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JB NEWS
Informativo Nr. 430
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 02 de novembro de 2011
Índice desta terça-feira*
1. Almanaque
2. Herança Egípcia da Maçonaria (Ir. Hamilton Savi)
3. Nossa Missão (Ir. José Cássio Simões Vieira)
4. A Ata de Iniciação de Carlos Gomes (Repasse do Ir. Renato
Kadletz)
5. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
Livros Indicados
visite O Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
• Cálculos Periciais
• Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica
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1 – Almanaque
Hoje, 02. de novembro de 2011,
é o 306º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 59 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 676 - É eleito o Papa Dono
 1830 - Chopin deixa sua cidadezinha em direção à Varsóvia
 1889 - O território de Dakota é dividido em "do Norte" e "do Sul".
Simultaneamente os dois territórios são transformados em estados
 1895 - Primeira corrida de automóveis na América.
 1920 - O republicano Warren Harding é eleito presidente dos Estados Unidos da
América.
 1930 - Haile Selassie (nascido Tafari Makonnen ou Ras Tafari) torna-se o 111º
imperador da Etiópia
 1945 - Costa Rica e Libéria são admitidas como Estados-Membros da ONU
 1988 - Primeira propagação de um worm na Internet
 2004 - Nos Estados Unidos da América o presidente George W. Bush vence as
eleições contra John Kerry, sendo re-eleito.
Feriados e Eventos cíclicos:
Para a Igreja Católica, é o Dia dos fiéis defuntos, conhecido popularmente por Dia de
finados.
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1774:
Nasce Friederich Ludwig Schröeder, ator e erudito alemão, criador do
Rito que reformou e dignificou a Maçonaria alemã e que leva o seu nome.
1822:
José Bonifácio inicia perseguição aos Maçons: manda que o intendente de
polícia prenda Gonçalves Ledo “mesmo que para isso se use violências ou
gastos extraordinários (...) “Vossa Mercê fará o impossível, se for, para o
apanhar de qualquer forma”
1924:
Nasce em Florianópolis o Maçom Amaro Seixas Ribeiro Neto.
Autodidata, conquistou prestígio pelos seus estudos sobre astronomia e
folclore ilhéu. Foi membro da Academia Catarinense de Letras. Morreu em
Florianópolis a 23 de maio de 1984.
1966:
Fundação do Supremo Conselho de Israel.
2 – Herança Egípcia na Maçonaria
Ir Hamilton Savi,
Loja Manoel Galdino Vieira, 62 – GOSC
(Resumo da palestra proferida na
Loja Lealdade Ação e Vigilância)
HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA
VISÃO GERAL DO EGITO ANTIGO
Muito se escreveu sobre o Antigo Egito mas, foi somente depois da
descoberta da Pedra de Roseta, decifrada por Champollion (Jean-
François Champollion em 1799), o menino gênio, é que a leitura dos
hieróglifos tornou possível o entendimento confiável dos textos em
pedra ou em papiros. E isso aconteceu à época em que as conquistas
napoleônicas chegaram ao Egito.
Pedra de Roseta
As interpretações dos hieróglifos, até então, eram muito diversas e o
que se sabia do Egito era o que se podia interpretar através do livro
aberto da Arquitetura Sagrada e as interpretações de viajantes,
sábios e escritores impressionados com o que viam. Tem-se a
impressão que era o ponto de convergência como acontece
atualmente com aquelas pessoas que buscam, no primeiro mundo, a
complementação de sua formação com viagens ou programas de
estudo ou programas de doutorado. Teria acontecido isso também
com o Egito?
Entre os grandes viajantes que escreveram sobre o Egito, a literatura
cita Estrabão, Heródoto e outros apaixonados pela cultura do Nilo, o
grande celeiro da antiguidade. Sem contar o lendário Cristiano Rosa-
Cruz –teria realmente existido?- que teria ido buscar no Egito parte
de seus conhecimentos.
O Egito é ainda hoje uma pequena faixa de terra, uma pincelada
verde às margens de um dos rios mais importantes do mundo que
chegou a ser denominada por Homero de a “Dádiva do Nilo”. A
cultura geral bem como a cultura vinculada ao cultivo da agricultura,
nascia às suas margens. Regras de uso do solo foram estabelecidas
como as confissões de NUT. A riqueza advinda do solo renovado a
cada ano com as cheias do rio que era o termômetro de suas vidas.
Sem as águas dessas cheias, sem o Sol, que evaporava as águas,
que dava Luz e Calor não havia vida no Nilo. Poderia ser um
fenômeno natural em qualquer parte do Globo mas, no Egito, tinha
uma conotação diferente porque era mais sentido e por isso, vivido e
reverenciado.
A combinação de SOL, calor, umidade, matéria orgânica trazida pelo
rio, influenciou muito esse povo que vivia num oásis ao longo do Nilo.
A história da humanidade registrou, sem descontinuidade, o comando
mais longo da história conhecida da humanidade através da várias
dinastias dos Faraós. Porque esse fenômeno? Teria sido a união de
forças em torno de um mesmo problema? Teria sido o sistema de
crença de seus reis (faraós), que segundo consta, eram iniciado nos
Altos Mistérios, nos mistérios de Osiris? Seria o compromisso de seus
reis com os princípios de MAAT, a deusa da Verdade e da Justiça que
os fazia respeitar? O egiptólogo Chistian Jacques em sua série
romanceada Ramsés, ressalta bem esse aspecto.
O fato é que, ao longo do Nilo, que a cada ano trazia em suas águas
terras da África Central, e que formava uma considerável camada de
húmus, dava vida aos seus habitantes fornecendo alimentos
produzidos em suas terras fertilizadas pelas cheias. Talvez por essa
generosidade da natureza, os egípcios foram sempre agradecidos ao
Criador. Construíram templos ao longo do rio, construíram pirâmides
que ainda hoje desafiam cientistas e palpiteiros sobre qual teria sido
a sua finalidade.
O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES
O mistério das Pirâmides continua nos nossos dias. Teriam sido
construídas para serem túmulos dos Faraós? Teriam sido construídas
para serem utilizadas como câmaras de iniciação? Ninguém pode
afirmar de forma categórica qual é a resposta correta. Recentemente,
foi mostrada uma ampla entrevista / reportagem com os resultados
de pesquisas realizadas por astrônomos que constataram a relação
da posição geográfica das e pirâmides e a esfinge, que estão no
mesmo sitio, em Gizê, repetiam exatamente a posição da estrelas
principais da constelação de Orion.
Vista parcial da Pirâmide de Keops, no bairro de Gizê
O mesmo grupo analisou um outro misterioso sitio com construções
no Cambodja e Tihauanaco, esse último às margens do Lago Titicaca.
O fato comum entre elas foi o de que deslocando nas posições há
12.500 anos todas elas coincidiam com outras constelações o que
levou esses cientistas a afirmarem a possibilidade de que essas
edificações não foram ai construído ao acaso ou por mania de
grandeza de um Faraó ou de um rei ou chefe religioso. No caso das
Pirâmides –que parecem ser as mais estudadas – o mistérios em
torno de sua obra e finalidade são ainda muito grande. Tive o
privilégio de entrar na chamada “Câmara do Rei” na Grande Pirâmide
em Gizê. Não foi um período de meditação porque lá me encontrava
com uma meia dúzia de pessoas várias partes do mundo. Lá, todos,
em silencio, admirávamos as paredes vazias e um sarcófago sem
inscrições no meio da sala. Apenas, em uma das paredes, escrito em
italiano, a data e nome do “pesquisador” que descobriu a entrada que
deu acesso à Câmara. Teria sido construída para tumulo de um
faraó? Não acredito. Há poucos quilômetros dali, dentro do deserto, a
pirâmide escalonada de Sacará atribuída a Zozer ou Zozér.
E o mistério da Esfinge? Está lá, serenamente desafiando os tempos.
Parece, simbolicamente, induzir a mensagem que está descrita em
“Dogma e Ritual da Alta Magia”, de Eliphas Levi: “Aquele que aspira
ser um sábio e saber o grande enigma da natureza deve ser o
herdeiro e espoliador da esfinge: Deve possuir cabeça humana para
possuir a palavra, as asas de água para conquistar as alturas, os
flancos de touro para cavar as profundezas e as garras de leão para
preparar o lugar para si à direita, à esquerda, adiante e atrás”.
Muito ainda poderia ser dito nessa introdução. Citamos apenas alguns
tópicos que lembram a grandeza do Egito: O rio Nilo, Delta do Nilo,
ruínas de Memphis, a primeira capital, as ruínas de Tebas / Karnak,
Vale dos Reis, Manu, Ramsés II, Iknaton, Zozer, Alto e Baixo Egito,
Coroa Vermelha (Baixo Egito), Coroa Branca (Alto Egito), Biblioteca
de Alexandria, Tel-el-Amarna....
A MORTE PARA OS EGÍPCIOS
Uma análise superficial leva o estudioso admitir que o povo egípcio
vivia para a morte e, nesse contesto, o sacerdote tinha um papel
extremante importante e determinante sobre a população e sobre os
nobres do país. Ao longo da história oculta ou mística do Antigo Egito,
um personagem de nome HERMES DE TRISMEGISTER (Trimegister,
Trimegisto) que teria sido um sacerdote, iniciado, semi-Deus, semi-
homem, com atributos de Thot.
Não há uniformidade de opiniões com relação a data de seu
nascimento. Mesmo porque é um personagem lendário.Hermes de
Trismegister teria vivido em 2.700 AC segundo alguns e em 1939,
segundo outros, conhecido como o Três Vezes Ilustre ou Três Vezes
Grande (Três Vezes Poderoso teria vindo dessa analogia?) que na
Bíblia aparece como Melchisedech –que iniciou Abraão – e no Egito é
conhecido também como divindade Thot (e que se confunde com
Hermes de Trismegister).
Atribui-se a Hermes de Trismegister a criação de uma grande escola
de Mistérios no Antigo Egito, que teria assistido a instalação do Faraó
Amenotep IV (O Grande Mestre) e preparou seu sucessor. A ele são
atribuídos 42 trabalhos, entre eles: O Pastor de Hermes, O Livro dos
Mortos (Livro de Saída da Luz), a Tábua de Esmeraldas (Assim como
é em cima é embaixo –ou: é verdade verdadeira....)A Hermes é
atribuída, também: criador das Ciências e Artes, de Escolas de
Sabedoria, de Escolas de mistérios dando origem ao nome
HERMETISMO às ciências ocultas. Séculos mais tarde Hermes de
Trimegister teve influência na criação da Escola de Alexandria.
OS MISTÉRIOS EGIPCIOS
Os Mistérios egípcios eram instituições públicas mantidas pelo estado,
um verdadeiro centro de vida religiosa que operava em forma de
funil. Em principio, todas as pessoas poderiam entrar nas Escolas de
Mistérios, mas... poucos podiam seguir. O caminho de um iniciado
durava muitos anos. Neles –nos Mistérios-, os participantes tomavam
conhecimento das leis deste mudo e as leis que regem a vida após a
morte –de acordo com suas crenças- e como se preparar para
enfrentá-la.
No Antigo Egito, ao que nos parece, todos viviam para a Morte. Para
os iniciados, o prosseguimento na senda só de dava aos mais
preparados. Esses eram recebidos ritualistamente e admitidos sob
promessa de solene juramente de guardar segredo absoluto sobre
seus a que era submetido.
O que ensinavam? Ensinavam os Rituais de iniciação, da morte e da
ressurreição. A cerimônia visava mostrar a buscador a evolução do
Homem e o seu retorno à fonte divina: Ao TODO, ao COSMOS.
Os mistérios Egípcios eram classificados em Mistérios menores e
Mistérios Maiores. Os mistérios de Isis eram considerados Mistérios
menores. Os de Osíris, os Mistérios Maiores. Nos Mistérios menores o
candidato era preparado em todas as ciências da época. (Seriam as
matérias listadas na escada em caracol do segundo grau?).
Nos Mistérios Maiores, o estudante era preparado para os estudos
mais avançados e ocultos: aprendia sobre o plano mental, o céu, a
Câmara do Meio, aprendiam os segredos do domínio da mente. Os
iniciados tinham que passar pelas provas simbólicas do sofrimento,
morte e renascimento e ascensão de Osíris. Nessa etapa, o iniciado
vencia e se libertava de todas as ilusões.
