O Ministro da Educação anunciou ter chegado a acordo com a maioria dos sindicatos sobre um novo modelo de avaliação de professores. A Fenprof recusou assinar o acordo por não terem sido satisfeitas as suas principais reivindicações. A FNE assinou o acordo, embora mantenha discordâncias sobre algumas questões.
Crato: "Portugal tem a partir de hoje um novo modelo de avaliação de professores"
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Crato
"Portugal tem a partir de hoje um novo modelo de
avaliação de professores"
Económic c
o om Lusa
10/09/11 11:00
O Ministro da Educação e Ciênc Nuno Crato, anunc
ia, iou ontem à noite ter chegado a acordo com sete das
treze organizações sindicais.
No final da maratona negocial, que teve iníc às 08h30 e só terminou depois das 23h00, os dois princ
io ipais
sindicatos tomaram diferentes posições, c om a Federação Nacional de Professores (FENPROF) a recusar assinar
o novo acordo, que foi subscrito pela Federação Nacional de Educação (FNE).
"A nova avaliação docente tem c los mais longos, c
ic oincidentes com as progressões na carreira, evita conflitos
de interesses entre avaliadores e avaliados, promovendo uma avaliação hierárquic e externa, em que os
a
avaliadores pertenc em ao mesmo grupo disc iplinar dos avaliados", explic o ministro durante a c
ou onferência
de imprensa já depois das 00h00.
"Estamos muito satisfeitos, houve cedênc de parte a parte mas no essenc este modelo satisfaz-nos pois é
ias ial
um modelo formativo, não buroc rátic e que vai ajudar todos a progredirem e a serem melhores professores",
o
disse Nuno Crato.
No seu entender "os professores querem tranquilidade para inic iarem o ano lec tivo e desejam que a avaliação
não seja um empec ilho à sua actividade docente, mas antes o contrário", adiantando que "os professores e as
famílias devem estar contentes pois virou-se uma página", com a assinatura deste acordo.
A Fenprof recusou assinar o documento final pois os três pontos essenciais que defendia, a redução do
número de menções na avaliação (ac tualmente são c o), a eliminação de quotas para as c
inc lassificações mais
elevadas e implicação nas notas na graduação de professores nos concursos, não foram satisfeitos pelo
Ministério.
"O Ministério manteve as quotas e as c o menções avaliativas. Em relação aos c
inc onc ursos há uma alteração,
que no nosso entender c uma situação disc
ria riminatória entre professores de carreira e contratados, não
resolvendo o problema", justific o sec
ou retário-geral da Fenprof.
Apesar de não ter havido acordo, Mário Nogueira considera que houve "resultados positivos" e dá alguns
exemplos.
"Os c los de avaliação deixam de ser de dois anos, quem já teve observação de aulas não vai prec
ic isar de a ter
novamente no novo c lo avaliativo, a desburoc
ic ratização de todo o processo e a simplificação de
procedimentos", salientou o dirigente sindical.
Nenhum dos sindicatos pediu negoc iação suplementar e para Mário Nogueira o proc esso de negoc iação do
novo modelo de avaliação dos professores "encerrou esta sexta-feira" e apela a que os professores "virem a
página para outros problemas maiores que têm pela frente".
A Fenprof assinou ainda uma ac negoc global evidenc
ta ial iando os pontos de acordo e desacordo
http://economico.sapo.pt/noticias/nprint/126318.html 11-09-2011
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relativamente ao novo modelo de avaliação.
A FNE manteve a disc ordânc quanto à manutenção das quotas no proc
ia esso de avaliação de desempenho,
mas decidiu assinar o acordo, já que "estavam adquiridos os pressupostos essenciais".
"Conseguimos manter fac tores que garantem que em tempo de desc ongelamento das progressões, os bons
professores têm as legítimas expec tativas de atingirem o topo da carreira em tempo útil", referiu o secretário-
geral, João Dias da Silva, que destac outras vitórias.
a
"A simplificação dos processos de avaliação de desempenho, a garantia de intervenção de avaliadores externos
e o fac de estar assegurado que os avaliadores serão sempre de esc
to alão superior aos dos avaliados e com
formação especializada para fazerem avaliação", referiu o sindicalista.
http://economico.sapo.pt/noticias/nprint/126318.html 11-09-2011