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VIOLÊNCIAOBSTÉTRICANOBRASIL
Atorturaobstétricaemmulheresmãesbrasileiras
Diagrama 17
A incredulidade e a perda de confiança do “ventre materno”
vão contra o vínculo secular e ancestral do “pé da barriga”, no modo de
conceber, perceber, reconhecer, cuidar do recém-nascido, apontando
para um mundo muito distante da realidade vivenciada pelas avós.
A mãe moderna questiona inflexivelmente a sabedoria e o amor da mãe e da avó.
--- Parte ll
Universo visível e invisível das parteiras obstetras
-.‘Ser curiosa’ foi a base para ser parteira diplomada
-. Entrevista com uma parteira curiosa, diplomada na Universidade de São Paulo, USP
-. Origens de uma parteira diplomada:
experiências práticas de uma parteira curiosa até se tornar uma parteira diplomada
pela Universidade de São Paulo, USP
-. Formação empírica da parteira diplomada:
a prática empírica é um bom estímulo para uma aprimorada formação acadêmica
-. Parteira de linha baixa ou parteira de via baixa na mesa ginecológica:
parto natural é fazer tudo natural, é dar tempo e espaço para a mãe e a criança
-. Consultório particular da parteira diplomada
-. Exame de gravidez
-. Tipos de diagnóstico: sonar, pinar, ouvido direto, ultrassom, estetoscópio
-. Parto a domicílio: a mecânica do ‘ovo’ na residência
-. Episiotomia: não ruptura do períneo em casa!
-. Hemorragia pós-parto e distensão uterina: a conservação do globo de seguridade
garante a retração uterina e evita hemorragias
-. A fragmentação da medicina institucional: “nós, parteiras, temos mais prática que os
próprios médicos”
-. Abortos: declínio e desaparecimento da arte das parteiras diplomadas
7. Entrevista com uma enfermeira obstetriz diplomada na Universidade de São Paulo,
USP: “ vire enfermeira obstetriz para ser parteira”
8. Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e a babá institucional
9. A crise de percepção do “pé da barriga” e a ingerência médica
14. Casos de omissão dos conselhos médicos quanto à violência obstétrica nos
nascimentos: a formação médica preenche as necessidades dos recém-nascidos e das
mães?
18. O tabu patriarcal do sofrimento fetal. A “salvação”, o poder coercitivo obstétrico entra
em ação
22. A anestesia como interferência no ‘parto natural’
24. Cesárea: parto abdominal sem necessidade fisiológica é abominável!
29. Parto distópico: parto artificialmente sintetizado nas mesas ginecológicas da morte
para as mães inviabilizadas
34. Os nascimentos de risco e os partos prematuros
43. Preocupações estéticas na gravidez
49. Relações maritais: as relações sexuais durante a gravidez ajudam a preparar o colo
uterino e dilatam a via fluvial baixa para o nascimento
“Vire enfermeira obstetriz para ser parteira”
Enfermeira obstetriz diplomada na Universidade de São Paulo, USP
Diagrama 18
Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e o “ventre materno moderno”
Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e a babá institucional
O “ventre materno institucional”
vai contra o “pé da barriga”
da época da mãe e da avó materna,
provocando um
5. conflito de gerações.
A incredulidade e a
perda de confiança no arrotar, no
escalda pé e no
resguardo se chocam contra
10. os valores da mãe e da avó.
É um processo delicado e
complicado, acreditar só na
babá institucional.
Faz pairar um clima de tensão e
15. de discussão iminente no lar.
.
Mediante a falta de respeito à cultura
das ancestrais e a perda dos valores
práticos, sobra uma falsa impressão
de um convívio relaxante e tranquilo entre
20. a mãe primípara, a avó e a babá institucional.
Entrevista com D. K., 47 anos, enfermeira
obstetriz da USP. Abril de 1992, SP
A CRISE DE PERCEPÇÃO DO “PÉ DA BARRIGA” E A INGERÊNCIA
MÉDICA
Observa-se, agora, a perda da compreensão em relação às ancestrais e aos
pressentimentos das avós. Hoje, a mãe que está tendo filho não aceita mais a orientação e os
valores práticos da mãe dela, o que a avó passou para a mãe. A “mãe moderna” questiona e
duvida de tudo e, por último, se rebela, rejeita e nega toda orientação vinda da mãe.
2. A mãe primípara não ouve os conselhos
Ela quer ir contra tudo e todos, especialmente contra o vínculo secular que deveria uni-la
à avó e, em consequência, à mãe. Até questiona o apoio que se quer dar a essa “mãe novata”
(mãe primípara), a qual está retornando da maternidade para casa com nenê nos braços. Ela se
irrita questionando o apoio familiar. As mães modernas não ouvem os conselhos nem da mãe nem
das avós.
3. Arrotar após a amamentação para que os resíduos alimentícios não fluam para o pulmão
Fazer o neném arrotar após a amamentação faz parte de um conhecimento fundamental e básico.
No entanto, hoje em dia, ele é uma incógnita para as mães contemporâneas. Coloca-se a criança
para arrotar para que ela não se engasgue com o refluxo do leite e para que os seus resíduos
não fluam para o pulmão. Algumas jovens mães de cara amarrada, de nariz empinado, de olhos
sem luz, de lábios sem sorriso, de vida sem prazer, de poucas palavras e de raras amigas íntimas
ignoram o arrotar. Não apreciam o mundo da mãe e nem da avó e denigrem a experiência delas.
Exemplo 1ª Bronqueolite:
A mãe chegava cansada do trabalho, ia dormir e acordava somente com o auxílio da babá
eletrônica. Sonolenta, preparava a mamadeira e sem ao menos pegá-lo no colo, fazia o bebê
mamar deitado no berço. Por desconhecer sua necessidade, não o fazia arrotar após a
amamentação. Esse bebê de 2 ou 3 meses ficou doente e foi internado na UTI. Ele passou por
tratamento de resfriado, de pneumonia até descobrirem que o problema havia surgido da falta de
um ato muito simples como o arrotar.
Foi, também, tratado de refluxo (o leite estava indo para o pulmão) e, por fim, foi dado um
nome a essa disfunção fisiológica: bronqueolite. A mãe sempre se recusava a ouvir a sabedoria e
os conselhos de sua própria mãe e da avó.
Exemplo 2ª Não lave a “coroinha do neném”
Uma babá foi contratada para cuidar de uma bebê de 3 ou 4 meses já que a mãe
trabalhava e ficava fora de casa o dia todo. A avó estava presente, mas somente como dama de
companhia. Quem mandava nos cuidados da criança era a babá. Ao notar que a babá sempre a
banhava de noite, a avó lhe pediu para que não lavasse a “coroinha do neném” de noite. O seu
pedido foi desacatado. Aliás, a babá jamais a obedecia. A criança adoeceu e teve que ser levado
ao médico.
Era desnecessário levar a criança ao médico. Parando de lavar a cabeça dela à noite,
tudo se resolveria, comentou a avó. A mãe, no entanto, cria somente no que o médico dizia. A
criança ficou internada por 15 dias na UTI. Teve pneumonia e bronqueolite. Segundo a avó, a
bebê olhava para ela e os seus olhinhos lhe pediam socorro, enquanto a mãe reclamava por não
conseguir “acertar” com os médicos.
Exemplo 3ª Uma touca na cabeça do bebê
Sob o sol escaldante, quando a avó aconselhava a colocar uma touca na cabeça do bebê, a filha
lhe respondia que essa prática era do tempo dela, mas que não se fazia mais assim.
“Nossa! Não pode assegurar o neném assim, tem que enrolar bem o neném”, dizia a avó. Então,
irritada, a filha respondia: “não se usa mais isso. O médico disse que tudo isso é folclore”.