Os grandes centros inciáticos no Antigo Egito estavam localizados nas
cidades de Saís, MênPhis, Tebas e Heliópolis, principalmente.
No Antigo Egito, segundo a maioria dos autores, as escolas iniciáticas
tinham um papel muito importante. No nosso entendimento, as
Escolas de Mistérios transformavam em religião os ensinamentos
externáveis: Os ensinamentos EXOTÉTICOS. Todavia, a componente
ESOTÉRICA era apenas transmitida aos iniciados que tinham
condições de continuar recebendo informações.
Fica até difícil, para um homem comum, entender o limite entre o
Faraó e ou a divindade. Em cada caso, os sacerdotes
desempenhavam um importante papel. Suponho que fossem como os
sacerdotes cristãos na Idade Média, os interlocutores habilitados
entre os homens e a divindade.
QUAL É A INFLUÊNCIA DA CULTURA DO ANTIGO EGITO NA
MAÇONARIA
As opiniões são contraditórias. Para nosso Irmão Castellani, há muita
balela em torno dessa herança. Todavia ele mesmo cita alguns traços
dessa herança: O Teto da Loja, as colunas, a lenda de Osíris (de onde
teria nascido a lenda de Hiran) e não vai muito mais longe.
Leadbeter, vai ao outro extremo: situa no Egito o nascimento da
Maçonaria. Todavia, maioria dos autores que se situam entre esses
dois extremos, aponta muitos outros elos entre o Antigo Egito e a
Maçonaria e, em especial, nos ritos ecocistas.
Vamos por partes. Para que possamos ter uma vaga idéia como a
cultura egípcia influenciou na Maçonaria é importante recapitular
alguns fatos bastante conhecidos de nossa história. Albert G. Mackey,
em “The History of Freemasonry” diz que a Maçonaria tem sua
componente histórica e sua componente tradicional. A primeira
refere-se a sua componente visível e altamente documentada. A
segunda refere-se aos seus aspectos de caráter secretos. Os aspectos
da história da Maçonaria com a criação do sistema de Obediência, são
bem conhecidos e no nosso horizonte histórico, como por exemplo:
 Em 24 de junho de 1717, na taberna O Ganso e a Grelha, nos
fundos da Catedral de São Paulo, em Londres, nascia a primeira
Obediência Maçônica do mundo com o nascimento da GRANDE
LOJA DE LONDRES (com a reunião da citada Loja mais as que
se reuniam Coroa, a Macieira e o Topázio e as Uvas);
 Entre os IIr.?. presentes estavam: George Payne, Antony Sayer
(que foi o primeiro Grão Mestre), John Theophilo Dasagullier
(que teve papel destacado no REAA) e o Reverendo James
Anderson.
O primeiro presidente –1o Grão-Mestre- foi Antony Sayer foi
nomeado poucos dias após a reunião.Outro fato importante é que
documentalmente, o grau de A.?. M.?. nasceu em 2 de fevereiro de
1356 em Londres. (Esse documento está na biblioteca da prefeitura
de Londres), segundo Xico Trolha em sua tradução de “Maçonaria
Dissecada” de Samuel Prichard – 1730, mesmo como profissionais, o
grau de Aprendiz já existia e foi incorporado aos rituais maçônicos.
Em 1721 os IIr.’. Dasaguillier e Anderson apresentaram ao Grão
Mestre George Payne uma proposta de constituição a qual Payne
entregou a um grupo de 14 “experts” que, depois de analisada e
aprovada foi editada em 1723 acabou sendo batizada como o nome
de Constituição de Anderson.O grau de C.?. M.?. nasceu nos idos de
1670 depois de uma longa discussão sobre o grau de APRENDIZ
SENIOR.
Até 1738, numa relação de ex-Grãos Mestres, continha apenas IIr.?.
com títulos de A.?. M.?. e C.?. M.?. embora em 1725 registrava-se o
nome dos primeiros Mestres Maçons. Até essa data existia, apenas, o
cargo de MESTRE da LOJA.
Porque contar essa história? Apenas para dizer que, até essa data, ao
que consta, não havia iniciações dos candidatos à Maçonaria como
temos hoje. Autores prudentes afirmam que existiam apenas
cerimônias de recepção aos novos membros dos profissionais das
“Corporações de Oficio”. Assim, há fortes evidências de que as
inserções de natureza hermética só foram introduzidas mais tarde
com a criação dos rituais com os nomes que conhecemos hoje: Rito
Escocês Antigo e Aceito, Rito Adonhiramita e outros (Xico Trolha cita
mais de 250 rituais).
Assim, se nós adotarmos como marco histórico a data da reunião das
quatro Lojas que culminou com a criação da Grande Loja de Londres,
e se admitirmos que Lojas isoladas –independentes ou não ter terem
em seus quadros maçons aceitos- começaram no século XII ou XIII e
como comprovamos pelos primeiros rituais a ausência de
“misticismo” nas reuniões dos nossos antepassados IIr.?., fica fácil
admitir a hipótese de Nicola Aslan de que a maçonaria se reunia em
Lojas de Mesa e que, aos poucos, foi admitindo em seu meio IIr.?.
com formação em Cabala, Alquimia, Astrologia, Rosacrucianismo e de
outras escolas iniciáticas. Assim, aos poucos, a recepção – iniciação -
passou a ser, certamente, uma atração a mais com a componente
hermética e mística. Com isso, passamos a ser herdeiros – ou
influenciados – por elementos das antigas escolas iniciáticas e, assim,
o Egito, direta ou indiretamente passou a ter uma significativa
influência na Maçonaria e de forma marcante em alguns rituais como
o R E A A.
Alguns ritos, como o R E A A, o rito Adonhiramita, tem uma forte
ligação com o Velho Testamento, com a Bíblia Judaico-Cristã,
transformando esses documentos em onda portadora, base temática
ou fonte das mensagens de moral e de ética para a Escola da
Maçonaria.
Moisés, uma das figuras fortes da Bíblia Judaica, como se sabe, teve
toda sua educação no Antigo Egito, como nobre, recebendo uma
formação palaciana como se preparado fosse para ser um futuro
Faraó. Moisés foi iniciado, freqüentou as mais importantes
bibliotecas, conviveu com sacerdotes egípcios e, foi ele quem
conduziu os hebreus à Palestina conduzindo os seus seguidores pelo
deserto, durante 40 anos deixando nas areias desse deserto durante
quase duas gerações. Foram os descendentes desses homens,
através de seu rei conhecido como Salomão, que construíram um
templo em honra ao Criador e que serviu de modelo à Maçonaria,
visto por muitos autores como o inicio da Maçonaria e fonte
importante da simbologia maçônica.
Quando um Maçom participa de uma sessão em uma Loja
adequadamente decorada para um dos ritos mais difundidos no
Brasil, lemos em suas paredes e em no interior do TEMPLO, nas
páginas desse livro aberto, que é a Loja a Simbólica, a presença
marcante de elementos da Cabala, do Judaísmo – no REAA- na Bíblia,
símbolos da Fraternidade Rosa-Cruz, símbolos da Alquimia, da
Astrologia e outros. Sabemos que direta ou indiretamente esses
símbolos ou vivências, passaram pelo Antigo Egito, da Grécia de
Pitágoras ou da Escola Pitagórica. Como no cristianismo, há na
maçonaria, um considerável sincretismo de símbolos, idéias ou uma
grande e deliciosa salada de várias escolas iniciática que tiveram
origem no Oriente e, mais especificamente, no Antigo Egito.
Parece evidente que a Bíblia, em particular, teve uma considerável
influência do Mundo Egípcio, através de seu iniciado Moisés. Ela – a
Bíblia - nos empresta passagens importantes tanto nos graus
simbólicos como nos Altos Graus, como onda portadora para as
nossas mensagens de Moral e de Ética e dos nossos princípios
maçônicos.
De forma mais objetiva, na leitura do ritual do grau de A.?. M.?.
publicado em 1730, destacamos algumas palavras que remetem aos
antigos ensinamentos, como:
 Loja consagrada a São João, vinculado aos solstícios de Verão,
no mundo Europeu, vinculado ao SOL, o Deus Sol (Solarium
dos romanos) e Rá dos Egipcios;
 Loja Justa e Perfeita;
 Números: TRÊS, CINCO, SEIS E SETE cujo simbolismo
numerológico nos remete a Pitágoras (Escola Pitagórica) ou à
Cabala hebraica);
 A idéia do SEGREDO iniciático, que nos remete ao Egito Antigo;
 GEOMETRIA da Loja vinculada às tradições egípcias onde
aparece o SOL, a Lua e, principalmente o TETO da LOJA
representando o CÉU e os pontos cardeais ligados aos cargos.
 Colunas (Pilares da Sabedoria, Força e Beleza) que nos remete
ao Egito Antigo;
 ESTRELA FLAMINGERA, orla dentada;
 Mobílias: Bíblia para DEUS, Compasso para o MESTRE e
Esquadro para o companheiro do Grêmio.
 Luzes da Loja associadas ao Sol, a Lua e Mestre da Loja. O VM
senta-se no Oriente, como o Sol. Os egípcios e os Celtas foram
adoradores do Sol e a eles associavam os seus deuses.
 Letra G, (quintessência);
 PILARES de 18 côvados de altura, com dois capitéis, romãs. Na
construção do Templo de Salomão essas colunas recordavam os
Templos egípcios.
 Câmara do Meio cujo acesso era feito por meio de uma escada
de sete degraus;
Como pode ser constatado, nesse ponto, em 1730, o ritual publicado
tinha alguns elementos que podem ser ligados à cultura hermética do
Antigo Egito, entre eles:
 Os números sagrados 3,5,6 e 7
 O Segredo
 Dimensões e orientação de LOJA;
 SOL, Lua, Terra...
 Letra G dentro de um triângulo eqüilátero (Que aparece
também com primeira letra do Tetragrama Sagrado: Yod, He,
Vau, He).
 Câmara do Meio;
 Dois Pilares;
 O Teto da Loja;
 Acesso a Câmara do Meio / Escada
 Hexagrama;
 Pentagrama / Estrela Flamígera;
 Lenda de Hiran.
Como é que esses elementos entraram nos rituais? Quando a
Maçonaria operativa passou a admitir, a ACEITAR profanos não
profissionais, pelas razões que a história bem explica, certamente
ingressaram para os quadros das Lojas pessoas com formação
cabalística, rosa-cruzes, hermetistas e, em geral, religiosos,
estudiosos alquimistas e outros. Onde é que a maioria dessas
correntes místico-religiosas foi buscar os seus ensinamentos? TODOS,
senão quase todos, foram buscar no velho Egito ou na Grécia (que
também foi buscar no Egito).
O Sol estaria na Loja apenas para decoração? A estrela Flamígera
estaria lá apenas para decorar? O Triângulo Sagrado com a primeira
letra do Tetragrama Sagrado seria apenas para decoração? Qual é o
papel do Menorah, o antigo símbolo da Árvore Sefirótica? E o
simbolismo da espada flamejante?
A Maçonaria é uma Escola iniciática. E, como diz Hercole Espoladore,
“A Maçonaria nos leva a descobrir o nosso EU. Ela coloca nas mãos do
iniciado os meios, as ferramentas para essa realização. Continua
afirmando que a Maçonaria é uma das últimas herdeiras das
Sociedades Iniciáticas antigas e utiliza a iniciação como ensinamento
de sua doutrina e esse ensinamento e é realizado pela interpretação
intuitiva e individual de seus símbolos”. Símbolos, como linguagem
universal, comunicam-se com o nosso subconsciente, não importando
de onde vieram ou onde foram gerados: sejam do Antigo Egito,
Antiga Grécia, entre os Celtas ou mesmo do Hinduísmo. Parece,
todavia, que o Egito foi uma das grandes fontes!
De uma forma geral, os símbolos, independente de sua origem:
Nos ajudam a perceber a existência de um Criador,Nos capacitam a
perceber a VERDADE;
Nos capacitam a uma visão do mundo superior as visões sectarista;
Tornam as pessoas mais esclarecidas em todos os planos;
Tornam melhor nossa missão sobre a Terra;
Melhor amar o nosso mundo e aos nossos Semelhantes;
Formar um cidadão que pratique a solidariedade humana;
Que pratique o BEM criando clima de felicidade humana.
