SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
O BARROCO
“Pequei, Senhor, mas não
porque hei pecado/Da
Vossa alta clemência me
despido;...”
O BARROCO
 NO SÉCULO XVII, O SER HUMANO
VIVE EM CONFLITO, ATORMENTADO
POR DÚVIDAS EXISTENCIAIS,
DIVIDIDO ENTRE UMA POSTURA
RACIONAL E HUMANISTA E UMA
EXISTÊNCIA ASSOMBRADA PELA
CULPA CRISTÃ.
RENASCIMENTO
SÉCULO XVI
 IDEOLOGIA ANTROPOCÊNTRICA E
RACIONALISTA;
 VALORIZAÇÃO DO SER E DO AGIR
HUMANO;
 IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA
CONCRETA;
 PRAZERES MUNDANOS;
RENASCIMENTO
SÉCULO XVI
 SUPERIORIDADE DA RAZÃO
SOBRE O MITO E A MAGIA
(MENTALIDADE MEDIEVAL);
 DOMÍNIO SOBRE A NATUREZA =
PROGRESSO TECNOLÓGICO &
EXPANSÃO MARÍTIMA (ERA DAS
NAVEGAÇÕES);
 ARTE OBJETIVA E EQUILIBRADA
RENASCIMENTO
SÉCULO XVI
 O HOMEM RENASCENTISTA
 SATISFAÇÃO PESSOAL
 CRENÇA NA SOLIDEZ DO
MUNDO
CRISE DO RENASCIMENTO
 DECADÊNCIA DAS CIDADES
ITALIANAS
 A REFORMA DE LUTERO
 BURGUESIA FORTALECIDA
 NOBREZA AMEAÇADA
 CONTURBAÇÕES SOCIAIS E
RELIGIOSAS
 CONCÍLIO DE TRENTO(1545)
 CONTRA-REFORMA
CRISE DO RENASCIMENTO
 A HARMONIOSA IMAGEM DA VIDA
DO HOMEM RENASCENTISTA
DISSOLVE-SE NA ANGÚSTIA E NO
CAOS.
 A REALIDADE PERDE A SUA
COERÊNCIA, OS FUNDAMENTOS
DO MUNDO SE DESMANCHAM.
CRISE DO RENASCIMENTO
 O INDIVÍDUO = CONTRADIÇÕES =
 ESPIRITUALISMO RELIGIOSO
 X
 VIVÊNCIAS HUMANAS
CRISE DO RENASCIMENTO
 O HOMEM DIVIDIDO:
 ORGULHO X FRAGILIDADE
 TENSÃO ENTRE ELEMENTOS
CONTRÁRIOS = PERDA DAS
CERTEZAS
CRISE DO RENASCIMENTO
 O QUE É CERTO?
 O QUE É JUSTO?
 O QUE É VERDADEIRO?
 QUEM SOU EU?
 “To be or not to be?”
 Hamlet = Shakespeare
RENASCIMENTO X BARROCO
 RENASCIMENTO: Recusa os valores
religiosos e artísticos da Idade
Média.
 BARROCO: Tenta inutilmente
conciliar a visão medieval da vida e
da arte com a visão renascentista.
BARROCO
 DILACERAMENTOS:
 ALMA X CORPO;
 VIDA X MORTE;
 CLARO X ESCURO;
 CÉU X TERRA;
 FÉ X RAZÃO.
BARROCO IBÉRICO
 ARTE DA CONTRA-REFORMA;
 CONOTAÇÃO RELIGIOSA;
 PROPAGAÇÃO DA FÉ CATÓLICA;
 CARÁTER SOLENE;
 ARTE QUE CONQUISTA, CONVENCE,
IMPÕE ADMIRAÇÃO;
 ARQUITETURA EXTRAVAGANTE.
O BARROCO
 CONFLITO: CORPO & ALMA:
 PRAZERES CÓRPÓREOS X
EXIGÊNCIAS DA ALMA
 DILEMA:
 VIDA ETERNA X VIDA TERRENA
O CARPE DIEM
 APROVEITAR A VIDA?
 VIVER INTENSAMENTE?
 CULPA CRISTÃ = O HOMEM NÃO
ALCANÇA A TRANQÜILIDADE
 TENSÃO = ANGÚSTIA
 CULPA & PECADO
TEMÁTICA DO
DESENGANO
 DESVALORIZAÇÃO DA
VIDA HUMANA FRENTE À
MORTE E À ETERNIDADE
TEMÁTICA DO DESENGANO
 “A VIDA É UM SONHO”
 “Que é a vida? Um frenesi.
 Que é a vida? Uma ilusão,
 uma sombra, uma ficção.”
 (Calderón de la Barca = artista
barroco espanhol)
TEMÁTICA DO DESENGANO
 EXISTÊNCIA TERRENA =
 CARÁTER ILUSÓRIO
 REALIDADE APARENTE
 A VIDA VERDADEIRA É A ETERNA
TEMÁTICA DO DESENGANO
 A VIDA É BREVE.
 NADA É ESTÁVEL.
 NADA É PERMANENTE.
 TUDO MUDA.
TEMÁTICA DO DESENGANO
 ALEGRIA DA EXISTÊNCIA X
PREPARAÇÃO PARA A MORTE:
 CONSCIÊNCIA TRÁGICA
(PESSIMISTA) DA PASSAGEM DO
TEMPO, DA EFEMERIDADE DA VIDA.
