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Comunicação e Informação:
entre eufemismos e determinismos

                Pedro Pereira Neto
      Escola Superior de Comunicação Social (IPL)
   Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (IUL)
             Instituto de Ciências Sociais (UL)


         V Encontro de Comunicação e Design Multimédia
                   Coimbra, 3 de Maio de 2012
“(...) many parties have an interest in overstating the
impact   of    new   communication   technologies.   For
journalists and academics, sensational reports of a
transformed future draw attention from readers, editors
and funding bodies. For companies, the introduction
and dissemination of new technologies provide new
market opportunities. For politicians and policymakers,
predicting and supporting transformation can appear
progressive”
                              Hesmondhalgh, D. (2007)
Eufemismos e determinismos
             pró-descontinuidade:


–     nova Economia
    •   mesmo após a bolha .com

–     novas formas de exercício de poder
    •   e de controlo

–     novos figurinos de organização social
    •   e de condicionamento

–     novas práticas comunicativas e de construção de sentido
    •   novas ideias?
Implicações dos eufemismos e determinismos
           pró-descontinuidade

 –     Incapacidade de reconhecimento das premissas técnico-
       ideológicas
     •    que subjazem aos enunciados
         –   como somos levados a compreender
     •    que condicionam as conclusões
         –   como somos levados a concluir

 –     Entendimento dos fenómenos de forma generalizante
     •    quando são circunstanciais

 –     Entendimento dos fenómenos lidos a partir do objecto
     •    quando devem ser compreendidos a partir do
          utilizador
     •    quando     devem ser compreendidos a partir do
          contexto
Qualquer balanço do papel das TIC requer



         holismo
Holismo e continuidade
–     Política:
    •     a soma das novas práticas não equivale a superação dos
          regimes
    •     o traço distintivo do início do séc. XXI é a continuidade, não a
          ruptura

–     Técnica:
    •    a tecnologia é fruto de necessidades e adaptação a/de
         costumes
        –    não pode ser situada fora da sociedade

–     Sociedade:
    •    confunde-se mudança tecnológica com mudança social, mas
        –   mudança social e tecnológica têm velocidades diferentes
        –   o acesso e a literacia não são universais: as áreas e
            utilizadores já literados adoptam (mais) as novas tecnologias

–     Comunicação:
    •    a intensificação (potencial)      do   contacto    não   elimina
         especificidades
        –   dos utilizadores
        –   do conteúdo
Dois exemplos:



               1

Jornalismo de Imprensa e Internet
Jornalismo de Imprensa e Internet:
           eufemismos e determinismos

Entre os aspectos que tornam o estudo da Internet relevante para
  o campo específico do Jornalismo encontram-se:

   –   o formato digital dos seus conteúdos, potencialmente
       copiáveis sem perda de qualidade;

   –   a    sua  natureza    potencialmente     hipertextual   e
       multimediática;

   –   a comunicação potencialmente interactiva que permite,
       tornando dialógica a sua natureza monológica

   –   a potencial facilidade da sua utilização, associável a
       diversas plataformas
Jornalismo de Imprensa e Internet:
                    realidades

É a rentabilidade – e não a disponibilidade tecnológica – o factor
   determinante nas opções tomadas por media conduzidos
   como empresas

Tendências:
   –  concentração em grandes grupos económicos
   –  incremento da concorrência intra- e inter-media
   –  emergência de iniciativas de jornalismo online

Factos: online como “montra” promocional
   –    área ocupada por publicidade intra-grupo online é, em
        média, dez vez superior
   –    área ocupada por publicidade a entidades terceiras na
        edição em papel é 3.5 vezes superior (para o mesmo
        número de anúncios)
Jornalismo de Imprensa e Internet:
                    realidades

Multimedialidade e constrangimentos logísticos

   –   velocidade de acesso
   –   plataformas de acesso
   –   recursos humanos especializados
   –   know-how da parte dos leitores


Factos: ganho marginal

   –   velocidade e plataformas de acesso em crescimento
   –   recursos humanos residualmente info-literados
   –   utilização de imagens video é ainda marginal
   –   fotografias, quadros ou tabelas em menor número que
       texto
Jornalismo de Imprensa e Internet:
                      realidades

Imediatismo e opções estratégicas:

   –     duas práticas possíveis:
       •   rentabilização do investimento já realizado através da
           reutilização de conteúdos; ou
       •   criação      de     novos   conteúdos      concebidos
           exclusivamente para publicação na Internet


Factos:

   –     renovação de conteúdos assinalável
   –     incidência significativa de reutilização
       •    de conteúdos próprios
       •    de conteúdos de agências
Jornalismo de Imprensa e Internet:
                    realidades

Hipertextualidade:

   –    espaço editorial ampliado
   –    estruturação do conteúdo de forma diferente
   –    implantação de mecanismos de validação externa de
        conteúdo


