1. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
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A NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE EM CRISTO
TIAGO 1:1
O autor desta Epístola é Tiago, irmão do Senhor Jesus e líder da
Igreja de Jerusalém (Gl 2.29). Tiago era um homem piedoso e
prático. Isso fica claro no fato de que esta Epístola é a menos
doutrinária e a mais prática do Novo Testamento. A carta foi
escrita como literatura de sabedoria derivada de experiência
pessoal, não apenas de teoria. Tem um vigoroso tom pastoral. A
carta é recheada de imperativos. Em seus 108 versículos há 54
mandamentos que remetem ao sermão do Monte. Seus
parágrafos são curtos e as transições não são tão evidentes,
contudo uma leitura atenta percebe a unidade temática. Tiago
trata de uma fé viva que suporta testes, sobretudo o sofrimento.
Seus leitores originais eram judeus cristãos das classes mais
baixas que trabalhavam para os ricos proprietários de terras, e
estavam familiarizados com tais figuras. Ao que tudo indica esta
carta foi escrita por volta de 45 d.C., pouco antes do Concílio de
Jerusalém, At.15. Uma impressão que muitos têm quando leem
Tiago é que ele contradita Paulo. Por causa disso Martinho Lutero
acabou por desvalorizar a Epístola de Tiago. Calvino entendeu a
posição de Tiago como complementar à de Paulo e não uma
posição contraditória. Fechamos com Calvino quanto à questão,
pois a Bíblia sendo a Palavra de Deus não pode contradizer-se.
Uma exposição de Tiago é importante para a igreja de hoje por
causa do seu tom prático, direto. Tiago trata do divórcio entre a
doutrina e a prática, situação comum nos dias de hoje. Daí a
pertinência e urgência de estudarmos Tiago. E, como ele começa
a sua carta? Ele, de modo objetivo, se identifica de um modo que
revela a sua e a nossa identidade em Cristo. Vejamos:
Ano I Domingo, 28 de julho de 2013
História dos Batistas
Revelação
Salmo 34
Oração
Adoração
Intercessão
Dedicação
2 Coríntios 9:7
Proclamação
Silas R Nogueira
Bênção
Liturgia hoje
Domingos
EBD às 17h00min
Culto às 18h30min
Quinta-feira
Oração e estudo às 20h00min
1º Domingo do mês: Ceia do Senhor
Decifre:
1. Qual o nome da avó da morte?
2. Quem foi o primeiro músico na Bíblia?
3. Quem operou milagre depois de morto?
4. O que deixava Paulo constrangido?
John Clarke (1609-1676) nasceu na Inglaterra, onde se formou
médico. Envolvido com a causa dos puritanos, resolveu partir
da Inglaterra para o Novo Mundo. Chegou em Boston, em
1637. Algum tempo depois, Clarke fundou uma igreja em
Portsmouth em 1638. Mais tarde essa igreja foi também
pastoreada por Obadiah Holmes (1607-1682). Holmes nasceu
em Preston, Lancashire, Inglaterra. Envolvido com a ala
independente dos puritanos, resolveu partir para o Novo
Mundo em 1639. Era um homem de fortes convicções e
chegou a ser preso e açoitado por defender os princípios
batistas. Contra Holmes também pesou o fato de se posicionar
contra o batismo infantil. Ele assumiu o pastorado da igreja
batista em Newport em 1651 e esteve ali até sua morte. A fé
batista na América floresceu. Outras igrejas batistas
começaram a surgir em muitas colônias, mas o núcleo mais
forte foi constituído em Filadélfia. Havia uma igreja batista em
Pennepk, hoje parte da cidade de Filadélfia, foi organizada em
1688 e seu primeiro pastor foi Elias Keach, filho de Benjamim
Keach, notável pastor batista inglês. Em Filadélfia foi
organizada a primeira Associação Batista, em 1707, que
adotou uma Confissão de Fé calcada na confissão batista
inglesa de 1689. No sec XVII arrefecendo a perseguição,
diminuiu crescimento batista. O séc XIX viu o aparecimento da
obra missionária dos batistas norte-americanos.
Continua
Nossos encontros
Staff
Pastor:
Silas R Nogueira
prsilasroberto@ig.com.br
Presbíteros:
Jairo T. Pires
Alan J Pires
Diáconos:
Joredson e Ana
Rosa Souza
Pense nisso:
“Cuidado com a aptidão em
inventar desculpas”
Charles H. Spurgeon
-Espere uma igreja firmemente bíblica
-Espere uma igreja ardorosamente acolhedora
-Espere uma igreja liberalmente generosa
-Espere uma igreja fielmente missionária
Isso será alcançado quando você contribuir efetiva e
afetivamente, orando, servindo, honrando e sustentando
a sua igreja.