4. Divergências culturais entre a mãe e a filha
A mãe contemporânea perdeu confiança em si mesma, perdeu o poder de intuir e de
pressentir. A mulher-mãe de hoje não acha certo que sua mãe a aconselhe, a oriente e fale de
alguns cuidados que ela deve ter com o neném.
5. Grandes divergências culturais estão em apogeu. A mãe quer ajudar, mas a filha não quer
aceitar ajuda nem da mãe nem da avó.
6. Elas querem procurar uma ajuda cientificamente comprovada. Elas preferem perguntar ao
médico, ao pediatra, ao obstetra, a alguém que supostamente “conhece” mais. Recorrem a um
acadêmico porque não aceitam a sabedoria milenar.
7. O médico não enxerga a mãe e o neném como um todo
A nova geração prefere o conhecimento racional, acadêmico e, então, caem numa tremenda
insegurança. O médico não enxerga a mãe e o neném como um todo. Conhecem o corpo todo
picado, fragmentado. Ele está mais preocupado com suas estatísticas .
8. Depressão pós-parto
O médico só olha o neném para preencher sua curva de crescimento e sua curva de peso,
pois está preocupado em preencher sua folha técnica. Ele está longe das verdadeiras
necessidades da mãe. A mãe acaba acatando suas recomendações e termina ansiosa e
insegura. Um curto caminho para uma depressão pós-parto.
9. Quando um cego tenta orientar outro cego, raras vezes evitam cair no buraco
“As mães com as quais eu trabalho são de um grupo diferenciado, de classe média-alta, e
elas sempre vão procurar a ajuda da babá e da enfermeira. Essas, por sua vez, vem com seus
vícios. São indivíduos que estão a procura de lucro. Não sabem nada, são mesmo ignorantes. Fica
pior do que estava. Quando um cego tenta orientar outro cego, raras vezes evitam cair no buraco”.
10. Sensibilizar-se com o neném
As mães se enganam porque imaginam que as babás tenham trabalhado num hospital,
numa maternidade, que saibam lidar com bebês pela sua suposta experiência. Elas acreditam que
as babás saberão ensinar a maneira “certa” de cuidar do bebê, que lhes ensinarão a desenvolver
certa sensibilidade e intuição sensitiva em relação ao neném. Isso demonstra o quanto elas se
encontram desorientadas. Na realidade, o que já estava adormecido se entorpece mais, e todo o
processo de relação entre mãe e filha(o) se narcotiza.
11. Menosprezam o mundo instintivo: não sentir emoção é a regra
A lógica científica faz questão de ensinar a ficar frio. As babás, as enfermeiras e os
médicos não levam consigo todo esse know how. Os acadêmicos tem grandes ilusões, mas não
possuem nenhum conhecimento caseiro ou prático, são insondáveis. O conhecimento maternal
dos técnicos é viciado.
12. A perda da percepção, da intuição e do instinto maternal
A mãe moderna, ao invés de ganhar vibrações energéticas, perde a percepção, a
intuição e o instinto. Esses fenômenos naturais, fundamentais para uma boa relação maternal,
são ignorados pela instituição, onde impera a lógica do materialismo científico frio.
13. As instituições maternais fazem questão de ensinar os(as) médicos(as) a serem frios(as)
A instituição maternal se apresenta fria, viciada e adormecida. Seu
autoconhecimento e sua autoconfiança são mantidos num vácuo sem saída. A mãe deixa a babá
e a enfermeira mecanizada a interferirem e tomarem conta da já caótica situação na relação mãe e
filha(o), conduzindo-os à desolação e ao sofrimento.
CASOS DE OMISSÃO DOS CONSELHOS MÉDICOS QUANTO
À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NOS NASCIMENTOS
A formação médica preenche as necessidades dos
recém-nascidos e das mães?
Já se disse que a
incompreensão, a inércia e a
lambança dos obstetras
são tão prejudiciais quanto
5. violentas nos nascimentos.
Na prática clínica, todavia, os
erros de conduta médica
chamam atenção
tanto quanto os casos de
10. omissão dos conselhos médicos.
Tudo que se distancia da comunidade, do povo, deixa um vazio difícil de suprir.
Pode-se dizer o mesmo em relação à interferência no trabalho de parto.
2. Vigiar e punir
Tudo se encontra muito segmentado, dissociado. Existe um tecnocrata para examinar,
outro para acompanhar na sala de parto, outro para vigiar e punir. Cada um tem uma determinada
preocupação e ocupação. Cada tecnocrata acha que faz sua parte, mas essa atitude acaba por
incentivar uma grande fragmentação do todo, irreversível para o organismo sensorial da mulher.
3. A obstetriz como “dama de companhia”
Não existe unidade, totalidade, sensibilidade no trabalho de parto. No caso das
maternidades privadas, as obstetrizes só tem um papel a cumprir: o de ser “dama de companhia”,
cuidando, transmitindo segurança, tranquilizando a gestante.
4. Vire enfermeira obstetriz para ser parteira
A enfermeira obstetriz está sempre sujeita a hegemonia médica; sua autonomia, sua
valorização como parteira é deixada de lado, não é considerada profissionalmente. É o “doutor”
quem dita a última sentença sobre o que será ou deixará de ser feito.
5. A formação dos médicos deixa muito a desejar
Atualmente, a formação dos profissionais de saúde deixa muito a desejar. São muito
poucos os médicos que tem uma formação adequada para oferecer um diagnóstico e um
atendimento ao menos regular no desenvolvimento e na evolução do parto.
6. A lepra moral das materidades estatais
“Eu acho que nos partos do SUS (Sistema Único de Saúde) se deixa mais ao
natural” porque as mulheres são, na realidade, abandonadas, muitas vezes por falta de
bondade moral e por discriminação social. As parturientes são abandonadas a sua
sorte. As mães vão parir na porta dos hospitais, nas calçadas, nas macas, muitas vezes
ao lado de uma pessoa que levou um tiro, foi esfaqueada (ambas estão sangrando e
com feridas abertas). Ainda assim, essas mães “correm menos riscos de adquirirem
problemas traumáticos que numa clínica particular”.
7. O respeito para com a mãe é uma questão de princípios e valores
As mulheres-mães que procuram atendimento no SUS não possuem meios
financeiros para recorrer a outros tipos de acolhimentos. Portanto, as parturientes são
deixadas em algum lugar, largadas a sua própria sorte (deixam o parto evoluir conforme
a sua própria natureza), até que alguma “sombra de branco” apareça. A própria
obstetriz acaba fazendo esporadicamente o parto. Todavia, as obstetrizes do SUS, em
sua grande maioria, não apresentam nenhuma condição técnica para dar assistência às
parturientes.
8. A interferência e a ingerência médica – indução do parto
O médico tem pouco tempo e pouca paciência, por isso ele interfere e se intromete
excessivamente no processo de parto. Quando ocorre uma interferência medicamentosa (ao que
poderíamos chamar de Iatroquímica) para a indução do parto, a chance de a gestante terminar
na sala de cirurgia é grande. Ela acaba recebendo uma indicação para a cesárea e, ainda, está
pode não terminar bem.
9. É preciso ter confiança no parto expulsivo prolongado
Nota-se medo e pavor na equipe de triagem num processo avançado do parto expulsivo.
Além da falta de técnica, falta confiança e prática no acompanhamento do parto natural sem
interferência medicamentosa: ficar junto com a mãe, saber o que é e o que não é uma
contração, e mais que tudo, confiar na sabedoria da paciência da natureza.
10. Baratas tontas! Medo de agir no parto expulsivo prolongado
“Nas universidades, alimenta-se muito, muito o medo. Não é engraçado? Você não
acredita! Os médicos tem medo de agir. Por exemplo, uma gestante chega na maternidade num
processo avançado do parto expulsivo prolongado. A mãe já está quase tendo nenê. Deixam a
mãe mais assustada”.