TEMÁTICA DO DESENGANO
 VIVER É IR MORRENDO AOS
POUCOS = ANGÚSTIA
 A MORTE ONIPRESENTE
CULTISMO & CONCEPTISMO
Concepções Literárias
 CULTISMO = Jogo de palavras =
Estilo excessivo e rebuscado =
Utilização de neologismos = Uso de
figuras de linguagem (Metáforas +
Antíteses + Paradoxos +
Hipérboles, etc.) = Inversões
sintáticas = Predomina na poesia
(Origem = poeta espanhol
Góngora).
CULTISMO & CONCEPTISMO
 CONCEPTISMO = Jogo de raciocínio
(idéias) = Valorização do conteúdo
= Uso de analogias = Duplos
sentidos = Paradoxos e alegorias =
Requinte expressivo = Sutileza das
idéias = Predomina na prosa
(Origem = poeta espanhol
Quevedo).
LINGUAGEM BARROCA
 REBUSCADA + COMPARAÇÕES
INESPERADAS + ANTÍTESES +
PARADOXOS + HIPÉRBOLES +
INVERSÕES NAS FRASES + PALAVRAS
RARAS + ESTILO RETORCIDO =
CONTRADITÓRIO = BRILHANTE =
INCOMPREENSÍVEL OU DE MAU
GOSTO.
O BARROCO NO BRASIL
 ECONOMIA AÇUCAREIRA
 REGIÃO: NORDESTE (BAHIA &
PERNAMBUCO)
 CENTRO ECONÔMICO DO PAÍS =
SALVADOR = BAHIA
 CIVILIZAÇÃO ESCRAVISTA
 CONFLITO = ESPANHA (PORTUGAL)
X HOLANDESES
O BARROCO NO BRASIL
 MARCO INICIAL = “Prosopopéia” -1601
 De BENTO MANUEL TEIXEIRA
 (Inspirada em “Os Lusíadas” = versão
mediana = celebra os feitos do
capitão e governador da Capitania de
Pernambuco = Jorge de Albuquerque
Coelho).
O BARROCO NO
BRASIL
AUTORES
GREGÓRIO DE MATOS
GUERRA
O BOCA DO INFERNO
(1633 - 1695)
GREGÓRIO DE MATOS
 POESIA RELIGIOSA =
 Oscilação da alma barroca entre o
mundo terreno e a perspectiva da
salvação eterna.
 Licenciosidade moral x consciência
da infâmia (arrependimento).
 Postura = o homem ajoelhado
diante de Deus.
GREGÓRIO DE MATOS
 POESIA RELIGIOSA =
 Forte sentimento de culpa por ter
pecado = o poeta promete redimir-
se.
 O homem ajoelhado, implorando
perdão por seus erros.
GREGÓRIO DE MATOS
 POESIA RELIGIOSA =
 “A Jesus Cristo, Nosso Senhor”
 Curiosa dialética = o poeta apela
para a infinita capacidade de Cristo
de redimir os piores pecadores,
alegando que a ausência de perdão
representaria o fim da glória divina.
 Poema humilde & desafiador.
Pequei, Senhor, mas
não porque hei pecado,
Da Vossa alta clemência
me despido;
Porque quanto mais
tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais
empenhado.
Se basta a vos irar tanto
pecado,
A abrandar-vos sobeja
um só gemido:
Que a mesma culpa que
vos há ofendido,
Vos tem para o perdão
lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e
já cobrada
Glória tal e prazer tão
repentino
Vos deu, como afirmais
na Sacra História,
Eu sou, Senhor, a ovelha
desgarrada,
Recobrai-a; e não
queirais, Pastor divino,
Perder na Vossa ovelha a
Vossa glória.
GREGÓRIO DE MATOS
 POESIA AMOROSA =
 O AMOR ELEVADO =
 IDEALIZAÇÃO DOS AFETOS EM
LINGUAGEM ELEVADA
GREGÓRIO DE MATOS
 O AMOR ELEVADO = (poema para D.
Ângela = paixão do poeta que o teria
rejeitado):
 “Anjo no nome, Angélica na cara!
 Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
 Ser Angélica flor, e Anjo florente
 Em quem, senão em vós, se