Factos: prevalência da lógica print

   –     formato não-linear de escrita apenas marginal
       •    hiperligações ao fundo do texto ou lateralmente
   –     referências a conteúdos editoriais no seio do mesmo site
       •    hiperligações próprias do site ou da secção, mas não
            da peça
Jornalismo de Imprensa e Internet:
                      realidades

Interactividade:

   –      interacção com os conteúdos
   –      interacção com outros leitores
   –      interacção com a redacção


Factos:

   –      residuais mecanismos de personalização da página por
          parte do leitor
   –      reenvio de artigos ou conteúdos observada em todos
   –      comentários permitidos
   –      resistência em divulgar contactos pessoais de editores e
          jornalistas
Dois exemplos:



           2

Ambientalismo e Internet
Ambientalismo e Internet:
         eufemismos e determinismos


–    favorável relação custo-eficiência face a consideráveis
     limitações impostas pela exiguidade de recursos
     financeiros

–     impacto simplificador das tarefas quotidianas
    •   simplificação de processos
    •   aumento da velocidade/ubiquidade de circulação de
        materiais
    •   alcance social conseguido

–    riscos de excessiva centralidade/dependência
Ambientalismo e Internet:
                         realidades
Recursos materiais:

    –       existência/adequação às necessidades operacionais, incluindo as
            estratégias de capacitação material encontradas na sua ausência

        •      reconhecimento de que o conjunto de meios de que dispõem não
               responde totalmente às necessidades identificadas, sobretudo
               quando consideradas as desigualdades de natureza geográfica,
               hierárquica e organizacional existentes
        •      recurso a ofertas, software livre e investimentos pontuais

    –       aproveitamento/utilização

        •      absoluta centralidade do correio electrónico
        •      utilização crescente de uma presença em redes sociais online (de
               que são neste momento ilustrações máximas o Facebook e o
               Twitter)
        •      reconhecimento de que algum caminho existe ainda a percorrer
               na maximização destes recursos, sendo discerníveis medidas no
               sentido da inclusão de alguns desenvolvimentos tecnológicos mais
               recentes ou cuja banalização se encontra ainda em curso (ex:
               comunicações telefónicas via Internet)
Ambientalismo e Internet:
                     realidades


Recursos humanos:

   –     posse de competências info-literáticas, mas com
         relevantes lacunas e desigualdades
       •    quer de natureza institucional (ou seja, entre núcleos)
       •    quer de natureza individual (dentro do mesmo núcleo)

   –     quase absoluta inexistência de formação na área da
         Comunicação
       •   convocadas capacidades pessoais dos activistas,
           assumindo-se a polivalência como imperativo
Ambientalismo e Internet:
                    realidades


Hipertextualidade

   –   investimento da utilização dos sites como plataformas de
       promoção das ONGA e da sua actividade, na tentativa
       de contornar a crónica sub-representação mediática
   –   acentuado fechamento dos sites sobre si próprios e sobre
       a instituição a que dizem respeito, quer no plano textual,
       quer no plano gráfico
   –   destacada utilização de hiperligações ligadas à
       mobilização
   –   tónica de reserva do contributo solicitado no destinatário
       – a própria organização
Ambientalismo e Internet:
                       realidades



Multimedialidade

   –       Desinvestimento:

       •     apenas conteúdos vídeo (Quercus), e aplicações de
             design em linguagem flash (Quercus e versão do site
             da LPN escrito a partir dela) se exceptuam
       •     inclusão ocasional de fotografia
Ambientalismo e Internet:
                   realidades




Imediaticidade

   –   actualização ocasional: Quercus com actualizações
       diárias, LPN com dois dias, GEOTA com quatro dias
   –   acentuado      desinvestimento    nos  sites   enquanto
       plataformas de comunicação em tempo-real
Ambientalismo e Internet:
                         realidades
Interactividade de conteúdo

    –     projecção eminentemente nacional dos sites
    –     inexistência de personalização/formatação
        •     quer em termos temáticos e geográficos
        •     quer em termos de idioma (sem prejuízo da existência de uma “versão
              inglesa” da página da LPN que se resume a um documento em formato
              PDF)
    –     disponibilização de mapas e motores de busca
    –     inexistência de uma secção de ajuda
        •     preferência por secções de perguntas frequentes

Interactividade de contacto

    –     reserva da identidade dos activistas: preferência por comunicação não
          individualizada: indicação de contactos por secção/departamento
        •      nível diacrónico (morada, e-mail, fax)
        •      nível sincrónico (rede fixa)
    –     sites não constituem espaços públicos de interacção
        •      não foi encontrado qualquer fórum ou proposta a participação em
               qualquer sondagem
Síntese
processo evolutivo – não revolucionário – através do qual
  utilizadores incorporam tecnologias no seu quotidiano: uma
  evolução por transição, e não ruptura

