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OS APARATOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO
MÔNICA COROPOS
A velocidade avassaladora das transformações no mundo traz, consigo,
mudanças em nossos hábitos, informações, estilo de vida. Na linha de frente dessas
transformações, vemos as pesquisas e avanços tecnológicos emergindo diariamente e,
a impressão que temos, é a de que não damos conta desses avanços. Nas palavras
atuais, nossa mente sofre um “bug” aos impactos da modificação da sociedade em sua
forma de aprender. Este arquivo reúne minhas reflexões e algumas atitudes tomadas
para a formação continuada de educadores, que iniciou-se com o extinto “Orkut” e,
posteriormente, “Facebook”, “WhatsApp”, “Instagram”, Blog, Site, “Tik Tok” e
aplicativos educacionais.
Em consonância com Boyd (2007), o termo rede social refere-se a um serviço
baseado na Web, pelo qual é possível criar e manter um perfil público dentro de um
sistema com formato e estrutura dinâmica pré-determinados, no qual é possível
interagir com outros perfis, postar fotos, vídeos, links, trocar mensagens privadas ou
coletivas. Diante da adesão em massa e da inequívoca dependência das redes sociais,
concordamos com Kenski (2004), quando sinaliza que
O ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora.
Mesclam-se nas redes informáticas – na própria situação de
produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores,
professores e alunos. As possibilidades comunicativas e a
facilidade de acesso às informações favorecem a formação de
equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas
para a elaboração de projetos que visem à superação de
desafios ao conhecimento; equipes preocupadas com a
articulação do ensino com a realidade em que os alunos se
encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e
das situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no
contexto social geral da época em que vivemos (KENSKI, 2004, p.
74).
O uso da Web e seus recursos, a diversidade de mídias, as diversas fontes de
informações como as redes sociais atestam a modificação da sociedade e sua forma de
informar-se, buscar aprendizado e, finalmente, aprender. As capacidades cognitivas como
raciocínio, memória, capacidade de representação mental e “percepção estão sendo
constantemente alteradas pelo contato com os bancos de dados, modelização digital,
simulações interativas, etc.” (BRENNAND, 2006, p.202). comunicacional tem propiciado aos
usuários dados acessíveis quase que de
imediato. Das diversas modalidades de comunicação que se estabeleceram na atual
sociedade da informação (CASTELLS, 2000), as redes sociais com foco em
relacionamentos estão num processo de expansão contínuo. Costa (2011, p. 54) afirma
que “as redes sociais organizam de forma transversal a comunicação entre usuários, e
consegue fazer os conteúdos circularem”. Para Burbules (2004):
Quantos às dificuldades e limitações, elenca-se a participação desigual dos usuários, a
má compreensão na redação de algumas postagens, comunicação, ausência de apoio
institucional e de planejamento estratégico e sequencial das atividades e tema, entre outras.
Contudo, assim como afirma Bohn (2009), as redes sociais possibilitam o estudo em grupo, a
troca de conhecimento e a aprendizagem colaborativa, trazendo motivação ao educador, que
se envolve e se encanta com esta nova forma de Pedagogia.
6 Palavra inglesa que significa teia ou rede. Nome pelo qual a rede mundial de computadores
internet se tornou conhecida a partir de 1991, quando se popularizou devido à criação de uma
interface gráfica que facilitou o acesso e estendeu seu alcance ao público em geral.
Entre 1980 e meados de 1990, nasceu a Geração Y. Conhecida como Geração
Mimada, pois tiveram o primeiro contato com o computador e com isso vieram as
facilidades de comunicação e a globalização
Quando a antiga União Soviética exercia forte influência sobre países
de origem comunista, chegava a definir a primeira letra dos nomes
que deveriam ser dados aos bebês nascidos em determinado
período. Nos anos de 1980 e 1990 a letra principal era Y. Isso
realmente não teve muita influencia no mundo ocidental e capitalista,
mas posteriormente muitos estudiosos adotaram esta letra para
designar os jovens nascidos nesse período. Surge assim o termo
Geração Y.7
Para os alunos desse período geracional, o nível de atualização de
informações é de alto valor. É necessário que as atualizações das informações
sejam constantes e atuais, pois priorizam resultados imediatos. Permanecem mais
tempo na casa dos pais, com frequência fogem da responsabilidade e tem em suas
mentes que os problemas do mundo devem ser resolvidos pelas demais gerações.
11
Utilização de Redes Sociais para a Formação Continuada Não-formal
de professores: apresentação da página Musicalizando com Alegria
Introdução
Imersos em, o
cenário comunicacional tem propiciado aos usuários dados acessíveis quase que de
imediato. Das diversas modalidades de comunicação que se estabeleceram na atual
sociedade da informação (CASTELLS, 2000), as redes sociais com foco em
relacionamentos estão num processo de expansão contínuo. Costa (2011, p. 54) afirma
que “as redes sociais organizam de forma transversal a comunicação entre usuários, e
consegue fazer os conteúdos circularem”. Para Burbules (2004):
A Internet (...) compreende diferentes meios que moldam e são moldados por
grupos que utilizam com diferentes objetivos, não sendo apenas um conjunto de
indivíduos conectados a outros, mas um espaço onde grupos que se formam
interagem e trabalham cooperativamente, proporcionando a constituição de
novos grupos (BURBULES, 2004, p. 209-229).
O Facebook é uma dessas redes a serviço dos interesses de seus usuários,
proporcionando lazer, estudos, relacionamentos e informações diversas, constituindo-
se em um importante instrumento a serviço desses interesses. O ensino não-formal
através dessas mídias chega ao professor de música, e contribui para sua aproximação
com os nativos digitais (PALFREY; GASSER, 2011) além de ser um ágil instrumento de
formação continuada não-formal, constituindo-se em mais uma ferramenta de pesquisa
diante das necessidades recorrentes do seu dia a dia, no que concerne aos
planejamentos das aulas, projetos, repertório e atividades.
O presente trabalho é um relato de minha experiência como criadora e
administradora da página do Facebook denominada Musicalizando com Alegria e tem
por objetivo apontar as interferências, contribuições e limitações do Facebook no
processo de formação continuada não-formal do educador musical, diante da
diversidade de informações disponíveis no contexto das redes sociais.
O ensino não-formal e a formação continuada
Distinto do ensino formal – aquele praticado nas escolas sob a égide das
políticas educacionais - o ensino não-formal é caracterizado por um conjunto de
aspectos que o distingue da educação formal, pois acontece em espaços próprios, que
tem como função a formação ou instrução de indivíduos sem o compromisso de dar a
estes certificados - documentos esperados quando a educação acontece no sistema
educativo formal. Autores como Gohn (2008), Libâneo (1998) e Trilla (2008) conceituam
tal proposta como oportunidades educativas assistemáticas, que não substituem ou
competem com a educação formal, mas que podem ajudar na complementação desta.
Cada vez mais ao professor são requeridas novas habilidades, como capacidade
de abstração e de aliar a teoria à prática, de atenção e reflexão, da percepção diante
das transformações dentro e fora da escola, além de um comportamento profissional
mais flexível, que o afastam do engessamento em velhas molduras, fórmulas e
concepções. Ao professor cabe a tarefa de alimentar continuamente sua formação,
seja por meio de novos cursos, de especializações, de congressos, de seminários e de
outros mecanismos, buscando o enriquecimento pessoal e profissional. Contreras
(2002) afirma que, no processo de formação, a autonomia, a responsabilidade e a
capacitação são características tradicionalmente associadas a valores profissionais que
deveriam ser indiscutíveis na profissão docente (CONTRERAS, 2002). Deste modo, o
ensino não-formal redimensiona e ressignifica saberes já existentes ao professor,
possibilitando-o a reconstruir seus conceitos e visões, gerando mais autonomia e
segurança, de forma que possa decidir o que é melhor à sua prática.
Interferências, contribuições e limitações do Facebook no processo de formação
continuada do professor de música
Estrutura social composta por pessoas ou organizações conectadas por um ou
vários tipos de relações que partilham valores e objetivos comuns, uma das
características fundamentais do Facebook é sua abertura e porosidade, possibilitando
relacionamentos não hierárquicos entre os participantes, muito embora exista a
identificação e até funções de gerenciamento nas páginas desta rede social. Numa
página do Facebook é possível o intercâmbio com outros professores, o
compartilhamento das informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de
objetivos comuns, subentendidos, em geral, primeiramente pelo título da página e,
posteriormente, pelas postagens inseridas regularmente.
O professor de música – seja ele licenciado ou leigo – é contemplado por
esta multiplicidade de interesses e dimensões que compõem a rede social, e, diante de
uma configuração social diferente de todas as anteriores, entrega-se na busca de
informações para equipar-se e renovar-se, a fim de atender às novas demandas
formativas que surgem. Assim, sofre a interferência da utilização das Teorias de
Informação e Comunicação (TIC’s), e, além de se valer do Facebook, ainda traz para a
escola a possibilidade de seu uso, já que este exerce tanto fascínio entre os alunos.