uniformara?
GREGÓRIO DE MATOS
 Quem vira uma tal flor, que a não
cortara,
 De verde pé, da rama florescente?
 A quem um Anjo vira tão luzente
 Que por seu Deus o não idolatrara?
GREGÓRIO DE MATOS
 Se pois como Anjo sois dos meus
altares,
 Fôreis o meu custódio, e minha
guarda,
 Livrara eu de diabólicos azares.
GREGÓRIO DE MATOS
 Mas vejo que tão bela, e tão
galharda,
 Posto que os Anjos nunca dão
pesares,
 Sois Anjo, que me tenta, e não me
guarda.”
GREGÓRIO DE MATOS
 ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela)
 Jogo de aproximações entre as
palavras: ANJO & FLOR para designar
a amada.
 Palavras com caráter contraditório =
ANJO = eternidade + FLOR =
brevidade.
GREGÓRIO DE MATOS
 ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela)
 TENSÃO & DESESPERO =
 “SOIS ANJO, QUE ME TENTA, E NÃO
ME GUARDA.”
GREGÓRIO DE MATOS
 O AMOR OBSCENO-SATÍRICO =
 EROTISMO = Exaltação da
sensualidade e da beleza dos corpos
(forma velada).
GREGÓRIO DE MATOS
 O AMOR OBSCENO-SATÍRICO =
 PORNOGRAFIA = Sexo proibido e
culpado, por meio de imagens
grosseiras e chocantes (forma
vulgar).
GREGÓRIO DE MATOS
O AMOR OBSCENO-SATÍRICO
 OBSCENIDADE = Espécie de protesto
contra o sistema moral, contra as
concepções dominantes de amor e de
sexo e contra o próprio mundo. Às
vezes, toma o sentido de um culto
rude e subversivo do prazer contra os
tabus que impedem a plena realização
do libido = instinto sexual.
GREGÓRIO DE MATOS
O AMOR OBSCENO-SATÍRICO
 Poesia de Gregório = visão agressiva
e galhofeira do amor físico = Quer
despertar o riso ou o comentário
maldoso da platéia = Revela
desprezo pela concepção cristã do
amor, que envolve a camada
espiritual.
GREGÓRIO DE MATOS
 O AMOR OBSCENO-SATÍRICO NA
POESIA DE GREGÓRIO =
 Nos poemas mais vulgares, se torna
engraçado (palavrões = descrições
desbocadas dos atos e orgãos
sexuais).
 Machismo & Desprezo pelas mulheres
(principalmente = negras e mulatas)
O AMOR OBSCENO-SATÍRICO EM
GREGÓRIO DE MATOS
 “O amor é finalmente/um
embaraço de pernas,/uma união
de barrigas,/um breve tremor de
artérias./Uma confusão de
bocas,/uma batalha de veias,/um
reboliço de ancas,/quem diz outra
coisa é besta.”
Se Pica-flor me chamais,
Pica-flor aceito ser,
mas resta agora saber,
se no nome, que me
dais,
meteis a flor, que
guardais
no passarinho melhor!
se me dais este favor,
sendo só de mim o Pica,
e o mais vosso, claro
fica,
que fico então Pica-flor.
GREGÓRIO DE MATOS
 POESIA SATÍRICA =
 Poesia ferina e contundente que não
perdoa nenhum grupo social (ricos e
pobres) = Ironia cáustica = traço do
barroco ibérico.
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA AO
RETORNAR AO BRASIL (1682) =
 Filho de senhor-de-engenho = crise.
 Mundo dos nobres usurpado pelo
oportunismo dos negociantes.
 Como bacharel vê a farsa das
instituições jurídicas.
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA =
 Como poeta culto se vê num mundo
iletrado.
 Na vida concreta vê as idéias
