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JB NEWS
Informativo Nr. 290
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz”
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC), 14 de junho de 2011
Índice desta terça-feira:
1. Almanaque
2. Silêncio (Ir. Ricardo Jorge)
3. Liturgia e Ritualística (IrJosé Castellani)
4. Mário Behring, fundador das Grandes Lojas (pesquisa JB News)
5. Destaques JB
Avenida dos Búzios 470, Loja 03, Jurerê, Florianópolis, SC
55 48 3266 4913 - advocaciaimobiliaria@gmail.com
http://advocaciaimobiliaria.googlepages.com
Livros Indicados:
 1276 - Enquanto a corte da Dinastia Sung estava exilada em Fuzhou, China, por conta da
invasão mongol, o jovem príncipe Zhao Shi é coroado Imperador Duanzong de Sung.
 1287 - Kublai Khan derrota as forças de Nayan e outros príncipes tradicionais Borjigin,
no leste da Mongólia e Manchúria.
 1381 - Ricardo II de Inglaterra se encontra com os líderes da revolta camponesa em
Blackheath. A Torre de Londres é invadida por rebeldes que entraram sem nenhuma
resistência.
 1807 - O exército de Napoleão Bonaparte derrota o exército russo na batalha de
Friedlândia.
 1821 - Badi VII, rei de Sennar, entrega seu trono á Ismail Paxá, General do Império
Otomano, encerrando a existência do Reino do Sudão.
 1846 - Fundação do estado norte-americano da California
 1900 - Havaí se torna parte do Estados Unidos da América.
 1926 - Brasil deixa a Sociedade das Nações.
 1940 - Segunda Guerra Mundial: o exército alemão invade Paris
 1942 - Anne Frank começa a escrever o seu diário
 1965 - Paulo VI cria a Diocese de Itabira, em Minas Gerais.
 1966 - O Vaticano anuncia a abolição do Index Librorum Prohibitorum (Índice de livros
proibidos).
 1982 - Termina a Guerra das Malvinas, entre Argentina e Grã-Bretanha, com a rendição
por parte dos argentinos em Port Stanley.
 Mitologia grega: Dia das Musas
 Dia Mundial do Doador de Sangue
 Feriado de Abrantes.
 Dia Universal de Deus.
 Dia Nacional das Relações Públicas.
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1857 - Fundação do Grande Oriente e do Supremo Conselho do Uruguai com
154 anos de existência.
1933 - Falece o Irmão Mário Behring, criador do sistema de Grandes Lojas.
Mário Behring
2002 – Segundo parecer do Ministro Alcides Martins, o STJ do Grande
Oriente do Brasil dá ganho de causa aos Irmãos regularizados pelo Grão-
Mestre Francisco Murilo Pinto e faculta-lhe o ingresso no GOB, o que a
GLMERJ tentava impedir. Os Irmãos do Rio de Janeiro foram acolhidos pela
ARLS Verdadeira Amizade nr. 2366 de Além Paraíba – MG (Estandarte
abaixo):
IrRicardo Jorge, MM GOB
Platão disse uma vez aos seus discípulos: “Os homens e os
vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos,
quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem
facilmente pelo seu modo de falar”.
Na etimologia da palavra, silêncio vem de silentium, de silens
(silere) que significa estar em repouso, tranqüilidade, descanso.
O pensamento do filósofo Iniciado oferece-nos uma excelente
oportunidade para uma profunda reflexão. Nem sempre nos
damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras
que proferimos. Por serem expressão do nosso pensamento, por
traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um
centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A
palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de
todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os
planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente
ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana.
No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada
indiscriminada e abusivamente. O Homem Utiliza a palavra por
vezes como uma lança.
As palavras ofendem , humilham, magoam e denigrem a honra
do próximo. Infelizmente por vezes “abusa-se” do uso das
palavras, não só no mundo profano como também no Mundo
Maçônico. Tal situação é inconcebível em um Irmão Maçom, pois
no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo
oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência
interior do ser humano. Não é por acaso que a Ordem Maçônica
reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com uma
tradição Messiânica e mais recentemente Pitagórica.
A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus:
o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. O neófito no
grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz,
era proibido de falar; era só ouvinte e cumpria um período de
observação de três anos, durante o qual a regra era calar e
meditar (pensar) no que ouvia. No grau de Purificação,
equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio prolongava-se
por mais dois anos, adquirindo este Irmão o direito de ouvir as
palestras do Mestre. Assim, para atingir o grau de Perfeição,
equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos
podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio
durante cinco anos. Nas reuniões maçônicas, sem dúvida,
constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o
silêncio. Chílon, um sábio da Grécia Antiga, quando questionado
sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”.
No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não
é diferente.
Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na
ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio
de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser
sempre doseada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno
do orador. Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada com
ponderação e cautela empregada com um sentido de
ensinamento e orientada apenas aquele que a consegue escutar.
O silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à
libertação das paixões. Além de exercitar a autodisciplina, em
seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade
tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se
mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga
consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas
próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo
silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de
pensar, a verdadeira e nobre Arte Real...
O silêncio absoluto já não está conectado ao tempo; está para
além dele.
A música nasce do silêncio e retorna ao mesmo. Existe um
silêncio antes e depois, como o nascimento e a morte. O silêncio
inicial é uma promessa ou ameaça. O silêncio terminal designa
talvez o nada ao qual a vida retorna. O silêncio é ele mesmo
Iniciação .
O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da
Pedra Bruta e no aperfeiçoamento do seu Templo Interior. Ao
Bater três vezes á porta do Templo , trazendo consigo a
liberdade total de expressão, sem as restrições que lhe impõem
a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus
impulsos, pela prática Messiânica do silêncio. Assim ele aprimora
o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na
qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de
oportunidades e a Fraternidade solidária.
Para os egípcios o poder do silêncio vai mais longe,
personificando este em um Deus – Harpocrates, tornando assim
a omissão da “palavra” num acto Poderoso de veneração poder e
respeito.
Harpocrates è retratado sendo amamentado por Ísis ou por
Hátor. Ambas amamentaram-no e criaram-no justamente para
que pudesse vingar-se de seu tio Seth, o rei mau do Alto Egito
que matara seu pai Osíris.
Também podia ser identificado com o deus-Sol que renascia a
cada manhã, dissipando as trevas, sendo, então, mostrado a
emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas
celestiais. Ele simbolizava o incessante renovar da vida, a eterna
juventude, tudo aquilo que perpetuamente renasce devido às
alternâncias da vida e da morte.
Num período mais tardio (c. 712 a 332 a.C.), essa divindade
tornou-se bastante popular e aparecia representada como uma
criança nua em pé sobre um crocodilo, tendo nas mãos cobras e
escorpiões. Ficou, então, conhecido como um deus com poder de
curar as pessoas que tivessem sido mordidas por cobras ou
picadas por escorpiões. Ainda podia personificar segundo alguns
autores, os germens que começam a brotar, já que seu pai era
uma divindade agrária, ou o Sol debilitado do inverno.
Entretanto, Plutarco afirma: "Não se deve imaginar que
Harpócrates seja um deus imperfeito em estado de infância, nem
grão que germina. Assenta melhor considerá-lo como o que
retifica e corrige as opiniões irreflexivas, imperfeitas e truncadas
no concernente aos deuses, e tão difundidas entre os homens.
Por isso, e como símbolo de discrição e silêncio, esse deus aplica
o dedo sobre os lábios."
Se usares da palavra, faz com o coração, em silêncio...
Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para
preenchê-lo – nem que seja com discursos vazios. Ter
discernimento ao falar e aprender a calar são,mais que uma
meta, um caminho para a paz interior. -- Lao Tzu
(Curso Básico de Liturgia e Ritualística – José Castellani)
da MaconariaPesqueirense-1@yahoogrupos.com.br; em nome de; moreno
[morenop@terra.com.br]
Conceituação
Rito é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma sociedade, determinado
pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia; por
extensão, designa culto, religião, seita.
Ritual é tudo o que é relativo a rito, ou que contém ritos; é também, o livro
que contém a ordem e a forma das cerimônias, religiosas ou não, com as
palavras (ou, também, orações) que devem acompanhá-las; mais
extensamente, refere-se a qualquer cerimonial ou a um conjunto de regras a
seguir.
Ritualística é tudo aquilo que é relativo ao ritual, ao rito, ou ao ritualista.
Não pode ser confundido com ritualismo, que é o sistema dos que se
apegam a ritos, (como ritualista é aquele que é apegado a ritos).
Liturgia é termo mais aplicado à religião e designa a forma e a ordem,
aprovadas pela autoridade eclesiástica, para celebrar os ofícios divinos,
especialmente o da missa. Todavia, pela própria etimologia da palavra
(originada do grego leitourgia = função pública), qualquer sociedade que
realize um cerimonial, seja público, ou apenas reservado aos seus adeptos,
em que exista uma ordenação e uma determinada forma de
desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma função litúrgica.
O cerimonial de rito maçônico é o seu ritual, que , na atualidade designa,
realmente, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias.
Os rituais maçônicos, independentemente de ritos, mostram elementos de
História, de Misticismo, de Metafísica e de Ciência das antigas civilizações,
que tanta influência exercem sobre o mundo atual e que concentravam, por
volta do século II a.C., em torno do mar Mediterrâneo, às margens do rio
Nilo e à volta dos rios Tigre e Eufrates, ocupando a Ásia Menor, a África e a
Europa Oriental.
Toques, sinais e palavras
Os toques, sinais e palavras de senha têm origem nas corporações de ofício
da Idade Média, assim como as muitas orações e invocações (que são em
maior ou menor grau, dependendo do rito), já que essas corporações viviam
sob a tutela da Igreja medieval.
As palavras, todavia, tanto as Sagradas, como as de Passe, em todos os
ritos, são todas hebraicas e relacionadas com o Templo de Jerusalém, com o
trabalho artesanal, com passagens na história hebraica (todas de fonte
bíblica), ou com a lenda do 3° grau, relativa a Hiram Abi, responsável pela
confecção e entalhe dos objetos metálicos do Templo de Jerusalém (colunas,
mar de bronze, bacias, etc.), mas que , na lenda foi o construtor do templo.
O Cortejo de entrada
O cortejo, com duas fileiras de componentes, formado para dar entrada no
Templo tem a sua principal origem nos hábitos das antigas cortes reais;
durante audiências públicas e recepções, as pessoas adentravam o salão (de
audiências, ou de festas), formando duas fileiras, um de cada lado da
passagem, no meio das quais passavam, devidamente anunciados pelo
arauto, o rei, a rainha e, eventualmente, ministros mais importantes,
dirigindo-se, todos, para o fundo da sala, onde o casal real (ou só rei, nas
audiências) subia aos tronos, ali colocados, enquanto os ministros presentes
ocupavam um plano inferior.
É por isso que, na maior parte dos ritos, as fileiras do norte e do sul,
abertas, respectivamente, pelos Aprendizes e Companheiros, seguidos pelos
Mestres e com os respectivos Vigilantes, o Venerável; este, com todos os
presentes já postados (e em pé) em seus lugares, nas Colunas, passa entre
eles, indo até o Trono.
Circulação no Templo
A circulação é feita no sentido horário, ou seja, da esquerda para a direita,
contornando o Painel da Loja, simbolizando, no caso, a marcha do sol e
significnado que o maçom sempre caminha em direção à luz.
Isso tem uma profunda origem histórica e mística, pois desde a Pré-
história, o homem interrogava as forças cósmicas e, olhando para o céu, via
os astros e os considerava como seres sobrenaturais, como deuses, que
dirigiam o moldavam a sua vida. Entre esse astros celestes, o que sempre
lhe chamou mais a atenção foi o Sol, por ser o mais evidente e ofuscante,
por dar o conforto da luz e do calor, por fazer germinar os vegetais, base da
alimentação, por ser, enfim, a fonte da vida.
Abertura dos trabalhos
A real abertura dos trabalhos ocorre quando são colocados na posição
apropriada, as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria, ou seja: o
Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. A presença do Esquadro e do
Compasso é sempre constante e igual, de acordo com o grau em que a
Oficina trabalha.
Essa abertura é feita, na maior parte dos ritos, por um Mestre
Instalado, de preferência o ex-Venerável mais recente, mas no Rito Escocês
Antigo e Aceito, essa incumbência é dada ao Orador.
Circulação de Troncos e Bolsas de Propostas
A circulação do Tronco de Solidariedade (ou de Beneficência) e da Bolsa (ou
Sacola, ou Saco) de Propostas e Informações quando feita com as devidas
formalidades ritualísticas, é a seguinte:
São atendidos, pela ordem: o Venerável, o 1° Vigilante, o 2°
Vigilante, o Orador, o Secretário, o Cobridor Interno, o Cobridor Externo (se
a Loja o tiver), os Irmãos postados no Oriente, os Mestres da Coluna do Sul,
os Mestres da Coluna do Norte, os Companheiros e finalmente, os
Aprendizes.
Pode-se notar que no início dessa circulação é formada, pelo Oficial
circulante (Mestre de Cerimônias, ou Hospitaleiro), uma estrela de seis
pontas, com dois triângulos entrecruzados, sendo, o de ápice superior,
formado pelo Venerável e pelos dois Vigilantes, enquanto que o de ápice
inferior é formado pelo Orador, pelo Secretário e pelo Cobridor. Essa estrela
de seis pontas que no Rito de York é chamada de Estrela Flamejante. É um
antiqüíssimo símbolo, que foi aproveitado pelos hebreus e foi sempre
importante no judaísmo, sob o nome de Estrela de Davi. Como símbolo bem
antigo, ela tem dupla interpretação esotérica:
a) Os dois triângulos representam as duas naturezas humanas,
masculina e feminina, que se interpenetram e se harmonizam, formando
uma figura inteiramente nova, embora ambos os princípios originais
conservem a sua individualidade. Graças a isso, a estrela (formada por dois
triângulos eqüiláteros) é considerada como o símbolo do matrimônio perfeito
e, por extensão, a eternidade, pela perpetuação da espécie, já que simboliza
o macho e a fêmea que se unem para formar um novo ser (é a figura
inteiramente nova, a estrela), sem perder a sua individualidade (os dois
triângulos).
b) Representa a relação Espírito-Matéria, como segue: o triangulo de
ápice superior representa os atributos da espiritualidade, enquanto que o
triangulo de ápice inferior simboliza os atributos da meterialidade.
Na administração de uma Oficina, o Venerável e os Vigilantes representam
o triangulo da espiritualidade, pois a eles compete a condução espiritual da
Loja; o Orador, o Secretário e o Cobridor simbolizam o triangulo da
materialidade, pois a eles compete a execução das atividades materiais da
Oficina (peças de arquitetura, interpretação da lei, redação das atas,
expedientes e segurança do templo). Assim ao atender, inicialmente, ao
Venerável, aos Vigilantes, ao Orador, ao Secretário e ao Cobridor, o Mestre
de Cerimônias estará atingindo os três ângulos de cada triangulo e formando
o antigo símbolo da estrela hexagonal.
O Rito Escocês Antigo e Aceito
O escocesismo nasceu na França como Maçonaria stuarista (referente à
dinastia dos Stuart, da Inglaterra e da Escócia).
