaço físico e tempo, ou seja, o aluno não necessita se deslocar para um determinado local em uma determinada hora para suas tarefas de aprendizagem. Para que o ensino a distância seja feito com sucesso, os alunos precisam desenvolver uma capacidade de autonomia e independência em seus estudos. Por isso, o aluno é o maior responsável pela aprendizagem. O professor exerce a função de mediador e orientador no curso, mas o grande segredo para o sucesso do ensino a distância é a motivação e autonomia do aluno que se baseia em materiais didáticos elaborados especificamente a ele. O aluno é o foco e o professor possui papel secundário, pois apenas orienta o aluno que por sua vez escolhe o ritmo e a maneira como quer estudar e aprender, de acordo com suas necessidades pessoais. As questões propostas se articulam por meio dos diálogos estabelecidos e a interação de alunos e professores se faz ainda mais necessária. Essa interação, mesmo a distância, pode ser tão efetiva quanto nas situações presenciais. A comunicação no ensino a distância é feita de várias formas: materiais impressos, internet, vídeos, videoconferências, entre outros. Com o ensino a distância é possível personalizar o processo de aprendizagem, garantindo uma seqüência acadêmica que responda ao ritmo do rendimento do aluno.
  • 6. Em geral, o custo da educação a distância é menor do que da educação presencial, podendo chegar 1/3 do custo de um aluno presencial. Outros custos são reduzidos ou até eliminados como tempo, transporte, materiais, entre outros. O treinamento, formação, reciclagem ou capacitação de profissionais é efetuada de forma mais rápida e flexível. Outra grande vantagem é a possibilidade de integração entre as diversas culturas de regiões próximas ou distantes, facilitando a troca de experiências, aumentando a sucessão de conhecimentos por meio da troca colaborativa e cooperativa. O governo federal, através do MEC é o responsável por autorizar a abertura de cursos de educação a distância. É nesse momento, sobretudo, que a qualidade da proposta é avaliada. Os Níveis da EAD O ensino a distância possui diferentes níveis que possibilitam ampliar o conceito e incorporar novas tecnologias de comunicação. Ensino regular com uso de tecnologias a distância: Tanto dentro como fora da sala de aula, os alunos de cursos regulares podem receber materiais. Estes materiais podem ser vídeos, programas de computador, jornais, através de satélite, de redes eletrônicas, de áudio ou vídeo conferência, dos correios, entre outros. Desta forma, é possível a comunicação entre alunos e professores, professores e outros professores e assim por diante. Os professores podem orientar alunos, tirar suas dúvidas por meio do telefone, computador, videofone.
  • 7. Para tanto, as escolas precisam incorporar programas via televisão, vídeo, cabo, satélite. Assim, os alunos podem pesquisar assuntos similares aos de outras escolas e cidades e fazer um intercambio de resultados, ganhando uma nova motivação. A sala de aula não fica confinada a quatro paredes, se abre para outras formas de comunicação e de aprendizagem. Assim, as escolas precisam incorporar formas de de aprendizagem e interação a distância, junto com as presenciais. Ensino regular com tecnologias a distância substitutivas: Centros menos avançados ou carentes podem receber programas, aulas e outros tipos de apoio de outros centros mais ricos e equipados. Exemplo: Nas escolas da periferia e rurais, onde faltem determinados professores qualificados, os alunos podem acompanhar ao vivo as aulas dadas em outros centros, por professores qualificados, por meio da televisão ligada por circuito fechado ou outro sistema. As aulas são registradas por câmera numa escola, transmitidas ao vivo e assistidas por alunos que estão nas escolas carentes, podendo estes fazer perguntas e tirar dúvidas através de sistemas de áudio. Para tanto, as tarifas de comunicação (redes, telefone...) precisam ser amplamente subsidiadas, para tornar viáveis o seu uso na educação. O ensino regular aberto: São cursos presenciais que, em parte, podem ser realizados a distância. As aulas podem ser combinadas com alguns materiais, tempos de ensino não presencial. Algumas matérias optativas ou específicas de um curso regular podem ser realizadas por meio de qualquer sistema de comunicação não presencial.
  • 8. Algumas matérias são dadas sob a forma de tutoria, de estudo dirigido, de materiais por meio de redes eletrônicas ou de vídeo. Os alunos têm que participar desses cursos, mas são dados de forma diferente do que os presenciais. Ensino regular a distância monitoriado: São cursos que dão títulos reconhecidos pelo Ministério de Educação, de nível médio ou superior, onde o aluno se inscreve, e lhe é associado a um professor orientador ou tutor, que o acompanha, em períodos definidos, no andamento do curso à distância. Alguns cursos podem exigir períodos de aulas presenciais em determinado campus. Ensino regular a distância não monitoriado: São, por exemplo, os telecursos até agora existentes no Brasil, onde os alunos só são avaliados ao final do processo. Pressupõe-se que o aluno está acompanhando os cursos pela televisão e comprando os fascículos, e que estuda nos tempos livres para poder passar nos exames finais preparados pelas Secretarias da Educação. Estes cursos costumam durar a metade do tempo dos convencionais. Cursos livres a distância: São cursos de atualização que utilizam tecnologias de comunicação e que podem ser feitos por qualquer pessoa e que dão direito a certificados. Podem ser de nível básico, médio, superior ou de alta especialização. Fazem parte da necessidade de educação permanente. Por isso, a demanda por esses cursos é enorme.
  • 9. Em resumo, os níveis da EAD são: Ensino regular com uso de tecnologias a distância, ensino regular com tecnologias à distância substitutivas, ensino regular aberto, ensino regular a distância monitorizado, ensino regular a distância não monitorizado e os cursos livres à distância. Independente do nível, é preciso investimentos, criar a mentalidade de que o ensino a distância não é algo totalmente diferente do presencial, muito menos inferior, e de que o ensino formal também precisa do auxílio de tecnologias de comunicação a distância. O princípio básico é de que o processo de ensino e aprendizagem tem que superar as barreiras das paredes da sala de aula e incorporar fórmulas flexíveis de acessar novas informações, de criar estruturas abertas de interação, de integrar professores e alunos com outros professores e alunos da mesma cidade, do mesmo país e de outros países.
  • 10. Referências LITTO, F.; FORMIGA, M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: ABED; Prentice Hall, 2008. MORAN, José Manuel. Novos Caminhos no Ensino a Distância: Algumas Propostas. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <www.eca.usp.br/prof/moran/distanci.htm>. BARROS, Ivonio de Barros. Noções de Ensino a Distância. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <www.intelecto.net/ead/ivonio>. BERNARDO, Viviane. Educação a distância: Fundamentos e guia metodológico. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm>. INSTITUTO MONITOR. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <www.institutomonitor.com.br>. TELECURSO 2000. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em:<www.telecurso2000.org.br> INFO ESCOLA. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia> . MEC. Acesso em: 20 Set. 2011. Disponível em: <portal.mec.gov.br>.
  • 11. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo II Adequação da Linguagem de Roteiros Impressos para Linguagem de TV Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é conhecer as semelhanças e diferenças entre roteiros impressos e roteiros para vídeos. O módulo ajuda a identificar os itens que devem ser atentados na elaboração de roteiros e a esclarecer o conceito de linguagem televisiva. Conteúdos Abordados Composição Textual Roteiros Impressos X Roteiros Apresentados A Linguagem Televisiva
  • 12. COMPOSIÇÃO TEXTUAL Uma apresentação por meio de vídeo (TV) parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Os outros estão ao nosso alcance por meio de recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. O vídeo explora basicamente o ver, o visualizar, o ter diante de nós as situações, as pessoas, os cenários, as cores, as relações espaciais (próximo- distante, alto-baixo, direita-esquerda, grande-pequeno, equilíbrio-desequilíbrio). Desenvolve um ver entrecortado, com múltiplos recortes da realidade - através dos planos - e muitos ritmos visuais: imagens estáticas e dinâmicas, câmera fixa ou em movimento, uma ou várias câmeras, personagens quietos ou movendo-se, imagens ao vivo, gravadas ou criadas no computador. O ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, o narrar, o contar histórias. A fala aproxima o vídeo do cotidiano, de como as pessoas se comunicam habitualmente. Os diálogos expressam a fala coloquial, enquanto o narrador "costura" as cenas, as outras falas, dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. A narração falada ancora todo o processo de significação. TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas. O uso de vídeos, como maneira de educar a distância está ficando cada vez mais comum, principalmente com o advento cada vez maior das conexões de internet banda larga.
  • 13. Até pouco tempo atrás, esse tipo de recurso era inimaginável pela demora na exibição desse tipo de conteúdo, mas hoje é mais fácil e plausível a criação e a publicação de vídeos para educação. Para criação de um curso por meio de aulas em vídeo, uma das etapas mais desafiadoras do processo é escrever o roteiro para as aulas. É preciso colocar por escrito o que narrador precisa falar na aula. Quanto mais detalhado, melhor será para o planejamento. O texto deve ter presentes certas peculiaridades do ato comunicativo, tais como: Intenções do produtor: As intenções devem ficar claras no texto. O que ele pretende ao produzi-lo: convencer, impressionar, alarmar, satirizar, informar, pedir, discordar, suscitar indagações a respeito de determinado tema, motivar, entre outros. Na produção textual, geralmente leva-se em conta a função representativa da linguagem, ou seja, pensar a comunicação sempre sob o enfoque da informação, como algo que se dá sem conflito. Quando as falas são produzidas, sejam elas através da linguagem verbal ou não verbal, é preciso fazer sempre com determinadas intenções e objetivos. A interlocução, isto é, o diálogo, no caso de textos de outro autor, não será direta e exclusiva entre autor/leitor (aluno). O professor estará, por meio de seu guia didático, intermediando o diálogo. Isso requer do professor/mediador muita responsabilidade, uma vez que, ao fazer essa mediação, estará trazendo seu processo de interpretação do texto.
