SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 76
ARACNIDISMO NO BRASIL
João Luiz Cardoso
ofisboitata@uol.com.br
LOXOSCELISMO
L. amazonica
L. gaucho
L. intermedia
L. laeta
DISTRIBUIÇÃO DEDISTRIBUIÇÃO DE LOXOSCELESLOXOSCELES NO BRASILNO BRASIL
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SAZONALIDADE DO LOXOSCELISMOSAZONALIDADE DO LOXOSCELISMO
EM SÃO PAULOEM SÃO PAULO
Fonte: HVB, 1970-80
<10a 10-19a 20-29a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a 70a e+
0
10
20
30
40
50
masc fem
LOXOSCELISMOLOXOSCELISMO
DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIODISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIO
Fonte: HVB, 1985-94
zona urbana
81,4%
zona rural
18,6% <12h
16,7%
12-24h
18,2%
24-48h
27,3%
48-72h
24,2%
72h e+
13,6%
LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:
PROCEDÊNCIA EPROCEDÊNCIA E
INTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTOINTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTO
Fonte: HVB, 1986-94
coxa: 36%
braço: 17%
perna/pé: 16%
cabeça/pescoço: 8%
tronco: 12%
mão/antebraço: 8,5%
LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:
REGIÃO ANATÕMICA DA PICADAREGIÃO ANATÕMICA DA PICADA
LOXOSCELISMO: FORMAS CLÍNICAS
CUTÂNEA
- edema local endurado
- dor local
- equimose, isquemia
- vesícula, bolha
- necrose
CUTÂNEO-VISCERAL
- hemólise intravascular
- CIVD
- IRA
MANIFESTAÇÕES GERAIS
• febre
• mal-estar
• exantema
FORMA EDEMATOSA DA FACE.
Exantema escarlatiniforme
Icterícia conjuntival
COMPONENTES DO VENENO DE LOXOSCELES
• Fosfatase alcalina
• 5 Ribonucleotídeo fosfohidrolase
• Hialuronidase
• Esfingomielinase D
VENENO DE LOXOSCELES: AÇÕES
• Eritrócito;
• Plaqueta;
• Célula endotelial;
• Complemento;
• Neutrófilo;
• TNF-α / IL-6 / IL-10 / Óxido Nítrico
LOXOSCELISMO: TRATAMENTO
CUTÂNEO
• SAL: 5 amp.
• CORTICÓIDE
• DAPSONA
• O2 HIPERBÁRICO
CUTÂNEO-VISCERAL
• SAL: 10 AMP.
• CORTICÓIDE
Local Casos/
ano
% forma
cutânea
% forma
cutâneo-
visceral
% soro
terapia
letalidade agente
HVB-SP
1985-94 37 97 3 70 0,3 l. gaucho
UBS-AS
Curitiba
1994
456 97 3 3 0,0 L. intermedia
CIT
Floripa
1984-96
22 87 13 47 1,5 L. laeta
LOXOSCELISMOLOXOSCELISMO
COMPARAÇÃO em SP, PR e SCCOMPARAÇÃO em SP, PR e SC
ACIDENTES POR PHONEUTRIA
NO BRASIL
Phoneutria
27,0%
Loxosceles
36,6%
Latrodectus
0,4%
Outros
6,0%
Não informado
29,9%
ARANEISMOARANEISMO
distribuição por gênerodistribuição por gênero
asil: 4.500 casos/ano
1,5 acidentes/100.000 hab
ACIDENTES POR ARANHAS
Número de casos notificados no Brasil, 1988-99
Região 88 90 92 94 96 99
N 5 13 11 50 57 52
NE 62 80 179 214 126 157
SE 1069 1213 1378 1781 1758 1636
S 796 1649 2869 3504 4498 4902
CO 40 24 71 80 77 112
BR 1972 2979 4508 5629 6516 6859
Gênero N NE SE S CO
Phoneutria 1 6 2.885 1.912 5
Loxosceles 1 15 267 6224 5
Latrodectus 0 56 0 13 0
ARANEISMOARANEISMO
distribuição dos casos por regiãodistribuição dos casos por região
1990-931990-93
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SAZONALIDADE DOS
ACIDENTES POR PHONEUTRIA
<10a 10-19a 20-29a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a 70a e+
0
50
100
150
200
250
masc fem
ACIDENTES POR PHONEUTRIA
DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIO
<1h 1-2h 2-3h 3-4h 4-5h 5-6h 6-12h 12h e+
0
100
200
30
0
400
500
600
ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA
INTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTOINTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTO
mão: 53%
pé: 33,5%
coxa/perna: 7%
braço/antebraço: 4%
ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIA:PHONEUTRIA:
REGIÃO ANATÔMICA DA PICADAREGIÃO ANATÔMICA DA PICADA
provável
45,6%
Phoneutria
54,4%
nigriventer, keyserlingi, sp
ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIA:PHONEUTRIA:
CIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTECIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTE
HVB
CIRCUNSTÂNCIAS N %
Limpeza 127 38,4
Calçando 67 20,2
Manipulando
frutas/legumes
53 18,4
Outros 73 22,1
Ignorado 3 0,9
Total 331 100
AÇÃO DO VENENO DEAÇÃO DO VENENO DE PHONEUTRIAPHONEUTRIA
Canais de Na+
sensitivas
motoras
SNA
catelcolaminas
Ach
despolarização
de terminações nervosas
ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA::
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
GRAVIDADE QUADRO
LOCAL
QUADRO
SISTÊMICO
LEVE DOR, EDEMA
ERITEMA, SUDORESE
-
MODERADO DOR, EDEMA
ERITEMA, SUDORESE
TAQUICARDIA, HIPERT.
ARTER., VÔMITOS
SIALORRÉIA, SUDORESE
PRIAPISMO.
GRAVE DOR, EDEMA
ERITEMA, SUDORESE
BRADICARIDA, HIPOTENSÃO
DIARRÉIA, ARRITMIA CARD.
EAP, ICC, CHOQUE
ACIDENTE POR PHONEUTRIA
MANIFESTAÇÕES LOCAIS OBSERVADA EM 330 PACIENTES
HVB-IB
Sinal/sintoma N %
Dor 317 96,1
Edema 205 62,2
Eritema 161 48,8
Sudorese 25 7,5
ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA::
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS SEGUNDO IDADEMANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS SEGUNDO IDADE
Manifestação Clínica <15 anos (N:24) >16 anos (N:18)
Priapismo 12 -
Sudorese generalizada 8 9
Vôimitos 8 1
Tremores 3 7
Agitação 5 -
Sialorréia 4 2
Sonolência 3 -
Arritmia cardíaca 1 -
Apnéia 1 -
Hipotensão/choque 3 2
Hipertensão - 6
Náuseas - 2
Tontura - 3
Edema agudo pulmão 1 -
(HVB/89-98)
ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA: TRATAMENTO: TRATAMENTO
GRAVIDADE TRATAMENTO
GERAL
TRATAMENTO
ESPECÍFICO
LEVE ANALGESIA
OBSERVAÇÃO
MODERADO ANALGESIA
INTERNAÇÃO
2-4 AMPOLAS
SAA
GRAVE ANALGESIA
UTI
5-10 AMPOLAS
SAA
sim
3,4%
não
96,6%
ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA
TRATAMENTOTRATAMENTO
sem
tratamento 24,1%
bloqueio 1x 64,1%
bloqueio 2x 9,6%
bloqueio 3x e+ 2,2%
ESCORPIONISMO NO BRASIL
DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO MUNDO
ACIDENTES POR ESCORPIÃO
Número de casos notificados no Brasil, 1988-93
Região 88 89 90 91 92 93
N 9 29 32 89 73 123
NE 563 608 693 1043 1368 2742
SE 2963 2912 2993 2246 4615 4591
S 94 115 140 267 308 308
CO 107 139 158 187 297 294
BR 3736 3803 4019 3832 6661 8058
Tityus bahiensis
Tityus serrulatus
Tityus fasciolatus
Tityus metuendusTityus metuendus
Tityus cambridgei
Tityus stigmurus
DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASILDISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASIL
Tityus bahiensis
Tityus serrulatus
Tityus fasciolatus
Tityus metuendusTityus metuendus
Tityus cambridgei
Tityus stigmurus
DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASILDISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASIL
ACIDENTES POR ESCORPIÃO
Número de casos notificados no Brasil, 1988-99
Região 88 90 92 94 96 99
N 9 32 73 149 322 510
NE 563 693 1368 2523 1498 4147
SE 2963 2993 4615 5038 3686 4055
S 94 140 308 201 340 331
CO 107 158 297 182 278 505
BR 3736 4019 6661 8093 6124 9548
ESCORPIONISMO
DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO
PROCEDÊNCIA
URBANO
67.3%
RURAL
25.9%
IGN.: 6.8%
DIV. ZOONOSES/ CVE SP - 1995
ESCORPIONISMO - SAZONALIDADE
HVB-SP (88-93 / 2425 casos)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ESCORPIONISMO
DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA
(HVB -SP/88-93 # 2425 casos)
IDADE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
0-7 8-14 15-21 22-28 29-35 36-42 43-49 50-70 > 70
ESCORPIONISMO -
TEMPO ACIDENTE/ATENDIMENTO
0
5
10
15
20
25%
TEMPO (h)
0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 12 12 - 24 > 24
HVB - 88/93
ESCORPIONISMO - REGIÕES
ANATÔMICAS ATINGIDAS (HVB -SP/88-
93 # 2425 casos)
(HC-FMRP-USP/1982-1998)
Maõs: 45,1%
Pés: 28,7%
ÓBITOS POR ESCORPIÃO
