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LÍNGUA
PORTUGUESA
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO I
FUNÇÕES DA LINGUAGEM E
LINGUAGEM FIGURADA
VOCABULÁRIO
FONOLOGIA, ACENTUAÇÃO, ORTOGRAFIA
E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
ARTIGOS, SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS
VERBOS E ADVÉRBIOS
PRONOMES
NOÇÕES DE LITERATURA
HUMANISMO, QUINHENTISMO,
BARROCO E ARCADISMO
ROMANTISMO
LITERATURA NO PERÍODO COLONIAL
CLASSICISMO
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FIGURAS DE LINGUAGEM
PERÍODOS SIMPLES E COMPOSTO
PONTUAÇÃO
CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
REALISMO/ NATURALISMO
PRÉ-MODERNISMO/ MODERNISMO
PARNASIANISMO/ SIMBOLISMO
CRASE
FUNÇÕES DE “QUE” E “SE”
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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GABARITO
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1
LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAÇÃO DE
TEXTO I
1. U. Católica de Brasília-DF Assinale V, para os itens
verdadeiros, e F, para os falsos.
( ) A figura ao lado trata-se de uma charge, cujo tema
versa sempre sobre algum acontecimento que já
foi veiculado na mídia. Dessa forma a charge não
é responsável por uma nova notícia, mas é uma
releitura de uma notícia ou de um fato.
( ) Observando os elementos que compõe a charge,
é correto afirmar que ela se refere a alguma notí-
cia sobre aviação. Isso é comprovado pelos elementos icônicos, pois nenhum ele-
mento verbal faz referência à aviação.
( ) O verbo ter, utilizado na fala do passageiro, poderia ser substituído pelo verbo
haver, o que configuraria o uso do nível formal da linguagem.
( ) A opção de reserva de um lugar na caixa-preta, que em caso de sinistro com a
aeronave, é um instrumento que pode ajudar a identificar as causas, é a responsável
pelo humor na charge e, ao mesmo tempo, permite inferir que a charge foi feita
depois de algum desastre aéreo.
( ) As palavras “algum”, “vago” e “caixa-preta” são respectivamente, adjetivo, advér-
bio, adjetivo e substantivo.
( ) Caixa-preta, sob o ponto de vista de sua estrutura, contém dois radicais, por isso,
quanto ao processo de formação, é considerada uma palavra derivada.
2. Analise a charge que segue, publicada na revista Veja, de 07. jun. 2000.
A leitura da charge permite as seguintes afirmações:
( ) nos desenhos humorísticos, a caricatura é uma representação gráfica de uma pes-
soa ou situação que explora aspectos ridículos ou grotescos.
( ) a legenda, texto curto que, às vezes, acompanha o desenho, tem a finalidade de
determinar para o leitor o sentido da charge.
( ) o cartunista interpreta uma idéia presente no imaginário do torcedor brasileiro: os
técnicos de futebol, quando cometem erros, são chamados de burros.
( ) a frase “O técnico Wanderley Luxemburgo examina as condições do gramado”
funciona de modo redundante, visto que repete o significado contido no desenho.
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2
3. Uneb-BA
Folha Ilustrada. Folha de São Paulo, 14 de julho 2000, p. 34.
No texto do convite para ver a exposição de Guignard, no MASP, passa-se a idéia de que:
a) ver Guignard é ter uma aula de como funciona o sistema nervoso humano;
b) a emoção provocada pela arte nem sempre pode ser traduzida com palavras;
c) a arte causa, no homem, uma sensação de leveza tal, que o adormece para a realidade;
d) o sentimento gerado pela obra de arte lírica é constante e equilibrado em cada ser
humano;
e) o humanismo lírico de Guignard está na sua capacidade de associar a arte ao equilí-
brio das sensações humanas.
4. UFPE Observe os quadrinhos abaixo e responda à questão.
Assinale a alternativa em que se faz um comentário inaceitável com relação aos quadri-
nhos de Ziraldo.
a) O menino tinha idéia clara acerca da finalidade apelativa do seu texto.
b) Os termos do cartaz reproduzem a sintaxe típica desse gênero de texto.
c) O menino demonstra inabilidade para ajustar-se às exigências de textos publicitários.
d) As incorreções gramaticais do segundo quadro vão da ortografia à sintaxe.
e) Os erros do cartaz constituíram uma estratégia para atrair possíveis consumidores.
O equilíbrio da pressão nas membranas celulares dos tecidos
nervosos, sem variação nos níveis de sódio e potássio, provoca
impulsos que vão do córtex cerebral até o sistema nervoso cen-
tral, confirmando uma sensação agradável e sem grandes alte-
rações. De tão relaxado, você pode até tirar um cochilo.
“O Humanismo Lírico de Guignard”. Um dos maiores pintores do mo-
dernismo brasileiro.
Em
exposição
até
13/8,
das
11
às
18h.
Av.
Paulista,
1578
Informações:
www.zip.net/guignard
Ziraldo. O Menino Maluquinho.
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3
5. Univali-SC A leitura dos quadrinhos abaixo remete-nos à seguinte conclusão:
Márcio Kühner
a) Os ditados não estão sempre certos. d) Devemos rir dos nossos percalços.
b) Errar é fundamental para crescer. e) É preciso sempre acertar.
c) Tirar o proveito de todas as situações.
6. PUC-RS Instrução: Responder às questões 2 e 3 com base no texto abaixo.
HUMOR EM TIRAS
Considerando as atitudes e falas dos personagens, é correto concluir que:
a) a mãe já sabia que Calvin havia decidido não ir mais à escola, como se depreende da
expressão “Sei”, no primeiro quadrinho;
b) a mãe de Calvin, indecisa sobre o que fazer com o filho, viu-se obrigada a consultar o pai;
c) Haroldo, o tigre presente no último quadrinho, demonstra apoio incondicional à atitu-
de do menino, pelo fato de estar disposto a acompanhá-lo à escola;
d) não havendo outra saída, foi necessário usar a força física para mandar Calvin à esco-
la, como se depreende da expressão “esmagar”, do último quadrinho;
e) as expressões “os pais” e “uma criança”, no último quadrinho, indicam que Calvin
generalizou a conclusão a que chegou.
7. PUC-RS Instrução: Responder à questão 3 com base nas idéias abaixo, que completam
a frase sublinhada.
Pela leitura da tira, é correto afirmar que Calvin:
1. Demonstra temer uma vida adulta em meio à poluição.
2. Usa sua fantasia para tentar convencer sua mãe do acerto de sua decisão.
3. Considera-se injustiçado pelos pais.
4. Conclui que seu projeto para o futuro foi rejeitado por ser ambicioso.
As idéias que complementam adequadamente a frase sublinhada, de acordo com o senti-
do da tira, estão na alternativa:
a) 1 e 2.
b) 1, 2 e 3.
c) 2 e 3.
d) 2, 3 e 4.
e) 3 e 4.
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4
8. U.F. Goiânia-GO Leia as tiras do cartunista Angeli, publicadas no caderno Ilustrada, da
Folha de São Paulo, em 29. jul. 1999. Depois assinale V, para os itens verdadeiros, e F
para os falsos.
Sansão e Dalila são personagens do universo gráfico de Angeli. Eles formam um casal
sem charme, cujo cotidiano é retratado de forma ridícula pelo cartunista.
De acordo com os elementos que constituem as tiras acima:
( ) as expressões crak, flap e tuf! são consideradas onomatopéias, porque procuram
representar, na escrita, sons naturais.
( ) a falta de diálogo entre o casal, durante a refeição, indica uma vida monótona,
propensa às explosões agressivas.
( ) a sigla TPM – que significa tensão pré-menstrual – opõe-se à expressão kung fu,
arte marcial desenvolvida na antiga China.
( ) o humor das tiras tem função social, pois procura descontrair o leitor, com a repre-
sentação caricaturesca de cenas do cotidiano dos personagens.
9. UFMS Observe a tira humorística que segue e marque a(s) opção(ões) verdadeira(s).
URBANO, o aposentado A.Silvério
Globo, 22/09/2000.
01. A frase apresentada no balão 3 pode ser associada à profissão da personagem que a
enuncia.
02. Atribui-se a uma dada estação do ano a capacidade de influenciar o estado de alma
das pessoas em geral.
04. Em Todos mesmo (balão 4), o advérbio em negrito é usado como reforço, indicando
que não há exceção à regra.
08. O uso do artigo definido em a outra metade (balões 1 e 3) está equivocado, uma vez
que se trata de referentes que aparecem pela primeira vez no texto.
16. Os enunciados Encontrei a outra metade da minha laranja! (balão 1) e Encontrei a
outra metade do meu comprimido! (balão 3) retomam, através de figuras distintas, o
enunciado mais genérico “Encontrei a companheira ideal.”
32. O efeito humorístico da tira advém do fato de que se a personagem hipocon-
dríaca leva sua obsessão às últimas conseqüências, associando-a inclusive ao
campo amoroso.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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5
10. UFMA
Jaguar.
Na tira acima, o autor:
a) trabalha a fala das personagens no contexto, relacionando termos que não possuem
nada em comum;
b) subverte a lógica homonímica através da utilização de um jogo de palavras marcado
pela sonoridade, num tom de humor;
c) aproxima palavras heterógrafas (termos de grafias diferentes) e heterófonas (termos
de sons diferentes) que, apesar de sugerirem humor, não subvertem a lógica homoní-
mica;
d) usa sua criatividade e faz uma brincadeira lingüística com Há fogo / Afogo para de-
monstrar que ambos os termos possuem o mesmo significado;
e) considera os termos grifados acima como palavras sinônimas que não possuem outra
relação a não ser a própria referência.
11. UFMA
Revista Veja, de 19/04/2000.
Sobre a propaganda acima, é correto inferir que:
a) inanição gera morte e morte gera imobilidade. Logo, os usuários da Internet estão
condenados a morrer;
b) ir ao supermercado implica, infelizmente, em deslocamento e deslocamento implica
em não morrer de fome. Logo, sem se mexer, a Internet é a solução;
c) não comer implica em não se mexer e não se mexer implica em não sair de casa. Logo,
para não morrer, é preciso ir ao supermercado;
d) a Internet possibilita a compra e a compra implica em deslocamento. Logo, é preciso
se mexer para não morrer de inanição.
e) para consultar a fatura da compra pela Internet, é preciso se mexer e se mexer implica
em ir ao supermercado. Logo, o ideal é não acessar a Internet.
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6
12. UFMG
“Com o Document Centre a Xerox reinventa a copiadora
O mercado evolui. A Xerox revoluciona. Todo o poder
da tecnologia digital chega ao seu escritório com o mais
avançado sistema de processamento de documentos: Do-
cument Centre. Uma copiadora que também é impres-
sora, fax e scanner, com capacidade de realizar as opera-
ções simultaneamente. Para você copiar, imprimir, rece-
ber, enviar, criar, transformar, alterar, arquivar e recupe-
rar documentos com mais facilidade, menor manuseio
de papel e maior segurança. O novo software Centrewa-
re permite explorar e gerenciar o equipamento de acor-
do com as suas necessidades, a partir do seu computa-
dor, via rede e até mesmo via Internet. Document Centre
é tudo isso e mais a garantia e a assistência técnica que
só a Xerox pode lhe oferecer.”
AO VIVO E EM CORES NA DOCUWORLD. Visite a feira de tecnologia
avançada, dias 13 e 14 de maio, no Hotel Transamérica - SP.
Todas as afirmativas apresentam recursos lingüísticos que estão presentes nesse texto de
propaganda, exceto:
a) Articulam-se a linguagem verbal e a não-verbal.
b) Impessoaliza-se o tratamento do leitor.
c) Enumeram-se cumulativamente as características do produto.
d) Recorre-se não só à conotação, mas também à denotação.
13. UERJ
Ziraldo, Jornal do Brasil, 11/11/1999.
Na tira de Ziraldo, os personagens mudam de atitude do primeiro quadrinho para o se-
gundo. Pelo terceiro quadrinho, pode-se deduzir o que não está escrito: um pensamento
teria provocado a mudança.
Esse pensamento poderá ser traduzido como: “E se os caras dentro do espelho...
a) ...estivessem rindo deles?”
b) ...fossem reais e eles o reflexo?”
c) ... pudessem trocar de lugar com eles?”
d) ... duvidassem da realidade do mundo?”
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7
14. U.F.Pelotas-RS Acompreensãodeumtexto
não decorre apenas da decodificação pura e
simples dos itens lingüísticos neles contidos.
Na realidade, ao ler, o leitor deixa aflorar seu
conhecimento de mundo, suas crenças, suas
vivências, que possibilitam conexões entre os
enunciados e o levam a construir o sentido do
textoqueleu.Umadascaracterísticasdoleitor
proficiente é a capacidade de interpretar gráfi-
cos.Demonstrequevocêdominaahabilidade
de leitura, inferindo corretamente os resulta-
dos expressos no gráfico ao lado:
Uma pesquisa encomendada pela entidade Parceria Contra as Drogas entrevistou 700 pes-
soas, entre 13 e 21 anos, de cinco cidades há três anos e obteve os seguintes resultados:
De acordo com os dados representados no gráfico, pode-se dizer que:
a) a descoberta do novo sempre atraiu o homem a aventuras cujas conseqüências, muitas
vezes, são desconsideradas em virtude do prazer do desconhecido, sendo esse o moti-
vo para que de noventa a cem jovens recorram às drogas;
b) como todo ser em formação, a maior parte dos jovens procura uma maneira de afirma-
se em seu grupo, recorrendo, para isso, ao uso de psicotrópicos;
c) não é verdadeira a argumentação de que o maior contingente de jovens, rebeldes por
natureza, procura nas drogas formas de transgredir normas sociais;
d) a orientação familiar não seria uma das primeiras providências no combate ao vício,
uma vez que não está na família a causa principal de o jovem se envolver com drogas;
e) são de toda ordem as causas que levam o jovem ao consumo de drogas; com exceção
dos problemas com a família, essa diversidade, somada, representa mais de 3/4 do
total de entrevistados.
15. UFPR Assinale V (verdadeiro) ou F (falso)
na(s) alternativa(s) em que a descrição da foto
abaixo vem expressa de acordo com as nor-
mas de escrita do português padrão.
( ) Um homem com roupas típicas de tra-
balhador rural, onde é mostrado da cin-
tura para baixo, segura um tipo de fa-
cão com a mão direita. Abraçado a sua
perna há uma criança, que a expressão
denota raiva e medo. O homem apóia
sua outra mão na cabeça da criança, como se protegesse ela.
( ) Um homem com roupas típicas de trabalhador rural, mostrado da cintura para bai-
xo, segura uma espécie de facão. Abraçado a sua perna há um menino, cuja expres-
são denota raiva e medo. A outra mão do homem repousa sobre a cabeça da crian-
ça, como se protegendo-a.
( ) A foto mostra um menino abraçado às pernas de um homem vestido como um
trabalhador rural, onde está segurando uma espécie de facão com a mão direita. A
expressão da criança é de medo e raiva, e é como se o homem estivesse protegendo
a ela de alguma ameaça.
( ) Na foto, mostra um homem, que está segurando uma espécie de facão e vestido como
trabalhador rural. Uma criança está abraçada à perna dele, que apóia a mão sobre sua
cabeça, como se estivesse protegendo. E onde o olhar da criança exprime medo e raiva.
( ) Na foto, aparecem um menino e um homem. O enquadramento destaca a criança,
mostrando o homem apenas na altura da cintura.A ele está abraçada a criança, cujo
olhar é de medo e raiva. O homem, que, em traje de trabalhador rural, empunha um
facão, parece estar protegendo o menino, sobre cuja cabeça pousa a mão.
( ) A foto mostra, da cintura para baixo, um homem que traja roupa de trabalhador
rural e empunha uma espécie de facão. Uma criança, com expressão de medo e
raiva, está abraçada à perna do homem. Ele apóia a mão sobre a cabeça do menino,
como se o estivesse protegendo.
Contrariar
Foto: Paula Simas
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8
16. UEGO
A leitura da charge permite as seguin-
tes afirmações:
( ) o título “A República do Mau
Humor” funciona como indicador
de leitura, pois dá ao leitor a opor-
tunidade de interpretar tanto o
texto verbal como o não-verbal;
( ) o mau humor dos aliados do go-
verno nos permite deduzir que os
políticos aderem ao poder visan-
do apenas ao seu benefício pró-
prio;
( ) a parte inferior da charge remete-
nos ao contexto social brasileiro,
onde a população, em sua maio-
ria, sofre os efeitos;
( ) a frase de 2º balão “Um dia, só eles vão rir de tudo isso!”, proferida pelo persona-
gem que representa o povo, deixa transparecer o humor e o descompromisso com
que o brasileiro encara seus problemas;
( ) a frase “Não esquenta, mulher!”, proferida pelo personagem denuncia a ineficiên-
cia do cobertor com que ele se agasalha, uma vez que o frio é intenso.
17. UnB-DF
“ACREDITAMOS EM OPORTUNIDADES IGUAIS INDEPENDENTEMENTE DE RAÇA,
CREDO, SEXO, REINO, TRIBO, CLASSE, ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO OU ESPÉCIE.
Os seres vivos são interdependentes. Dessa for-
ma, sem apoio de milhões de espécies, a sobrevi-
vência humana não estaria garantida. Essa varie-
dade e a dependência entre as espécies interessa
especialmente à nossa empresa. Pois o nosso tra-
balho depende de descobertas no mundo das in-
formações genéticas. Informações que se perdem
para sempre quando as espécies são extintas. In-
formações que oferecem soluções inéditas para a
agricultura, a nutrição e a medicina. Para atender
a uma população que está crescendo. Em um pla-
neta do mesmo tamanho.”
Considerando as informações prestadas pelo anúncio acima, o sentido da mensagem e a
correção gramatical dos itens a seguir, julgue-os.
( ) A figura explora e exemplifica a biodiversidade.
( ) Mesmo sabendo que nem todos os reinos estão representados na figura, isto não
contradiz o argumento principal da propaganda, colocado acima da ilustração.
( ) Devido à interdependência dos seres vivos, a sobrevivência da espécie humana não
estaria garantida sem apoio de milhões de espécies.
( ) O trabalho desenvolvido pela empresa depende de descobertas no mundo das in-
formações genéticas e, quando as espécies são extintas, se perdem para sempre.
( ) As informações genéticas oferecem soluções inéditas para a agricultura, a nutri-
ção, a medicina, a população que está crescendo e o planeta, que tem o tamanho da
população.
Isto é. nº 1.575. 8/12/99. p. 125 (com adaptações).
Folha de São Paulo, 11.09.99
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9
18. UFPB-PSS
Texto I
“Diogo Mainardi
Índios furibundos invadiram o Congresso Nacional para protestar contra as comemorações dos
500 anos de descobrimento do Brasil. Paramentados com seus tradicionais cocares, calções de
banho e tênis Nike, foram até o senador Antonio Carlos Magalhães e apontaram-lhe uma lança.
Foi bonito ver todos aqueles índios lutando juntos – 500 anos atrás, eles provavelmente estariam
devorando uns aos outros. Pois eu concordo com os índios: não há o que comemorar. Em 500
anos de História, não fizemos nada que justificasse uma festa. A meu ver, deveríamos ficar recolhi-
dos num canto, chorando pelo joelho de Ronaldinho. Foi o que fiz.”
Texto II
Lendo o texto I e relacionando-o com a charge (texto II), conclui-se:
a) O selvagem da charge não é o índio, mas sim a respeitável autoridade brasileira.
b) Os índios continuavam lutando entre si.
c) O índio da charge é mais autêntico porque não usa tênis Nike e veste calça comprida.
d) O objetivo de Mainardi e Chico é o mesmo: registrar a política favorável do Congres-
so Nacional às causas indígenas.
e) As comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil representaram um mo-
mento de alegria para os índios.
19. UFMA
“O chinês anônimo desafia os tanques
Nunca se soube o nome daquele jovem alto e ma-
gro vestido como milhões de chineses, de camisa bran-
ca e calça de tergal. Ninguém ouviu sua voz. Jamais
se soube o paradeiro do solitário rebelde que barrou
uma coluna de 17 tanques naquela manhã de junho
de 1989. Sozinho, nas fotografias e no balé diante
das câmeras de vídeo – os tanques se deslocavam e a
silhueta se movia, simultaneamente, para a esquerda
e para a direita – o chinês anônimo fez mais, em seu
grande momento, do que muitos líderes revolucio-
nários do milênio. É certo que foi visto por mais gen-
te, nas telas de TV, dentro dos lares, do que persona-
lidades como o mongol Kublai Khan, o francês Maximilien de Robespierre ou o mexicano Emiliano
Zapata.”
Depreende-se da compreensão do texto acima que há uma gradação ascendente do per-
sonagem envolvido, que assim passa do anonimato de um momento para a fama de um
milênio. Isso fica evidente através dos seguintes itens lexicais:
a) jovem alto e magro solitário rebelde silhueta líder revolucionário personalidade;
b) silhueta solitário rebelde sem paradeiro sozinho personalidade;
c) jovem alto e magro sem voz solitário rebelde líder revolucionário sozinho;
d) sem paradeiro silhueta solitário rebelde chinês anônimo líder revolucionário;
e) solitário rebelde líder revolucionário sozinho personalidade chinês anônimo.
5 de julho de 1989.
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10
20. UERJ Leia a piada reproduzida a seguir.
Vinha o motorista dirigindo o seu carro, quando se deparou com uma placa de sinalização:
Imediatamente, ele acelerou o seu veículo. Logo depois, voltou a pé para o local da placa
e nela escreveu, para corrigi-la:
Como muitas piadas, esta se baseia em um equívoco.
O comportamento do motorista que explica mais adequadamente o efeito cômico da
piada é:
a) voltar a pé ao local da placa para efetuar uma correção;
b) ler a mensagem da placa como uma ordem para acelerar;
c) corrigir a mensagem da placa para retificar informação incompleta;
d) imprimir maior velocidade ao carro para escapar dos quebra-molas.
Texto para as questões 21 e 22.
“Homem Primata
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
5 Eu não trabalhava, eu não sabia
Que o homem criava e também destruía.
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô, ô, ô
10 Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer e não vai pro céu
15 É bom aprender, a vida é cruel.
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô, ô, ô
Eu me perdi na selva de pedra
20 Eu me perdi, eu me perdi”
BRITTO, Sérgio, FROMER, Marcelo, REIS, Nando, PESSOA, Ciro. Do CD Cabeça de dinossauro.
21. UFR-RJ No texto Homem Primata, a comparação estabelecida entre o homem e maca-
co alude:
a) a uma das teorias sobre a origem da espécie humana;
b) ao comportamento irracional do homem na sociedade moderna;
c) às semelhanças biológicas entre os dois seres;
d) ao bom relacionamento entre homem e macaco;
e) ao capitalismo selvagem da sociedade contemporânea.
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11
22. UFR-RJ A oposição entre os quatro primeiros versos de Homem primata e o texto
Pecados do século XXI (questões 101 a 103) envolve, respectivamente, os antônimos:
a) lentidão X velocidade;
b) atraso X progresso; d) estagnação X mudança;
c) santidade X pecado; e) passado X presente.
