Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Plano de Apoio Escolar
1. PLANO DE APOIO ESCOLAR
ÀS CRIANÇAS COM ALERGIAS OU INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES
Uma questão de INCLUSÃO ...
SOLUÇÕES VIÁVEIS
Por Marília Pinheiro
2. Apresentação
A Alergia Alimentar é um fenômeno não tão recente quanto seu reconhecimento pela sociedade, e vem aumentando significativamente em estatísticas na população atual, por razões ainda não bem esclarecidas. Manifesta-se de forma diversa, podendo afetar diferentes sistemas do corpo humano, prejudicando a qualidade e até mesmo a manutenção da vida.
Muitos mistérios ainda precisam ser solucionados neste campo, no entanto,
a dieta excludente dos alérgenos envolvidos é reconhecidamente a medida
mais segura de reverter os sintomas.
A Alergia Alimentar, por si só, não constitui problema à saúde de seu portador, visto que basta uma dieta restritiva bem feita para que esta pessoa
tenha uma vida normal como qualquer outra. No entanto, as dificuldades
que a sociedade impõe acabam por determinar um sofrimento desnecessário. Um dos pontos mais mencionados por essas famílias, vivenciado inclusive pela autora que vos fala, diz respeito à situações da vida escolar.
Este trabalho, pretende expressar de forma concisa, as principais problemáticas encontradas neste ambiente, todas já relatadas igualmente nas
diferentes regiões do País. Em concomitância, apresento ainda soluções
possíveis, cuja concretização destas, depende única e exclusivamente do
respeito mútuo e diálogo entre as partes envolvidas.
Janeiro/2014
SOLUÇÕES VIÁVEIS
Por Marília Pinheiro
3. A hora do lanche...
SITUAÇÃO 1
Na hora das refeições, todas as crianças comem juntas
numa só mesa, enquanto a criança alérgica é isolada
do restante, comendo sozinha numa outra mesa, ou
num outro ambiente.
SOLUÇÃO 1
IMAGENS DE ACERVO PESSOAL
·Acordo entre PAIS e ESCOLA em instituir alguns dias de cardápio “limpo”, para que ao menos nestes dias a criança possa
confraternizar a hora das refeições.
Esta solução é totalmente possível, visto que conseguimos adaptar praticamente TODAS as receitas que existem, a maioria
fica até mais saudável do que as versões "normais". Existem várias páginas na internet disponibilizando receitas, inclusive
aprovadas e recomendadas por Nutricionistas e Médicos.
SOLUÇÃO 2
·Limpeza de mesas e cadeiras antes das refeições;
·Assepsia de mãos e bocas antes e (principalmente) após as refeições;
·Cuidado e fiscalização intensiva de um funcionário da escola sobre a criança alérgica, a fim de se evitar acidentes.
Esta Solução torna-se vital, se a criança alérgica reage ao contato de pele.
SOLUÇÕES VIÁVEIS
Por Marília Pinheiro
4. As festinhas...
SITUAÇÃO 2
As escolas permitem que os alunos comemorem aniversário em sala de aula, onde são servidos salgados, brigadeiros, docinhos, bolo, chocolates, dos quais todos se
servem, com exceção da criança alérgica.
O mesmo acontece em eventos anuais como festas de
Natal, Páscoa, Dia das Mães etc.
SOLUÇÃO 1
IMAGENS DE ACERVO PESSOAL
·Avisar aos pais da criança alérgica com antecedência máxima de 4 dias, para que estes providenciem cardápio
apropriado para o evento;
Esta é uma alternativa habitual e fácil de ser seguida, mas na prática, comumente sujeita ao esquecimento.
Falta um comprometimento maior, uma política mais eficaz.
Crianças alérgicas costumam ser mais frágeis à certas doenças, que as obrigam faltar até uma semana inteira, e por isso,
se num desses dias o aviso foi enviado para os pais, essa criança que não esteve presente não receberá a informação.
A entrega do calendário de aniversariantes do mês é uma boa forma de controle,
mas deve ser complementada pelo aviso dias antes de cada evento.
SOLUÇÃO 2
·A Escola incluir mesa com cardápio acessível às crianças com restrição alimentar, mediante consultoria com especialistas,
nutricionistas e pais. As despesas geradas seriam irrisórias se diluídas entre todos os matriculados.