  • 14. Por isso, é importante um mergulho no texto escolhido, para tentar extrair respostas para as perguntas: O que pretendia o autor ao produzir esse texto? Quais suas intenções? O que ele propõe, através do texto, para alcançar seu objetivo? Com base nesses questionamentos, o professor/mediador deve buscar, através da organização de seu guia, garantir que o aluno possa produzir um diálogo verdadeiramente profícuo com o autor. O jogo de imagens mentais entre os interlocutores: Esse jogo faz parte do processo de comunicação, estando presente sempre no processo de construção de texto de qualquer natureza e tipo. Se a linguagem é um processo de interação entre falante(autor) e ouvinte(leitor), é preciso ter presente a interação entre falante(produtor) e ouvinte(leitor) no processo de interlocução. Assim, ao se produzir um texto, devem estar presentes os jogos de imagens mentais que cada um dos interlocutores faz de si, do outro, e do outro com relação a si e ao tema do discurso. Se a linguagem é social, seus sujeitos (interlocutores) não são abstratos e ideais. Eles devem ser pensados em situação real da vida social: onde vivem, participam de quais grupos culturais, onde trabalham, que tipo de atividades desenvolvem, que nível de escolaridade possuem, o que sabem sobre esse assunto que estamos trabalhando, que leituras têm a respeito da temática estudada, que recursos têm à disposição para auxiliá-los, etc. Todas essas são questões que devem estar presentes no processo de produção textual. Na produção textual deve ser considerada a questão da intertextualidade: um texto sempre depende do conhecimento de outros textos. Por isso, é preciso preocupar-se com as ideias apresentadas.
  • 15. Tipologia de cada texto em particular: Dá-se atenção aqui aos fatores responsáveis pelo sentido do texto. Cada tipo de texto, de acordo com sua natureza, possui determinadas propriedades que garantem sua textualidade. Para ser considerado texto, qualquer manifestação de linguagem, verbal ou não verbal, deve apresentar as seguintes características:  ser uma unidade de sentido;  apresentar marcas da interação entre autor/leitor;  apresentar marcas do contexto de situação onde se inserem os sujeitos da interação. Assim, levando em contas os pontos citados (intenções do produtor, o jogo de imagens mentais e a tipologia de cada texto), a composição textual será efetuada com resultados satisfatórios, conseguindo alcançar o objetivo principal: o aluno (ouvinte). ROTEIROS IMPRESSOS X ROTEIROS APRESENTADOS O processo de desenvolvimento de um material educacional resulta de um planejamento macro como um recurso educacional a ser utilizado em uma estratégia definida para se atingir um objetivo também já definido. Este processo é similar tanto para materiais impressos quanto para a produção de videoaulas. Em ambos os casos, também, utiliza-se um roteiro como instrumento de planejamento. Roteiros Impressos Para os roteiros impressos, basicamente foca-se nos seguintes elementos de organização:
  • 16. Introdução / Apresentação: A introdução do roteiro impresso deve abrir oportunidade ao leitor-estudante de situar-se no curso, compreender a importância da disciplina, módulo ou tema no contexto do curso. Deve também informar os principais temas que serão ali abordados e as finalidades daquele estudo para o processo de formação do acadêmico. É também nesse espaço que o autor deve dizer qual é o percurso definido para o estudo daquele tema: quantas unidades ou seções, como estão organizadas, se há ou não atividades de avaliação previstas, se há indicação de estudos suplementares como a seção do SABER + , por exemplo. Enfim, a introdução é para situar o leitor em relação a seu roteiro de estudo e em relação à importância daqueles estudos para sua formação. Desenvolvimento: É recomendável que o conteúdo da disciplina, módulo ou tema a ser desenvolvido seja subdividido em unidades, seções ou capítulos, com o intuito de dar ensejo ao estudante do contato gradual com os conceitos a serem trabalhados. No desenvolvimento de cada uma das seções/unidades/capítulos, é necessário fazer uma pequena introdução com a apresentação dos objetivos pretendidos no desenvolvimento. Ao final de cada unidade, é importante a proposição de atividades de avaliação, além de uma seção de SABER + . É relevante que o autor busque manter um caráter dialógico no desenvolvimento dos temas propostos para estudo. Linguagem clara e objetiva é também recomendável para uma boa compreensão do texto.
  • 17. Conclusão: Na conclusão do módulo, disciplina ou tema, é importante que o autor faça uma síntese das principais ideias trabalhadas. É igualmente interessante recomendar novas leituras, estimulando o acadêmico a continuar seus estudos em relação ao tema trabalhado. Da mesma forma, pode-se sugerir uma atividade de síntese, não se esquecendo da indicação de bibliografia complementar. Roteiros Apresentados No caso da produção de videoaulas, o roteiro é o esboço de uma narrativa que será realizada através de imagens e sons que buscará apresentar o conteúdo da aula. A apresentação deste conteúdo precisa ser estruturada de forma a potencializar a aprendizagem no aluno, ou seja, é no roteiro da videoaula que se planeja as ações que promoverão a mediação pedagógica da videoaula. A seguir estão relacionados alguns benefícios de trabalhar com roteiro de videoaulas:  Conhecimento do que e por que está fazendo, e isso poupa tempo, esforço e material;  Os diálogos escritos podem ser melhorados durante as filmagens;  Facilidade em orçar a partir do roteiro do que de uma lista de locações ou itens;  O roteiro obriga a visualização dos efeitos das mudanças de cena e de andamento, assim como ângulos de câmera e campos de visão;  O roteiro permite planejar as etapas de edição e pós-produção;  Facilidade de planejar todos os requisitos, como iluminação, objetos de cena e som.
  • 18. Para o desenvolvimento e roteirização de uma videoaula, é necessário que seja feito um trabalho conjunto do professor-conteudista e designer instrucional. Para que seja produzido um vídeo de qualidade, que atinja os objetivos didáticos-pedagógicos, o professor-conteudista que é o especialista no conteúdo, necessita ter o apoio do designer instrucional na estruturação didática das cenas e sugestão de elementos audiovisuais enriquecedores, como animação, ilustrações e sons, visando a mediação pedagógica. O designer instrucional pode ainda atuar no nível mais técnico do roteiro, definindo enquadramento de planos e movimentação de câmeras. Um roteiro feito pela união dos conhecimentos do conteudista, designer instrucional e roteirista possui muito mais qualidade e faz diferença no resultado de uma videoaula. A seguir são apresentadas as responsabilidades de cada um no desenvolvimento de um roteiro:  O professor é o detentor do conhecimento técnico sobre o assunto;  O designer instrucional é o especialista em educação a distância e linguagem para EAD;  O roteirista de vídeo é o especialista na linguagem televisiva e forma de utilização da mídia. Neste sentido, para obtermos sucesso na produção de uma Vídeoaula, é muito importante que estes 3 profissionais estejam em perfeita sintonia, considerando as atribuições e conhecimentos respectivos. Neste caso, o designer instrucional poderá assumir a posição de intermediador entre conteúdo a ser
  • 19. dado, didática a ser trabalhada e utilização da mídia, fazendo este trabalho em parceria com o professor conteudista e o roteirista. Com certeza esta não é uma tarefa fácil, porém, quando há uma troca positiva em que todos os profissionais conseguem somar seus conhecimentos para um resultado final, o que obtemos é um vídeo dinâmico e eficiente. A LINGUAGEM TELEVISIVA Quando se fala em linguagem audiovisual, apresenta-se uma primeira dificuldade: há diferentes tipos de concepções e usos do termo linguagem. Ele tem sido utilizado com várias significações. Ao se tentar identificar as características da linguagem audiovisual, percebe-se que há várias considerações a esse respeito. Tentaremos esclarecer alguns pontos que a distinguem de outros tipos de linguagem, conscientes de que não há opiniões conclusivas sobre o tema. Muitos autores identificam a linguagem audiovisual com a verbo-icônica, preferindo até utilizar este termo ao invés daquele. A linguagem verbo-icônica é aquela que se utiliza de palavras e de imagens e se refere aos meios audiovisuais na medida em que estes transmitem sua mensagem através de sons e de imagens. Aqui, as mensagens verbais podem ser sonoras e visuais, assim como as mensagens não-verbais podem ser, igualmente, sonoras e visuais. Estes dois elementos, som e imagem, completam-se. E tal interação constitui a própria mensagem. Mas há os que recorrem a uma diferente definição de linguagem audiovisual, identificando-a com a gramática do sistema de codificação dos audiovisuais. Tratam-se, aqui, dos planos, sequências e movimentos de câmera.