Instrução: Responder às questões de 23 a 25 com base no texto.
JAGUAR. Átila, você é barbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 166-167.
23. PUC-RS Instrução: Responder à questão analisando a veracidade das afirmativas
abaixo.
1. A absolescência das armas utilizadas pelo homem levam-no a um final trágico.
2. As armas apresentam-se em gradação ascendente quanto ao seu poder letal.
3. O militarismo, simbolizado pelos uniformes que os personagens vestem, é causa prin-
cipal do desfecho presente no cartum.
4. A vestimenta dos personagens ilustra cronologicamente o desenrolar dos fatos apre-
sentados.
5. Os itens 2 a 5 do cartum apresentam o homem como o responsável pelas ações
bélicas, enquanto nos itens 6 a 10 essa responsabilidade é atribuída apenas aos ar-
mamentos.
Conclui-se que a alternativa que apresenta a numeração correspondente às afirmativas
corretas é:
a) 1 e 2. b) 1, 2 e 4. c) 2 e 4. d) 3 e 5. e) 3, 4 e 5.
24. PUC-RS Instrução: Responder à questão com base nas afirmativas a seguir.
I. A estrutura narrativa e as ilustrações têm efeito argumentativo marcante.
II. As ilustrações são um recurso para chamar a atenção do leitor, e poderiam ser retira-
das sem prejuízo para a clareza do texto.
III. Os itens 1 e 2 apresentam ao leitor os personagens, enquanto o 9 prepara-o para o
desfecho da história.
IV. A simplicidade da linguagem contrasta com a seriedade do tema.
Concluí-se que as afirmativas corretas encontram-se na alternativa:
a) I e II. b) I, III e IV. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV. e) III e IV.
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12
25. PUC-RS O ditado popular que melhor sintetiza as idéias expressas no cartum é:
a) “O feitiço virou contra o feiticeiro.” d) “Quando um não quer, dois não brigam.”
b) “Quem tudo quer tudo pode.” e) “Devagar se vai ao longe.”
c) “Se queres a paz, prepara-te para a guerra.”
26. Univali-SC
“BOM CONSELHO
Ouça um bom conselho
Que lhe dou de graça
Inútil dormir
Que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado
Quem espera nunca alcança
Ouça meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
I
E não foi só ele.
Milhares de brasileiros pendurarão
as chuteiras mais cedo por
problemas cardiovasculares.
II
Hoje, 20% da população adulta
brasileira é hipertensa,
12% é diabética e 30% tem
colesterol elevado.
III
Essas doenças, associadas
a tabagismo, obesidade, estresse
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou para rua e bebo a tempestade”
Chico Buarque
Ao compor o texto, o autor se preocupou em:
a) contradizer sistematicamente os conselhos populares em situações absurdas;
b) enfatizar a sabedoria que se exprime através de provérbios;
c) utilizar-se de provérbios para expressar sua concordância ou discordância diante de
fatos da vida;
d) inadvertidamente o compositor apresenta situações nas quais os ditos populares vão
de encontro à realidade;
e) através de um jogo de palavras, o autor procura confundir o leitor.
INSTRUÇÃO: Com base no texto, julgue os itens da questão 27.
“Tão novo e já pendurou as chuteiras
e vida sedentária levam ao óbito
por problemas cardiovasculares,
que correspondem a 32% de todos os óbitos.
IV
Não seja mais uma vítima
das doenças cardiovasculares.
V
Procure seu médico e siga
a sua orientação.”
Líder em soluções
Veja. 23/06/99, p. 153.
27. UFMT
( ) A polissemia presente no título do texto se revela pelos sentidos diversos que ele sugere.
( ) A leitura do texto desfaz a polissemia do título atribuindo-lhe o sentido da morte.
( ) O sentido da palavra hoje é encontrado na primeira parte do texto, daí ser um
elemento anafórico.
( ) Em Ele é um novo homem, o adjetivo novo apresenta sentido igual ao do título do texto.
( ) Na última parte do texto, o pronome possessivo sua provoca certa ambigüidade
que pode ser desfeita se substituído por dele.
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13
INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 8.
“A VIDA MODERNA OFERECE TV DIGITAL, CELULAR, INTERNET E O JEEP GRAND CHEROKEE
PARA VOCÊ FUGIR DISSO TUDO.
Jeep Grand Cherokee. A partir de R$ 55.400.
O mundo tem lugares onde você pode viver emoções muito maiores do que ir e vir do trabalho.
E o Jeep Grand Cherokee dá liberdade para você seguir qualquer trilha. Ele tem motor 4.0L High
Output, tração Quadra-Trac®
4x4 permanente, duplo air-bag, freios a disco nas quatro
rodas com ABS e suspensão “Up Country” para você chegar onde ninguém chegou. Além de
câmbio automático e ar-condicionado para você chegar lá inteiro. Jeep Grand Cherokee. A
vida moderna em favor da vida de verdade.
Jeep®
Só Existe Um.”
Veja, 11/10/98.
28. UFMT
( ) A propaganda defende a idéia de que a tecnologia é insuficiente para o homem ser
feliz na vida moderna.
( ) A tese que sustenta o texto é a de que se a vida moderna propicia não só alta
tecnologia como também possibilidades de se fugir.
( ) A expressão “onde ninguém chegou” pode significar sucesso profissional.
( ) Os argumentos utilizados para convencer o leitor se baseiam nos atrativos da vida
moderna e não no objeto em si da propaganda.
( ) A palavra trilha refere-se unicamente a caminhos pouco percorridos.
29. Unifor-CE
“Façam a festa
cantem dancem
que eu faço o poema duro
o poema-murro
sujo
como a miséria brasileira.”
Nos versos acima, o poeta Ferreira Gullar:
a) defende uma poesia voltada para o canto e a exaltação dos sentimentos líricos;
b) expõe sua condição de artista marcado pelo desejo de participação social;
c) opõe a poesia que ele faz à poesia dos que se preocupam com temas políticos;
d) deixa claro que suas opções estéticas coincidem com as dos poetas concretistas;
e) adota uma visão de mundo muito semelhante à da poesia de Manuel Bandeira.
30. U. Potiguar-RN
“Soneto
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! na escuna fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Quem em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noite eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!”
O texto acima é um poema de Álvares de Azevedo, autor que, segundo Mário de Andra-
de, sofre muito o prestígio romântico da mulher. O amor sexual lhe repugnava. Há no
soneto uma contradição entre as imagens que caracterizam a mulher. Aponte-a:
a) De um lado, a mulher é pálida sobre o leito e, de outro lado, anjo entre nuvens.
b) Num momento, a mulher caracteriza-se pela pureza e, em outro momento, pela nudez
e sensualidade.
c) Em princípio, a surpresa da visão da mulher amada; num segundo momento, a revela-
ção de que apenas é uma lavadeira.
d) Inicialmente, o sofrimento das noites de vigília; em seguida, a fuga pelo sonho e pela morte.
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14
Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 31 a 33.
“Consoada
Quando a Indesejada das gentes chegar O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(Não sei se dura ou coroável), (A noite com seus sortilégios.)
Talvez eu tenha medo. encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
Talvez eu sorria, ou diga: A mesa posta,
– Alô, iniludível! Com cada coisa em seu lugar.”
Manuel Bandeira. In: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. São Paulo: Global,1984.
31. Uniube-MG Para o poeta a palavra Indesejada se refere à:
a) Amada. b) Visita. c) Morte. d) Noite.
32. Uniube-MG Por que o poeta cumprimenta a Indesejada das gentes, chamando-a de
iniludível?
a) Porque ela é fácil de se enganar. c) Porque aparece toda noite.
b) Porque não poupa ninguém. d) Porque é amiga do poeta.
33. Uniube-MG Com relação à estrutura, o poema pode ser dividido em duas partes:
I. a primeira, que mostra incerteza do poeta, expressa pelos advérbios de negação e
dúvida, e a segunda, que apresenta certeza expressa pelo tom afirmativo dos verbos;
II. a primeira, que revela segurança e certeza quanto ao futuro, e a segunda, que apresen-
ta dúvida e descontrole emocional;
III. a primeira, que mostra coragem e segurança para enfrentar o desconhecido, e a se-
gunda, que revela a felicidade de um dia de trabalho;
IV. a primeira, que mostra o poeta despreparado para o que lhe espera, e a segunda, que
revela sua ousadia e destemor diante da vida.
O item que melhor caracteriza essa divisão é:
a) I. b) II. c) III. d) IV.
34. Univali-SC Compare os versos de Manual Bandeira eVinícius de Moraes, sobre o tema:
Mulheres.
“Mulheres
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.
Como deve ser bom gostar de uma feia!”
BANDEIRA, Manuel. In: Libertinagem.
“Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso.
(...)
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem...”
Vinícius de Moraes.
Sobre os textos, pode-se afirmar que:
a) os dois textos são ambíguos na abordagem do tema;
b) ambos os textos vêem apenas belezas, embora diferentes, nas mulheres;
c) enquanto o primeiro texto fala só na beleza infantil, o segundo aborda a beleza da
mulher madura;
d) embora falem sobre o mesmo assunto, os dois textos revelam posicionamentos antagônicos;
e) os textos abordam temáticas diferentes.
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15
35. PUC-PR
“Nada mais diferente (...) entre o biscoito de Proust e o embrulho do pai. A madeleine trouxe o
gosto que leva ao passado geral, ao passado anterior ao passado, ao passado depois do passado,
ao passado ‘ao lado’ do passado.
O biscoito abriu as portas do tempo – do tempo perdido. Ora, o meu caso, ou melhor, o ‘meu’
embrulho não abre nada, muito menos o tempo. Se abria alguma coisa era o espaço – até então,
nunca pensara organizadamente na única pessoa, no único personagem, no único tempo de um
homem que, não sendo eu, era o tempo do qual eu mais participara.”
Assinale a alternativa que identifica e explica a referência feita ao episódio da “ma-
deleine” na obra de Proust, criando uma relação com Quase memória, de Carlos
Heitor Cony:
a) É uma similaridade e provoca a percepção de que tempo e espaço são valores diferentes.
b) É uma comparação que demonstra as leituras do autor.
c) É um caso de intertextualidade e serve para estabelecer relações na cadeia de leituras
e de escrita literária.
d) É um caso de referencialidade porque faz referência a um livro do passado.
e) É um caso de associação de idéias, pois a noção de passado é a mesma nos dois autores.
O texto publicitário que você lerá abaixo foi extraído de Isto é, de 7 jun. 2000. As ques-
tões 36 e 37 referem-se a ele.
“Quando a gente deixa as crianças
experimentarem, se sujarem,
elas aprendem mais
e se desenvolvem melhor.
É por isso que estamos lançando
o novo Omo Multi Ação.
Uma fórmula inovadora que
age nos primeiros instantes da
lavagem, removendo manchas
de gordura como nenhum outro.
Omo Multi Ação está ainda
mais eficiente porque sabe, assim
como você, que seu filho precisa
de liberdade para aprender.
Novo Omo Multi Ação.
Porque não há aprendizado
sem manchas.”
36. UFGO Além de veicular informações sobre o produto, a linguagem publicitária procu-
ra persuadir o consumidor.
Com base nessa informação e na leitura do texto, pode-se afirmar que:
( ) liberdade de ação e aprendizagem infantil, idéias deduzidas do início do texto,
estabelecem relação de causa e conseqüência.
( ) o vocábulo outro, em “como nenhum outro”, refere-se a um elemento extratextual,
pois não remete a nenhum termo explicitamente presente no texto.
( ) a palavra ainda, em “Omo Multi Ação está ainda mais eficiente”, indica que, só a
partir de agora, o produto foi aprovado pelo consumidor.
( ) o vocábulo manchas aparece no texto com dois sentidos diferentes, ou seja, o pri-
meiro é denotativo e o segundo, conotativo.
37. UFGO Acerca da organização das frases, é possível afirmar que:
( ) o trecho “removendo manchas de gordura como nenhum outro” NÃO pode ser
substituído por “que remove manchas como nenhum outro”, pelo fato de causar
incoerência.
( ) o segmento “Quando a gente deixa as crianças experimentarem, se sujarem”, apre-
sentado na abertura do texto, serve para destacar a atitude desejável de um consu-
midor ideal.
( ) os vocábulos “elas” e “se”, apresentados no primeiro período do texto, remetem à
expressão “as crianças”.
( ) a oração “Porque não há aprendizado sem manchas” estabelece uma relação de
dependência com frase “Novo Omo Multi Ação”.
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16
INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 38.
“TOURO
De 21/4 a 20/5
Você está curando suas velhas feridas e aprendendo a confiar de novo na vida. A dinâmi-
ca do mês é o aprofundamento das relações e a expressão das emoções. Você poderá con-
tribuir com o parceiro, ampliando a intimidade e a cumplicidade do casal. Vida íntima em
alta: dê vazão à sua sensualidade. Com Marte transitando em seu signo, este é um mês de
ação e decisões: hora de colocar projetos em prática, o que lhe trará entusiasmo. Para isso,
conte com os amigos. É tempo também de investir “no social”: lute com a velha preguiça
de sair e vá ao encontro das pessoas. Terá que enfrentar algum mal-estar passageiro que a
obrigará a ter mais cuidado com a saúde. No trabalho, confusão: espere até poder expres-
sar suas idéias.”
Marie Clarie, maio de 1998.
38. UFMT
( ) A organização desse texto se calca em conselhos, ora implicitamente ora direta-
mente.
( ) Há no texto uma única marca lingüística que mostra ser o interlocutor você feminino.
( ) O lugar comum investir no social tem o sentido usual reiterado por referir-se a
conselho.
Texto para as questões 39 e 40.
“Língua
Gosto de sentir minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixa os portugais morrerem à mingua
Minha pátria é minha língua
Fala Mangueira
Fala!
Flor do Lácio sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua (...)
A língua é minha Pátria
E eu não tenho Pátria: tenho mátria
Eu quero frátria”
VELOSO, Caetano. Língua. Velô-Caetano e a Banda Nova. PolyGram, 1984.
39. UFPE Leia as afirmativas abaixo sobre as idéias apresentadas no texto.
1. Em “Gosto de ser e de estar”, a idéia de plenitude, desejada pelo autor, é expressa
com os verbos “ser” e “estar”, que implicam o aspecto do ser permanente e do ser
transitório.
2. Utilizando a expressão “Fala mangueira”, grito de guerra de uma escola de samba, o
autor alude à idéia de que, sendo “pátria”, uma língua expressa os valores culturais de
seu povo.
3. O verso “Lusamérica latim em pó” alude não só à pulverização do latim que deu
origem às línguas latinas como à divisão-união de Portugal e Brasil.
4. Os neologismos “mátria” e “fátria” disfarçam o sentimento de união que o autor pre-
tende esteja envolvido na sua percepção de “língua”.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) 1, 2 e 3. d) 2.
b) 1, 3 e 4. e) 3 e 4.
c) 2 e 4.
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17
40. UFPE Os enunciados abaixo referem-se aos recursos utilizados na criação de Língua.
1. Com os versos “E sei que a poesia está para a prosa/Assim como o amor está para a
amizade”, o autor estabelece uma relação de proporcionalidade.
2. O autor incorpora à sua canção elementos relacionados à expressão sensorial, como
“roçar”, “dores”, “cores”.
3. Nos versos “Gosto do Pessoa na pessoa/Da rosa no Rosa” o autor utiliza o recurso da
inversão.
4. Nas expressões “confusões de prosódia”, “profusão de paródias” e “furtem cores como
camaleões”, perpassa a idéia comum de “pluralidade”.
Estão corretas:
a) 1, 2 e 3 apenas.
b) 1 e 4 apenas.
c) 1, 2, 3 e 4.
d) 2 e 4 apenas.
e) 3 e 4 apenas.
41. UFBA
“À despedida do seu mau governo
Senhor Antão de Souza de Menezes,
Quem sobe a alto lugar, que não merece,
Homem sobe, asno vai, burro parece,
que subir é desgraça muitas vezes.
A fortunilha autora de entremezes
Transpõe em burro o herói, que indigno cresce,
Desanda a roda, e logo o homem desce,
que é discreta a fortuna em seus reveses.
Homem sei eu que foi Vossenhoria,
Quando o pisava da Fortuna a Roda,
Burro foi ao subir tão alto clima.
Pois vá descendo do alto, onde jazia;
verá quanto melhor se lhe acomoda
ser homem em baixo, do que burro em cima.”
MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 63.
O discurso da sátira contida no soneto pode ser assim sintetizado:
01. Um mau governo é fruto da falta de senso do povo que o escolhe.
02. É tão fácil conquistar um alto posto quanto é fácil dignificá-lo.
04. A irracionalidade em proveito de alguns representa a satisfação de muitos.
08. À ascensão social deverá corresponder o mérito pessoal.
16. A glória indevidamente conquistada rebaixa o indivíduo em vez de exaltá-lo.
32. É preferível o anonimato a um destaque que desabone o homem.
64. Em terra de incompetentes, o menos incompetente reina.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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18
Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 42 a 44.
“Valsinha
1. Um dia ele chegou tão diferente
2. Do seu jeito de sempre chegar.
3. Olhou-a de um jeito muito mais quente
4. Do que sempre costumava olhar
5. E não maldisse a vida tanto
6. Quanto era seu jeito de sempre falar.
7. E nem deixou-a só num canto
8. Pra seu grande espanto
9. Convidou-a pra rodar.
10. Então ela se fez bonita
11. Como há muito tempo não queria ousar
12. Com seu vestido decotado
13. Cheirando a guardado
14. De tanto esperar
15. Depois os dois deram-se os braços
16. Como há muito tempo
17. Não se usava dar
18. E cheios de ternura e graça
19. Foram para a praça
20. E começaram a se abraçar.
21. E ali dançaram tanta dança
22. Que a vizinhança toda despertou
23. E foi tanta felicidade
24. Que toda a cidade se iluminou
25. E foram tantos beijos loucos
26. Tantos gritos roucos
27. Como não se ouviam mais
28. Que o mundo compreendeu
29. E o dia amanheceu em paz.”
MORAES, Vinícius de e HOLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque de Holanda. São Paulo,
Abril Educação, 1980. p. 30-I. (Literatura Comentada).
42. Uniube-MG Sobre o texto, só não se pode afirmar que:
a) o texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e as
relações humanas;
b) o gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo;
c) o gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos;
d) o conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens.
43. Uniube-MG Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo:
I. A expressão “pra”, nos versos 8 e 9, traz marcas de oralidade.
II. Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de conseqüência.
III. A expressão “ali”, no verso 21, refere-se à palavra cidade.
IV. Este é um texto narrativo que relata uma transformação.
A alternativa que traz os números das asserções corretas é:
a) I e II. c) I, III e IV.
b) III e IV. d) I, II e IV.
44. Uniube-MG A expressão “seu jeito” (verso 6) tem como referente:
a) o narrador. c) ele.
b) o autor. d) ela.
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19
Instrução: Responder às questões de 45 a 46 com base nos textos 1 e 2.
TEXTO 1
“A vida em Barretos nunca mais foi a mesma depois que peão de boiadeiro virou caubói e
música caipira passou a ser chamada de country. Integrada ao calendário das maiores comemora-
ções nacionais, a 44ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos está para abrir as porteiras, estilizan-
do a rotina do campo para o fascínio de legiões urbanas. (...) É uma multidão de turistas vestidos
a caráter e apelidados de “peões de butique”. Chegam de todos os cantos do país, enfiados em
calças jeans, imaculadas botas de couro, cintos e chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos capri-
cham na indumentária (chegam a importá-la) e vivem uma fantasia que só fica a dever ao Carna-
val carioca em termos de público e opulência. No Carnaval, reis e princesas sonham até a Quarta-
feira de Cinzas. Em Barretos, imagina-se domar perigosos touros e potros ariscos.”
Adaptado de: Época – Especial “Nós, brasileiros”, 24/05/99, p. 102.
TEXTO 2
Charge de lotti, Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99.
45. PUC-RS A problemática comum aos textos 1 e 2 é:
a) a crescente valorização da vida rural no Brasil;
b) o obstinado apego do homem do campo às suas tradições;
c) a evidente influência do que vem de fora sobre o brasileiro;
d) a pacífica convivência entre o antigo e o novo Brasil moderno;
e) a saudável popularização dos costumes gaúchos em outros centros do Brasil.
Instrução: Responder à questão 15 analisando as afirmativas sobre os textos 1 e 2.
I. A charge (texto 2) destina-se a um público mais restrito, pois faz alusão a um fato
recente de repercussão regional.
II. Para uma adequada compreensão do texto 2, é necessário levar em conta dados con-
textuais, como veículo de divulgação, local e data.
III. Enquanto o texto 1 visa principalmente a informar o leitor, o texto 2 pretende mobi-
lizar seu humor, a partir de uma informação que esse já tem.
IV. Apesar de não utilizar frases exclamativas como o gaúcho da charge, o autor do texto
1 expressa um grau de indignação equivalente.
46. PUC-RS A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é:
a) I e II. d) I, II e III.
b) I e III. e) I, II, III e IV.
c) II e IV.
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20
Texto para a questão 47.
“TESTE
Avalie suas chances de obter um emprego.
Existem vários fatores que fazem uma pessoa ter maior ou menor facilidade para encontrar um
bom emprego. Assinale o número de pontos que você tem em cada fator e some tudo no final
para obter sua pontuação no teste.
CURSOS COMPLEMENTARES
Você fez...
• pós-graduação lato-sensu;
• mestrado;
• doutorado;
• um curso de especialização.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Seu domínio é...
• bom – 15 pontos
• médio – 8 pontos
• ruim – zero
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Você completou...
• até o ensino médio – 40 pontos
• até a faculdade – 60 pontos
INGLÊS
Sua fluência é...
• boa – 15 pontos
• média – 8 pontos
• ruim – zero
Caso você fale uma terceira língua, acrescente 20 pontos se tem um bom domínio dela, ou 10
pontos, se tem um domínio regular.
Sua imagem perante os colegas de trabalho é...
• boa – 30 pontos
• média – 15 pontos
• ruim – zero
Seus conhecimentos técnicos dentro da profissão...
• bons – 25 pontos
• médios – 13 pontos
• ruins – zero”
47. UnB-DF Julgue se os itens a seguir apresentam, por meio de estruturas gramaticalmen-
te corretas, informações coerentes com o teste do texto.
( ) quem tiver cursos complementares de pós-graduação será menos valorizado no
mercado de trabalho.
( ) Conhecimentos de inglês são importantes, mas se forem substituídos por outro
idioma – como, por exemplo, espanhol – a valorização será maior.
( ) Todo candidato que tiver conhecimentos técnicos ruins e domínio de informática
médio terá “pontuação no teste” inferior a dez.
( ) A pontuação atribuída a uma boa imagem perante os colegas de trabalho corres-
ponde: a de um curso de mestrado ou a de uma boa fluência em inglês acrescida da
de um bom domínio de conhecimentos de informática.
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21
Texto para as questões 48 e 49.