Bibliografia:
1. Deuses Túmulos e Sábios.
2. Antigos Símbolos Sagrados, Ralph M. Lewis, F.R.C.
3. Símbolos Maçônicos, Xico Trolha, A Trolha.
4. A Vida Oculta na Maçonaria, C.W. Leadbeater, O Pensamento.
5. As Origens do Ritual da Igreja e na Maçonaria, H.P. Blavatky, O
Pensamento.
6. Os Papiros Sagrados de Hermes.
7. Corpus Herméticum – Discurso de iniciação A Tábua de Esmeraldas.
8. Maçonaria Dissecada, Samuel Prichard-1730, A Trolha.
3 – Nossa Missão
Ir José Cássio Simões Vieira
Mestre Instalado da ARLS
Theobaldo Varoli Filho – São Paulo
ossa ordem é composta por milhares de Irmãos, espalhados
pelo Universo, e cada um deles, como instrumento do
GADU, tem certa missão a cumprir.
Classicamente, como construtores sociais, contribuímos para a
elevação espiritual, cultural e social da Humanidade. Nesse sentido,
nossa missão assume conotações educativas.
De fato, a palavra educare dos romanos significa trazer para cima,
sentido conservado no francês élever e no inglês to bring up,
porque, verdadeiramente, a educação tem por finalidade elevar o
homem, desprendendo-o da animalidade primitiva, a ganga bruta
que pesa sobre ele ao nascer, como verdadeiro pecado original.
Como adquiriremos preparo para tal missão? Quem nos ensinará a
desempenhá-la?
N
Na medida em que nos esvaziemos de fórmulas pré-concebidas e
permitamos que a Maçonaria penetre em nosso espírito,
compreenderemos que esse preparo decorrerá mais do que
pudermos buscar por nossos próprios esforços e méritos do que por
algo que nos seja dado como receita mágica. Isso significa que, ao
longo da escalada ascencional que empreendemos sob os
auspícios da Maçonaria, será pelo nosso trabalho e mudança íntima
que iremos progredir, à custa de paciência e perseverança.
Nas várias escolas iniciáticas, desde a antiguidade, quando os
buscadores percorriam incomensurávies distâncias para chegar aos
templos onde seriam iniciados, sedentos dos ensinamentos dos
Mestres, davam-se conta de que a verdadeira iniciação, ou seja, a
Iluminação da consciência, não lhes viria senão quando estivessem
preparados interiormente, independente das condições de tempo e
espaço. Daí a repisada fórmula "Quando o discípulo está pronto, o
Mestre aparece".
É possível, sem dúvida, favorecer e auxiliar essa preparação. Aliás,
nisso repousa a finalidade do Tempo de Estudos, quando
procuramos oferecer explicações sobre o conteúdo moral, filosófico,
simbólico e mesmo esotérico dos trabalhos desenvolvidos em
nossas sessões.
Consideremos, por exemplo, o Grau de Aprendiz, calcado em sua
origem operativa.Quando falamos da transformação da Pedra Bruta
e Pedra Polida, por meio do adequado emprego de várias
ferramentas profissionais, particularmente o maço e o cinzel,
estamos ensinando, simbolicamente, que a meta a ser atingida é o
ensino da Moral, da preponderância do altruísmo sobre o egoísmo,
através do emprego de ferramentas psíquicas, que são as
qualidades e virtudes de nossa personalidade.
Não é por menos que a Maçonaria já foi definida como uma ciência
da moralidade, velada por alegorias e símbolos, para que seu
ensino se torne mais didático e não seja distorcido pelos profanos.
O fundamental, contudo, não é apenas esse aprendizado em nível
meramente intelectual. Além do mais, a missão educativa da
Maçonaria é essencialmente auto-educativa. Como poderemos
influir positivamente sobre a sociedade, se nós mesmos não nos
modificamos?
O que importa – e isso depende só de cada um – é nosso espírito
de busca, de uma consciência de nós mesmos, para descobrirmos
um sentido de vida que nos leve à auto-realização de nossas
potencialidades.
Tal é a verdadeira missão do Maçom, ou seja, a atualização de
algo de bom que, potencialmente, existe em seu interior,
independente de raça, classe ou credo confessional.
Nossa meta é a de construir um Templo Interno, um santuário
divino dentro de nós, que revele um motivo para agirmos em prol de
outrem, incondicionalmente, e não pela esperança de um prêmio,
aqui ou alhures, nem pelo temor a um castigo.
Nossa missão é a de podermos agir por amor à verdade eterna, que
aos poucos a Maçonaria nos ajudará a descobrir em nós mesmos,
verdade que nos libertará, isto é, nos tornará "homens livres e de
bons costumes".
4 – A Ata da Iniciação do Ir Carlos Gomes
Antonio Carlos Gomes
Repasse do Ir Renato Kadletz
VM Loja Manoel Galdino Vieira, 62 - GOSC
– Florianópolis
ATA DA INICIAÇÃO DE ANTONIO CARLOS GOMES
"Bal.: da Sessão do 24º dia do 5º mez do Anno de 5859 Hé
aberta a Loja em gr.: de Ap.: e com as formalidades de estilo p.
haver Nº sufficiente de Ir.: --- o bal.: da passada Ses.: não se lê por
não estar prezente o Ir.: Sec.: nem o Adj: --- A visista feita em
familia p. Ir.: do grao 3.: hé applaudida, retribuida e não coberta.
Achando-se na Cam.: de Ref.: os prof.: Antonio Carlos Gomes e
José Pedro de Sant´Anna Gomes aos quaes havião sido favoraveis
os escrutiios, disposta a loja em pezo na iniciação dos mesmos,
depois das provas e formalidades virão a luz, prestarão juramento,
forão proclamados e tomaram assento no topo da columna do Meio-
Dia. Estas brilhantes aquiziçoens são applaudidas, correspondidos
os app.: e não cobertos.
Hua sublime peça de arch.: imporvisada pelo Ir.: Dr. Mello Mattos
hé recebida com os applausos correspondentes a seo elevado grao,
retribuidos e não cobertos. Juntamente hé applaudida hua muito
brilhante peça de arch.: recitada pelo Ir.: Dr. Pinto Junior, delehado
do m.: P.:e Sup.: Cons.:; correspondidos os appalusos não são
cobertos. Hua peça de arch.: produz o tronco de proposições, que
fica sob malehte para ser lida na 1a. sess.: ecc.:
--- Dada a palavra a bem da ordem, o Ir.: 1º Vig.: Dr. Americo de
Oliveira declarou que o Ir.: 2º Vig.., Dr. Falcão Filho, partindo para o
Rio de Janeiro, encarregara-lhe de fazer sus despedidas á loja e
que lá estava prompto para cumprir seos decretos.
A sess.: de posse fica transferida para o dia 28 por inconvenientes -
-- o tronco de benef.: produzio quatro mil e cem réis (4$100) que
são entregues e carregados ao Ir.: Hosp.: --- Com as formalidades
de estilo levanta-se a ses.: - Eu, Joaquim Azevedo de Castro,
secr.: a tracei e transcrevi.
(ass.) A.O. Monteiro de Barros - 1º Vig.: servindo de Ven.:
J. Valle Jr. - servindo de 1º Vig.:
J. A. de Castro - Secr.’. "
Observações:
Carlos Gomes, como se pode ver, foi iniciado a 24 de junho de
1859, na Loja Amizade, a primeira da capital paulista (fundada a 13
de maio de 1832). Manoel de Sant´Anna Gomes, iniciado no
mesmo dia, era seu irmão carnal e também músico, como o pai de
ambos, Manoel José Gomes (o Maneco Músico). Nessa época, a
Loja pertencia ao Grande Oriente Brasileiro (da Rua do Passeio) e
só seria incorporada ao Grande Oriente do Brasil a 1º de julho de
1861, recebendo, no Cadastro das Lojas do GOB, o número 141. O
Venerável Mestre da Loja Amizade, na época da iniciação de Carlos
Gomes, era um padre, monsenhor Fortunato Gonçalves Pereira de
Andrade, que só não dirigiu a sessão, por se encontrar gravemente
enfermo.
Do livro "Amizade: a Primeira Loja Maçônica da História
de São Paulo” – Editora Amizade - 1996
O Maestro Antonio CARLOS GOMES, é uma das maiores figuras
da Música Latino-Americana, e o primeiro compositor brasileiro que
obteve grande sucesso, primeiro na Itália e, depois, em toda a
Europa. Nasceu em 11 de julho de 1836, na Cidade de Campinas,
no Estado de São Paulo, filho de Manuel José Gomes, mestre de
música na então Vila Real de Campinas, com quem Carlos Gomes,
ainda menino, iniciou-se na arte musical.
Até pouco mais de 20 anos, junto com seu irmão Manuel de
Sant’Ana Gomes, realizou festivais e concertos em sua cidade
natal. Por esta época, já compunha músicas religiosas, fantasias e
romances, desta época de sua juventude, destacamos a canção
romântica “Quem Sabe?”. Em 1860, deixou São Paulo e veio ao Rio
de Janeiro, com o objetivo de solicitar ao Imperador, D. Pedro II, os
meios para ingressar no Imperial Conservatório de Música, hoje
Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro, dirigido na época pelo Maestro Francisco Manuel da
Silva. Depois de um ano no Conservatório, montou sua primeira
ópera “A Noite do Castelo”, libreto (argumento ou letra da ação de
uma ópera) de Fernando dos Reis, no Teatro da Ópera Nacional do
Rio de Janeiro. Ainda no Brasil, em 1863, montou sua segunda
ópera “Joana de Flandres”, libreto de Salvador de Mendonça.
Devido ao seu grande talento, o Imperador enviou-o à Itália para
estudar no Conservatório de Milano, onde se formou “maestro
compositore” em 1866. Sua consagração aconteceu quatro anos
depois, em 1870, com a ópera “O Guarani”, libreto do poeta Antônio
Scalvini, baseado no romance de José de Alencar. A ópera
montada no Theatro La Scala de Milano foi aplaudida pela crítica e
pelo público e em várias versões tem sido montada nas principais
salas de espetáculos do mundo. Autor de magistrais obras
musicais, suas óperas principais são além de “O Guarani”, “Fosca”,
“Maria de Tudor”, “Salvador Rosa” e “O Escravo”. O Maestro
Antonio CARLOS GOMES morreu pobre, em 16 de setembro de
1896, sendo este ano, portanto, o centenário de sua morte. Apesar
de sofrer duras campanhas por haver vivido na Itália, no fim de sua
vida foi nomeado diretor do Conservatório do Pará, mas, já doente,
não conseguiu elevar aquela escola musical ao padrão que
desejava.
O Maçom Antonio CARLOS GOMES, viu a verdadeira luz, em 24 de
julho de 1859; iniciado na Gr.’. Ben.’. e Gr.’. Benf.’. Loja “AMIZADE”,
fundada em 13 de maio de 1832, ao Oriente de São Paulo. Do
balaustre da Sessão, destacamos o trecho transcrito da cópia do
balaustre que se encontra na Biblioteca do GOB, no Palácio
Maçônico do Lavradio: “É aberta a Loja em Grau de Aprendiz e com
as formalidades de estilo por haver número suficiente de Irmãos...
Achando-se na Câmara de Reflexões os profanos Antonio Carlos
Gomes e José Pedro de Sant’Anna Gomes, aos quais haviam sido
favoráveis os escrutínios, disposta a Loja em peso na iniciação dos
mesmos, depois das provas e formalidades estabelecidas pelas
Leis e usos Maçônicos foram iniciados, viram a luz, prestaram
juramento, foram proclamados e tomaram assento no tomo da
Coluna do Meio Dia. Estas brilhantes aquisições são aplaudidos
correspondidos os aplausos e não cobertos...
O Ir..
. Antônio Carlos Gomes foi, sem dúvida , o grande
acontecimento da Música Clássica Brasileira, além de ter sido o
maior compositor operístico das Américas no decurso do século
XIX. Nasceu em Campinas, província de São Paulo, Império do
Brasil, a 11 de julho de 1836, como um dos 25 filhos de Manuel
José Gomes, regente da banda local, com quem aprendeu os
rudimentos da arte musical. Aos 15 anos já compunha e aos 18
escreveu uma alentada Missa em homenagem ao pai.