Em 1649, depois da vitória na Inglaterra, da reforma puritana de
Oliver Cromwell, rei Carlos I, da dinastia dos Stuart, era decapitado e a sua
viúva, Henriqueta de França, filha de Henrique IV e de Maria de Médicis,
aceitava do rei francês Luis XIV, o asilo político no castelo de Saint-Germain,
onde não tardaram a juntar-se a ela muitos membros da nobreza escocesa e
inglesa que passaram a preparar a reação contra Cromwell. Esses nobres,
precavendo-se contra os elementos hostis à dinastias stuarista, abrigavam-
se sob a capa das Lojas maçônicas, sob cujo caráter secreto podiam, sem
grandes riscos, comunicar-se com seus partidários na Inglaterra e tramar a
derrubada do regime de Cromwell, o que conseguiriam.
Em 1661, às vésperas de subir ao trono inglês, Carlos II criou em
Saint-Germain, um regimento com o título de Real Irlandês, que depois seria
alterado para Guardas Irlandeses. Esse regimento criou uma Loja, cujos
documentos chegaram até à atualidade. No dia 13 de março de 1777, o
Grande Oriente de França admitiu que a constituição dessa Loja datava de
25 de março de 1688, sendo, portanto, a única Loja do século XVII cujos
vestígios chegaram à época atual, acreditando-se, todavia, que os
stuaristas tenham criado outras Lojas em território francês, principalmente
a partir de um segundo regimento, formado em Saint-Germain, com
integrantes escoceses e irlandeses.
Muitos autores situam a fundação da primeira Loja stuarista em
1689, em Saint-Germain-em-Laye, sede da corte de Jaime II, que foi o
sucessor de Carlos II e acabou sendo expulso da Inglaterra após a revolta de
1688. Essa Loja teria sido fundada pelo regimento irlandês Walsh de
infantaria, tornando-se, então, a primeira loja jacobita (jacobita foi o nome
dado, na Inglaterra, após a revolta de 1688, aos partidários da casa real dos
Stuarts, principalmente dos regimentos escoceses e irlandeses compostos,
em sua grande maioria, por católicos). Daí a origem católica do rito, ao
contrário do York, cuja origem é anglicana.
Desde a criação da Grande Loja de Londres, em 1717,
desenvolveram-se na França, dois ramos distintos da Maçonaria: um inglês,
dependente da Grande Loja londrina, e outro “escocês”, livre do sistema
obediencial e, desta maneira, trabalhando de acordo com os antigos
preceitos maçônicos, pelos quais os maçons tinham direito de formar Lojas
livres sem prestar conta de seus atos à uma autoridade suprema,
procedimento que seria mudado posteriormente, com a generalização do
sistema obediencial. As lojas escocesas, todavia, formavam a esmagadora
maioria: em 1771, das 154 Lojas existentes em Paris, mais as 322 da
Província e 21 de regimentos, não havia dez delas que houvessem recebido
sua patente da Grande Loja de Londres.
O rito que iria se estabelecer, definitivamente, só a partir de 1801,
acabou sendo chamado de Escocês, apesar de não ter uma ligação evidente
com a Escócia; esse nome, estritamente nacional, terminou por tornar-se
universal, designando um conjunto obediencial a partir de uma organização
nitidamente política (jacobita ou stuarista). Isso aconteceu porque a maioria
dos fiéis jacobitas era formada por escoceses, o que acabou por fazer com
que todos os jacobitas fossem chamados de escoceses e, assim, com que o
termo passasse a ser um rótulo político que atingiria o rito maçônico.
O termo “Antigo e Aceito”, adicionado ao Rito Escocês, surgiu
quando na França, o Grande Oriente resolveu proceder a uma severa revisão
dos Altos Graus, no sentido de diminuir o seu número, o que acabaria
acontecendo. Essa redução, levada a efeito em 1786, numa época em que o
escocesismo já cuidava de aumentar os seus graus, fez com que os adeptos
do Rito Escocês combatessem o novo sistema e passassem a usar a
denominação de Maçons Antigos e Aceitos, em oposição aos Modernos do
Rito Francês, numa imitação do que já ocorrido na Inglaterra.
Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico
Independentemente de ritos, existem algumas normas de comportamento
ritualístico, básicas para os trabalhos das Oficinas.
Não são feitos sinais quando se circula normalmente pelo templo,
por dever de ofício ou não. Os sinais de Ordem e a Saudação só são feitos
quando o maçom está de pé e parado. Sinais ao andar, só durante a marcha
do grau.
1. Não são feitos sinais quando se está sentado. Nesse caso, para
responder a uma saudação faz-se um leve meneio de cabeça.
2. Não se fazem sinais com instrumentos de trabalho (inclusive
malhetes), pois qualquer sinal maçônico deve ser feito com a mão.
3. Não é regular a sessão maçônica aberta a um só golpe de
malhete; todas as sessões, portanto, devem ser abertas e fechadas
ritualísticamente.
4. Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do
templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que
participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com
atraso.
5. Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do
templo.
6. Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao templo permitido,
deverá fazê-lo com as devidas formalidades do grau; é errado
ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do
Venerável.
7. Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o grau
simbólico do Maçom – Aprendiz, Companheiro, ou Mestre – ou a
sua qualidade de Mestre Instalado (que não é grau), não sendo
permitido o uso do Alto Grau em que ele esteja colado.
8. Também não são permitidos paramentos de Altos Graus em Loja
Simbólica.
10. É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de
desaprovação a um pronunciamento.
11. Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e
médio, para demonstrar aprovação ou aplauso.
12. Qualquer Obreiro ao sair do templo durante as sessões, deve fazê-
lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando
um pretendido respeito ao Delta.
13. Não é permitido retirar metais do Tronco de Solidariedade
durante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca
afinado por retiradas indevidas.
14. É errado, ao colocar a contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar
que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é
sempre pessoal.
15. A transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União,
exige absoluto silêncio; assim, é um erro arrastar os pés nessa ocasião.
16. Independentemente do grau em que a Loja esteja funcionando, o
Obreiro que chegar atrasado à sessão deverá dar somente três pancadas
na porta.
17. O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão
retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da
porta.
18. Não pode haver acúmulo da sessão de iniciação com
qualquer outra, a não ser a de filiação.
19. A circulação ordenada no templo, no espaço entre as Colunas do
Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do grau, já
que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o solo do templo.
20. No Oriente não há padronização da marcha.
21. Nos templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não
são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e
não com passos em esquadria.
22. O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região
Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo depois, pelo Sudeste (à
direita de quem entra ou esquerda de quem sai).
23. Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente
que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma
maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.
24. Com mais razão, os “profanos”, presentes às sessões abertas ao
público (ou “brancas”), não podem ter acesso ao Oriente. Os homens
sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1° Vigilante); as
mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2° Vigilante;
25. Nas sessões abertas ao público não é permitido correr o Tronco
de Solidariedade entre os “profanos”. Isso é feito depois da saída deles.
26. Nenhum Obreiro pode sair do templo sem autorização do
Venerável.
27. Se o Obreiro for sair definitivamente do templo, deverá, antes,
colocar a sua contribuição no Tronco de Solidariedade.
28. Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda
a cerimônia de abertura da sessão, entrando depois, e ocupando o seu
lugar, a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do templo.
29. Sempre que um Maçom desconhecido apresentar-se à porta do
templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma
pessoa nos toques, sinais e palavras, cobrindo-se o examinador contra
eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com trolhar
que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando Irmãos em
eventual litígio).
30. A hora em que os maçons simbolicamente iniciam os seus
trabalhos, é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um
grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino,
quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais
absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.