O que esperar da CBG?
2. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
O primeiro ponto que quero destacar é a nossa posição em Cristo,
baseado na autodesignação de Tiago aqui. Tiago inicia a sua
carta referindo-se a si mesmo como “servo”. Todas as versões
consultadas – ARA, ARC, ACF, AS21, NVI, BJ trazem “servo”. É
bem possível que a opção pela palavra “servo” se dê por conta do
estigma da escravidão, contudo ao lado disso parece emerge a
influência do latim, que usava “servus”. Seja como for, a palavra
não é essa. Não foi como “servo” que Tiago se apresentou, mas
como “escravo”, no original, “doulos”. Há uma diferença entre ser
“servo” e ser “escravo” de Cristo. Um “servo” tem a liberdade de ir
e vir, de ligar-se a outro amo, mas um “escravo” é possessão de
seu senhor para sempre. Elilzabeth George, citando um
especialista em língua grega afirma que “a palavra grega doulos
(escravo, servo) refere-se a uma posição de obediência completa,
humildade absoluta e lealdade inabalável. a obediência era a
tarefa, a humildade, a posição e a lealdade, o relacionamento que
um senhor esperava de um escravo...”. É interessante notar
que “escravo” é uma das autodesignações preferidas dos
apóstolos e outros autores das Escrituras. Paulo se apresenta
como “escravo” de Cristo em muitas de suas cartas e mesmo é
fazem Pedro (2 Pe1.1), Judas (Jd 1.1) e o apóstolo João (Ap 1.1).
O termo é usado pelo menos 40 vezes no Novo Testamento para
se referir ao crente, e o equivalente hebraico é usado mais de 250
vezes para se referir aos crentes do Antigo Testamento. Portanto,
ao se apresentar como um “escravo” de Deus e de Cristo, Tiago
está fazendo uma profunda declaração que revela a sua posição
em relação à Cristo. A palavra “servo” esconde esse sentido,
camufla a verdade. O chamado do evangelho é um chamado para
nos tornarmos escravos de Cristo. Podemos concluir com
segurança que o Senhor quer que o Seu povo veja a si mesmo
desta forma.
O segundo ponto a destacar é o que significa ser um escravo?
Quero destacar alguns paralelos entre o cristianismo bíblico e a
escravidão do primeiro século.
2.1. Propriedade peculiar: um escravo de Cristo é antes e acima
de tudo alguém que Cristo conquista para si. Tiago não nasceu
escravo de Cristo, mas escravo do pecado. Como filho de José e
Maria, Tiago era escravo do pecado Jo 8:32-34. E todo aquele
que é escravo do pecado é igualmente escravizado pelo diabo e
está morto espiritualmente, Ef. 2:1,2. Assim, no começo, ele não
cria em Jesus (Jo 7:2-5). Mais tarde, não sabemos precisar
quando, mas ao que parece entre a crucificação e ressurreição,
ele foi conquistado por Cristo. Paulo diz que o cristão é alguém
que foi “comprado” em 2 Co. 6: 20; 7:23 e usa o termo gr.
agorazo, próprio para a compra de escravos no mercado (cf. 1 Pe
1:17-19; Ap.5:9). Assim sendo, o escravo de Cristo é alguém que
foi comprado por Cristo. É sua propriedade. A lição para nós aqui
é que como cristãos não temos autonomia. Nós não somos os
donos do nosso destino nem os capitães de nossas almas.
Fomos comprados por um preço e por isso pertencemos Àquele
que pagou esse preço. Isso Tiago deixa claro em 4:13-15.
2.2. Obediência irrestrita: o servo cumpre as ordens, não discute
sobre elas, Lc 7:8. William Barclay assinala “o escravo não
reconhece outra lei à parte da palavra de seu amo ou senhor; não
tem direitos próprios de nenhuma classe. É possessão absoluta
de seu senhor e está ligado a este por uma total e indisputável
obediência”. Nesta carta Tiago exalta a obediência prática,
1:22;2:12; 3:13; 4:7. O cristão como escravo de Cristo deve
buscar cumprir a palavra do Seu Senhor.
2.3. Lealdade exclusiva: Dr Barclay assinala “é a atitude de um
homem que não tem interesses próprios porque está plenamente
entregue a Deus.. O que faz, ele o faz para Deus. Os logros e as
preferências próprias não entram em seus cálculos. Sua lealdade
é em relação a Deus”. Tiago demonstrou lealdade até à morte.
