Este boletim informativo contém: 1) um almanaque de datas históricas, 2) um artigo sobre o maçom mouro Angelo Soliman e sua contribuição à maçonaria, 3) um conto sobre a "bagagem" espiritual necessária para a grande viagem após a morte.
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
Jb news informativo nr. 0266
1. JB NEWS
Informativo Nr. 266
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Rio de Janeiro (RJ), 21 de maio de 2011
Índice desta sábado:
1. Almanaque
2. O Maçom Mouro (do site da Loja Luz no Horizonte)
3. A Bagagem (Ir. Valdemar Sansão)
4. O Silêncio e a Maçonaria (Ir. Jaime Balbino de Oliveira)
5. Destaques
2.
3. 78 - Criação do Shaka Samvat, o calendário nacional indiano.
878 - Siracusa, na Itália, é capturada pelo sultão muçulmano da Sicília.
879 - Papa João VIII dá a benção á Branimir da Croácia e aos Croatas, considerando
internacionalmente o reconhecimento do estado Croata.
996 - Otão III é coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
1502 - Santa Helena é descoberta pelo navegador português João da Nova.
1674 - A Szlachta elege Jan III Sobieski como rei da Polônia e Grã-Duque da Lituânia.
1725 - A Ordem de Santo Alexandre Nevsky é instituída na Rússia pela imperatriz
Catarina I.
1878 - Fundação da cidade de Torres, no Rio Grande do Sul.
1904 - Fundação da FIFA.
1966 - As Forças Voluntárias de Ulster declaram guerra ao IRA na Irlanda do Norte.
1991 - Rajiv Gandhi, filho de Indira Gandhi, e que exercia a função de primeiro-ministro
na época, é assassinado por um terrorista, em Chennai (então chamada de Madras).
1998
o Fundação do Ipatinga Futebol Clube, equipe brasileira de futebol.
o Suharto, presidente da Indonésia durante 32 anos, renuncia ao cargo.
2003 - Um terremoto no norte da Argélia mata mais de 2.000 pessoas.
2005 - A Wikipédia em português atinge 50 mil artigos.
2006 - Os eleitores de Montenegro aprovam a independência da república (55 % de
aprovação), separando-se da Sérvia. É o fim da união entre Sérvia e Montenegro e da
última união da Iugoslávia.
2008
o Final da Liga dos Campeões da UEFA de 2007-08.
4. Dia da Língua Nacional
Dia Nacional da Cachaça, estabelecida pelo ex-Presidente Itamar Franco.
Católico
Ascensão do Senhor
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1779 - Ir.'.Benjamin Franklin é eleito Venerável da Loja Les Neuf Soers (As nove Musas), em
Paris, a mesma que iniciou Voltaire.
1829 - A Bula Traditi, do Papa Pio VII condena a Maçonaria.
1895 - Nasce Ir.'.Lázaro Cárdenas, presidente do México, fundador de muitas Lojas e
protetor dos Maçons espanhóis exilados por causa da perseguição franquista.
1973 – Nas eleições do GOB, 70,55% dos votos foram anulados para que vencesse o candidato
da situação.
1998 – Fundação da Loja Perfeição de Biguaçu (GOB/SC) que trabalha no Rito Brasileiro.
5. Do site da Loja Luz no Horizonte:
http://www.masonic.com.br
Os maçons do século XVIII orgulhavam-se de seu igualitarismo, e demonstravam
no às vezes iniciando pessoas cuja companhia, em outras circunstâncias, teriam
evitado.
Um célebre exemplo do espírito aberto dos maçons envolveu um ex-escravo,
Angelo Soliman. Nascido na África do Norte no início do século XVIII (1721),
Soliman foi vendido como escravo quando criança. Educado na Europa por uma
série de donos abastados, acabou tutor em uma casa aristocrata de Viena e tornou-
se uma figura popular na corte. Foi alforriado e casou com uma baronesa viúva
(06/02/1768 Magdalena).
Em 1781, foi iniciado na Loja Maçônica Harmonia Verdadeira, que abrigava
vários membros da elite social vienense.