tempo decorrido entre o acidente e o atendimento
Brasil, 1990-93
> 24h 3,5%> 24h 3,5%
0-3h 37,1%0-3h 37,1%
3-6h 18,2%3-6h 18,2%
6-12h 25,9%6-12h 25,9%
12-24h 11,1%12-24h 11,1%
ign 4,2%ign 4,2%
ESCORPIONISMO NO BRASIL (90-93)
FAIXA ETÁRIA
(ANOS)
No
CASOS No
ÓBITOS %
<1 99 4 2.8
1-4 1964 44 30.8
5-14 5094 79 55.2
15-24 4024 11 7.7
25-49 6579 3 2.1
>50 2500 - 0.0
NÃO INFORMADO 4566 2 1.4
TOTAL 24826 143 100
MS/FNSLETALIDADE: 0.6 %
ESCORPIONISMO - LETALIDADE
N LETALIDADE
<15 anos
LETALIDADE
>15 anos
Freire-Maia et
al.,1994
(BH)
3.860
(1972-1987) 1.0% 0
Minist. Saúde
Brasil, 1998
24.826
(1990-1993) 1.8% 0.1%
Cupo et al.,
FMRP-USP
7.880
(1982-1998) 0.45% 0
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO DE ESCORPIÃO
Potencial limiar
Potencial repouso
Na+ K+
sensitivas motoras
simpático
parassimpático
SNA
Ativação de canais de Na+
Despolarização de terminações nervosas
CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO
LEVE Dor, eritema, sudorese local
MODERADO
Alterações locais + sistêmicas:
Agitação, sonolência, sudorese,
náuseas, vômitos, hipertensão
arterial, taquicardia, taquipnéia.
GRAVE
Vômitos profusos, sialorréia,
sudorese profusa, agitação, tremores,
espasmos musculares, bradicardia,
bradipnéia, alterações de ECG, EAP,
ICC, choque
ESCORPIONISMO - QUADRO CLÍNICO
ESCORPIONISMO - ACHADOS CLÍNICOS
MAIS FREQUENTES / PACIENTES UTI (n=
33)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
VÔMITO
DOR
TAQUICARDIA
TAQUIPNÉIA
AGITAÇÃO
SUDORESE
HIPERTERMIA
ICC
EAP
SIALORRÉIA
HIPOTENSÃO
HIPERTENSÃO
AMARAL, CFS & REZENDE, NA:1990
ESCORPIONISMO - GRAVIDADE
LEVE MODERADO GRAVE
Cupo et al.,
FMRP-USP
(N: 7.880)
97% 1,3% 1,7%
Lira da Silva et
al., 2000.
(N: 237)
Salvador
94% 4.0% 2.0%
ESCORPIONISMO
EXAMES COMPLEMENTARES
• ECG
• Rx Tórax
• Glicemia ↑
• Amilase ↑
• Hemograma: leucocitose, neutrofilia
• K+
↑ ; Na+
↓
• ELISA
ESCORPIONISMO - TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO
GERAL ESPECÍFICO
LEVE - Combate à dor
- Observação -
MODERADO - Combate à dor SAE / SAA
- Observação 2 – 3 amp. EV
GRAVE - Cuidados intensivos SAE / SAA
4 – 6 amp. EV
PREVENÇÃO DOS ACIDENTES POR ESCORPIÃO
• Manter a casa limpa, evitando acúmulo de
lixo
• Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros
materiais de construção
• Tampar buracos e frestas de paredes,
janelas, portas e rodapés
• Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de
usar
• Verificar a roupa de cama antes de deitar,
afastando a cama da parede
• Preservar os predadores naturais (sapos e
ACIDENTES POR
LATRODECTUS
LATRODECTUS
AÇÃO DO VENENO
α-latrotoxina
• Terminações nervosas sensitivas  dor
• Sistema nervoso autônomo  mediadores
adrenérgicos e colinérgicos
• Pré-sinapse neuromuscular  alteração da
permeabilidade Na+
e K+
ACIDENTE POR LATRODECTUS
QUADRO CLÍNICO
CLASSIFICAÇÃO MANIFESTAÇÕES
LEVE
- Local: dor, edema, sudorese
- Dor MMII, parestesia membros,tremores,
contraturas
MODERADO
Anteriores +
Dor abdominal, sudorese generalizada,
ansiedade/agitação, mialgia, dificuldade
de deambulação, cefaléia, tontura,
hipertermia
GRAVE
Todos acima e:
Taqui/bradicardia, hipertensão
arterial,taqui/dispnéia, náuseas/vômitos,
priapismo, retenção urinária
ACIDENTE POR LATRODECTUS
TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO
LEVE .Geral: analgésicos, gluconato
de Ca++
, observação
MODERADO .Geral: analgésico, sedativos
.Específico: SALatr 1 amp IM
GRAVE .Geral: analgésico, sedativos
.Específico: SALatr 1 a 2 amp IM
JOÃO LUIZ COSTA CARDOSO
HOSPITAL VITAL BRAZIL
INSTITUTO BUTANTAN
ofisboitata@uol.com.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Modelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemModelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemRaíssa Soeiro
 