11. O parto deve ser feito obrigatoriamente sobre a mesa ginecológica?
Todo mundo fica morrendo de medo que o neném nasça na cama, na maca porque
acham que o parto deve ser feito obrigatoriamente sobre a mesa ginecológica, na sala de parto ou
na sala de inibição do parto. Acontece a maior correria. A equipe técnica fica totalmente
desorientada, atua como barata tonta quando o nenê está para nascer. Geralmente, se apavoram
e deixam a mulher que vai ser mãe mais assustada.
12. Jogam a mãe na sala de parto para trabalhá-la
Correm com a paciente sem sentido, giram ao redor de si mesmos, chamam o elevador
(se estiver funcionando, porque raras vezes os elevadores funcionam). Correndo, levam a
parturiente e a jogam na sala de parto. Voltam com o médico e já começam a “trabalhá-la”:
colocam o soro anestésico e cortam o períneo, adotando a técnica da episiotomia, sem
perguntar ou pedir autorização da gestante.
13. Fazer “força” fora da hora, sem que o neném esteja bem encaixado na via fluvial
Por ser assim, é muito frequente levarem a gestante à sala de parto, colocá-la para
fazer força em posição deitada ou horizontal, fora da hora, antes da manifestação das contrações
uterinas e da dilatação do colo uterino completar seu processo e, consequentemente, sem que o
neném esteja bem encaixado na bacia ou na pélvis materna, na via fluvial.
Diagrama 19
A conservação da energia, da sensibilidade instintiva e intuitiva e da mente,
em toda desordem da natureza são melhores que o padecer, o sofrimento fetal e a
salvação .
O TABU PATRIARCAL DO SOFRIMENTO FETAL
A “salvação”, o poder coercitivo obstétrico entra em ação
Tudo nele nos revela o padecer. A vinda do recém-nascido não enternece corações
O período expulsivo prolongado é
considerado pelos técnicos,
sofrimento fetal e pela
instituição fechada religiosa em
5. decadência, um tabu patriarcal.
O medo do desconhecido,
o pavor do diferente são ameaças
latentes para os obstetras.
Devem fazer a mãe mudar de
10. ideia no mesmo instante.
Através do modelo técnico e puritano civilizado,
o poder coercitivo entra em ação.
O poder baseado na agressão
deixa a moral e a
15. pélvis sumamente angustiadas.
Além de provocarem danos no ritmo da
reciprocidade entre a mãe e o
recém-nascido, quebram o projeto de vida
da mulher-mãe e, ainda, lhe
20. dilaceram o períneo.
Os nascimentos de transcendência energética se desenvolvem em harmonia e sintonia
entre a Mãe d’Umbigo e a Mãe d’Água amazônica. Essa reciprocidade, essa relação social, essa
sensibilidade instintiva reside na exigência inalterável do cumprimento da lei da Mãe Natureza e
da Mãe Cósmica.
2. As mama’es rejeitam a paternidade institucional do sofrimento fetal por comprometer a harmonia
e a sintonia da relação da mama’e com sua criança, da Mãe d’Umbigo com a Mãe d’Água.
3. A reciprocidade entre a mãe e a(o) filha(o) é uma verdadeira relação de vida e é culturalmente
valorizada pelas mulheres-mães amazônicas. Os humanos civilizados, os euroíndios, os
euroacadêmicos, com seu tabu patriarcal do sofrimento fetal, predadores e técnicos por
excelência, desejam eliminar essa relação de serenidade, de paciência, repudiam-na, não a
reconhecem e nem a respeitam, atemorizando a mãe e impondo uma reação violenta de
sofrimento através do medo e do terror.
4. O medo
Esse medo, essa desordem autoritária e agressiva é resultado da vida atual. O parto
abdominal, a cesárea, é um parto abominável, descartável ou sintetizado, tem um preço no
mercado e seu trabalho mecânico é considerado uma mercadoria.
5. Sofrimento de quem? Os obstetras inspiram confiança?
O período expulsivo prolongado, geralmente, tem duração de 19 a 24 horas, e isso é
sinônimo de “sofrimento fetal” para os técnicos médios. O parto humanizado do sistema patriarcal
fechado é diferente do partejar assistido pelas parteiras tradicionais e o oposto das Mães
d’Umbigo Raizeiras amazônicas , que possuem a sensibilidade intuitiva a flor da pele e a
experiência em métodos milenares práticos e eficazes.
6. O princípio, o meio e o fim nos nascimentos naturais
Quando os partos eram esperados e respeitados, percebia-se o princípio, o meio e o
fim em sua evolução, os quais eram relativos e absolutos. Nessa reciprocidade natural entre a
mãe e o bebê, aconteciam verdadeiramente as contrações uterinas e as dilatações pélvicas, as
quais eram acompanhadas com grande coragem e paciência pelas parteiras e pela comunidade.
7. O período expulsivo prolongado por via fluvial baixa
O período expulsivo prolongado, ainda hoje, é acompanhado por um ritual de espera
nos nascimentos tradicionais em casa. Atualmente, o materialismo e a lógica científica
institucional associados à medicina metropolitana e ao exagerado consumismo transformaram o
período expulsivo num conflito fantasioso perturbador e persecutório de projeções incalculáveis e
atemorizantes, finalizado em partos abomináveis dilacerantes (cesáreas).
8. A miopia da razão religiosa: a salvação
Assim, instaurou-se uma guerra metafísica entre os acadêmicos delinquentes que
transformaram a gestante numa moeda de troca da instituição falida e a mulher-mãe.
Supostamente e melodramaticamente temendo fazer o neném sofrer, os obstetras agem
sugestionando e apavorando automaticamente a mãe.
9. Os doutores querem salvar o neném da dor através de sua boca odorífera
Jogam susceptibilidades, fazem fluir de sua boca odorífera preocupações que não
possuem, querem salvar o neném da dor. Da dor da passagem natural pela via fluvial do bebê!
Isso acaba se tornando motivo para a multiplicação da angústia, da dor e do sofrimento da
gestante. Fazem vista grossa ou se mostram leigos ao não imaginarem que esse processo de
dilaceração física e mental provoca tristeza e acaba afetando tanto a mãe como a criança.
ANESTESIA
INTERFERÊNCIA NO PARTO NATURAL
A anestesia peridural, muitas vezes mal aplicada por algum técnico medíocre
intervencionista, favorece as induções inoportunas e inadmissíveis. Quando a anestesia
peridural surgiu, interferiu em toda a evolução do parto, fazendo com que ele deixasse de ser
um processo natural.
2. O uso da anestesia peridural objetiva o controle da evolução do parto e da dor através de
meios mecânicos. Essa técnica sintética interferiu na posição, no tempo, no espaço e na dor.
Surgiu uma nova denominação de tecnocrata, o anestesista. O objetivo desse médico é controlar a
evolução do parto e a dor através de meios mecânicos. Seu papel é o de ser literalmente
intervencionista. Sua intenção o leva a interferir na dinâmica das contrações uterinas e no
relaxamento pélvico para em seguida romper a bolsa d’água.
3. Rompendo a bolsa d’água, o parto deixa de ser natural. Furando-se a bolsa, o parto deixa de
ser natural para se tornar mecânica, artificial. Esse parto de ferro ao frio é conhecido hoje como
parto natural.
4. O processo de indução e de controle no parto natural. Na indução mecânica do parto,
primeiramente, a gestante recebe soro misturado com Anfitófito e Citosina, os quais aceleram o
parto e estimulam excessivamente as contrações uterinas.
5. Uma ampola vem com cinco unidades de Citocinol que é colocado num frasco de 500 ml de
soro (glicose). Antigamente, usava-se Espetocim para a expulsão imediata do neném. Esse
mesmo medicamento era usado para estimular o mecanismo do aborto.