6. Soliman tornou-se Venerável de sua Loja e ajudou a mudar seu ritual para incluir a
leitura de textos acadêmicos e científicos sérios – prática depois adotada por lojas
de toda a Europa, reforçando a fama de rigor intelectual da maçonaria. Ao mesmo
tempo, a afiliação de Soliman à ordem tornou-se um exemplo do pensamento
progressista dos maçons.
Mas finalmente o ex-escravo teve uma sina peculiar. Ao morrer, em 1796, teve seu
corpo requisitado pelo Sacro Imperador Romano, Francisco II (Franz), que
mandou empalha-lo. (O imperador tinha o hábito bizarro de colecionar corpos
humanos empalhados.) O soberano exibiu a pavorosa peça de taxidermia em seu
museu particular, apesar dos apelos da filha de Soliman (Josephine) e dos protestos
indignados de seus irmãos maçons. A relíquia macabra ficou na coleção imperial
até que, durante a revolução de 1848, uma bomba jogada na biblioteca do palácio
destruiu os restos de Angelo Soliman com uma explosão de chamas
misericordiosas.
Para conhecer um pouco mais sobre a vida de Angelo Soliman, viste os site:
http://www.sadocc.at/angelo-soliman.html
http://www.aeiou.at/aeiou.encyclop.s/s639580.htm
Fonte: Livro Mistérios do Desconhecido, Editores de Time-Life Livros e publicado
no Brasil pela Abril Livros.
7. Ir Valdemar Sansão - SP
“Um homem não é grande por aquilo que ele fez e sim por aquilo a que ele
renuncia”!
O homem veio a este planeta para semear e colher. E todos os bens materiais do
mundo estão colocados à sua disposição. Assim o quis o Grande Arquiteto do
Universo.
Acontece que na grande maioria dos casos, a busca a esse “status”, e a luta pela
riqueza e o prestígio, acabam afastando o homem de um outro desenvolvimento
tão importante quanto o progresso material: o desenvolvimento espiritual, e,
principalmente, a assumir responsabilidades diante das nobres e altruísticas
missões que nos aguardam em prol do bem comum.
É importante, pois, que todos nós saibamos encontrar uma fórmula, que nos
permita escapar desse roteiro constituído de trabalho profissional, preocupação
financeira e conquista de espaços nas colunas sociais. O homem que deseja
progredir em relação ao seu desenvolvimento espiritual – e principalmente o
Maçom que deve desbastar a Pedra Bruta – precisa ter em conta que a bagagem
para a Grande Viagem não é a mesma que se leva quando de roteiros de negócios
ou turismo. É preciso que tenhamos isso em mente! Não apenas em alguns
momentos de reflexão, mas em cada minuto do dia. É preciso que o homem se
localize como fiel da balança, sabendo até onde deve ser conduzido pelos seus
desejos mundanos, naturais, de progresso material e até onde precisa levar sua
vida, construindo um destino que, ao final, venha somar em seu crescimento
8. espiritual.
Vejamos o que pode nos acontecer num encontro mais ou menos assim:
Ao fim de um dia estafante, de um dia de rotina, o homem procurou repousar e
rapidamente dormiu. Dormindo, em sonho, ele pressentiu a presença de alguém.
Era um estranho personagem que, dirigindo-se a ele, disse-lhe que se preparasse,
porque a qualquer momento deveria viajar.
- Arrumai a mala!... – falou o estranho.
Embora aturdido pela nova situação e mesmo confuso e sem poder raciocinar
direito, como um autômato, o homem começou a juntar tudo que tinha e que
poderia levar com ele. À sua frente, o estranho personagem observava de perto os
gestos do importante homem de negócios. Abriu a mala com um gesto quase
automático, e começou a juntar suas coisas: roupas, livros, troféus, sapatos,
diplomas e tantas coisas. Silente, o estranho apenas observava. E o homem foi
colocando mais coisas na mala: um álbum de fotografias – onde estavam suas
lembranças queridas; retratos de antigas namoradas; cartões de visita do seu
grande círculo de amizades, etc, etc. – Ah! E o talão de cheques! Como esquecê-
lo? Junto com o talão, apanhou seus cartões de crédito, colocando-os no bolso
interno do traje branco, junto aos seus documentos pessoais e dinheiro vivo, em
moeda corrente. Por um instante, levantou os olhos e viu o estranho que
continuava ao seu lado, olhando aquela cena toda. O estranho sorriu, sacudiu a
cabeça e disse:
- Nesta viagem não precisas de nada disso. O supérfluo deve ficar e contigo deves
conduzir apenas aquilo que é realmente importante. O homem transpareceu
surpresa no olhar e falou:
- Mas como? Roupas, dinheiro, calçados, documentos, cheques, nada disso é
importante? Não estou entendendo!