  • 20. Assim, o fundamento da linguagem audiovisual seria a combinação de planos e sequências que formam os programas, os tipos de plano (ex.: geral, primeiro, médio), os movimentos de câmera (ex.: panorâmica, close-up) etc. Embora seja importante também ter conhecimento de tais elementos, deve-se ter em mente que a linguagem audiovisual vai mais além da sua gramática, mesmo porque esta é mutável no tempo, novas técnicas surgem de tempos em tempos. Outro fator importante ao entendimento da linguagem da televisão é a construção da capacidade de analisá-la, sobretudo porque, como educadores, estaremos apreciando criticamente as mensagens televisivas com nossos alunos. Esta é a construção do “olhar crítico”. Especialmente no mundo em que vivemos, onde as mensagens são veiculadas com grande rapidez, é preciso saber ter o grau de atenção suficiente para criticá-las. Resumimos, a seguir, as considerações mais comuns a respeito da linguagem audiovisual:  É uma linguagem própria dos meios audiovisuais (cinema, televisão, vídeo etc);  Não copia a realidade, mas a recria;  Tal recriação se dá de forma fragmentada, em partes que não seguem necessariamente uma sequência linear na apresentação, mas conformam um todo ao final;  Hiperestimula os sentidos, modificando as experiências perceptivas;  Pode modificar processos mentais, principalmente os relacionados à capacidade de associação;  É manifestação da cultura mosaico (desordenada, não linear, em oposição à organização da cultura tradicional).
  • 21. Referências MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <www.eca.usp.br/prof/moran>. COLABORATIVO.ORG. Como produzir aulas em vídeo de maneira eficiente? Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <www.colaborativo.org/blog/2008/07/07>. POSSARI, L.H.V; NEDER, M.L.C. Material didático para EaD: Processo de Produção. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <www.uab.ufmt.br/uab/images/livros_download/material_didatico_para_ead_pr ocesso_de_producao.pdf >. OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video- aulas-on-line> MÍDIAS NA EDUCAÇÃO. Linguagem Televisiva. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <midiasnaeducacaojoanirse.blogspot.com/2009/05/linguagem-televisiva.html>
  • 22. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo III Roteirização de Vídeoaula Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é apresentar como as telemídias se encaixam no conceito de EAD, o que é um roteiro e, ainda, por quem e como é produzido. No final do módulo são apresentados 2 modelos de roteiro na prática. Conteúdos Abordados EAD X Telemídias A Educação Telemidiática A Composição de um Roteiro de Vídeoaulas
  • 23. EAD X TELEMÍDIAS Nos últimos anos tem havido muita discussão sobre os meios tecnológicos aplicados à educação, promovendo o crescimento da educação a distância. Quando falamos em educação à distância, a tecnologia é usada para mediar o conteúdo entre professor e o aluno. Assim, rádio, cinema, vídeo, televisão e o computador começaram a contribuir para essa mediação. Entre as várias formas de mediações, a telemídia, ou a teleaula como é mais comumente chamada, é uma das mais conhecidas e antigas. A seguir, serão apresentadas as principais características de um curso 100% web e da telemídia, para que entendamos estas mediações muito utilizadas para EAD. O modelo WEB Hoje, quase todos os cursos superiores a distância utilizam a Internet em algum momento, mas há instituições que têm na Internet o principal suporte. Os cursos de curta duração podem ser realizados inteiramente online, já nos superiores, principalmente de graduação, há hoje uma forte pressão pelo modelo semipresencial. O modelo WEB foca o conteúdo disponibilizado pela Internet e por CD ou DVD. Além do material na WEB, os alunos costumam ter material impresso por disciplina ou módulo. Os ambientes principais de aprendizagem são o Moodle, o Blackboard e o Teleduc.
  • 24. Algumas instituições têm o seu próprio ambiente digital de aprendizagem. Começa-se a utilizar a webconferência para alguns momentos de interação presencial com os alunos, para orientações, dúvidas e manutenção de vínculos afetivos. Até agora, existem basicamente dois modelos diferentes de Ensino Superior a Distância via web: o modelo virtual e o modelo semipresencial. No modelo virtual, a orientação dos alunos é feita a distância, pela Internet ou telefone. Os alunos se reportam ao professor e ao tutor durante o semestre e geralmente se encontram presencialmente só para fazer as avaliações. É um modelo em que, predominantemente, tudo acontece na Internet e os encontros presenciais são mais espaçados, porque não existem os pólos para o apoio semanal. No modelo semipresencial, os alunos freqüentam pólos perto de onde moram e, além do tutor online, recorrem ao tutor presencial no pólo, com quem podem tirar dúvidas e participar das atividades solicitadas, dos laboratórios de informática e outros específicos do curso. Esse modelo é replicado pelas universidades públicas, sob a gestão da UAB - Universidade Aberta do Brasil, que fazem parceria com as prefeituras para a instalação dos polos de apoio presenciais. O MODELO TELEMÍDIA (TELEAULA) No modelo de educação por meio das teleaulas, os alunos são reunidos em salas e um professor transmite uma ou duas aulas por semana, ao vivo. Os alunos enviam perguntas e o professor responde a algumas que considera mais importantes.
  • 25. Em geral, depois das teleaulas, os alunos se reúnem nas telesalas, em pequenos grupos, para realizar algumas atividades de discussão e aprofundamento de questões relacionadas à aula dada, sob a supervisão de um mediador, chamado professor tutor local. Além das aulas, os alunos costumam receber material impresso e orientações de atividades para fazer durante a semana, individualmente, com o acompanhamento de um professor (tutor online ou eletrônico). As aulas são variações de professor falando, com ilustração de apresentações em PowerPoint, trechos de vídeo e alguma interação com a lousa digital. Os textos das aulas estão num livro impresso ou digital (CD, DVD ou Internet). Além das teleaulas e das atividades locais com o tutor de sala dos polos, os alunos acessam (quando podem) o portal do curso na Internet, no qual encontram alguns materiais complementares, realizam alguma interação, em geral por fórum, e enviam sua atividade para o tutor online. Os tutores online são essenciais para o acompanhamento das atividades dos alunos durante a semana. Eles assistem às aulas, acompanham os alunos nas atividades individuais e de grupo, tiram dúvidas dos alunos, devolvem com comentários as atividades realizadas que costumam ser disponibilizadas no portfólio eletrônico. Organizam os alunos em grupos para poder atendê-los melhor, além de agendarem chats com esses alunos. Os tutores de sala ficam nos polos, perto dos alunos, para acompanhá-los nas atividades presenciais, durante as teleaulas e, depois, nas atividades de sala feitas em grupo. Durante a semana ajudam os alunos, que vêm aos polos, em pesquisas nos laboratórios.
  • 26. Em relação à infraestrutura, há uma exigência maior de bibliotecas no polo, um livro para cada oito alunos, na bibliografia básica, e uma proporção equivalente de computadores por número de alunos. Também as instituições estão mais atentas a criar laboratórios específicos para cada curso, virtuais e físicos. Com a regulamentação mais detalhada, elaborada pelo MEC, para autorização de cursos a distância e a delimitação da infraestrutura necessária para os polos, os cursos adquirem um caráter mais semipresencial, com maior apoio local e infraestrutura mais adequada. Os principais avanços que estão acontecendo na organização acadêmica e administrativa são:
  • 27. Busca de aulas mais produzidas, com mais recursos de apoio (entrevistas, vídeos, animações, jogos). O modelo professor falando com apoio do PowerPoint está desgastado. Há uma valorização de maior participação dos alunos, de estabelecer vínculos com os polos, de quebrar a aula com algumas atividades de discussão ou problematização intercaladas.
  • 28. Depois da teleaula, um link dela fica disponível no ambiente virtual, para que os alunos possam rever a aula quando acharem conveniente (em algumas instituições, o link fica disponível por poucos dias, pode ser acessado no polo ou pode ser adquirido no formato DVD, na biblioteca do polo). Além das teleaulas há um avanço em algumas instituições no pós-aula, em que o professor retoma alguns tópicos da teleaula e os amplia num segundo momento, através de uma webaula, de um podcast ou recurso semelhante. É uma forma de reforço, ampliação e personalização da teleaula, para focá-la melhor e tirar dúvidas. Esse material está disponível para o aluno no ambiente digital do curso. Há uma ligação maior entre teleaula, a web ou áudio-aula e os estudos independentes. Há um melhor aproveitamento da cenografia. Alguns estúdios contam com equipamento de cenário virtual, que permite inserir o professor em ambientes relacionados com os temas da sua fala. Há professores que representam personagens vinculados ao conteúdo, trazem profissionais que aproximam as ideias teóricas à experiência prática. Alguns professores desenvolvem formas de comunicação mais direta com os alunos: mobilizam os polos com alusões diretas, com reorganização do espaço físico, com gincanas, concursos, sketches, representações e simulações. O recurso de webconferência ou de áudio-conferência pode ser útil para a orientação de grupos, para tirar algumas dúvidas, para a orientação de estágio e TCC. Trabalhos de apresentação de alunos podem ser realizados também dessa forma.