barrocas do “desengaño del mundo”
(o desconcerto do mundo = da vida)
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 PROTESTO DO POETA = Contra um
novo mundo que subverteu todos os
princípios e hierarquias, que está
afundando sua classe (nobreza).
 RECURSO UTILIZADO = A linguagem
poética = caricatural = ofensiva =
cínica = sem piedade = acentua
aspectos grotescos dos indivíduos e
do contexto baiano.
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 “A cada canto um grande conselheiro,
 Quer nos governar cabana e vinha,
 Não sabem governar sua cozinha,
 E podem governar o mundo inteiro.”
(...)
 (Cabana e vinha = no sentido de negócios
particulares.)
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 VISÃO DO POETA = O Mercantilismo
estava acabando com a verdadeira
nobreza luso-baiana (sua família).
 OLHAR DO POETA PARA SALVADOR =
 Só vê = corrupção = negociata =
oportunismo = mentira = desonra =
injustiça = imoralidade = inversão de
valores = quebra das normas
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 “Que falta nesta cidade? ... Verdade.
 Que mais por sua desonra? ... Honra.
 Falta mais que se lhe proponha? ...
Vergonha.
 O demo a viver se exponha,
 Por mais que a fama a exalta,
 Numa cidade onde falta
 Verdade, honra, vergonha.” (...)
GREGÓRIO DE MATOS
O BOCA DO INFERNO
 A truculência verbal do poeta gera
muitas inimizades e ódios:
 “Querem-me aqui todos mal,
 Mas eu quero mal a todos...” (...)
 “Se o que fui sempre hei de ser,
 Eu falo, seja o que for.” (...)
GREGÓRIO DE MATOS
POESIA SATÍRICA
 O poeta se identifica com a cidade
vítima de um inimigo maior =
o capitalismo comercial europeu =
 Visão conservadora e reacionária do
poeta.
 A empresa mercantilista (“a máquina
mercante”) é a responsável pelo
declínio da sua classe (nobreza).
GREGÓRIO DE MATOS
À BAHIA
 “Triste Bahia! ó quão dessemelhante
 Estás e estou do nosso antigo estado!
 Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
 Rica te vi eu já, tu a mi abundante.”
 (...)
 A ti trocou-te (modificou-te) a máquina
mercante,” (...)
Padre Antônio Vieira
(1608 - 1697)
 OS SERMÕES (1679 - 1748) =
 Utilização da Bíblia para referir-se a
temas do cotidiano.
 Combate aos hereges e defesa dos
índios.
 Sonho com o “Grande Império”
cristão, a ser localizado no Brasil.
 Linguagem conceptista.
Padre Antônio Vieira
 O VIGOR DA ORATÓRIA =
 Pormenores da vida =
 Ataque aos vícios = corrupção +
violência + pedantismo, etc.
 Elogio às virtudes = religiosidade +
modéstia + caridade, etc.
Padre Antônio Vieira
Sermão do bom ladrão
 “Não são só ladrões - diz o Santo - os
que cortam bolsas ou espreitam os
que vão se banhar, para lhe colher a
roupa; os ladrões que mais própria e
dignamente merecem este título são
aqueles a quem os reis encomendam
os exércitos e legiões, ou o governo
das províncias, ou a administração
das cidades, os quais já com manha,
já com força, roubam e despojam os
pobres. (...)”