(mais) um episódio na História da transformação da sociedade
  pela complexa acção de necessidades, pressões competitivas
  e políticas, e inovações técnicas:

   –   ao nível económico, os efeitos do aumento de custos de
       produção e distribuição
   –   ao nível técnico, os constrangimentos associados à
       desigual distribuição de plataformas de acesso e de
       competências
   –   ao nível cultural, a apropriação de artefactos técnicos
       feita a partir de perfis pessoais e profissionais particulares,
       e as flutuações verificadas nas características dos
       utilizadores

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Comunicação e Informação: entre eufemismos e determinismos

  • 1. Comunicação e Informação: entre eufemismos e determinismos Pedro Pereira Neto Escola Superior de Comunicação Social (IPL) Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (IUL) Instituto de Ciências Sociais (UL) V Encontro de Comunicação e Design Multimédia Coimbra, 3 de Maio de 2012
  • 2. “(...) many parties have an interest in overstating the impact of new communication technologies. For journalists and academics, sensational reports of a transformed future draw attention from readers, editors and funding bodies. For companies, the introduction and dissemination of new technologies provide new market opportunities. For politicians and policymakers, predicting and supporting transformation can appear progressive” Hesmondhalgh, D. (2007)
  • 3. Eufemismos e determinismos pró-descontinuidade: – nova Economia • mesmo após a bolha .com – novas formas de exercício de poder • e de controlo – novos figurinos de organização social • e de condicionamento – novas práticas comunicativas e de construção de sentido • novas ideias?
  • 4. Implicações dos eufemismos e determinismos pró-descontinuidade – Incapacidade de reconhecimento das premissas técnico- ideológicas • que subjazem aos enunciados – como somos levados a compreender • que condicionam as conclusões – como somos levados a concluir – Entendimento dos fenómenos de forma generalizante • quando são circunstanciais – Entendimento dos fenómenos lidos a partir do objecto • quando devem ser compreendidos a partir do utilizador • quando devem ser compreendidos a partir do contexto
  • 5. Qualquer balanço do papel das TIC requer holismo
  • 6. Holismo e continuidade – Política: • a soma das novas práticas não equivale a superação dos regimes • o traço distintivo do início do séc. XXI é a continuidade, não a ruptura – Técnica: • a tecnologia é fruto de necessidades e adaptação a/de costumes – não pode ser situada fora da sociedade – Sociedade: • confunde-se mudança tecnológica com mudança social, mas – mudança social e tecnológica têm velocidades diferentes – o acesso e a literacia não são universais: as áreas e utilizadores já literados adoptam (mais) as novas tecnologias – Comunicação: • a intensificação (potencial) do contacto não elimina especificidades – dos utilizadores – do conteúdo
  • 7. Dois exemplos: 1 Jornalismo de Imprensa e Internet
  • 8. Jornalismo de Imprensa e Internet: eufemismos e determinismos Entre os aspectos que tornam o estudo da Internet relevante para o campo específico do Jornalismo encontram-se: – o formato digital dos seus conteúdos, potencialmente copiáveis sem perda de qualidade; – a sua natureza potencialmente hipertextual e multimediática; – a comunicação potencialmente interactiva que permite, tornando dialógica a sua natureza monológica – a potencial facilidade da sua utilização, associável a diversas plataformas
  • 9. Jornalismo de Imprensa e Internet: realidades É a rentabilidade – e não a disponibilidade tecnológica – o factor determinante nas opções tomadas por media conduzidos como empresas Tendências: – concentração em grandes grupos económicos – incremento da concorrência intra- e inter-media – emergência de iniciativas de jornalismo online Factos: online como “montra” promocional – área ocupada por publicidade intra-grupo online é, em média, dez vez superior – área ocupada por publicidade a entidades terceiras na edição em papel é 3.5 vezes superior (para o mesmo número de anúncios)
  • 10. Jornalismo de Imprensa e Internet: realidades Multimedialidade e constrangimentos logísticos – velocidade de acesso – plataformas de acesso – recursos humanos especializados – know-how da parte dos leitores Factos: ganho marginal – velocidade e plataformas de acesso em crescimento – recursos humanos residualmente info-literados – utilização de imagens video é ainda marginal – fotografias, quadros ou tabelas em menor número que texto
  • 11. Jornalismo de Imprensa e Internet: realidades Imediatismo e opções estratégicas: – duas práticas possíveis: • rentabilização do investimento já realizado através da reutilização de conteúdos; ou • criação de novos conteúdos concebidos exclusivamente para publicação na Internet Factos: – renovação de conteúdos assinalável – incidência significativa de reutilização • de conteúdos próprios • de conteúdos de agências