Como afirma KENSKI (2004),
o ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam -se nas
redes informáticas - na própria situação de produção e aquisição de
conhecimentos – autores e leitores, professores e alunos. As possibilidades
comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação
de equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas para a
elaboração de projetos que visem à superação de desafios ao conhecimento;
equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os
alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e das
situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral
da época em que vivemos. (KENSKI, 2004, p.74).
A ampliação do conceito de educação e a diversificação das atividades
educativas levou a sociedade a uma diversificação da ação pedagógica. O inegável impacto do
uso da web e seus recursos, como as redes sociais e, especificamente, o
Facebook, atestam a modificação da sociedade e sua forma de aprender e buscar este
aprendizado. As capacidades cognitivas, tais como o raciocínio, a memória, a
capacidade de representação mental e a percepção, são constantemente alteradas
pelo contato com os bancos de dados, modelização digital, simulações interativas, e
outros (BRENNAND, 2006).
Quanto às dificuldades e limitações, elenca-se: (a) a participação desigual dos
usuários, (b) o grande volume de informações, comentários e mensagens, exigindo
seleção e manipulação atenta dos dados, (c) a má compreensão na redação de
algumas postagens, (d) a demora para responder as mensagens. Além destas
dificuldades, enumera-se, do ponto de vista estrutural: (a) ausência de apoio
institucional, (b) planejamento estratégico e (c) planejamento sequencial das atividades
e temas, entre outras.
Apesar das dificuldades e limitações, assim como afirma BOHN (2009), as redes
sociais possibilitam (a) o estudo em grupo, (b) a troca de conhecimento e (c) a
aprendizagem colaborativa, trazendo motivação ao educador musical, pelo
envolvimento e resultados que esta nova forma de ensino proporciona.
A página Musicalizando com Alegria e a formação continuada não-formal do
professor de música
Partindo de minha experiência como docente, da produção de CDs e livros,
participação como palestrante em congressos e encontros diversos, formando uma
rede considerável de relacionamento entre professores de música de diversas frentes,
encontrei no Facebook a possibilidade de compartilhar com um número maior de
interessados, as propostas e temas ligados ao ensino da música criando a página
Musicalizando com Alegria.
Desde 2011, tenho alimentado a página com postagens sobre os diversos
conteúdos do currículo da educação musical. Estes conteúdos são selecionados a
partir dos seguintes critérios: (a) demanda dos professores pelas mensagens inbox; (b)
atividades e composições criadas por mim; (c) envio de conteúdos pelos professores
colaboradores e pelos seguidores da página.
São fotos, links, vídeos, descrição de atividades, planos de aula, partituras,
repertório diverso, composições próprias e de outros professores, e uma gama de
informações relevantes ao trabalho do educador musical e suas necessidades, como
mostra a figura 1:
Cada postagem é seguida de comentários os mais variados, sugestões e
contribuições, que vão desde relatos de aulas dos professores usuários a novas ideias
que brotaram a partir do acesso à página. A partir da postagem, os comentários variam,
desde elogios, críticas, sugestões, divergências, perguntas sobre a confecção e
aplicação do material nas aulas, até a faixa etária adequada para a utilização da ideia.
Professores voltam à página com relatos de experiências desenvolvidas com seus
alunos a partir de determinada postagem. Comentários e relatos podem se transformar
em novas postagens na página, trazendo sempre novas informações e crescente número de
acessos.
Todos os comentários são lidos por mim ou, quando solicito, por professores
autorizados para contribuição com a página. Quando a postagem selecionada é
enviada por seguidores da página, respondo diretamente, ou submeto ao professor que
enviou a atividade, a explicação, conforme figura 2:
.
São mais de 10.000 (dez mil) curtidas, com uma base de 100 (cem) novas
curtidas por semana, num alcance total de mais de 7.000 (sete mil) pessoas, conforme
a figura 3:
Conclusão
A experiência com a página do Facebook Musicalizando com Alegria me faz
concluir que a utilização de redes sociais para a formação continuada não-formal de
professores é uma realidade, uma solução e uma urgência. São inúmeras as
possibilidades de compartilhar saberes, que tem atraído um contingente cada vez
maior de educadores - mesmo geograficamente distantes - para as redes sociais de
ensino, buscando em fontes como a página Musicalizando com Alegria e na
comunicação entre os educadores que a estas frequentam, o enriquecimento e a
excelência de seus trabalhos e aulas, podendo, a partir do contínuo fluxo dessa
formação continuada, levar aos alunos um frescor nos diversos conteúdos abordados
na educação musical.
Diante da demanda pela sobrevivência e elevado número de aulas dadas, para
muitos professores as redes sociais tem sido a única fonte possível de contato interpares e
formação continuada. Por isso, as repercussões didáticas e as práticas de
ensino já reagem bem à era digital e, o que se nota, é a crescente aplicação dessa
ferramenta, promovendo cada vez mais interações sociais na Web. Cabe-nos, como
educadores musicais e pesquisadores, ampliarmos nossa ocupação aos diversos
espaços nas redes sociais, contribuindo e construindo esta possibilidade de nosso
tempo.
UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL SOB A PERSPECTIVA DA GERAÇÃO ALPHA
1990 e 2010. Curiosamente, o “Z” vem de “zapear”. Em inglês “zap” significa “fazer
algo muito rapidamente”. Ou seja, os nascidos nessa geração fazem tudo muito
rápido.
Como deveríamos chamar estes “novos” alunos de hoje? Alguns se
referem a eles como N-gen [Net] ou D-gen [Digital]. Porém a
denominação mais utilizada que eu encontrei para eles é Nativos
Digitais. Nossos estudantes de hoje são todos “falantes nativos” da
linguagem digital dos computadores, vídeo games e internet.8
Para os estudantes dessa geração, a escola, baseada em métodos muito
antigos e padronizados, não possui estímulos que os atraia. Fazendo então com que
as escolas busquem uma adaptação em relação as suas necessidades.
Como destaque neste estudo temos a geração Alpha (ou alpha generation).
Toledo, Albuquerque e Magalhães (2012)9
descrevem que esse grupo nasceu a
partir de 2010, filhos tanto da geração Y como da geração Z. Em seu estudo, citam
Marc Prensky (2001)10, especialista em tecnologia e educação, que defende que as
crianças nascidas no dia de hoje têm seu perfil cognitivo alterado, influenciadas por
um mundo caracterizado pelas tecnologias e mídias digitais.
Dessa forma, as estruturas cerebrais dessas crianças seriam diferenciadas,
capazes de realizar muitas tarefas ao mesmo tempo e com raciocínios velozes, de
maneira oposta às gerações anteriores. Conforme Oliveira11:
São crianças com pensamentos e habilidades mais rápidas se
comparados à geração passada, pois nascem com a tela posicionada
a sua frente, o mundo virtual o engendrou. As crianças são frutos dos
efeitos distintos que a tecnologia e suas potencialidades
proporcionam para seus nativos.
É necessário que, antes que o educador se coloque em posição de passar seu
conhecimento, ele compreenda a realidade de seus alunos. Para que o ensino-
aprendizagem seja efetivo é preciso identificar suas necessidades intelectuais,
físicas, emocionais e culturais. Uma das lentes que encontramos na formação de um
indivíduo é a geração em que ele se encontra. Nesse ponto, a geração funciona
como uma chave, uma lente para entender o comportamento do outro.
A metodologia seguida pelo professor reflete, sobretudo, uma
“mentalidade”, um sistema de crenças e valores, quase diríamos uma
“cosmovisão”. Uma parte importante dessa cosmovisão é o conceito
que se tem do homem e de sua capacidade de crescimento. Outra
parte é o conceito que se tem da sociedade e da necessidade ou não
de sua transformação12
.
O mundo está em rápida mudança, a transição geracional do mundo ocidental
não ocorre mais no espaço-tempo em que ocorria há 40 anos atrás. O que se torna
um desafio para o educador que precisa adaptar os seus métodos para que eles
sejam eficientes e proveitosos para seus alunos. Portanto esse estudo quer servir ao
corpo docente, procurando auxiliá-los no entendimento da geração alpha e formas
de tornar cada vez mais efetiva essa relação ensino-aprendizagem. Como afirmado
por Oliveira13:
Os Alphas serão os primeiros a presenciar um sistema escolar novo,
que não padroniza, mas que valoriza as diferenças. O Ensino
tradicional que se tinha com as gerações Y e Z não podem ser
usados pela geração Alpha. O cenário mudou e muda
constantemente convertendo no que Bauman (2013)14 chama de
modernidade líquida, em que as coisas novas de hoje serão
obsoletas amanhã, fazendo surgir um novo tipo de sujeito envolvido
com o processo de ensino-aprendizagem e que “para ser “prático”, o
ensino de qualidade precisa provocar e propagar a abertura, não a
oclusão mental”.