- Verdade – retrucou o estranho – disseste-o muito bem. Nesta viagem que farás
nada disso é importante. E constatando o olhar surpreso do homem, o estranho
continuou falando calma e tranqüilamente. E disse que esta é uma viagem
diferente. Tão diferente que, apesar de nem saber quando seria, o homem já
deveria ir se preparando desde agora. E não poderia levar coisas que não fossem
realmente importantes e necessárias. Sua voz continuava tranqüilamente a
esclarecer:
9. - Não precisaras ocultar a nudez do teu corpo. Não precisaras de livros para ler,
pois nada mais poderás aprender nos livros que possuis. Os teus sapatos não terão
qualquer serventia, posto que não andarás mais na terra nem pisarás mais o chão.
Os teus troféus e as tuas medalhas não terão qualquer valor para onde vais. Nem
tampouco diplomas te serão pedidos. As tuas fotografias nada mais significarão
para ti e outras serão tuas lembranças. Deves esquecer conquistas sem finalidade, e
nem todos os cheques de todos os bancos do universo comprarão sequer um banco
rústico onde possas sentar. Para onde tu vais, o teu dinheiro não vale nada!
- Mas minhas roupas de alto valor? Meu “smoking”? Meu terno branco de tanto
gosto? – perguntou o homem.
- Nada disso importa! – Não deves te preocupar com a brancura do teu terno, mas
sim com a alvura da tua alma, a branco pureza que deve vestir o teu espírito...
Nesta altura do diálogo, o homem sentiu-se envolver por uma aura de luz dourada
que chegava até eles, sem que se pudesse perceber de onde. Então, sem entender
bem porquê, o homem começou a tirar toda aquelas coisas da mala, que logo ficou
vazia.
- Para que a mala? – pensou ele, perguntando em seguida – Apesar de teres dito
para arrumar a mala, ei-la vazia, sem razão de ser e sem finalidade. Que querias
dizer quando ordenaste que eu arrumasse a mala?
- Quando te mandei arrumar a mala, não me entendeste! Eu me referia a que
reuniste tudo de puro e de bom que teus sentimentos abrigam na bagagem do teu
espírito, no recesso do teu coração. Eu pedia que reunisse num somatório, todos os
gestos de amor que praticaste até aqui; toda a palavra de perdão que proferiste;
todo o amor fraterno que ofereceste aos teus Irmãos; toda a fome que ajudaste a
mitigar, a sede que saciaste, o corpo de alguém que agasalhaste; toda a palavra que
proferiste para educar, ensinar, guiar, esclarecer e proteger. Esta, apenas esta, é a
bagagem que deves reunir. Esta mala que está ao teu lado, não tem qualquer
serventia a não ser aqui. A outra, a mala que te mandei arrumar, é a mala do
coração e da mente.
No faiscar de um instante, num relance, o homem compreendeu que a viagem que
deveria fazer seria para além do mundo material. Galgaria os céus, ou quem sabe,
desceria aos infernos. Subiria á culminância das estrelas, num encontro fatal com
os anjos portadores da balança da Lei e, depois, quem sabe onde iria parar. No
recesso da Casa do Pai ou nas profundezas abismais das trevas e do medo.
10. - Então, a minha viagem é agora – falou. O suor deslizava pela sua testa e se
precipitava no abismo de suas faces. Sua voz estava rouca. A garganta estava seca.
E o homem fez um esforço e disse:
- Vou morrer?
O estranho sorriu e respondeu tranqüilizando o homem.
- Não! A tua viagem não é agora. Mas poderá ser no próximo minuto, dentro de
alguns dias, talvez semanas, quem sabe dentro de muitos anos, ainda. Mas ouve o
meu conselho: não deixa para arrumar tua bagagem no minuto anterior à partida.