Jovem ainda, deixou a terra natal e foi aprimorar a sua arte em São
Paulo, onde já havia feito amizade com jovens idealistas daquela
cidade, quando da ocasião de um concerto em Campinas, no
Teatro São Carlos, em abril de 1859. Ali foi ouvido por um grupo de
estudantes de Direito que haviam ido ao Teatro para conhecê-lo.
Nesse grupo havia muitos membros da LOJA AMIZADE, primeira
da Capital Paulista, fundada a 13 de maio de 1832 por sete
obreiros, cinco dos quais eram alunos da Academia de Direito de
São Paulo. Foi naquela Loja que, a 24 de julho de 1859, por
indicação de seus amigos, Carlos Gomes foi iniciado juntamente
com seu irmão, José Pedro Santanna Gomes, também músico e
compositor.
Morando numa república de estudantes, na Rua São José (hoje,
Líbero Badaró), compôs, enquanto fazia improvisos, a mais famosa
de suas modinhas: "Quem sabe?", tão ao gosto do II Reinado e de
autêntica inspiração nacional, principiando com estes deliciosos
versos: "Tão longe de mim distante, onde irá teu pensamento?".
Também nesse mesmo ano (1859) fez o "Hino Acadêmico", com
letra de Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, estudante de
Direito apresentado durante concerto em benefício da Sociedade de
Proteção aos Artistas, que muito depressa ficou célebre entre os
alunos da Faculdade de Direito de São Paulo.
Depois da passagem por São Paulo e de sua iniciação maçônica,
foi para o Rio de Janeiro, conseguindo ali, com a proteção da
Condessa de Barrai, que o Imperador o mandasse matricular no
conservatório de Francisco Manuel da Silva, autor da partitura do
Hino Nacional, que logo entusiasmou-se pelo jovem músico, ao qual
encomendou uma cantata, obra que lhe valeu medalha de ouro,
concedida pelo Imperador. Com outra cantata, estreada a 15 de
agosto de 1860, alcançou ser nomeado ensaiador e regente da
Ópera Nacional, cuja orquestra dirigiu e onde fez representar, no
ano seguinte, com êxito memorável, sua primeira ópera
denominada A NOITE NO CASTELO. Tal sucesso se renovaria,
numa repercussão ainda maior, dois anos mais tarde, ao ser
encenada outra ópera sua - JOANA DE FLANDRES. Foi então que
Pedro II lhe concedeu uma bolsa para que completasse e
aperfeiçoasse seus estudos na Europa.
Fixou-se em Milão (1864), onde foi aluno do Maestro Lauro Rossi e
onde obteve, em 1866, o título de Maestro Compositor. Foi ainda ali
que, certo dia, ouvindo um pregão anunciando a distribuição de um
folheto de "Ó GUARANI", tomou conhecimento do romance de José
Alencar, do qual encontrou um exemplar numa livraria local. Com
sua aguda sensibilidade pressentiu que havia ali uma ópera em
germe, um texto que facilmente poderia ser transposto para o nível
dramático em que música e poesia iriam harmoniosamente
complementar-se. Carlos Gomes encontrou inesperadamente, por
sorte, um argumento brasileiro, de que tanto necessitava para
inflamar-lhe o indesmentido patriotismo; argumento eloquente, belo,
dramático, próprio para uma grande Ópera.
O libreto, preparado pelo poeta Antônio Scalvino, continha o
seguinte resumo: "Este drama foi baseado no estupendo romance
de José de Alencar, célebre escritor brasileiro. Os nomes guaranis e
aimorés são os de duas das muitas tribos indígenas que ocupavam
as várias partes do território brasileiro antes que o portugueses
introduzissem ali a civilização européia. Segundo o autor, Peri era o
cacique dos guaranis. Essa tribo tinha uma índole mais dócil do que
as outras, principalmente a dos Aimorés que, além de antropófagos,
eram inimigos implacáveis dos brancos. Dom Antônio de Mariz,
personagem histórico e não fictício, foi um dos primeiros que
governaram a região da Guanabara em nome da Coroa Portuguesa
e que tombou, vítima dos mercenários europeus a seu serviço."
"O Guarani", no romance de José de Alencar, termina com uma
espécie de dilúvio e uma explosão que destrói simultaneamente o
Castelo de Paquequer, a horda dos mercenários e os guerreiros
aimorés e guaranis. Apenas a filha do fidalgo português, Ceci
(Cecília) se salva juntamente com Peri o cacique guarani.
Arrastados pela corrente do dilúvio, onde tudo era água e céu, Peri
e Ceci se salvam na cúpula de uma palmeira. O episódio do dilúvio
aparece unicamente no epílogo da obra de José de Alencar. No
libreto da ópera homônima de Carlos Gomes a cena foi omitida,
dada a impossibilidade de representá-la no palco. Na ópera, Dom
Antônio ateia fogo aos barris de pólvora. Segue-se tremenda
explosão. Desmorona o castelo, cujos escombros esmagam os
ocupantes.Ao fundo no topo de uma colina, pode-se vislumbrar Peri
e Cecília, unidos para uma eternidade nos laços do amor. É o
momento em que tanto Alencar quanto Carlos Gomes nos
transportam, em nível de Brasil, para o Primeiro Dia da Criação:
Ceci e Peri - Adão e Eva, índio e branca - assumem o papel de
nossos antepassados míticos.
Simbolicamente imprimiram em nossas faces, seus 170 milhões de
descendentes, seu traço ancestral comum.
Embora nenhum êxito de Carlos Gomes superasse o de "O
GUARANI", ele levanta problemas e perguntas que ultrapassam os
limites de uma obra de arte como, por exemplo, a destruição de
nosso passado indígena pelo poder do colonizador europeu, além
de muitas outras questões.
A estreia de "O GUARANI " ocorreu de 19 de março de 1870, no
teatro Scala de Milão e foi um enorme triunfo. Na oportunidade, o
compositor recebeu a ORDEM DA COROA do Rei Victor
Emmanuel. A estréia nacional aconteceu no Teatro Lírico Provisório
do Rio de Janeiro, a 2 de dezembro de 1870, no dia do 45°
aniversário do Imperador Dom Pedro II, que prestigiou o
acontecimento com sua presença e concedeu ao Ir..
. Carlos Gomes
a ORDEM DA ROSA. Nas duas estréias , a ópera ainda não tinha a
famosa Protofonia, só escrita em 1871 e que, até aquela data, era
substituída por um simples prelúdio. " O GUARANI" é a única ópera
latino-americana que, até hoje, se mantém em cartaz nos teatros do
Primeiro Mundo. Constitui, além disso, uma espécie de Segundo
Hino Nacional, especialmente sua triunfal Protofonia.
A carreira do compositor foi feita, daí para frente, quase que
unicamente na Itália, onde, com algumas exceções, todas as suas
óperas foram encenadas.
Sempre a serviço da música, continuou com o seu trabalho,
compondo: em 1873, "FOSCA", em homenagem ao Irmão; em
1874, "SALVATORE ROSA", dedicada a André Rebouças; em
1879, "MARIA TUDOR". dedicada ao Visconde de Taunay; em
1888, " LO SCHIAVO". dedicada à Princesa Isabel, sobre
argumento de conteúdo abolicionista; em 1891, "CÔNDOR"(título
mais tarde mudado para Odaléa), dedicada a Teodoro Teixeira
Gomes; em 1892, "COLOMBO", alusivo ao 4° Centenário da
descoberta da América. Dessas obras, unicamente "O ESCRAVO"
foi apresentado no Rio de Janeiro em homenagem à Princesa
Isabel. Segundo os críticos, a melhor música de Carlos Gomes é a
do Escravo, mas a melhor Ópera é a Fosca.
Em março de 1893, Carlos Gomes viajou para os Estados Unidos,
integrando a delegação brasileira à Exposição Universal
Colombiana de Chicago onde com muito sucesso dirigiu trechos de
"O Guarani", "Salvatore Rosa" e "Côndor".
No auge da sua carreira, o Ir.·. Carlos Gomes construiu nos
arredores de Milão, em Maggianico na província de Lecco, cidade
localizada a 43Km da capital, um palacete, cercado de quatro
hectares de bosques que fez questão de chamar VILA BRASÍLIA.
Recentemente a Prefeitura local homenageou o compositor
brasileiro restaurando a mansão e nela instalando a ESCOLA
CÍVICA DE MÚSICA. Apesar das várias adaptações ali
introduzidas, como o auditório de 400 lugares, permanecem ali as
enormes estátuas de Ceci e do Cacique Peri, personagens da
Ópera "O GUARANI", lembrando o passado nobre da mansão. VILA
BRASÍLIA é considerada até hoje um edifício monumental, descrito
pelos jornais da época como suntuosa, vasta e até principesca. O
gesto de Carlos Gomes de construir ali tão bela morada traduz sua
ideia de permanecer para sempre na Itália. Mas, não muito depois,
os belos anos terminariam. Três hipotecas vinham pesando sobre a
mansão que teve de ser vendida.
O fim do Império coincidiu com o declínio da carreira do compositor.
O novo regime republicano negou-lhe a pensão que solicitara
através do Ir ..
. Francisco Glicério. A atitude do Governo parecia
incompreensível, de vez que mérito e serviços prestados ao País
não faltavam ao solicitante. Além do mais, a maioria dos membros
do Governo era composta de maçons. Havia, contudo, uma razão e
que levava a todas as outras. Carlos Gomes era amigo e protegido
da Família Imperial que havia sido banida do País. Por fim,
amparado pelo influente Ir..
. Lauro Sodré, então Governador do
Pará, que lhe havia conseguido o cargo de Diretor do Conservatório
de Música de Belém, Carlos Gomes pôde voltar à Pátria em 1895,
mas já minado pela doença, desde que se diagnosticou a presença
devastadora de um câncer na boca, quase não chegou a tomar
posse no cargo. Em julho daquele mesmo ano, o Ir..
. Campos
Salles, Presidente do Estado de São Paulo, concedeu-lhe uma
pensão mensal de dois contos de réis. Foi um gesto nobre, mas
tardio, pois Carlos Gomes viria a falecer, em Belém, a 16 de
setembro de 1896, injustiçado pelo País que tanto amou, ao qual
tanto engrandeceu com sua arte excelsa. Como uma enorme
emoção passasse a dominar a sensibilidade nacional, o Governo
republicano viu-se compelido a rever suas posições em relação ao
ilustre Ir..
. que acabara de partir para o Oriente Eterno. O Ministro
da Marinha determinou então que o barco ITAIPU - mais tarde
rebatizado para CARLOS GOMES - transportasse o compositor
para sua terra natal. Foi preciso que o "amigo da Monarquia"
passasse para outro plano para que nas relações interpessoais o
sentimento fraterno, tão caro aos maçons, voltasse a prevalecer
sobre as Razões de Estado. Hoje, Antônio Carlos Gomes, é
considerado como o primeiro compositor do Brasil cuja arte
atravessou as fronteiras.
5 – Destaques JB
Dia de Finados
Em 998, o Abade de Cluny,Santo Odilon, instituiu a comemoração do dia de
Finados em todos os mosteiros que dele dependiam, estabelecendo que
fosse celebrada no dia seguinte à festa de Todos os Santos. O mundo
aplaudiu o decreto de Santo Odilon, a Santa Sé o adotou e tornou-se lei para
toda a Igreja Católica de rito latino (cfr. L'Année Liturgique, Dom
Guéranger). AOliynik
Loja Manoel Gomes
Mesmo no feriado terá a Loja Manoel Gomes, que se reúne
quinzenalmente, terá Sessão ao mais às 20h00 para cumprir
calendário anteriormente programado, em Grau de Aprendiz-
Maçom.
Palestra do Ir Morgado
O Ir. Geraldo Morgado Fagundes, MI da Loja Alferes
Tiradentes, estará na próxima semana proferindo duas
palestras. Fala no dia 7 (segunda-feira) na ARLS Acácia da
Arte Real nr. 50, sobre “MAÇONARIA: A Visão de uma
Escola de Mora Formando Construtores Sociais com Base
No R.:E.: A.: e A.”