Como ensinar música para uma geração ultra conectada? As crianças da
geração alpha, nascidas a partir de 2010, se colocam para nós, educadores, como
um desafio jamais presenciado antes na história. Para eles já não há mais diferença
entre o real e o virtual. Conhecidos como “nativos digitais” já pertencem ao mundo
tecnológico e conectado desde os seus primeiros meses de vida. Os dispositivos
12 BORDENAVE, JUAN DIAZ; PEREIRA, ADAIR MARTINS. 27 ed. Estratégias de Ensino-
Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1977
13 OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais.
2019,
32 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019
14 BAUMN, Z. (2000). Modernidade Líquida. (J. Zahar, Trad.) Zahas.
As crianças estão interagindo e socializando de forma diferente do passado, por
que já nascem mergulhadas em uma cultura em que não se vive sem tecnologia. Desde
pequenas já manejam muito bem as tecnologias digitais como, por exemplo, tablets e
smartphones. É perceptível verificar como é comum as crianças escolherem brinquedos
mais tecnológicos desenvolvidos para elas, deixando os brinquedos tradicionais como
boneca, bolas ou os carrinhos de lado. Elas estão conectadas o tempo todo, seja em casa
ou na escola, e a igreja precisa se adaptar a essa nova cultura, principalmente nas classes
de EBD infantis.
Estar conectado em sala de aula não significa distração e perda de foco. Quando
bem direcionada, essa alternativa é também uma maneira de aprender. O aparelho
celular pode se tornar um excelente instrumento de aprendizagem, pois possuem
inúmeros recursos que podem ser utilizados. Enquanto muitos professores acham que o
aparelho celular prejudica o aprendizado do aluno, ao contrário, este aparelho pode ser
um recurso didático a ser utilizado em diferentes momentos da aula, desde que conste
no planejamento de aula.
Segundo Paiva e Costa28, as crianças do século XXI nasceram em um tempo
em que manter as suas relações pessoais significa estar ligado às tecnologias. Ou
seja, sem acesso a ela suas relações tendem a ficar comprometidas, já que antes
mesmo de aprender a ler e a escrever observamos crianças com facilidade em
mexer nos dispositivos eletrônicos.
O contato precoce com a tecnologia gera muitos questionamentos na
comunidade científica. Muitos estudos tentam compreender se esse acesso é
benéfico ou maléfico no desenvolvimento da criança, pois, no passar do tempo,
vemos que a preferência por aparelhos eletrônicos vem crescendo em detrimento de
atividades como correr, brincar de pique-esconde, amarelinha, brincadeiras essas
que envolvem se exercitar e interagir socialmente com outras crianças. Ou seja,
estão trocando as amizades reais pelas virtuais.29 Paiva e Costa ainda destacam:
Um dos grandes problemas das crianças do século XXI é que até
mesmo no ambiente escolar faltam atividades que auxiliam na
psicomotricidade dos alunos na qual poderiam estimular relações
entre as crianças e sua criatividade de forma prática e dinâmica pelo
contato físico, nesse sentido, as tarefas que envolvem movimentos
tem a oportunidade de estimulam as mesmas a recuperarem hábitos
tradicionais de brincar com os seus familiares e colegas de turma.
O professor da Escola Bíblica deve aproveitar o máximo os aplicativos que
ajudam no desenvolvimento das capacidades cognitivas da criança, pois a s tecnologias
digitais trouxeram para o universo das crianças uma nova cor, uma nova forma de
brincar e aprender. As crianças de 3 a 6 anos usam alguns aplicativos de jogos e gostam
especialmente dos que brincam com as cores, frutas, animais e cantigas. O professor
pode utilizar os jogos com cores para trabalhar o plano da salvação, como também os
jogos com frutas e animais para trabalhar sobre a criação do mundo.
Enfim, é importante que a igreja compreenda a importância do uso do celular em
nossas classes infantis, e que é necessário mostrar limites e regras a criança quanto ao
seu uso de forma adequada nas aulas da EBD. E levar o professor a uma reflexão sobre
a importância que essa ferramenta tem e que pode ser uma aliada nas suas aulas e não
uma ferramenta que atrapalha.
É importante ressaltar que a tecnologia não é intrinsecamente prejudicial, mas
seu uso inadequado ou excessivo pode acarretar impactos negativos para as
crianças. Portanto, é fundamental que os pais, educadores e responsáveis
monitorem e orientem o uso da tecnologia pelas crianças, estabelecendo limites
27 OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais.
2019,
29 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019
28 PAIVA, Natália Moraes Nolêto de. COSTA, Johnatan da Silva. A influência da tecnologia na
infância: desenvolvimento ou ameaça? 2015, 2 p.
29 Idem p. 6-7.
18
apropriados e incentivando um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e outras
atividades.30
É evidente que atualmente as crianças estão se tornando cada vez mais
proficientes em tecnologia, em contraste com as gerações anteriores, devido ao fato
de começarem a estudar em idades cada vez mais precoces. Como resultado, elas
possuem um nível educacional mais avançado do que as gerações anteriores. A
Geração Alpha será a primeira a experimentar um novo sistema escolar, que é mais
personalizado, autônomo, híbrido e baseado em projetos, com foco no aluno em vez
do conteúdo. Ao contrário das gerações anteriores, eles não precisam fazer cursos
de informática para aprender a usar a tecnologia, pois já nascem imersos nessa
realidade, possuindo habilidades e adaptações à nova tecnologia que os tornam
mais independentes do que seus predecessores.31
COMO A GERAÇÃO ALPHA APRENDE
A forma como a Geração Alpha aprende difere das gerações anteriores,
principalmente devido a sua imersão precoce no ambiente tecnológico. Como
defendido por Zanbello, Castardo e Macuch40:
É a primeira geração que apresenta necessidade extrema de
mudanças no sistema escolar, uma vez que o ensino tradicional não
contempla as demandas atuais desse grupo de pessoas. A educação
tradicional foca em saberes fragmentados, conectados com
memorização e repetição de conteúdos. Provas, testes, problemas e
exercícios podem gerar nota, mas não guiarão o aluno Alpha em seu
desenvolvimento integral e gerando competências para os desafios
do século XXI.
A tecnologia desempenha um papel fundamental para a geração Alpha. Os
integrantes são criados em um contexto altamente digital, onde o acesso a
dispositivos tecnológicos, como smartphones, tablets e computadores é constante.
Eles estão habituados a utilizar aplicativos, jogos educativos e recursos online para
adquirir conhecimento e obter informações e não apenas para lazer, diferentemente
de outras gerações. A respeito do tema, McCrindle41 afirma:
Trabalho de Tecnologia na Educação
Tema: Aprendendo a seguir a Jesus.
Objetivos:
1.Relembrar os homens que seguiram a Jesus e suas atitudes.
2.Saber que seguir Jesus significa fazer o que é certo.
3.Desejar seguir Jesus.
4.Agir tomando decisões certas.
Base Bíblica: Lucas 19.1-9; Lucas 22.33-34; 54-62; João 21.15-17; Atos
16.23-34 e Filemom.
Idade: 9 a 12 anos
Estratégia: Quiz no Kahoot
Os juniores serão divididos em quatro grupos e ganhara o quiz o grupo em que
houver o maior número de participantes acertando as questões.
Segue link do jogo:
https://create.kahoot.it/share/aprendendo-a-seguir-jesus/3bef6693-275e-430c-
9adf-698ff2f13fb2
Embora seja provável que isso ainda aconteça, a forma como a
Geração Alfa aprende envolve tecnologia e se tornou mais avançada
e acessível por meio de dispositivos como smartphones e tablets. OUTRAS TECNOLOGIAS PARA
SMARTPHONES E TABLETS
Tanto o Finale quanto o Musescore utilizam notebooks e desktops como base
para operação. Porém, com o avançar da tecnologia, outros programas começaram
a ser desenvolvidos no contexto mobile, tornando o acesso a esses novos meios
cada vez mais fácil para os integrantes da geração Alpha.
Neste contexto, a Fundação Getúlio Vargas divulgou uma pesquisa a respeito
da quantidade de aparelhos móveis no Brasil. O resultado é impressionante: em
2021 o Brasil possuía cerca de 242 milhões de celulares inteligentes em contraponto
com a população que não chegava a 215 milhões.63
Ainda a respeito do tema, a McAfee realizou estudo em 2021 sobre o uso de
smartphones por crianças e adolescentes. O resultado obtido foi de que 96% dessa
faixa etária faz uso dos aparelhos.64
É inegável que o acesso a essa tecnologia é amplo para a geração Alpha,
uma faixa etária que carrega consigo em boa parte do tempo os aparelhos
inteligentes. Logo, uma possível estratégia eficaz é o uso de aplicativos móveis para
o ensino da música, aproximando o conteúdo e o aluno de maneira eficaz.