  • 29. Apesar dos avanços apresentados, é possível observar que as teleaulas privilegiam a transmissão da informação pelo professor numa época em que a informação está disponível por várias mídias e que o papel do professor pode ser muito mais importante caso se transforme em orientador, em contextualizador das questões dos alunos. As teleaulas, em um programa de EaD, em geral, funcionam como um complemento a outras formas de ensino, utilizando-se outras mídias. Devem estar vinculadas a um projeto de estudos através de material impresso e, de acordo com as condições e design de um curso, a outras mídias, como o computador, através da Internet. De qualquer maneira, o texto escrito, independentemente do suporte, é sempre a fonte mais consistente de estudos que o programa deve dispor e o aluno recorrer. Entretanto, não se pode criar uma hierarquia de graus de importância das mídias, quando se define um design instrucional em um programa de EaD. Nesse caso específico, a leitura e a televisão não podem ser vistas como práticas opostas, ao contrário, devem ser pensadas e trabalhadas de forma complementar, apesar de seguirem padrões comunicativos diferenciados e ativarem processos mentais diversos. O que se recomenda é a busca de um dialogismo que, em última instância, é definidor de um dos princípios mais importantes na EaD: a interatividade. A EDUCAÇÃO TELEMIDIÁTICA A chegada da tecnologia de informação e comunicação na escola, da televisão até a internet, tem provocado comportamentos de entusiamo e resistência por parte dos educadores.
  • 30. Uma coleção de preconceitos se transformou em mitos: uns acreditavam que eram a solução de todos os problemas, outros adotavam uma atitude de concorrentes ou algo assustador. Os que acreditavam ser a solução dos problemas de aprendizagem foram vítimas da prática difundida da tecnologia substituindo a organização, a explicação e a competência do professor. O uso da tecnologia deve ter uma função pedagógica bem definida: nem para substituir professor, nem para preencher falta de preparação ou tempo. Tem potencial para ajudar no trabalho didático na sala de aula, sobretudo no processo de pensar por si próprio. O caminho da educação contemporânea passa pelas tecnologias. Essa não é uma dinâmica inédita, a não ser na velocidade e na potencialidade. Sempre foi assim e sempre será: do martelo à pedra, do tinteiro à caneta, da madeira ao papel, do desenho à fotografia em preto e branco, da fotografia preta e branca à colorida; da imagem fixa à imagem colorida e movimentada, da lentidão e paciência do copista à velocidade das redes e satélites. Quando se usa tecnologias midiáticas na educação, há que se definir o que é um programa educativo. A tecnologia não pode ser a indutora do processo educativo. As ações e atividades educativas como o uso de tecnologias devem ser orientadas pelo princípio da construção cooperativa e solidária, disseminando o trabalho coletivo, num projeto que vá além da descrição, procurando constituir nos educandos a capacidade de analisar, explicar, prever, intervir, solidarizar- se no processo de construção de uma sociedade mais justa.
  • 31. Por esse motivo, é necessário procurar pelas interações possíveis que permitam aos alunos uma compreensão mais ampla e uma atuação mais consciente em sua realidade (interdisciplinaridade e contextualização). Aprender é um processo que se vai desenvolvendo aos poucos, tendo os desafios como fomentadores da aprendizagem complexa. É fundamental promover a convicção de que aprender é abrir-se ao mundo e aos outros. A nova cultura telemidiática existente, ou seja, uma nova forma de estar no mundo, está a desafiar professores, alunos, sistemas de ensino. Todos podem aprender com a tecnologia que exige uma nova postura educacional da sociedade. Educar com a televisão, por exemplo, abrange atividades que lançam mão da linguagem televisiva para a apresentação e o desenvolvimento de determinados assuntos ou conteúdos. E também ações que introduzem o aluno no universo da realização audiovisual, possibilitando a expressão e a criação próprias por meio dessa nova linguagem. Parece ficar mais urgente ainda a criação de projetos que procurem superar o fosso existente entre o saber-fazer e o saber-usar, entre as manifestações culturais e as educacionais, entre a tradição e o novo. Para tanto, talvez seja importante compreender primeiro que novo é apenas o aparato tecnológico, que parece apresentar sempre um compromisso com o futuro, mas as histórias contadas por meio dele podem remeter a algo que vem de um tempo remoto, original, e conjugam-se no presente da narrativa atual, sobretudo a da televisão. Assim, uma educação que envolva a mídia precisa revelar o cerne da linguagem e dos produtos dessa cultura audiovisual, buscando aprofundar a compreensão da forma de expressão televisiva, assim como é feito há muito
  • 32. nas escolas, com maior ou menor sucesso, com a literatura, por exemplo, para além da simples recepção e produção. A COMPOSIÇÃO DE UM ROTEIRO DE Vídeoaulas As Vídeoaulas possuem características de ensino e didática diferentes, sendo caracterizadas pela síntese dos conteúdos apresentados nas unidades de estudo. As Vídeoaulas são montadas através de roteiros técnicos, desenvolvidos por roteiristas especialistas na linguagem audiovisual, e devem ser aprovadas pela equipe responsável. Tecnicamente um roteiro de tutoria é a previsão dos conteúdos e atividades de uma aula ou várias aulas que compõem uma unidade de estudo. O roteiro se complementa como um plano de aula. É preciso que o roteiro e o plano de ensino sejam coerentes: na definição do que vai ser ensinado num determinado período, de que modo as atividades devem ser direcionadas, de como as discussões devem ser feitas e como será a avaliação. Em resumo, os roteiros são orientações de como o tutor deve agir na mediação dos conteúdos, dos materiais didáticos impressos e dos materiais didáticos audiovisuais. Vejamos as principais informações e estratégias de um roteiro: Identificação: Nome do roteiro, autor, unidade (módulo), versão e página. A identificação correta reduz a possibilidade de erros e facilita a produção, principalmente se há muitos roteiros sendo redigidos simultaneamente por diversos roteiristas.
  • 33. Estratégias de sinalização para os leitores: Uso de cores distintas, storyboards, negritos e sublinhados, maiúsculas, quadros, tabelas, gráficos, fotos e ilustrações. É importante que o código seja compreendido por todos. Estratégias de redação: Algumas características recomendáveis para o texto são:  Adequação ao contexto, ao curso e aos alunos, ao tempo requerido para o estudo.  Precisão e atualidade: Deve-se oferecer representações fiéis dos fatos, princípios, leis, procedimentos que estão sendo expostos.  Integração: Deve formar uma unidade com os demais materiais do curso.  Abertura e flexibilidade: Deve convidar à crítica, à reflexão, à complementação em outras fontes, deve sugerir problemas e questionar por meio de perguntas que levem à análise e à elaboração de respostas.  Coerência entre os distintos elementos de ensino-aprendizagem do texto.  Eficácia: Deve facilitar a aprendizagem por meio do estudo independente do aluno, esclarecendo dúvidas e propiciando a auto-avaliação.  Transferibilidade e aplicabilidade: Deve propiciar a transferência positiva do que foi aprendido, bem como a utilidade e aplicação prática, favorecendo uma aprendizagem significativa.  Interatividade: Deve manter um diálogo permanente com o aluno, que convide ao intercâmbio de opiniões.
  • 34. Na prática: Primeiro é preciso fazer um roteiro básico, com uma separação prévia da quantidade de vídeos necessários para a aula.
  • 35. Ainda no roteiro básico (geral) é possível incluir dados como: Dicas para Vídeoaula: Procure filmar com a câmera fixada; Filmar em um único ambiente; Filme em pequenas partes; Caso queiram explicar algo que não tenham em mãos podem utilizar fotos ou figuras ilustrativas com suas narrações por traz; Não utilize nenhum tipo de leitura para as gravações; Todos devem explicar parte, e aparecer na filmagem. Edição da Vídeoaula: No inicio da Vídeoaula devem aparecer as seguintes informações por escrito: Instituição de ensino, data, cadeira, professores, introdução; No final deveram aparecer os créditos com nome e sobrenome de cada um do grupo e a turma; Entrega da Vídeoaula: Deverá ser em DVD (mídia) e em formato DVD (arquivo); Este trabalho deverá ser entregue até dia __/__/__ Critérios avaliativos: Explicação; Fidelidade nos assuntos solicitados; Áudio; Qualidade de filmagem; Criatividade na edição.
  • 36. Cada vídeo deve ter um objetivo bem definido. É preciso escrever um roteiro detalhado para cada um dos vídeos. A seguir, são apresentados dois exemplos de roteiros de vídeo para os módulos individualmente.
