Case apresentado para disciplina de Arquitetura e Estética do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UEMA.
A proposta do trabalho apresentar uma proposta de um monumento para a comemoração dos 400 anos de São Luís, que tivesse tua forma e função bem explicadas no tema.
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Mirante do Mangue
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MARÍLIA BEZERRA AMORIM
Estudo de Caso
São Luís
2012
2. MARÍLIA BEZERRA AMORIM
Estudo de Caso
Trabalho apresentado ao
professor Agnaldo Mota Junior da
disciplina Arquitetura e Estética para
obtenção da 1ª nota.
São Luís
2012
3. Conteúdo
ENREDO ................................................................................................................. 4
ÁREA ESCOLHIDA ............................................................................................... 5
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................ 6
ACESSIBILIDADE DA ÁREA ESCOLHIDA ...................................................... 7
IMPORTÂNCIA E VISIBILIDADE DO MONUMENTO .................................... 8
INSPIRAÇÃO ..................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS PARA O MONUMENTO ..................................................... 10
FUNÇÃO ....................................................................................................... 10
VOLUMETRIA ............................................................................................. 11
O MONUMENTO ............................................................................................. 12
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 14
4. ENREDO
No ano de 2012, São Luís comemora 400 anos desde a sua fundação. Cidade com
cerca de um milhão e cem mil habitantes, segundo o último levantamento do IBGE em 2010.
O presente case trata-se da criação de um monumento histórico que possa
representar a importância desses 400 anos de São Luís para os cidadãos, visto que sua
identidade cultural é construída por uma infinidade de bens e manifestações que influenciam a
paisagem urbana.
Os alunos da disciplina Arquitetura e Estética do curso de Arquitetura e
Urbanismo da UEMA, farão este estudo de caso com base em um concurso público
(FICTÍCIO) para a elaboração deste monumento.
5. ÁREA ESCOLHIDA
A área escolhida está localizada próxima ao Parque Ambiental Santa Eulália, ao
Rio Anil, aos bairros Santa Eulália, Vila Independente, Vila Roseana e COHAFUMA, de
acordo com dados da Prefeitura de São Luís e do Instituto de Pesquisa e Planejamento do
Município, em 2002.
É uma área com presença de mangue, mananciais e rios.
Foi escolhida por ser uma área que não existem muitas edificações e o
monumento escolhido agride o mínimo possível para assegurar a preservação da vegetação
próxima.
6. LEGISLAÇÃO
De acordo com a lei 3.253, de 29 de dezembro de 1992, a área escolhida está
inserida em uma ZPA 2 – Zona de Proteção Ambiental 2, que protege bacias hidrográficas,
lagos, lagoas, mangues, igarapés, rios e outras áreas inundáveis por marés.
A lei considera preservação ambiental todo o interior e uma faixa externa de 50,00
metros a partir de suas margens. E permite edificações a partir de uma distância mínima de
50,00 metros a partir da margem, e é obrigatório manter uma área mínima de cobertura
arbóreo-vegetal de valor igual a 75% da faixa não edificada.
A construção de vias de acesso aos logradouros e edificações é permitida desde
que a uma distância mínima de 15,00 metros, exigindo a preservação de cobertura arbóreo-
vegetal nesta faixa.
O artigo 83 desta lei permite projetos voltados à recreação e ao lazer público,
desde que analisados e aprovados previamente pelos órgãos competentes, sempre buscando a
preservação do meio ambiente.
O capítulo II da lei nº 4.669 de 11 de outubro de 2006, trata-se da Política da
Paisagem, que permite elementos em zonas de proteção ambiental desde que gerem uma
leitura da paisagem, tanto a partir da sua apreciação individual quanto da relação deste com
outros elementos inseridos à paisagem. De maneira que garanta sua proteção, conservação e
valorização, bem como a qualidade de vida da população.
7. ACESSIBILIDADE DA ÁREA ESCOLHIDA
O local escolhido para o monumento está conectado à Via Expressa, via recém-
construída pelo governo como presente à São Luís pelos 400 anos. E tem como objetivo
desafogar o trânsito nas avenidas Jerônimo de Albuquerque e dos Franceses.
De acordo com as propagandas1, a Via Expressa conta com duas faixas exclusivas
para ônibus, e por ter uma parte com retorno e semáforos, escolhi colocar o monumento
próximo a essa parte para que tenha acesso de veículos e pedestres.