Através desta abordagem, Alex Duarte, ao observar os estudos de Shuler,
afirma:
Talvez a tecnologia mais onipresente na vida das crianças de hoje
sejam os dispositivos móveis. Ferramentas, como telefones celulares,
dispositivos iPod e plataformas portáteis de jogos, que viajam pela
casa e pela escola, estão nas mãos e bolsos de crianças em todo o
mundo (SHULER, 2009, p. 11, tradução nossa)65
.
Essa já é uma tendência entre seus precursores, a Geração Z, com o TikTok (42%) como a
terceira plataforma mais engajada pelos alunos
para aprender novas habilidades, ficando acima dos pais (39%).
Como Pequini48 defende em sua pesquisa, as teorias de aprendizagem que
hoje utilizamos não levam em consideração o alto uso da tecnologia por meio de
seus estudantes. No entanto, não devemos afirmar que os métodos antigos estão
completamente obsoletos e devem ser descartados. No entanto, podemos adaptar
esses métodos ao uso da tecnologia.
Moore49 afirma que o surgimento de uma nova tecnologia proporciona a
possibilidade de atingir metas tradicionais por meio de abordagens inovadoras e, ao
mesmo tempo, permite a definição de novos objetivos. Dessa forma, é necessário
refletir sobre como os meios tecnológicos podem auxiliar no ensino musical.
A expressão Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) foi utilizada pela primeira vez pelo pesquisador Stevenson
(1997) em relatório que apresentava o impacto que a internet havia
causado no sistema educacional do Reino Unido (DOBRE, 2012).
Entretanto, para definir as TICs vamos utilizar a definição de
Takahashi (2000, p.176) - tecnologias utilizadas para tratamento, O que sugere que o corpo
discente deve ter conhecimento e ser participativo
na produção das ferramentas tecnológicas que podem ser usadas para o ensino.
Tendo elas como um auxílio, mas sem perder de vista o objetivo fim que se quer
alcançar, que em nosso caso será o aprendizado musical. Se bem aplicada, as
novas tecnologias aliadas aos processos de ensino e aprendizagem da educação
formal, contribuiria para o desenvolvimento de abordagens e conhecimentos
inovadores.
Conforme Kruger através dessa ferramenta é possível estimular a realização
de tarefas que antes não eram bem aceitas pelos alunos. No entanto, é necessário
atenção nesse ponto, pois não seria o ideal apenas utilizá-las como transposição de
livros-textos ou exercícios. Mas, para além de sua utilização como diversificação e
estímulo em atividades convencionais, as TIC’S poderiam promover novas
abordagens pedagógicas.52
2.4.1 APRENDIZAGEM AUTÔNOMA
Essa geração demonstra uma maior autonomia em seu processo de
aprendizagem. Pois têm à disposição uma ampla gama de recursos online e
possuem habilidades para pesquisar e encontrar informações uma alta gama de
informações e, algumas delas, pertinentes. São capazes de aprender de forma
independente, explorando áreas de interesse e adquirindo conhecimentos por conta
própria.
A Geração Alpha demonstra um apreço pela colaboração e interação social
durante o seu processo de aprendizado. Eles estão familiarizados em se conectar
com outras pessoas através de plataformas online, redes sociais e ambientes
virtuais de ensino. Trabalhar em equipe e compartilhar conhecimentos com seus
colegas é considerado uma parte fundamental do modo como eles aprendem.
Resumidamente, a Geração Alpha adquire conhecimento de maneira mais
tecnológica, independente, aplicada, cooperativa e adaptada, fazendo uso das
ferramentas digitais e das oportunidades de aprendizado proporcionadas pela era
digital.
Segundo Labre e Garcia,42 apesar da facilidade de acesso à informação, torna-
se uma preocupação sobre a real aquisição do conhecimento, pois as informações
podem ser rasas. Além disso, por conta da quantidade grande de informações, pode
haver uma dificuldade de uma escolha mais assertiva. Dessa forma o entendimento
do tema seria prejudicado.
Moran, Masetto e Beherns43, apontam que esses novos desafios na educação
tem gerado uma mudança no papel do professor. Anteriormente esse docente era
detentor do conteúdo e o seu papel era transmiti-lo, agora com o advento da
tecnologia e fácil acesso às informações, o papel do professor é ser um mediador.
Ele orienta, direciona e faz a mediação auxiliando os alunos a adquirirem um melhor
aprendizado conforme suas características e projetos pessoais.
Relatos de duas experiências
As experiências relatadas precedem o exemplo a ser seguido. Por isso, ao trazer
a abordagem de duas práticas de ensino-aprendizagem – uma para os estudantes,
outra para educadores – objetiva inspirar e ampliar possibilidades a tantos que lerão
este artigo. O primeiro relato é a exposição de minha experiência como criadora e
administradora da página do Facebook denominada Musicalizando com Alegria. O
segundo relato é de um trabalho realizado pela estudante Ana Oliveira, quando foi
minha aluna no Seminário Batista do Sul do Brasil, na disciplina Tecnologia da
Educação.
Partindo de minha experiência como docente, da produção de CDs e livros,
participação como palestrante em congressos e encontros diversos, formando uma
rede considerável de relacionamento entre professores de música de diversas frentes,
encontrei no Facebook a possibilidade de compartilhar com um número maior de
interessados, as propostas e temas ligados ao ensino “de” música e “com” música,
criando a página Musicalizando com Alegria. Desde 2011, tenho alimentado a página
com postagens sobre os diversos conteúdos do currículo da educação, sobretudo da
Educação Musical. Estes conteúdos são selecionados a partir dos seguintes critérios: (a)
demanda dos professores pelas mensagens inbox; (b) atividades e composições criadas
por mim; (c) envio de conteúdos pelos professores colaboradores e pelos seguidores da
página. São fotos, links, vídeos, descrição de atividades, planos de aula, partituras,
repertório diverso, composições próprias e de outros professores, e uma gama
de
informações relevantes ao trabalho do educador musical e suas necessidades,
do Facebook, e tem por objetivo apontar as interferências, contribuições e
limitações do Facebook no processo de formação continuada não-formal do educador
musical, diante da
diversidade de informações disponíveis no contexto das redes sociais.
Trabalho de Tecnologia na Educação
Tema: Aprendendo a seguir a Jesus.
Objetivos:
1.Relembrar os homens que seguiram a Jesus e suas atitudes.
2.Saber que seguir Jesus significa fazer o que é certo.
3.Desejar seguir Jesus.
4.Agir tomando decisões certas.
Base Bíblica: Lucas 19.1-9; Lucas 22.33-34; 54-62; João 21.15-17; Atos
16.23-34 e Filemom.
Idade: 9 a 12 anos
Estratégia: Quiz no Kahoot
Os juniores serão divididos em quatro grupos e ganhara o quiz o grupo em que
houver o maior número de participantes acertando as questões.
O link do jogo está nas referências do artigo.
A Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), quando usada de maneira
coerente, pode beneficiar a aprendizagem, abrindo novas possibilidades ao exercício
intelectual e promovendo diferentes formas de construção do conhecimento. Partindo
deste pressuposto, podemos aplicá-la no âmbito da Educação Cristã.
REFERÊNCIAS
CANAAN, Mahana; PAOLA, Yuki; RIBEIRO, Luciana. Tecnologias digitais e
influencias no desenvolvimento das crianças. Universidade E a D . 2017.
COROPOS, Mônica. Utilização de Redes Sociais para a Formação Continuada Não-formal
de professores: apresentação da página Musicalizando com Alegria.
FRANÇA, Luísa. Tecnologia na educação: como garantir mais motivação em sala de
aula? www.somospar.com.br/qual-o-melhor-de-ensino.6 de janeiro de 2018.
LABRE, Tatiara Helena Marques. GARCIA, Gladys Roberta. O DESAFIO PEDAGÓGICO DA
GERAÇÃO ALPHA. São Paulo: GEIFA/UNIR. 2021, v. 5, n.1, 47 p. dez. 2021.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias
e mediação pedagógica. –Campinas, SP: Papirus. 2000. (Coleção Papirus Educação).
OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais. 2019,
43 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019.
PRENSKY, Marc. Nativos Digitais Imigrantes Digitais. De On the Horizon NCB University Press,
Vol. 9 No. 5, Outubro 2001.
VIEGAS, Amanda. Qual o melhor método para os professores apostarem.
www.somospar.com.br/qual-o-melhor-de-ensino.23 de julho de 2018.
TOLEDO, P. B. F., Albuquerque, R. A. F., & Magalhães, A. R. (2012). O comportamento da
geração Z e a influência nas atitudes dos professores. Anais do 9o Simpósio de Excelência em
Gestão e Tecnologia. Resende, RJ, Brasil.