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.Ravenny Caminha
 
Acidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosAcidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosIsmael Costa
 
Evolução de enfermagem
Evolução de enfermagemEvolução de enfermagem
Evolução de enfermagemJonathan Silva
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familiakarensuelen
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoCleanto Santos Vieira
 
Modelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaModelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaIranildo Ribeiro
 
Seminário métodos e técnicas do ensino
Seminário  métodos e técnicas do ensinoSeminário  métodos e técnicas do ensino
Seminário métodos e técnicas do ensinoLaíz Coutinho
 
Semiotécnica
SemiotécnicaSemiotécnica
SemiotécnicaPassaro72
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialProfessor Robson
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaTeresa Oliveira
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005Rodrigo Abreu
 
Acidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosAcidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosDenilsi Gonçalves
 
Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Aline Bandeira
 
Aula biossegurança
Aula biossegurançaAula biossegurança
Aula biossegurançaRenatbar
 
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)Eduardo Tibali
 

Mais procurados (20)

Urgências e emergências na atenção primária à saúde
Urgências e emergências na atenção primária à saúdeUrgências e emergências na atenção primária à saúde
Urgências e emergências na atenção primária à saúde
 
Modelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemModelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagem
 
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.
Roteiro de Admissão, Evolução, Transferência e Alta hospitalar.
 
Acidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosAcidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentos
 
Evolução de enfermagem
Evolução de enfermagemEvolução de enfermagem
Evolução de enfermagem
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familia
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
 
Modelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de HiperdiaModelo de consulta de Hiperdia
Modelo de consulta de Hiperdia
 
Seminário métodos e técnicas do ensino
Seminário  métodos e técnicas do ensinoSeminário  métodos e técnicas do ensino
Seminário métodos e técnicas do ensino
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Semiotécnica
SemiotécnicaSemiotécnica
Semiotécnica
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
 
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005Manual de anotação de enfermagem   hospital samaritano - 2005
Manual de anotação de enfermagem hospital samaritano - 2005
 
Acidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentosAcidentes com animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentos
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Suporte básico de vida
Suporte básico de vidaSuporte básico de vida
Suporte básico de vida
 
Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1Clínica Cirúrgica AULA 1
Clínica Cirúrgica AULA 1
 
Aula biossegurança
Aula biossegurançaAula biossegurança
Aula biossegurança
 
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)
Ofidismo e insuficiência renal aguda (acidente ofídico)
 

Semelhante a Aracnidismo no Brasil

Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de TrabalhoDensidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de TrabalhoUrovideo.org
 
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho Urovideo.org
 
Boletim eletronico bahian_669___22012022
Boletim eletronico bahian_669___22012022Boletim eletronico bahian_669___22012022
Boletim eletronico bahian_669___22012022Darlan Lustosa
 
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014maecoruja
 
Boletim eletronico bahian_670___23012022
Boletim eletronico bahian_670___23012022Boletim eletronico bahian_670___23012022
Boletim eletronico bahian_670___23012022Darlan Lustosa
 

Semelhante a Aracnidismo no Brasil (6)

Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de TrabalhoDensidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
 
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
Densidade Urológica: Mercado de Trabalho
 
Boletim eletronico bahian_669___22012022
Boletim eletronico bahian_669___22012022Boletim eletronico bahian_669___22012022
Boletim eletronico bahian_669___22012022
 
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014
Coberturas Vacinais 1ºsemestre 2014
 
Câncer de mama em idosas (2)
Câncer de mama em idosas (2)Câncer de mama em idosas (2)
Câncer de mama em idosas (2)
 
Boletim eletronico bahian_670___23012022
Boletim eletronico bahian_670___23012022Boletim eletronico bahian_670___23012022
Boletim eletronico bahian_670___23012022
 