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo - Profª Vivian Trombini
Arcadismo - Profª Vivian TrombiniArcadismo - Profª Vivian Trombini
Arcadismo - Profª Vivian Trombini
 
Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..
 
Aula sobre o arcadismo
Aula sobre o arcadismoAula sobre o arcadismo
Aula sobre o arcadismo
 
Poesia no brasil
Poesia no brasilPoesia no brasil
Poesia no brasil
 
Arcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e NeoclassicismoArcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e Neoclassicismo
 
Toda a Literatura
Toda a LiteraturaToda a Literatura
Toda a Literatura
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Arcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo IluministaArcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo Iluminista
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Gregório de Matos Guerra
Gregório de Matos GuerraGregório de Matos Guerra
Gregório de Matos Guerra
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Ssa 1 arcadismo atividades
Ssa 1  arcadismo  atividadesSsa 1  arcadismo  atividades
Ssa 1 arcadismo atividades
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo no Brasil e Silva Alvarenga
Arcadismo no Brasil e Silva AlvarengaArcadismo no Brasil e Silva Alvarenga
Arcadismo no Brasil e Silva Alvarenga
 
Barroco e-arcadismo-no-brasil
Barroco e-arcadismo-no-brasilBarroco e-arcadismo-no-brasil
Barroco e-arcadismo-no-brasil
 
Questões sobre a literatura brasileira by trabalho da hora
Questões sobre a literatura brasileira by trabalho da horaQuestões sobre a literatura brasileira by trabalho da hora
Questões sobre a literatura brasileira by trabalho da hora
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
O Arcadismo no Brasi
O Arcadismo no BrasiO Arcadismo no Brasi
O Arcadismo no Brasi
 

Semelhante a BARROCO.pptx (20)

Barroco.pptx
Barroco.pptxBarroco.pptx
Barroco.pptx
 
Barroco - CILP
Barroco - CILPBarroco - CILP
Barroco - CILP
 
Barroco 2011
Barroco 2011Barroco 2011
Barroco 2011
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Barroco 2011
Barroco 2011Barroco 2011
Barroco 2011
 
Barroco.ppt
Barroco.pptBarroco.ppt
Barroco.ppt
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Gregório de Mattos. O grande poeta brasileiro
Gregório de Mattos. O grande poeta brasileiroGregório de Mattos. O grande poeta brasileiro
Gregório de Mattos. O grande poeta brasileiro
 
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIASLITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
LITERATURA: ESCOLAS LITERÁRIAS
 
Literatura.ppt
Literatura.pptLiteratura.ppt
Literatura.ppt
 
Barroco literatura
Barroco literatura Barroco literatura
Barroco literatura
 
Literatura Brasileira Historico
Literatura Brasileira  HistoricoLiteratura Brasileira  Historico
Literatura Brasileira Historico
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco 2.0
Barroco 2.0Barroco 2.0
Barroco 2.0
 
Barroco ou seiscentismo brasileiro (1601 1768)
Barroco ou seiscentismo brasileiro (1601 1768)Barroco ou seiscentismo brasileiro (1601 1768)
Barroco ou seiscentismo brasileiro (1601 1768)
 
Arcadismo I
Arcadismo IArcadismo I
Arcadismo I
 
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptxslides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
slides-aula-Romantismo-no-Brasil-poesia.pptx
 