6. O uso de Citocinol para a indução do parto
Atualmente, existem outras técnicas mais sofisticadas e outros medicamentos mais
fortes para a indução do parto. Não se induz diretamente, porém o uso de Citocinol continua a ser
frequente.
7. Intervenção para o controle no parto. Como se observa, hoje, ocorre uma grande intervenção
no parto chamado de “normal” ou “natural”. Se a paciente recorre a uma clínica particular e pede
um parto normal, lhe oferecem um parto artificial. Eles induzem o parto ao entorpecerem o seu
desencadeamento.
8. Percepções adormecidas da instituição civilizada. A maioria dos médicos não tem paciência
para esperar o desencadeamento natural das contrações. Suas percepções se encontram
totalmente adormecidas.
9. Diferenças entre as gestantes europeias e brasileiras
As gestantes estrangeiras tem uma opinião formada sobre os riscos que se corre numa
interferência ou na indução do parto. “Elas não deixam os médicos interferirem no parto natural”.
Elas aprenderam a lidar com a dor. As gestantes brasileiras constantemente deixam o médico
interferir no processo da dor, não se importando com suas consequências no processo do parto.
Diagrama 20
A sensibilidade intuitiva e os sentidos femininos existem principalmente para não ter
medo da própria natureza. Agora, existem homens temerosos da vida que são levados
ao absolutismo extremo, considerando a cesárea como única experiência salvadora.
CESÁREA
PARTO ABDOMINAL SEM NECESSIDADE FISIOLÓGICA É ABOMINÁVEL!
Um excelente diagnóstico de
parto natural para o obstetra e o
anestesista é aquele que se encaixa no
padrão da equipe, na normalidade do
5. parto de ferro ou do parto abdominal.
O encaixe do neném na pélvis,
a dor e os gritos da mãe
são um filme de terror e
não são aceitos na
10. instituição fechada.
São delitos que contaminam
a medicina civilizada,
dizem os técnicos
racionais medíocres.
A intervenção é realizada em oitenta por cento dos partos no SUS e noventa por cento
nas maternidades particulares. Essas intervenções se caracterizam, hoje, como a peste da Saúde
Pública brasileira.
- Indicações patológicas para a cesárea:
Podem surgir indicações patológicas para o parto por cesárea e que, em essência, são as
seguintes:
a). pélvis estreito;
b). feto excessivamente volumoso;
c). má formação fetal (hidrocefalia e outras);
d). histórico familiar de esterilidade em gestante primípara;
e). apresentação pélvica e patologias associadas a tumor prévio e a placenta prévia (colada).
O trabalho de parto indica o termo (término) da evolução que acontece no organismo
sensorial da mãe, depois de nove meses de gestação. Sucede-se, então, a expulsão do neném,
da placenta, das membranas e do líquido amniótico de seu útero pelo canal do parto.
2. Trabalho de parto natural sem cicatrizes psíquicas e danos de qualquer natureza
Um trabalho de parto natural leva, no mínimo, vinte e quatro horas e como resultado
desse processo, através dos esforços e dos relaxamentos autônomos, exclusivos e necessários da
mãe, obtém-se um ser vivo para ser amamentado. Consegue-se uma criança sadia e uma mãe
sem cortes, sem aberturas, sem feridas físicas, sem cicatrizes psíquicas e danos de qualquer
natureza.
3. Injetar o anestésico para manipular e supostamente tirar a dor
Os técnicos médios não conseguem acompanhar as dores da parturiente e se mostrar
solidários a ela nos seus esforços e gritos. Eles se perderam, nunca souberam ou não sabem mais
o que é normal ou anormal. Somente o que se encaixa em seu modelo mental de normalidade
é aceito. Por conta disso, acabam prejudicando os sinais do trabalho de parto.
4. A aura ou o campo magnético da mãe
Os técnicos médios pelo menos tem como mérito disputar o seu medo com as
mudanças naturais do verdadeiro trabalho de parto. “Eles não conseguem aceitar e nem
acompanhar a dor da outra, neste caso, da mulher gestante”. A dor da parturiente é muito forte.
Para poder ficar ao lado de uma pessoa com dor é necessário ter uma preparação energética
muito profunda. A aura ou o campo magnético da mãe se torna energizado. Muitas vezes é
possível percebê-lo no toque inicial.
5. Indivíduos fracos e frios injetam anestésicos
Para os indivíduos fracos e frios é muito mais fácil injetar o anestésico para manipular e
supostamente tirar a dor. É por isso que os médicos se utilizam desses processos e recursos
artificiais, os quais ao longo do tempo deixam uma série de sequelas físicas e psicológicas nas
pacientes.
6. A evolução do nascimento natural sem interferências funciona muito bem por si só
Quando se induz o parto quimicamente, as contrações uterinas se tornam fortíssimas. A
dor é pior, fica mais forte que numa evolução natural. Automaticamente e irracionalmente, torna-
se uma obsessão aplicar anestesia, pois o organismo da mulher não conseguiria suportar tamanha
dor racional.
7. O vaivém da pélvis, um fenômeno natural?
Quando as contrações surgem naturalmente, o corpo da mulher vai se adaptando. A
pélvis vai gerando um movimento de vaivém. Conforme ela vai se tranquilizando, ela mesma vai
liberando as substâncias hormonais de que irá precisar para que possa desencadear esse
fenômeno natural. Se derem tempo e espaço relativo, o organismo da mãe irá aceitando as
mudanças estruturais físicas, adquirindo a tão esperada elasticidade para conseguir lidar com
a dor.
8. O tranco de mão, de braço, de joelho
Quando a mãe não aguenta mais a ‘recepção da dor’ pela perda da paciência, ocorre a
intervenção com a “mãozona fria do homem”. Infiltra-se anestesia no soro fisiológico para ser
introduzida gota a gota na paciente. Somando-se a isso, força-se um tranco de mão, de braço, de
joelho, para desbloquear o útero, deixando a pélvis agoniada. Assim, o parto não consegue ter
sua fluidez natural.
9. O uso da citosina e o sofrimento fetal
O uso intenso da CITOSINA gera contrações muito fortes, provoca sofrimentos ao
neném e acaba oferecendo motivos para a indicação de cesárea. As intensas contrações uterinas
e o uso do anestésico (bloqueador de dores) causa bradicardia no foco, feto, que pode resultar até
numa anoxia fetal intrauterina (deficiência de oxigênio nos órgãos e nos tecidos).
10. Crianças com anoxia nunca serão acompanhadas após o nascimento
Dependendo de como for conduzida a intervenção, nem a mãe nem o pai perceberão o
ato médico, não chegarão a perceber o processo. Por via das dúvidas, indica-se a cesárea - tira
logo o neném e pronto. Essas crianças com anoxia nunca serão acompanhadas após o
nascimento. Ninguém acompanha essas crianças. Tira e acabou.
11. Muitas vezes, tal criança terá que tomar remédios controlados o resto da vida. Além de gerar
desconforto, pois os remédios causam dependência, ela poderá sofrer, ainda, discriminação social.
12. A aceitação da morte simbólica da mulher-mãe
Assim, a maioria dos obstetras e anestesistas não conseguem ouvir e nem querem
perceber as dolorosas manifestações das mulheres-mães pelo dilaceramento de seu ventre. Eles
permanecem inertes como pilares de ferro na aceitação da morte simbólica da mulher-mãe e na
prática dos partos bruscos.
13. O mundo de terror dos partos sem dores
A maioria das mulheres-mães dilaceradas não chegam a perceber as dolorosas
relações de sua pélvis com a criança. Pelas especulações traumatizantes dos obstetras e
anestesistas, que descansam na letargia primigênia da sua formação e ambição, semelhantes ao
mundo de terror, permanecem sem nenhuma atormentação interior quanto ao angustiante
problema dos partos abomináveis, as cesáreas. Alteram a complementariedade da energia e do
sangue artificialmente e perigosamente, provocando doenças e indisposições futuras.