“Às vezes, gosto de viabilizar o Universo como a superfície de uma lagoa, cheia de vitórias-
régias, as belas plantas flutuantes que aparecem em bandos, arquipélagos de ilhas verdes de
tamanhos e formas variados. Cada planta é uma galáxia, e cada grupo de plantas é um agregado
de galáxias. Claro, esse é um modelo bidimensional do Universo, pois estou me restringindo a
visualizar a superfície da lagoa. Uma outra diferença importante é que o Universo está em expan-
são, as distâncias entre galáxias e seus aglomerados, sempre aumentando, enquanto, em geral,
lagoas não costumam estar em expansão. De qualquer forma, a imagem vale, senão pela sua
precisão, pelo seu poder evocativo.”
GLEISER, Marcelo. “As maiores estruturas do Universo”.
In: Folha de S. Paulo, 27 ago. 2000. p. 29. Mais!
48. U. Salvador-BA A confissão do autor tem por objetivo revelar:
a) uma grande sensibilidade, ao englobar duas realidades antagônicas na busca da har-
monia universal;
b) um momento de percepção da realidade, através de um discurso poético, meta-
fórico;
c) a emoção em face da semelhança entre o mundo da fantasia e o real;
d) a preocupação com questões de ordem ecológica e transcendental.
e) a exuberante natureza amazônica.
49. U. Salvador-BA Por inferência, o texto permite afirmar:
a) Há múltiplas formas de enxergar o mundo.
b) O espaço físico do mundo palpável é uniforme.
c) As lagoas e as vitórias-régias são a síntese de um universo delimitado.
d) A amplitude do universo é inversamente proporcional à imaginação do homem.
e) O cosmo é constituído de espaços específicos para serem contemplados pelo artista.
50. Unifor-CE
“Uma nova carta de Caminha
Senhor,
Posto que outros escreveram a Vossa Excelência sobre a nova do achamento dessa vossa terra
nova, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Excelência, o melhor que eu puder, ainda
que – para o bem contar e falar – o saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Excelência minha
ignorância por boa vontade e creia bem por certo que, para alindar ou afear, não porei aqui mais
do que aquilo que vi e me pareceu.
A terra em si é de muitos bons ares. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, é só estimular o turismo. Hotéis não há muitos, mas os poucos que
existem são confortáveis, especialmente o que nos foi oferecido. E que não houvesse mais que
uma pousada, isso bastaria.”
SCLIAR, Moacyr. Folha de S. Paulo. 17/05/99.
Considere as seguintes afirmações:
I. Há, no primeiro período, considerando-se o uso atual, uma infração à norma culta,
quanto à relação entre o pronome possessivo e o pronome de tratamento.
II. Registra-se um propósito do narrador no sentido de se ater a um relato fiel a suas
constatações e impressões pessoais.
III. No segundo parágrafo, há uma referência nova, ausente no relato da carta original de
Pero Vaz de Caminha.
Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em:
a) somente II.
b) somente I e II.
c) somente I e III.
d) somente II e III.
e) I, II e III.
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22
51. U.F. Uberlândia-MG Leia o poema seguinte e assinale a alternativa incorreta.
“Macunaíma nos ajude
Barriga de minha perna
onde estás?
na barriga do gorila
Dedos de minha mão
onde estão?
na barriga do gorila
Lobos de minha orelha
onde estais?
na barriga do gorila
Cabeça do meu pau?
na barriga do gorila
Meu alegre coração
onde estás?
na barriga do gorila”
SCHWARZ, Roberto, 26 poetas hoje.
a) O poema não se refere à obra Macunaíma, de Mário de Andrade; é tão somente uma
brincadeira que o poeta faz, dentro do universo irreverente da poesia marginal.
b) O poema refere-se à obra Macunaíma, recuperando o episódio em que o herói come
carne da perna de Curupira.
c) O título do poema está na 1ª. pessoa do plural, enquanto o poema em sua totalidade
está escrito na 1ª. pessoa do singular. Considerando que o sujeito lírico expõe senti-
mentos que poderiam ser nossos o título do poema não está inadequado.
d) O poema sugere que o “gorila”, metáfora de uma situação ou de um ente abominável,
tem-nos espoliado bens físicos e espirituais: a capacidade de andar, escrever, ouvir,
pensar e sentir.
Para responder às questões de números 52 a 54, leia os textos a seguir.
Texto 1
“Se um certo homem vem a ter cem ovelhas e uma delas se perder, não deixará ele as noventa
e nove sobre os montes e irá à procura daquela que se perdeu? E, se por acaso a encontrar,
certamente vos digo que se alegrará mais com ela do que com as noventa e nove que não se
perderam. Do mesmo modo, não é algo desejável para meu Pai, que está no céu, que pereça um
destes pequenos.”
Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Mateus 18:12.
Texto 2
“Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos ha ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.”
MATOS, Gregório de. Poesia Barroca. São Paulo: Melhoramentos.
52. F.M. Triângulo Mineiro-MG A idéia do Texto 1, à qual Gregório de Matos recorre,
corresponde à:
a) preocupação de Deus com todos os que seguem os seus ensinamentos;
b) ira que Deus mostra em relação aos que pecam e deixam de seguir o caminho divino;
c) expiação dos pecados para aqueles que ferem os ensinamentos do Criador;
d) exaltaçãodasabedoriadeDeus,queexcluidasalvaçãoosquesedesviamdosantocaminho;
e) preocupação especial de Deus com os que pecam e desviam-se do caminho divino.
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23
53. F.M. Triângulo Mineiro-MG O verbo destacado no Texto 1 significa:
a) morra. d) peque.
b) sofra. e) padeça.
c) se perca.
54. F.M. Triângulo Mineiro-MG Pode-se entender, do texto 2, que Gregório Matos:
a) reconhece seus pecados, mas não se arrepende deles, razão pela qual acredita que não
será salvo;
b) conversa com o Senhor, explicando-lhe que é uma ovelha tão importante quanto as
demais e, por isso, merece a salvação;
c) suplica pela salvação divina, pois está arrependido de todos os pecados que cometeu
durante a sua vida;
d) argumenta, chantageando o Senhor, pois, se Ele não o salvar entrará em contradição
com a Sagrada Escritura;
e) submete-se à vontade de Deus, deixando que Ele decida se o salva ou não.
55. Univali-SC
“Opções diferentes no Estado
Entre tantas datas comemorativas, algumas passam quase em branco e outras são exaustiva-
mente lembradas. O Dia do Museu, comemorado hoje, talvez não precise de uma grande festa
nacional, mas pode servir de momento de reflexão sobre a existência dessas instituições surgidas
na antigüidade, “para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo expor
para deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico”, conforme
a definição do dicionário Aurélio. Santa Catarina possui cerca de 100 museus, de acordo com um
levantamento da Gerência de Organização de Museus da Fundação Catarinense de Cultura. Eles
estão espalhados por pelos menos 50 cidades.
A palavra museu, vem do grego “mouseon”, que significa templo de musas. E as musas esco-
lhidas nos municípios catarinenses são as mais variadas. Muitos museus são dedicados à história
de cidade na qual estão sediados. Mas há também os arqueológicos, antropológicos, de artes, de
armas, erguidos em homenagem à cerveja, ao vinho ou aos insetos, os religiosos, ecológicos,
oceanográficos, os que reverenciam a colonização ou profissões, entre tantos outros que chegam
a impressionar pela variedade de temas científicos e culturais.”
SILVA, Marco Aurélio. Jornal de Santa Catarina, 18/05/00.
Sobre o texto, assinale a alternativa correta.
a) O objetivo do texto é explicar morfologicamente o significado da palavra museu.
b) O texto preocupa-se em lembrar a importância de todas as datas comemorativas.
c) É um texto informativo sobre uma data comemorativa pouca lembrada.
d) O autor se utiliza da narração para argumentar sobre a necessidade dos museus.
e) O texto sugere que os museus de Santa Catarina não são valorizados, visitados e res-
peitados pelos catarinenses porque não há quem os preserve.
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24
Texto para as questões 56 e 57:
“A carta de Pêro Vaz de Caminha
Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi o
contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500: “O
Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa por
estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (...) Acenderam-se
tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a
ninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em
direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E
também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra, e novamente
para o castiçal, como se lá também houvesse prata! (...) Viu um deles umas contas de rosário,
brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço, e depois
tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenou para a terra e novamente para as contas e
para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido,
por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não
queríamos nós entender, por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem
lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de
esconder suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadas
e feitas. O Capitão mandou pôr por baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava-
se por não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-se
e adormeceram.”
COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS. Fasc. I, Abril, SP, 1999.
Vocabulário:
Alcatifa – tapete, carpete.
Fanadas – murchas.
Coxim – almofada que serve de assento.
56. UFSC De acordo com o texto, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s).
01. Pêro Vaz de Caminha, um dos escrivães da armada portuguesa, escreve para o Rei
de Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e os
tupiniquins.
02. Em E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão,
nem a ninguém, fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia ou cate-
goria social lusitanas.
04. O trecho ... e acenou para a terra e novamente para as contas e para o colar do
Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por
assim o desejarmos, evidencia que havia problemas de comunicação entre portugue-
ses e tupiniquins.
08. Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos tupiniquins.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
57. UFSC A propósito do texto, é correto afirmar que:
01. A expressão ...folgou muito com elas... pode ser substituída por divertiu-se muito
com as contas do rosário.
02. Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia muita
riqueza na terra descoberta.
04. Pelo trecho ...E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acena-
va para a terra... entende-se que os tupiniquins estavam dentro da embarcação
portuguesa.
08. Os tupiniquins ficaram constrangidos com a presença dos portugueses e logo aban-
donaram o navio.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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25
Texto para as questões 58 e 59.
“A história oficial tem sido contada do ponto de vista dos dominadores e não dos dominados.
Essa perspectiva se inverte na entrevista abaixo, publicada na revista Isto é (21/7/99, p. 7-11), em
que o índio tapuia Kaká Werá Jecupe analisa os 500 anos do descobrimento do Brasil, sob a
ótica dos que habitavam o Novo Mundo quando os colonizadores europeus aqui chegaram, e fala
do seu livro A terra dos mil povos. Apresentamos, a seguir, trechos dessa entrevista.
ISTOÉ - O Brasil está se preparando para comemorar seus 500 anos. Para os povos indígenas,
são anos de descoberta ou de invasão?
Kaká - De desencontro. Desencontro que provocou e continua provocando situações gravíssi-
mas. A realidade atual indígena não é fácil. Ainda hoje, em grandes áreas do País, é na base do
tiro. Os interesses que provocam essas ações continuam os mesmos interesses econômicos: Hoje
há um elemento a mais que são as indústrias farmacêuticas multinacionais que estão praticando a
biopirataria, roubando todo o conhecimento ancestral que os povos indígenas detêm a respeito
de ervas medicinais.
ISTOÉ - E qual é a razão desse desencontro?
Kaká - A semente desse desencontro está na sociedade que tem na sua estrutura de cultura a
questão do ter e encontrou uma cultura aqui voltada para o ser.
ISTOÉ - Os europeus chegaram trazendo o progresso, trataram aqui como primitivos. Como
você pensa essa relação?
Kaká - Para quem fundamenta a sua cultura no teor, a noção de progresso está a ver ao seu
redor o acúmulo de bens materiais. A noção de progresso dos indígenas está em desenvolver a
sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. É preciso que a civilização olhe para os índios
com menos prepotência, até para perceber que ela está em colapso. (...)
ISTOÉ - Nesses 500 anos, com o desaparecimento de centenas de etnias, qual foi o maior
patrimônio que o Brasil já perdeu?
Kaká - O patrimônio da sabedoria. O brasileiro não sabe da sua própria cultura. Tem todo um
modelo insistindo no imaginário que vê o índio como um pobre coitado. Esses 500 anos oferecem
a possibilidade de rever as suas raízes, ter a percepção desse patrimônio.
ISTOÉ - Há um trecho em seu livro, A terra dos mil povos, em que você escreve: “De acordo com
a nossa tradição, uma palavra pode proteger ou destruir uma pessoa. Uma palavra na boca é
como uma flecha no arco.” O que significa exatamente a palavra para o índio?
Kaká - Para o tupi-guarani, ser e linguagem são uma coisa só. A palavra tupuy designa ser. A
própria palavra tupi significa em pé. Nosso povo enxerga o ser como um som, um tom de uma
grande música cósmica, regida por um grande espírito criador, o qual chamamos de Namandu-ru-
etê, ou Tupã, que significa o som que se expande. Um dos nomes da alma é neeng, que também
significa fala. Um pajé é aquele que emite neeng-porã, aquele que emite belas palavras. Não no
sentido de retórica. O pajé é aquele que fala com o coração. Porque fala e alma são uma coisa só.
É por isso que os guaraniscayowas, por ilusão dessas relações com os brancos, preferem recolher
a sua palavra-alma. Se matam enforcados (como vem acontecendo há cerca de dez anos, em
Dourados, em Mato Grosso do Sul) porque a garganta é a morada do ser. Por aí você pode ver que
a relação da linguagem com a cultura é muito profunda para o tupi-guarani. (...)”
58. UFMS Marque a(s) proposição(ões) verdadeira(s), de acordo com os trechos da entre-
vista que você acabou de ler.
01. Para Kaká Jecupe, a tensão entre índios e brancos é um problema deste final de
século, motivado pelo acirramento de interesses econômicos.
02. A biopirataria mencionada na entrevista consiste no roubo de ervas medicinais indí-
genas pelas indústrias farmacêuticas multinacionais.
04. A base do desencontro entre índios e brancos está nos valores assumidos por cada
uma dessas culturas, que são respectivamente o ter e o ser.
08. A noção do progresso relacionada ao ser desloca a questão do acúmulo de bens
materiais para a do aprimoramento da criatividade.
16. Na opinião do escritor tapuia, ver o índio de forma menos prepotente levaria a civi-
lização atual a voltar o olhar sobre si mesma para avaliar sua própria situação.
32. A representação do índio como “pobre coitado” é um dos estereótipos cultivados
pelo imaginário nacional.
64. Os 500 anos de Brasil significam, para as etnias indígenas desaparecidas, a oportuni-
dade de resgatar sua raízes culturais dilapidadas pelo progresso.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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26
59. UFMS-MS Com base no trecho em que se discorre sobre a linguagem na visão do ín-
dio, é correto afirmar que:
01. a linguagem, enquanto som, e o ser são elementos distintos, mas que se combinam
harmoniosamente na constituição da “grande música cósmica”.
02. palavra, em tupi, significa “som em pé”.
04. natradiçãoindígena,apalavraévistacomoumaformadepodernasrelaçõesinterpessoais.
08. o termo “neeng-porã” não significa “belas-palavras” enquanto mero ornamento do
discurso, tendo a ver com sentimento, emoção.
16. entendendo alma e fala como “uma coisa só”, os guaranis-cayowas da região de
Dourados, em Mato Grosso do Sul, vêem no gesto de pôr fim à vida a forma de fazer
calar a palavra-alma.
32. a principal causa apontada por Kaká para justificar os suicídios ocorridos em Doura-
dos é o desencanto que os índios passam a ter com sua própria língua e cultura,
depois do contato com a língua e a cultura do homem branco.
64. na frase “Uma palavra na boca é como uma flecha no arco.”, a metáfora usada cria um
efeito de sentido de realidade ao identificar a linguagem com uma arma de caça e guerra.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
Texto para as questões 60 e 61.
Também o compositor Geraldo Espíndola retrata os fatos a partir do ponto de vista do
índio na canção “Quyquyho” (LP Prata da Casa, 1982), cuja letra reproduzimos abaixo.
“Quyquyho nasceu no centro entre montanhas e o mar
Quyquyho viu tudo lindo tudo índio por aqui
Indiamérica deu filhos foi Tupi foi Guarani
Quyquyho morreu feliz deixando a Terra para os dois
Guarani foi pro Sul, Tupi foi pro Norte e
Formaram suas tribos cada um no seu lugar
Vez em quando se encontravam pelos rios da América
E lutavam juntos contra o branco em busca de servidão
E sofreram tantas dores acuados no sertão
Guarani foi pro Sul
Tupi entrou no Amazonas
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani.”
60. UFMS Os aspectos apontados, a seguir, podem ser encontrados em “Quyquyho”, exceto:
01. menção à origem comum das tribos Tupi e Guarani.
02. alusão ao deslocamento geográfico das duas tribos, provocado pela discórdia.
04. oposição índio feliz, nos primeiros tempos, versus índio sofredor, a partir da rela-
ção com o branco.
08. noção que a terra pertence aos indígenas, pois a eles foi legada.
16. sugestão de uma relação harmoniosa entre a terra e o índio, ilustrada pela aglutina-
ção dos termos índio e América.
32. presença de um forte sentimento ufanista.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
61. UFMS Reconheça abaixo o(s) item(ns) que representa(m) pontos comuns entre os tex-
tos 1 (entrevista) e 2 (letra de música).
01. Referência à violência praticada pelo branco contra o índio.
02. Alusão ao “grande espírito” criador do Universo, denominado Namandu-ru-etê ou
Tupã, e Quyquyho.
04. Uso da narração como forma de estruturação das idéias no texto.
08. Emprego de termos de origem indígena.
16. Indicação da(s) razão(ões) que explica(m) as divergências entre brancos e índios.
32. Visão ingênua e idealizada do índio.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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27
As questões de números 62 a 64 referem-se ao texto que segue.
“Natal 1961
Deslocados por uma operação burocrática – o recenseamento da terra – a Virgem e o carpintei-
ro José aportam a Belém.
“Não há lugar para essa gente”, grita o dono do hotel onde se realiza um congresso interna-
cional de solidariedade.
O casal dirige-se a uma estrebaria, recebido por um boi branco e um burro cansado do trabalho.
Os soldados de Herodes distribuem elementos radioativos a todos os meninos de menos de dois
anos.
Uma poderosa nuvem em forma de cogumelo abre o horizonte e súbito explode.
O menino nasce morto.”
MENDES, Murilo. Conversa portátil. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1944. p. 1486.
62. Unifor-CE Pode-se inferir que o autor do texto:
I. Atualiza a história de Cristo, adaptando o sentido da paixão cristã às duras condições
de vida nas grandes cidades.
II. Faz ver que, em nossa era, o advento de um Cristo seria impossível, em vista das
atrocidades em que os homens se especializaram.
III. Ironiza a corrida armamentista, comparando-a a fatos narrados em passagens bíblicas.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I. d) I e II.
b) II. e) II e III.
c) III.
63. Unifor-CE Anacronismo. S.m. 1. Confusão de data quanto a acontecimentos ou
pessoas.
Com base na definição acima, do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o
autor se vale intencionalmente de um anacronismo quando associa:
a) a Virgem e o carpinteiro José à cidade de Belém;
b) a fala do dono de um hotel à realização de um congresso;
c) soldados de Herodes a elementos radioativos;
d) nuvem em forma de cogumelo a súbita explosão;
e) uma estrebaria a um boi branco e um burro cansado.
64. Unifor-CE O texto apresenta-se de forma predominantemente:
a) narrativa, com narrador em terceira pessoa;
b) narrativa, com narrador em primeira pessoa;
c) descritiva, sobretudo nos três primeiros parágrafos;
d) descritiva, sobretudo nos três últimos parágrafos;
e) dissertativa, pois se apóia em argumentos encadeados.
65. Unifor-CE Atente para as seguintes afirmações:
I. Na crônica moderna, o cotidiano pouco ou nenhum interesse tem; o que importa são
as emoções profundas e intemporais do homem, anotadas em estilo elegante.
II. No romance, mais do que no conto ou na novela, as personagens ganham amplo
desenvolvimento, as tramas se cruzam e os espaços de ação se multiplicam.
III. No conto, o reduzido espaço narrativo obriga o narrador a selecionar e a concentrar
as ações essenciais de suas poucas personagens num tempo quase sempre bastante
limitado.
Está correto o que se afirma em:
a) II, somente; d) II e III, somente;
b) I e II, somente; e) I, II e III.
c) I e III, somente;
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28
Texto para as questões de 66 a 69.
“Certo milionário brasileiro foi traído pela esposa. Quis gritar, mas a infiel disse-lhe sem medo:
– “Eu não amo você, nem você a mim. Não temos nenhum amor a trair”. O marido
baixou a cabeça. Doeu-lhe, porém, o escândalo. Resolveu viajar para a China, certo de que
a distância é o esquecimento. Primeiro, andou em Hong Kong. Um dia, apanhou o automó-
vel e correu como um louco. Foi parar quase na fronteira com a China. Desce e percorre, a
pé, uma aldeia miserável. Viu, por toda a parte, as faces escavadas da fome. Até que entra
na primeira porta. Tinha sede e queria beber. Olhou aquela miséria abjeta. E, súbito, vê
surgir, como num milagre, uma menina linda, linda. Aquela beleza absurda, no meio de
sordidez tamanha, parecia um delírio. O amor começou ali. Um amor que não tinha fim,
nem princípio, que começara muito antes e continuaria muito depois. Não houve uma pala-
vra entre os dois, nunca. Um não conhecia a língua do outro. Mas, pouco a pouco, o brasi-
leiro foi percebendo esta verdade: – são as palavras que separam. Durou um ano o amor
sem palavras. Os dois formavam um maravilhoso ser único. Até que, de repente, o brasileiro
teve que voltar para o Brasil. Foi também um adeus sem palavras. Quando embarcou, ele a
viu num junco que queria seguir o navio eternamente. Ele ficou muito tempo olhando.
Depois não viu mais o junco. A menina não voltou. Morreu só, tão só. Passou de um silêncio
a outro silêncio mais profundo.”
RODRIGUES, Nelson. A cabra vadia: novas confissões.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
66. UERJ Há uma contradição aparente entre as passagens “um amor que não tinha fim” e
“durou um ano o amor sem palavras”.
Essa aparente contradição se desfaz se procurarmos interpretar o texto relacionando-o
aos seguintes versos da poesia brasileira:
a) “quando o amor tem mais perigo
é quando ele é sincero” (Cacaso).
b) “Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure” (Vinícius de Morais).
c) “e se te fujo é que te adoro louco
és bela – eu moço; tens amor – eu medo! ...” (Casimiro de Abreu).
d) “não é pois todo amor alvo divino,
e mais aguda seta que o destino?” (Carlos Drummond de Andrade).
67. UERJ A esposa do milionário convenceu o marido.
Para apresentar o seu argumento de uma forma completa, ela poderia utilizar a seguinte
construção:
a) “Toda traição envolve outro amor, ora, eu amo outro; logo, eu não amo você”.
b) “Só se trai a quem se ama; ora, eu não te amava nem você me amava; logo, eu não te
trai”.
c) “Na dívida entre o amor e a traição eu escolhi, como mulher, o amor; logo, você não
se deve sentir traído”.
d) “Como você não me amava nem eu a você, ninguém tem culpa dessa traição; logo,
cada um deve seguir a sua vida”.
68. UERJ O pequeno conto de Nelson Rodrigues narra o improvável encontro entre um
milionário brasileiro e uma menina miserável do interior da China.