ZANBELLO, Beatriz Lopes Alpha. CASTARDO, Ana Paula Borges. MUCUCH, Regiane da Silva.
Alpha, a geração hiperconectada e a educação emocional. 2021.
https://create.kahoot.it/share/aprendendo-a-seguir-jesus/3bef6693-275e-430c-
9adf-698ff2f13fb2
https://www.facebook.com/musicalizandocomalegria/?locale=pt_BR

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OS APARATOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO.doc

  • 1. OS APARATOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO MÔNICA COROPOS A velocidade avassaladora das transformações no mundo traz, consigo, mudanças em nossos hábitos, informações, estilo de vida. Na linha de frente dessas transformações, vemos as pesquisas e avanços tecnológicos emergindo diariamente e, a impressão que temos, é a de que não damos conta desses avanços. Nas palavras atuais, nossa mente sofre um “bug” aos impactos da modificação da sociedade em sua forma de aprender. Este arquivo reúne minhas reflexões e algumas atitudes tomadas para a formação continuada de educadores, que iniciou-se com o extinto “Orkut” e, posteriormente, “Facebook”, “WhatsApp”, “Instagram”, Blog, Site, “Tik Tok” e aplicativos educacionais. Em consonância com Boyd (2007), o termo rede social refere-se a um serviço baseado na Web, pelo qual é possível criar e manter um perfil público dentro de um sistema com formato e estrutura dinâmica pré-determinados, no qual é possível interagir com outros perfis, postar fotos, vídeos, links, trocar mensagens privadas ou coletivas. Diante da adesão em massa e da inequívoca dependência das redes sociais, concordamos com Kenski (2004), quando sinaliza que O ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam-se nas redes informáticas – na própria situação de produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores, professores e alunos. As possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação de equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas para a elaboração de projetos que visem à superação de desafios ao conhecimento; equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e das situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral da época em que vivemos (KENSKI, 2004, p. 74). O uso da Web e seus recursos, a diversidade de mídias, as diversas fontes de informações como as redes sociais atestam a modificação da sociedade e sua forma de informar-se, buscar aprendizado e, finalmente, aprender. As capacidades cognitivas como raciocínio, memória, capacidade de representação mental e “percepção estão sendo constantemente alteradas pelo contato com os bancos de dados, modelização digital,
  • 2. simulações interativas, etc.” (BRENNAND, 2006, p.202). comunicacional tem propiciado aos usuários dados acessíveis quase que de imediato. Das diversas modalidades de comunicação que se estabeleceram na atual sociedade da informação (CASTELLS, 2000), as redes sociais com foco em relacionamentos estão num processo de expansão contínuo. Costa (2011, p. 54) afirma que “as redes sociais organizam de forma transversal a comunicação entre usuários, e consegue fazer os conteúdos circularem”. Para Burbules (2004): Quantos às dificuldades e limitações, elenca-se a participação desigual dos usuários, a má compreensão na redação de algumas postagens, comunicação, ausência de apoio institucional e de planejamento estratégico e sequencial das atividades e tema, entre outras. Contudo, assim como afirma Bohn (2009), as redes sociais possibilitam o estudo em grupo, a troca de conhecimento e a aprendizagem colaborativa, trazendo motivação ao educador, que se envolve e se encanta com esta nova forma de Pedagogia. 6 Palavra inglesa que significa teia ou rede. Nome pelo qual a rede mundial de computadores internet se tornou conhecida a partir de 1991, quando se popularizou devido à criação de uma interface gráfica que facilitou o acesso e estendeu seu alcance ao público em geral. Entre 1980 e meados de 1990, nasceu a Geração Y. Conhecida como Geração Mimada, pois tiveram o primeiro contato com o computador e com isso vieram as facilidades de comunicação e a globalização Quando a antiga União Soviética exercia forte influência sobre países de origem comunista, chegava a definir a primeira letra dos nomes que deveriam ser dados aos bebês nascidos em determinado período. Nos anos de 1980 e 1990 a letra principal era Y. Isso realmente não teve muita influencia no mundo ocidental e capitalista, mas posteriormente muitos estudiosos adotaram esta letra para designar os jovens nascidos nesse período. Surge assim o termo Geração Y.7 Para os alunos desse período geracional, o nível de atualização de informações é de alto valor. É necessário que as atualizações das informações sejam constantes e atuais, pois priorizam resultados imediatos. Permanecem mais tempo na casa dos pais, com frequência fogem da responsabilidade e tem em suas
  • 3. mentes que os problemas do mundo devem ser resolvidos pelas demais gerações. 11 Utilização de Redes Sociais para a Formação Continuada Não-formal de professores: apresentação da página Musicalizando com Alegria Introdução Imersos em, o cenário comunicacional tem propiciado aos usuários dados acessíveis quase que de imediato. Das diversas modalidades de comunicação que se estabeleceram na atual sociedade da informação (CASTELLS, 2000), as redes sociais com foco em relacionamentos estão num processo de expansão contínuo. Costa (2011, p. 54) afirma que “as redes sociais organizam de forma transversal a comunicação entre usuários, e consegue fazer os conteúdos circularem”. Para Burbules (2004): A Internet (...) compreende diferentes meios que moldam e são moldados por grupos que utilizam com diferentes objetivos, não sendo apenas um conjunto de indivíduos conectados a outros, mas um espaço onde grupos que se formam interagem e trabalham cooperativamente, proporcionando a constituição de novos grupos (BURBULES, 2004, p. 209-229). O Facebook é uma dessas redes a serviço dos interesses de seus usuários, proporcionando lazer, estudos, relacionamentos e informações diversas, constituindo- se em um importante instrumento a serviço desses interesses. O ensino não-formal através dessas mídias chega ao professor de música, e contribui para sua aproximação com os nativos digitais (PALFREY; GASSER, 2011) além de ser um ágil instrumento de formação continuada não-formal, constituindo-se em mais uma ferramenta de pesquisa diante das necessidades recorrentes do seu dia a dia, no que concerne aos
  • 4. planejamentos das aulas, projetos, repertório e atividades. O presente trabalho é um relato de minha experiência como criadora e administradora da página do Facebook denominada Musicalizando com Alegria e tem por objetivo apontar as interferências, contribuições e limitações do Facebook no processo de formação continuada não-formal do educador musical, diante da diversidade de informações disponíveis no contexto das redes sociais. O ensino não-formal e a formação continuada Distinto do ensino formal – aquele praticado nas escolas sob a égide das políticas educacionais - o ensino não-formal é caracterizado por um conjunto de aspectos que o distingue da educação formal, pois acontece em espaços próprios, que tem como função a formação ou instrução de indivíduos sem o compromisso de dar a estes certificados - documentos esperados quando a educação acontece no sistema educativo formal. Autores como Gohn (2008), Libâneo (1998) e Trilla (2008) conceituam tal proposta como oportunidades educativas assistemáticas, que não substituem ou competem com a educação formal, mas que podem ajudar na complementação desta. Cada vez mais ao professor são requeridas novas habilidades, como capacidade de abstração e de aliar a teoria à prática, de atenção e reflexão, da percepção diante das transformações dentro e fora da escola, além de um comportamento profissional mais flexível, que o afastam do engessamento em velhas molduras, fórmulas e concepções. Ao professor cabe a tarefa de alimentar continuamente sua formação, seja por meio de novos cursos, de especializações, de congressos, de seminários e de outros mecanismos, buscando o enriquecimento pessoal e profissional. Contreras (2002) afirma que, no processo de formação, a autonomia, a responsabilidade e a capacitação são características tradicionalmente associadas a valores profissionais que deveriam ser indiscutíveis na profissão docente (CONTRERAS, 2002). Deste modo, o ensino não-formal redimensiona e ressignifica saberes já existentes ao professor, possibilitando-o a reconstruir seus conceitos e visões, gerando mais autonomia e segurança, de forma que possa decidir o que é melhor à sua prática.