PARTO DISTÓPICO
Parto artificialmente sintetizado nas mesas ginecológicas da
morte para as mães inviabilizadas
Com um instrumento afiado arrebentam a bolsa d’água e
aceleram o período expulsivo do parto com um tranco de mão...
Os técnicos medíocres asseguram-se de
que não existe mais líquido amniótico
suficiente na bolsa d’água porque
furaram-na enquanto a gestante
5. estava totalmente tensa e desnorteada.
Sentindo a inflexão, a tensão total da mãe,
aconselham-na a sintetizar o parto,
argumentando que o
processo expulsivo do parto vaginal será
10. complicado e demorado.
Convencem-na de que ela acabará
sendo exposta a dor, já que pelas
condições e circunstâncias em
que se encontra o bebê, ele não
15. conseguirá se encaixar no canal do parto.
Assim, a cesárea, o parto
abominável, será prescrito.
Para o profundo desconsolo da mãe,
seus sonhos se evaporam
20. perante seus olhos umedecidos.
Aceleram o período expulsivo do parto. Os técnicos medíocres perderam a arte e a
noção do momento de acomodação do neném na pélvis. Quando a bolsa d’água se desfaz
naturalmente, a criança entrará naturalmente em processo de acomodação.
2. Instrumento afiado para acelerar o período expulsivo
Hoje em dia, interfere-se no processo natural do parto com um “tranco de mão”, o
trabalho de parto, rompendo-se a bolsa d’água precocemente com um instrumento afiado para
poder acelerar o período expulsivo do parto. Acham um absurdo demorar e ter que esperar a sua
evolução natural.
3. Valorizar e reconstituir o nascimento longo
A arte e a cultura da sabedoria ou a arte da paciência encontra-se na espera do
demorado processo expulsivo. “O parto com seu fluir natural, que ontem era ritmicamente e
cuidadosamente esperado, era longo e lento”. Atualmente, essa evolução natural é artificialmente
sintetizada, sendo chamada de ‘parto distópico’.
4. Parto normal induzido por raqueanestesia
O parto distópico ou o parto descartável passou a ser chamado de parto normal com a
interferência dos técnicos médios, do obstetra e do anestesista, senhor e dono da raqueanestesia
das sequelas paralizantes.
Segundo o relato de algumas mulheres, após receberem raque, elas deveriam
permanecer deitadas sem travesseiro e sem mover a cabeça. A desobediência às instruções
resultou numa terrível punição, uma enxaqueca reversível somente pelo recebimento de mais
uma dose de raque, respeitando-se,, dessa vez, o tempo em que a cabeça deveria permanecer
imóvel para que a enxaqueca não se tornasse irreversível.
5. Deve-se respeitar a sincronização rítmica e funcional entre a mãe e sua criança
Desde os primeiros sinais do parto ou desde as primeiras contrações uterinas até o
nascimento do bebê num parto via vaginal, estima-se a demora média de 20 a 24 horas e como
resultado dos esforços necessários da mãe teremos um bebê saudável e uma mulher-mãe sem
feridas emocionais, sem cefaleias, sem dores lombares, sem danos de nenhuma natureza.
6. O trabalho de parto é espontâneo para todas as mulheres
Muitos profissionais que trabalham em hospitais modernos fazem questão de esquecer
ou ignorar que a grande maioria dos trabalhos de parto é espontânea. O processo do nascimento
se desencadeia normalmente por si só.
7. Tipos de partos diferenciados para privilegiados
Mas para a classe diferenciada ou classe média alta existem várias opções. São lhes
sugeridos e oferecidos diversos tipos de partos. A saber: parto na penumbra, parto em água, parto
lateral, parto Laboyer, parto de cócoras. Seu custo, dependendo do método e do lugar, é altíssimo.
8. Fases da evolução de um nascimento espontâneo
Descreveremos, a seguir, algumas fases importantes que devem ser carinhosamente
observadas e acompanhadas de perto na evolução de um parto vaginal:
Primeiro estágio: Fase pré-expulsiva
a) no início, algumas mães primíparas podem não reconhecer que estejam entrando em período
expulsivo. Elas podem confundir os sinais desse estágio com sintomas de dor nas costas ou de
gases intestinais (borborismos intestinais).
b) pede-se à mãe para que se empenhe cada vez mais em relaxar e se tranquilizar entre uma
contração e outra.
c) a mãe, no princípio, sentirá muita pressão no baixo ventre.
Certamente, urinará com muita frequência. Nas mães primíparas, a cabeça do nenê se encaixa
na via fluvial duas a três semanas antes do parto.
d) o primeiro estágio dura desde a primeira contração até a completa dilatação do canal uterino-
cerca de 10 cm (3 polegadas).
Segundo estágio: Fase expulsiva
a) percebe-se um aumento da secreção vaginal no canal uterino. As mães de termo, as que
completam toda a gestação, tendem a ter bastante secreção vaginal. O muco é expelido pelo
colo uterino.
b) assim que vêm as contrações uterinas, elas começam a se repetir em intervalos regulares e
com intensidade crescente.
c) quando a cabeça da criança começa a se encaixar no tecido gelatinoso, suave e delicado do
canal fluvial, a textura toda começa a se esticar e a abrir junto com os lábios da vulva .
d) no momento em que o neném começa a descer pelo canal fluvial, a mãe experimentará uma
grande mudança em seu estado de sensibilidade intuitiva, ela se tornará irreconhecível.
e) depois ela começará a fluir e a flutuar, se tornará mais sensível e sentirá todo seu organismo
sensorial vibrar energeticamente .
f) ela precisará de toda concentração e esforço possível para relaxar e se tranquilizar entre uma
contração e outra.
g) é difícil descrever ou imaginar as sensações que a mãe experimenta nessas circunstâncias. As
contrações energéticas são muito fortes e vibrantes, porém a evolução do nascimento da
criança não é necessariamente dolorosa. O processo todo pode durar de um par de minutos
até várias horas.
Terceiro estágio: A separação da placenta
a) durante esse estágio, o útero continuará a vibrar e a se contrair. O seu tamanho irá se
reduzindo cada vez mais, assim mesmo, continuará prendendo a placenta.
b) contrações posteriores mais suaves separarão a placenta da parede do útero e a mesma será
logo expelida pelo canal fluvial.
Esse estágio pode durar entre quinze e vinte minutos, marcando, assim, o final do
processo de expulsão da criança. Sem dúvida, é uma das experiências mais vibrantes,
extremamente instintiva para a mulher-mãe corajosa, feroz e criadora.
Diagrama 21
Há diversos fatores que devem ser observados durante o trabalho de parto prematuro
e que não devem ser condenados principalmente no que diz respeito à atitude da mãe.
OS NASCIMENTOS DE RISCO E OS PARTOS PREMATUROS
O tempo não volta, por isso
é melhor não lamentar.
O melhor é assistir adequadamente
a mulher-mãe, pois o
parto prematuro é cheio de obstáculos .
A atitude da mãe
Esses momentos são muito difíceis para a mãe e para a criança e nunca podem ser
desconsiderados. A mãe, sabendo do risco que corre, dará à luz mais lentamente porque estará
menos relaxada. Ela se sentirá mais tensa, vulnerável e muito instável. Ela prestará mais atenção
nos seus instintos, pressentimentos, movimentos, na sua sensibilidade e o seu fluir
energético estará à flor da pele.
2. A assistência
A parturiente pré-termo deve receber assistência de pessoas bem treinadas
tecnicamente e emocionalmente maduras, pessoas que possam inspirar confiança e empatia.
Assim, ela saberá o que fazer nesse momento crítico de sua vida.
3. O toque sensitivo
Ela quer, deseja ter confiança no toque sensitivo das mãos de quem a acolhe. Elas
serão a extensão de sua pele e estarão a seu lado nos momentos mais cruciais do parto.
