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O que caracteriza a base ze-
losa da vigília e da oração é o
esforço mental e decidido na pro-
cura do crescimento moral. Todos
os médiuns de qualquer particu-
laridade sensível, considerando a
sua maior experiência mediúnica,
devem sustentar as disciplinas dos
anseios íntimos e dos desejos las-
civos. Efetivamente, um dos mais
arriscados comportamentos de
qualquer trabalhador na seara me-
diúnica é a negligência da mente
que se deixa aprisionar
nos arrastamentos ex-
tremos da abominável
concupiscência.
Profere a máxima
que o amor não brota
nas sombras dos dese-
jos, mas é fonte crista-
lina e inesgotável do
espírito eterno, em face disso é im-
portante conservar precaução nos
sentimentos que possam resvalar
nas teias do sensualismo e dos de-
sejos ditos “da carne”. A atração
pelos prazeres carnais condena as
mentes desprevenidas aos cala-
bouços das escuridões do além.
O aperfeiçoamento das for-
ças psíquicas solicita o imperativo
da oração como sustentáculo do
processamento de sublimação dos
sentimentos. O mundo contem-
porâneo, com as suas seduções e
apelos selvagens, está superlota-
do de solicitações da erótica, da
pornografia, do sensualismo alie-
nantes. Nesse sentido, é importan-
tíssimo que todos os médiuns que
lidam na tarefa das forças psíqui-
cas alcancem a imperiosa discipli-
na dos desejos confinantes do sexo
animalizado.
Recordemos que não se abate
a sede de um viajante
em pleno deserto ofer-
tando-lhe água salgada
e não se protege a vida
de uma planta regando
-a com água fervente.
A sexualidade humana
é um manancial aquífe-
ro que pode erradicar a
sede do amor, revigorar a semente
e os ramos das delicadas plantas
da sublimação dos desejos.
Vigília - eis a palavra de or-
dem! Até porque o tempo é ur-
gente, em face dessa realidade,
não consintamos que nas mentes
de cada qual faça residência aos
convites patológicos das cobiças
carnais e apoiemo-nos na oração
sem trégua.
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 12 - Junho de 2016.
Editorial .............................................................................. Jorge Hessen
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Livro: Perante Jesus
Psicografia: Chico Xavier
Editora: Ideal
Exposição Espírita
Quando mais se afeiçoam no mundo as normas téc-
nicas da civilização, mais imperiosas se fazem as necessi-
dades do intercâmbio. A vista disso, nos mecanismos da propaganda, em
toda parte, os mostruários do bem e do mal se misturam, estabelecendo
facilitários para a aquisição de sombra e luz. Nesse concerto de forças que
se entrechocam nas praias da divulgação, em maré crescente de novida-
des ideológicas, através das ondas de violentas transformações, a Doutrina
Espírita é o cais seguro do raciocínio, garantindo a alfândega da lógica des-
tinada à triagem correta dos produtos do cérebro humano, com vistas ao
proveito comum.
Daí a necessidade da exposição constante dos valores espíritas evan-
gélicos, sem o ruído da indiscrição, mas sem o torpor do comodismo. Ser-
viço de sustentação do progresso renovador. Quando puderes, auxilia a
essa iniciativa benemérita de preservação e salvamento. Auxilia a página
espírita e esclarecedora a transitar no veículo das circunstâncias, a cami-
nho dos corações desocupados de fé, à maneira da semente bendita que
o vento instala no solo devoluto e que amanhã se transformará em árvore
benfeitora.
Ampara o livro espírita com o respeito e a presença, com o entendi-
mento e a cooperação, valorizando-lhe cada vez mais a missão de escola
para a Vida Superior. Como possas e quando possas, relaciona as bênçãos
que já recebeste da Nova Revelação, reanimando e orientando os irmãos
do caminho. Disse-nos Jesus: “Não coloques a lâmpada sob o alqueire”.
Podes e deves expor a tua ideia espírita, através da vitrina do exemplo e da
palavra, na loja de tua própria vida para fazê-la brilhar.
Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel
............
Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Médiuns”, cap. II - Do maravilhoso e do sobrenatural, item 14.
“Resumimos nas proposições seguintes o que havemos expendido:
1.º - Todos os fenômenos espíritas têm por princípio a existência da alma,
sua sobrevivência ao corpo e suas manifestações.
2.º - Fundando-se numa lei da Natureza, esses fenômenos nada têm de
maravilhosos, nem de sobrenaturais no sentido vulgar dessas palavras.
3.º - Muitos fatos são tidos por sobrenaturais, porque não se lhes conhece
a causa; atribuindo-lhes uma causa, o Espiritismo os repõe no domínio dos
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A temática do fim do mundo, prevista nas
escrituras, está sempre em voga. A literatura espírita,
recheada de preciosas informações a este respeito,
não priva de respostas aqueles que as buscam.