Esta solução deveria ser regra nos eventos anuais oferecidos pela Instituição, onde geralmente comidas são servidas.
Algumas escolas costumam presentear os alunos com ovos de páscoa, por exemplo. Neste caso, quando não for possível
contemplar a totalidade dos alunos, que os presentes não sejam comestíveis.
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Por Marília Pinheiro
5. Guloseimas a caminho...
SITUAÇÃO 3
Quando um aniversário é comemorado em sala de aula,
usualmente, todos os convidados (crianças da turma)
recebe um mimo do aniversariante.
Este mimo, costuma vir recheado de guloseimas de toda
variedade (pipoca, chocolates, balas,nutela), muitas das
quais, proibidas para crianças com alergia alimentar.
A forma como esses mimos chegam a cada criança, varia
de escola para escola, conforme a política adotada, dentre
as quais:
IMAGENS OBTIDAS ATRAVÉS DO GOOGLE
1) A professora entrega o mimo para todos os alunos, menos para a criança que tem alergia
(isso mesmo: a criança vê todos os colegas recebendo um presente, menos ele);
2)A professora distribui cada mimo na mochila de cada aluno, para que estes apenas tenham acesso ao
mesmo, após chegar em suas casas. No entanto, terminado o turno, muitas vezes a mochila fica acessível às crianças. Mesmo que tenham consciência de suas restrições, elas ainda não possuem maturidade suficiente, e muitos acidentes com reação alérgica ficam sujeitos a acontecer neste momento.
SOLUÇÃO 1
·Comunicar na reunião de pais, ou através de informativo anexado em agenda escolar, que existe uma criança alérgica na
turma do filho, e pedir a cordialidade em avisar com antecedência a mãe (informando contatos de telefone/email), para
que esta possa fazer as substituições de guloseimas (a própria mãe do aniversariante não teria dificuldade em já tornar
todos os mimos acessíveis);
SOLUÇÃO 2
·Abolir (como regra) que guloseimas sejam ofertadas nos mimos.
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Por Marília Pinheiro
6. Pequenas mãos na massa...
SITUAÇÃO 4
Em muitas escolas, aulas de Culinária fazem parte do programa curricular. Nestas atividades, as crianças manipulam os ingredientes e o preparo da receita, sob a administração da professora.
Para crianças alérgicas, se o alimento incluir ingredientes
alérgenos, ou elas são excluídas da atividade, ou ficarão
sujeitas aos riscos (a criança pode levar a mão ou até
mesmo o preparo à boca). Crianças que reagem ao contato, podem reagir simplesmente ao tocarem as mãos
no preparo ou ingrediente.
IMAGENS DE ACERVO PESSOAL
SOLUÇÃO 1
·Que sejam usadas apenas receitas que possam ser manipuladas e degustadas por todos os alunos da turma.
Essa solução é extremamente possível, pois não existe ingrediente insubstituível na culinária.
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Por Marília Pinheiro
7. Eu sonhei que não havia traços...
SITUAÇÃO 5
Algumas Escolas não permitem que o lanche possa ser
trazido pelos pais, ou seja: obrigam o aluno a comer apenas refeições produzidas pela cozinha da Instituição.
Mesmo que se proponham a fornecer um cardápio adaptado a cada restrição alimentar, não executam os procedimentos necessários para higiene dos “traços”.
Traço é a denominação utilizada para a partícula ‘invisível’
que permanece nos equipamentos e utencílios, mesmo
após a assepsia.
IMAGENS OBTIDAS ATRAVÉS DO GOOGLE
SOLUÇÃO 1
·Que seja aberta exceções autorizando o envio do lanche pelos cuidadores da criança.
SOLUÇÃO 2
·Que a cozinha da escola se adeque aos procedimentos de higiene, com as devidas orientações e consultorias cabíveis.
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Por Marília Pinheiro
8. Obrigada pela atenção...
“É, geralmente, à volta da mesa e na escolha, preparação, apresentação
e degustação do que se come e do que se bebe
que se vão criando e cimentando grandes amizades e os ambientes de sã camaradagem,
de franco convívio e alegria, que dão um certo colorido à vida
e fortalecem o bem-estar e a saúde de cada um.”
Joaquim Adriano Botas, sociólogo
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Por Marília Pinheiro