31. A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo
falecimento de um Irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três
pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o
antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos
para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com
som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”.
32. Os Obreiros com assento no Oriente, têm o direito de falar
sentados.
33. Irmãos visitantes só são recebidos após a leitura do expediente
e nunca depois da circulação do Tronco, não devendo, também,
participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.
34. Um Obreiro do Quadro, se chegar atrasado à sessão, não poderá
entrar durante o processo de votação de propostas, já que não
participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação
do Tronco e durante a abertura ritualística.
35. Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade
não seja a de beneficência.
36. Em qualquer cerimônia maçônica em que sejam usadas velas, elas
sempre serão apagadas com abafador e não soprando a chama.
37. Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é quje pode
fazer a sagração do candidato à iniciação, à elevação ou à exaltação.
Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a
Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer
a sagração.
38. Só o Maçom eleito para veneralato de uma Loja é que pode
receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual
de Instalação.
39. O certo e Aclamação e não exclamação, como dizem alguns
rituais.
40. Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se
algum Obreiro quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante
que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar haverá todo o giro
regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”,
para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma
questão de ordem que só deve ser levantada para encaminhamento de
votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos
trabalhos.
41. Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra
Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja,
para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo em
foque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte ao seu giro
normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente
esclarecido.
42. Durante as essões de iniciação não pode ser dispensada
nenhuma formalidade ritualística em função da crença religiosa do
candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham
que pode ser dispensada se a crença do candidato não permitir. Todavia, se
o rito exigir que o candidato ajoelhe-se, ele será obrigado a fazê-lo
mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da
aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa
exigência do rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra
Ofician, cujo rito não exija a genuflexão.
43. A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a
transmissão da Palavra Semestral, com exceção do Rito Schroeder, onde
ela é formada no fim de qualquer sessão.
44. Não pode, um Aprendiz, se impedido de falar, em Loja, já que
é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em
qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e
aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para
falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraísmo persa e do
pitagorismo.
45. Não existe um tempo específico para a duração de uma
sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela
poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de
duração das sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos
membros do Quadro, impõe restrições à Loja e interfere na sua soberania,
quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem
ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o
Venerável também, tem que ter discernimento para evitar que a sessão se
estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não
pode ser medida imposta pelas Obediências.
Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI.
Fundador do Sistema de Grandes
Lojas do Brasil
Ao tentarmos dizer alguma coisa sobre
a figura exponencial de MÁRIO
BEHRING, fazemos com o maior
respeito e admiração.
Entendemos que nunca devemos negar
os justos aplausos aos que, conscientes
da verdade dos fatos e do direito,
dispõem-se a colocar sobre os próprios
ombros, o julgamento da história.
Já temos aprendido, sobejamente, que
errar é humano; permanecer no erro é obstinação.
Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING,
costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo
de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas
idéias e o ímpeto de sua coragem.
Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não
é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem
esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de
grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente,
nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança.
MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de
nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de
1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua
maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja
Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas
Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a
empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina.
Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas
atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus
tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da
liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as
espécies, principalmente, o religioso.
No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se
para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República,
onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os
assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da
Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do
Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil,
originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em
três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e
Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17
de Junho de 1822, conforme consta de seus registros.
É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a
comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com
as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na
reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente,
quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro
efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa
irrecusável demonstração aos menos avisados de que,
embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância
religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na
imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido
Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus
primeiros passos.
Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação
do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em
1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez,
usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto
da Constituição do GOB que pela conotação liberalista
emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à
regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo,
dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu
uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação
final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho
de MÁRIO BEHRING.
Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não
conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em
última análise, era uma tomada de posição em consonância
com o desenvolvimento da Maçonaria Universal.
Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando
prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu
empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em
1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do
Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia
melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa
Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada
vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel-
prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em
prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.
Sem dúvida, entre os que se opuseram às idéias de MÁRIO
BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de
observação ou possível desconhecimento da universal
regularidade então buscada, permaneceram na arraigada
defesa das suas posições.
Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade
de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar
apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar
uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no
Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito
suor e muitas lágrimas.
A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20
e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da
efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a
13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa
regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de
Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de
argumentos, a necessidade de não confundir as
administrações do Simbolismo com o Filosofismo.
Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING,
passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual,
procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO
BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus
Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se
passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá-
lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a
responsabilidade de fazê-lo.
Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente,
porém, harmônica entre as duas administrações.
Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças
e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre
Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar
Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço
anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional,
passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e
Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito
para este último cargo.
Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando-
se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o
Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que
MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na
legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a
responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior,
uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que
dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica
distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne
e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os
postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria
Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do
Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes
Lojas Brasileiras.
MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado
como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela
firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados
jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse
pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a
nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a
fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados.
Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO,
em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro
de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a
história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um
livro, mas faria um exame de consciência".
Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas
expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria
respiração, fazendo dele documento animado de
personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o
oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração
dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias
emergências da vida.
Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os
excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar
como Maçom e por isso com serenidade, os passos das
transatas caminhadas.
O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque
nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará,
fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com
aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou
as falsas pompas.
Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços
da marcante e exemplar personalidade do Paladino da
Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube
honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos
perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING
soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem
ostentação ou falsa modéstia.
Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente
Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro
de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio,
da moral e da razão.
INFORMATIVO SEMANAL DA LOJA ALFERES TIRADENTES
Enviado pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro. Confira:
Período: 13 a 19/06/2011
Sessão de Aprendiz Maçom
Sessão Magna de Instalação.
Esta Sessão será realizada no Templo da Grande Loja de Santa Catarina.
Começará a partir das 19h00.
•13 - Ir.·. Fábio André Merigo.
•13 - Michele Ferreira da Conceição - filha do Ir.·. Eleutério Nicolau da
Conceição.
•14 - Luiz Henrique de Souza - filho do Ir.·. Ary de Souza.
•14 - Ir.·. Milton de Almeida Coelho Filho.
•15 - Marco Antonio de Oliveira Vieira Goulart - filho do Ir.·. Luiz Antonio
Vieira Goulart.
•15 - Ir.·. Onofre Machado Filho.
•17 - Gabriel Hermes Teixeira de Souza - filho do Ir.·. Wilson José de Souza.
•17 - Luizete Barcelos Pires - esposa do Ir.·. Luiz Cláudio Pires.
"Toda dificuldade tem um raio de esperança e lhe prepara para algo melhor
em sua vida".
Ao nascer asseguramos uma data especial para festejar todos os anos o
nosso aniversário. E neste dia, muitas pessoas lembrar-se-ão da data e
desejarão muitas felicidades. Queremos dizer que é bom saber de sua
existência, de poder estar a seu lado e dizer: Feliz Aniversário. Queremos que
o GADU coloque em sua vida bênçãos, saúde, paz e alegria. O restante você
conseguirá. PARABÉNS!
O sucesso das palestras proferidas pelo Ir.·.
Geraldo Morgado Fagundes em várias Lojas
da jurisdição de Santa Catarina. Sua agenda
encontra-se lotada.
--------------------------------------------------
A publicação do JB News na página da Alferes
Tiradentes nº 20. Além de ser enviado por
email fica na página para ser lido. Belo
trabalho elaborado pelo Ir.·. Jerônymo Borges
da ARLS.·. Templários da Nova Era nº 91.
---------------------------------------------------
CONVITE
Para o dia 24 de junho de 2011, sexta-feira, a
Loja Alferes Tiradentes estará
realizandoSessão de Mesa em homenagem
ao Solstício de inverno e ao 34º
aniversário da Loja. Começa a partir das
20h00.