  • 12. Jornalismo de Imprensa e Internet: realidades Hipertextualidade: – espaço editorial ampliado – estruturação do conteúdo de forma diferente – implantação de mecanismos de validação externa de conteúdo Factos: prevalência da lógica print – formato não-linear de escrita apenas marginal • hiperligações ao fundo do texto ou lateralmente – referências a conteúdos editoriais no seio do mesmo site • hiperligações próprias do site ou da secção, mas não da peça
  • 13. Jornalismo de Imprensa e Internet: realidades Interactividade: – interacção com os conteúdos – interacção com outros leitores – interacção com a redacção Factos: – residuais mecanismos de personalização da página por parte do leitor – reenvio de artigos ou conteúdos observada em todos – comentários permitidos – resistência em divulgar contactos pessoais de editores e jornalistas
  • 14. Dois exemplos: 2 Ambientalismo e Internet
  • 15. Ambientalismo e Internet: eufemismos e determinismos – favorável relação custo-eficiência face a consideráveis limitações impostas pela exiguidade de recursos financeiros – impacto simplificador das tarefas quotidianas • simplificação de processos • aumento da velocidade/ubiquidade de circulação de materiais • alcance social conseguido – riscos de excessiva centralidade/dependência
  • 16. Ambientalismo e Internet: realidades Recursos materiais: – existência/adequação às necessidades operacionais, incluindo as estratégias de capacitação material encontradas na sua ausência • reconhecimento de que o conjunto de meios de que dispõem não responde totalmente às necessidades identificadas, sobretudo quando consideradas as desigualdades de natureza geográfica, hierárquica e organizacional existentes • recurso a ofertas, software livre e investimentos pontuais – aproveitamento/utilização • absoluta centralidade do correio electrónico • utilização crescente de uma presença em redes sociais online (de que são neste momento ilustrações máximas o Facebook e o Twitter) • reconhecimento de que algum caminho existe ainda a percorrer na maximização destes recursos, sendo discerníveis medidas no sentido da inclusão de alguns desenvolvimentos tecnológicos mais recentes ou cuja banalização se encontra ainda em curso (ex: comunicações telefónicas via Internet)
  • 17. Ambientalismo e Internet: realidades Recursos humanos: – posse de competências info-literáticas, mas com relevantes lacunas e desigualdades • quer de natureza institucional (ou seja, entre núcleos) • quer de natureza individual (dentro do mesmo núcleo) – quase absoluta inexistência de formação na área da Comunicação • convocadas capacidades pessoais dos activistas, assumindo-se a polivalência como imperativo
  • 18. Ambientalismo e Internet: realidades Hipertextualidade – investimento da utilização dos sites como plataformas de promoção das ONGA e da sua actividade, na tentativa de contornar a crónica sub-representação mediática – acentuado fechamento dos sites sobre si próprios e sobre a instituição a que dizem respeito, quer no plano textual, quer no plano gráfico – destacada utilização de hiperligações ligadas à mobilização – tónica de reserva do contributo solicitado no destinatário – a própria organização
  • 19. Ambientalismo e Internet: realidades Multimedialidade – Desinvestimento: • apenas conteúdos vídeo (Quercus), e aplicações de design em linguagem flash (Quercus e versão do site da LPN escrito a partir dela) se exceptuam • inclusão ocasional de fotografia
  • 20. Ambientalismo e Internet: realidades Imediaticidade – actualização ocasional: Quercus com actualizações diárias, LPN com dois dias, GEOTA com quatro dias – acentuado desinvestimento nos sites enquanto plataformas de comunicação em tempo-real
  • 21. Ambientalismo e Internet: realidades Interactividade de conteúdo – projecção eminentemente nacional dos sites – inexistência de personalização/formatação • quer em termos temáticos e geográficos • quer em termos de idioma (sem prejuízo da existência de uma “versão inglesa” da página da LPN que se resume a um documento em formato PDF) – disponibilização de mapas e motores de busca – inexistência de uma secção de ajuda • preferência por secções de perguntas frequentes Interactividade de contacto – reserva da identidade dos activistas: preferência por comunicação não individualizada: indicação de contactos por secção/departamento • nível diacrónico (morada, e-mail, fax) • nível sincrónico (rede fixa) – sites não constituem espaços públicos de interacção • não foi encontrado qualquer fórum ou proposta a participação em qualquer sondagem
  • 22. Síntese processo evolutivo – não revolucionário – através do qual utilizadores incorporam tecnologias no seu quotidiano: uma evolução por transição, e não ruptura (mais) um episódio na História da transformação da sociedade pela complexa acção de necessidades, pressões competitivas e políticas, e inovações técnicas: – ao nível económico, os efeitos do aumento de custos de produção e distribuição – ao nível técnico, os constrangimentos associados à desigual distribuição de plataformas de acesso e de competências – ao nível cultural, a apropriação de artefactos técnicos feita a partir de perfis pessoais e profissionais particulares, e as flutuações verificadas nas características dos utilizadores