  • 37. Nome da Instituição Autor: Marcelo Correia Modelo de Escaleta para Roteiro v.1.0 Módulo 01: Descrição da vídeoaula VÍDEO ÁUDIO Duração Imagem Grafismo Técnica Som 30s Cena 1: Plano Conjunto Abertura Em meio ao cenário, Professor, em pé, apresenta-se GC: Nome do Professor, Instituição e Disciplina Vinheta de abertura Professor dá as boas-vindas aos alunos espectadores Cena 2: Plano Americano Abertura Professor, em pé, apresenta o escopo da aula BG: música tema do programa Na aula de hoje abordaremos a formação do conhecimento científico, os demais tipos de conhecimento. Ao final da aula você será capa de distinguir o conhecimento científico do popular e... 1 min Cena 3: Primeiro Plano Formação do conhecimento científico. Professor expõe o conteúdo com apoio de Slides Slides 2 a 5 Intercalados com a imagem do professor. Animação ilustrando as leis de Newton Desce BG. As ideias de Galileu foram bem divulgadas no seu livro O Experimentador, com seus métodos de pesquisa, e foram as bases para uma nova concepção da natureza, que posteriormente seria bem aceita e desenvolvida... De modo geral, a obra de Newton
  • 38. mostrou que o universo inteiro, incluindo a Terra, é governado por leis naturais, que podem ser expressas em termos matemáticos. [...] Página 1 40s Cena 7: Plano Americano Encerramento Professor, em pé, realiza o encerramento BG: música tema do programa Nesta aula vimos os tipos de conhecimento. Apresentamos o conhecimento científico e sua importância no desenvolvimento da sociedade... Gostaria de terminar com uma frase de Sigmund Freud: “Conhecimento é poder” Sugerir que os alunos assistam ao filme Poeiras das estrelas III. 20s Cena 8: Primeiro Plano. Chamada para Atividade Professor narra a chamada da atividade Animação demonstran do o acesso à atividade no ambiente virtual de aprendizage m Efeitos sonoros acompanh ando a animação (cliques etc) Vocês encontrarão no ambiente virtual de aprendizagem da disciplina, na área desta aula, uma atividade de pesquisa proposta... Acessem a sala e cliquem... Página 2 Ao escrever o roteiro detalhado de cada vídeo (módulo) é preciso ter em mente 3 estratégias: Entrada, desenvolvimento e encerramento.
  • 39. As estratégias de entrada devem ser sempre motivadoras, interessantes, e até mesmo emotiva para ajudar a introduzir alguém no processo e ao mesmo tempo tornar o tema atrativo. Após a(s) cena(s) de abertura, dá-se início às cenas de desenvolvimento, que devem encadear os conceitos e experiências de forma a facilitar a construção do conhecimento. Por fim, as estratégias de encerramento têm a finalidade de envolver o estudante em um processo que tenha uma lógica e que conduzam a resultados, conclusões ou compromissos para a prática, de modo que o desenvolvimento anterior venha a convergir num ponto capaz de abrir caminho para os passos seguintes. Mais detalhes sobre as estratégias de estruturação serão apresentados no módulo 5: Produção de Vídeoaula.
  • 40. Referências BRAGA, J.L; CALAZANS, R. Comunicação e Educação. São Paulo: Hacker, 2001. BRITO, Mário Sérgio da Silva. Tecnologia para a EAD Via Internet. Acesso em: 28 Set. 2011. Disponível em: <www.lynn.pro.br/pdf/educatec/brito.pdf >. PEREIRA, Josias. Educação a Distância e EAD - Um casamento em construção. Acesso em: 28 Set. 2011. Disponível em: <pt.scribd.com/doc/57545584 >. TAROUCO, Liane. Internet e Educação. Acesso em: 29 Set. 2011. Disponível em: <penta2.ufrgs.br/edu/ribie/ribiec/index.htm >. MORAN, José Manuel. Modelos de Ensino Superior a distância no Brasil. Acesso em: 29 Set. 2011. Disponível em: <www.sumare.edu.br/portal_sumare/ >. COUTINHO, Laura Maria. Aprender com o vídeo e câmera. Acesso em: 29 Set. 2011. Disponível em: <midiasnaeducacao-joanirse.blogspot.com/>. CARVALHO, Ricardo. Como aplicar o ensino a distância na prática. Acesso em: 30 Set. 2011. Disponível em: <webinsider.uol.com.br/2008/07/01/como- aplicar-o-ensino-a-distancia-na-pratica/>. TECNOLOGIA EDUCACIONAL. Design Instrucional para vídeo. Acesso em: 30 Set. 2011. Disponível em: <delinea.com.br/blog/?p=59>. CARDOSO, M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Metodologia para Construção de Materiais Didáticos na EAD: Do Plano de Ensino ap Roteiro de Tutoria. Acesso em: 30 Set. 2011. Disponível em: <www.abed.org.br/congresso2008/tc/1152008220039.pdf>.
  • 41. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo IV Atuação do Tutor/Professor frente às câmeras Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é apresentar uma visão simples de como os professores precisam se portar frente às câmeras nas gravações de Vídeoaulas. Tendo em vista a necessidade de preparação dos professores para ministrarem os cursos, o módulo irá identificar a postura, linguagem e atitude correta ao ministrarem os cursos frente às câmeras. Conteudos Abordados Postura Linguagem Atitude em Frente às Câmeras
  • 42. POSTURA A expectativa de utilizar tecnologia nas aula traz, ao mesmo tempo, curiosidade e apreensão pela possibilidade de experimentar um jeito novo de ensinar e aprender. Representa principalmente um desafio para o professor, que precisa adaptar sua maneira de ensinar à nova dinâmica da aula. Em frente as câmeras, o professor precisa se posicionar "para" a câmera, buscando estar sempre bem iluminado, bem enquadrado, nunca "caindo" da tela, nem cortando partes de seu corpo. Exatamente como na televisão. Afinal, ele é o apresentador de um programa educativo ao qual os alunos estão assistindo em uma tela de TV. Um bom recurso é programar posições de câmera diferentes para o ambiente onde está dando aula, dando assim mais dinamismo à transmissão. Se tem alunos presenciais, deve escolher ângulos que contemplem não só o professor, mas também os estudantes da sala. Se está sozinho numa sala de geração, deve programar pelo menos três posições básicas: Um plano aberto ou geral, para momentos neutros, por exemplo, enquanto espera que os alunos resolvam um exercício ou enquanto estão apresentando um seminário; Um plano mais fechado, da cintura para cima, para quando estiver dissertando, debatendo ou conversando com os alunos; Um plano bem fechado, enquadrando a parte superior do peito e o rosto, para quando quiser ter um pouco mais de intimidade ou proximidade com os alunos. Devemos lembrar que os meios audiovisuais exploram nossas emoções e nossos sentidos, facilitando um aprendizado diferenciado. Usar esses recursos como ferramenta cognitiva enriquece o relacionamento com os alunos.
  • 43. Dicas para a apresentação pessoal e atuação: O professor precisa ter um cuidado especial com a aparência. Roupas totalmente pretas, com listras finas, de corres berrantes ou com estampas contrastantes devem ser evitadas, pois podem gerar desconforto visual para os participantes. Dar preferência às roupas confortáveis e discretas; Evitar maquiagens muito carregadas com cores fortes; Evitar gestos bruscos para não acarretar distorção de imagem; Evitar movimentos que geram ruídos na mesa (batuques) em função da sensibilidade dos microfones; Sinalizar com a cabeça em aprovação ou negação indicando que está ouvindo e acompanhando as intervenções; Evitar expressões que sugiram monotonia ou desagrado, procurando manter o entusiamos e um contato amigável com seus interlocutores; Manter o seu tom de voz a um nível de conversação, priorizando palavras curtas e sentenças simples, entretanto variadas e expressivas; Olhar diretamente para a câmera ou para o centro do monitor; Procurar ficar o mais à vontade possível e ser natural.
  • 44. LINGUAGEM É no uso do vocabulário que o professor tem que fazer bonito. Nada de reduzir palavras no final, engolir ‘ésses’ ou errar a concordância verbal. O português tem que ser falado corretamente. Dicas de estilo e legibilidade: Adote um estilo claro, conciso, preciso, fluido; Dê preferência às frases curtas; Prefira verbos ativos e diretos, evite a voz passiva e o gerúndio; Use palavras concretas. Evite o uso excessivo de palavras impessoais como "este", "isso" ou "o qual"; Sempre que possível e necessário, explique todos os termos técnicos; Evite clichês, frases feitas e jargão acadêmico; Use "você", "eu" e "nós"; Ative o conhecimento prévio do aluno. Use analogias, repetições, exemplos e comparações. Na linguagem audiovisual um bom som sempre melhora a imagem. Em outras palavras, a nossa percepção visual é influenciada pelo que ouve. É por isso que "vemos" melhor as imagens na TV quando elas vem acompanhadas de uma narrativa em "off", descrevendo a cena. O professor deve utilizar, ao máximo, esse recurso narrativo na videoconferência para ir dando sentido ao que os alunos vêem na tela. Além disso, a fala do professor é um dos pontos fortes da aula. Assim, é preciso dedicar atenção especial para a dicção e o alcance do microfone.
  • 45. Atitude em Frente às Câmeras Em frente as câmeras, o professor tem a possibilidade de incluir a sua própria imagem e voz. Pode também falar em ”off” sobre imagens fixas (fotos, gráficos, desenhos), imagens em movimento (em vídeo ou multimídia) e imagens dos alunos nas salas remotas. As fontes de áudio e vídeo que podem ser utilizadas na videoconferência compõem uma narrativa que precisa ter um planejamento para ser mais eficiente. Isso não quer dizer que o professor tenha que se tornar um roteirista de TV, mas sim, que ele pode usar sua experiência como telespectador para imaginar os modos audiovisuais mais agradáveis de passar o conteúdo da sua disciplina. Isso significa começar a pensar não mais apenas em texto, mas também em sons e imagens. O tom de voz é o termômetro para o humor. Se falar forte, com raiva, vai parecer que está bravo. Se falar muito macio (para as mulheres), pode mostrar sensualidade fora de hora. Encontre o tom de voz que passa firmeza e credibilidade, com simpatia. Ao começar a gravas as aulas, o professor talvez experimente uma certa insegurança quanto a sua postura. Mas com a prática, a tendência é que essas tarefas se tornem de tal forma automatizadas que vão permitir ao professor conjugar conteúdo e forma, num ritmo agradável. As experiências com a interatividade através da câmeras mostram que, após um momento inicial de estranhamento, a tela da televisão como que "desaparece" e os professores nem percebem mais que estão se comunicando por uma interface tecnológica. O importante é que o professor se prepare ao máximo para se sentir seguro, participe das oficinas oferecidas por sua instituição para se familiarizar com o equipamento e com o novo ambiente didático. Teste seus materiais gráficos antes de começar as aulas.