Aracnidismo no Brasil

  • 1. ARACNIDISMO NO BRASIL João Luiz Cardoso ofisboitata@uol.com.br
  • 3. L. amazonica L. gaucho L. intermedia L. laeta DISTRIBUIÇÃO DEDISTRIBUIÇÃO DE LOXOSCELESLOXOSCELES NO BRASILNO BRASIL
  • 4. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez SAZONALIDADE DO LOXOSCELISMOSAZONALIDADE DO LOXOSCELISMO EM SÃO PAULOEM SÃO PAULO Fonte: HVB, 1970-80
  • 5. <10a 10-19a 20-29a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a 70a e+ 0 10 20 30 40 50 masc fem LOXOSCELISMOLOXOSCELISMO DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIODISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIO Fonte: HVB, 1985-94
  • 6. zona urbana 81,4% zona rural 18,6% <12h 16,7% 12-24h 18,2% 24-48h 27,3% 48-72h 24,2% 72h e+ 13,6% LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO: PROCEDÊNCIA EPROCEDÊNCIA E INTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTOINTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTO Fonte: HVB, 1986-94
  • 7. coxa: 36% braço: 17% perna/pé: 16% cabeça/pescoço: 8% tronco: 12% mão/antebraço: 8,5% LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO:LOXOSCELISMO EM SÃO PAULO: REGIÃO ANATÕMICA DA PICADAREGIÃO ANATÕMICA DA PICADA
  • 8. LOXOSCELISMO: FORMAS CLÍNICAS CUTÂNEA - edema local endurado - dor local - equimose, isquemia - vesícula, bolha - necrose CUTÂNEO-VISCERAL - hemólise intravascular - CIVD - IRA MANIFESTAÇÕES GERAIS • febre • mal-estar • exantema
  • 9.
  • 11.
  • 13.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. COMPONENTES DO VENENO DE LOXOSCELES • Fosfatase alcalina • 5 Ribonucleotídeo fosfohidrolase • Hialuronidase • Esfingomielinase D
  • 20. VENENO DE LOXOSCELES: AÇÕES • Eritrócito; • Plaqueta; • Célula endotelial; • Complemento; • Neutrófilo; • TNF-α / IL-6 / IL-10 / Óxido Nítrico
  • 21. LOXOSCELISMO: TRATAMENTO CUTÂNEO • SAL: 5 amp. • CORTICÓIDE • DAPSONA • O2 HIPERBÁRICO CUTÂNEO-VISCERAL • SAL: 10 AMP. • CORTICÓIDE
  • 22. Local Casos/ ano % forma cutânea % forma cutâneo- visceral % soro terapia letalidade agente HVB-SP 1985-94 37 97 3 70 0,3 l. gaucho UBS-AS Curitiba 1994 456 97 3 3 0,0 L. intermedia CIT Floripa 1984-96 22 87 13 47 1,5 L. laeta LOXOSCELISMOLOXOSCELISMO COMPARAÇÃO em SP, PR e SCCOMPARAÇÃO em SP, PR e SC
  • 24.
  • 25. Phoneutria 27,0% Loxosceles 36,6% Latrodectus 0,4% Outros 6,0% Não informado 29,9% ARANEISMOARANEISMO distribuição por gênerodistribuição por gênero asil: 4.500 casos/ano 1,5 acidentes/100.000 hab
  • 26. ACIDENTES POR ARANHAS Número de casos notificados no Brasil, 1988-99 Região 88 90 92 94 96 99 N 5 13 11 50 57 52 NE 62 80 179 214 126 157 SE 1069 1213 1378 1781 1758 1636 S 796 1649 2869 3504 4498 4902 CO 40 24 71 80 77 112 BR 1972 2979 4508 5629 6516 6859
  • 27. Gênero N NE SE S CO Phoneutria 1 6 2.885 1.912 5 Loxosceles 1 15 267 6224 5 Latrodectus 0 56 0 13 0 ARANEISMOARANEISMO distribuição dos casos por regiãodistribuição dos casos por região 1990-931990-93
  • 28. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez SAZONALIDADE DOS ACIDENTES POR PHONEUTRIA
  • 29. <10a 10-19a 20-29a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a 70a e+ 0 50 100 150 200 250 masc fem ACIDENTES POR PHONEUTRIA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPO ETÁRIO
  • 30. <1h 1-2h 2-3h 3-4h 4-5h 5-6h 6-12h 12h e+ 0 100 200 30 0 400 500 600 ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA INTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTOINTERVALO ENTRE PICADA E ATENDIMENTO
  • 31. mão: 53% pé: 33,5% coxa/perna: 7% braço/antebraço: 4% ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIA:PHONEUTRIA: REGIÃO ANATÔMICA DA PICADAREGIÃO ANATÔMICA DA PICADA