Segundo a narrativa história, Tiago foi martirizado por
apedrejamento em 62 d.C. a mando do sacerdote Ananos. Tiago
era um homem piedoso e prático, amado pelo povo, mas odiado
pelos líderes judeus. O sumo sacerdote Ananos acusou Tiago de
quebrar as leis de Deus por acreditar ser Jesus o Cristo de Deus.
Ele não negou a sua fé e demonstrou lealdade até o fim.
2.4. Dependência total: o escravo também é marcado por
uma total dependência – ele era completamente dependente de
seu dono para a provisão das necessidades básicas da vida. Da
mesma forma, o cristão deve humildemente depender
inteiramente da benevolência de nosso Mestre, e de nenhuma
maneira de nós mesmos (Mt 5.3; 1 Pe 4.11). E porque Ele é um
Mestre amoroso e bondoso, todas as nossas necessidades são
satisfeitas e nós somos livres para servir nosso Mestre sem
obstáculos e com todo o entusiasmo e alegria. Ele nos concedeu
a maior de todas as nossas necessidades, a salvação, 1:17,18.
2.5. Humildade absoluta: não havia ninguém abaixo do escravo. O
escravo é a mais baixa categoria social. Tiago demonstra aqui a
sua humildade. Ele foi considerado por Paulo como “apóstolo” (Gl
1:19), pessoa de grande influência na Igreja (Gl 2:6) e uma das
colunas da igreja (Gl 2:9). Além disso, era irmão do Senhor Jesus.
Contudo, ao referir-se a sai mesmo prefere descrever-se como
um “escravo”. Ele entendeu que Deus resiste aos soberbos, mas
dá graça aos humildes, 4:6,7.
2.6. Empenhado no serviço: o escravo desempenha uma função
para seu senhor, assim todo cristão deve estar ativamente
envolvido na obra do Senhor. A evangelização é apresentada pelo
apóstolo Paulo como uma “obrigação”, algo que é imposto sobre
ele, 1 Co. 9:16. Ele irá desempenhá-la com zelo e com
entusiasmo. Essa é mesmo a tarefa primordial de todos os
cristãos, Mt 28:19-20; At 1:8. Além disso, Deus distribuiu seus
dons a cada um de nós e isso impõe sobre nós a
responsabilidade de estar ativamente envolvido na igreja.
Por fim, notamos que há um grande paradoxo envolvido na
questão de sermos escravos de Cristo. O cristianismo apresenta
muitos paradoxos, um deles é o de sermos escravos. O paradoxo
é uma contradição aparente, que numa análise detalhada, pode
ser resolvido, vejamos:
3.1. Liberdade é ser escravo. Murray Harris afirmou que “um dos
paradoxos cristãos clássicos é que a liberdade leva à escravidão
e a escravidão à liberdade”. Paulo afirma que Cristo nos chamou
à liberdade (Gl 5:1), contudo a liberdade oferecida implica em
tomar o jugo de Cristo (Mt 11:29), isto é, se tornar escravo dEle.
Ninguém é verdadeiramente livre se não for escravo de Cristo. A
liberdade oferecida por Cristo não é liberdade para pecar, mas
liberdade do pecado para poder servir a Deus livremente.
3.2. Os escravos são amigos. O escravo não possuía uma relação
de amizade com seu senhor. Mas Cristo afirma que seus
discípulos não são meramente seus escravos, mas seus amigos,
Jo 15:15. Isso implica em desfazer a inimizade estabelecida pelo
pecado, Rm 5:10. Somos reconciliados com Deus por meio de
Cristo. Isso implica em filiação. Todo escravo de Cristo é filho de
Deus.
3.3. Os escravos não possuem nada, mas serão herdeiros de
tudo. Os escravos não possuem nada. Mas as Escrituras nos
asseguram que seremos herdeiros com Cristo, Rm 8.17.
Possuiremos a terra que hoje nos é negada.
Minha pergunta é: esta sua identidade? Você aceita de bom grado
este título: um escravo de Cristo? A realidade de ser propriedade
exclusiva e pessoalmente responsável estimula você a ser
completamente submisso? Singularmente devoto? Totalmente
dependente? Ao empregar a metáfora de escravos, é assim que
as Escrituras descrevem um verdadeiro crente em Cristo.
Silas Roberto Nogueira
Recomendação de leitura:
Os Batistas e a Doutrina da Eleição, Robert B. Seplh,
Editora Fiel.