Os textos doutrinários esclarecem que não ocorrerá um grande e isolado
cataclismo, como acreditam muitos fanáticos e religiosos, que aniquilará o globo no
referente à sua constituição física. Contudo, eventos catastróficos, como terremotos,
furacões, tsunamis, enchentes continuarão a fazer parte deste quadro de evolução
geológicaedeemissõesconstantesdefluidosmentaisvenenosos,oriundosdanossa
iniquidade que corrompe a psicosfera terrestre promovendo graves repercussões na
natureza. A morte definitiva do mundo se dará nas suas expressões morais, sociais
e políticas, como afirma Humberto de Campos no cap. XXII de “Brasil, Coração do
Mundo, Pátria do Evangelho”. Este processo de mudança vai elevar a Terra para um
estágio mais ditoso, onde a civilização do futuro, ancorada na Verdade refletida pelo
Espiritismo, assentará as suas bases na fraternidade e na justiça.
Neste contexto de transição, lembramos que, em “A Caminho da Luz”, cap.
Final dos temposFabiano Augusto
fenômenos naturais.
4.º - Entre os fatos qualificados de sobrenaturais, muitos há cuja impossibi-
lidade o Espiritismo demonstra, incluindo-os em o número das crenças supers-
ticiosas.
5.º - Se bem reconheça um fundo de verdade em muitas crenças populares,
o Espiritismo de modo algum dá sua solidariedade a todas as histórias fantásti-
cas que a imaginação há criado.
6.º - Julgar do Espiritismo pelos fatos que ele não admite é dar prova de
ignorância e tirar todo valor à opinião emitida.
7.º A explicação dos fatos que o Espiritismo admite, de suas causas e con-
sequências morais, forma toda uma ciência e toda uma filosofia, que reclamam
estudo sério, perseverante e aprofundado.
8.º O Espiritismo não pode considerar crítico sério, senão aquele que tudo
tenha visto, estudado e aprofundado com a paciência e a perseverança de um
observador consciencioso; que do assunto saiba tanto quanto qualquer adepto
instruído; que haja, por conseguinte, haurido seus conhecimentos algures, que
não nos romances da ciência; aquele a quem não se possa opor fato algum que
lhe seja desconhecido, nenhum argumento de que já não tenha cogitado e cuja
refutação faça, não por mera negação, mas por meio de outros argumentos
mais peremptórios; aquele, finalmente, que possa indicar, para os fatos averi-
guados, causa mais lógica do que a que lhes aponta o Espiritismo. Tal crítico
ainda está por aparecer.”
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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge Hessen
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Sábado - 18 horas
Dia 4 - Jorge Hessen (PAE)
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Dia 25 - Carlos Sá (FEB)
Quarta-feira - 20 horas
Dia 1 - Francisco Soares (PAE)
Dia 8 - Cirne Ferreira (FEB)
Dia 15 - Maria Omilta (PAE)
Dia 22 - Arildo Marques (B. Menezes)
Dia 29 - Valdivino Dias (PAE)
Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Junho
III, Emmanuel mostra que há muitos milênios um dos orbes do distante sistema
da estrela Capela, na constelação do Cocheiro, o qual guarda semelhanças com a
Terra, atingira os píncaros de um dos ciclos evolutivos, e alguns milhões de espíritos
rebeldes destoavam da evolução geral, obscurecendo a consolidação de tão
esperada transformação. Por isso, fazia-se necessária uma ação de saneamento
que os excluiria, temporariamente, daquela atmosfera empenhada no progresso.
Emmanuel registra: “Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de
si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na
prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam
desprezadosnanoitedosmilêniosdasaudadeedaamargura;reencarnariamnoseio
das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos
distantes”. Essa turba de espíritos recebeu a designação de raças adâmicas.
O cenário descrito alerta para um processo similar que já começou há algumas
décadas na Terra e, em linhas gerais, vem definindo o futuro de boa parte da
sociedade humana, distante dos compromissos de melhoria íntima e coletiva. Em
“Obras Póstumas”, segunda parte, no texto Regeneração da Humanidade, o mestre
Kardec identifica esses espíritos moralmente atrasados e que serão expurgados da
Terraparamundosinferiores,afirmandoqueelessecaracterizamprimeiramentepela
revolta contra Deus e depois pela propensão instintiva às paixões que degradam,
ao orgulho, ao ódio, ao apego a tudo o que é material. Extremos sofrimentos serão
vivenciados por esses irmãos, os degredados, até que mudem a sua condição moral
e possam retornar ao nosso Planeta e caminhar em consonância com a nova ordem.
Reflitamos nos ensinamentos espíritas e busquemos forças interiores para
enfrentar a degradação moral que aflige a Humanidade, acima de tudo, fazendo a
nossa parte, a fim de estarmos sólidos na fé racional frente às pesadas e escuras
tempestades de lágrimas e dores, que já permeiam a realidade global.