BARROCO.pptx

  • 1. O BARROCO “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado/Da Vossa alta clemência me despido;...”
  • 2. O BARROCO  NO SÉCULO XVII, O SER HUMANO VIVE EM CONFLITO, ATORMENTADO POR DÚVIDAS EXISTENCIAIS, DIVIDIDO ENTRE UMA POSTURA RACIONAL E HUMANISTA E UMA EXISTÊNCIA ASSOMBRADA PELA CULPA CRISTÃ.
  • 3. RENASCIMENTO SÉCULO XVI  IDEOLOGIA ANTROPOCÊNTRICA E RACIONALISTA;  VALORIZAÇÃO DO SER E DO AGIR HUMANO;  IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA CONCRETA;  PRAZERES MUNDANOS;
  • 4. RENASCIMENTO SÉCULO XVI  SUPERIORIDADE DA RAZÃO SOBRE O MITO E A MAGIA (MENTALIDADE MEDIEVAL);  DOMÍNIO SOBRE A NATUREZA = PROGRESSO TECNOLÓGICO & EXPANSÃO MARÍTIMA (ERA DAS NAVEGAÇÕES);  ARTE OBJETIVA E EQUILIBRADA
  • 5. RENASCIMENTO SÉCULO XVI  O HOMEM RENASCENTISTA  SATISFAÇÃO PESSOAL  CRENÇA NA SOLIDEZ DO MUNDO
  • 6. CRISE DO RENASCIMENTO  DECADÊNCIA DAS CIDADES ITALIANAS  A REFORMA DE LUTERO  BURGUESIA FORTALECIDA  NOBREZA AMEAÇADA  CONTURBAÇÕES SOCIAIS E RELIGIOSAS  CONCÍLIO DE TRENTO(1545)  CONTRA-REFORMA
  • 7. CRISE DO RENASCIMENTO  A HARMONIOSA IMAGEM DA VIDA DO HOMEM RENASCENTISTA DISSOLVE-SE NA ANGÚSTIA E NO CAOS.  A REALIDADE PERDE A SUA COERÊNCIA, OS FUNDAMENTOS DO MUNDO SE DESMANCHAM.
  • 8. CRISE DO RENASCIMENTO  O INDIVÍDUO = CONTRADIÇÕES =  ESPIRITUALISMO RELIGIOSO  X  VIVÊNCIAS HUMANAS
  • 9. CRISE DO RENASCIMENTO  O HOMEM DIVIDIDO:  ORGULHO X FRAGILIDADE  TENSÃO ENTRE ELEMENTOS CONTRÁRIOS = PERDA DAS CERTEZAS
  • 10. CRISE DO RENASCIMENTO  O QUE É CERTO?  O QUE É JUSTO?  O QUE É VERDADEIRO?  QUEM SOU EU?  “To be or not to be?”  Hamlet = Shakespeare
  • 11. RENASCIMENTO X BARROCO  RENASCIMENTO: Recusa os valores religiosos e artísticos da Idade Média.  BARROCO: Tenta inutilmente conciliar a visão medieval da vida e da arte com a visão renascentista.
  • 12. BARROCO  DILACERAMENTOS:  ALMA X CORPO;  VIDA X MORTE;  CLARO X ESCURO;  CÉU X TERRA;  FÉ X RAZÃO.
  • 13. BARROCO IBÉRICO  ARTE DA CONTRA-REFORMA;  CONOTAÇÃO RELIGIOSA;  PROPAGAÇÃO DA FÉ CATÓLICA;  CARÁTER SOLENE;  ARTE QUE CONQUISTA, CONVENCE, IMPÕE ADMIRAÇÃO;  ARQUITETURA EXTRAVAGANTE.
  • 14. O BARROCO  CONFLITO: CORPO & ALMA:  PRAZERES CÓRPÓREOS X EXIGÊNCIAS DA ALMA  DILEMA:  VIDA ETERNA X VIDA TERRENA
  • 15. O CARPE DIEM  APROVEITAR A VIDA?  VIVER INTENSAMENTE?  CULPA CRISTÃ = O HOMEM NÃO ALCANÇA A TRANQÜILIDADE  TENSÃO = ANGÚSTIA  CULPA & PECADO
  • 16. TEMÁTICA DO DESENGANO  DESVALORIZAÇÃO DA VIDA HUMANA FRENTE À MORTE E À ETERNIDADE
  • 17. TEMÁTICA DO DESENGANO  “A VIDA É UM SONHO”  “Que é a vida? Um frenesi.  Que é a vida? Uma ilusão,  uma sombra, uma ficção.”  (Calderón de la Barca = artista barroco espanhol)
  • 18. TEMÁTICA DO DESENGANO  EXISTÊNCIA TERRENA =  CARÁTER ILUSÓRIO  REALIDADE APARENTE  A VIDA VERDADEIRA É A ETERNA
  • 19. TEMÁTICA DO DESENGANO  A VIDA É BREVE.  NADA É ESTÁVEL.  NADA É PERMANENTE.  TUDO MUDA.
  • 20. TEMÁTICA DO DESENGANO  ALEGRIA DA EXISTÊNCIA X PREPARAÇÃO PARA A MORTE:  CONSCIÊNCIA TRÁGICA (PESSIMISTA) DA PASSAGEM DO TEMPO, DA EFEMERIDADE DA VIDA.
  • 21. TEMÁTICA DO DESENGANO  VIVER É IR MORRENDO AOS POUCOS = ANGÚSTIA  A MORTE ONIPRESENTE
  • 22. CULTISMO & CONCEPTISMO Concepções Literárias  CULTISMO = Jogo de palavras = Estilo excessivo e rebuscado = Utilização de neologismos = Uso de figuras de linguagem (Metáforas + Antíteses + Paradoxos + Hipérboles, etc.) = Inversões sintáticas = Predomina na poesia (Origem = poeta espanhol Góngora).
  • 23. CULTISMO & CONCEPTISMO  CONCEPTISMO = Jogo de raciocínio (idéias) = Valorização do conteúdo = Uso de analogias = Duplos sentidos = Paradoxos e alegorias = Requinte expressivo = Sutileza das idéias = Predomina na prosa (Origem = poeta espanhol Quevedo).
  • 24. LINGUAGEM BARROCA  REBUSCADA + COMPARAÇÕES INESPERADAS + ANTÍTESES + PARADOXOS + HIPÉRBOLES + INVERSÕES NAS FRASES + PALAVRAS RARAS + ESTILO RETORCIDO = CONTRADITÓRIO = BRILHANTE = INCOMPREENSÍVEL OU DE MAU GOSTO.