O caráter improvável desse encontro pode ser lido como uma metonímia que tem função
central na constituição do sentido do texto.
Essa função é a de:
a) revelar as obsessões do autor;
b) marcar as repetições da narrativa;
c) negar um amor para afirmar outro;
d) ressaltar a dificuldade dos encontros amorosos.
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29
69. UERJ O narrador de um conto assume determinados pontos de vista para conduzir o
seu leitor a observar o mundo sob perspectivas diversificadas.
No conto de Nelson Rodrigues, a narrativa busca emocionar o leitor por meio do seguin-
te recurso:
a) expressa diretamente o ponto de vista do personagem milionário;
b) expressa de maneira indireta o ponto de vista da personagem chinesa;
c) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o do narrador;
d) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o da personagem chinesa.
70. Univali-SC
“Agonia pública
Na cama, de olhos semicerrados, a boca aberta no esforço desesperado por ar, a cabeça sem
cabelos, os olhos salientes pela magreza do doente terminal. No colo dele, uma fotografia tirada
apenas dois meses antes daquele momento final. Na imagem, um homem robusto, musculoso e
de farta cabeleira loira aparece com o filho pequeno nos braços. A divulgação das fotos chocantes
foi o último desejo do moribundo, Bryan Lee Curtis, um americano de 34 anos devastado pelo
câncer nos pulmões. O motivo para tornar pública a própria agonia foi a esperança de servir de
alerta sobre os malefícios do cigarro. Enquanto agonizava, em 3 de junho, sua mãe ligou para o
St. Petersburg Times, jornal da cidade de St. Petersburg, na Flórida, pedindo a presença de um
fotógrafo. Às 11h56, Bryan morreu em casa, ao lado da mãe, da mulher, Bobbie, e do filho Bryan
Jr., de 2 anos. Em poucos dias, o retrato de sua morte espalhou-se pelo mundo. (...)”
Revista Veja, 30 de junho de 1999.
Sobre o texto acima pode-se afirmar:
a) Observa-se a predominância de figuras de linguagem que realça a narrativa.
b) É um texto poético com intuito de relatar o drama vivido por um paciente terminal.
c) É um texto jornalístico com elementos descritivos para caracterizar a situação do doente.
d) É um pequena dissertação argumentativa contra o uso do tabaco.
e) É pura e simplesmente uma narração.
71. Univali-SC
“A reconstrução de Anita
Ana Maria de Jesus Ribeiro mudou de nome e carimbou seu passaporte para a História aos 18
anos, quando abandonou o primeiro marido, um sapateiro, para embarcar no navio comandado
pelo revolucionário italiano Giuseppe Garibáldi (1807–1882). Virou Anita. Dez anos depois, em 4 de
agosto de 1849 – há exatos 150 anos –, com a cabeça a prêmio e perseguida pelo Exército austríaco,
morreu nos braços de Garibáldi, numa fazenda em Mandriole, 400 quilômetros ao nordeste de
Roma, na Itália. Lá, é venerada como heroína da unificação. Mas, no Brasil, onde nasceu e combateu
ao lado de rebeldes republicanos na Revolução Farroupilha (1835–1845), é quase desconhecida.
Tanto que só passou a existir, oficialmente, há três meses. Só no último dia 11 de maio, o cartório
de Laguna, em Santa Catarina, por iniciativa da Câmara Municipal, expediu o chamado mandado de
registro de nascimento tardio. O documento afirma que Ana Maria de Jesus Ribeiro nasceu em
Laguna, em 30 de agosto de 1821. Ninguém sabe se a data e o local estão corretos. Naquela época
não existia certidão de nascimento e o chamado “assento de batismo” jamais foi encontrado.”
MARKUN, Paulo. Superinteressante, agosto de 1999.
Observe as afirmações abaixo:
I. O autor isenta-se de opinar a respeito do assunto.
II. O autor chama a atenção para a desvalorização em relação à história deAnita Garibáldi.
III. O texto é um relato poético da vida de Anita Garibáldi.
IV. Este trecho sintetiza um pouco a vida heróica de Anita.
V. Os parágrafos narram a trajetória da heroína catarinense Anita Garibáldi.
Estão de acordo com o texto:
a) somente a II. d) II, IV e V.
b) I e III. e) somente a V.
c) somente a III.
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72. Univali-SC
“As armadilhas da lógica
(...) Ele lecionava lógica de segunda a sábado para uma turma, digamos, efervescente. Aborre-
cido com o mau desempenho de seus discípulos, um dia perdeu a paciência: “A partir de agora,
vocês terão uma prova toda semana”, anunciou peremptoriamente. E ressaltou: “Como na vida o
tempo é escasso e bem determinado, eu só avisarei de véspera que o teste será realizado. Assim,
os senhores terão no máximo 24 horas para se preparar, e nada mais”. Assustados, os jovens se
remexeram em suas carteiras. Um deles, porém, manteve a impassividade de quem tinha a certeza
de ter encontrado uma brecha lógica.
Depois de esperar que o evidente mau humor do mestre passasse, o jovem ponderou: “Profes-
sor, rigoroso, porém justo e lógico como o senhor tem sido, quero acreditar que nunca poderá nos
dar tal prova”. Antes que todos saíssem do estado de curiosidade e espanto, emendou. “O se-
nhor, para ser coerente, nunca poderá reservar o sábado para nos testar, pois, como ele é o último
dia com aulas na semana, ao terminarmos as aulas da quinta-feira e percebermos que não nos
avisaram da prova da sexta-feira, então saberemos com 48 horas de antecedência que ela só
poderá ser no sábado, contrariando sua própria norma de termos no máximo um dia de preparo”.
“Parece-me justo”, afirmou o professor, que podia ser rigoroso mas não impermeável a um bom
argumento.
O estudante, no entanto, ainda não tinha terminado. “Se o senhor concorda, então, que o
sábado está descartado, isso significa que sexta-feira é o último dia para aplicar o teste”, racioci-
nou. “Assim, ao terminar a nossa aula de quarta-feira, se o senhor não nos avisar do teste na
quinta, logo descobriremos, com 48 horas disponíveis, que a prova será na sexta-feira, contrarian-
do mais uma vez a regra imposta”.
Não foi necessário prosseguir. O mestre percebeu que havia caído numa armadilha da lógica ao
formular uma regra impossível de ser coerentemente seguida. Pelo mesmo critério, ficariam preju-
dicados os demais dias da semana. (...)”
Luiz Barco.
Após a leitura do trecho acima, retirado da revista Superinteressante de maio de 1999,
pode-se pressupor que o autor pretende:
a) fazer que os professores não se utilizem da “prova” para forçar seus alunos a estudar;
b) mostrar que há lógica matemática até em pequenas situações do dia-a-dia;
c) reafirmar que o “aluno sempre tem razão”;
d) provar que o cálculo realizado pelo aluno está equivocado;
e) chamar a atenção para a lógica como armadilha, portanto, não deve ser usada em
todos os casos.
73. Unb-DF O texto poético pode servir de base ao texto publicitário; porém, às vezes, é
este que fundamenta aquele. Relacionando essa observação ao texto acima, julgue os
itens que se seguem.
( ) O texto é uma paródia da embalagem original de um produto.
( ) O modo como foi desenhada a letra inicial de “Clichetes” permite a leitura musi-
cal, financeira e política da mensagem.
( ) No texto, “MASCARAR” está para mascar assim como “MENTAL” está para
menta.
( ) Esse é um texto característico da literatura que se propagou no Brasil a partir de
1922 como uma espécie de crítica ao imperialismo norte-americano.
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31
74. UFGO O poema abaixo é de José Paulo Paes.
“À IMPROPRIEDADE
De cearense sedentário De carioca cerimonioso
baiano lacônico gaúcho modesto
mineiro perdulário paulista preguiçoso
Deus nos guarde. Deus nos livre e guarde.”
Interpretando-se os sentimentos do poema, pode-se afirmar que:
( ) em seu sentido global, o poema reafirma os estereótipos a respeito dos diversos
tipos de brasileiro.
( ) o poema construído com antíteses parcialmente implícitas: ao conceito de “cearen-
se sedentário”, por exemplo, opõe-se “cearense migrante”.
( ) o poema é bem-humorado por causa das inversões de sentido utilizadas pelo autor.
( ) o título “À impropriedade” funciona como um ornamento dispensável ao texto,
sem manter assim relações de sentido com o poema.
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue os itens das questões de 75 a 77.
“UM DIA QUALQUER - 66583624
(Chico Amaral)
Na espuma das ondas
As meninas se lançam
As cadeiras redondas
Onde as ondas se amansam
Todo dia é na praia
Todo minuto é pra um
Todo dia é todo o tempo
O tempo todo, tempo algum
Eu passei lá na vila
Ele é de Vila Isabel
Meu nego meu jongo
Hoje eu chego na barra do céu
Você me entenda
Dança de Oxum é assim
Se joga no mundo
Cai nas ondas e volta para mim
Hoje é final de século
Hoje é um dia qualquer
Você vai ao cinema
Ou toma um foguete, ou toma um café
Hoje bobagem, drama
Hoje é um dia comum
Você deita na cama
Com os pés no século vinte e um
Então corre pra ver
Então fica para ver
Então corre pra ver
Beleza do mundo descer
Toda rua começa
Onde acaba o meu mal
De conversa em conversa
Eu já passei da capital
Era um filme domingo
Penas do paraíso
Eu só guardo o que me ensinou
que tocar é preciso”
(CD–SKANK)
75. UFMT
( ) Lendo somente as palavras em negrito, pode-se perceber que a imagem de
vida do eu lírico permanece inalterada mesmo com a proximidade do século
vinte e um.
( ) No texto, predomina a narração com a manutenção da unidade temática.
( ) A linguagem do texto é marcada pela logicidade e linearidade.
( ) O texto ressalta a uniformidade da formação cultural brasileira: branca, européia e cristã.
76. UFMT
( ) Na primeira estrofe, concretiza-se uma paródia do célebre poema de Bandeira: “a
onda anda/aonde anda/a onda?”.
( ) Há também na primeira estrofe um traço erotizante traduzido pela imagem ...ca-
deiras... onde as ondas se amansam.
( ) O espraiar das ondas é sugerido pela reiteração de fonemas nasais em toda a estrofe
primeira.
( ) A última linha do texto estabelece intertextualidade com os versos “Navegar é preciso/
viver não é preciso”, revelando, assim como estes, o sentido da vida para o eu lírico.
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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77. Unifor-CE
“Bem quisera ter mais intimidade com ela, falar-lhe de minhas dúvidas, de minhas fraquezas, de
meus receios. Mas somos nesta casa uma família de estranhos. Assalta-me freqüentemente a
impressão de que vivemos num alojamento de emigrantes, que só a língua têm em comum.
Revolto-me contra mim mesmo, pois suponho ser em parte o causador desse mal-estar. Minha
natureza cria embaraços à aproximação de uns aos outros. Vivem constrangidos, sem liberdade,
como que em presença de um inválido.”
O trecho acima apresenta características evidentes de:
I. Narração em primeira pessoa, com predomínio do tom reflexivo e de marcas de aná-
lise psicológica.
II. Dissertação, voltada para a exterioridade das ações e marcada por um tom de convicção.
III. Prosa poética, apoiada em figuras de linguagem e empenhada na expressão do mun-
do imaginário em que vive o autor.
Está correto somente o que está caracterizado em:
a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.
As questões de números 78 a 80 baseiam-se no texto abaixo.
“Hoje não escrevo
Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares
de assuntos.
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as
letras se reunindo com o maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão
dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda
natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O
mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no
espelho (infiel) do dicionário.
(...)
Que é isso, rapaz. Entretanto, aí está você, casmurro e indisposto para a tarefa de encher o
papel de sinaizinhos pretos. Conclui que não há assunto, quer dizer: que não há para você, por-
que ao assunto deve corresponder certo número de sinaizinhos, e você não sabe ir além disso, não
corta na verdade a barriga da vida, não revolve os intestinos da vida, fica em sua cadeira assuntan-
do, assuntando. Então hoje não tem crônica.”
Carlos Drummond de Andrade.
78. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações:
I. A ação de escrever priva, por vezes, o escritor de usufruir de coisas simples do cotidiano.
II. Não basta haver variedade de assunto; escrever exige predisposição e inspiração.
III. O escritor empenha-se em produzir textos de qualidade superior à daqueles escritos
por simples falantes da Língua.
Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em:
a) somente II; d) somente II e III;
b) somente I e II; e) I, II e III.
c) somente I e III;
79. Unifor-CE De acordo com o último parágrafo do texto:
a) momentos de reflexão são importantes para que o assunto venha a ocupar a mente
daquele que escreve;
b) escrever bem implica sensibilidade e talento na percepção da matéria a ser explorada
na escrita;
c) a indisposição para a tarefa de encher o papel de sinaizinhos pretos é própria das
pessoas casmurras;
d) a falta, bem como a abundância de assunto, depende das condições intelectuais da-
quele que escreve;
e) letras e escritor embaralham-se no momento de passarem a expressão das idéias para
o papel.
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33
80. Unifor-CE No fragmento “reflexos no espelho (infiel) do dicionário”, o adjetivo infiel
denota que:
a) nem sempre o significado dicionarizado das palavras satisfaz plenamente a busca da-
quele que escreve;
b) as palavras dicionarizadas perdem a essência de seu significado, uma vez contextuali-
zadas;
c) o emprego adequado da palavra decorre da atividade de consulta ao dicionário;
d) há matizes de significado entre as palavras arroladas na mesma série sinonímica;
e) o escritor não pode dispensar o auxílio do dicionário – o que lhe garante a perfeição
do texto.
As questões de 81 a 84 referem-se ao seguinte texto:
“Os Jardins
Sempre olhei para os jardins com doçura e gratidão. Eles são as minhas aldeias. Tão sos-
segados! Só nos jardins há amores-perfeitos. Aquele jardim era meu amigo. Tinha uma
árvore, um jardineiro risonho, mas triste, com qualquer coisa de gato e de mulher. E tinha
canteiros de rosas. Era um Jardim sereno. Sábado. Quem pode vai para fora. Os outros
ficam aqui mesmo. Imagine o campo, logo mais. A noite caindo sem desastres. O cheiro de
terra. Uma voz de água no silêncio. Ah! dormir com o sentimento de pôr, nos olhos e nas
mãos, amanhã, bem cedo a luz que desce de um céu imenso perdido, luz cheia de sombras
de asas. Lembro-me dela. Ela pousa, primeiro, nas árvores, como se dissesse – Bom-dia!
Chega, depois até a gente tão simples, tão igual, como se convidasse – Não quer andar?
Este desejo de viver no campo, que enche de ar refrigerante os meus sentimentos, não veio
da cidade, com certeza. Veio, talvez, do tempo. Hoje, “ir para fora” tem um sentido mais
libertador. Que bom ver outra vida! Que bom ouvir a outra face do disco!... É preciso gostar
da vida. A vida arranja tudo pelo melhor, às vezes na realidade. Às vezes na imaginação,
realidade de uso interno.”
Álvaro Moreyra.
81. Cesgranrio “Eles são as minhas aldeias. Tão sossegados! Só nos jardins há amores-
perfeitos.”
No texto, as palavras destacadas conotam, respectivamente:
a) esconderijo e flor silvestre; d) proteção e felicidade;
b) lugarejo e beleza natural; e) segurança e incerteza.
c) solução e realidade;
82. Cesgranrio A caracterização do jardineiro “com qualquer coisa de gato e de mulher”
corresponde, semanticamente, a:
a) meio arredio e misterioso; d) bastante descrente e desiludido;
b) muito arredio e pouco confiável; e) com certa melancolia e pouca sinceridade.
c) pouco desconfiado e muito observador;
83. Cesgranrio O texto estrutura-se com períodos curtos. Semanticamente, essa construção
caracteriza a:
a) realidade e a expressão dos anseios do narrador;
b) narração e a relação realidade-imaginação;
c) sensibilidade e o contraste do sentimento com a razão;
d) fantasia e a irrealização pessoal do narrador;
e) reflexão e a progressiva introspecção do narrador.
84. Cesgranrio A palavra ou expressão que marca o ingresso no imaginário é:
a) “amores-perfeitos”. d) “céu imenso perdido”.
b) “Sábado”. e) “luz cheia de sombras de asas”.
c) “cheiro de terra”.
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85. Univali-SC
“A Tecnologia aproxima os empresários
Telefone e Internet são importantes ferramentas
na hora de fechar negócios.
As novas tecnologias da informação têm modificado a forma de os empresários apresentarem
seus produtos ao mercado potencial e fecharem negócios. Os almoços e jantares com clientes são
cada vez menos freqüentes, sendo substituídos por apresentações e reuniões na empresa do
futuro cliente. “Hoje em dia muitos negócios são fechados por telefone, fax ou e-mail”, garante
o sócio gerente da Mega Sul Informática, empresa especializada em sistemas de automação co-
mercial, Ingo Tirgarten. (...)
A Mega Sul costuma apresentar seu produto na empresa do cliente em potencial e, a partir daí,
o e-mail, o fax e o telefone são usados para manter contato permanente até o fechamento do
negócio. (...)
O presidente da empresa de seguros ADD Makler, Hans Dieter Didjurgeit, afirma que jantares e
almoços funcionam com mais eficiência no pós-venda (...)”
A idéia central do texto está na opção:
a) Não se fazem mais negócios pelos métodos antigos, como almoços e jantares com o
cliente em potencial.
b) O telefone, o fax e o e-mail têm substituído muitos encontros com o cliente para
fechamento de negócios.
c) Há novas tecnologias no mercado que substituem o e-mail, o fax e o telefone.
d) Todos os empresários, atualmente, sempre utilizam a tecnologia (telefone e internet)
na hora de fechar negócios.
e) A apresentação dos produtos que serão vendidos aos clientes devem ser apresentado
via e-mail, fax ou telefone.
86. Univali-SC
“Atenção ao estresse!
Mas será que isso leva ao estresse? Estatísticas confiáveis dizem que pelo menos 30% dos
brasileiros sofrem de estresse, uma das tantas doenças modernas. A psicóloga Marilda Lipp afir-
ma: “Sob tensão pesada, o ser humano rende maravilhosamente durante algum tempo. Depois
capota”.
Uns dizem que o culpado é o trabalho. Será que é mesmo? Será que não é o resultado de uma
certa maneira de viver? O homem, afirma Aldo Colombo, trocou o dia pela noite, aboliu o Domin-
go, inventou a Internet, o celular..., e não desliga mais, é uma máquina nunca desligada: isto
provoca circuito e, por vezes, desliga mesmo!
O homem desaprendeu a viver; não sabe mais distribuir corretamente as 24 horas, fazendo uma
coisa de cada vez, mantendo assim o humor e a alegria de viver. Os pobres humanos que estão no
limiar do terceiro milênio devem reaprender a viver para não prepararem, para o Terceiro Milênio,
uma sociedade totalmente estressada. É mais um desafio!”
Missão Jovem, agosto de 1999.
Observe as afirmações:
I. 30% dos brasileiros sofrem de estresse.
II. O estresse é uma doença moderna.
III. A culpa para o estresse é não saber fazer uma coisa de cada vez.
IV. O homem é uma máquina que nunca desliga.
V. O desafio para o Terceiro Milênio é reaprender a viver.
As idéias contidas no texto estão nos itens:
a) I, II e IV. d) I, II e III.
b) II, IV e V. e) todos os itens.
c) II, III e V.
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35
87. UFPR Leia com atenção esta passagem introdutória de A Lógica da Investigação Cien-
tífica (1934), de Karl Popper.
“Costuma-se chamar de “indutiva” a uma inferência se ela passa de enunciados singulares
(também chamados, algumas vezes, enunciados “particulares”), tais como as descrições dos
resultados de observações ou experimentos, a enunciados universais, tais como hipóteses ou
teorias. Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que se justifique inferir
enunciados a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos; pois
qualquer conclusão que obtemos dessa maneira pode acabar sendo falsa: não importa quan-
tas ocorrências de cisnes brancos possamos ter observado, isto não justifica a conclusão de
que todos os cisnes são brancos.”
Segundo Popper, “indução” é: marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A passagem de enunciados particulares a universais através de um inferência.
( ) Um método físico para o exame tanto das partículas quanto do universo.
( ) Um raciocínio cuja justificação lógica não é evidente.
( ) Um método impróprio no caso da zoologia, mas não das demais ciências.
( ) Um método lógico que nos permite concluir com segurança se certas teorias são
validadas pela observação.
88. Univali-SC
“No antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido. Sendo considerado como um animal santo.
Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da deusa Bastet, fêmea do deus sol
Rá. (...) Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas. Ele foi admirado por sua
beleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente, ora um animal doce e afável), e
apreciado ainda no século XI quando o rato negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveram-
se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à
feitiçaria. A igreja lhe virou as costas. (...) No século XVIII ele voltou majestoso e em perfeito
acordo com os poetas, pintores e escritores que prestam homenagem à sua graça e à beleza de
seu corpo.”
Revista DC – Diário Catarinense – 25 de abril de 1999.
São idéias presentes no texto:
I. Enaltecer a figura do gato no mundo atual.
II. Descrever a história dos gatos ao longo dos tempos.
III. Justificar a importância dos gatos e dos ratos.
IV. Citar superstições acerca dos gatos.
V. Exemplificar as várias concepções a respeito dos gatos.
VI. Metaforizar sobre os poderosos nos dias atuais.
Dos itens acima, os que realmente caracterizam o texto são:
a) II, IV e V. d) I, III e IV.
b) I, II, III e VI. e) todos os itens.
c) I, III e VI.
89. UFMT
( ) Ações corriqueiras são usadas no texto (estrofes 5 e 6) com intenção de apontar as
alterações provocadas pela chegada do novo século.
( ) Os sentidos das estrofes 6 e 7 contradizem a postura revelada até então pelo eu
lírico de atribuir desimportância à mudança de século.
( ) Na estrofe 6, o verso Com os pés no século vinte e um revela o jogo feito ao longo
do texto entre mudanças e não-mudanças pelo passar do século.
( ) Uma leitura possível dos versos Era um filme domingo/Penas do paraíso volta-se
aos filmes vistos aos domingos que versavam sobre a dualidade sofrimento e feli-
cidade.
( ) Na estrofe 8, percebe-se a preocupação do produtor do texto em registrar o sentido
literal das palavras e expressões.
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36
Texto para as questões 90 e 91.
“OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ
(Gilberto Freyre)
1 Eu ouço as vozes
2 eu vejo as cores
3 eu sinto os passos
4 de outro Brasil que vem aí
5 mais tropical
6 mais fraternal
7 mais brasileiro.
8 O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
9 terá as cores das produções e dos trabalhos.
10 Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
11 terão as cores das profissões e regiões.
12 As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
13 terão as cores variamente tropicais.
14 Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil
15 todo brasileiro e não apenas o bacharel e o doutor,
16 o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
17 Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
18 lenhador
19 lavrador
20 pescador
21 vaqueiro
22 marinheiro
23 funileiro
24 carpinteiro
25 contanto que seja digno do governo do Brasil
26 que tenha olhos para ver pelo Brasil,
27 ouvidos para ouvir pelo Brasil,
28 coragem de morrer pelo Brasil,
29 ânimo de viver pelo Brasil,
30 mãos para agir pelo Brasil,
31 mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis.