Não! Deves cuidar dos teus bens (se é que possui algum) agora. Prepara-te com
antecedência. Mesmo porque não poderás saber quando chegará o momento do
céu se abrir e as trombetas dos anjos anunciarem que a tua viagem está
começando. Que não sejas pego de surpresa. Que não viajes despido e sem nada.
Porque se assim o fizeres, certamente terás que retornar para recuperar o que
perdeste e para construir o que não edificaste. E o que é bem pior, voltarás para
trocar teus valores e, então sim, encontrareis o teu tesouro. Cuida-te, pois!
Construir na matéria a finalidade maior da vida terrena, esquecendo que acima de
tudo isto existe a essência Maior, que conduz à morada espiritual na Casa do Pai, é
um trágico e amargo engano que a maioria dos homens comete. Pára e medita.
Traça um paralelo entre a vida do homem espiritual em seu manancial de
verdadeira Luz e Sabedoria. Se as trombetas tocassem agora e os anjos chamassem
teu nome, terias pronta a bagagem para a grande viagem?
Bibliografia:
Coletado no trabalho: “O Estranho” do
Ir Tibiriçá Freitas (A TROLHA Mar-Abril/90)
A Maçonaria existe para servir os homens e para transmitir o facho de conhecimento
coletado e secreto, de uma outra geração de iniciados!
11. O Silêncio e a Maçonaria
Pesquisa Ir.: Jaime Balbino de Oliveira
Esta peça de arquitetura foi elaborada a partir das reflexões que emanam das
percepções originadas das atividades em Loja e também de leituras de textos de
sábios irmãos, tais como Toufic Anbar Neto, Eduardo Miguel Lopes Rodrigues e
Nicola Aslan.
Silêncio, no que se refere à Ordem, está intimamente relacionado aos segredos e
simbolismos maçônicos (boa parte destes públicos atualmente, revelados em
páginas e páginas da Internet). É uma pena que a maioria dos indivíduos que as
constroem sejam pessoas que, um dia, mereceram a confiança de irmãos em Loja e
que, além de não assimilarem a filosofia embutida em tantas alegorias, não foram
merecedores do respeito um dia neles depositado. As convicções adquiridas, no
entanto, me fazem crer que muito do que constitui os segredos maçônicos são
impossíveis de se revelar, posto que estão na alma do iniciado na arte real.
Lembranças que vem à mente reportam-me aos meus primeiros contatos com a
Sublime Instituição, onde somos recebidos por advertência contida na frase "tudo
que aqui ouvires, tudo que aqui souberes, quando daqui saíres deixe que fique
aqui"Veja nota . Na progressão das instruções, fica claramente estabelecido ao
aprendiz que seu papel será principalmente de ouvinte, que a Ordem espera que ele
12. saiba muito mais escutar do que falar; palavras sempre com significado
semelhante... manter o silêncio como sua virtude maior.
Desde cedo aprendemos que, em Maçonaria, o silêncio tem um rico significado,
que incita ao neófito perscrutar os mistérios do seu íntimo, buscar dentro de si
mesmo as suas verdades absolutas, com as quais trabalhará de hora em diante.
Ficamos sabendo que o significado simbólico do desbastar a pedra bruta significa
lapidar nosso interior, buscando cepilhar rudezas e asperezas para que, polidos,
sejamos virtuosos e justos.
A necessidade da exaltação do silêncio, na Maçonaria, remete aos mais antigos
conhecimentos da humanidade, sendo utilizado por várias religiões, congregações
filosóficas e outras entidades afim. Desde as primeiras civilizações, notadamente
as que tinham sociedades iniciáticas, o silêncio é um importante elemento cultural,
imposto drasticamente para salvaguardar seus segredos.
São exemplos para nós os egípcios que, entre magos e sacerdotes, ao serem
iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem os segredos
e incitá-los à meditação. Igualmente, o budismo também valorizava o silêncio
como condição para a contemplação. Os essênios tinham como principais símbolos
um triângulo contendo uma orelha e outro contendo um olho, significando que a
tudo viam e ouviam, mas não podiam falar, por não terem boca. Para os talhadores
de pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte eram uma questão de
sobrevivência, constituindo-se inclusive num salvo-conduto.