Sobre o que disse o filósofo chinês Jin Yutang
(1895 - 1976): Além da nobre arte de fazer o
que precisa ser feito, existe a nobre arte de
deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida
consiste em eliminar o que não é essencial"
O Ir.·. Arcenio Patricio estará, no dia 17 de
junho de 2011, no Templo da Grande Loja de
Santa Catarina, no Campeche, juntamente
com 44 Irmãos, sendo instalado como Ven.·.
Mestre para os trabalhos da Loja Alferes
Tiradentes durante o período de 2011/2012.
Depois da Sessão de Instalação acontecerá
um jantar, por adesão, no salão nobre da
Grande Loja, juntamente com as cunhadas.
Para o jantar procurar o Ven.·. Mestre Ir.·.
Luiz Antonio Vieira Goulart para reserva.
"Nunca o sono te feche as pálpebras sem que antes hajas perguntado a ti mesmo:
- Que fiz eu? Que deixei de fazer neste dia? Se praticaste o mal, recua; persevera se praticaste o
bem". Pitágoras - (570 a.C. - 497 a.C.)
O cadastro do Irmão está atualizado? Quer incluir alguma informação? Clique aqui e mantenha
seu cadastro atualizado. O Irmão só tem a ganhar e nós também.
OBS.: Esta mensagem está direcionada, tão somente, aos Irmãos leitores do Informativo
Semanal da ARS.·. Alferes Tiradentes nº 20 cadastrados, portanto não se caracteriza como
SPAM. Em respeito a você e às leis que regulam o tráfego de mensagens na internet, caso não
tenha mais interesse em receber nossas mensagens e o Informativo, por gentileza clique
aquisolicitando a remoção de mensagens futuras.
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Criado e mantido por: Juarez de Oliveira Castro
MESTRE DE CERIMÔNIAS
O artigo de ontem intitulado Mestre de Cerimônias é de autoria do Ir.
Sergio Quirino Guimarães e não do Ir. José Aparecido dos Santos.
NA CHINA
Do empresário carioca Ir J. dos Santos Vianna:
“JB,
Só mesmo os JB News para me conectarem ao Brasil nas semanas que fiquei na
China. Quanta cultura e informação nova. Um abraço fraterno. Vianna”.

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 290 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC), 14 de junho de 2011 Índice desta terça-feira: 1. Almanaque 2. Silêncio (Ir. Ricardo Jorge) 3. Liturgia e Ritualística (IrJosé Castellani) 4. Mário Behring, fundador das Grandes Lojas (pesquisa JB News) 5. Destaques JB
  • 2. Avenida dos Búzios 470, Loja 03, Jurerê, Florianópolis, SC 55 48 3266 4913 - advocaciaimobiliaria@gmail.com http://advocaciaimobiliaria.googlepages.com Livros Indicados:
  • 3.  1276 - Enquanto a corte da Dinastia Sung estava exilada em Fuzhou, China, por conta da invasão mongol, o jovem príncipe Zhao Shi é coroado Imperador Duanzong de Sung.  1287 - Kublai Khan derrota as forças de Nayan e outros príncipes tradicionais Borjigin, no leste da Mongólia e Manchúria.  1381 - Ricardo II de Inglaterra se encontra com os líderes da revolta camponesa em Blackheath. A Torre de Londres é invadida por rebeldes que entraram sem nenhuma resistência.  1807 - O exército de Napoleão Bonaparte derrota o exército russo na batalha de Friedlândia.  1821 - Badi VII, rei de Sennar, entrega seu trono á Ismail Paxá, General do Império Otomano, encerrando a existência do Reino do Sudão.  1846 - Fundação do estado norte-americano da California  1900 - Havaí se torna parte do Estados Unidos da América.  1926 - Brasil deixa a Sociedade das Nações.  1940 - Segunda Guerra Mundial: o exército alemão invade Paris  1942 - Anne Frank começa a escrever o seu diário  1965 - Paulo VI cria a Diocese de Itabira, em Minas Gerais.  1966 - O Vaticano anuncia a abolição do Index Librorum Prohibitorum (Índice de livros proibidos).  1982 - Termina a Guerra das Malvinas, entre Argentina e Grã-Bretanha, com a rendição por parte dos argentinos em Port Stanley.
  • 4.  Mitologia grega: Dia das Musas  Dia Mundial do Doador de Sangue  Feriado de Abrantes.  Dia Universal de Deus.  Dia Nacional das Relações Públicas. (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1857 - Fundação do Grande Oriente e do Supremo Conselho do Uruguai com 154 anos de existência. 1933 - Falece o Irmão Mário Behring, criador do sistema de Grandes Lojas. Mário Behring 2002 – Segundo parecer do Ministro Alcides Martins, o STJ do Grande Oriente do Brasil dá ganho de causa aos Irmãos regularizados pelo Grão- Mestre Francisco Murilo Pinto e faculta-lhe o ingresso no GOB, o que a GLMERJ tentava impedir. Os Irmãos do Rio de Janeiro foram acolhidos pela ARLS Verdadeira Amizade nr. 2366 de Além Paraíba – MG (Estandarte abaixo):
  • 5. IrRicardo Jorge, MM GOB Platão disse uma vez aos seus discípulos: “Os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”. Na etimologia da palavra, silêncio vem de silentium, de silens (silere) que significa estar em repouso, tranqüilidade, descanso. O pensamento do filósofo Iniciado oferece-nos uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão. Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos. Por serem expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada indiscriminada e abusivamente. O Homem Utiliza a palavra por
  • 6. vezes como uma lança. As palavras ofendem , humilham, magoam e denigrem a honra do próximo. Infelizmente por vezes “abusa-se” do uso das palavras, não só no mundo profano como também no Mundo Maçônico. Tal situação é inconcebível em um Irmão Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano. Não é por acaso que a Ordem Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com uma tradição Messiânica e mais recentemente Pitagórica. A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. O neófito no grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, era proibido de falar; era só ouvinte e cumpria um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e meditar (pensar) no que ouvia. No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio prolongava-se por mais dois anos, adquirindo este Irmão o direito de ouvir as palestras do Mestre. Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos. Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um sábio da Grécia Antiga, quando questionado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”. No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre doseada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador. Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada com ponderação e cautela empregada com um sentido de ensinamento e orientada apenas aquele que a consegue escutar. O silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à
  • 7. libertação das paixões. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real... O silêncio absoluto já não está conectado ao tempo; está para além dele. A música nasce do silêncio e retorna ao mesmo. Existe um silêncio antes e depois, como o nascimento e a morte. O silêncio inicial é uma promessa ou ameaça. O silêncio terminal designa talvez o nada ao qual a vida retorna. O silêncio é ele mesmo Iniciação . O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento do seu Templo Interior. Ao Bater três vezes á porta do Templo , trazendo consigo a liberdade total de expressão, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática Messiânica do silêncio. Assim ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária. Para os egípcios o poder do silêncio vai mais longe, personificando este em um Deus – Harpocrates, tornando assim a omissão da “palavra” num acto Poderoso de veneração poder e respeito. Harpocrates è retratado sendo amamentado por Ísis ou por Hátor. Ambas amamentaram-no e criaram-no justamente para que pudesse vingar-se de seu tio Seth, o rei mau do Alto Egito que matara seu pai Osíris.