  • 46. Uma boa dica é assistir as aulas de outros professores que já estão ensinando por Vídeoaula. E depois, conforme o curso vai seguindo, o professor deve assistir suas aulas para perceber como melhorar o seu desempenho. É importante lembrar que na educação a distância todos estão aprendendo. E juntos, alunos e professores vão criar uma nova maneira de ensinar e aprender. Por essa razão, o professor pode ficar tranquilo e deixar que a aula flua o mais natural possível, escolhendo a maneira mais adequada para o seu estilo pessoal e próprio de ensinar.
  • 47. Referências UFRGS. Acesso em: 30 Set. 2011. Boas práticas e regras de etiqueta. Disponível em: <penta3.ufrgs.br/videoconferencia/manual/best_etiquette.htm>. UFRGS. Acesso em: 30 Set. 2011. Educação a distância por videoconferência. Disponível em: <penta2.ufrgs.br/edu/videoconferencia/dulcecruz.htm>.
  • 48. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo V Produção de Vídeoaula Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é apresentar as estratégias que podem ser utilizadas no processo de estruturação de uma Vídeoaula, bem como entender o processo de transposição didática e, ainda, o que deve conter no encerramento de uma Vídeoaula. Conteúdos Abordados Processo de Estruturação Desenvolvimento e Transposição de Conteúdos para Vídeoaulas Finalização de uma Vídeoaula
  • 49. PROCESSO DE ESTRUTURAÇÃO A vídeo aula tem como objetivo servir de instrumento mediador que objetiva o ensino-aprendizagem de um determinado conhecimento, e precisa, portanto, possuir uma narrativa específica que promova a aprendizagem. A estrutura didática para a produção de uma vídeo aula para a educação a distância, tem como regra inicial pensar em primeiro lugar no seu interlocutor e para tanto ele apresenta três grupos de estratégias que podem ser utilizadas: Estratégia de entrada; Estratégias de desenvolvimento; Estratégias de encerramento. Esta estrutura quando aplicada ao desenvolvimento das videoaulas, auxiliando o professor na estruturação das cenas. Neste sentido, as estratégias de entrada devem ser sempre motivadoras, interessantes, e até mesmo emotivas para ajudar a introduzir alguém no processo e ao mesmo tempo tornar o tema atrativo. Como estratégias de entrada que despertem a curiosidade do aluno, podemos exemplificar:  Abrir a videoaula com uma pergunta instigante, aproximando o aluno através de uma linguagem dialógica e informal.  Apresentar uma visão geral do tema, sua importância na prática dos alunos e o objetivo da aula.  Fazer referência a uma passagem curiosa em um filme, ou um anúncio de jornal, que ilustre uma problemática que será tratada na aula. Após a cena de abertura, damos início às cenas de desenvolvimento, que devem encadear os conceitos e experiências de forma a facilitar a construção
  • 50. do conhecimento. A inclusão de exemplos e a formulação de perguntas ao aluno são exemplos de estratégias de desenvolvimento. Por fim, as estratégias de encerramento têm a finalidade de envolver o estudante em um processo que tenha uma lógica e que conduzam a resultados, conclusões ou compromissos para a prática, de modo que o desenvolvimento anterior venha a convergir num ponto capaz de abrir caminho para os passos seguintes. Consideramos uma boa estratégia de encerramento aquela que realiza um breve resumo, resgatando o objetivo da aula, os principais pontos do desenvolvimento (principais conceitos apresentados) e abrindo links para pontos que se possa aprofundar. Fluxo dos Processos de Produção O fluxo de processo de produção de uma Vídeoaula é composto por 3 fases: pré-produção, produção e pós-produção. A fase de pré-produção consiste na preparação, planejamento e projeto do vídeo a ser produzido, ou seja, é a etapa que vai desde a concepção da ideia inicial até a filmagem. Esta fase abrange a capacitação dos tutores que acompanham os professores durante a gravação. O professor precisa delimitar aquilo que pretende que seus alunos aprendam, escolhendo os recursos audiovisuais mais apropriados para atingir seus objetivos. Na capacitação dos tutores são explicadas questões como: formatação da apresentação, roupagem adequada ao ambiente, linguagem a ser utilizada, etc. Após esta etapa, o próximo passo é a verificação e preparação da infraestrutura para gravação (são testados todos os equipamentos do estúdio e preparado o cenário específico). Na fase de produção são feitas as filmagens das cenas que compõem o vídeo. A equipe de acompanhamento também é responsável pelos seguintes
  • 51. aspectos na gravação: enquadramento do plano visual, linguagem, tempo de gravação, apresentação visual do professor, som, luz e acompanhamento do roteiro pré-produzido. A fase de pós-produção recobre todas as atividades realizadas para a finalização do vídeo quando se faz a edição e a organização das tomadas gravadas para a composição das cenas do vídeo como um todo. Nesta fase é executada a edição e depois a validação, que tem o objetivo de controle de qualidade, observando a coerência do conteúdo e a adequação de linguagem. Além disso, nesta etapa ocorre à criação de grafismos para o vídeo com a inserção de imagens, gerador de caracteres, músicas e animações em consonância com o conteúdo e a proposta pedagógica do curso. A introdução do vídeo previamente gravado e com linguagem audiovisual adequada permitem exemplificar conteúdos com riqueza de detalhes e informações promovendo assim, uma maior compreensão do aluno sobre os conteúdos das aulas. Porém, não se deve apenas introduzir tecnologias, ou mesmo apresentar vídeos nas aulas, o uso desses precisam ser contextualizados e planejados para atender as necessidades pedagógicas para difusão do conteúdo. Ao construir um vídeo com objetivos pedagógicos, se faz necessário conhecer os processos de produção para que seja possível efetivar todas as vantagens que este recurso audiovisual oferece ao ensino/aprendizagem.
  • 52. DESENVOLVIMENTO E TRANSPOSIÇÃO DE CONTEÚDOS PARA Vídeoaulas Ao se pensar em uma metodologia para construção de materiais didáticos, o início do caminho é discutir algumas questões pedagógicas. É possível citarmos três passos necessários para o planejamento de uma disciplina na EAD: Definir resultados e objetivos, Escolher um material de leitura adequado; Estabelecer um roteiro para a disciplina. Além disso, a principal pergunta que se deve fazer, ao conceber um plano de ensino é: O que eu quero que meu aluno aprenda? A própria educação à distância já possui um alunado diferenciado e, nas estratégias de ensino, é necessário que o professor (tutor) responsável saiba que as estratégias utilizadas devem proporcionar ao aluno mais que somente exercícios de fixação, mas estimular a assimilação do que foi estudado, de forma que o levem à reflexão e análise crítica. O papel do professor conteudista implica em atuar como “orientador” ou “facilitador” do processo educacional, assumindo o papel de parceiro no processo de construção do conhecimento. Na modalidade de EAD, até pouco tempo o material impresso era o principal recurso disponível. Hoje, uma série de outros recursos foram sendo incorporados no processo de ensino, ampliando as possibilidades de interação nos cursos a distância. Os professores que atuam na modalidade de EAD são desafiados ao uso efetivo das ferramentas tecnológicas e a seleção de técnicas e estratégias de ensino adequadas para um determinado conteúdo a ser trabalhado.
  • 53. Para auxiliar no movimento de ensino-aprendizagem busca-se o apoio da transposição didática digital, que significa analisar, selecionar e inter-relacionar o conhecimento científico, dando a ele uma relevância e um julgamento de valor, adequando-o às reais possibilidades cognitivas dos estudantes. A transposição didática é a essência do ensinar, ou seja, a ação de fabricar artesanalmente os saberes, tornando-os ensináveis, exercitáveis e passíveis de avaliação. Essa é uma tradução pragmática dos saberes para atividades e situações didáticas, onde aparecem como uma resposta ou reação às situações reais de sala de aula. Para fazer uma transposição didática eficaz, é preciso: conhecer a aprendizagem em determinada área e articulá-la com os princípios gerais da aprendizagem; selecionar, organizar e distribuir o conteúdo no tempo, estabelecendo sequência, ordenamento, séries de conceitos e relações, etapas de análise, síntese e avaliação formativa com as características dos alunos; selecionar materiais ou mídias pelos quais os conteúdos serão apresentados; selecionar e aplicar técnicas e estratégias de ensino; relacionar a teoria com a prática através de estratégias de ensino; promover permanente construção de significados dos conhecimentos com referência à sua aplicação, pertinência em situações reais, relevância, validade para a análise e compreensão de fatos da vida real. A efetividade da transposição didática necessita dos conhecimentos da área trabalhada e domínio sólido da estrutura e dos conceitos específicos do conteúdo apoiado pelas tecnologias.