  • 5. Interferências, contribuições e limitações do Facebook no processo de formação continuada do professor de música Estrutura social composta por pessoas ou organizações conectadas por um ou vários tipos de relações que partilham valores e objetivos comuns, uma das características fundamentais do Facebook é sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos não hierárquicos entre os participantes, muito embora exista a identificação e até funções de gerenciamento nas páginas desta rede social. Numa página do Facebook é possível o intercâmbio com outros professores, o compartilhamento das informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns, subentendidos, em geral, primeiramente pelo título da página e, posteriormente, pelas postagens inseridas regularmente. O professor de música – seja ele licenciado ou leigo – é contemplado por esta multiplicidade de interesses e dimensões que compõem a rede social, e, diante de uma configuração social diferente de todas as anteriores, entrega-se na busca de informações para equipar-se e renovar-se, a fim de atender às novas demandas formativas que surgem. Assim, sofre a interferência da utilização das Teorias de Informação e Comunicação (TIC’s), e, além de se valer do Facebook, ainda traz para a escola a possibilidade de seu uso, já que este exerce tanto fascínio entre os alunos. Como afirma KENSKI (2004), o ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam -se nas redes informáticas - na própria situação de produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores, professores e alunos. As possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação de equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas para a elaboração de projetos que visem à superação de desafios ao conhecimento; equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e das
  • 6. situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral da época em que vivemos. (KENSKI, 2004, p.74). A ampliação do conceito de educação e a diversificação das atividades educativas levou a sociedade a uma diversificação da ação pedagógica. O inegável impacto do uso da web e seus recursos, como as redes sociais e, especificamente, o Facebook, atestam a modificação da sociedade e sua forma de aprender e buscar este aprendizado. As capacidades cognitivas, tais como o raciocínio, a memória, a capacidade de representação mental e a percepção, são constantemente alteradas pelo contato com os bancos de dados, modelização digital, simulações interativas, e outros (BRENNAND, 2006). Quanto às dificuldades e limitações, elenca-se: (a) a participação desigual dos usuários, (b) o grande volume de informações, comentários e mensagens, exigindo seleção e manipulação atenta dos dados, (c) a má compreensão na redação de algumas postagens, (d) a demora para responder as mensagens. Além destas dificuldades, enumera-se, do ponto de vista estrutural: (a) ausência de apoio institucional, (b) planejamento estratégico e (c) planejamento sequencial das atividades e temas, entre outras. Apesar das dificuldades e limitações, assim como afirma BOHN (2009), as redes sociais possibilitam (a) o estudo em grupo, (b) a troca de conhecimento e (c) a aprendizagem colaborativa, trazendo motivação ao educador musical, pelo envolvimento e resultados que esta nova forma de ensino proporciona. A página Musicalizando com Alegria e a formação continuada não-formal do professor de música Partindo de minha experiência como docente, da produção de CDs e livros, participação como palestrante em congressos e encontros diversos, formando uma rede considerável de relacionamento entre professores de música de diversas frentes, encontrei no Facebook a possibilidade de compartilhar com um número maior de interessados, as propostas e temas ligados ao ensino da música criando a página
  • 7. Musicalizando com Alegria. Desde 2011, tenho alimentado a página com postagens sobre os diversos conteúdos do currículo da educação musical. Estes conteúdos são selecionados a partir dos seguintes critérios: (a) demanda dos professores pelas mensagens inbox; (b) atividades e composições criadas por mim; (c) envio de conteúdos pelos professores colaboradores e pelos seguidores da página. São fotos, links, vídeos, descrição de atividades, planos de aula, partituras, repertório diverso, composições próprias e de outros professores, e uma gama de informações relevantes ao trabalho do educador musical e suas necessidades, como mostra a figura 1: Cada postagem é seguida de comentários os mais variados, sugestões e contribuições, que vão desde relatos de aulas dos professores usuários a novas ideias que brotaram a partir do acesso à página. A partir da postagem, os comentários variam, desde elogios, críticas, sugestões, divergências, perguntas sobre a confecção e aplicação do material nas aulas, até a faixa etária adequada para a utilização da ideia. Professores voltam à página com relatos de experiências desenvolvidas com seus alunos a partir de determinada postagem. Comentários e relatos podem se transformar em novas postagens na página, trazendo sempre novas informações e crescente número de acessos. Todos os comentários são lidos por mim ou, quando solicito, por professores autorizados para contribuição com a página. Quando a postagem selecionada é enviada por seguidores da página, respondo diretamente, ou submeto ao professor que enviou a atividade, a explicação, conforme figura 2: . São mais de 10.000 (dez mil) curtidas, com uma base de 100 (cem) novas curtidas por semana, num alcance total de mais de 7.000 (sete mil) pessoas, conforme a figura 3: Conclusão
  • 8. A experiência com a página do Facebook Musicalizando com Alegria me faz concluir que a utilização de redes sociais para a formação continuada não-formal de professores é uma realidade, uma solução e uma urgência. São inúmeras as possibilidades de compartilhar saberes, que tem atraído um contingente cada vez maior de educadores - mesmo geograficamente distantes - para as redes sociais de ensino, buscando em fontes como a página Musicalizando com Alegria e na comunicação entre os educadores que a estas frequentam, o enriquecimento e a excelência de seus trabalhos e aulas, podendo, a partir do contínuo fluxo dessa formação continuada, levar aos alunos um frescor nos diversos conteúdos abordados na educação musical. Diante da demanda pela sobrevivência e elevado número de aulas dadas, para muitos professores as redes sociais tem sido a única fonte possível de contato interpares e formação continuada. Por isso, as repercussões didáticas e as práticas de ensino já reagem bem à era digital e, o que se nota, é a crescente aplicação dessa ferramenta, promovendo cada vez mais interações sociais na Web. Cabe-nos, como educadores musicais e pesquisadores, ampliarmos nossa ocupação aos diversos espaços nas redes sociais, contribuindo e construindo esta possibilidade de nosso tempo. UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL SOB A PERSPECTIVA DA GERAÇÃO ALPHA 1990 e 2010. Curiosamente, o “Z” vem de “zapear”. Em inglês “zap” significa “fazer algo muito rapidamente”. Ou seja, os nascidos nessa geração fazem tudo muito rápido. Como deveríamos chamar estes “novos” alunos de hoje? Alguns se referem a eles como N-gen [Net] ou D-gen [Digital]. Porém a denominação mais utilizada que eu encontrei para eles é Nativos Digitais. Nossos estudantes de hoje são todos “falantes nativos” da linguagem digital dos computadores, vídeo games e internet.8
  • 9. Para os estudantes dessa geração, a escola, baseada em métodos muito antigos e padronizados, não possui estímulos que os atraia. Fazendo então com que as escolas busquem uma adaptação em relação as suas necessidades. Como destaque neste estudo temos a geração Alpha (ou alpha generation). Toledo, Albuquerque e Magalhães (2012)9 descrevem que esse grupo nasceu a partir de 2010, filhos tanto da geração Y como da geração Z. Em seu estudo, citam Marc Prensky (2001)10, especialista em tecnologia e educação, que defende que as crianças nascidas no dia de hoje têm seu perfil cognitivo alterado, influenciadas por um mundo caracterizado pelas tecnologias e mídias digitais. Dessa forma, as estruturas cerebrais dessas crianças seriam diferenciadas, capazes de realizar muitas tarefas ao mesmo tempo e com raciocínios velozes, de maneira oposta às gerações anteriores. Conforme Oliveira11: São crianças com pensamentos e habilidades mais rápidas se comparados à geração passada, pois nascem com a tela posicionada a sua frente, o mundo virtual o engendrou. As crianças são frutos dos efeitos distintos que a tecnologia e suas potencialidades proporcionam para seus nativos. É necessário que, antes que o educador se coloque em posição de passar seu conhecimento, ele compreenda a realidade de seus alunos. Para que o ensino- aprendizagem seja efetivo é preciso identificar suas necessidades intelectuais, físicas, emocionais e culturais. Uma das lentes que encontramos na formação de um indivíduo é a geração em que ele se encontra. Nesse ponto, a geração funciona como uma chave, uma lente para entender o comportamento do outro. A metodologia seguida pelo professor reflete, sobretudo, uma