  • 8. Também podia ser identificado com o deus-Sol que renascia a cada manhã, dissipando as trevas, sendo, então, mostrado a emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Ele simbolizava o incessante renovar da vida, a eterna juventude, tudo aquilo que perpetuamente renasce devido às alternâncias da vida e da morte. Num período mais tardio (c. 712 a 332 a.C.), essa divindade tornou-se bastante popular e aparecia representada como uma criança nua em pé sobre um crocodilo, tendo nas mãos cobras e escorpiões. Ficou, então, conhecido como um deus com poder de curar as pessoas que tivessem sido mordidas por cobras ou picadas por escorpiões. Ainda podia personificar segundo alguns autores, os germens que começam a brotar, já que seu pai era uma divindade agrária, ou o Sol debilitado do inverno. Entretanto, Plutarco afirma: "Não se deve imaginar que Harpócrates seja um deus imperfeito em estado de infância, nem grão que germina. Assenta melhor considerá-lo como o que retifica e corrige as opiniões irreflexivas, imperfeitas e truncadas no concernente aos deuses, e tão difundidas entre os homens. Por isso, e como símbolo de discrição e silêncio, esse deus aplica o dedo sobre os lábios." Se usares da palavra, faz com o coração, em silêncio... Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para preenchê-lo – nem que seja com discursos vazios. Ter discernimento ao falar e aprender a calar são,mais que uma meta, um caminho para a paz interior. -- Lao Tzu
  • 9. (Curso Básico de Liturgia e Ritualística – José Castellani) da MaconariaPesqueirense-1@yahoogrupos.com.br; em nome de; moreno [morenop@terra.com.br] Conceituação Rito é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma sociedade, determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia; por extensão, designa culto, religião, seita. Ritual é tudo o que é relativo a rito, ou que contém ritos; é também, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias, religiosas ou não, com as palavras (ou, também, orações) que devem acompanhá-las; mais extensamente, refere-se a qualquer cerimonial ou a um conjunto de regras a seguir. Ritualística é tudo aquilo que é relativo ao ritual, ao rito, ou ao ritualista. Não pode ser confundido com ritualismo, que é o sistema dos que se apegam a ritos, (como ritualista é aquele que é apegado a ritos). Liturgia é termo mais aplicado à religião e designa a forma e a ordem, aprovadas pela autoridade eclesiástica, para celebrar os ofícios divinos, especialmente o da missa. Todavia, pela própria etimologia da palavra (originada do grego leitourgia = função pública), qualquer sociedade que realize um cerimonial, seja público, ou apenas reservado aos seus adeptos, em que exista uma ordenação e uma determinada forma de desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma função litúrgica.
  • 10. O cerimonial de rito maçônico é o seu ritual, que , na atualidade designa, realmente, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias. Os rituais maçônicos, independentemente de ritos, mostram elementos de História, de Misticismo, de Metafísica e de Ciência das antigas civilizações, que tanta influência exercem sobre o mundo atual e que concentravam, por volta do século II a.C., em torno do mar Mediterrâneo, às margens do rio Nilo e à volta dos rios Tigre e Eufrates, ocupando a Ásia Menor, a África e a Europa Oriental. Toques, sinais e palavras Os toques, sinais e palavras de senha têm origem nas corporações de ofício da Idade Média, assim como as muitas orações e invocações (que são em maior ou menor grau, dependendo do rito), já que essas corporações viviam sob a tutela da Igreja medieval. As palavras, todavia, tanto as Sagradas, como as de Passe, em todos os ritos, são todas hebraicas e relacionadas com o Templo de Jerusalém, com o trabalho artesanal, com passagens na história hebraica (todas de fonte bíblica), ou com a lenda do 3° grau, relativa a Hiram Abi, responsável pela confecção e entalhe dos objetos metálicos do Templo de Jerusalém (colunas, mar de bronze, bacias, etc.), mas que , na lenda foi o construtor do templo. O Cortejo de entrada O cortejo, com duas fileiras de componentes, formado para dar entrada no Templo tem a sua principal origem nos hábitos das antigas cortes reais; durante audiências públicas e recepções, as pessoas adentravam o salão (de audiências, ou de festas), formando duas fileiras, um de cada lado da passagem, no meio das quais passavam, devidamente anunciados pelo arauto, o rei, a rainha e, eventualmente, ministros mais importantes, dirigindo-se, todos, para o fundo da sala, onde o casal real (ou só rei, nas audiências) subia aos tronos, ali colocados, enquanto os ministros presentes ocupavam um plano inferior. É por isso que, na maior parte dos ritos, as fileiras do norte e do sul, abertas, respectivamente, pelos Aprendizes e Companheiros, seguidos pelos Mestres e com os respectivos Vigilantes, o Venerável; este, com todos os presentes já postados (e em pé) em seus lugares, nas Colunas, passa entre eles, indo até o Trono.
  • 11. Circulação no Templo A circulação é feita no sentido horário, ou seja, da esquerda para a direita, contornando o Painel da Loja, simbolizando, no caso, a marcha do sol e significnado que o maçom sempre caminha em direção à luz. Isso tem uma profunda origem histórica e mística, pois desde a Pré- história, o homem interrogava as forças cósmicas e, olhando para o céu, via os astros e os considerava como seres sobrenaturais, como deuses, que dirigiam o moldavam a sua vida. Entre esse astros celestes, o que sempre lhe chamou mais a atenção foi o Sol, por ser o mais evidente e ofuscante, por dar o conforto da luz e do calor, por fazer germinar os vegetais, base da alimentação, por ser, enfim, a fonte da vida. Abertura dos trabalhos A real abertura dos trabalhos ocorre quando são colocados na posição apropriada, as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria, ou seja: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. A presença do Esquadro e do Compasso é sempre constante e igual, de acordo com o grau em que a Oficina trabalha. Essa abertura é feita, na maior parte dos ritos, por um Mestre Instalado, de preferência o ex-Venerável mais recente, mas no Rito Escocês Antigo e Aceito, essa incumbência é dada ao Orador. Circulação de Troncos e Bolsas de Propostas A circulação do Tronco de Solidariedade (ou de Beneficência) e da Bolsa (ou Sacola, ou Saco) de Propostas e Informações quando feita com as devidas formalidades ritualísticas, é a seguinte: São atendidos, pela ordem: o Venerável, o 1° Vigilante, o 2° Vigilante, o Orador, o Secretário, o Cobridor Interno, o Cobridor Externo (se a Loja o tiver), os Irmãos postados no Oriente, os Mestres da Coluna do Sul, os Mestres da Coluna do Norte, os Companheiros e finalmente, os Aprendizes. Pode-se notar que no início dessa circulação é formada, pelo Oficial circulante (Mestre de Cerimônias, ou Hospitaleiro), uma estrela de seis pontas, com dois triângulos entrecruzados, sendo, o de ápice superior, formado pelo Venerável e pelos dois Vigilantes, enquanto que o de ápice inferior é formado pelo Orador, pelo Secretário e pelo Cobridor. Essa estrela de seis pontas que no Rito de York é chamada de Estrela Flamejante. É um
  • 12. antiqüíssimo símbolo, que foi aproveitado pelos hebreus e foi sempre importante no judaísmo, sob o nome de Estrela de Davi. Como símbolo bem antigo, ela tem dupla interpretação esotérica: a) Os dois triângulos representam as duas naturezas humanas, masculina e feminina, que se interpenetram e se harmonizam, formando uma figura inteiramente nova, embora ambos os princípios originais conservem a sua individualidade. Graças a isso, a estrela (formada por dois triângulos eqüiláteros) é considerada como o símbolo do matrimônio perfeito e, por extensão, a eternidade, pela perpetuação da espécie, já que simboliza o macho e a fêmea que se unem para formar um novo ser (é a figura inteiramente nova, a estrela), sem perder a sua individualidade (os dois triângulos). b) Representa a relação Espírito-Matéria, como segue: o triangulo de ápice superior representa os atributos da espiritualidade, enquanto que o triangulo de ápice inferior simboliza os atributos da meterialidade. Na administração de uma Oficina, o Venerável e os Vigilantes representam o triangulo da espiritualidade, pois a eles compete a condução espiritual da Loja; o Orador, o Secretário e o Cobridor simbolizam o triangulo da materialidade, pois a eles compete a execução das atividades materiais da Oficina (peças de arquitetura, interpretação da lei, redação das atas, expedientes e segurança do templo). Assim ao atender, inicialmente, ao Venerável, aos Vigilantes, ao Orador, ao Secretário e ao Cobridor, o Mestre de Cerimônias estará atingindo os três ângulos de cada triangulo e formando o antigo símbolo da estrela hexagonal. O Rito Escocês Antigo e Aceito O escocesismo nasceu na França como Maçonaria stuarista (referente à dinastia dos Stuart, da Inglaterra e da Escócia). Em 1649, depois da vitória na Inglaterra, da reforma puritana de Oliver Cromwell, rei Carlos I, da dinastia dos Stuart, era decapitado e a sua viúva, Henriqueta de França, filha de Henrique IV e de Maria de Médicis, aceitava do rei francês Luis XIV, o asilo político no castelo de Saint-Germain, onde não tardaram a juntar-se a ela muitos membros da nobreza escocesa e inglesa que passaram a preparar a reação contra Cromwell. Esses nobres, precavendo-se contra os elementos hostis à dinastias stuarista, abrigavam- se sob a capa das Lojas maçônicas, sob cujo caráter secreto podiam, sem grandes riscos, comunicar-se com seus partidários na Inglaterra e tramar a derrubada do regime de Cromwell, o que conseguiriam.