  • 54. Na EAD, a preocupação com o processo de avaliação online mediadora é notória. Um dos artifícios para a mudança da avaliação é a prática da avaliação formativa. Existe uma tendência em conceber a avaliação de forma qualitativa, em acompanhar o processo de aprendizagem no que diz respeito a conceitos, princípios e procedimentos. Com a criação e inserção de ambientes informatizados, interativos e colaborativos de apoio à aprendizagem, abriu-se a possibilidade de uma avaliação mais processual e qualitativa, inclusive com a criação de ferramentas próprias, variadas formas de acompanhamento. A seguir são apresentados alguns princípios orientadores para concepção de materiais multimídias:  Princípio da Multimídia: O aprendizado eletrônico deve incluir tanto textos quanto gráficos, e não apenas um desses dois tipos de informação. Isso se deve ao fato de que os alunos aprendem mais ou melhor quando textos (escritos e falados) e imagens (ilustrações estáticas, como desenhos, ou dinâmicas como animações) são combinados, em vez de apresentados separadamente.  Princípio da proximidade espacial: Os alunos aprendem mais ou melhor quando textos e gráficos são apresentados de modo integrado, ou seja, quando os textos estão posicionados próximo às imagens a que se referem, poupando aos recursos cognitivos a tarefa de reuni-los.
  • 55. Princípio da Coerência: Descrições textuais detalhadas, histórias que não dizem respeito aos objetivos de aprendizagem, música de fundo em sons incidentais que podem sobrecarregar a memória de trabalho. Alunos aprendem mais ou melhor quando textos, imagens ou sons não relevantes ao assunto são excluídos, evitando distrações que dividem o limitado potencial de atenção com os recursos que realmente contribuem para o significado da unidade de aprendizagem FINALIZAÇÃO DE UMA VÍDEOAULA Na conclusão de cada Vídeoaula (módulo, disciplina ou tema), é importante que o professor (tutor) faça uma síntese das principais ideias trabalhadas, recuperando os principais conceitos estudados. É igualmente interessante recomendar novas leituras, estimulando o aluno a continuar seus estudos em relação ao tema trabalhado. Pode-se, também, sugerir uma atividade de síntese, não se esquecendo da indicação de bibliografia complementar. Uma avaliação poderá ser efetuada, onde o tutor estabelecerá o processo de avaliação no percurso do aluno mediante atividades que vão sendo desenvolvidas no decorrer dos estudos e pode também, ao final, propor uma avaliação de síntese. As avaliações permitem a verificação da compreensão crítica do aluno sobre o conteúdo das Vídeoaulas. Todavia, sabemos que o teor das aulas não começa aqui nem termina aí, pois o processo de interação pressupõe conhecimento prévio de ambos os polos e, no final do texto, o assunto não se encerra, dado que o processo de leitura é contínuo.
  • 56. Referências SPANHOL, G.K; SPANHOL, F. J. Processos de produção de Vídeoaula. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/13903/7812 >. OLIVEIRA, Jaqueline de Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas on-line. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ >. CARDOSO, M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Metodologia para construção de materiais didáticos na EAD: Do plano de ensino ao roteiro de tutoria. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <www.abed.org.br/congresso2008/tc/1152008220039.pdf >. MELLO, Guiomar Namo. M.Y.N.P; SILVA, A.C.C. Transposição Didática, Interdisciplinaridade e contextualização. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <www.namodemello.com.br/pdf/escritos/outros/contextinterdisc.pdf >. POSSARI, L.H.V; NEDER, M.L.C. Material didático para EaD: Processo de Produção. Acesso em: 26 Set. 2011. Disponível em: <www.uab.ufmt.br/uab/images/livros_download/material_didatico_para_ead_pr ocesso_de_producao.pdf >.
  • 57. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo VI Pré-Produção e Direção Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é apresentar as atividades envolvidas no processo de pré-produção. O módulo apresenta também uma facilidade e utilidade na gravação das Vídeoaulas que sé o chamado teleprompter, além de dicas para as gravações. Conteúdos Abordados A gravação, a equipe técnica O teleprompter e o professor frente às câmeras Viradas, pausas, recursos e efeitos adequados Tempo de uma Vídeoaulas
  • 58. A GRAVAÇÃO, A EQUIPE TÉCNICA Finalizando o roteiro, vem o processo de pré-produção. É necessário reunir todas as pessoas envolvidas, decidir quem vai fazer o quê e o que é necessário para a produção do vídeo. Esta etapa requer muito esforço e cooperação da equipe. O conceito de cooperação é mais complexo que o de interação e de colaboração pois além de pressupor ambos requer relações sociais de respeito mútuo e não hierárquicas entre os envolvidos, uma postura de tolerância e convivência com as diferenças e um processo de negociação constante. A diferença fundamental entre os conceitos de colaboração cooperação reside no fato de que para haver colaboração o indivíduo deve interagir com o outro existindo ajuda – mútua ou unilateral. Para existir cooperação deve haver interação, colaboração,mas também objetivos comuns, atividades e ações conjuntas e coordenadas. O próximo passo é a gravação. Nessa parte, é importante ressaltar a qualidade do som. O áudio de um programa em vídeo é tão importante quanto a imagem. Além da narrativa textual, um roteiro também é utilizado para planejar a narrativa visual, ditada pela definição de planos e movimentações de câmera. Assim, a divisão do filme ou vídeo em planos precisa estar adequada de forma que a narração apresente-se lógica, clara, contínua, coerente, suave e linear.
  • 59. A narrativa visual de uma cena, ou seja, o seu enquadramento, pode reforçar seu aspecto descritivo, narrativo ou emotivo. Conhecendo os recursos da narrativa visual pode-se, portanto, relacioná-los com as estratégias de instrução em vídeo, definindo, por exemplo, planos com apelo emotivo para cenas de motivação, planos descritivos para abordagens mais genéricas do conteúdo e planos narrativos para conceitos importantes. É natural que durante a gravação do vídeo surjam pequenas modificações e ajustes do roteiro. Neste caso, é necessário revisar o resultado do vídeo produzido, de forma a garantir o foco no objetivo educacional planejado para a videoaula. O TELEPROMPTER E O PROFESSOR FRENTE ÀS CÂMERAS / VIRADAS, PAUSAS, RECURSOS E EFEITOS ADEQUADOS Um teleprompter, ou teleponto, é um equipamento acoplado às câmaras de filmagem que exibe o texto a ser lido pelo apresentador. O teleprompter apresentam na frente da câmera uma imagem dos textos refletidos em um espelho. A imagem do texto no teleprompter é eletronicamente invertida da esquerda para a direita para que a imagem no espelho apareça corretamente. Sendo apenas meio espelhado, o espelho funciona de duas maneiras: Primeiro reflete a imagem gerada na tela do teleprompter, permitindo que o apresentador leia o texto. Segundo, devido a sua semitransparência, o espelho permite que quase toda a luz da cena passe através de sua superfície e seja captada pela lente da câmara.
  • 60. O professor de Vídeoaula pode ler os textos em um teleprompter, gravando sua Vídeoaula em estúdio. Quando o professor está lendo no espelho no teleprompter temos a impressão de que ele está olhando diretamente para a lente da câmara e consequentemente para o aluno. Para evitar uma aparência de rigidez, alguns professores desviam o olhar da câmera periodicamente para suas anotações, especialmente quando querem dar ênfase a fatos e números. Normalmente os repórteres memorizam os textos das passagens e encerramento de suas matérias, e lêem o texto do off fora de cena. Um teleprompter é a forma mais eficiente de exibir textos para os professores, especialmente em segmentos longos. O professor pode utilizar as seguintes orientações quanto ao bom uso do teleprompter: Fazer um bom treinamento antes de começar a gravar a Vídeoaula; Praticar sozinho ou com a ajuda de algum orientador, pelo menos dez leituras de textos diferentes de, no mínimo, cinco minutos cada uma; Desenvolver o sincronismo entre a leitura das informações projetadas na tela e a comunicação visual; Não ter pressa em chegar ao final do texto;
  • 61. Sempre que puder, ter a assistência de um operador para regular a velocidade do texto de acordo com o ritmo da leitura; Se apressar a leitura, o operador acompanhará, acelerando a velocidade da projeção. Como consequência, aumentará ainda mais a velocidade da leitura para acompanhá-lo. Esse círculo vicioso poderá prejudicar a apresentação; Ter calma e tranquilidade; Falar de forma cadenciada e com bom ritmo, atendendo às pausas e enfatizando as informações mais importantes; Desfazer a rigidez da postura e demonstrar mais naturalidade com o giro do tronco, mesmo que esteja usando apenas uma placa de cristal para leitura; Ter postura natural, girando a cabeça de um lado para o outro somente no final das frases; Deixar o semblante arejado e descontraído, para evitar que os alunos percebam a concentração no texto e o processo de leitura; Fazer o possível para não mexer os olhos durante a leitura. Treinar para manter os olhos fixos no meio da linha e em condições de ler a frase toda sem se movimentar; É conveniente levar o texto impresso e falar com as folhas nas mãos ou apoiadas sobre a tribuna, para dar a impressão de que, de vez em quando, você consulta o texto como um roteiro.