  • 32. provável 45,6% Phoneutria 54,4% nigriventer, keyserlingi, sp ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
  • 33. ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIA:PHONEUTRIA: CIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTECIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTE HVB CIRCUNSTÂNCIAS N % Limpeza 127 38,4 Calçando 67 20,2 Manipulando frutas/legumes 53 18,4 Outros 73 22,1 Ignorado 3 0,9 Total 331 100
  • 34. AÇÃO DO VENENO DEAÇÃO DO VENENO DE PHONEUTRIAPHONEUTRIA Canais de Na+ sensitivas motoras SNA catelcolaminas Ach despolarização de terminações nervosas
  • 35. ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA:: QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO GRAVIDADE QUADRO LOCAL QUADRO SISTÊMICO LEVE DOR, EDEMA ERITEMA, SUDORESE - MODERADO DOR, EDEMA ERITEMA, SUDORESE TAQUICARDIA, HIPERT. ARTER., VÔMITOS SIALORRÉIA, SUDORESE PRIAPISMO. GRAVE DOR, EDEMA ERITEMA, SUDORESE BRADICARIDA, HIPOTENSÃO DIARRÉIA, ARRITMIA CARD. EAP, ICC, CHOQUE
  • 36.
  • 37. ACIDENTE POR PHONEUTRIA MANIFESTAÇÕES LOCAIS OBSERVADA EM 330 PACIENTES HVB-IB Sinal/sintoma N % Dor 317 96,1 Edema 205 62,2 Eritema 161 48,8 Sudorese 25 7,5
  • 38. ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA:: MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS SEGUNDO IDADEMANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS SEGUNDO IDADE Manifestação Clínica <15 anos (N:24) >16 anos (N:18) Priapismo 12 - Sudorese generalizada 8 9 Vôimitos 8 1 Tremores 3 7 Agitação 5 - Sialorréia 4 2 Sonolência 3 - Arritmia cardíaca 1 - Apnéia 1 - Hipotensão/choque 3 2 Hipertensão - 6 Náuseas - 2 Tontura - 3 Edema agudo pulmão 1 - (HVB/89-98)
  • 39. ACIDENTE PORACIDENTE POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA: TRATAMENTO: TRATAMENTO GRAVIDADE TRATAMENTO GERAL TRATAMENTO ESPECÍFICO LEVE ANALGESIA OBSERVAÇÃO MODERADO ANALGESIA INTERNAÇÃO 2-4 AMPOLAS SAA GRAVE ANALGESIA UTI 5-10 AMPOLAS SAA
  • 40.
  • 41. sim 3,4% não 96,6% ACIDENTES PORACIDENTES POR PHONEUTRIAPHONEUTRIA TRATAMENTOTRATAMENTO sem tratamento 24,1% bloqueio 1x 64,1% bloqueio 2x 9,6% bloqueio 3x e+ 2,2%
  • 44. ACIDENTES POR ESCORPIÃO Número de casos notificados no Brasil, 1988-93 Região 88 89 90 91 92 93 N 9 29 32 89 73 123 NE 563 608 693 1043 1368 2742 SE 2963 2912 2993 2246 4615 4591 S 94 115 140 267 308 308 CO 107 139 158 187 297 294 BR 3736 3803 4019 3832 6661 8058
  • 45. Tityus bahiensis Tityus serrulatus Tityus fasciolatus Tityus metuendusTityus metuendus Tityus cambridgei Tityus stigmurus DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASILDISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASIL
  • 46. Tityus bahiensis Tityus serrulatus Tityus fasciolatus Tityus metuendusTityus metuendus Tityus cambridgei Tityus stigmurus DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASILDISTRIBUIÇÃO DOS ESCORPIÕES NO BRASIL
  • 47. ACIDENTES POR ESCORPIÃO Número de casos notificados no Brasil, 1988-99 Região 88 90 92 94 96 99 N 9 32 73 149 322 510 NE 563 693 1368 2523 1498 4147 SE 2963 2993 4615 5038 3686 4055 S 94 140 308 201 340 331 CO 107 158 297 182 278 505 BR 3736 4019 6661 8093 6124 9548
  • 49. ESCORPIONISMO - SAZONALIDADE HVB-SP (88-93 / 2425 casos) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
  • 50. ESCORPIONISMO DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA (HVB -SP/88-93 # 2425 casos) IDADE 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 0-7 8-14 15-21 22-28 29-35 36-42 43-49 50-70 > 70
  • 51. ESCORPIONISMO - TEMPO ACIDENTE/ATENDIMENTO 0 5 10 15 20 25% TEMPO (h) 0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 12 12 - 24 > 24 HVB - 88/93
  • 52. ESCORPIONISMO - REGIÕES ANATÔMICAS ATINGIDAS (HVB -SP/88- 93 # 2425 casos) (HC-FMRP-USP/1982-1998) Maõs: 45,1% Pés: 28,7%