Quando da unificação, a G.'. L.'. U.'. da Inglaterra adotou a legenda "audi, vide,
tace" (ouça, veja, cale). Elementos não faltam na literatura maçônica para salientar
a importância do silêncio: as "Old Charges" (Antigas Obrigações), pregavam o
silêncio, a circunspeção e a compostura durante os trabalhos. A constituição de
Anderson pregava a prudência e o silêncio, notadamente em relação aos profanos.
E, nos landmarks de Mackey, o de nº 23 se refere ao sigilo que o Maçom deve
conservar sobre todos os conhecimentos que lhe são transmitidos e dos trabalhos
em Loja, sendo que as cartas constitutivas de todas as Obediências contêm
referências com o mesmo sentido.
A Lei do Silêncio é a origem de todas as verdadeiras iniciações. Segundo Wirth, o
ensino deve ser pelo silêncio, nada de palavras que podem faltar com a verdade.
Nada mais é do que um perpétuo exercício do pensamento. Calar não consiste
somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro
de si, quando se escuta alguém falar.
13. Não se deve confundir silêncio com mutismo. Segundo Aslan, o primeiro é um
prelúdio de abertura para a revelação, o segundo é o encerramento da mesma. O
silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os esconde. Um assinala o
progresso, o outro a regressão.
Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois Deus
chega na alma que nela faz reinar o silêncio, mas torna mudo a que se distrai em
tagarelices. Os mistérios na Maçonaria devem ser velados em silêncio, pois em
relação ao mundo profano nossos segredos existem com o objetivo de não poluí-
los pelos que não se encontram preparados para entendê-los, e nada mais perigoso
do que a verdade mal compreendida.
Somente o homem capaz de guardar o silêncio será disciplinado em todos os outros
aspectos de seu ser, e assim poderá se entregar à meditação. Enfim, o silêncio é a
virtude maçônica que desenvolve a discrição, corrige os defeitos, permite usar a
prudência e a tolerância em relação aos defeitos e faltas dos semelhantes.
A leitura de textos e obras de sapientes irmãos mostra que mesmo que algumas
coisas sejam ditas, o profano nunca saberá o real significado da filosofia maçônica,
uma vez que ela está alicerçada no interior de cada maçom. Entre os próprios
irmãos nota-se que a linha divisória do entendimento das bases filosóficas e do
simbolismo que rege o processo ritualístico é muito sutil. O ambiente que criamos,
nos compenetrando, antes de iniciarmos os trabalhos em Loja nos cria uma
condição especial, essencial para que a energia emanada do ritual e dos próprios
irmãos sirva de cinzel e nos ajude a polir nossa pedra bruta interior. As
transformações que obtemos, são essencialmente nossas, íntimas, adquiridas
através do incessante desbastar.
O silêncio maçônico foi entendido durante muito tempo como uma arma de
arremesso social: nada se sabia do que se passava ou do que passava pelas lojas
maçônicas. Mas, apesar do temor das sociedades esse silêncio era diretamente
correlacionado com a prática ritualística.
O silêncio, maçônico, certamente, está na base do entendimento do conceito de
segredo. Na maçonaria, o segredo é, antes de qualquer coisa, uma prática de
humildade. Diferentemente do que entenderam muitos governos totalitários, e
mesmo maçons, especialmente alguns que se tornaram irregulares, o segredo (e o
silêncio) nunca foi uma forma conspiratória, ou instrumento de sabotagem. É isso
sim, um mecanismo, um instrumento de aprendizagem.
14. Na verdade, é muito mais do que isso: é um ato de humildade, que o homem
iniciado se permite trazer de volta depois de tê-la perdido em algum momento de
seu crescimento pessoal.
O exercício do silêncio, e da plena consciência de que é preciso manter a boca
fechada,deve ser uma das metas de aprendizado mais caras do iniciado, porque
quem ostenta publicamente uma regra qualquer de educação e só por isso se sente
diferente dos demais,então é porque considera todos os outros inferiores a si, o que
foge totalmente do que se procura ensinar em maçonaria. Até porque na maçonaria
não deve existir espaço para aqueles que se ostentam diferentes. Deve existir
espaço para os que, pela diferença e no silêncio dos seus trabalhos, fazem o
progresso da sociedade. Ou seja, ao revelar ao profano o que só compete aos
iniciados discutir e absorver, nos mostra que não aprendemos nada e que, portanto,
não estamos verdadeiramente revelando o que significa ser um maçom verdadeiro.