  • 62. TEMPO DE UMA VÍDEOAULA Antes de fazer uma Vídeoaula é preciso pensar no seu tempo de duração. Conforme for gravando, é importante verificar quanto tempo já se passou, pois, dependendo do público-alvo e do assunto abordado, uma vídeo aula muito longa pode se tornar cansativa. Se necessário, faça pausas na gravação para eventuais problemas ou imprevistos (no caso de uma vídeo aula de programação, se o código do programa não funcionar por exemplo). Não é possível determinar um tempo padrão para cada Vídeoaula. O assunto, maturidade, estilo de curso, entre outros, podem variar, o que irá variar também o tempo de cada lição. Vale sempre lembrar que as Vídeoaulas possuem características de ensino e didática diferentes. São caracterizadas pela síntese dos conteúdos apresentados nas unidades de estudo. E devido a tal característica, as Vídeoaulas costumam ser curtas.
  • 63. Referências OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Produção de Vídeoaulas. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video-aulas-on- line> BERNARDO, Viviane. Educação a distância – Fundamentos e Guia Metodológico. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <www.virtual.epm.br/material/tis/enf/apostila.htm> POLITO, Reinaldo. Aprenda a usar bem o teleprompter. Acesso em: 05 Out. 2011. Disponível em: <economia.uol.com.br/planodecarreira/artigos/polito/2009/01/26/ult4385u93.jht m>
  • 64. Disciplina IX: Design de Roteiros de Vídeoaulas para EaD Módulo VII Detalhes Técnicos gerais para finalização de Vídeoaula Objetivos do Módulo O objetivo desse módulo é apresentar como finalizar o processo de apresentação de videoaulas e a importância do feedback ao aluno. Conteudos Abordados Apresentação do Conteúdo Finalização do Processo de Apresentação Feedback ao Aluno
  • 65. APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO Além da narrativa textual, um roteiro também é utilizado para planejar a narrativa visual, ditada pela definição de planos e movimentações de câmera. Assim, a divisão do filme ou vídeo em planos, precisa estar adequada de forma que a narração apresente-se lógica, clara, contínua, coerente, suave e linear. A narrativa visual de uma cena, ou seja, o seu enquadramento, pode reforçar seu aspecto descritivo, narrativo ou emotivo. Conhecendo os recursos da narrativa visual pode-se, portanto, relacioná-los com as estratégias de instrução em vídeo, definindo, por exemplo, planos com apelo emotivo para cenas de motivação, planos descritivos para abordagens mais genéricas do conteúdo e planos narrativos para conceitos importantes. É natural que durante a gravação do vídeo surjam pequenas modificações e ajustes do roteiro. Neste caso, é necessário revisar o resultado do vídeo produzido, de forma a garantir o foco no objetivo educacional planejado para a videoaula. FINALIZAÇÃO DO PROCESSO DE APRESENTAÇÃO Lembrando a fase de pós-produção, apresentada no módulo 5 deste curso, na finalização do processo de apresentação é quando se faz a edição e a organização das tomadas gravadas para a composição das cenas do vídeo como um todo. Nesta fase é executada a edição e a validação, que tem o objetivo de controle de qualidade, observando a coerência do conteúdo e a adequação de linguagem.
  • 66. Durante a edição são cortadas partes que não irão para a versão final da aula. Por exemplo, o arquivo bruto possui 50 minutos de gravação e o produto final apenas 30 minutos. Na etapa de finalização ocorre à criação de grafismos para o vídeo com a inserção de imagens, gerador de caracteres, músicas e animações em consonância com o conteúdo e a proposta pedagógica do curso. A utilização de vídeos, sendo estes significativos e integrados aos temas trabalhados levando em conta uma concepção de currículo integrado, tornará a aprendizagem mais significativa. Depois de inserido o material gráfico, o arquivo é disponibilizado, validado pela equipe pedagógica e publicado. Não sendo aprovado em sua primeira versão, a Vídeoaula é reeditada, ou até mesmo regravada. No caso de reeditada ocorre uma nova validação e aprovada segue para a publicação. Quando ocorre a necessidade de regravação, é preciso capacitar o professor, regravar, editar, validar e posteriormente publicar. Um fluxo de processo de produção é composto por diversos subprocessos, atividades e tarefas. E para garantir a qualidade desses processos se faz necessário acompanhar e avaliar o desempenho dos mesmos. Para tal, busca- se eleger indicadores e medidas de desempenho. Os indicadores têm como função indicar as possíveis melhorias no processo produtivo, e as medidas de desempenho devem indicar os problemas que podem causar resultados indesejados.
  • 67. Deste modo, para atingir um fluxo de processos eficiente e eficaz busca-se observar: os níveis de produtividade; a qualidade dos produtos; a programação da produção; os custos e as despesas (sendo que para a avaliação do desempenho do processo de produção, requer indicadores quantitativos e qualitativos). Buscando assegurar um fluxo de processo que garanta a qualidade do conteúdo a ser disseminado, é importante avaliar, acompanhar, gerenciar, atualizar e melhorar constantemente a forma de produzir materiais audiovisuais. FEEDBACK AO ALUNO Feedback é o procedimento que consiste no retorno de informação a uma pessoa sobre o desempenho, conduta, ou ação executada por esta, objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados. O feedback é um importante recurso porque permite que nos vejamos como somos vistos pelos outros, facilitando a consolidação das ações e seus resultados; ou seja, garante retorno ao desencadeador das ações sobre os seus resultados. Em EAD, com a comunicação intermediada por equipamentos, se torna um desafio a interatividade e o feedback. Os equipamentos permitem a transmissão de informações, mas a construção de conhecimentos varia os graus de interação conforme o suporte técnico que media essa comunicação e que influencia tanto no conteúdo da comunicação quanto na sua forma.
  • 68. A natureza da comunicação geralmente se classifica por suas diferentes formas e graus de interatividade: unidirecional, bidirecional e multidirecional. Na comunicação unidirecional, o nível de interatividade é baixo, sendo preponderante na primeira geração de EAD. Este tipo de comunicação ocorre em uma única direção, do professor para o aluno. Enquadram-se nesse nível os cursos por correspondência, rádio difusão (TV educativa, emissões radiofônicas), áudio cassetes, vídeoaulas e outros meios que limitam a interação com os professores e os demais estudantes. Na comunicação bidirecional, ocorre uma média interatividade. A comunicação dá-se em ambas as direções, de professor para aluno e de aluno para professor. Na comunicação multidirecional o nível de interatividade é alto. O meio é enviado de todo local para todo local. Este nível torna possível o uso síncrono e assíncrono do meio telemático, mediante conferência eletrônica, e-mail, correio de voz e outras formas de interação. Qualquer que seja o nível de interação, pelo feedback, o professor tem a possibilidade de identificar e atender as necessidades individuais dos alunos, ao mesmo tempo em que se possibilita um fórum de sugestões para o aprimoramento do curso. Assim, deve-se considerar: A integração de vários meios de interação: telefone, fax, correio eletrônico, vídeo etc; Comentários detalhados sobre as tarefas por escrito, indicando fontes adicionais para informação suplementar. Devolver as tarefas sem demora, usando fax ou correio eletrônico; O estabelecimento de horas de atendimento aos estudantes;
  • 69. Ao iniciar o curso, solicitar que os alunos estabeleçam contato com o professor e interajam entre si através de correio eletrônico, telefone ou outro meio, para que se sintam à vontade com o processo. Manter e partilhar revistas eletrônicas pode ser bastante eficaz neste sentido; O uso de questões pré - aula para promover e encorajar o pensamento crítico e a participação por parte de todos os alunos. Compreender que para aprimorar padrões de comunicação insatisfatórios, demanda tempo. A apresentação das anotações pelos alunos, com frequência, de modo que mantenham um diário de pensamentos e idéias sobre o conteúdo do curso, sobre seus progressos individuais e outras preocupações; Conversas telefônicas, on line, ou outro meio, fora do horário de aula para obter feedback sobre o conteúdo, relevância, andamento, apresentação de problemas e outras preocupações pedagógicas. A garantia da participação de todos os estudantes e pontos, desencorajando, educadamente, aqueles que são monopolizadores. Em geral, os alunos de videoaula consideram como feedback efetivo aquele que é: Imediato, oportuno, e completo; Formativo e dirigido ao grupo; Avaliativo; Construtivo, substantivo e que dê suporte; Específico, objetivo e individual; Consistente Nas vídeoaulas, o feedback é ainda mais crítico, pois os alunos podem se sentir isolados ou excluídos. Estes alunos necessitam de feedback apropriado sobre sua atuação, pois a aprendizagem no ambiente não-presencial tem como
  • 70. complicador a ausência de dados contextuais na comunicação textual eletrônica. Por isso, é necessário que haja feedback efetivo para minimizar um pouco a descontextualização e reduzir o sentimento de isolamento.
  • 71. Referências OLIVEIRA, Jaqueline De Mori Jamil. Módulo produção de vídeo aulas on- line. Acesso em: 11 Out. 2011. Disponível em: <www.ebah.com.br/content/ABAAABKMEAJ/modulo-producao-video-aulas-on- line> UFSC. Educação à Distância: Características e Procedimentos Pedagógicos. Acesso em: 11 Out. 2011. Disponível em: <www.eps.ufsc.br/disserta98/ribeiro/cap3.html>.