No dia 10 estará na ARLS Padre Roma II discorrendo sobre
“A Incidência da Luz Solar Promovendo Alterações
Biológicas e Funcionais no Corpo Humano”
Acesse a Loja Alferes Tiradentes com as novidades do
Ir. Juarez: http://www.alferes20.org/
Agora, silêncio, por favor, eu estou ouvindo a
www.radiosintonia33.com.br
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Uma dobradinha incrível.
Rede Catarinense de Informações Maçônicas
Loja: “Cral. A. del Castillo” – Havana - Cuba
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Notícia maçônica sobre herança egípcia e mistérios das pirâmides

  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 430 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC) 02 de novembro de 2011 Índice desta terça-feira* 1. Almanaque 2. Herança Egípcia da Maçonaria (Ir. Hamilton Savi) 3. Nossa Missão (Ir. José Cássio Simões Vieira) 4. A Ata de Iniciação de Carlos Gomes (Repasse do Ir. Renato Kadletz) 5. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. Livros Indicados visite O Museu Maçônico Paranaense http://www.museumaconicoparanaense.com Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
  • 3. 1 – Almanaque Hoje, 02. de novembro de 2011, é o 306º. dia do calendário gregoriano. Faltam 59 para acabar o ano. Eventos Históricos:  676 - É eleito o Papa Dono  1830 - Chopin deixa sua cidadezinha em direção à Varsóvia  1889 - O território de Dakota é dividido em "do Norte" e "do Sul". Simultaneamente os dois territórios são transformados em estados  1895 - Primeira corrida de automóveis na América.  1920 - O republicano Warren Harding é eleito presidente dos Estados Unidos da América.  1930 - Haile Selassie (nascido Tafari Makonnen ou Ras Tafari) torna-se o 111º imperador da Etiópia  1945 - Costa Rica e Libéria são admitidas como Estados-Membros da ONU  1988 - Primeira propagação de um worm na Internet  2004 - Nos Estados Unidos da América o presidente George W. Bush vence as eleições contra John Kerry, sendo re-eleito. Feriados e Eventos cíclicos: Para a Igreja Católica, é o Dia dos fiéis defuntos, conhecido popularmente por Dia de finados. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1774:
  • 4. Nasce Friederich Ludwig Schröeder, ator e erudito alemão, criador do Rito que reformou e dignificou a Maçonaria alemã e que leva o seu nome. 1822: José Bonifácio inicia perseguição aos Maçons: manda que o intendente de polícia prenda Gonçalves Ledo “mesmo que para isso se use violências ou gastos extraordinários (...) “Vossa Mercê fará o impossível, se for, para o apanhar de qualquer forma” 1924: Nasce em Florianópolis o Maçom Amaro Seixas Ribeiro Neto. Autodidata, conquistou prestígio pelos seus estudos sobre astronomia e folclore ilhéu. Foi membro da Academia Catarinense de Letras. Morreu em Florianópolis a 23 de maio de 1984. 1966: Fundação do Supremo Conselho de Israel. 2 – Herança Egípcia na Maçonaria Ir Hamilton Savi, Loja Manoel Galdino Vieira, 62 – GOSC (Resumo da palestra proferida na Loja Lealdade Ação e Vigilância) HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA
  • 5. VISÃO GERAL DO EGITO ANTIGO Muito se escreveu sobre o Antigo Egito mas, foi somente depois da descoberta da Pedra de Roseta, decifrada por Champollion (Jean- François Champollion em 1799), o menino gênio, é que a leitura dos hieróglifos tornou possível o entendimento confiável dos textos em pedra ou em papiros. E isso aconteceu à época em que as conquistas napoleônicas chegaram ao Egito. Pedra de Roseta As interpretações dos hieróglifos, até então, eram muito diversas e o que se sabia do Egito era o que se podia interpretar através do livro aberto da Arquitetura Sagrada e as interpretações de viajantes, sábios e escritores impressionados com o que viam. Tem-se a impressão que era o ponto de convergência como acontece atualmente com aquelas pessoas que buscam, no primeiro mundo, a complementação de sua formação com viagens ou programas de estudo ou programas de doutorado. Teria acontecido isso também com o Egito? Entre os grandes viajantes que escreveram sobre o Egito, a literatura cita Estrabão, Heródoto e outros apaixonados pela cultura do Nilo, o grande celeiro da antiguidade. Sem contar o lendário Cristiano Rosa- Cruz –teria realmente existido?- que teria ido buscar no Egito parte de seus conhecimentos. O Egito é ainda hoje uma pequena faixa de terra, uma pincelada verde às margens de um dos rios mais importantes do mundo que chegou a ser denominada por Homero de a “Dádiva do Nilo”. A
  • 6. cultura geral bem como a cultura vinculada ao cultivo da agricultura, nascia às suas margens. Regras de uso do solo foram estabelecidas como as confissões de NUT. A riqueza advinda do solo renovado a cada ano com as cheias do rio que era o termômetro de suas vidas. Sem as águas dessas cheias, sem o Sol, que evaporava as águas, que dava Luz e Calor não havia vida no Nilo. Poderia ser um fenômeno natural em qualquer parte do Globo mas, no Egito, tinha uma conotação diferente porque era mais sentido e por isso, vivido e reverenciado. A combinação de SOL, calor, umidade, matéria orgânica trazida pelo rio, influenciou muito esse povo que vivia num oásis ao longo do Nilo. A história da humanidade registrou, sem descontinuidade, o comando mais longo da história conhecida da humanidade através da várias dinastias dos Faraós. Porque esse fenômeno? Teria sido a união de forças em torno de um mesmo problema? Teria sido o sistema de crença de seus reis (faraós), que segundo consta, eram iniciado nos Altos Mistérios, nos mistérios de Osiris? Seria o compromisso de seus reis com os princípios de MAAT, a deusa da Verdade e da Justiça que os fazia respeitar? O egiptólogo Chistian Jacques em sua série romanceada Ramsés, ressalta bem esse aspecto. O fato é que, ao longo do Nilo, que a cada ano trazia em suas águas terras da África Central, e que formava uma considerável camada de húmus, dava vida aos seus habitantes fornecendo alimentos produzidos em suas terras fertilizadas pelas cheias. Talvez por essa generosidade da natureza, os egípcios foram sempre agradecidos ao Criador. Construíram templos ao longo do rio, construíram pirâmides que ainda hoje desafiam cientistas e palpiteiros sobre qual teria sido a sua finalidade. O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES O mistério das Pirâmides continua nos nossos dias. Teriam sido construídas para serem túmulos dos Faraós? Teriam sido construídas para serem utilizadas como câmaras de iniciação? Ninguém pode afirmar de forma categórica qual é a resposta correta. Recentemente, foi mostrada uma ampla entrevista / reportagem com os resultados de pesquisas realizadas por astrônomos que constataram a relação da posição geográfica das e pirâmides e a esfinge, que estão no mesmo sitio, em Gizê, repetiam exatamente a posição da estrelas principais da constelação de Orion.
  • 7. Vista parcial da Pirâmide de Keops, no bairro de Gizê O mesmo grupo analisou um outro misterioso sitio com construções no Cambodja e Tihauanaco, esse último às margens do Lago Titicaca. O fato comum entre elas foi o de que deslocando nas posições há 12.500 anos todas elas coincidiam com outras constelações o que levou esses cientistas a afirmarem a possibilidade de que essas edificações não foram ai construído ao acaso ou por mania de grandeza de um Faraó ou de um rei ou chefe religioso. No caso das Pirâmides –que parecem ser as mais estudadas – o mistérios em torno de sua obra e finalidade são ainda muito grande. Tive o privilégio de entrar na chamada “Câmara do Rei” na Grande Pirâmide em Gizê. Não foi um período de meditação porque lá me encontrava com uma meia dúzia de pessoas várias partes do mundo. Lá, todos, em silencio, admirávamos as paredes vazias e um sarcófago sem inscrições no meio da sala. Apenas, em uma das paredes, escrito em italiano, a data e nome do “pesquisador” que descobriu a entrada que deu acesso à Câmara. Teria sido construída para tumulo de um faraó? Não acredito. Há poucos quilômetros dali, dentro do deserto, a pirâmide escalonada de Sacará atribuída a Zozer ou Zozér. E o mistério da Esfinge? Está lá, serenamente desafiando os tempos. Parece, simbolicamente, induzir a mensagem que está descrita em “Dogma e Ritual da Alta Magia”, de Eliphas Levi: “Aquele que aspira ser um sábio e saber o grande enigma da natureza deve ser o herdeiro e espoliador da esfinge: Deve possuir cabeça humana para possuir a palavra, as asas de água para conquistar as alturas, os flancos de touro para cavar as profundezas e as garras de leão para preparar o lugar para si à direita, à esquerda, adiante e atrás”. Muito ainda poderia ser dito nessa introdução. Citamos apenas alguns tópicos que lembram a grandeza do Egito: O rio Nilo, Delta do Nilo, ruínas de Memphis, a primeira capital, as ruínas de Tebas / Karnak, Vale dos Reis, Manu, Ramsés II, Iknaton, Zozer, Alto e Baixo Egito, Coroa Vermelha (Baixo Egito), Coroa Branca (Alto Egito), Biblioteca de Alexandria, Tel-el-Amarna....
  • 8. A MORTE PARA OS EGÍPCIOS Uma análise superficial leva o estudioso admitir que o povo egípcio vivia para a morte e, nesse contesto, o sacerdote tinha um papel extremante importante e determinante sobre a população e sobre os nobres do país. Ao longo da história oculta ou mística do Antigo Egito, um personagem de nome HERMES DE TRISMEGISTER (Trimegister, Trimegisto) que teria sido um sacerdote, iniciado, semi-Deus, semi- homem, com atributos de Thot. Não há uniformidade de opiniões com relação a data de seu nascimento. Mesmo porque é um personagem lendário.Hermes de Trismegister teria vivido em 2.700 AC segundo alguns e em 1939, segundo outros, conhecido como o Três Vezes Ilustre ou Três Vezes Grande (Três Vezes Poderoso teria vindo dessa analogia?) que na Bíblia aparece como Melchisedech –que iniciou Abraão – e no Egito é conhecido também como divindade Thot (e que se confunde com Hermes de Trismegister). Atribui-se a Hermes de Trismegister a criação de uma grande escola de Mistérios no Antigo Egito, que teria assistido a instalação do Faraó Amenotep IV (O Grande Mestre) e preparou seu sucessor. A ele são atribuídos 42 trabalhos, entre eles: O Pastor de Hermes, O Livro dos Mortos (Livro de Saída da Luz), a Tábua de Esmeraldas (Assim como é em cima é embaixo –ou: é verdade verdadeira....)A Hermes é atribuída, também: criador das Ciências e Artes, de Escolas de Sabedoria, de Escolas de mistérios dando origem ao nome HERMETISMO às ciências ocultas. Séculos mais tarde Hermes de Trimegister teve influência na criação da Escola de Alexandria. OS MISTÉRIOS EGIPCIOS Os Mistérios egípcios eram instituições públicas mantidas pelo estado, um verdadeiro centro de vida religiosa que operava em forma de funil. Em principio, todas as pessoas poderiam entrar nas Escolas de Mistérios, mas... poucos podiam seguir. O caminho de um iniciado durava muitos anos. Neles –nos Mistérios-, os participantes tomavam conhecimento das leis deste mudo e as leis que regem a vida após a morte –de acordo com suas crenças- e como se preparar para enfrentá-la. No Antigo Egito, ao que nos parece, todos viviam para a Morte. Para os iniciados, o prosseguimento na senda só de dava aos mais preparados. Esses eram recebidos ritualistamente e admitidos sob promessa de solene juramente de guardar segredo absoluto sobre seus a que era submetido.