  • 10. “mentalidade”, um sistema de crenças e valores, quase diríamos uma “cosmovisão”. Uma parte importante dessa cosmovisão é o conceito que se tem do homem e de sua capacidade de crescimento. Outra parte é o conceito que se tem da sociedade e da necessidade ou não de sua transformação12 . O mundo está em rápida mudança, a transição geracional do mundo ocidental não ocorre mais no espaço-tempo em que ocorria há 40 anos atrás. O que se torna um desafio para o educador que precisa adaptar os seus métodos para que eles sejam eficientes e proveitosos para seus alunos. Portanto esse estudo quer servir ao corpo docente, procurando auxiliá-los no entendimento da geração alpha e formas de tornar cada vez mais efetiva essa relação ensino-aprendizagem. Como afirmado por Oliveira13: Os Alphas serão os primeiros a presenciar um sistema escolar novo, que não padroniza, mas que valoriza as diferenças. O Ensino tradicional que se tinha com as gerações Y e Z não podem ser usados pela geração Alpha. O cenário mudou e muda constantemente convertendo no que Bauman (2013)14 chama de modernidade líquida, em que as coisas novas de hoje serão obsoletas amanhã, fazendo surgir um novo tipo de sujeito envolvido com o processo de ensino-aprendizagem e que “para ser “prático”, o ensino de qualidade precisa provocar e propagar a abertura, não a oclusão mental”. Como ensinar música para uma geração ultra conectada? As crianças da geração alpha, nascidas a partir de 2010, se colocam para nós, educadores, como um desafio jamais presenciado antes na história. Para eles já não há mais diferença entre o real e o virtual. Conhecidos como “nativos digitais” já pertencem ao mundo tecnológico e conectado desde os seus primeiros meses de vida. Os dispositivos
  • 11. 12 BORDENAVE, JUAN DIAZ; PEREIRA, ADAIR MARTINS. 27 ed. Estratégias de Ensino- Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1977 13 OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais. 2019, 32 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019 14 BAUMN, Z. (2000). Modernidade Líquida. (J. Zahar, Trad.) Zahas. As crianças estão interagindo e socializando de forma diferente do passado, por que já nascem mergulhadas em uma cultura em que não se vive sem tecnologia. Desde pequenas já manejam muito bem as tecnologias digitais como, por exemplo, tablets e smartphones. É perceptível verificar como é comum as crianças escolherem brinquedos mais tecnológicos desenvolvidos para elas, deixando os brinquedos tradicionais como boneca, bolas ou os carrinhos de lado. Elas estão conectadas o tempo todo, seja em casa ou na escola, e a igreja precisa se adaptar a essa nova cultura, principalmente nas classes de EBD infantis. Estar conectado em sala de aula não significa distração e perda de foco. Quando bem direcionada, essa alternativa é também uma maneira de aprender. O aparelho celular pode se tornar um excelente instrumento de aprendizagem, pois possuem inúmeros recursos que podem ser utilizados. Enquanto muitos professores acham que o aparelho celular prejudica o aprendizado do aluno, ao contrário, este aparelho pode ser um recurso didático a ser utilizado em diferentes momentos da aula, desde que conste no planejamento de aula. Segundo Paiva e Costa28, as crianças do século XXI nasceram em um tempo em que manter as suas relações pessoais significa estar ligado às tecnologias. Ou seja, sem acesso a ela suas relações tendem a ficar comprometidas, já que antes mesmo de aprender a ler e a escrever observamos crianças com facilidade em mexer nos dispositivos eletrônicos. O contato precoce com a tecnologia gera muitos questionamentos na comunidade científica. Muitos estudos tentam compreender se esse acesso é
  • 12. benéfico ou maléfico no desenvolvimento da criança, pois, no passar do tempo, vemos que a preferência por aparelhos eletrônicos vem crescendo em detrimento de atividades como correr, brincar de pique-esconde, amarelinha, brincadeiras essas que envolvem se exercitar e interagir socialmente com outras crianças. Ou seja, estão trocando as amizades reais pelas virtuais.29 Paiva e Costa ainda destacam: Um dos grandes problemas das crianças do século XXI é que até mesmo no ambiente escolar faltam atividades que auxiliam na psicomotricidade dos alunos na qual poderiam estimular relações entre as crianças e sua criatividade de forma prática e dinâmica pelo contato físico, nesse sentido, as tarefas que envolvem movimentos tem a oportunidade de estimulam as mesmas a recuperarem hábitos tradicionais de brincar com os seus familiares e colegas de turma. O professor da Escola Bíblica deve aproveitar o máximo os aplicativos que ajudam no desenvolvimento das capacidades cognitivas da criança, pois a s tecnologias digitais trouxeram para o universo das crianças uma nova cor, uma nova forma de brincar e aprender. As crianças de 3 a 6 anos usam alguns aplicativos de jogos e gostam especialmente dos que brincam com as cores, frutas, animais e cantigas. O professor pode utilizar os jogos com cores para trabalhar o plano da salvação, como também os jogos com frutas e animais para trabalhar sobre a criação do mundo. Enfim, é importante que a igreja compreenda a importância do uso do celular em nossas classes infantis, e que é necessário mostrar limites e regras a criança quanto ao seu uso de forma adequada nas aulas da EBD. E levar o professor a uma reflexão sobre a importância que essa ferramenta tem e que pode ser uma aliada nas suas aulas e não uma ferramenta que atrapalha. É importante ressaltar que a tecnologia não é intrinsecamente prejudicial, mas seu uso inadequado ou excessivo pode acarretar impactos negativos para as crianças. Portanto, é fundamental que os pais, educadores e responsáveis monitorem e orientem o uso da tecnologia pelas crianças, estabelecendo limites 27 OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais. 2019,
  • 13. 29 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019 28 PAIVA, Natália Moraes Nolêto de. COSTA, Johnatan da Silva. A influência da tecnologia na infância: desenvolvimento ou ameaça? 2015, 2 p. 29 Idem p. 6-7. 18 apropriados e incentivando um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e outras atividades.30 É evidente que atualmente as crianças estão se tornando cada vez mais proficientes em tecnologia, em contraste com as gerações anteriores, devido ao fato de começarem a estudar em idades cada vez mais precoces. Como resultado, elas possuem um nível educacional mais avançado do que as gerações anteriores. A Geração Alpha será a primeira a experimentar um novo sistema escolar, que é mais personalizado, autônomo, híbrido e baseado em projetos, com foco no aluno em vez do conteúdo. Ao contrário das gerações anteriores, eles não precisam fazer cursos de informática para aprender a usar a tecnologia, pois já nascem imersos nessa realidade, possuindo habilidades e adaptações à nova tecnologia que os tornam mais independentes do que seus predecessores.31 COMO A GERAÇÃO ALPHA APRENDE A forma como a Geração Alpha aprende difere das gerações anteriores, principalmente devido a sua imersão precoce no ambiente tecnológico. Como defendido por Zanbello, Castardo e Macuch40: É a primeira geração que apresenta necessidade extrema de mudanças no sistema escolar, uma vez que o ensino tradicional não contempla as demandas atuais desse grupo de pessoas. A educação tradicional foca em saberes fragmentados, conectados com memorização e repetição de conteúdos. Provas, testes, problemas e exercícios podem gerar nota, mas não guiarão o aluno Alpha em seu desenvolvimento integral e gerando competências para os desafios
  • 14. do século XXI. A tecnologia desempenha um papel fundamental para a geração Alpha. Os integrantes são criados em um contexto altamente digital, onde o acesso a dispositivos tecnológicos, como smartphones, tablets e computadores é constante. Eles estão habituados a utilizar aplicativos, jogos educativos e recursos online para adquirir conhecimento e obter informações e não apenas para lazer, diferentemente de outras gerações. A respeito do tema, McCrindle41 afirma: Trabalho de Tecnologia na Educação Tema: Aprendendo a seguir a Jesus. Objetivos: 1.Relembrar os homens que seguiram a Jesus e suas atitudes. 2.Saber que seguir Jesus significa fazer o que é certo. 3.Desejar seguir Jesus. 4.Agir tomando decisões certas. Base Bíblica: Lucas 19.1-9; Lucas 22.33-34; 54-62; João 21.15-17; Atos 16.23-34 e Filemom. Idade: 9 a 12 anos Estratégia: Quiz no Kahoot Os juniores serão divididos em quatro grupos e ganhara o quiz o grupo em que houver o maior número de participantes acertando as questões. Segue link do jogo: https://create.kahoot.it/share/aprendendo-a-seguir-jesus/3bef6693-275e-430c- 9adf-698ff2f13fb2 Embora seja provável que isso ainda aconteça, a forma como a Geração Alfa aprende envolve tecnologia e se tornou mais avançada