4. Gestantes de risco em todos os níveis sociais
“Antigamente, só nasciam crianças prematuras nas favelas. Hoje, há um grande número
de gestantes de risco e é impressionante o número de nenéns que nascem prematuros em todos
os níveis sociais, tanto nos partos realizados em hospitais particulares como nas maternidades
públicas brasileiras”.
5. Ala de inibição de parto
O número de mulheres que entram em trabalho de parto prematuro é cada vez maior.
Nas maternidades, existem alas de inibição de partos para bloquear as contrações do útero
através de medicamentos e para exclusivamente relaxar a mãe, muitas vezes, à base de
sedativos.
6. Inibir o processo de parto prematuro
Medicamentos como Bricanil, Inibina, são remédios normalmente usados para o
tratamento de asma, mas na iminência de um parto prematuro são receitados como
tetrabloqueadores, inibidores do processo de parto. Também, são usados relaxantes musculares
como Buscopam e sedativos; ainda assim, continuam nascendo muitos prematuros no estado de
São Paulo.
7. Preventivo onde?
Internar a paciente e aplicar soro fisiológico é o que se chama de preventivo. Não se
conhece nenhum trabalho verdadeiramente preventivo sobre o parto.
8. Alto risco, alto índice de infecção hospitalar
Em São Paulo, é espantosa a área dos hospitais ocupada pelas gestantes de alto risco,
candidatas a dar à luz prematuramente.
9. Diagnósticos com Ultrassom
“Muitos dos nenês são tirados antes da iniciação do trabalho de parto, por isso essa ala
do hospital está sempre com excesso de nenês. Hoje em dia, eles mandam fazer diagnósticos com
Ultrassom a cada mês para poderem fazer cesárea antes do período expulsivo, ou seja, antes do
neném estar bem madurinho”, em sua plenitude energética.
10. Membrana hialina causa morte em crianças prematuras, crianças não respiravam direito
Dez anos atrás, tiravam-se prematuramente muitos nenês. Essas crianças sofriam uma
série de gravíssimas consequências ou sequelas. Desenvolviam doenças como a da membrana
hialina. As crianças não respiravam direito, pois os pulmões não estavam suficientemente maduros
ou preparados para a adaptação no mundo externo. Causa de morte mais comum em bebês
prematuros. Atualmente, a medicina já tem controle sobre elas e, com isto, diminuíram os riscos
para os bebês que nascem prematuros.
11. Sintomas de risco e repouso
A gestante é aconselhada a ficar deitada o máximo possível, a buscar um ambiente
tranquilo, a evitar trabalhos pesados, a não subir escadas frequentemente, ou seja, é orientada a
diminuir suas atividades rotineiras. Geralmente, só com repouso já melhoram sutilmente os
sintomas de risco, mas a gestante precisa não só de repouso. Ela precisa perceber e mudar uma
série de hábitos que não lhe são benéficos nesse período. Deverá, por exemplo, cuidar de sua
alimentação, pois isso a ajudará a se relaxar, se fortalecer e se sentir íntegra, o que evitará a
dilatação e o relaxamento prematuro do seu útero.
12. Remédios que bloqueiam o repouso
Se a gestante utiliza drogas estimulantes, cafeína, cigarro, álcool que
bloqueiam seu repouso, é aconselhável ir diminuindo gradativamente até deixá-los
completamente a fim de não causar alterações no neném e em seu próprio corpo.
13. Estresse e tensão
Independente de classes sociais, estresse é uma das causas principais da perda da
harmonia da mulher consigo mesma. A atenção acaba se voltando totalmente aos pontos de
tensão no corpo, causando desequilíbrio emocional. “Eu estou em contato diário com mulheres
que geralmente acumulam várias atividades como profissão e casa. Eu acho que elas não se dão
conta do risco que estão correndo e, muitas vezes, exageram. Só percebem quando o grau de
estresse está em seu ponto mais alto. Quando os sintomas de risco começam a ameaçar a sua
saúde, se preocupam, procuram se cuidar e buscam uma orientação médica. No momento em que
o médico lhes aconselha ficar em repouso, pedem licença no seu trabalho e toda sua rotina muda
drasticamente”.
14. Estresse , hipertensão arterial e parto prematuro
Com o repouso, já se consegue diminuir o estresse, a hipertensão arterial e evitar o
parto prematuro. Essas três perturbações estão ligadas entre si. Uma pode ser consequência da
outra. Nós achamos que as gestantes dos dias de hoje demoram muito para perceber e
reconhecer as mudanças hormonais psicofísicas que se sucedem dentro delas. Sua imagem
corporal sofre uma série de alterações e mudanças durante todo o processo de gravidez.
15. A falta de percepção do bebê e de si mesma
Pela perda de sintonia consigo mesma, a gestante não consegue perceber as
necessidades de seu corpo em lenta transformação. Ela não entende o que o seu corpo está lhe
pedindo ou oferecendo, nesse momento em que ela está tomando parte da formação de outro
corpo. Esse desconhecimento de si mesma pode ser uma das maiores causas dos partos
prematuros e mortes intrauterinas.
16. Elas estão se ignorando ou se anulando?
As mulheres, hoje em dia, se mostram desatentas à nova linguagem que seu corpo
lhe oferece na gravidez. São tomadas de muitas surpresas e não conseguem dar conta do recado.
Não encontram mais tempo para isso. Toda pressa começa no lar. Elas sentem dificuldades em
trabalhar a sua imagem corporal em seu próprio lar e acabam se ignorando.
17. Se houvesse interesse em relação ao que estaria acontecendo com seu próprio corpo,
certamente, as gestantes se preocupariam em escutar as parteiras e lhes perguntariam sobre
coisas básicas ligadas aos sinais de gravidez, à prevenção, ao nascimento, sobre tudo o que
não seria “normal” em seu cotidiano.
PREOCUPAÇÕES ESTÉTICAS NA GRAVIDEZ
AS MULHERES ABOMINAM-SE A CADA DIA DE SUA GESTAÇÃO
Noites mal dormidas. Seios deformados.
Celulite! Gordura! Nariz grande! Vômitos!
Barriga dilatada! Pés inchados! Rosto avermelhado!
Colostro no seio! Azia! Incontinência urinária! Irritação!
Tensão! Edema! Câimbra nos pés! Estrias!
Hemorroidas! Constipação! Gases! Que horror!
Sinais de gravidez que perturbam a
gestante contemporânea.
A mulher civilizada expressa seu desconforto
físico, sua frustração mental e emocional.
5. Abominam-se a cada dia de sua gestação.
O excesso de alimentação durante a gravidez não ajuda na circulação sanguínea
e provoca peso excessivo em algumas gestantes privilegiadas.
A gestante, muitas vezes, se lamenta e diz: “olha! Estou cheia de estrias e de celulite! Eu
não como quase nada e continuo engordando. As roupas que eu usava não me servem mais.
Sinto-me uma baleia. Não durmo, não aguento mais tanto peso. Onde vai parar tudo isso?”.
2. “Surgiu um risco no meio de minha barriga. Meus mamilos estão escuros!”. Acham feias todas
essas mudanças que elas percebem. Tem receio de que se formem estrias no abdômen, nos
seios, nos quadris. Elas criam uma imagem aterrorizante, persecutória, negativa de seu estado
físico e psíquico. Rejeitam-se e se abominam a cada dia de sua gestação.
3. Elas ficam enojadas de si mesmas porque seu corpo vai aparentemente e literalmente
mudando. Perdidas e desorientadas pelas perdas físicas, estéticas e pelas perseguições
psíquicas, procuram evitar comentar a origem dessas alterações que as fazem sofrer e se sentir
feias. Mas, depois, elas farão o impossível para recuperar sua boa forma perdida com a gravidez.