  • 53. ÓBITOS POR ESCORPIÃO tempo decorrido entre o acidente e o atendimento Brasil, 1990-93 > 24h 3,5%> 24h 3,5% 0-3h 37,1%0-3h 37,1% 3-6h 18,2%3-6h 18,2% 6-12h 25,9%6-12h 25,9% 12-24h 11,1%12-24h 11,1% ign 4,2%ign 4,2%
  • 54. ESCORPIONISMO NO BRASIL (90-93) FAIXA ETÁRIA (ANOS) No CASOS No ÓBITOS % <1 99 4 2.8 1-4 1964 44 30.8 5-14 5094 79 55.2 15-24 4024 11 7.7 25-49 6579 3 2.1 >50 2500 - 0.0 NÃO INFORMADO 4566 2 1.4 TOTAL 24826 143 100 MS/FNSLETALIDADE: 0.6 %
  • 55. ESCORPIONISMO - LETALIDADE N LETALIDADE <15 anos LETALIDADE >15 anos Freire-Maia et al.,1994 (BH) 3.860 (1972-1987) 1.0% 0 Minist. Saúde Brasil, 1998 24.826 (1990-1993) 1.8% 0.1% Cupo et al., FMRP-USP 7.880 (1982-1998) 0.45% 0
  • 56. MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO DE ESCORPIÃO Potencial limiar Potencial repouso Na+ K+ sensitivas motoras simpático parassimpático SNA Ativação de canais de Na+ Despolarização de terminações nervosas
  • 57. CLASSIFICAÇÃO QUADRO CLÍNICO LEVE Dor, eritema, sudorese local MODERADO Alterações locais + sistêmicas: Agitação, sonolência, sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia, taquipnéia. GRAVE Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, espasmos musculares, bradicardia, bradipnéia, alterações de ECG, EAP, ICC, choque ESCORPIONISMO - QUADRO CLÍNICO
  • 58. ESCORPIONISMO - ACHADOS CLÍNICOS MAIS FREQUENTES / PACIENTES UTI (n= 33) 0% 20% 40% 60% 80% 100% VÔMITO DOR TAQUICARDIA TAQUIPNÉIA AGITAÇÃO SUDORESE HIPERTERMIA ICC EAP SIALORRÉIA HIPOTENSÃO HIPERTENSÃO AMARAL, CFS & REZENDE, NA:1990
  • 59. ESCORPIONISMO - GRAVIDADE LEVE MODERADO GRAVE Cupo et al., FMRP-USP (N: 7.880) 97% 1,3% 1,7% Lira da Silva et al., 2000. (N: 237) Salvador 94% 4.0% 2.0%
  • 60. ESCORPIONISMO EXAMES COMPLEMENTARES • ECG • Rx Tórax • Glicemia ↑ • Amilase ↑ • Hemograma: leucocitose, neutrofilia • K+ ↑ ; Na+ ↓ • ELISA
  • 61. ESCORPIONISMO - TRATAMENTO CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO GERAL ESPECÍFICO LEVE - Combate à dor - Observação - MODERADO - Combate à dor SAE / SAA - Observação 2 – 3 amp. EV GRAVE - Cuidados intensivos SAE / SAA 4 – 6 amp. EV
  • 62.
  • 63.
  • 64. PREVENÇÃO DOS ACIDENTES POR ESCORPIÃO • Manter a casa limpa, evitando acúmulo de lixo • Cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção • Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés • Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usar • Verificar a roupa de cama antes de deitar, afastando a cama da parede • Preservar os predadores naturais (sapos e
  • 66. LATRODECTUS AÇÃO DO VENENO α-latrotoxina • Terminações nervosas sensitivas  dor • Sistema nervoso autônomo  mediadores adrenérgicos e colinérgicos • Pré-sinapse neuromuscular  alteração da permeabilidade Na+ e K+
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70. ACIDENTE POR LATRODECTUS QUADRO CLÍNICO CLASSIFICAÇÃO MANIFESTAÇÕES LEVE - Local: dor, edema, sudorese - Dor MMII, parestesia membros,tremores, contraturas MODERADO Anteriores + Dor abdominal, sudorese generalizada, ansiedade/agitação, mialgia, dificuldade de deambulação, cefaléia, tontura, hipertermia GRAVE Todos acima e: Taqui/bradicardia, hipertensão arterial,taqui/dispnéia, náuseas/vômitos, priapismo, retenção urinária
  • 71. ACIDENTE POR LATRODECTUS TRATAMENTO CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO LEVE .Geral: analgésicos, gluconato de Ca++ , observação MODERADO .Geral: analgésico, sedativos .Específico: SALatr 1 amp IM GRAVE .Geral: analgésico, sedativos .Específico: SALatr 1 a 2 amp IM
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76. JOÃO LUIZ COSTA CARDOSO HOSPITAL VITAL BRAZIL INSTITUTO BUTANTAN ofisboitata@uol.com.br