  • 9. O que ensinavam? Ensinavam os Rituais de iniciação, da morte e da ressurreição. A cerimônia visava mostrar a buscador a evolução do Homem e o seu retorno à fonte divina: Ao TODO, ao COSMOS. Os mistérios Egípcios eram classificados em Mistérios menores e Mistérios Maiores. Os mistérios de Isis eram considerados Mistérios menores. Os de Osíris, os Mistérios Maiores. Nos Mistérios menores o candidato era preparado em todas as ciências da época. (Seriam as matérias listadas na escada em caracol do segundo grau?). Nos Mistérios Maiores, o estudante era preparado para os estudos mais avançados e ocultos: aprendia sobre o plano mental, o céu, a Câmara do Meio, aprendiam os segredos do domínio da mente. Os iniciados tinham que passar pelas provas simbólicas do sofrimento, morte e renascimento e ascensão de Osíris. Nessa etapa, o iniciado vencia e se libertava de todas as ilusões. Os grandes centros inciáticos no Antigo Egito estavam localizados nas cidades de Saís, MênPhis, Tebas e Heliópolis, principalmente. No Antigo Egito, segundo a maioria dos autores, as escolas iniciáticas tinham um papel muito importante. No nosso entendimento, as Escolas de Mistérios transformavam em religião os ensinamentos externáveis: Os ensinamentos EXOTÉTICOS. Todavia, a componente ESOTÉRICA era apenas transmitida aos iniciados que tinham condições de continuar recebendo informações. Fica até difícil, para um homem comum, entender o limite entre o Faraó e ou a divindade. Em cada caso, os sacerdotes desempenhavam um importante papel. Suponho que fossem como os sacerdotes cristãos na Idade Média, os interlocutores habilitados entre os homens e a divindade. QUAL É A INFLUÊNCIA DA CULTURA DO ANTIGO EGITO NA MAÇONARIA As opiniões são contraditórias. Para nosso Irmão Castellani, há muita balela em torno dessa herança. Todavia ele mesmo cita alguns traços dessa herança: O Teto da Loja, as colunas, a lenda de Osíris (de onde teria nascido a lenda de Hiran) e não vai muito mais longe. Leadbeter, vai ao outro extremo: situa no Egito o nascimento da Maçonaria. Todavia, maioria dos autores que se situam entre esses dois extremos, aponta muitos outros elos entre o Antigo Egito e a Maçonaria e, em especial, nos ritos ecocistas. Vamos por partes. Para que possamos ter uma vaga idéia como a cultura egípcia influenciou na Maçonaria é importante recapitular alguns fatos bastante conhecidos de nossa história. Albert G. Mackey, em “The History of Freemasonry” diz que a Maçonaria tem sua componente histórica e sua componente tradicional. A primeira refere-se a sua componente visível e altamente documentada. A
  • 10. segunda refere-se aos seus aspectos de caráter secretos. Os aspectos da história da Maçonaria com a criação do sistema de Obediência, são bem conhecidos e no nosso horizonte histórico, como por exemplo:  Em 24 de junho de 1717, na taberna O Ganso e a Grelha, nos fundos da Catedral de São Paulo, em Londres, nascia a primeira Obediência Maçônica do mundo com o nascimento da GRANDE LOJA DE LONDRES (com a reunião da citada Loja mais as que se reuniam Coroa, a Macieira e o Topázio e as Uvas);  Entre os IIr.?. presentes estavam: George Payne, Antony Sayer (que foi o primeiro Grão Mestre), John Theophilo Dasagullier (que teve papel destacado no REAA) e o Reverendo James Anderson. O primeiro presidente –1o Grão-Mestre- foi Antony Sayer foi nomeado poucos dias após a reunião.Outro fato importante é que documentalmente, o grau de A.?. M.?. nasceu em 2 de fevereiro de 1356 em Londres. (Esse documento está na biblioteca da prefeitura de Londres), segundo Xico Trolha em sua tradução de “Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard – 1730, mesmo como profissionais, o grau de Aprendiz já existia e foi incorporado aos rituais maçônicos. Em 1721 os IIr.’. Dasaguillier e Anderson apresentaram ao Grão Mestre George Payne uma proposta de constituição a qual Payne entregou a um grupo de 14 “experts” que, depois de analisada e aprovada foi editada em 1723 acabou sendo batizada como o nome de Constituição de Anderson.O grau de C.?. M.?. nasceu nos idos de 1670 depois de uma longa discussão sobre o grau de APRENDIZ SENIOR. Até 1738, numa relação de ex-Grãos Mestres, continha apenas IIr.?. com títulos de A.?. M.?. e C.?. M.?. embora em 1725 registrava-se o nome dos primeiros Mestres Maçons. Até essa data existia, apenas, o cargo de MESTRE da LOJA. Porque contar essa história? Apenas para dizer que, até essa data, ao que consta, não havia iniciações dos candidatos à Maçonaria como temos hoje. Autores prudentes afirmam que existiam apenas cerimônias de recepção aos novos membros dos profissionais das “Corporações de Oficio”. Assim, há fortes evidências de que as inserções de natureza hermética só foram introduzidas mais tarde com a criação dos rituais com os nomes que conhecemos hoje: Rito Escocês Antigo e Aceito, Rito Adonhiramita e outros (Xico Trolha cita mais de 250 rituais). Assim, se nós adotarmos como marco histórico a data da reunião das quatro Lojas que culminou com a criação da Grande Loja de Londres, e se admitirmos que Lojas isoladas –independentes ou não ter terem
  • 11. em seus quadros maçons aceitos- começaram no século XII ou XIII e como comprovamos pelos primeiros rituais a ausência de “misticismo” nas reuniões dos nossos antepassados IIr.?., fica fácil admitir a hipótese de Nicola Aslan de que a maçonaria se reunia em Lojas de Mesa e que, aos poucos, foi admitindo em seu meio IIr.?. com formação em Cabala, Alquimia, Astrologia, Rosacrucianismo e de outras escolas iniciáticas. Assim, aos poucos, a recepção – iniciação - passou a ser, certamente, uma atração a mais com a componente hermética e mística. Com isso, passamos a ser herdeiros – ou influenciados – por elementos das antigas escolas iniciáticas e, assim, o Egito, direta ou indiretamente passou a ter uma significativa influência na Maçonaria e de forma marcante em alguns rituais como o R E A A. Alguns ritos, como o R E A A, o rito Adonhiramita, tem uma forte ligação com o Velho Testamento, com a Bíblia Judaico-Cristã, transformando esses documentos em onda portadora, base temática ou fonte das mensagens de moral e de ética para a Escola da Maçonaria. Moisés, uma das figuras fortes da Bíblia Judaica, como se sabe, teve toda sua educação no Antigo Egito, como nobre, recebendo uma formação palaciana como se preparado fosse para ser um futuro Faraó. Moisés foi iniciado, freqüentou as mais importantes bibliotecas, conviveu com sacerdotes egípcios e, foi ele quem conduziu os hebreus à Palestina conduzindo os seus seguidores pelo deserto, durante 40 anos deixando nas areias desse deserto durante quase duas gerações. Foram os descendentes desses homens, através de seu rei conhecido como Salomão, que construíram um templo em honra ao Criador e que serviu de modelo à Maçonaria, visto por muitos autores como o inicio da Maçonaria e fonte importante da simbologia maçônica. Quando um Maçom participa de uma sessão em uma Loja adequadamente decorada para um dos ritos mais difundidos no Brasil, lemos em suas paredes e em no interior do TEMPLO, nas páginas desse livro aberto, que é a Loja a Simbólica, a presença marcante de elementos da Cabala, do Judaísmo – no REAA- na Bíblia, símbolos da Fraternidade Rosa-Cruz, símbolos da Alquimia, da Astrologia e outros. Sabemos que direta ou indiretamente esses símbolos ou vivências, passaram pelo Antigo Egito, da Grécia de Pitágoras ou da Escola Pitagórica. Como no cristianismo, há na maçonaria, um considerável sincretismo de símbolos, idéias ou uma grande e deliciosa salada de várias escolas iniciática que tiveram origem no Oriente e, mais especificamente, no Antigo Egito.
  • 12. Parece evidente que a Bíblia, em particular, teve uma considerável influência do Mundo Egípcio, através de seu iniciado Moisés. Ela – a Bíblia - nos empresta passagens importantes tanto nos graus simbólicos como nos Altos Graus, como onda portadora para as nossas mensagens de Moral e de Ética e dos nossos princípios maçônicos. De forma mais objetiva, na leitura do ritual do grau de A.?. M.?. publicado em 1730, destacamos algumas palavras que remetem aos antigos ensinamentos, como:  Loja consagrada a São João, vinculado aos solstícios de Verão, no mundo Europeu, vinculado ao SOL, o Deus Sol (Solarium dos romanos) e Rá dos Egipcios;  Loja Justa e Perfeita;  Números: TRÊS, CINCO, SEIS E SETE cujo simbolismo numerológico nos remete a Pitágoras (Escola Pitagórica) ou à Cabala hebraica);  A idéia do SEGREDO iniciático, que nos remete ao Egito Antigo;  GEOMETRIA da Loja vinculada às tradições egípcias onde aparece o SOL, a Lua e, principalmente o TETO da LOJA representando o CÉU e os pontos cardeais ligados aos cargos.  Colunas (Pilares da Sabedoria, Força e Beleza) que nos remete ao Egito Antigo;  ESTRELA FLAMINGERA, orla dentada;  Mobílias: Bíblia para DEUS, Compasso para o MESTRE e Esquadro para o companheiro do Grêmio.  Luzes da Loja associadas ao Sol, a Lua e Mestre da Loja. O VM senta-se no Oriente, como o Sol. Os egípcios e os Celtas foram adoradores do Sol e a eles associavam os seus deuses.  Letra G, (quintessência);  PILARES de 18 côvados de altura, com dois capitéis, romãs. Na construção do Templo de Salomão essas colunas recordavam os Templos egípcios.  Câmara do Meio cujo acesso era feito por meio de uma escada de sete degraus; Como pode ser constatado, nesse ponto, em 1730, o ritual publicado tinha alguns elementos que podem ser ligados à cultura hermética do Antigo Egito, entre eles:  Os números sagrados 3,5,6 e 7  O Segredo  Dimensões e orientação de LOJA;  SOL, Lua, Terra...
  • 13.  Letra G dentro de um triângulo eqüilátero (Que aparece também com primeira letra do Tetragrama Sagrado: Yod, He, Vau, He).  Câmara do Meio;  Dois Pilares;  O Teto da Loja;  Acesso a Câmara do Meio / Escada  Hexagrama;  Pentagrama / Estrela Flamígera;  Lenda de Hiran. Como é que esses elementos entraram nos rituais? Quando a Maçonaria operativa passou a admitir, a ACEITAR profanos não profissionais, pelas razões que a história bem explica, certamente ingressaram para os quadros das Lojas pessoas com formação cabalística, rosa-cruzes, hermetistas e, em geral, religiosos, estudiosos alquimistas e outros. Onde é que a maioria dessas correntes místico-religiosas foi buscar os seus ensinamentos? TODOS, senão quase todos, foram buscar no velho Egito ou na Grécia (que também foi buscar no Egito). O Sol estaria na Loja apenas para decoração? A estrela Flamígera estaria lá apenas para decorar? O Triângulo Sagrado com a primeira letra do Tetragrama Sagrado seria apenas para decoração? Qual é o papel do Menorah, o antigo símbolo da Árvore Sefirótica? E o simbolismo da espada flamejante? A Maçonaria é uma Escola iniciática. E, como diz Hercole Espoladore, “A Maçonaria nos leva a descobrir o nosso EU. Ela coloca nas mãos do iniciado os meios, as ferramentas para essa realização. Continua afirmando que a Maçonaria é uma das últimas herdeiras das Sociedades Iniciáticas antigas e utiliza a iniciação como ensinamento de sua doutrina e esse ensinamento e é realizado pela interpretação intuitiva e individual de seus símbolos”. Símbolos, como linguagem universal, comunicam-se com o nosso subconsciente, não importando de onde vieram ou onde foram gerados: sejam do Antigo Egito, Antiga Grécia, entre os Celtas ou mesmo do Hinduísmo. Parece, todavia, que o Egito foi uma das grandes fontes! De uma forma geral, os símbolos, independente de sua origem: Nos ajudam a perceber a existência de um Criador,Nos capacitam a perceber a VERDADE; Nos capacitam a uma visão do mundo superior as visões sectarista; Tornam as pessoas mais esclarecidas em todos os planos; Tornam melhor nossa missão sobre a Terra; Melhor amar o nosso mundo e aos nossos Semelhantes;
  • 14. Formar um cidadão que pratique a solidariedade humana; Que pratique o BEM criando clima de felicidade humana. Bibliografia: 1. Deuses Túmulos e Sábios. 2. Antigos Símbolos Sagrados, Ralph M. Lewis, F.R.C. 3. Símbolos Maçônicos, Xico Trolha, A Trolha. 4. A Vida Oculta na Maçonaria, C.W. Leadbeater, O Pensamento. 5. As Origens do Ritual da Igreja e na Maçonaria, H.P. Blavatky, O Pensamento. 6. Os Papiros Sagrados de Hermes. 7. Corpus Herméticum – Discurso de iniciação A Tábua de Esmeraldas. 8. Maçonaria Dissecada, Samuel Prichard-1730, A Trolha.