 
4. Sentenciadas a se perturbarem com suas próprias sombras
A mãe moderna enxerga a gravidez como uma fábrica de doenças. Gestantes que não
tiveram oportunidade de receber uma educação preventiva não sabem se cuidar. À procura de
uma solução para seus sintomas e suas dores, a qualquer sinal de dor buscam um especialista.
Até o final da gravidez, acabam percorrendo um longo caminho, sozinhas, já que não existe nesse
sistema fechado machista alguém que as acompanhe desde o início até o fim. Elas estão
sentenciadas a se perturbarem e a conviverem com suas próprias sombras.
5. Cirurgia estética nos seios
Uma mãe, em São Paulo, achando-se feia porque seus seios estavam caídos, deixou
de amamentar seu bebê de dois meses e, ignorando os conselhos da sogra, foi fazer cirurgia
estética nos seios. A criança ficou deprimida, chorava muito e acabou pegando pneumonia.
Esteve entre a vida e a morte por dez dias na UTI. A mãe teve que deixar de estudar e de
trabalhar para poder cuidar do neném após sair da UTI.
6- Algumas grávidas sofrem de câimbras, problemas gástricos, azia, prisão de ventre,
hemorroidas, dor lombar, dor ciática, varizes, edemas, dor nas juntas, mãos e pés, tendinite, dor
nas articulações, gengivites. Aparecem problemas de sono como insônia, sono irregular,
pesadelos. Podem surgir problemas nos rins, como cálculos renais, e na bexiga. Há aquelas que
sofrem de incontinência urinária. Infecção urinária, dor na coluna vertebral são comuns nos
meses de gestação. As que sofrem de dor ciática e lombar procuram fazer RPG, hidroginástica
ou massagem. O agravante é que cada técnico prescreve um tipo de medicação que mais cedo
ou mais tarde poderá alterar algumas funções vitais do corpo da mulher.
7. Estrias
As estrias costumam aparecer entre o oitavo e o nono mês, quase no final da
gravidez. Não aparecem em todas as mulheres porque depende da alimentação, da prática ou
não das atividades físicas e do grupo étnico. As “mais privilegiadas” são as mais clarinhas, pois
costumam ter mais estrias. Engordar ou emagrecer em excesso causa estrias por causa da falta
de elasticidade e da dinâmica de recolhimento da pele e do tônus muscular.
8. Fumo
Entre as gestantes fumantes, algumas procuram diminuir a quantidade de cigarros,
fazem um esforço sobre-humano para parar de fumar pelo menos nessa situação. Há quem
consiga largar definitivamente o fumo, outras não, e ficam com peso na consciência, sentindo
remorso e culpa. É importante controlar e até cortar o fumo. Existem pacientes que não
conseguem cortar o fumo por mais que se esforcem. Vão fumando até a criança nascer. Essa é
uma ameaça real, pois o fumo pode deixar sequelas nas crianças: bronquite, sinusite, pneumonia,
asma, alergia e outras.
9. Automedicação
Algumas mulheres gostam de automedicar. Tomam laxantes regularmente, tomam
UMOLAX para combater a azia, tomam remédios para dormir por causa da insônia, relaxantes por
causa da constante tensão em que vivem. Assim, tudo vai de vento em popa.
Se a gestante fica com qualquer dor, lá vai ela. Primeiro, parte para a automedicação
para não ficar sofrendo. Vai e vem à procura de uma solução para seus sintomas e suas dores.
Quando a gestante sofre de dor de coluna, lombalgia, ciática, é encaminhada para o ortopedista ou
o terapeuta corporal. Fazem massagens e exercícios. Com problemas renais, procura-se um
nefrologista. Quando o problema é no estômago, no intestino, geralmente se automedicam. Para
edemas e varizes, procuram meias elásticas.
10. As gestantes de classes diferenciadas possuem liberdade de escolha. Por conta própria,
procuram um especialista para cada sintoma ou dor. Outras tantas, intuitivamente, empurram os
problemas gestacionais com o volume de sua barriga. Há quem pare de usar drogas, beber ou
fumar somente a partir do sexto mês de gestação.
11. Drogas lícitas ou ilícitas
As adolescentes e as adultas tem relações maritais quando se drogam. Elas fumam
maconha, craque, cheiram cocaína e bebem álcool. Drogadas, muitas vezes são abusadas ou
cedem espontaneamente a parceiros.
12. Gravidez precoce
As perturbações e as doenças nos adolescentes e adultos se iniciam habitualmente
numa infância carente. Infelizmente, nem todas as crianças nascem e vivem em ambientes
adequados para o desenvolvimento de suas faculdades, virtudes e atitudes. A gravidez precoce é
resultado de sonhos, fantasias, carências e abandono. Curiosamente, elas se rebelam e acham,
pensam, imaginam que nunca acontecerá com elas.
13. As indisposições fisiológicas na infância e as perturbações familiares, sem dúvida, as
fragilizam na passagem da infância para a adolescência, causando uma série de perturbações
emocionais, impelindo-as, em casos extremos, a irem buscar refúgio nas drogas e, muitas vezes,
resultando numa gestação precoce.
15. Quando entram em estado de euforia, as adolescentes, as gestantes precoces aparecem de
noite para o dia e, muitas vezes, não sabem ao menos quem é o pai. A gestação é conflitiva em
seu processo evolutivo para toda a família. Há casos em que as adolescentes surtadas fogem do
lar, são encontradas jogadas na rua, tornam-se moradoras de rua, consumidoras de drogas. A
família fica desesperada sem saber o que fazer. Encontram-na e levam-na para casa, mas ela
torna a fugir novamente e os ciclos se mantem por vários dias ininterruptamente até a criança
nascer antes do tempo.
16. Abortos clandestinos clínicos realizados até com o consentimento da mãe, tentativas de
abortos caseiros que resultam em dramáticas lesões no ventre, crianças que são tidas em casa
com a ajuda da mãe. São casos e mais casos.
17. Elas se negam a ir para um posto de saúde ou para um hospital por medo de castigos reais ou
imaginários que poderão receber. Afogadas nas dores e nas tristezas, dão mortais suspiros e se
culpam por sua má sorte. A gravidez precoce se tornou uma epidemia e um surto de grandes
proporções sociais no Brasil.
18. A germinação através dos métodos tradicionais da Pacas Mili e o Kheno da Pacas Mili,
o eletromagnetismo do ventre feminino
As perturbações e as tensões no ventre tanto das adolescentes como das adultas são
muito frequentes nos nossos dias, mas poderiam ser prevenidas através da Medicina Itinerante
Kallawaya Andina, utilizando-se dos métodos tradicionais da Pacas Mili e do Kheno da Pacas Mili,
o eletromagnetismo do ventre feminino. Elas fecundam a energia potencial, abrem os olhos
para as emanações energéticas funcionais femininas que inspiram a prevenção, a cultura e o
prazer feminino.
RELAÇÕES MARITAIS
As relações sexuais durante a gravidez ajudam a preparar o colo
uterino e dilatam a via fluvial baixa para o nascimento
Ter ou não ter relações na gestação é opção de cada casal? Cada casal precisa ser
ouvido para saber o que se passa na cabeça de cada um. As relações sexuais durante a gravidez
ajudam na preparação da abertura do colo uterino, por isso podem evitar o parto prematuro em
gravidez de risco. O espermatozoide contem um hormônio chamado Prostaglandina, o qual
ajuda a dar dilatação e flexibilidade no canal de nascimento, fazendo com que a via fluvial se
dilate, se descontraia em seu devido tempo.
2. Relações sexuais antes do trabalho de parto
Ter ou não ter relações sexuais antes do parto ou em plena evolução da gravidez
depende muito da sensitividade e sentimentos do casal. Caso exista um impedimento fisiológico, a
orientação e a opinião do médico devem ser levados em conta. Geralmente, não é indicada a
abstinência sexual se a gestante não tiver problemas fisiológicos.