  • 15. e acessível por meio de dispositivos como smartphones e tablets. OUTRAS TECNOLOGIAS PARA SMARTPHONES E TABLETS Tanto o Finale quanto o Musescore utilizam notebooks e desktops como base para operação. Porém, com o avançar da tecnologia, outros programas começaram a ser desenvolvidos no contexto mobile, tornando o acesso a esses novos meios cada vez mais fácil para os integrantes da geração Alpha. Neste contexto, a Fundação Getúlio Vargas divulgou uma pesquisa a respeito da quantidade de aparelhos móveis no Brasil. O resultado é impressionante: em 2021 o Brasil possuía cerca de 242 milhões de celulares inteligentes em contraponto com a população que não chegava a 215 milhões.63 Ainda a respeito do tema, a McAfee realizou estudo em 2021 sobre o uso de smartphones por crianças e adolescentes. O resultado obtido foi de que 96% dessa faixa etária faz uso dos aparelhos.64 É inegável que o acesso a essa tecnologia é amplo para a geração Alpha, uma faixa etária que carrega consigo em boa parte do tempo os aparelhos inteligentes. Logo, uma possível estratégia eficaz é o uso de aplicativos móveis para o ensino da música, aproximando o conteúdo e o aluno de maneira eficaz. Através desta abordagem, Alex Duarte, ao observar os estudos de Shuler, afirma: Talvez a tecnologia mais onipresente na vida das crianças de hoje sejam os dispositivos móveis. Ferramentas, como telefones celulares, dispositivos iPod e plataformas portáteis de jogos, que viajam pela casa e pela escola, estão nas mãos e bolsos de crianças em todo o mundo (SHULER, 2009, p. 11, tradução nossa)65 . Essa já é uma tendência entre seus precursores, a Geração Z, com o TikTok (42%) como a terceira plataforma mais engajada pelos alunos para aprender novas habilidades, ficando acima dos pais (39%). Como Pequini48 defende em sua pesquisa, as teorias de aprendizagem que hoje utilizamos não levam em consideração o alto uso da tecnologia por meio de seus estudantes. No entanto, não devemos afirmar que os métodos antigos estão
  • 16. completamente obsoletos e devem ser descartados. No entanto, podemos adaptar esses métodos ao uso da tecnologia. Moore49 afirma que o surgimento de uma nova tecnologia proporciona a possibilidade de atingir metas tradicionais por meio de abordagens inovadoras e, ao mesmo tempo, permite a definição de novos objetivos. Dessa forma, é necessário refletir sobre como os meios tecnológicos podem auxiliar no ensino musical. A expressão Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) foi utilizada pela primeira vez pelo pesquisador Stevenson (1997) em relatório que apresentava o impacto que a internet havia causado no sistema educacional do Reino Unido (DOBRE, 2012). Entretanto, para definir as TICs vamos utilizar a definição de Takahashi (2000, p.176) - tecnologias utilizadas para tratamento, O que sugere que o corpo discente deve ter conhecimento e ser participativo na produção das ferramentas tecnológicas que podem ser usadas para o ensino. Tendo elas como um auxílio, mas sem perder de vista o objetivo fim que se quer alcançar, que em nosso caso será o aprendizado musical. Se bem aplicada, as novas tecnologias aliadas aos processos de ensino e aprendizagem da educação formal, contribuiria para o desenvolvimento de abordagens e conhecimentos inovadores. Conforme Kruger através dessa ferramenta é possível estimular a realização de tarefas que antes não eram bem aceitas pelos alunos. No entanto, é necessário atenção nesse ponto, pois não seria o ideal apenas utilizá-las como transposição de livros-textos ou exercícios. Mas, para além de sua utilização como diversificação e estímulo em atividades convencionais, as TIC’S poderiam promover novas abordagens pedagógicas.52 2.4.1 APRENDIZAGEM AUTÔNOMA Essa geração demonstra uma maior autonomia em seu processo de aprendizagem. Pois têm à disposição uma ampla gama de recursos online e possuem habilidades para pesquisar e encontrar informações uma alta gama de informações e, algumas delas, pertinentes. São capazes de aprender de forma independente, explorando áreas de interesse e adquirindo conhecimentos por conta
  • 17. própria. A Geração Alpha demonstra um apreço pela colaboração e interação social durante o seu processo de aprendizado. Eles estão familiarizados em se conectar com outras pessoas através de plataformas online, redes sociais e ambientes virtuais de ensino. Trabalhar em equipe e compartilhar conhecimentos com seus colegas é considerado uma parte fundamental do modo como eles aprendem. Resumidamente, a Geração Alpha adquire conhecimento de maneira mais tecnológica, independente, aplicada, cooperativa e adaptada, fazendo uso das ferramentas digitais e das oportunidades de aprendizado proporcionadas pela era digital. Segundo Labre e Garcia,42 apesar da facilidade de acesso à informação, torna- se uma preocupação sobre a real aquisição do conhecimento, pois as informações podem ser rasas. Além disso, por conta da quantidade grande de informações, pode haver uma dificuldade de uma escolha mais assertiva. Dessa forma o entendimento do tema seria prejudicado. Moran, Masetto e Beherns43, apontam que esses novos desafios na educação tem gerado uma mudança no papel do professor. Anteriormente esse docente era detentor do conteúdo e o seu papel era transmiti-lo, agora com o advento da tecnologia e fácil acesso às informações, o papel do professor é ser um mediador. Ele orienta, direciona e faz a mediação auxiliando os alunos a adquirirem um melhor aprendizado conforme suas características e projetos pessoais. Relatos de duas experiências As experiências relatadas precedem o exemplo a ser seguido. Por isso, ao trazer a abordagem de duas práticas de ensino-aprendizagem – uma para os estudantes, outra para educadores – objetiva inspirar e ampliar possibilidades a tantos que lerão este artigo. O primeiro relato é a exposição de minha experiência como criadora e administradora da página do Facebook denominada Musicalizando com Alegria. O segundo relato é de um trabalho realizado pela estudante Ana Oliveira, quando foi
  • 18. minha aluna no Seminário Batista do Sul do Brasil, na disciplina Tecnologia da Educação. Partindo de minha experiência como docente, da produção de CDs e livros, participação como palestrante em congressos e encontros diversos, formando uma rede considerável de relacionamento entre professores de música de diversas frentes, encontrei no Facebook a possibilidade de compartilhar com um número maior de interessados, as propostas e temas ligados ao ensino “de” música e “com” música, criando a página Musicalizando com Alegria. Desde 2011, tenho alimentado a página com postagens sobre os diversos conteúdos do currículo da educação, sobretudo da Educação Musical. Estes conteúdos são selecionados a partir dos seguintes critérios: (a) demanda dos professores pelas mensagens inbox; (b) atividades e composições criadas por mim; (c) envio de conteúdos pelos professores colaboradores e pelos seguidores da página. São fotos, links, vídeos, descrição de atividades, planos de aula, partituras, repertório diverso, composições próprias e de outros professores, e uma gama de informações relevantes ao trabalho do educador musical e suas necessidades, do Facebook, e tem por objetivo apontar as interferências, contribuições e limitações do Facebook no processo de formação continuada não-formal do educador musical, diante da diversidade de informações disponíveis no contexto das redes sociais. Trabalho de Tecnologia na Educação Tema: Aprendendo a seguir a Jesus. Objetivos: 1.Relembrar os homens que seguiram a Jesus e suas atitudes. 2.Saber que seguir Jesus significa fazer o que é certo. 3.Desejar seguir Jesus.
  • 19. 4.Agir tomando decisões certas. Base Bíblica: Lucas 19.1-9; Lucas 22.33-34; 54-62; João 21.15-17; Atos 16.23-34 e Filemom. Idade: 9 a 12 anos Estratégia: Quiz no Kahoot Os juniores serão divididos em quatro grupos e ganhara o quiz o grupo em que houver o maior número de participantes acertando as questões. O link do jogo está nas referências do artigo. A Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), quando usada de maneira coerente, pode beneficiar a aprendizagem, abrindo novas possibilidades ao exercício intelectual e promovendo diferentes formas de construção do conhecimento. Partindo deste pressuposto, podemos aplicá-la no âmbito da Educação Cristã. REFERÊNCIAS CANAAN, Mahana; PAOLA, Yuki; RIBEIRO, Luciana. Tecnologias digitais e influencias no desenvolvimento das crianças. Universidade E a D . 2017. COROPOS, Mônica. Utilização de Redes Sociais para a Formação Continuada Não-formal de professores: apresentação da página Musicalizando com Alegria. FRANÇA, Luísa. Tecnologia na educação: como garantir mais motivação em sala de aula? www.somospar.com.br/qual-o-melhor-de-ensino.6 de janeiro de 2018. LABRE, Tatiara Helena Marques. GARCIA, Gladys Roberta. O DESAFIO PEDAGÓGICO DA GERAÇÃO ALPHA. São Paulo: GEIFA/UNIR. 2021, v. 5, n.1, 47 p. dez. 2021. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. –Campinas, SP: Papirus. 2000. (Coleção Papirus Educação). OLIVEIRA, Genori da Silva. Geração Alpha entre a realidade e o digital: Sujeitos Digitais. 2019,
  • 20. 43 p. Tese (Graduação em Psicologia) - Curso de Graduação em Psicologia, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019. PRENSKY, Marc. Nativos Digitais Imigrantes Digitais. De On the Horizon NCB University Press, Vol. 9 No. 5, Outubro 2001. VIEGAS, Amanda. Qual o melhor método para os professores apostarem. www.somospar.com.br/qual-o-melhor-de-ensino.23 de julho de 2018. TOLEDO, P. B. F., Albuquerque, R. A. F., & Magalhães, A. R. (2012). O comportamento da geração Z e a influência nas atitudes dos professores. Anais do 9o Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende, RJ, Brasil. ZANBELLO, Beatriz Lopes Alpha. CASTARDO, Ana Paula Borges. MUCUCH, Regiane da Silva. Alpha, a geração hiperconectada e a educação emocional. 2021. https://create.kahoot.it/share/aprendendo-a-seguir-jesus/3bef6693-275e-430c- 9adf-698ff2f13fb2 https://www.facebook.com/musicalizandocomalegria/?locale=pt_BR