É por isso que palavras, na grande maioria dos casos, são inúteis para revelar
nossas conquistas interiores. Isso é bom, porque mostra e comprova que a discrição
e o silêncio continuarão sendo virtudes marcantes para o iniciado. Por outro lado,
apresenta alguma dificuldade porque não podemos mostrar aos próprios irmãos
toda a magnitude de nossas conquistas interiores. Podemos, isso sim, mostrar que
somos indivíduos melhores e mais justos em função do que aprendemos desta arte
real.
Acredito, hoje, que a preservação dos segredos maçônicos transpassa a simples
explicação de que não devemos revelar nossos mistérios. Os mistérios serão
sempre revelados aos iniciados, pelo simples fato de que a busca interior que temos
que fazer só funciona bem quando estamos respaldados pelo ambiente altamente
energizado de uma sessão ritualística. Tal como nos ensina o ritual, os espíritos
desatentos encaram as instituições como expedientes imaginados pelo interesse ou
pelo capricho de um homem ou grupo de homens. Não dão contas de que o
segredo da Maçonaria consiste apenas na existência indispensável de um sistema
iniciático, que somente se revela (ao iniciado) quando o desejo deste, de aprender e
de se aperfeiçoar, fará com que busque a verdadeira concepção das verdades que
regem sua força espiritual, e que estará sempre dentro de si mesmo.
15. A Loja Fraternidade Alcantarense tem Sessão Magna de Exaltação neste sábado
às 10h00, em seu Templo próprio localizado na Fazenda Paraíso da Serra, São
Pedro de Alcântara. Cinco Irmãos Companheiros estarão ascendendo ao Terceiro
Grau.
A Loja Templários da Nova Era (GLSC) está com nova administração eleita para
o período 2011/2012. Valdemar Krause Venerável Mestre, Névio João
Nuernberg 1º. Vigilante e Clovis Petry 2º. Vigilante.
O novo venerável tomará posse na solenidade de 17 de junho no novo Templo da
Grande Loja de Santa Catarina, em cerimônia conjunta de Instalação e Posse de 31
Lojas de Florianópolis, 6 de Joinville, 4 de Criciúma e 1 Loja dos Orientes de Içara,
Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul.
Serão ao todo 44 Veneráveis que serão instalados e empossados.
O Ir. Reginaldo Barbosa dos Santos nos brindou com o livro de sua autoria
“Loja Simbólica – Sua Administração Passo a Passo”. O Ir. Reginaldo é Grau
33 do REAA e membro fundador da Academia Maçônica de Artes, Ciências e
Letras do Estado do Rio de Janeiro. Qualquer pedido através do e-mail
Reginaldo.gefe@gmail.com
Observação do Ir. Laurindo Gutierrez na visita que fez à Loja Mozart, em
Madri: “vi que os irmãos usam o Avental sobre a roupa de trabalho, Jeans, camisa
manga curta, xadrez etc. tudo numa boa.”
O Ir. Laurindo está sendo o embaixador do JB News lá pelas plagas de Espanha e
Portugal.
16. Palácio do Lavradio do Grande Oriente do Brasil. Verdadeiro patrimônio histórico
maçônico nacional. Da nossa visita empreendida o registro abaixo de uma relíquia:
O Templo Nobre
Vista parcial do Oriente.
A posse do Grão-Mestre do GOB/SC, Ir Wagner Sandoval Barbosa,
acontecerá numa data muito especial: 24 de junho, nas dependências do Castelmar
Hotel, em Florianópolis.
De outra parte, a posse da nova administração do GOSC será no Centro Sul com a
seguinte programação:
11h00 – Diplomação do Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Veneráveis eleitos,
sendo o traje maçônico com paramentos.
12h00 – Almoço festivo
20h30 – Posse do Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, com jantar dançante de
confraternização.O traje será o social com terno e gravata.
A Loja 14 de Julho nr. 3 (GLSC) realizou na noite de quinta-feira (19) Sessão
Magna de Exaltação dos IIr José Antonio Kammers, Edevaldo Daitx da Rocha
, Edes Marcondes do Nascimento e João Paulo de Melo Filippinn.
Veja dois registros, cedidos pelo Ir. Édio Coan.