32 ...............
33 Mãos todas de trabalhadores,
34 pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
35 de artistas
36 de escritores
37 de operários
38 de lavradores
39 de pastores
40 de mães criando filhos
41 de pais ensinando meninos
42 de padres benzendo afilhados
43 de mestres guiando aprendizes
44 de irmãos ajudando irmãos mais moços
45 de lavadeiras lavando
46 de pedreiros edificando
47 de doutores curando
48 de cozinheiros cozinhando
49 de vaqueiros tirando leite das vacas chamadas comadres de homens.
50 Mãos brasileiras
51 brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
52 tropicais
53 sindicais
54 fraternais.
55 Eu ouço as vozes
56 eu vejo as cores
57 eu sinto os passos
58 desse Brasil que vem aí.”
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  • 1. LÍNGUA PORTUGUESA Voltar IMPRIMIR INTERPRETAÇÃO DE TEXTO I FUNÇÕES DA LINGUAGEM E LINGUAGEM FIGURADA VOCABULÁRIO FONOLOGIA, ACENTUAÇÃO, ORTOGRAFIA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS ARTIGOS, SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS VERBOS E ADVÉRBIOS PRONOMES NOÇÕES DE LITERATURA HUMANISMO, QUINHENTISMO, BARROCO E ARCADISMO ROMANTISMO LITERATURA NO PERÍODO COLONIAL CLASSICISMO INTERPRETAÇÃO DE TEXTO II FIGURAS DE LINGUAGEM PERÍODOS SIMPLES E COMPOSTO PONTUAÇÃO CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA REALISMO/ NATURALISMO PRÉ-MODERNISMO/ MODERNISMO PARNASIANISMO/ SIMBOLISMO CRASE FUNÇÕES DE “QUE” E “SE”
  • 2. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 1 LÍNGUA PORTUGUESA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO I 1. U. Católica de Brasília-DF Assinale V, para os itens verdadeiros, e F, para os falsos. ( ) A figura ao lado trata-se de uma charge, cujo tema versa sempre sobre algum acontecimento que já foi veiculado na mídia. Dessa forma a charge não é responsável por uma nova notícia, mas é uma releitura de uma notícia ou de um fato. ( ) Observando os elementos que compõe a charge, é correto afirmar que ela se refere a alguma notí- cia sobre aviação. Isso é comprovado pelos elementos icônicos, pois nenhum ele- mento verbal faz referência à aviação. ( ) O verbo ter, utilizado na fala do passageiro, poderia ser substituído pelo verbo haver, o que configuraria o uso do nível formal da linguagem. ( ) A opção de reserva de um lugar na caixa-preta, que em caso de sinistro com a aeronave, é um instrumento que pode ajudar a identificar as causas, é a responsável pelo humor na charge e, ao mesmo tempo, permite inferir que a charge foi feita depois de algum desastre aéreo. ( ) As palavras “algum”, “vago” e “caixa-preta” são respectivamente, adjetivo, advér- bio, adjetivo e substantivo. ( ) Caixa-preta, sob o ponto de vista de sua estrutura, contém dois radicais, por isso, quanto ao processo de formação, é considerada uma palavra derivada. 2. Analise a charge que segue, publicada na revista Veja, de 07. jun. 2000. A leitura da charge permite as seguintes afirmações: ( ) nos desenhos humorísticos, a caricatura é uma representação gráfica de uma pes- soa ou situação que explora aspectos ridículos ou grotescos. ( ) a legenda, texto curto que, às vezes, acompanha o desenho, tem a finalidade de determinar para o leitor o sentido da charge. ( ) o cartunista interpreta uma idéia presente no imaginário do torcedor brasileiro: os técnicos de futebol, quando cometem erros, são chamados de burros. ( ) a frase “O técnico Wanderley Luxemburgo examina as condições do gramado” funciona de modo redundante, visto que repete o significado contido no desenho.
  • 3. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 2 3. Uneb-BA Folha Ilustrada. Folha de São Paulo, 14 de julho 2000, p. 34. No texto do convite para ver a exposição de Guignard, no MASP, passa-se a idéia de que: a) ver Guignard é ter uma aula de como funciona o sistema nervoso humano; b) a emoção provocada pela arte nem sempre pode ser traduzida com palavras; c) a arte causa, no homem, uma sensação de leveza tal, que o adormece para a realidade; d) o sentimento gerado pela obra de arte lírica é constante e equilibrado em cada ser humano; e) o humanismo lírico de Guignard está na sua capacidade de associar a arte ao equilí- brio das sensações humanas. 4. UFPE Observe os quadrinhos abaixo e responda à questão. Assinale a alternativa em que se faz um comentário inaceitável com relação aos quadri- nhos de Ziraldo. a) O menino tinha idéia clara acerca da finalidade apelativa do seu texto. b) Os termos do cartaz reproduzem a sintaxe típica desse gênero de texto. c) O menino demonstra inabilidade para ajustar-se às exigências de textos publicitários. d) As incorreções gramaticais do segundo quadro vão da ortografia à sintaxe. e) Os erros do cartaz constituíram uma estratégia para atrair possíveis consumidores. O equilíbrio da pressão nas membranas celulares dos tecidos nervosos, sem variação nos níveis de sódio e potássio, provoca impulsos que vão do córtex cerebral até o sistema nervoso cen- tral, confirmando uma sensação agradável e sem grandes alte- rações. De tão relaxado, você pode até tirar um cochilo. “O Humanismo Lírico de Guignard”. Um dos maiores pintores do mo- dernismo brasileiro. Em exposição até 13/8, das 11 às 18h. Av. Paulista, 1578 Informações: www.zip.net/guignard Ziraldo. O Menino Maluquinho.
  • 4. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 3 5. Univali-SC A leitura dos quadrinhos abaixo remete-nos à seguinte conclusão: Márcio Kühner a) Os ditados não estão sempre certos. d) Devemos rir dos nossos percalços. b) Errar é fundamental para crescer. e) É preciso sempre acertar. c) Tirar o proveito de todas as situações. 6. PUC-RS Instrução: Responder às questões 2 e 3 com base no texto abaixo. HUMOR EM TIRAS Considerando as atitudes e falas dos personagens, é correto concluir que: a) a mãe já sabia que Calvin havia decidido não ir mais à escola, como se depreende da expressão “Sei”, no primeiro quadrinho; b) a mãe de Calvin, indecisa sobre o que fazer com o filho, viu-se obrigada a consultar o pai; c) Haroldo, o tigre presente no último quadrinho, demonstra apoio incondicional à atitu- de do menino, pelo fato de estar disposto a acompanhá-lo à escola; d) não havendo outra saída, foi necessário usar a força física para mandar Calvin à esco- la, como se depreende da expressão “esmagar”, do último quadrinho; e) as expressões “os pais” e “uma criança”, no último quadrinho, indicam que Calvin generalizou a conclusão a que chegou. 7. PUC-RS Instrução: Responder à questão 3 com base nas idéias abaixo, que completam a frase sublinhada. Pela leitura da tira, é correto afirmar que Calvin: 1. Demonstra temer uma vida adulta em meio à poluição. 2. Usa sua fantasia para tentar convencer sua mãe do acerto de sua decisão. 3. Considera-se injustiçado pelos pais. 4. Conclui que seu projeto para o futuro foi rejeitado por ser ambicioso. As idéias que complementam adequadamente a frase sublinhada, de acordo com o senti- do da tira, estão na alternativa: a) 1 e 2. b) 1, 2 e 3. c) 2 e 3. d) 2, 3 e 4. e) 3 e 4.
  • 5. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 4 8. U.F. Goiânia-GO Leia as tiras do cartunista Angeli, publicadas no caderno Ilustrada, da Folha de São Paulo, em 29. jul. 1999. Depois assinale V, para os itens verdadeiros, e F para os falsos. Sansão e Dalila são personagens do universo gráfico de Angeli. Eles formam um casal sem charme, cujo cotidiano é retratado de forma ridícula pelo cartunista. De acordo com os elementos que constituem as tiras acima: ( ) as expressões crak, flap e tuf! são consideradas onomatopéias, porque procuram representar, na escrita, sons naturais. ( ) a falta de diálogo entre o casal, durante a refeição, indica uma vida monótona, propensa às explosões agressivas. ( ) a sigla TPM – que significa tensão pré-menstrual – opõe-se à expressão kung fu, arte marcial desenvolvida na antiga China. ( ) o humor das tiras tem função social, pois procura descontrair o leitor, com a repre- sentação caricaturesca de cenas do cotidiano dos personagens. 9. UFMS Observe a tira humorística que segue e marque a(s) opção(ões) verdadeira(s). URBANO, o aposentado A.Silvério Globo, 22/09/2000. 01. A frase apresentada no balão 3 pode ser associada à profissão da personagem que a enuncia. 02. Atribui-se a uma dada estação do ano a capacidade de influenciar o estado de alma das pessoas em geral. 04. Em Todos mesmo (balão 4), o advérbio em negrito é usado como reforço, indicando que não há exceção à regra. 08. O uso do artigo definido em a outra metade (balões 1 e 3) está equivocado, uma vez que se trata de referentes que aparecem pela primeira vez no texto. 16. Os enunciados Encontrei a outra metade da minha laranja! (balão 1) e Encontrei a outra metade do meu comprimido! (balão 3) retomam, através de figuras distintas, o enunciado mais genérico “Encontrei a companheira ideal.” 32. O efeito humorístico da tira advém do fato de que se a personagem hipocon- dríaca leva sua obsessão às últimas conseqüências, associando-a inclusive ao campo amoroso. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
  • 6. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 5 10. UFMA Jaguar. Na tira acima, o autor: a) trabalha a fala das personagens no contexto, relacionando termos que não possuem nada em comum; b) subverte a lógica homonímica através da utilização de um jogo de palavras marcado pela sonoridade, num tom de humor; c) aproxima palavras heterógrafas (termos de grafias diferentes) e heterófonas (termos de sons diferentes) que, apesar de sugerirem humor, não subvertem a lógica homoní- mica; d) usa sua criatividade e faz uma brincadeira lingüística com Há fogo / Afogo para de- monstrar que ambos os termos possuem o mesmo significado; e) considera os termos grifados acima como palavras sinônimas que não possuem outra relação a não ser a própria referência. 11. UFMA Revista Veja, de 19/04/2000. Sobre a propaganda acima, é correto inferir que: a) inanição gera morte e morte gera imobilidade. Logo, os usuários da Internet estão condenados a morrer; b) ir ao supermercado implica, infelizmente, em deslocamento e deslocamento implica em não morrer de fome. Logo, sem se mexer, a Internet é a solução; c) não comer implica em não se mexer e não se mexer implica em não sair de casa. Logo, para não morrer, é preciso ir ao supermercado; d) a Internet possibilita a compra e a compra implica em deslocamento. Logo, é preciso se mexer para não morrer de inanição. e) para consultar a fatura da compra pela Internet, é preciso se mexer e se mexer implica em ir ao supermercado. Logo, o ideal é não acessar a Internet.
  • 7. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 6 12. UFMG “Com o Document Centre a Xerox reinventa a copiadora O mercado evolui. A Xerox revoluciona. Todo o poder da tecnologia digital chega ao seu escritório com o mais avançado sistema de processamento de documentos: Do- cument Centre. Uma copiadora que também é impres- sora, fax e scanner, com capacidade de realizar as opera- ções simultaneamente. Para você copiar, imprimir, rece- ber, enviar, criar, transformar, alterar, arquivar e recupe- rar documentos com mais facilidade, menor manuseio de papel e maior segurança. O novo software Centrewa- re permite explorar e gerenciar o equipamento de acor- do com as suas necessidades, a partir do seu computa- dor, via rede e até mesmo via Internet. Document Centre é tudo isso e mais a garantia e a assistência técnica que só a Xerox pode lhe oferecer.” AO VIVO E EM CORES NA DOCUWORLD. Visite a feira de tecnologia avançada, dias 13 e 14 de maio, no Hotel Transamérica - SP. Todas as afirmativas apresentam recursos lingüísticos que estão presentes nesse texto de propaganda, exceto: a) Articulam-se a linguagem verbal e a não-verbal. b) Impessoaliza-se o tratamento do leitor. c) Enumeram-se cumulativamente as características do produto. d) Recorre-se não só à conotação, mas também à denotação. 13. UERJ Ziraldo, Jornal do Brasil, 11/11/1999. Na tira de Ziraldo, os personagens mudam de atitude do primeiro quadrinho para o se- gundo. Pelo terceiro quadrinho, pode-se deduzir o que não está escrito: um pensamento teria provocado a mudança. Esse pensamento poderá ser traduzido como: “E se os caras dentro do espelho... a) ...estivessem rindo deles?” b) ...fossem reais e eles o reflexo?” c) ... pudessem trocar de lugar com eles?” d) ... duvidassem da realidade do mundo?”
  • 8. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 7 14. U.F.Pelotas-RS Acompreensãodeumtexto não decorre apenas da decodificação pura e simples dos itens lingüísticos neles contidos. Na realidade, ao ler, o leitor deixa aflorar seu conhecimento de mundo, suas crenças, suas vivências, que possibilitam conexões entre os enunciados e o levam a construir o sentido do textoqueleu.Umadascaracterísticasdoleitor proficiente é a capacidade de interpretar gráfi- cos.Demonstrequevocêdominaahabilidade de leitura, inferindo corretamente os resulta- dos expressos no gráfico ao lado: Uma pesquisa encomendada pela entidade Parceria Contra as Drogas entrevistou 700 pes- soas, entre 13 e 21 anos, de cinco cidades há três anos e obteve os seguintes resultados: De acordo com os dados representados no gráfico, pode-se dizer que: a) a descoberta do novo sempre atraiu o homem a aventuras cujas conseqüências, muitas vezes, são desconsideradas em virtude do prazer do desconhecido, sendo esse o moti- vo para que de noventa a cem jovens recorram às drogas; b) como todo ser em formação, a maior parte dos jovens procura uma maneira de afirma- se em seu grupo, recorrendo, para isso, ao uso de psicotrópicos; c) não é verdadeira a argumentação de que o maior contingente de jovens, rebeldes por natureza, procura nas drogas formas de transgredir normas sociais; d) a orientação familiar não seria uma das primeiras providências no combate ao vício, uma vez que não está na família a causa principal de o jovem se envolver com drogas; e) são de toda ordem as causas que levam o jovem ao consumo de drogas; com exceção dos problemas com a família, essa diversidade, somada, representa mais de 3/4 do total de entrevistados. 15. UFPR Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) na(s) alternativa(s) em que a descrição da foto abaixo vem expressa de acordo com as nor- mas de escrita do português padrão. ( ) Um homem com roupas típicas de tra- balhador rural, onde é mostrado da cin- tura para baixo, segura um tipo de fa- cão com a mão direita. Abraçado a sua perna há uma criança, que a expressão denota raiva e medo. O homem apóia sua outra mão na cabeça da criança, como se protegesse ela. ( ) Um homem com roupas típicas de trabalhador rural, mostrado da cintura para bai- xo, segura uma espécie de facão. Abraçado a sua perna há um menino, cuja expres- são denota raiva e medo. A outra mão do homem repousa sobre a cabeça da crian- ça, como se protegendo-a. ( ) A foto mostra um menino abraçado às pernas de um homem vestido como um trabalhador rural, onde está segurando uma espécie de facão com a mão direita. A expressão da criança é de medo e raiva, e é como se o homem estivesse protegendo a ela de alguma ameaça. ( ) Na foto, mostra um homem, que está segurando uma espécie de facão e vestido como trabalhador rural. Uma criança está abraçada à perna dele, que apóia a mão sobre sua cabeça, como se estivesse protegendo. E onde o olhar da criança exprime medo e raiva. ( ) Na foto, aparecem um menino e um homem. O enquadramento destaca a criança, mostrando o homem apenas na altura da cintura.A ele está abraçada a criança, cujo olhar é de medo e raiva. O homem, que, em traje de trabalhador rural, empunha um facão, parece estar protegendo o menino, sobre cuja cabeça pousa a mão. ( ) A foto mostra, da cintura para baixo, um homem que traja roupa de trabalhador rural e empunha uma espécie de facão. Uma criança, com expressão de medo e raiva, está abraçada à perna do homem. Ele apóia a mão sobre a cabeça do menino, como se o estivesse protegendo. Contrariar Foto: Paula Simas
  • 9. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 8 16. UEGO A leitura da charge permite as seguin- tes afirmações: ( ) o título “A República do Mau Humor” funciona como indicador de leitura, pois dá ao leitor a opor- tunidade de interpretar tanto o texto verbal como o não-verbal; ( ) o mau humor dos aliados do go- verno nos permite deduzir que os políticos aderem ao poder visan- do apenas ao seu benefício pró- prio; ( ) a parte inferior da charge remete- nos ao contexto social brasileiro, onde a população, em sua maio- ria, sofre os efeitos; ( ) a frase de 2º balão “Um dia, só eles vão rir de tudo isso!”, proferida pelo persona- gem que representa o povo, deixa transparecer o humor e o descompromisso com que o brasileiro encara seus problemas; ( ) a frase “Não esquenta, mulher!”, proferida pelo personagem denuncia a ineficiên- cia do cobertor com que ele se agasalha, uma vez que o frio é intenso. 17. UnB-DF “ACREDITAMOS EM OPORTUNIDADES IGUAIS INDEPENDENTEMENTE DE RAÇA, CREDO, SEXO, REINO, TRIBO, CLASSE, ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO OU ESPÉCIE. Os seres vivos são interdependentes. Dessa for- ma, sem apoio de milhões de espécies, a sobrevi- vência humana não estaria garantida. Essa varie- dade e a dependência entre as espécies interessa especialmente à nossa empresa. Pois o nosso tra- balho depende de descobertas no mundo das in- formações genéticas. Informações que se perdem para sempre quando as espécies são extintas. In- formações que oferecem soluções inéditas para a agricultura, a nutrição e a medicina. Para atender a uma população que está crescendo. Em um pla- neta do mesmo tamanho.” Considerando as informações prestadas pelo anúncio acima, o sentido da mensagem e a correção gramatical dos itens a seguir, julgue-os. ( ) A figura explora e exemplifica a biodiversidade. ( ) Mesmo sabendo que nem todos os reinos estão representados na figura, isto não contradiz o argumento principal da propaganda, colocado acima da ilustração. ( ) Devido à interdependência dos seres vivos, a sobrevivência da espécie humana não estaria garantida sem apoio de milhões de espécies. ( ) O trabalho desenvolvido pela empresa depende de descobertas no mundo das in- formações genéticas e, quando as espécies são extintas, se perdem para sempre. ( ) As informações genéticas oferecem soluções inéditas para a agricultura, a nutri- ção, a medicina, a população que está crescendo e o planeta, que tem o tamanho da população. Isto é. nº 1.575. 8/12/99. p. 125 (com adaptações). Folha de São Paulo, 11.09.99
  • 10. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 9 18. UFPB-PSS Texto I “Diogo Mainardi Índios furibundos invadiram o Congresso Nacional para protestar contra as comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil. Paramentados com seus tradicionais cocares, calções de banho e tênis Nike, foram até o senador Antonio Carlos Magalhães e apontaram-lhe uma lança. Foi bonito ver todos aqueles índios lutando juntos – 500 anos atrás, eles provavelmente estariam devorando uns aos outros. Pois eu concordo com os índios: não há o que comemorar. Em 500 anos de História, não fizemos nada que justificasse uma festa. A meu ver, deveríamos ficar recolhi- dos num canto, chorando pelo joelho de Ronaldinho. Foi o que fiz.” Texto II Lendo o texto I e relacionando-o com a charge (texto II), conclui-se: a) O selvagem da charge não é o índio, mas sim a respeitável autoridade brasileira. b) Os índios continuavam lutando entre si. c) O índio da charge é mais autêntico porque não usa tênis Nike e veste calça comprida. d) O objetivo de Mainardi e Chico é o mesmo: registrar a política favorável do Congres- so Nacional às causas indígenas. e) As comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil representaram um mo- mento de alegria para os índios. 19. UFMA “O chinês anônimo desafia os tanques Nunca se soube o nome daquele jovem alto e ma- gro vestido como milhões de chineses, de camisa bran- ca e calça de tergal. Ninguém ouviu sua voz. Jamais se soube o paradeiro do solitário rebelde que barrou uma coluna de 17 tanques naquela manhã de junho de 1989. Sozinho, nas fotografias e no balé diante das câmeras de vídeo – os tanques se deslocavam e a silhueta se movia, simultaneamente, para a esquerda e para a direita – o chinês anônimo fez mais, em seu grande momento, do que muitos líderes revolucio- nários do milênio. É certo que foi visto por mais gen- te, nas telas de TV, dentro dos lares, do que persona- lidades como o mongol Kublai Khan, o francês Maximilien de Robespierre ou o mexicano Emiliano Zapata.” Depreende-se da compreensão do texto acima que há uma gradação ascendente do per- sonagem envolvido, que assim passa do anonimato de um momento para a fama de um milênio. Isso fica evidente através dos seguintes itens lexicais: a) jovem alto e magro solitário rebelde silhueta líder revolucionário personalidade; b) silhueta solitário rebelde sem paradeiro sozinho personalidade; c) jovem alto e magro sem voz solitário rebelde líder revolucionário sozinho; d) sem paradeiro silhueta solitário rebelde chinês anônimo líder revolucionário; e) solitário rebelde líder revolucionário sozinho personalidade chinês anônimo. 5 de julho de 1989.
  • 11. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 10 20. UERJ Leia a piada reproduzida a seguir. Vinha o motorista dirigindo o seu carro, quando se deparou com uma placa de sinalização: Imediatamente, ele acelerou o seu veículo. Logo depois, voltou a pé para o local da placa e nela escreveu, para corrigi-la: Como muitas piadas, esta se baseia em um equívoco. O comportamento do motorista que explica mais adequadamente o efeito cômico da piada é: a) voltar a pé ao local da placa para efetuar uma correção; b) ler a mensagem da placa como uma ordem para acelerar; c) corrigir a mensagem da placa para retificar informação incompleta; d) imprimir maior velocidade ao carro para escapar dos quebra-molas. Texto para as questões 21 e 22. “Homem Primata Desde os primórdios Até hoje em dia O homem ainda faz O que o macaco fazia 5 Eu não trabalhava, eu não sabia Que o homem criava e também destruía. Homem primata Capitalismo selvagem Ô, ô, ô 10 Eu aprendi A vida é um jogo Cada um por si E Deus contra todos Você vai morrer e não vai pro céu 15 É bom aprender, a vida é cruel. Homem primata Capitalismo selvagem Ô, ô, ô Eu me perdi na selva de pedra 20 Eu me perdi, eu me perdi” BRITTO, Sérgio, FROMER, Marcelo, REIS, Nando, PESSOA, Ciro. Do CD Cabeça de dinossauro. 21. UFR-RJ No texto Homem Primata, a comparação estabelecida entre o homem e maca- co alude: a) a uma das teorias sobre a origem da espécie humana; b) ao comportamento irracional do homem na sociedade moderna; c) às semelhanças biológicas entre os dois seres; d) ao bom relacionamento entre homem e macaco; e) ao capitalismo selvagem da sociedade contemporânea.