  • 13. Em 1661, às vésperas de subir ao trono inglês, Carlos II criou em Saint-Germain, um regimento com o título de Real Irlandês, que depois seria alterado para Guardas Irlandeses. Esse regimento criou uma Loja, cujos documentos chegaram até à atualidade. No dia 13 de março de 1777, o Grande Oriente de França admitiu que a constituição dessa Loja datava de 25 de março de 1688, sendo, portanto, a única Loja do século XVII cujos vestígios chegaram à época atual, acreditando-se, todavia, que os stuaristas tenham criado outras Lojas em território francês, principalmente a partir de um segundo regimento, formado em Saint-Germain, com integrantes escoceses e irlandeses. Muitos autores situam a fundação da primeira Loja stuarista em 1689, em Saint-Germain-em-Laye, sede da corte de Jaime II, que foi o sucessor de Carlos II e acabou sendo expulso da Inglaterra após a revolta de 1688. Essa Loja teria sido fundada pelo regimento irlandês Walsh de infantaria, tornando-se, então, a primeira loja jacobita (jacobita foi o nome dado, na Inglaterra, após a revolta de 1688, aos partidários da casa real dos Stuarts, principalmente dos regimentos escoceses e irlandeses compostos, em sua grande maioria, por católicos). Daí a origem católica do rito, ao contrário do York, cuja origem é anglicana. Desde a criação da Grande Loja de Londres, em 1717, desenvolveram-se na França, dois ramos distintos da Maçonaria: um inglês, dependente da Grande Loja londrina, e outro “escocês”, livre do sistema obediencial e, desta maneira, trabalhando de acordo com os antigos preceitos maçônicos, pelos quais os maçons tinham direito de formar Lojas livres sem prestar conta de seus atos à uma autoridade suprema, procedimento que seria mudado posteriormente, com a generalização do sistema obediencial. As lojas escocesas, todavia, formavam a esmagadora maioria: em 1771, das 154 Lojas existentes em Paris, mais as 322 da Província e 21 de regimentos, não havia dez delas que houvessem recebido sua patente da Grande Loja de Londres. O rito que iria se estabelecer, definitivamente, só a partir de 1801, acabou sendo chamado de Escocês, apesar de não ter uma ligação evidente com a Escócia; esse nome, estritamente nacional, terminou por tornar-se universal, designando um conjunto obediencial a partir de uma organização nitidamente política (jacobita ou stuarista). Isso aconteceu porque a maioria dos fiéis jacobitas era formada por escoceses, o que acabou por fazer com que todos os jacobitas fossem chamados de escoceses e, assim, com que o termo passasse a ser um rótulo político que atingiria o rito maçônico.
  • 14. O termo “Antigo e Aceito”, adicionado ao Rito Escocês, surgiu quando na França, o Grande Oriente resolveu proceder a uma severa revisão dos Altos Graus, no sentido de diminuir o seu número, o que acabaria acontecendo. Essa redução, levada a efeito em 1786, numa época em que o escocesismo já cuidava de aumentar os seus graus, fez com que os adeptos do Rito Escocês combatessem o novo sistema e passassem a usar a denominação de Maçons Antigos e Aceitos, em oposição aos Modernos do Rito Francês, numa imitação do que já ocorrido na Inglaterra. Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico Independentemente de ritos, existem algumas normas de comportamento ritualístico, básicas para os trabalhos das Oficinas. Não são feitos sinais quando se circula normalmente pelo templo, por dever de ofício ou não. Os sinais de Ordem e a Saudação só são feitos quando o maçom está de pé e parado. Sinais ao andar, só durante a marcha do grau. 1. Não são feitos sinais quando se está sentado. Nesse caso, para responder a uma saudação faz-se um leve meneio de cabeça. 2. Não se fazem sinais com instrumentos de trabalho (inclusive malhetes), pois qualquer sinal maçônico deve ser feito com a mão. 3. Não é regular a sessão maçônica aberta a um só golpe de malhete; todas as sessões, portanto, devem ser abertas e fechadas ritualísticamente. 4. Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso. 5. Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do templo. 6. Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao templo permitido, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável. 7. Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o grau simbólico do Maçom – Aprendiz, Companheiro, ou Mestre – ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é grau), não sendo permitido o uso do Alto Grau em que ele esteja colado. 8. Também não são permitidos paramentos de Altos Graus em Loja Simbólica.
  • 15. 10. É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento. 11. Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso. 12. Qualquer Obreiro ao sair do templo durante as sessões, deve fazê- lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta. 13. Não é permitido retirar metais do Tronco de Solidariedade durante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca afinado por retiradas indevidas. 14. É errado, ao colocar a contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal. 15. A transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União, exige absoluto silêncio; assim, é um erro arrastar os pés nessa ocasião. 16. Independentemente do grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à sessão deverá dar somente três pancadas na porta. 17. O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta. 18. Não pode haver acúmulo da sessão de iniciação com qualquer outra, a não ser a de filiação. 19. A circulação ordenada no templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do grau, já que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o solo do templo. 20. No Oriente não há padronização da marcha. 21. Nos templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com passos em esquadria.
  • 16. 22. O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo depois, pelo Sudeste (à direita de quem entra ou esquerda de quem sai). 23. Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros. 24. Com mais razão, os “profanos”, presentes às sessões abertas ao público (ou “brancas”), não podem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1° Vigilante); as mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2° Vigilante; 25. Nas sessões abertas ao público não é permitido correr o Tronco de Solidariedade entre os “profanos”. Isso é feito depois da saída deles. 26. Nenhum Obreiro pode sair do templo sem autorização do Venerável. 27. Se o Obreiro for sair definitivamente do templo, deverá, antes, colocar a sua contribuição no Tronco de Solidariedade. 28. Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de abertura da sessão, entrando depois, e ocupando o seu lugar, a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do templo. 29. Sempre que um Maçom desconhecido apresentar-se à porta do templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos toques, sinais e palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando Irmãos em eventual litígio). 30. A hora em que os maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém. 31. A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um Irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos
  • 17. para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”. 32. Os Obreiros com assento no Oriente, têm o direito de falar sentados. 33. Irmãos visitantes só são recebidos após a leitura do expediente e nunca depois da circulação do Tronco, não devendo, também, participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada. 34. Um Obreiro do Quadro, se chegar atrasado à sessão, não poderá entrar durante o processo de votação de propostas, já que não participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação do Tronco e durante a abertura ritualística. 35. Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de beneficência. 36. Em qualquer cerimônia maçônica em que sejam usadas velas, elas sempre serão apagadas com abafador e não soprando a chama. 37. Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é quje pode fazer a sagração do candidato à iniciação, à elevação ou à exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração. 38. Só o Maçom eleito para veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação. 39. O certo e Aclamação e não exclamação, como dizem alguns rituais. 40. Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para encaminhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos.