1
Propaganda disponível em: <http://youtu.be/wL-PoO4by38>. Acesso em: 10 outubro 2012.
8. IMPORTÂNCIA E VISIBILIDADE DO MONUMENTO
INSPIRAÇÃO
O site Fórum Carajás2 relata uma pesquisa realizada em 2002, pelo Programa
Manguezais do Maranhão que mostrou que as áreas de mangue dos estados do Maranhão,
Pará e Amapá formam a maior região de manguezal contínua do mundo. Dessa área, 50% está
localizada no estado do Maranhão.
Para a pesquisadora, a professora doutora Flávia Mochel, do Departamento de
Oceanografia e Liminologia da Universidade Estadual do Maranhão, os mangues merecem
respeito da população da mesma maneira que o acervo arquitetônico de São Luís tem.
“É um patrimônio ambiental nosso, que também pertence ao mundo. Por isso,
temos o dever de conhecer a sua importância e protegê-lo”, disse a pesquisadora. E ainda
acrescentou que São Luís tem tido um crescimento de maneira negativa, pois as áreas de
manguezal da cidade estão sendo convertidas de forma desordenada, em solos que o mangue
não reproduz, e dessa maneira todas as espécies de animais e vegetações que vivem no local
ficam ameaçadas.
Imagem 1. Cidade avançando no mangue. São Luís – MA. Fonte: Arquivo pessoal.
O mangue é importância para a população de São Luís, porém poucas pessoas dão
a atenção necessária a ele.
As raízes aéreas do mangue são características de plantas epífetas, que vivem
sobre outras plantas sem parasitá-las.
2
< www.forumcarajas.org.br/portal.php?noticia&mostra&225>. Acesso em 10 outubro 2012.
9. As raízes-escoras do mangue partem quase do meio do tronco-perto dos galhos
mais baixos e se enterram na lama fina, onde se ramificam intensamente, servindo para
sustentar os troncos no terreno mole.
Imagem 2. Raízes do Mangue. Fonte: Portal da Educação.
10. REFERÊNCIAS PARA O MONUMENTO
FUNÇÃO
Mangal das Garças
O Parque Naturalístico Mangal das Garças foi criado pelo Governo do Pará em
2005 e é o resultado da revitalização de uma área de cerca de 40.000 metros quadrados às
margens do Rio Guamá, nas franjas do centro histórico de Belém.
O que antes era uma área alagada com extenso aningal transformou-se em mais
um belo recanto de Belém.
A transformação foi cuidadosa. O pré-requisito era o aproveitamento máximo das
condições paisagísticas da área. A idéia, representar as diferentes macrorregiões florísticas do
Pará: as matas de terra firme, as matas de várzea e os campos, com sua fauna. Com lagos,
aves, vegetação típica, equipamentos de lazer, restaurante, vistas espetaculares da cidade e do
rio, o Mangal das Garças logo se tornou um dos pontos turísticos mais elogiados de Belém.
(Mangal das Garças, site oficial: <http://www.mangalpa.com.br/?page_id=2>. Acesso em: 10
outubro 2012).
Imagem 3. Mangal das Garças. Belém – PA. Fonte: http://www.mangalpa.com.br/.
Mirante de Joinville
11. Imagem 4. Mirante de Joinville. Joinville – SC. Fonte: http://www.eujafui.com.br/.
A estrutura do mirante é composta por uma escada helicoidal ao redor do seu
eixo, levando os visitantes até o topo, proporcionando uma bela vista panorâmica da cidade de
Joinville.
VOLUMETRIA
O pintor, escultor, gravador e fotógrafo Frans Krajcberg esculpiu A Flor do
Mangue inspirado nas raízes do mangue.
Imagem 5. Frans Krajcberg. Flor do Mangue, 1965. Madeira. Fonte: http://educacao.uol.com.br/.
12. O MONUMENTO
O monumento trata-se de um mirante inspirado nas raízes do mangue e sua forma
assemelha-se com a forma da Flor do Mangue, de Frans Krajcberg.
Assim como no mirante de Joinville, o acesso dá-se por uma escada helicoidal.
O monumento está inserido em um parque ecológico, como o Mangal das Garças
de Belém. O parque conta com vários caminhos madeiras, formando espécie de pontes sobre
o mangue de modo que não agrida a vegetação e incentive a população a ter contato com esse
ecossistema.
Imagem 6. Croqui utilizado na concepção da ideia.
Imagem 7. Croqui ilustrando ideias para o monumento.