  • 12. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 11 22. UFR-RJ A oposição entre os quatro primeiros versos de Homem primata e o texto Pecados do século XXI (questões 101 a 103) envolve, respectivamente, os antônimos: a) lentidão X velocidade; b) atraso X progresso; d) estagnação X mudança; c) santidade X pecado; e) passado X presente. Instrução: Responder às questões de 23 a 25 com base no texto. JAGUAR. Átila, você é barbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 166-167. 23. PUC-RS Instrução: Responder à questão analisando a veracidade das afirmativas abaixo. 1. A absolescência das armas utilizadas pelo homem levam-no a um final trágico. 2. As armas apresentam-se em gradação ascendente quanto ao seu poder letal. 3. O militarismo, simbolizado pelos uniformes que os personagens vestem, é causa prin- cipal do desfecho presente no cartum. 4. A vestimenta dos personagens ilustra cronologicamente o desenrolar dos fatos apre- sentados. 5. Os itens 2 a 5 do cartum apresentam o homem como o responsável pelas ações bélicas, enquanto nos itens 6 a 10 essa responsabilidade é atribuída apenas aos ar- mamentos. Conclui-se que a alternativa que apresenta a numeração correspondente às afirmativas corretas é: a) 1 e 2. b) 1, 2 e 4. c) 2 e 4. d) 3 e 5. e) 3, 4 e 5. 24. PUC-RS Instrução: Responder à questão com base nas afirmativas a seguir. I. A estrutura narrativa e as ilustrações têm efeito argumentativo marcante. II. As ilustrações são um recurso para chamar a atenção do leitor, e poderiam ser retira- das sem prejuízo para a clareza do texto. III. Os itens 1 e 2 apresentam ao leitor os personagens, enquanto o 9 prepara-o para o desfecho da história. IV. A simplicidade da linguagem contrasta com a seriedade do tema. Concluí-se que as afirmativas corretas encontram-se na alternativa: a) I e II. b) I, III e IV. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV. e) III e IV.
  • 13. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 12 25. PUC-RS O ditado popular que melhor sintetiza as idéias expressas no cartum é: a) “O feitiço virou contra o feiticeiro.” d) “Quando um não quer, dois não brigam.” b) “Quem tudo quer tudo pode.” e) “Devagar se vai ao longe.” c) “Se queres a paz, prepara-te para a guerra.” 26. Univali-SC “BOM CONSELHO Ouça um bom conselho Que lhe dou de graça Inútil dormir Que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado Quem espera nunca alcança Ouça meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar I E não foi só ele. Milhares de brasileiros pendurarão as chuteiras mais cedo por problemas cardiovasculares. II Hoje, 20% da população adulta brasileira é hipertensa, 12% é diabética e 30% tem colesterol elevado. III Essas doenças, associadas a tabagismo, obesidade, estresse Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio o vento Na minha cidade Vou para rua e bebo a tempestade” Chico Buarque Ao compor o texto, o autor se preocupou em: a) contradizer sistematicamente os conselhos populares em situações absurdas; b) enfatizar a sabedoria que se exprime através de provérbios; c) utilizar-se de provérbios para expressar sua concordância ou discordância diante de fatos da vida; d) inadvertidamente o compositor apresenta situações nas quais os ditos populares vão de encontro à realidade; e) através de um jogo de palavras, o autor procura confundir o leitor. INSTRUÇÃO: Com base no texto, julgue os itens da questão 27. “Tão novo e já pendurou as chuteiras e vida sedentária levam ao óbito por problemas cardiovasculares, que correspondem a 32% de todos os óbitos. IV Não seja mais uma vítima das doenças cardiovasculares. V Procure seu médico e siga a sua orientação.” Líder em soluções Veja. 23/06/99, p. 153. 27. UFMT ( ) A polissemia presente no título do texto se revela pelos sentidos diversos que ele sugere. ( ) A leitura do texto desfaz a polissemia do título atribuindo-lhe o sentido da morte. ( ) O sentido da palavra hoje é encontrado na primeira parte do texto, daí ser um elemento anafórico. ( ) Em Ele é um novo homem, o adjetivo novo apresenta sentido igual ao do título do texto. ( ) Na última parte do texto, o pronome possessivo sua provoca certa ambigüidade que pode ser desfeita se substituído por dele.
  • 14. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 13 INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 8. “A VIDA MODERNA OFERECE TV DIGITAL, CELULAR, INTERNET E O JEEP GRAND CHEROKEE PARA VOCÊ FUGIR DISSO TUDO. Jeep Grand Cherokee. A partir de R$ 55.400. O mundo tem lugares onde você pode viver emoções muito maiores do que ir e vir do trabalho. E o Jeep Grand Cherokee dá liberdade para você seguir qualquer trilha. Ele tem motor 4.0L High Output, tração Quadra-Trac® 4x4 permanente, duplo air-bag, freios a disco nas quatro rodas com ABS e suspensão “Up Country” para você chegar onde ninguém chegou. Além de câmbio automático e ar-condicionado para você chegar lá inteiro. Jeep Grand Cherokee. A vida moderna em favor da vida de verdade. Jeep® Só Existe Um.” Veja, 11/10/98. 28. UFMT ( ) A propaganda defende a idéia de que a tecnologia é insuficiente para o homem ser feliz na vida moderna. ( ) A tese que sustenta o texto é a de que se a vida moderna propicia não só alta tecnologia como também possibilidades de se fugir. ( ) A expressão “onde ninguém chegou” pode significar sucesso profissional. ( ) Os argumentos utilizados para convencer o leitor se baseiam nos atrativos da vida moderna e não no objeto em si da propaganda. ( ) A palavra trilha refere-se unicamente a caminhos pouco percorridos. 29. Unifor-CE “Façam a festa cantem dancem que eu faço o poema duro o poema-murro sujo como a miséria brasileira.” Nos versos acima, o poeta Ferreira Gullar: a) defende uma poesia voltada para o canto e a exaltação dos sentimentos líricos; b) expõe sua condição de artista marcado pelo desejo de participação social; c) opõe a poesia que ele faz à poesia dos que se preocupam com temas políticos; d) deixa claro que suas opções estéticas coincidem com as dos poetas concretistas; e) adota uma visão de mundo muito semelhante à da poesia de Manuel Bandeira. 30. U. Potiguar-RN “Soneto Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar! na escuna fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d’alvorada Quem em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! o seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti – as noite eu velei chorando, Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!” O texto acima é um poema de Álvares de Azevedo, autor que, segundo Mário de Andra- de, sofre muito o prestígio romântico da mulher. O amor sexual lhe repugnava. Há no soneto uma contradição entre as imagens que caracterizam a mulher. Aponte-a: a) De um lado, a mulher é pálida sobre o leito e, de outro lado, anjo entre nuvens. b) Num momento, a mulher caracteriza-se pela pureza e, em outro momento, pela nudez e sensualidade. c) Em princípio, a surpresa da visão da mulher amada; num segundo momento, a revela- ção de que apenas é uma lavadeira. d) Inicialmente, o sofrimento das noites de vigília; em seguida, a fuga pelo sonho e pela morte.
  • 15. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 14 Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 31 a 33. “Consoada Quando a Indesejada das gentes chegar O meu dia foi bom, pode a noite descer. (Não sei se dura ou coroável), (A noite com seus sortilégios.) Talvez eu tenha medo. encontrará lavrado o campo, a casa limpa, Talvez eu sorria, ou diga: A mesa posta, – Alô, iniludível! Com cada coisa em seu lugar.” Manuel Bandeira. In: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. São Paulo: Global,1984. 31. Uniube-MG Para o poeta a palavra Indesejada se refere à: a) Amada. b) Visita. c) Morte. d) Noite. 32. Uniube-MG Por que o poeta cumprimenta a Indesejada das gentes, chamando-a de iniludível? a) Porque ela é fácil de se enganar. c) Porque aparece toda noite. b) Porque não poupa ninguém. d) Porque é amiga do poeta. 33. Uniube-MG Com relação à estrutura, o poema pode ser dividido em duas partes: I. a primeira, que mostra incerteza do poeta, expressa pelos advérbios de negação e dúvida, e a segunda, que apresenta certeza expressa pelo tom afirmativo dos verbos; II. a primeira, que revela segurança e certeza quanto ao futuro, e a segunda, que apresen- ta dúvida e descontrole emocional; III. a primeira, que mostra coragem e segurança para enfrentar o desconhecido, e a se- gunda, que revela a felicidade de um dia de trabalho; IV. a primeira, que mostra o poeta despreparado para o que lhe espera, e a segunda, que revela sua ousadia e destemor diante da vida. O item que melhor caracteriza essa divisão é: a) I. b) II. c) III. d) IV. 34. Univali-SC Compare os versos de Manual Bandeira eVinícius de Moraes, sobre o tema: Mulheres. “Mulheres Como as mulheres são lindas! Inútil pensar que é do vestido... E depois não há só as bonitas: Há também as simpáticas. E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto: Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha. Como deve ser bom gostar de uma feia!” BANDEIRA, Manuel. In: Libertinagem. “Receita de mulher As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental. É preciso Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso. (...) Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e Seja leve como um resto de nuvem...” Vinícius de Moraes. Sobre os textos, pode-se afirmar que: a) os dois textos são ambíguos na abordagem do tema; b) ambos os textos vêem apenas belezas, embora diferentes, nas mulheres; c) enquanto o primeiro texto fala só na beleza infantil, o segundo aborda a beleza da mulher madura; d) embora falem sobre o mesmo assunto, os dois textos revelam posicionamentos antagônicos; e) os textos abordam temáticas diferentes.
  • 16. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 15 35. PUC-PR “Nada mais diferente (...) entre o biscoito de Proust e o embrulho do pai. A madeleine trouxe o gosto que leva ao passado geral, ao passado anterior ao passado, ao passado depois do passado, ao passado ‘ao lado’ do passado. O biscoito abriu as portas do tempo – do tempo perdido. Ora, o meu caso, ou melhor, o ‘meu’ embrulho não abre nada, muito menos o tempo. Se abria alguma coisa era o espaço – até então, nunca pensara organizadamente na única pessoa, no único personagem, no único tempo de um homem que, não sendo eu, era o tempo do qual eu mais participara.” Assinale a alternativa que identifica e explica a referência feita ao episódio da “ma- deleine” na obra de Proust, criando uma relação com Quase memória, de Carlos Heitor Cony: a) É uma similaridade e provoca a percepção de que tempo e espaço são valores diferentes. b) É uma comparação que demonstra as leituras do autor. c) É um caso de intertextualidade e serve para estabelecer relações na cadeia de leituras e de escrita literária. d) É um caso de referencialidade porque faz referência a um livro do passado. e) É um caso de associação de idéias, pois a noção de passado é a mesma nos dois autores. O texto publicitário que você lerá abaixo foi extraído de Isto é, de 7 jun. 2000. As ques- tões 36 e 37 referem-se a ele. “Quando a gente deixa as crianças experimentarem, se sujarem, elas aprendem mais e se desenvolvem melhor. É por isso que estamos lançando o novo Omo Multi Ação. Uma fórmula inovadora que age nos primeiros instantes da lavagem, removendo manchas de gordura como nenhum outro. Omo Multi Ação está ainda mais eficiente porque sabe, assim como você, que seu filho precisa de liberdade para aprender. Novo Omo Multi Ação. Porque não há aprendizado sem manchas.” 36. UFGO Além de veicular informações sobre o produto, a linguagem publicitária procu- ra persuadir o consumidor. Com base nessa informação e na leitura do texto, pode-se afirmar que: ( ) liberdade de ação e aprendizagem infantil, idéias deduzidas do início do texto, estabelecem relação de causa e conseqüência. ( ) o vocábulo outro, em “como nenhum outro”, refere-se a um elemento extratextual, pois não remete a nenhum termo explicitamente presente no texto. ( ) a palavra ainda, em “Omo Multi Ação está ainda mais eficiente”, indica que, só a partir de agora, o produto foi aprovado pelo consumidor. ( ) o vocábulo manchas aparece no texto com dois sentidos diferentes, ou seja, o pri- meiro é denotativo e o segundo, conotativo. 37. UFGO Acerca da organização das frases, é possível afirmar que: ( ) o trecho “removendo manchas de gordura como nenhum outro” NÃO pode ser substituído por “que remove manchas como nenhum outro”, pelo fato de causar incoerência. ( ) o segmento “Quando a gente deixa as crianças experimentarem, se sujarem”, apre- sentado na abertura do texto, serve para destacar a atitude desejável de um consu- midor ideal. ( ) os vocábulos “elas” e “se”, apresentados no primeiro período do texto, remetem à expressão “as crianças”. ( ) a oração “Porque não há aprendizado sem manchas” estabelece uma relação de dependência com frase “Novo Omo Multi Ação”.
  • 17. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 16 INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 38. “TOURO De 21/4 a 20/5 Você está curando suas velhas feridas e aprendendo a confiar de novo na vida. A dinâmi- ca do mês é o aprofundamento das relações e a expressão das emoções. Você poderá con- tribuir com o parceiro, ampliando a intimidade e a cumplicidade do casal. Vida íntima em alta: dê vazão à sua sensualidade. Com Marte transitando em seu signo, este é um mês de ação e decisões: hora de colocar projetos em prática, o que lhe trará entusiasmo. Para isso, conte com os amigos. É tempo também de investir “no social”: lute com a velha preguiça de sair e vá ao encontro das pessoas. Terá que enfrentar algum mal-estar passageiro que a obrigará a ter mais cuidado com a saúde. No trabalho, confusão: espere até poder expres- sar suas idéias.” Marie Clarie, maio de 1998. 38. UFMT ( ) A organização desse texto se calca em conselhos, ora implicitamente ora direta- mente. ( ) Há no texto uma única marca lingüística que mostra ser o interlocutor você feminino. ( ) O lugar comum investir no social tem o sentido usual reiterado por referir-se a conselho. Texto para as questões 39 e 40. “Língua Gosto de sentir minha língua roçar A língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar A criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior E quem há de negar que esta lhe é superior E deixa os portugais morrerem à mingua Minha pátria é minha língua Fala Mangueira Fala! Flor do Lácio sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua (...) A língua é minha Pátria E eu não tenho Pátria: tenho mátria Eu quero frátria” VELOSO, Caetano. Língua. Velô-Caetano e a Banda Nova. PolyGram, 1984. 39. UFPE Leia as afirmativas abaixo sobre as idéias apresentadas no texto. 1. Em “Gosto de ser e de estar”, a idéia de plenitude, desejada pelo autor, é expressa com os verbos “ser” e “estar”, que implicam o aspecto do ser permanente e do ser transitório. 2. Utilizando a expressão “Fala mangueira”, grito de guerra de uma escola de samba, o autor alude à idéia de que, sendo “pátria”, uma língua expressa os valores culturais de seu povo. 3. O verso “Lusamérica latim em pó” alude não só à pulverização do latim que deu origem às línguas latinas como à divisão-união de Portugal e Brasil. 4. Os neologismos “mátria” e “fátria” disfarçam o sentimento de união que o autor pre- tende esteja envolvido na sua percepção de “língua”. Está(ão) correta(s) apenas: a) 1, 2 e 3. d) 2. b) 1, 3 e 4. e) 3 e 4. c) 2 e 4.
  • 18. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 17 40. UFPE Os enunciados abaixo referem-se aos recursos utilizados na criação de Língua. 1. Com os versos “E sei que a poesia está para a prosa/Assim como o amor está para a amizade”, o autor estabelece uma relação de proporcionalidade. 2. O autor incorpora à sua canção elementos relacionados à expressão sensorial, como “roçar”, “dores”, “cores”. 3. Nos versos “Gosto do Pessoa na pessoa/Da rosa no Rosa” o autor utiliza o recurso da inversão. 4. Nas expressões “confusões de prosódia”, “profusão de paródias” e “furtem cores como camaleões”, perpassa a idéia comum de “pluralidade”. Estão corretas: a) 1, 2 e 3 apenas. b) 1 e 4 apenas. c) 1, 2, 3 e 4. d) 2 e 4 apenas. e) 3 e 4 apenas. 41. UFBA “À despedida do seu mau governo Senhor Antão de Souza de Menezes, Quem sobe a alto lugar, que não merece, Homem sobe, asno vai, burro parece, que subir é desgraça muitas vezes. A fortunilha autora de entremezes Transpõe em burro o herói, que indigno cresce, Desanda a roda, e logo o homem desce, que é discreta a fortuna em seus reveses. Homem sei eu que foi Vossenhoria, Quando o pisava da Fortuna a Roda, Burro foi ao subir tão alto clima. Pois vá descendo do alto, onde jazia; verá quanto melhor se lhe acomoda ser homem em baixo, do que burro em cima.” MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 63. O discurso da sátira contida no soneto pode ser assim sintetizado: 01. Um mau governo é fruto da falta de senso do povo que o escolhe. 02. É tão fácil conquistar um alto posto quanto é fácil dignificá-lo. 04. A irracionalidade em proveito de alguns representa a satisfação de muitos. 08. À ascensão social deverá corresponder o mérito pessoal. 16. A glória indevidamente conquistada rebaixa o indivíduo em vez de exaltá-lo. 32. É preferível o anonimato a um destaque que desabone o homem. 64. Em terra de incompetentes, o menos incompetente reina. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
  • 19. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 18 Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 42 a 44. “Valsinha 1. Um dia ele chegou tão diferente 2. Do seu jeito de sempre chegar. 3. Olhou-a de um jeito muito mais quente 4. Do que sempre costumava olhar 5. E não maldisse a vida tanto 6. Quanto era seu jeito de sempre falar. 7. E nem deixou-a só num canto 8. Pra seu grande espanto 9. Convidou-a pra rodar. 10. Então ela se fez bonita 11. Como há muito tempo não queria ousar 12. Com seu vestido decotado 13. Cheirando a guardado 14. De tanto esperar 15. Depois os dois deram-se os braços 16. Como há muito tempo 17. Não se usava dar 18. E cheios de ternura e graça 19. Foram para a praça 20. E começaram a se abraçar. 21. E ali dançaram tanta dança 22. Que a vizinhança toda despertou 23. E foi tanta felicidade 24. Que toda a cidade se iluminou 25. E foram tantos beijos loucos 26. Tantos gritos roucos 27. Como não se ouviam mais 28. Que o mundo compreendeu 29. E o dia amanheceu em paz.” MORAES, Vinícius de e HOLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque de Holanda. São Paulo, Abril Educação, 1980. p. 30-I. (Literatura Comentada). 42. Uniube-MG Sobre o texto, só não se pode afirmar que: a) o texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e as relações humanas; b) o gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo; c) o gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos; d) o conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens. 43. Uniube-MG Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo: I. A expressão “pra”, nos versos 8 e 9, traz marcas de oralidade. II. Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de conseqüência. III. A expressão “ali”, no verso 21, refere-se à palavra cidade. IV. Este é um texto narrativo que relata uma transformação. A alternativa que traz os números das asserções corretas é: a) I e II. c) I, III e IV. b) III e IV. d) I, II e IV. 44. Uniube-MG A expressão “seu jeito” (verso 6) tem como referente: a) o narrador. c) ele. b) o autor. d) ela.
  • 20. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 19 Instrução: Responder às questões de 45 a 46 com base nos textos 1 e 2. TEXTO 1 “A vida em Barretos nunca mais foi a mesma depois que peão de boiadeiro virou caubói e música caipira passou a ser chamada de country. Integrada ao calendário das maiores comemora- ções nacionais, a 44ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos está para abrir as porteiras, estilizan- do a rotina do campo para o fascínio de legiões urbanas. (...) É uma multidão de turistas vestidos a caráter e apelidados de “peões de butique”. Chegam de todos os cantos do país, enfiados em calças jeans, imaculadas botas de couro, cintos e chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos capri- cham na indumentária (chegam a importá-la) e vivem uma fantasia que só fica a dever ao Carna- val carioca em termos de público e opulência. No Carnaval, reis e princesas sonham até a Quarta- feira de Cinzas. Em Barretos, imagina-se domar perigosos touros e potros ariscos.” Adaptado de: Época – Especial “Nós, brasileiros”, 24/05/99, p. 102. TEXTO 2 Charge de lotti, Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99. 45. PUC-RS A problemática comum aos textos 1 e 2 é: a) a crescente valorização da vida rural no Brasil; b) o obstinado apego do homem do campo às suas tradições; c) a evidente influência do que vem de fora sobre o brasileiro; d) a pacífica convivência entre o antigo e o novo Brasil moderno; e) a saudável popularização dos costumes gaúchos em outros centros do Brasil. Instrução: Responder à questão 15 analisando as afirmativas sobre os textos 1 e 2. I. A charge (texto 2) destina-se a um público mais restrito, pois faz alusão a um fato recente de repercussão regional. II. Para uma adequada compreensão do texto 2, é necessário levar em conta dados con- textuais, como veículo de divulgação, local e data. III. Enquanto o texto 1 visa principalmente a informar o leitor, o texto 2 pretende mobi- lizar seu humor, a partir de uma informação que esse já tem. IV. Apesar de não utilizar frases exclamativas como o gaúcho da charge, o autor do texto 1 expressa um grau de indignação equivalente. 46. PUC-RS A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é: a) I e II. d) I, II e III. b) I e III. e) I, II, III e IV. c) II e IV.
  • 21. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 20 Texto para a questão 47. “TESTE Avalie suas chances de obter um emprego. Existem vários fatores que fazem uma pessoa ter maior ou menor facilidade para encontrar um bom emprego. Assinale o número de pontos que você tem em cada fator e some tudo no final para obter sua pontuação no teste. CURSOS COMPLEMENTARES Você fez... • pós-graduação lato-sensu; • mestrado; • doutorado; • um curso de especialização. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA Seu domínio é... • bom – 15 pontos • médio – 8 pontos • ruim – zero FORMAÇÃO ACADÊMICA Você completou... • até o ensino médio – 40 pontos • até a faculdade – 60 pontos INGLÊS Sua fluência é... • boa – 15 pontos • média – 8 pontos • ruim – zero Caso você fale uma terceira língua, acrescente 20 pontos se tem um bom domínio dela, ou 10 pontos, se tem um domínio regular. Sua imagem perante os colegas de trabalho é... • boa – 30 pontos • média – 15 pontos • ruim – zero Seus conhecimentos técnicos dentro da profissão... • bons – 25 pontos • médios – 13 pontos • ruins – zero” 47. UnB-DF Julgue se os itens a seguir apresentam, por meio de estruturas gramaticalmen- te corretas, informações coerentes com o teste do texto. ( ) quem tiver cursos complementares de pós-graduação será menos valorizado no mercado de trabalho. ( ) Conhecimentos de inglês são importantes, mas se forem substituídos por outro idioma – como, por exemplo, espanhol – a valorização será maior. ( ) Todo candidato que tiver conhecimentos técnicos ruins e domínio de informática médio terá “pontuação no teste” inferior a dez. ( ) A pontuação atribuída a uma boa imagem perante os colegas de trabalho corres- ponde: a de um curso de mestrado ou a de uma boa fluência em inglês acrescida da de um bom domínio de conhecimentos de informática.