  • 18. 41. Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo em foque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte ao seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido. 42. Durante as essões de iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permitir. Todavia, se o rito exigir que o candidato ajoelhe-se, ele será obrigado a fazê-lo mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Ofician, cujo rito não exija a genuflexão. 43. A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, com exceção do Rito Schroeder, onde ela é formada no fim de qualquer sessão. 44. Não pode, um Aprendiz, se impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraísmo persa e do pitagorismo. 45. Não existe um tempo específico para a duração de uma sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do Quadro, impõe restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também, tem que ter discernimento para evitar que a sessão se estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida imposta pelas Obediências.
  • 19. Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI. Fundador do Sistema de Grandes Lojas do Brasil Ao tentarmos dizer alguma coisa sobre a figura exponencial de MÁRIO BEHRING, fazemos com o maior respeito e admiração. Entendemos que nunca devemos negar os justos aplausos aos que, conscientes da verdade dos fatos e do direito, dispõem-se a colocar sobre os próprios ombros, o julgamento da história. Já temos aprendido, sobejamente, que errar é humano; permanecer no erro é obstinação. Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING, costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas idéias e o ímpeto de sua coragem. Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente, nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança. MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua
  • 20. maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina. Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as espécies, principalmente, o religioso. No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil, originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17 de Junho de 1822, conforme consta de seus registros. É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente,
  • 21. quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa irrecusável demonstração aos menos avisados de que, embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus primeiros passos. Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez, usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto da Constituição do GOB que pela conotação liberalista emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo, dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho de MÁRIO BEHRING. Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em última análise, era uma tomada de posição em consonância com o desenvolvimento da Maçonaria Universal. Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel- prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.
  • 22. Sem dúvida, entre os que se opuseram às idéias de MÁRIO BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de observação ou possível desconhecimento da universal regularidade então buscada, permaneceram na arraigada defesa das suas posições. Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito suor e muitas lágrimas. A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de argumentos, a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o Filosofismo. Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING, passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual, procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá- lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a responsabilidade de fazê-lo. Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente, porém, harmônica entre as duas administrações.
  • 23. Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo. Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando- se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.
  • 24. MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados. Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO, em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um livro, mas faria um exame de consciência". Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria respiração, fazendo dele documento animado de personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias emergências da vida. Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar como Maçom e por isso com serenidade, os passos das transatas caminhadas. O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará, fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou as falsas pompas. Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços da marcante e exemplar personalidade do Paladino da Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos
  • 25. perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem ostentação ou falsa modéstia. Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio, da moral e da razão.
  • 26. INFORMATIVO SEMANAL DA LOJA ALFERES TIRADENTES Enviado pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro. Confira: Período: 13 a 19/06/2011 Sessão de Aprendiz Maçom Sessão Magna de Instalação. Esta Sessão será realizada no Templo da Grande Loja de Santa Catarina. Começará a partir das 19h00. •13 - Ir.·. Fábio André Merigo. •13 - Michele Ferreira da Conceição - filha do Ir.·. Eleutério Nicolau da Conceição. •14 - Luiz Henrique de Souza - filho do Ir.·. Ary de Souza. •14 - Ir.·. Milton de Almeida Coelho Filho. •15 - Marco Antonio de Oliveira Vieira Goulart - filho do Ir.·. Luiz Antonio Vieira Goulart. •15 - Ir.·. Onofre Machado Filho. •17 - Gabriel Hermes Teixeira de Souza - filho do Ir.·. Wilson José de Souza. •17 - Luizete Barcelos Pires - esposa do Ir.·. Luiz Cláudio Pires. "Toda dificuldade tem um raio de esperança e lhe prepara para algo melhor em sua vida". Ao nascer asseguramos uma data especial para festejar todos os anos o nosso aniversário. E neste dia, muitas pessoas lembrar-se-ão da data e desejarão muitas felicidades. Queremos dizer que é bom saber de sua existência, de poder estar a seu lado e dizer: Feliz Aniversário. Queremos que o GADU coloque em sua vida bênçãos, saúde, paz e alegria. O restante você conseguirá. PARABÉNS!
  • 27. O sucesso das palestras proferidas pelo Ir.·. Geraldo Morgado Fagundes em várias Lojas da jurisdição de Santa Catarina. Sua agenda encontra-se lotada. -------------------------------------------------- A publicação do JB News na página da Alferes Tiradentes nº 20. Além de ser enviado por email fica na página para ser lido. Belo trabalho elaborado pelo Ir.·. Jerônymo Borges da ARLS.·. Templários da Nova Era nº 91. --------------------------------------------------- CONVITE Para o dia 24 de junho de 2011, sexta-feira, a Loja Alferes Tiradentes estará realizandoSessão de Mesa em homenagem ao Solstício de inverno e ao 34º aniversário da Loja. Começa a partir das 20h00. Sobre o que disse o filósofo chinês Jin Yutang (1895 - 1976): Além da nobre arte de fazer o que precisa ser feito, existe a nobre arte de deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial" O Ir.·. Arcenio Patricio estará, no dia 17 de junho de 2011, no Templo da Grande Loja de Santa Catarina, no Campeche, juntamente com 44 Irmãos, sendo instalado como Ven.·. Mestre para os trabalhos da Loja Alferes Tiradentes durante o período de 2011/2012. Depois da Sessão de Instalação acontecerá um jantar, por adesão, no salão nobre da Grande Loja, juntamente com as cunhadas. Para o jantar procurar o Ven.·. Mestre Ir.·. Luiz Antonio Vieira Goulart para reserva. "Nunca o sono te feche as pálpebras sem que antes hajas perguntado a ti mesmo: - Que fiz eu? Que deixei de fazer neste dia? Se praticaste o mal, recua; persevera se praticaste o bem". Pitágoras - (570 a.C. - 497 a.C.) O cadastro do Irmão está atualizado? Quer incluir alguma informação? Clique aqui e mantenha seu cadastro atualizado. O Irmão só tem a ganhar e nós também. OBS.: Esta mensagem está direcionada, tão somente, aos Irmãos leitores do Informativo Semanal da ARS.·. Alferes Tiradentes nº 20 cadastrados, portanto não se caracteriza como SPAM. Em respeito a você e às leis que regulam o tráfego de mensagens na internet, caso não tenha mais interesse em receber nossas mensagens e o Informativo, por gentileza clique aquisolicitando a remoção de mensagens futuras. Imprimir PDF
  • 28. Criado e mantido por: Juarez de Oliveira Castro MESTRE DE CERIMÔNIAS O artigo de ontem intitulado Mestre de Cerimônias é de autoria do Ir. Sergio Quirino Guimarães e não do Ir. José Aparecido dos Santos. NA CHINA Do empresário carioca Ir J. dos Santos Vianna: “JB, Só mesmo os JB News para me conectarem ao Brasil nas semanas que fiquei na China. Quanta cultura e informação nova. Um abraço fraterno. Vianna”.
  • 29.
  • 30. Entrada principal do Grande Oriente Lusitano em Lisboa.