  • 15. 3 – Nossa Missão Ir José Cássio Simões Vieira Mestre Instalado da ARLS Theobaldo Varoli Filho – São Paulo ossa ordem é composta por milhares de Irmãos, espalhados pelo Universo, e cada um deles, como instrumento do GADU, tem certa missão a cumprir. Classicamente, como construtores sociais, contribuímos para a elevação espiritual, cultural e social da Humanidade. Nesse sentido, nossa missão assume conotações educativas. De fato, a palavra educare dos romanos significa trazer para cima, sentido conservado no francês élever e no inglês to bring up, porque, verdadeiramente, a educação tem por finalidade elevar o homem, desprendendo-o da animalidade primitiva, a ganga bruta que pesa sobre ele ao nascer, como verdadeiro pecado original. Como adquiriremos preparo para tal missão? Quem nos ensinará a desempenhá-la? N
  • 16. Na medida em que nos esvaziemos de fórmulas pré-concebidas e permitamos que a Maçonaria penetre em nosso espírito, compreenderemos que esse preparo decorrerá mais do que pudermos buscar por nossos próprios esforços e méritos do que por algo que nos seja dado como receita mágica. Isso significa que, ao longo da escalada ascencional que empreendemos sob os auspícios da Maçonaria, será pelo nosso trabalho e mudança íntima que iremos progredir, à custa de paciência e perseverança. Nas várias escolas iniciáticas, desde a antiguidade, quando os buscadores percorriam incomensurávies distâncias para chegar aos templos onde seriam iniciados, sedentos dos ensinamentos dos Mestres, davam-se conta de que a verdadeira iniciação, ou seja, a Iluminação da consciência, não lhes viria senão quando estivessem preparados interiormente, independente das condições de tempo e espaço. Daí a repisada fórmula "Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece". É possível, sem dúvida, favorecer e auxiliar essa preparação. Aliás, nisso repousa a finalidade do Tempo de Estudos, quando procuramos oferecer explicações sobre o conteúdo moral, filosófico, simbólico e mesmo esotérico dos trabalhos desenvolvidos em nossas sessões. Consideremos, por exemplo, o Grau de Aprendiz, calcado em sua origem operativa.Quando falamos da transformação da Pedra Bruta e Pedra Polida, por meio do adequado emprego de várias ferramentas profissionais, particularmente o maço e o cinzel, estamos ensinando, simbolicamente, que a meta a ser atingida é o ensino da Moral, da preponderância do altruísmo sobre o egoísmo, através do emprego de ferramentas psíquicas, que são as qualidades e virtudes de nossa personalidade. Não é por menos que a Maçonaria já foi definida como uma ciência da moralidade, velada por alegorias e símbolos, para que seu ensino se torne mais didático e não seja distorcido pelos profanos. O fundamental, contudo, não é apenas esse aprendizado em nível meramente intelectual. Além do mais, a missão educativa da Maçonaria é essencialmente auto-educativa. Como poderemos influir positivamente sobre a sociedade, se nós mesmos não nos modificamos?
  • 17. O que importa – e isso depende só de cada um – é nosso espírito de busca, de uma consciência de nós mesmos, para descobrirmos um sentido de vida que nos leve à auto-realização de nossas potencialidades. Tal é a verdadeira missão do Maçom, ou seja, a atualização de algo de bom que, potencialmente, existe em seu interior, independente de raça, classe ou credo confessional. Nossa meta é a de construir um Templo Interno, um santuário divino dentro de nós, que revele um motivo para agirmos em prol de outrem, incondicionalmente, e não pela esperança de um prêmio, aqui ou alhures, nem pelo temor a um castigo. Nossa missão é a de podermos agir por amor à verdade eterna, que aos poucos a Maçonaria nos ajudará a descobrir em nós mesmos, verdade que nos libertará, isto é, nos tornará "homens livres e de bons costumes".
  • 18. 4 – A Ata da Iniciação do Ir Carlos Gomes Antonio Carlos Gomes Repasse do Ir Renato Kadletz VM Loja Manoel Galdino Vieira, 62 - GOSC – Florianópolis ATA DA INICIAÇÃO DE ANTONIO CARLOS GOMES "Bal.: da Sessão do 24º dia do 5º mez do Anno de 5859 Hé aberta a Loja em gr.: de Ap.: e com as formalidades de estilo p. haver Nº sufficiente de Ir.: --- o bal.: da passada Ses.: não se lê por não estar prezente o Ir.: Sec.: nem o Adj: --- A visista feita em familia p. Ir.: do grao 3.: hé applaudida, retribuida e não coberta. Achando-se na Cam.: de Ref.: os prof.: Antonio Carlos Gomes e José Pedro de Sant´Anna Gomes aos quaes havião sido favoraveis os escrutiios, disposta a loja em pezo na iniciação dos mesmos, depois das provas e formalidades virão a luz, prestarão juramento, forão proclamados e tomaram assento no topo da columna do Meio- Dia. Estas brilhantes aquiziçoens são applaudidas, correspondidos os app.: e não cobertos. Hua sublime peça de arch.: imporvisada pelo Ir.: Dr. Mello Mattos hé recebida com os applausos correspondentes a seo elevado grao, retribuidos e não cobertos. Juntamente hé applaudida hua muito brilhante peça de arch.: recitada pelo Ir.: Dr. Pinto Junior, delehado do m.: P.:e Sup.: Cons.:; correspondidos os appalusos não são
  • 19. cobertos. Hua peça de arch.: produz o tronco de proposições, que fica sob malehte para ser lida na 1a. sess.: ecc.: --- Dada a palavra a bem da ordem, o Ir.: 1º Vig.: Dr. Americo de Oliveira declarou que o Ir.: 2º Vig.., Dr. Falcão Filho, partindo para o Rio de Janeiro, encarregara-lhe de fazer sus despedidas á loja e que lá estava prompto para cumprir seos decretos. A sess.: de posse fica transferida para o dia 28 por inconvenientes - -- o tronco de benef.: produzio quatro mil e cem réis (4$100) que são entregues e carregados ao Ir.: Hosp.: --- Com as formalidades de estilo levanta-se a ses.: - Eu, Joaquim Azevedo de Castro, secr.: a tracei e transcrevi. (ass.) A.O. Monteiro de Barros - 1º Vig.: servindo de Ven.: J. Valle Jr. - servindo de 1º Vig.: J. A. de Castro - Secr.’. " Observações: Carlos Gomes, como se pode ver, foi iniciado a 24 de junho de 1859, na Loja Amizade, a primeira da capital paulista (fundada a 13 de maio de 1832). Manoel de Sant´Anna Gomes, iniciado no mesmo dia, era seu irmão carnal e também músico, como o pai de ambos, Manoel José Gomes (o Maneco Músico). Nessa época, a Loja pertencia ao Grande Oriente Brasileiro (da Rua do Passeio) e só seria incorporada ao Grande Oriente do Brasil a 1º de julho de 1861, recebendo, no Cadastro das Lojas do GOB, o número 141. O Venerável Mestre da Loja Amizade, na época da iniciação de Carlos Gomes, era um padre, monsenhor Fortunato Gonçalves Pereira de Andrade, que só não dirigiu a sessão, por se encontrar gravemente enfermo. Do livro "Amizade: a Primeira Loja Maçônica da História de São Paulo” – Editora Amizade - 1996 O Maestro Antonio CARLOS GOMES, é uma das maiores figuras da Música Latino-Americana, e o primeiro compositor brasileiro que obteve grande sucesso, primeiro na Itália e, depois, em toda a Europa. Nasceu em 11 de julho de 1836, na Cidade de Campinas, no Estado de São Paulo, filho de Manuel José Gomes, mestre de música na então Vila Real de Campinas, com quem Carlos Gomes, ainda menino, iniciou-se na arte musical.