  • 22. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 21 Texto para as questões 48 e 49. “Às vezes, gosto de viabilizar o Universo como a superfície de uma lagoa, cheia de vitórias- régias, as belas plantas flutuantes que aparecem em bandos, arquipélagos de ilhas verdes de tamanhos e formas variados. Cada planta é uma galáxia, e cada grupo de plantas é um agregado de galáxias. Claro, esse é um modelo bidimensional do Universo, pois estou me restringindo a visualizar a superfície da lagoa. Uma outra diferença importante é que o Universo está em expan- são, as distâncias entre galáxias e seus aglomerados, sempre aumentando, enquanto, em geral, lagoas não costumam estar em expansão. De qualquer forma, a imagem vale, senão pela sua precisão, pelo seu poder evocativo.” GLEISER, Marcelo. “As maiores estruturas do Universo”. In: Folha de S. Paulo, 27 ago. 2000. p. 29. Mais! 48. U. Salvador-BA A confissão do autor tem por objetivo revelar: a) uma grande sensibilidade, ao englobar duas realidades antagônicas na busca da har- monia universal; b) um momento de percepção da realidade, através de um discurso poético, meta- fórico; c) a emoção em face da semelhança entre o mundo da fantasia e o real; d) a preocupação com questões de ordem ecológica e transcendental. e) a exuberante natureza amazônica. 49. U. Salvador-BA Por inferência, o texto permite afirmar: a) Há múltiplas formas de enxergar o mundo. b) O espaço físico do mundo palpável é uniforme. c) As lagoas e as vitórias-régias são a síntese de um universo delimitado. d) A amplitude do universo é inversamente proporcional à imaginação do homem. e) O cosmo é constituído de espaços específicos para serem contemplados pelo artista. 50. Unifor-CE “Uma nova carta de Caminha Senhor, Posto que outros escreveram a Vossa Excelência sobre a nova do achamento dessa vossa terra nova, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Excelência, o melhor que eu puder, ainda que – para o bem contar e falar – o saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Excelência minha ignorância por boa vontade e creia bem por certo que, para alindar ou afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu. A terra em si é de muitos bons ares. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, é só estimular o turismo. Hotéis não há muitos, mas os poucos que existem são confortáveis, especialmente o que nos foi oferecido. E que não houvesse mais que uma pousada, isso bastaria.” SCLIAR, Moacyr. Folha de S. Paulo. 17/05/99. Considere as seguintes afirmações: I. Há, no primeiro período, considerando-se o uso atual, uma infração à norma culta, quanto à relação entre o pronome possessivo e o pronome de tratamento. II. Registra-se um propósito do narrador no sentido de se ater a um relato fiel a suas constatações e impressões pessoais. III. No segundo parágrafo, há uma referência nova, ausente no relato da carta original de Pero Vaz de Caminha. Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em: a) somente II. b) somente I e II. c) somente I e III. d) somente II e III. e) I, II e III.
  • 23. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 22 51. U.F. Uberlândia-MG Leia o poema seguinte e assinale a alternativa incorreta. “Macunaíma nos ajude Barriga de minha perna onde estás? na barriga do gorila Dedos de minha mão onde estão? na barriga do gorila Lobos de minha orelha onde estais? na barriga do gorila Cabeça do meu pau? na barriga do gorila Meu alegre coração onde estás? na barriga do gorila” SCHWARZ, Roberto, 26 poetas hoje. a) O poema não se refere à obra Macunaíma, de Mário de Andrade; é tão somente uma brincadeira que o poeta faz, dentro do universo irreverente da poesia marginal. b) O poema refere-se à obra Macunaíma, recuperando o episódio em que o herói come carne da perna de Curupira. c) O título do poema está na 1ª. pessoa do plural, enquanto o poema em sua totalidade está escrito na 1ª. pessoa do singular. Considerando que o sujeito lírico expõe senti- mentos que poderiam ser nossos o título do poema não está inadequado. d) O poema sugere que o “gorila”, metáfora de uma situação ou de um ente abominável, tem-nos espoliado bens físicos e espirituais: a capacidade de andar, escrever, ouvir, pensar e sentir. Para responder às questões de números 52 a 54, leia os textos a seguir. Texto 1 “Se um certo homem vem a ter cem ovelhas e uma delas se perder, não deixará ele as noventa e nove sobre os montes e irá à procura daquela que se perdeu? E, se por acaso a encontrar, certamente vos digo que se alegrará mais com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. Do mesmo modo, não é algo desejável para meu Pai, que está no céu, que pereça um destes pequenos.” Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Mateus 18:12. Texto 2 “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido, Porque, quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido, Que a mesma culpa, que vos ha ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada Glória tal, e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a, e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.” MATOS, Gregório de. Poesia Barroca. São Paulo: Melhoramentos. 52. F.M. Triângulo Mineiro-MG A idéia do Texto 1, à qual Gregório de Matos recorre, corresponde à: a) preocupação de Deus com todos os que seguem os seus ensinamentos; b) ira que Deus mostra em relação aos que pecam e deixam de seguir o caminho divino; c) expiação dos pecados para aqueles que ferem os ensinamentos do Criador; d) exaltaçãodasabedoriadeDeus,queexcluidasalvaçãoosquesedesviamdosantocaminho; e) preocupação especial de Deus com os que pecam e desviam-se do caminho divino.
  • 24. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 23 53. F.M. Triângulo Mineiro-MG O verbo destacado no Texto 1 significa: a) morra. d) peque. b) sofra. e) padeça. c) se perca. 54. F.M. Triângulo Mineiro-MG Pode-se entender, do texto 2, que Gregório Matos: a) reconhece seus pecados, mas não se arrepende deles, razão pela qual acredita que não será salvo; b) conversa com o Senhor, explicando-lhe que é uma ovelha tão importante quanto as demais e, por isso, merece a salvação; c) suplica pela salvação divina, pois está arrependido de todos os pecados que cometeu durante a sua vida; d) argumenta, chantageando o Senhor, pois, se Ele não o salvar entrará em contradição com a Sagrada Escritura; e) submete-se à vontade de Deus, deixando que Ele decida se o salva ou não. 55. Univali-SC “Opções diferentes no Estado Entre tantas datas comemorativas, algumas passam quase em branco e outras são exaustiva- mente lembradas. O Dia do Museu, comemorado hoje, talvez não precise de uma grande festa nacional, mas pode servir de momento de reflexão sobre a existência dessas instituições surgidas na antigüidade, “para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo expor para deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico”, conforme a definição do dicionário Aurélio. Santa Catarina possui cerca de 100 museus, de acordo com um levantamento da Gerência de Organização de Museus da Fundação Catarinense de Cultura. Eles estão espalhados por pelos menos 50 cidades. A palavra museu, vem do grego “mouseon”, que significa templo de musas. E as musas esco- lhidas nos municípios catarinenses são as mais variadas. Muitos museus são dedicados à história de cidade na qual estão sediados. Mas há também os arqueológicos, antropológicos, de artes, de armas, erguidos em homenagem à cerveja, ao vinho ou aos insetos, os religiosos, ecológicos, oceanográficos, os que reverenciam a colonização ou profissões, entre tantos outros que chegam a impressionar pela variedade de temas científicos e culturais.” SILVA, Marco Aurélio. Jornal de Santa Catarina, 18/05/00. Sobre o texto, assinale a alternativa correta. a) O objetivo do texto é explicar morfologicamente o significado da palavra museu. b) O texto preocupa-se em lembrar a importância de todas as datas comemorativas. c) É um texto informativo sobre uma data comemorativa pouca lembrada. d) O autor se utiliza da narração para argumentar sobre a necessidade dos museus. e) O texto sugere que os museus de Santa Catarina não são valorizados, visitados e res- peitados pelos catarinenses porque não há quem os preserve.
  • 25. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 24 Texto para as questões 56 e 57: “A carta de Pêro Vaz de Caminha Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi o contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500: “O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (...) Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a ninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra, e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! (...) Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço, e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenou para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de esconder suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadas e feitas. O Capitão mandou pôr por baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava- se por não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-se e adormeceram.” COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS. Fasc. I, Abril, SP, 1999. Vocabulário: Alcatifa – tapete, carpete. Fanadas – murchas. Coxim – almofada que serve de assento. 56. UFSC De acordo com o texto, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). 01. Pêro Vaz de Caminha, um dos escrivães da armada portuguesa, escreve para o Rei de Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e os tupiniquins. 02. Em E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão, nem a ninguém, fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia ou cate- goria social lusitanas. 04. O trecho ... e acenou para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos, evidencia que havia problemas de comunicação entre portugue- ses e tupiniquins. 08. Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos tupiniquins. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 57. UFSC A propósito do texto, é correto afirmar que: 01. A expressão ...folgou muito com elas... pode ser substituída por divertiu-se muito com as contas do rosário. 02. Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia muita riqueza na terra descoberta. 04. Pelo trecho ...E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acena- va para a terra... entende-se que os tupiniquins estavam dentro da embarcação portuguesa. 08. Os tupiniquins ficaram constrangidos com a presença dos portugueses e logo aban- donaram o navio. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
  • 26. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 25 Texto para as questões 58 e 59. “A história oficial tem sido contada do ponto de vista dos dominadores e não dos dominados. Essa perspectiva se inverte na entrevista abaixo, publicada na revista Isto é (21/7/99, p. 7-11), em que o índio tapuia Kaká Werá Jecupe analisa os 500 anos do descobrimento do Brasil, sob a ótica dos que habitavam o Novo Mundo quando os colonizadores europeus aqui chegaram, e fala do seu livro A terra dos mil povos. Apresentamos, a seguir, trechos dessa entrevista. ISTOÉ - O Brasil está se preparando para comemorar seus 500 anos. Para os povos indígenas, são anos de descoberta ou de invasão? Kaká - De desencontro. Desencontro que provocou e continua provocando situações gravíssi- mas. A realidade atual indígena não é fácil. Ainda hoje, em grandes áreas do País, é na base do tiro. Os interesses que provocam essas ações continuam os mesmos interesses econômicos: Hoje há um elemento a mais que são as indústrias farmacêuticas multinacionais que estão praticando a biopirataria, roubando todo o conhecimento ancestral que os povos indígenas detêm a respeito de ervas medicinais. ISTOÉ - E qual é a razão desse desencontro? Kaká - A semente desse desencontro está na sociedade que tem na sua estrutura de cultura a questão do ter e encontrou uma cultura aqui voltada para o ser. ISTOÉ - Os europeus chegaram trazendo o progresso, trataram aqui como primitivos. Como você pensa essa relação? Kaká - Para quem fundamenta a sua cultura no teor, a noção de progresso está a ver ao seu redor o acúmulo de bens materiais. A noção de progresso dos indígenas está em desenvolver a sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. É preciso que a civilização olhe para os índios com menos prepotência, até para perceber que ela está em colapso. (...) ISTOÉ - Nesses 500 anos, com o desaparecimento de centenas de etnias, qual foi o maior patrimônio que o Brasil já perdeu? Kaká - O patrimônio da sabedoria. O brasileiro não sabe da sua própria cultura. Tem todo um modelo insistindo no imaginário que vê o índio como um pobre coitado. Esses 500 anos oferecem a possibilidade de rever as suas raízes, ter a percepção desse patrimônio. ISTOÉ - Há um trecho em seu livro, A terra dos mil povos, em que você escreve: “De acordo com a nossa tradição, uma palavra pode proteger ou destruir uma pessoa. Uma palavra na boca é como uma flecha no arco.” O que significa exatamente a palavra para o índio? Kaká - Para o tupi-guarani, ser e linguagem são uma coisa só. A palavra tupuy designa ser. A própria palavra tupi significa em pé. Nosso povo enxerga o ser como um som, um tom de uma grande música cósmica, regida por um grande espírito criador, o qual chamamos de Namandu-ru- etê, ou Tupã, que significa o som que se expande. Um dos nomes da alma é neeng, que também significa fala. Um pajé é aquele que emite neeng-porã, aquele que emite belas palavras. Não no sentido de retórica. O pajé é aquele que fala com o coração. Porque fala e alma são uma coisa só. É por isso que os guaraniscayowas, por ilusão dessas relações com os brancos, preferem recolher a sua palavra-alma. Se matam enforcados (como vem acontecendo há cerca de dez anos, em Dourados, em Mato Grosso do Sul) porque a garganta é a morada do ser. Por aí você pode ver que a relação da linguagem com a cultura é muito profunda para o tupi-guarani. (...)” 58. UFMS Marque a(s) proposição(ões) verdadeira(s), de acordo com os trechos da entre- vista que você acabou de ler. 01. Para Kaká Jecupe, a tensão entre índios e brancos é um problema deste final de século, motivado pelo acirramento de interesses econômicos. 02. A biopirataria mencionada na entrevista consiste no roubo de ervas medicinais indí- genas pelas indústrias farmacêuticas multinacionais. 04. A base do desencontro entre índios e brancos está nos valores assumidos por cada uma dessas culturas, que são respectivamente o ter e o ser. 08. A noção do progresso relacionada ao ser desloca a questão do acúmulo de bens materiais para a do aprimoramento da criatividade. 16. Na opinião do escritor tapuia, ver o índio de forma menos prepotente levaria a civi- lização atual a voltar o olhar sobre si mesma para avaliar sua própria situação. 32. A representação do índio como “pobre coitado” é um dos estereótipos cultivados pelo imaginário nacional. 64. Os 500 anos de Brasil significam, para as etnias indígenas desaparecidas, a oportuni- dade de resgatar sua raízes culturais dilapidadas pelo progresso. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
  • 27. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 26 59. UFMS-MS Com base no trecho em que se discorre sobre a linguagem na visão do ín- dio, é correto afirmar que: 01. a linguagem, enquanto som, e o ser são elementos distintos, mas que se combinam harmoniosamente na constituição da “grande música cósmica”. 02. palavra, em tupi, significa “som em pé”. 04. natradiçãoindígena,apalavraévistacomoumaformadepodernasrelaçõesinterpessoais. 08. o termo “neeng-porã” não significa “belas-palavras” enquanto mero ornamento do discurso, tendo a ver com sentimento, emoção. 16. entendendo alma e fala como “uma coisa só”, os guaranis-cayowas da região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, vêem no gesto de pôr fim à vida a forma de fazer calar a palavra-alma. 32. a principal causa apontada por Kaká para justificar os suicídios ocorridos em Doura- dos é o desencanto que os índios passam a ter com sua própria língua e cultura, depois do contato com a língua e a cultura do homem branco. 64. na frase “Uma palavra na boca é como uma flecha no arco.”, a metáfora usada cria um efeito de sentido de realidade ao identificar a linguagem com uma arma de caça e guerra. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. Texto para as questões 60 e 61. Também o compositor Geraldo Espíndola retrata os fatos a partir do ponto de vista do índio na canção “Quyquyho” (LP Prata da Casa, 1982), cuja letra reproduzimos abaixo. “Quyquyho nasceu no centro entre montanhas e o mar Quyquyho viu tudo lindo tudo índio por aqui Indiamérica deu filhos foi Tupi foi Guarani Quyquyho morreu feliz deixando a Terra para os dois Guarani foi pro Sul, Tupi foi pro Norte e Formaram suas tribos cada um no seu lugar Vez em quando se encontravam pelos rios da América E lutavam juntos contra o branco em busca de servidão E sofreram tantas dores acuados no sertão Guarani foi pro Sul Tupi entrou no Amazonas Quyquyho na lua cheia Quer Tupi quer Guarani Quyquyho na lua cheia Quer Tupi quer Guarani.” 60. UFMS Os aspectos apontados, a seguir, podem ser encontrados em “Quyquyho”, exceto: 01. menção à origem comum das tribos Tupi e Guarani. 02. alusão ao deslocamento geográfico das duas tribos, provocado pela discórdia. 04. oposição índio feliz, nos primeiros tempos, versus índio sofredor, a partir da rela- ção com o branco. 08. noção que a terra pertence aos indígenas, pois a eles foi legada. 16. sugestão de uma relação harmoniosa entre a terra e o índio, ilustrada pela aglutina- ção dos termos índio e América. 32. presença de um forte sentimento ufanista. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 61. UFMS Reconheça abaixo o(s) item(ns) que representa(m) pontos comuns entre os tex- tos 1 (entrevista) e 2 (letra de música). 01. Referência à violência praticada pelo branco contra o índio. 02. Alusão ao “grande espírito” criador do Universo, denominado Namandu-ru-etê ou Tupã, e Quyquyho. 04. Uso da narração como forma de estruturação das idéias no texto. 08. Emprego de termos de origem indígena. 16. Indicação da(s) razão(ões) que explica(m) as divergências entre brancos e índios. 32. Visão ingênua e idealizada do índio. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
  • 28. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 27 As questões de números 62 a 64 referem-se ao texto que segue. “Natal 1961 Deslocados por uma operação burocrática – o recenseamento da terra – a Virgem e o carpintei- ro José aportam a Belém. “Não há lugar para essa gente”, grita o dono do hotel onde se realiza um congresso interna- cional de solidariedade. O casal dirige-se a uma estrebaria, recebido por um boi branco e um burro cansado do trabalho. Os soldados de Herodes distribuem elementos radioativos a todos os meninos de menos de dois anos. Uma poderosa nuvem em forma de cogumelo abre o horizonte e súbito explode. O menino nasce morto.” MENDES, Murilo. Conversa portátil. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1944. p. 1486. 62. Unifor-CE Pode-se inferir que o autor do texto: I. Atualiza a história de Cristo, adaptando o sentido da paixão cristã às duras condições de vida nas grandes cidades. II. Faz ver que, em nossa era, o advento de um Cristo seria impossível, em vista das atrocidades em que os homens se especializaram. III. Ironiza a corrida armamentista, comparando-a a fatos narrados em passagens bíblicas. Está correto somente o que se afirma em: a) I. d) I e II. b) II. e) II e III. c) III. 63. Unifor-CE Anacronismo. S.m. 1. Confusão de data quanto a acontecimentos ou pessoas. Com base na definição acima, do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o autor se vale intencionalmente de um anacronismo quando associa: a) a Virgem e o carpinteiro José à cidade de Belém; b) a fala do dono de um hotel à realização de um congresso; c) soldados de Herodes a elementos radioativos; d) nuvem em forma de cogumelo a súbita explosão; e) uma estrebaria a um boi branco e um burro cansado. 64. Unifor-CE O texto apresenta-se de forma predominantemente: a) narrativa, com narrador em terceira pessoa; b) narrativa, com narrador em primeira pessoa; c) descritiva, sobretudo nos três primeiros parágrafos; d) descritiva, sobretudo nos três últimos parágrafos; e) dissertativa, pois se apóia em argumentos encadeados. 65. Unifor-CE Atente para as seguintes afirmações: I. Na crônica moderna, o cotidiano pouco ou nenhum interesse tem; o que importa são as emoções profundas e intemporais do homem, anotadas em estilo elegante. II. No romance, mais do que no conto ou na novela, as personagens ganham amplo desenvolvimento, as tramas se cruzam e os espaços de ação se multiplicam. III. No conto, o reduzido espaço narrativo obriga o narrador a selecionar e a concentrar as ações essenciais de suas poucas personagens num tempo quase sempre bastante limitado. Está correto o que se afirma em: a) II, somente; d) II e III, somente; b) I e II, somente; e) I, II e III. c) I e III, somente;
  • 29. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 28 Texto para as questões de 66 a 69. “Certo milionário brasileiro foi traído pela esposa. Quis gritar, mas a infiel disse-lhe sem medo: – “Eu não amo você, nem você a mim. Não temos nenhum amor a trair”. O marido baixou a cabeça. Doeu-lhe, porém, o escândalo. Resolveu viajar para a China, certo de que a distância é o esquecimento. Primeiro, andou em Hong Kong. Um dia, apanhou o automó- vel e correu como um louco. Foi parar quase na fronteira com a China. Desce e percorre, a pé, uma aldeia miserável. Viu, por toda a parte, as faces escavadas da fome. Até que entra na primeira porta. Tinha sede e queria beber. Olhou aquela miséria abjeta. E, súbito, vê surgir, como num milagre, uma menina linda, linda. Aquela beleza absurda, no meio de sordidez tamanha, parecia um delírio. O amor começou ali. Um amor que não tinha fim, nem princípio, que começara muito antes e continuaria muito depois. Não houve uma pala- vra entre os dois, nunca. Um não conhecia a língua do outro. Mas, pouco a pouco, o brasi- leiro foi percebendo esta verdade: – são as palavras que separam. Durou um ano o amor sem palavras. Os dois formavam um maravilhoso ser único. Até que, de repente, o brasileiro teve que voltar para o Brasil. Foi também um adeus sem palavras. Quando embarcou, ele a viu num junco que queria seguir o navio eternamente. Ele ficou muito tempo olhando. Depois não viu mais o junco. A menina não voltou. Morreu só, tão só. Passou de um silêncio a outro silêncio mais profundo.” RODRIGUES, Nelson. A cabra vadia: novas confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 66. UERJ Há uma contradição aparente entre as passagens “um amor que não tinha fim” e “durou um ano o amor sem palavras”. Essa aparente contradição se desfaz se procurarmos interpretar o texto relacionando-o aos seguintes versos da poesia brasileira: a) “quando o amor tem mais perigo é quando ele é sincero” (Cacaso). b) “Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure” (Vinícius de Morais). c) “e se te fujo é que te adoro louco és bela – eu moço; tens amor – eu medo! ...” (Casimiro de Abreu). d) “não é pois todo amor alvo divino, e mais aguda seta que o destino?” (Carlos Drummond de Andrade). 67. UERJ A esposa do milionário convenceu o marido. Para apresentar o seu argumento de uma forma completa, ela poderia utilizar a seguinte construção: a) “Toda traição envolve outro amor, ora, eu amo outro; logo, eu não amo você”. b) “Só se trai a quem se ama; ora, eu não te amava nem você me amava; logo, eu não te trai”. c) “Na dívida entre o amor e a traição eu escolhi, como mulher, o amor; logo, você não se deve sentir traído”. d) “Como você não me amava nem eu a você, ninguém tem culpa dessa traição; logo, cada um deve seguir a sua vida”. 68. UERJ O pequeno conto de Nelson Rodrigues narra o improvável encontro entre um milionário brasileiro e uma menina miserável do interior da China. O caráter improvável desse encontro pode ser lido como uma metonímia que tem função central na constituição do sentido do texto. Essa função é a de: a) revelar as obsessões do autor; b) marcar as repetições da narrativa; c) negar um amor para afirmar outro; d) ressaltar a dificuldade dos encontros amorosos.