  • 25. O BARROCO NO BRASIL  ECONOMIA AÇUCAREIRA  REGIÃO: NORDESTE (BAHIA & PERNAMBUCO)  CENTRO ECONÔMICO DO PAÍS = SALVADOR = BAHIA  CIVILIZAÇÃO ESCRAVISTA  CONFLITO = ESPANHA (PORTUGAL) X HOLANDESES
  • 26. O BARROCO NO BRASIL  MARCO INICIAL = “Prosopopéia” -1601  De BENTO MANUEL TEIXEIRA  (Inspirada em “Os Lusíadas” = versão mediana = celebra os feitos do capitão e governador da Capitania de Pernambuco = Jorge de Albuquerque Coelho).
  • 28. GREGÓRIO DE MATOS GUERRA O BOCA DO INFERNO (1633 - 1695)
  • 29. GREGÓRIO DE MATOS  POESIA RELIGIOSA =  Oscilação da alma barroca entre o mundo terreno e a perspectiva da salvação eterna.  Licenciosidade moral x consciência da infâmia (arrependimento).  Postura = o homem ajoelhado diante de Deus.
  • 30. GREGÓRIO DE MATOS  POESIA RELIGIOSA =  Forte sentimento de culpa por ter pecado = o poeta promete redimir- se.  O homem ajoelhado, implorando perdão por seus erros.
  • 31. GREGÓRIO DE MATOS  POESIA RELIGIOSA =  “A Jesus Cristo, Nosso Senhor”  Curiosa dialética = o poeta apela para a infinita capacidade de Cristo de redimir os piores pecadores, alegando que a ausência de perdão representaria o fim da glória divina.  Poema humilde & desafiador.
  • 32. Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da Vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.
  • 33. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.
  • 34. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História,
  • 35. Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Recobrai-a; e não queirais, Pastor divino, Perder na Vossa ovelha a Vossa glória.
  • 36. GREGÓRIO DE MATOS  POESIA AMOROSA =  O AMOR ELEVADO =  IDEALIZAÇÃO DOS AFETOS EM LINGUAGEM ELEVADA
  • 37. GREGÓRIO DE MATOS  O AMOR ELEVADO = (poema para D. Ângela = paixão do poeta que o teria rejeitado):  “Anjo no nome, Angélica na cara!  Isso é ser flor, e Anjo juntamente:  Ser Angélica flor, e Anjo florente  Em quem, senão em vós, se uniformara?
  • 38. GREGÓRIO DE MATOS  Quem vira uma tal flor, que a não cortara,  De verde pé, da rama florescente?  A quem um Anjo vira tão luzente  Que por seu Deus o não idolatrara?
  • 39. GREGÓRIO DE MATOS  Se pois como Anjo sois dos meus altares,  Fôreis o meu custódio, e minha guarda,  Livrara eu de diabólicos azares.
  • 40. GREGÓRIO DE MATOS  Mas vejo que tão bela, e tão galharda,  Posto que os Anjos nunca dão pesares,  Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.”
  • 41. GREGÓRIO DE MATOS  ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela)  Jogo de aproximações entre as palavras: ANJO & FLOR para designar a amada.  Palavras com caráter contraditório = ANJO = eternidade + FLOR = brevidade.
  • 42. GREGÓRIO DE MATOS  ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela)  TENSÃO & DESESPERO =  “SOIS ANJO, QUE ME TENTA, E NÃO ME GUARDA.”
  • 43. GREGÓRIO DE MATOS  O AMOR OBSCENO-SATÍRICO =  EROTISMO = Exaltação da sensualidade e da beleza dos corpos (forma velada).
  • 44. GREGÓRIO DE MATOS  O AMOR OBSCENO-SATÍRICO =  PORNOGRAFIA = Sexo proibido e culpado, por meio de imagens grosseiras e chocantes (forma vulgar).
  • 45. GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO  OBSCENIDADE = Espécie de protesto contra o sistema moral, contra as concepções dominantes de amor e de sexo e contra o próprio mundo. Às vezes, toma o sentido de um culto rude e subversivo do prazer contra os tabus que impedem a plena realização do libido = instinto sexual.
  • 46. GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO  Poesia de Gregório = visão agressiva e galhofeira do amor físico = Quer despertar o riso ou o comentário maldoso da platéia = Revela desprezo pela concepção cristã do amor, que envolve a camada espiritual.
  • 47. GREGÓRIO DE MATOS  O AMOR OBSCENO-SATÍRICO NA POESIA DE GREGÓRIO =  Nos poemas mais vulgares, se torna engraçado (palavrões = descrições desbocadas dos atos e orgãos sexuais).  Machismo & Desprezo pelas mulheres (principalmente = negras e mulatas)
