O documento descreve como Jesus caminhava sobre a água para alcançar seus discípulos durante uma tempestade, apesar de sua ajuda inicialmente os assustar. Ele os tranquiliza, entra no barco e acalma os ventos, demonstrando ser o Senhor da natureza e que "com Cristo no barco tudo vai muito bem". O texto encoraja a confiar que Jesus está conosco mesmo nas dificuldades.
Aula Jonatas 32: Com cristo no barco, tudo vai muito bem
1. 32ª LIÇÃO – COM CRISTO NO BARCO TUDO VAI MUITO BEM
Mc 6.45-52
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, vimos que Jesus continua alimentando multidões.
Hoje, ele usa seus servos, ou seja, nós, para dar alimento espiritual e material aos
famintos.
Na presente seção, veremos mais uma manifestação do Senhor como dono da
natureza. Aquele que desafia as leis da física deve ser digno de nossa inteira confiança,
concorda?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 45 e 46 – Após efetuar a alimentação da multidão, Jesus manda os
discípulos para o outro lado do lago, a fim de continuarem a sua
jornada.
Repare que mesmo após o evento maravilhoso em que alimentou a
multidão (mais de cinco mil pessoas), Jesus força seus discípulos (v.45
“compeliu Jesus seus discípulos”, ARA) a prosseguir sua missão
evangelística por toda a Judeia.
Isso nos mostra que o trabalho missionário, aqui ou noutra parte do
mundo, não pode parar.
No v. 46, vemos que, após despedir a multidão (veja a narrativa
paralela em Mt 14.23), Jesus se recluiu a fim de orar.
Quando vejo Jesus Cristo, em todo o seu ministério, dedicando tempo
considerável a oração, me sentido impulsionado a também manter uma
vida de oração.
Isso porque o único homem que não precisava orar era Jesus. Em Jo
10.30 e 17.11 vemos que Jesus e o Deus-Pai (Jeová) são um. Se são
um, pra que pedir a ele mesmo em oração?
Na Teologia se explica que a trindade são três PESSOAS, ou seja,
pensam, sofrem, se alegram, se relacionam com o homem, sendo, pois,
três seres morais e que em essência são uma única pessoa. A razão
humana não consegue explicar com clareza o único Deus (triuno!)
digno de ser adorado, mesmo porque há certos mistérios Seus que não
nos foram revelados (Dt 29.29).
2. Quando digo que o único homem que não precisava orar era Jesus, me
refiro à comunhão plena que Ele tinha com Deus-Pai; no entanto,
didaticamente Ele levou uma vida de oração para mostrar a mim e a
você como que o servo do Senhor deve viver: em plena comunhão
através da oração.
b) V.47 e 48 – Observe que, ao cair da tarde (em Israel, isso ocorre mais
ou menos 19/19:30h1
), o barco já estava na água e Jesus foi ao
encontro deles somente na quarta vigília da noite (ARA), ou seja,
entre 03 e 06 horas da manhã.
A princípio pode parecer que Jesus foi ao encontro dos discípulos
muito tardiamente, uma vez que ficaram cerca de 08/11h em
apuros.
No entanto, não se esqueça que Jesus estava em oração; por certo,
seus auxiliares estavam no seu diário de intercessão.
Da mesma forma ocorre comigo e com você: Jesus está
advogando junto ao Pai nossa causa (1Jo 2.1). Como isso me trás
refrigério...
No momento que achou pertinente, Jesus veio ao encontro dos
seus discípulos. Assim é conosco também, com uma única
diferença: Jesus está conosco todos os dias até a consumação dos
séculos (Mt 28.20)
c) V. 49 e 50 – A ajuda de Jesus, em vez de alegrar, causou espanto. Por
vezes a salvação providenciada pelo Senhor, em vez de nos animar,
causa estranheza; isso porque não estamos acostumados com o agir do
Senhor.
Jesus vê o desespero dos discípulos e grita (eu penso que foi um
grito!): Tende bom animo! Sou eu. Não temais.” (v. 50, ARA).
Quantas vezes em nossa vida Jesus berra: “Júnior, calma, eu estou
com você todos os dias, eu prometi isso, lembra? Por que você
continua desconfiando de mim?! Tenha bom animo!”
3. Eu sei que as dificuldades cerram nossos ouvidos, mas são elas (as
dificuldades) que oportunizam nos relacionarmos mais de perto com o
Senhor. Foi assim com Jó (Jó 42.5) e é assim comigo e com você.
Lembre-se da composição sagrada: “Circunstâncias não alteram as
promessas do Senhor, tudo contribui para o meu bem...”
Na narrativa paralela no Evangelho narrado por Mateus (Mt 14.28-31),
vemos que Pedro pediu ao Senhor autorização para ir ao encontro Dele
e Ele o autorizou. A resposta do Senhor à incredulidade é branda e
tende a dissipá-la (Lc 24.21-27).
Ainda na narrativa paralela, Pedro olhou para as dificuldades e
começou a afundar. Por vezes, ouvimos que devemos “ter fé, mas com
os pés no chão!”; penso que Pedro desejou ter os pés no chão e Jesus
permitiu isso, só que entre Pedro e o chão havia uma porção de água...
JC estendeu a mão para Pedro; continua sendo assim: ainda q ue
circunstancialmente não creiamos, aquele que desafia a física continua
estendendo a sua mão.
d) V. 51 e 52 – Jesus entrou no barco e o vento cessou... pois é, “com
Cristo no barco tudo vai muito bem...”
Os que confiam no Senhor devem ir além: ainda que o vento não
cesse, tão somente a presença do Senhor é a garantia de que tudo
ficará bem.
Não havia sido JC quem mandou os discípulos navegarem (v.
45)? Pois é, Ele manda que prossigamos e, se necessário for, nos
fará andar sobre as águas! Amém?
CONCLUSÃO: JC é o Senhor de tudo e move céus e terra a nosso favor. Embora a
providência pareça assustadora (como as dificuldades que você vivencia), “todas as
coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Creia nesta
promessa!
Peça que o grupo compartilhe experiências de dificuldades vivenciadas e
seus respectivos resultados.
4. Se alguém estiver no curso “da tempestade”, alente-o dizendo que Jesus
Cristo está com ele e que o final, embora não pareça, será exitoso; vale a
pena perseverar (Tg 1.3 e 4)!
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1 - Foto tirada no ano de 2012, às 19:15 da noite, da janela de um apartamento em Nazaré, região da Galileia. Disponível em
http://vivendoemisrael.blogspot.com.br/2012/09/fuso-horario-e-horario-de-verao.html, acesso em 27/08/2016.