  • 30. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 29 69. UERJ O narrador de um conto assume determinados pontos de vista para conduzir o seu leitor a observar o mundo sob perspectivas diversificadas. No conto de Nelson Rodrigues, a narrativa busca emocionar o leitor por meio do seguin- te recurso: a) expressa diretamente o ponto de vista do personagem milionário; b) expressa de maneira indireta o ponto de vista da personagem chinesa; c) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o do narrador; d) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o da personagem chinesa. 70. Univali-SC “Agonia pública Na cama, de olhos semicerrados, a boca aberta no esforço desesperado por ar, a cabeça sem cabelos, os olhos salientes pela magreza do doente terminal. No colo dele, uma fotografia tirada apenas dois meses antes daquele momento final. Na imagem, um homem robusto, musculoso e de farta cabeleira loira aparece com o filho pequeno nos braços. A divulgação das fotos chocantes foi o último desejo do moribundo, Bryan Lee Curtis, um americano de 34 anos devastado pelo câncer nos pulmões. O motivo para tornar pública a própria agonia foi a esperança de servir de alerta sobre os malefícios do cigarro. Enquanto agonizava, em 3 de junho, sua mãe ligou para o St. Petersburg Times, jornal da cidade de St. Petersburg, na Flórida, pedindo a presença de um fotógrafo. Às 11h56, Bryan morreu em casa, ao lado da mãe, da mulher, Bobbie, e do filho Bryan Jr., de 2 anos. Em poucos dias, o retrato de sua morte espalhou-se pelo mundo. (...)” Revista Veja, 30 de junho de 1999. Sobre o texto acima pode-se afirmar: a) Observa-se a predominância de figuras de linguagem que realça a narrativa. b) É um texto poético com intuito de relatar o drama vivido por um paciente terminal. c) É um texto jornalístico com elementos descritivos para caracterizar a situação do doente. d) É um pequena dissertação argumentativa contra o uso do tabaco. e) É pura e simplesmente uma narração. 71. Univali-SC “A reconstrução de Anita Ana Maria de Jesus Ribeiro mudou de nome e carimbou seu passaporte para a História aos 18 anos, quando abandonou o primeiro marido, um sapateiro, para embarcar no navio comandado pelo revolucionário italiano Giuseppe Garibáldi (1807–1882). Virou Anita. Dez anos depois, em 4 de agosto de 1849 – há exatos 150 anos –, com a cabeça a prêmio e perseguida pelo Exército austríaco, morreu nos braços de Garibáldi, numa fazenda em Mandriole, 400 quilômetros ao nordeste de Roma, na Itália. Lá, é venerada como heroína da unificação. Mas, no Brasil, onde nasceu e combateu ao lado de rebeldes republicanos na Revolução Farroupilha (1835–1845), é quase desconhecida. Tanto que só passou a existir, oficialmente, há três meses. Só no último dia 11 de maio, o cartório de Laguna, em Santa Catarina, por iniciativa da Câmara Municipal, expediu o chamado mandado de registro de nascimento tardio. O documento afirma que Ana Maria de Jesus Ribeiro nasceu em Laguna, em 30 de agosto de 1821. Ninguém sabe se a data e o local estão corretos. Naquela época não existia certidão de nascimento e o chamado “assento de batismo” jamais foi encontrado.” MARKUN, Paulo. Superinteressante, agosto de 1999. Observe as afirmações abaixo: I. O autor isenta-se de opinar a respeito do assunto. II. O autor chama a atenção para a desvalorização em relação à história deAnita Garibáldi. III. O texto é um relato poético da vida de Anita Garibáldi. IV. Este trecho sintetiza um pouco a vida heróica de Anita. V. Os parágrafos narram a trajetória da heroína catarinense Anita Garibáldi. Estão de acordo com o texto: a) somente a II. d) II, IV e V. b) I e III. e) somente a V. c) somente a III.
  • 31. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 30 72. Univali-SC “As armadilhas da lógica (...) Ele lecionava lógica de segunda a sábado para uma turma, digamos, efervescente. Aborre- cido com o mau desempenho de seus discípulos, um dia perdeu a paciência: “A partir de agora, vocês terão uma prova toda semana”, anunciou peremptoriamente. E ressaltou: “Como na vida o tempo é escasso e bem determinado, eu só avisarei de véspera que o teste será realizado. Assim, os senhores terão no máximo 24 horas para se preparar, e nada mais”. Assustados, os jovens se remexeram em suas carteiras. Um deles, porém, manteve a impassividade de quem tinha a certeza de ter encontrado uma brecha lógica. Depois de esperar que o evidente mau humor do mestre passasse, o jovem ponderou: “Profes- sor, rigoroso, porém justo e lógico como o senhor tem sido, quero acreditar que nunca poderá nos dar tal prova”. Antes que todos saíssem do estado de curiosidade e espanto, emendou. “O se- nhor, para ser coerente, nunca poderá reservar o sábado para nos testar, pois, como ele é o último dia com aulas na semana, ao terminarmos as aulas da quinta-feira e percebermos que não nos avisaram da prova da sexta-feira, então saberemos com 48 horas de antecedência que ela só poderá ser no sábado, contrariando sua própria norma de termos no máximo um dia de preparo”. “Parece-me justo”, afirmou o professor, que podia ser rigoroso mas não impermeável a um bom argumento. O estudante, no entanto, ainda não tinha terminado. “Se o senhor concorda, então, que o sábado está descartado, isso significa que sexta-feira é o último dia para aplicar o teste”, racioci- nou. “Assim, ao terminar a nossa aula de quarta-feira, se o senhor não nos avisar do teste na quinta, logo descobriremos, com 48 horas disponíveis, que a prova será na sexta-feira, contrarian- do mais uma vez a regra imposta”. Não foi necessário prosseguir. O mestre percebeu que havia caído numa armadilha da lógica ao formular uma regra impossível de ser coerentemente seguida. Pelo mesmo critério, ficariam preju- dicados os demais dias da semana. (...)” Luiz Barco. Após a leitura do trecho acima, retirado da revista Superinteressante de maio de 1999, pode-se pressupor que o autor pretende: a) fazer que os professores não se utilizem da “prova” para forçar seus alunos a estudar; b) mostrar que há lógica matemática até em pequenas situações do dia-a-dia; c) reafirmar que o “aluno sempre tem razão”; d) provar que o cálculo realizado pelo aluno está equivocado; e) chamar a atenção para a lógica como armadilha, portanto, não deve ser usada em todos os casos. 73. Unb-DF O texto poético pode servir de base ao texto publicitário; porém, às vezes, é este que fundamenta aquele. Relacionando essa observação ao texto acima, julgue os itens que se seguem. ( ) O texto é uma paródia da embalagem original de um produto. ( ) O modo como foi desenhada a letra inicial de “Clichetes” permite a leitura musi- cal, financeira e política da mensagem. ( ) No texto, “MASCARAR” está para mascar assim como “MENTAL” está para menta. ( ) Esse é um texto característico da literatura que se propagou no Brasil a partir de 1922 como uma espécie de crítica ao imperialismo norte-americano.
  • 32. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 31 74. UFGO O poema abaixo é de José Paulo Paes. “À IMPROPRIEDADE De cearense sedentário De carioca cerimonioso baiano lacônico gaúcho modesto mineiro perdulário paulista preguiçoso Deus nos guarde. Deus nos livre e guarde.” Interpretando-se os sentimentos do poema, pode-se afirmar que: ( ) em seu sentido global, o poema reafirma os estereótipos a respeito dos diversos tipos de brasileiro. ( ) o poema construído com antíteses parcialmente implícitas: ao conceito de “cearen- se sedentário”, por exemplo, opõe-se “cearense migrante”. ( ) o poema é bem-humorado por causa das inversões de sentido utilizadas pelo autor. ( ) o título “À impropriedade” funciona como um ornamento dispensável ao texto, sem manter assim relações de sentido com o poema. INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue os itens das questões de 75 a 77. “UM DIA QUALQUER - 66583624 (Chico Amaral) Na espuma das ondas As meninas se lançam As cadeiras redondas Onde as ondas se amansam Todo dia é na praia Todo minuto é pra um Todo dia é todo o tempo O tempo todo, tempo algum Eu passei lá na vila Ele é de Vila Isabel Meu nego meu jongo Hoje eu chego na barra do céu Você me entenda Dança de Oxum é assim Se joga no mundo Cai nas ondas e volta para mim Hoje é final de século Hoje é um dia qualquer Você vai ao cinema Ou toma um foguete, ou toma um café Hoje bobagem, drama Hoje é um dia comum Você deita na cama Com os pés no século vinte e um Então corre pra ver Então fica para ver Então corre pra ver Beleza do mundo descer Toda rua começa Onde acaba o meu mal De conversa em conversa Eu já passei da capital Era um filme domingo Penas do paraíso Eu só guardo o que me ensinou que tocar é preciso” (CD–SKANK) 75. UFMT ( ) Lendo somente as palavras em negrito, pode-se perceber que a imagem de vida do eu lírico permanece inalterada mesmo com a proximidade do século vinte e um. ( ) No texto, predomina a narração com a manutenção da unidade temática. ( ) A linguagem do texto é marcada pela logicidade e linearidade. ( ) O texto ressalta a uniformidade da formação cultural brasileira: branca, européia e cristã. 76. UFMT ( ) Na primeira estrofe, concretiza-se uma paródia do célebre poema de Bandeira: “a onda anda/aonde anda/a onda?”. ( ) Há também na primeira estrofe um traço erotizante traduzido pela imagem ...ca- deiras... onde as ondas se amansam. ( ) O espraiar das ondas é sugerido pela reiteração de fonemas nasais em toda a estrofe primeira. ( ) A última linha do texto estabelece intertextualidade com os versos “Navegar é preciso/ viver não é preciso”, revelando, assim como estes, o sentido da vida para o eu lírico.
  • 33. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 32 77. Unifor-CE “Bem quisera ter mais intimidade com ela, falar-lhe de minhas dúvidas, de minhas fraquezas, de meus receios. Mas somos nesta casa uma família de estranhos. Assalta-me freqüentemente a impressão de que vivemos num alojamento de emigrantes, que só a língua têm em comum. Revolto-me contra mim mesmo, pois suponho ser em parte o causador desse mal-estar. Minha natureza cria embaraços à aproximação de uns aos outros. Vivem constrangidos, sem liberdade, como que em presença de um inválido.” O trecho acima apresenta características evidentes de: I. Narração em primeira pessoa, com predomínio do tom reflexivo e de marcas de aná- lise psicológica. II. Dissertação, voltada para a exterioridade das ações e marcada por um tom de convicção. III. Prosa poética, apoiada em figuras de linguagem e empenhada na expressão do mun- do imaginário em que vive o autor. Está correto somente o que está caracterizado em: a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. As questões de números 78 a 80 baseiam-se no texto abaixo. “Hoje não escrevo Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares de assuntos. Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com o maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário. (...) Que é isso, rapaz. Entretanto, aí está você, casmurro e indisposto para a tarefa de encher o papel de sinaizinhos pretos. Conclui que não há assunto, quer dizer: que não há para você, por- que ao assunto deve corresponder certo número de sinaizinhos, e você não sabe ir além disso, não corta na verdade a barriga da vida, não revolve os intestinos da vida, fica em sua cadeira assuntan- do, assuntando. Então hoje não tem crônica.” Carlos Drummond de Andrade. 78. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações: I. A ação de escrever priva, por vezes, o escritor de usufruir de coisas simples do cotidiano. II. Não basta haver variedade de assunto; escrever exige predisposição e inspiração. III. O escritor empenha-se em produzir textos de qualidade superior à daqueles escritos por simples falantes da Língua. Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em: a) somente II; d) somente II e III; b) somente I e II; e) I, II e III. c) somente I e III; 79. Unifor-CE De acordo com o último parágrafo do texto: a) momentos de reflexão são importantes para que o assunto venha a ocupar a mente daquele que escreve; b) escrever bem implica sensibilidade e talento na percepção da matéria a ser explorada na escrita; c) a indisposição para a tarefa de encher o papel de sinaizinhos pretos é própria das pessoas casmurras; d) a falta, bem como a abundância de assunto, depende das condições intelectuais da- quele que escreve; e) letras e escritor embaralham-se no momento de passarem a expressão das idéias para o papel.
  • 34. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 33 80. Unifor-CE No fragmento “reflexos no espelho (infiel) do dicionário”, o adjetivo infiel denota que: a) nem sempre o significado dicionarizado das palavras satisfaz plenamente a busca da- quele que escreve; b) as palavras dicionarizadas perdem a essência de seu significado, uma vez contextuali- zadas; c) o emprego adequado da palavra decorre da atividade de consulta ao dicionário; d) há matizes de significado entre as palavras arroladas na mesma série sinonímica; e) o escritor não pode dispensar o auxílio do dicionário – o que lhe garante a perfeição do texto. As questões de 81 a 84 referem-se ao seguinte texto: “Os Jardins Sempre olhei para os jardins com doçura e gratidão. Eles são as minhas aldeias. Tão sos- segados! Só nos jardins há amores-perfeitos. Aquele jardim era meu amigo. Tinha uma árvore, um jardineiro risonho, mas triste, com qualquer coisa de gato e de mulher. E tinha canteiros de rosas. Era um Jardim sereno. Sábado. Quem pode vai para fora. Os outros ficam aqui mesmo. Imagine o campo, logo mais. A noite caindo sem desastres. O cheiro de terra. Uma voz de água no silêncio. Ah! dormir com o sentimento de pôr, nos olhos e nas mãos, amanhã, bem cedo a luz que desce de um céu imenso perdido, luz cheia de sombras de asas. Lembro-me dela. Ela pousa, primeiro, nas árvores, como se dissesse – Bom-dia! Chega, depois até a gente tão simples, tão igual, como se convidasse – Não quer andar? Este desejo de viver no campo, que enche de ar refrigerante os meus sentimentos, não veio da cidade, com certeza. Veio, talvez, do tempo. Hoje, “ir para fora” tem um sentido mais libertador. Que bom ver outra vida! Que bom ouvir a outra face do disco!... É preciso gostar da vida. A vida arranja tudo pelo melhor, às vezes na realidade. Às vezes na imaginação, realidade de uso interno.” Álvaro Moreyra. 81. Cesgranrio “Eles são as minhas aldeias. Tão sossegados! Só nos jardins há amores- perfeitos.” No texto, as palavras destacadas conotam, respectivamente: a) esconderijo e flor silvestre; d) proteção e felicidade; b) lugarejo e beleza natural; e) segurança e incerteza. c) solução e realidade; 82. Cesgranrio A caracterização do jardineiro “com qualquer coisa de gato e de mulher” corresponde, semanticamente, a: a) meio arredio e misterioso; d) bastante descrente e desiludido; b) muito arredio e pouco confiável; e) com certa melancolia e pouca sinceridade. c) pouco desconfiado e muito observador; 83. Cesgranrio O texto estrutura-se com períodos curtos. Semanticamente, essa construção caracteriza a: a) realidade e a expressão dos anseios do narrador; b) narração e a relação realidade-imaginação; c) sensibilidade e o contraste do sentimento com a razão; d) fantasia e a irrealização pessoal do narrador; e) reflexão e a progressiva introspecção do narrador. 84. Cesgranrio A palavra ou expressão que marca o ingresso no imaginário é: a) “amores-perfeitos”. d) “céu imenso perdido”. b) “Sábado”. e) “luz cheia de sombras de asas”. c) “cheiro de terra”.
  • 35. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 34 85. Univali-SC “A Tecnologia aproxima os empresários Telefone e Internet são importantes ferramentas na hora de fechar negócios. As novas tecnologias da informação têm modificado a forma de os empresários apresentarem seus produtos ao mercado potencial e fecharem negócios. Os almoços e jantares com clientes são cada vez menos freqüentes, sendo substituídos por apresentações e reuniões na empresa do futuro cliente. “Hoje em dia muitos negócios são fechados por telefone, fax ou e-mail”, garante o sócio gerente da Mega Sul Informática, empresa especializada em sistemas de automação co- mercial, Ingo Tirgarten. (...) A Mega Sul costuma apresentar seu produto na empresa do cliente em potencial e, a partir daí, o e-mail, o fax e o telefone são usados para manter contato permanente até o fechamento do negócio. (...) O presidente da empresa de seguros ADD Makler, Hans Dieter Didjurgeit, afirma que jantares e almoços funcionam com mais eficiência no pós-venda (...)” A idéia central do texto está na opção: a) Não se fazem mais negócios pelos métodos antigos, como almoços e jantares com o cliente em potencial. b) O telefone, o fax e o e-mail têm substituído muitos encontros com o cliente para fechamento de negócios. c) Há novas tecnologias no mercado que substituem o e-mail, o fax e o telefone. d) Todos os empresários, atualmente, sempre utilizam a tecnologia (telefone e internet) na hora de fechar negócios. e) A apresentação dos produtos que serão vendidos aos clientes devem ser apresentado via e-mail, fax ou telefone. 86. Univali-SC “Atenção ao estresse! Mas será que isso leva ao estresse? Estatísticas confiáveis dizem que pelo menos 30% dos brasileiros sofrem de estresse, uma das tantas doenças modernas. A psicóloga Marilda Lipp afir- ma: “Sob tensão pesada, o ser humano rende maravilhosamente durante algum tempo. Depois capota”. Uns dizem que o culpado é o trabalho. Será que é mesmo? Será que não é o resultado de uma certa maneira de viver? O homem, afirma Aldo Colombo, trocou o dia pela noite, aboliu o Domin- go, inventou a Internet, o celular..., e não desliga mais, é uma máquina nunca desligada: isto provoca circuito e, por vezes, desliga mesmo! O homem desaprendeu a viver; não sabe mais distribuir corretamente as 24 horas, fazendo uma coisa de cada vez, mantendo assim o humor e a alegria de viver. Os pobres humanos que estão no limiar do terceiro milênio devem reaprender a viver para não prepararem, para o Terceiro Milênio, uma sociedade totalmente estressada. É mais um desafio!” Missão Jovem, agosto de 1999. Observe as afirmações: I. 30% dos brasileiros sofrem de estresse. II. O estresse é uma doença moderna. III. A culpa para o estresse é não saber fazer uma coisa de cada vez. IV. O homem é uma máquina que nunca desliga. V. O desafio para o Terceiro Milênio é reaprender a viver. As idéias contidas no texto estão nos itens: a) I, II e IV. d) I, II e III. b) II, IV e V. e) todos os itens. c) II, III e V.
  • 36. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 35 87. UFPR Leia com atenção esta passagem introdutória de A Lógica da Investigação Cien- tífica (1934), de Karl Popper. “Costuma-se chamar de “indutiva” a uma inferência se ela passa de enunciados singulares (também chamados, algumas vezes, enunciados “particulares”), tais como as descrições dos resultados de observações ou experimentos, a enunciados universais, tais como hipóteses ou teorias. Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que se justifique inferir enunciados a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos; pois qualquer conclusão que obtemos dessa maneira pode acabar sendo falsa: não importa quan- tas ocorrências de cisnes brancos possamos ter observado, isto não justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos.” Segundo Popper, “indução” é: marque V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) A passagem de enunciados particulares a universais através de um inferência. ( ) Um método físico para o exame tanto das partículas quanto do universo. ( ) Um raciocínio cuja justificação lógica não é evidente. ( ) Um método impróprio no caso da zoologia, mas não das demais ciências. ( ) Um método lógico que nos permite concluir com segurança se certas teorias são validadas pela observação. 88. Univali-SC “No antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido. Sendo considerado como um animal santo. Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da deusa Bastet, fêmea do deus sol Rá. (...) Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas. Ele foi admirado por sua beleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente, ora um animal doce e afável), e apreciado ainda no século XI quando o rato negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveram- se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à feitiçaria. A igreja lhe virou as costas. (...) No século XVIII ele voltou majestoso e em perfeito acordo com os poetas, pintores e escritores que prestam homenagem à sua graça e à beleza de seu corpo.” Revista DC – Diário Catarinense – 25 de abril de 1999. São idéias presentes no texto: I. Enaltecer a figura do gato no mundo atual. II. Descrever a história dos gatos ao longo dos tempos. III. Justificar a importância dos gatos e dos ratos. IV. Citar superstições acerca dos gatos. V. Exemplificar as várias concepções a respeito dos gatos. VI. Metaforizar sobre os poderosos nos dias atuais. Dos itens acima, os que realmente caracterizam o texto são: a) II, IV e V. d) I, III e IV. b) I, II, III e VI. e) todos os itens. c) I, III e VI. 89. UFMT ( ) Ações corriqueiras são usadas no texto (estrofes 5 e 6) com intenção de apontar as alterações provocadas pela chegada do novo século. ( ) Os sentidos das estrofes 6 e 7 contradizem a postura revelada até então pelo eu lírico de atribuir desimportância à mudança de século. ( ) Na estrofe 6, o verso Com os pés no século vinte e um revela o jogo feito ao longo do texto entre mudanças e não-mudanças pelo passar do século. ( ) Uma leitura possível dos versos Era um filme domingo/Penas do paraíso volta-se aos filmes vistos aos domingos que versavam sobre a dualidade sofrimento e feli- cidade. ( ) Na estrofe 8, percebe-se a preocupação do produtor do texto em registrar o sentido literal das palavras e expressões.
  • 37. Língua Portuguesa - Interpretação de texto I IMPRIMIR Voltar GABARITO Avançar 36 Texto para as questões 90 e 91. “OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ (Gilberto Freyre) 1 Eu ouço as vozes 2 eu vejo as cores 3 eu sinto os passos 4 de outro Brasil que vem aí 5 mais tropical 6 mais fraternal 7 mais brasileiro. 8 O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados 9 terá as cores das produções e dos trabalhos. 10 Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças 11 terão as cores das profissões e regiões. 12 As mulheres do Brasil em vez das cores boreais 13 terão as cores variamente tropicais. 14 Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil 15 todo brasileiro e não apenas o bacharel e o doutor, 16 o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco. 17 Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil 18 lenhador 19 lavrador 20 pescador 21 vaqueiro 22 marinheiro 23 funileiro 24 carpinteiro 25 contanto que seja digno do governo do Brasil 26 que tenha olhos para ver pelo Brasil, 27 ouvidos para ouvir pelo Brasil, 28 coragem de morrer pelo Brasil, 29 ânimo de viver pelo Brasil, 30 mãos para agir pelo Brasil, 31 mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis. 32 ............... 33 Mãos todas de trabalhadores, 34 pretas, brancas, pardas, roxas, morenas, 35 de artistas 36 de escritores 37 de operários 38 de lavradores 39 de pastores 40 de mães criando filhos 41 de pais ensinando meninos 42 de padres benzendo afilhados 43 de mestres guiando aprendizes 44 de irmãos ajudando irmãos mais moços 45 de lavadeiras lavando 46 de pedreiros edificando 47 de doutores curando 48 de cozinheiros cozinhando 49 de vaqueiros tirando leite das vacas chamadas comadres de homens. 50 Mãos brasileiras 51 brancas, morenas, pretas, pardas, roxas 52 tropicais 53 sindicais 54 fraternais. 55 Eu ouço as vozes 56 eu vejo as cores 57 eu sinto os passos 58 desse Brasil que vem aí.”