  • 48. O AMOR OBSCENO-SATÍRICO EM GREGÓRIO DE MATOS  “O amor é finalmente/um embaraço de pernas,/uma união de barrigas,/um breve tremor de artérias./Uma confusão de bocas,/uma batalha de veias,/um reboliço de ancas,/quem diz outra coisa é besta.”
  • 49. Se Pica-flor me chamais, Pica-flor aceito ser, mas resta agora saber, se no nome, que me dais, meteis a flor, que guardais no passarinho melhor! se me dais este favor, sendo só de mim o Pica, e o mais vosso, claro fica, que fico então Pica-flor.
  • 50. GREGÓRIO DE MATOS  POESIA SATÍRICA =  Poesia ferina e contundente que não perdoa nenhum grupo social (ricos e pobres) = Ironia cáustica = traço do barroco ibérico.
  • 51. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA AO RETORNAR AO BRASIL (1682) =  Filho de senhor-de-engenho = crise.  Mundo dos nobres usurpado pelo oportunismo dos negociantes.  Como bacharel vê a farsa das instituições jurídicas.
  • 52. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA =  Como poeta culto se vê num mundo iletrado.  Na vida concreta vê as idéias barrocas do “desengaño del mundo” (o desconcerto do mundo = da vida)
  • 53. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  PROTESTO DO POETA = Contra um novo mundo que subverteu todos os princípios e hierarquias, que está afundando sua classe (nobreza).  RECURSO UTILIZADO = A linguagem poética = caricatural = ofensiva = cínica = sem piedade = acentua aspectos grotescos dos indivíduos e do contexto baiano.
  • 54. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  “A cada canto um grande conselheiro,  Quer nos governar cabana e vinha,  Não sabem governar sua cozinha,  E podem governar o mundo inteiro.” (...)  (Cabana e vinha = no sentido de negócios particulares.)
  • 55. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  VISÃO DO POETA = O Mercantilismo estava acabando com a verdadeira nobreza luso-baiana (sua família).  OLHAR DO POETA PARA SALVADOR =  Só vê = corrupção = negociata = oportunismo = mentira = desonra = injustiça = imoralidade = inversão de valores = quebra das normas
  • 56. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  “Que falta nesta cidade? ... Verdade.  Que mais por sua desonra? ... Honra.  Falta mais que se lhe proponha? ... Vergonha.  O demo a viver se exponha,  Por mais que a fama a exalta,  Numa cidade onde falta  Verdade, honra, vergonha.” (...)
  • 57. GREGÓRIO DE MATOS O BOCA DO INFERNO  A truculência verbal do poeta gera muitas inimizades e ódios:  “Querem-me aqui todos mal,  Mas eu quero mal a todos...” (...)  “Se o que fui sempre hei de ser,  Eu falo, seja o que for.” (...)
  • 58. GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA  O poeta se identifica com a cidade vítima de um inimigo maior = o capitalismo comercial europeu =  Visão conservadora e reacionária do poeta.  A empresa mercantilista (“a máquina mercante”) é a responsável pelo declínio da sua classe (nobreza).
  • 59. GREGÓRIO DE MATOS À BAHIA  “Triste Bahia! ó quão dessemelhante  Estás e estou do nosso antigo estado!  Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,  Rica te vi eu já, tu a mi abundante.”  (...)  A ti trocou-te (modificou-te) a máquina mercante,” (...)
  • 60. Padre Antônio Vieira (1608 - 1697)  OS SERMÕES (1679 - 1748) =  Utilização da Bíblia para referir-se a temas do cotidiano.  Combate aos hereges e defesa dos índios.  Sonho com o “Grande Império” cristão, a ser localizado no Brasil.  Linguagem conceptista.
  • 61. Padre Antônio Vieira  O VIGOR DA ORATÓRIA =  Pormenores da vida =  Ataque aos vícios = corrupção + violência + pedantismo, etc.  Elogio às virtudes = religiosidade + modéstia + caridade, etc.
  • 62. Padre Antônio Vieira Sermão do bom ladrão  “Não são só ladrões - diz o Santo - os que cortam bolsas ou espreitam os que vão se banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. (...)”