  • 20. Até pouco mais de 20 anos, junto com seu irmão Manuel de Sant’Ana Gomes, realizou festivais e concertos em sua cidade natal. Por esta época, já compunha músicas religiosas, fantasias e romances, desta época de sua juventude, destacamos a canção romântica “Quem Sabe?”. Em 1860, deixou São Paulo e veio ao Rio de Janeiro, com o objetivo de solicitar ao Imperador, D. Pedro II, os meios para ingressar no Imperial Conservatório de Música, hoje Escola Nacional de Música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, dirigido na época pelo Maestro Francisco Manuel da Silva. Depois de um ano no Conservatório, montou sua primeira ópera “A Noite do Castelo”, libreto (argumento ou letra da ação de uma ópera) de Fernando dos Reis, no Teatro da Ópera Nacional do Rio de Janeiro. Ainda no Brasil, em 1863, montou sua segunda ópera “Joana de Flandres”, libreto de Salvador de Mendonça. Devido ao seu grande talento, o Imperador enviou-o à Itália para estudar no Conservatório de Milano, onde se formou “maestro compositore” em 1866. Sua consagração aconteceu quatro anos depois, em 1870, com a ópera “O Guarani”, libreto do poeta Antônio Scalvini, baseado no romance de José de Alencar. A ópera montada no Theatro La Scala de Milano foi aplaudida pela crítica e pelo público e em várias versões tem sido montada nas principais salas de espetáculos do mundo. Autor de magistrais obras musicais, suas óperas principais são além de “O Guarani”, “Fosca”, “Maria de Tudor”, “Salvador Rosa” e “O Escravo”. O Maestro Antonio CARLOS GOMES morreu pobre, em 16 de setembro de 1896, sendo este ano, portanto, o centenário de sua morte. Apesar de sofrer duras campanhas por haver vivido na Itália, no fim de sua vida foi nomeado diretor do Conservatório do Pará, mas, já doente, não conseguiu elevar aquela escola musical ao padrão que desejava. O Maçom Antonio CARLOS GOMES, viu a verdadeira luz, em 24 de julho de 1859; iniciado na Gr.’. Ben.’. e Gr.’. Benf.’. Loja “AMIZADE”, fundada em 13 de maio de 1832, ao Oriente de São Paulo. Do balaustre da Sessão, destacamos o trecho transcrito da cópia do balaustre que se encontra na Biblioteca do GOB, no Palácio Maçônico do Lavradio: “É aberta a Loja em Grau de Aprendiz e com as formalidades de estilo por haver número suficiente de Irmãos... Achando-se na Câmara de Reflexões os profanos Antonio Carlos Gomes e José Pedro de Sant’Anna Gomes, aos quais haviam sido favoráveis os escrutínios, disposta a Loja em peso na iniciação dos mesmos, depois das provas e formalidades estabelecidas pelas
  • 21. Leis e usos Maçônicos foram iniciados, viram a luz, prestaram juramento, foram proclamados e tomaram assento no tomo da Coluna do Meio Dia. Estas brilhantes aquisições são aplaudidos correspondidos os aplausos e não cobertos... O Ir.. . Antônio Carlos Gomes foi, sem dúvida , o grande acontecimento da Música Clássica Brasileira, além de ter sido o maior compositor operístico das Américas no decurso do século XIX. Nasceu em Campinas, província de São Paulo, Império do Brasil, a 11 de julho de 1836, como um dos 25 filhos de Manuel José Gomes, regente da banda local, com quem aprendeu os rudimentos da arte musical. Aos 15 anos já compunha e aos 18 escreveu uma alentada Missa em homenagem ao pai. Jovem ainda, deixou a terra natal e foi aprimorar a sua arte em São Paulo, onde já havia feito amizade com jovens idealistas daquela cidade, quando da ocasião de um concerto em Campinas, no Teatro São Carlos, em abril de 1859. Ali foi ouvido por um grupo de estudantes de Direito que haviam ido ao Teatro para conhecê-lo. Nesse grupo havia muitos membros da LOJA AMIZADE, primeira da Capital Paulista, fundada a 13 de maio de 1832 por sete obreiros, cinco dos quais eram alunos da Academia de Direito de São Paulo. Foi naquela Loja que, a 24 de julho de 1859, por indicação de seus amigos, Carlos Gomes foi iniciado juntamente com seu irmão, José Pedro Santanna Gomes, também músico e compositor. Morando numa república de estudantes, na Rua São José (hoje, Líbero Badaró), compôs, enquanto fazia improvisos, a mais famosa de suas modinhas: "Quem sabe?", tão ao gosto do II Reinado e de autêntica inspiração nacional, principiando com estes deliciosos versos: "Tão longe de mim distante, onde irá teu pensamento?". Também nesse mesmo ano (1859) fez o "Hino Acadêmico", com letra de Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, estudante de Direito apresentado durante concerto em benefício da Sociedade de Proteção aos Artistas, que muito depressa ficou célebre entre os alunos da Faculdade de Direito de São Paulo. Depois da passagem por São Paulo e de sua iniciação maçônica, foi para o Rio de Janeiro, conseguindo ali, com a proteção da Condessa de Barrai, que o Imperador o mandasse matricular no conservatório de Francisco Manuel da Silva, autor da partitura do Hino Nacional, que logo entusiasmou-se pelo jovem músico, ao qual encomendou uma cantata, obra que lhe valeu medalha de ouro, concedida pelo Imperador. Com outra cantata, estreada a 15 de agosto de 1860, alcançou ser nomeado ensaiador e regente da Ópera Nacional, cuja orquestra dirigiu e onde fez representar, no
  • 22. ano seguinte, com êxito memorável, sua primeira ópera denominada A NOITE NO CASTELO. Tal sucesso se renovaria, numa repercussão ainda maior, dois anos mais tarde, ao ser encenada outra ópera sua - JOANA DE FLANDRES. Foi então que Pedro II lhe concedeu uma bolsa para que completasse e aperfeiçoasse seus estudos na Europa. Fixou-se em Milão (1864), onde foi aluno do Maestro Lauro Rossi e onde obteve, em 1866, o título de Maestro Compositor. Foi ainda ali que, certo dia, ouvindo um pregão anunciando a distribuição de um folheto de "Ó GUARANI", tomou conhecimento do romance de José Alencar, do qual encontrou um exemplar numa livraria local. Com sua aguda sensibilidade pressentiu que havia ali uma ópera em germe, um texto que facilmente poderia ser transposto para o nível dramático em que música e poesia iriam harmoniosamente complementar-se. Carlos Gomes encontrou inesperadamente, por sorte, um argumento brasileiro, de que tanto necessitava para inflamar-lhe o indesmentido patriotismo; argumento eloquente, belo, dramático, próprio para uma grande Ópera. O libreto, preparado pelo poeta Antônio Scalvino, continha o seguinte resumo: "Este drama foi baseado no estupendo romance de José de Alencar, célebre escritor brasileiro. Os nomes guaranis e aimorés são os de duas das muitas tribos indígenas que ocupavam as várias partes do território brasileiro antes que o portugueses introduzissem ali a civilização européia. Segundo o autor, Peri era o cacique dos guaranis. Essa tribo tinha uma índole mais dócil do que as outras, principalmente a dos Aimorés que, além de antropófagos, eram inimigos implacáveis dos brancos. Dom Antônio de Mariz, personagem histórico e não fictício, foi um dos primeiros que governaram a região da Guanabara em nome da Coroa Portuguesa e que tombou, vítima dos mercenários europeus a seu serviço." "O Guarani", no romance de José de Alencar, termina com uma espécie de dilúvio e uma explosão que destrói simultaneamente o Castelo de Paquequer, a horda dos mercenários e os guerreiros aimorés e guaranis. Apenas a filha do fidalgo português, Ceci (Cecília) se salva juntamente com Peri o cacique guarani. Arrastados pela corrente do dilúvio, onde tudo era água e céu, Peri e Ceci se salvam na cúpula de uma palmeira. O episódio do dilúvio aparece unicamente no epílogo da obra de José de Alencar. No libreto da ópera homônima de Carlos Gomes a cena foi omitida, dada a impossibilidade de representá-la no palco. Na ópera, Dom Antônio ateia fogo aos barris de pólvora. Segue-se tremenda explosão. Desmorona o castelo, cujos escombros esmagam os ocupantes.Ao fundo no topo de uma colina, pode-se vislumbrar Peri
  • 23. e Cecília, unidos para uma eternidade nos laços do amor. É o momento em que tanto Alencar quanto Carlos Gomes nos transportam, em nível de Brasil, para o Primeiro Dia da Criação: Ceci e Peri - Adão e Eva, índio e branca - assumem o papel de nossos antepassados míticos. Simbolicamente imprimiram em nossas faces, seus 170 milhões de descendentes, seu traço ancestral comum. Embora nenhum êxito de Carlos Gomes superasse o de "O GUARANI", ele levanta problemas e perguntas que ultrapassam os limites de uma obra de arte como, por exemplo, a destruição de nosso passado indígena pelo poder do colonizador europeu, além de muitas outras questões. A estreia de "O GUARANI " ocorreu de 19 de março de 1870, no teatro Scala de Milão e foi um enorme triunfo. Na oportunidade, o compositor recebeu a ORDEM DA COROA do Rei Victor Emmanuel. A estréia nacional aconteceu no Teatro Lírico Provisório do Rio de Janeiro, a 2 de dezembro de 1870, no dia do 45° aniversário do Imperador Dom Pedro II, que prestigiou o acontecimento com sua presença e concedeu ao Ir.. . Carlos Gomes a ORDEM DA ROSA. Nas duas estréias , a ópera ainda não tinha a famosa Protofonia, só escrita em 1871 e que, até aquela data, era substituída por um simples prelúdio. " O GUARANI" é a única ópera latino-americana que, até hoje, se mantém em cartaz nos teatros do Primeiro Mundo. Constitui, além disso, uma espécie de Segundo Hino Nacional, especialmente sua triunfal Protofonia. A carreira do compositor foi feita, daí para frente, quase que unicamente na Itália, onde, com algumas exceções, todas as suas óperas foram encenadas. Sempre a serviço da música, continuou com o seu trabalho, compondo: em 1873, "FOSCA", em homenagem ao Irmão; em 1874, "SALVATORE ROSA", dedicada a André Rebouças; em 1879, "MARIA TUDOR". dedicada ao Visconde de Taunay; em 1888, " LO SCHIAVO". dedicada à Princesa Isabel, sobre argumento de conteúdo abolicionista; em 1891, "CÔNDOR"(título mais tarde mudado para Odaléa), dedicada a Teodoro Teixeira
  • 24. Gomes; em 1892, "COLOMBO", alusivo ao 4° Centenário da descoberta da América. Dessas obras, unicamente "O ESCRAVO" foi apresentado no Rio de Janeiro em homenagem à Princesa Isabel. Segundo os críticos, a melhor música de Carlos Gomes é a do Escravo, mas a melhor Ópera é a Fosca. Em março de 1893, Carlos Gomes viajou para os Estados Unidos, integrando a delegação brasileira à Exposição Universal Colombiana de Chicago onde com muito sucesso dirigiu trechos de "O Guarani", "Salvatore Rosa" e "Côndor". No auge da sua carreira, o Ir.·. Carlos Gomes construiu nos arredores de Milão, em Maggianico na província de Lecco, cidade localizada a 43Km da capital, um palacete, cercado de quatro hectares de bosques que fez questão de chamar VILA BRASÍLIA. Recentemente a Prefeitura local homenageou o compositor brasileiro restaurando a mansão e nela instalando a ESCOLA CÍVICA DE MÚSICA. Apesar das várias adaptações ali introduzidas, como o auditório de 400 lugares, permanecem ali as enormes estátuas de Ceci e do Cacique Peri, personagens da Ópera "O GUARANI", lembrando o passado nobre da mansão. VILA BRASÍLIA é considerada até hoje um edifício monumental, descrito pelos jornais da época como suntuosa, vasta e até principesca. O gesto de Carlos Gomes de construir ali tão bela morada traduz sua ideia de permanecer para sempre na Itália. Mas, não muito depois, os belos anos terminariam. Três hipotecas vinham pesando sobre a mansão que teve de ser vendida. O fim do Império coincidiu com o declínio da carreira do compositor. O novo regime republicano negou-lhe a pensão que solicitara através do Ir .. . Francisco Glicério. A atitude do Governo parecia incompreensível, de vez que mérito e serviços prestados ao País não faltavam ao solicitante. Além do mais, a maioria dos membros do Governo era composta de maçons. Havia, contudo, uma razão e que levava a todas as outras. Carlos Gomes era amigo e protegido da Família Imperial que havia sido banida do País. Por fim, amparado pelo influente Ir.. . Lauro Sodré, então Governador do Pará, que lhe havia conseguido o cargo de Diretor do Conservatório de Música de Belém, Carlos Gomes pôde voltar à Pátria em 1895, mas já minado pela doença, desde que se diagnosticou a presença devastadora de um câncer na boca, quase não chegou a tomar posse no cargo. Em julho daquele mesmo ano, o Ir.. . Campos Salles, Presidente do Estado de São Paulo, concedeu-lhe uma pensão mensal de dois contos de réis. Foi um gesto nobre, mas tardio, pois Carlos Gomes viria a falecer, em Belém, a 16 de setembro de 1896, injustiçado pelo País que tanto amou, ao qual
  • 25. tanto engrandeceu com sua arte excelsa. Como uma enorme emoção passasse a dominar a sensibilidade nacional, o Governo republicano viu-se compelido a rever suas posições em relação ao ilustre Ir.. . que acabara de partir para o Oriente Eterno. O Ministro da Marinha determinou então que o barco ITAIPU - mais tarde rebatizado para CARLOS GOMES - transportasse o compositor para sua terra natal. Foi preciso que o "amigo da Monarquia" passasse para outro plano para que nas relações interpessoais o sentimento fraterno, tão caro aos maçons, voltasse a prevalecer sobre as Razões de Estado. Hoje, Antônio Carlos Gomes, é considerado como o primeiro compositor do Brasil cuja arte atravessou as fronteiras.
  • 26. 5 – Destaques JB Dia de Finados Em 998, o Abade de Cluny,Santo Odilon, instituiu a comemoração do dia de Finados em todos os mosteiros que dele dependiam, estabelecendo que fosse celebrada no dia seguinte à festa de Todos os Santos. O mundo aplaudiu o decreto de Santo Odilon, a Santa Sé o adotou e tornou-se lei para toda a Igreja Católica de rito latino (cfr. L'Année Liturgique, Dom Guéranger). AOliynik Loja Manoel Gomes Mesmo no feriado terá a Loja Manoel Gomes, que se reúne quinzenalmente, terá Sessão ao mais às 20h00 para cumprir calendário anteriormente programado, em Grau de Aprendiz- Maçom. Palestra do Ir Morgado O Ir. Geraldo Morgado Fagundes, MI da Loja Alferes Tiradentes, estará na próxima semana proferindo duas palestras. Fala no dia 7 (segunda-feira) na ARLS Acácia da Arte Real nr. 50, sobre “MAÇONARIA: A Visão de uma Escola de Mora Formando Construtores Sociais com Base No R.:E.: A.: e A.” No dia 10 estará na ARLS Padre Roma II discorrendo sobre “A Incidência da Luz Solar Promovendo Alterações Biológicas e Funcionais no Corpo Humano” Acesse a Loja Alferes Tiradentes com as novidades do Ir. Juarez: http://www.alferes20.org/
  • 27. Agora, silêncio, por favor, eu estou ouvindo a www.radiosintonia33.com.br Rádio Sintonia 33 e JB News. Uma dobradinha incrível. Rede Catarinense de Informações Maçônicas
  • 28.
  • 29. Loja: “Cral. A. del Castillo” – Havana - Cuba