3. Sintomas para prescrição da abstinência em gestantes de risco
Dilatação do colo uterino, contrações uterinas, placenta prévia (implantação baixa da
placenta faz sobrevir hemorragias prematuras perigosas), perda de sangue na gravidez, náuseas.
Se não existir nenhum desses sintomas, de modo geral, não é recomendada a abstinência
sexual.
4. Relações sexuais no começo, no meio ou no final de uma gravidez
É uma questão que incomoda literalmente os casais, o fato de poder ou não poder ter
relações sexuais no começo, no meio ou no final de uma gravidez. É uma prática instintiva que
preocupa muito as mães por alimentar fantasias dolorosas em relação ao neném.
5. O esposo deve evitar as fantasias frustrantes. As relações maritais não são para machucar a
esposa. São para ajudá-la, amá-la, fazê-la vibrar, relaxar e dilatar a via fluvial baixa. O
companheiro deve estar seguro de si e não deve fazer transparecer preocupações e nem ser
impecavelmente e estritamente cuidadoso para não provocar uma paranoia na mãe-gestante já
insegura com suas próprias fantasias.
Exemplo de fantasias que a mãe poderá alimentar:
a) medo de machucar o neném
b) achar que o neném vai sentir a relação
c) acreditar que irá provocar aborto (no começo da gravidez)
.
5. Abstinência sexual após o nascimento do neném
A única prescrição que os médicos enfatizam é a abstinência sexual logo após o
nascimento da criança até um mês ou quarenta dias depois.
6. Fazendo refluir a sensualidade energética e deixar o medo e as inibições individuais
de lado
A mulher-mãe deve se certificar de que está em um bom relacionamento com seu
companheiro. Ambos devem se sentir espontâneos, muito íntimos e amigáveis. O marido deve
fazer com que a mulher confie totalmente nele. A falta de comunicação é uma faísca de
desconfiança entre o casal e acaba colaborando para sua própria destruição. Não falar o que
realmente sente poderá mudar a sensualidade energética e social de ambos. Terão que se sentir
muito íntimos na gestação e estar atentos a qualquer mudança brusca de sentimentos no
momento do nascimento da criança. Devem se doar um ao outro, expressando afeto e
sensualidade ao se tocarem e se acariciarem.
Mallku Chanez
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
NO BRASIL
“Minhas mamas e meu peito oprimidos e
o meu ventre
comprimido e dilacerado”
Uma temática da política psicossocial autoritária com as
vítimas de assédio, do preconceito, da descriminação,
da repressão obstétrica e da omissão estatal
www.mallkuchanez.com
e-mail: mallkuchanez.site@gmail.com
Facebook: Mallku Chanez
IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino

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Violência obstétrica no Brasil

  • 2.
  • 3. Diagrama 17 A incredulidade e a perda de confiança do “ventre materno” vão contra o vínculo secular e ancestral do “pé da barriga”, no modo de conceber, perceber, reconhecer, cuidar do recém-nascido, apontando para um mundo muito distante da realidade vivenciada pelas avós. A mãe moderna questiona inflexivelmente a sabedoria e o amor da mãe e da avó.
  • 4.
  • 5. --- Parte ll Universo visível e invisível das parteiras obstetras -.‘Ser curiosa’ foi a base para ser parteira diplomada -. Entrevista com uma parteira curiosa, diplomada na Universidade de São Paulo, USP -. Origens de uma parteira diplomada: experiências práticas de uma parteira curiosa até se tornar uma parteira diplomada pela Universidade de São Paulo, USP -. Formação empírica da parteira diplomada: a prática empírica é um bom estímulo para uma aprimorada formação acadêmica -. Parteira de linha baixa ou parteira de via baixa na mesa ginecológica: parto natural é fazer tudo natural, é dar tempo e espaço para a mãe e a criança -. Consultório particular da parteira diplomada -. Exame de gravidez -. Tipos de diagnóstico: sonar, pinar, ouvido direto, ultrassom, estetoscópio -. Parto a domicílio: a mecânica do ‘ovo’ na residência -. Episiotomia: não ruptura do períneo em casa! -. Hemorragia pós-parto e distensão uterina: a conservação do globo de seguridade garante a retração uterina e evita hemorragias -. A fragmentação da medicina institucional: “nós, parteiras, temos mais prática que os próprios médicos” -. Abortos: declínio e desaparecimento da arte das parteiras diplomadas
  • 6. 7. Entrevista com uma enfermeira obstetriz diplomada na Universidade de São Paulo, USP: “ vire enfermeira obstetriz para ser parteira” 8. Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e a babá institucional 9. A crise de percepção do “pé da barriga” e a ingerência médica 14. Casos de omissão dos conselhos médicos quanto à violência obstétrica nos nascimentos: a formação médica preenche as necessidades dos recém-nascidos e das mães? 18. O tabu patriarcal do sofrimento fetal. A “salvação”, o poder coercitivo obstétrico entra em ação 22. A anestesia como interferência no ‘parto natural’ 24. Cesárea: parto abdominal sem necessidade fisiológica é abominável! 29. Parto distópico: parto artificialmente sintetizado nas mesas ginecológicas da morte para as mães inviabilizadas 34. Os nascimentos de risco e os partos prematuros 43. Preocupações estéticas na gravidez 49. Relações maritais: as relações sexuais durante a gravidez ajudam a preparar o colo uterino e dilatam a via fluvial baixa para o nascimento
  • 7. “Vire enfermeira obstetriz para ser parteira” Enfermeira obstetriz diplomada na Universidade de São Paulo, USP Diagrama 18 Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e o “ventre materno moderno”
  • 8. Conflito de gerações entre o “pé da barriga” e a babá institucional O “ventre materno institucional” vai contra o “pé da barriga” da época da mãe e da avó materna, provocando um 5. conflito de gerações. A incredulidade e a perda de confiança no arrotar, no escalda pé e no resguardo se chocam contra 10. os valores da mãe e da avó. É um processo delicado e complicado, acreditar só na babá institucional. Faz pairar um clima de tensão e 15. de discussão iminente no lar. . Mediante a falta de respeito à cultura das ancestrais e a perda dos valores práticos, sobra uma falsa impressão de um convívio relaxante e tranquilo entre 20. a mãe primípara, a avó e a babá institucional. Entrevista com D. K., 47 anos, enfermeira obstetriz da USP. Abril de 1992, SP
  • 9. A CRISE DE PERCEPÇÃO DO “PÉ DA BARRIGA” E A INGERÊNCIA MÉDICA Observa-se, agora, a perda da compreensão em relação às ancestrais e aos pressentimentos das avós. Hoje, a mãe que está tendo filho não aceita mais a orientação e os valores práticos da mãe dela, o que a avó passou para a mãe. A “mãe moderna” questiona e duvida de tudo e, por último, se rebela, rejeita e nega toda orientação vinda da mãe. 2. A mãe primípara não ouve os conselhos Ela quer ir contra tudo e todos, especialmente contra o vínculo secular que deveria uni-la à avó e, em consequência, à mãe. Até questiona o apoio que se quer dar a essa “mãe novata” (mãe primípara), a qual está retornando da maternidade para casa com nenê nos braços. Ela se irrita questionando o apoio familiar. As mães modernas não ouvem os conselhos nem da mãe nem das avós. 3. Arrotar após a amamentação para que os resíduos alimentícios não fluam para o pulmão Fazer o neném arrotar após a amamentação faz parte de um conhecimento fundamental e básico. No entanto, hoje em dia, ele é uma incógnita para as mães contemporâneas. Coloca-se a criança para arrotar para que ela não se engasgue com o refluxo do leite e para que os seus resíduos não fluam para o pulmão. Algumas jovens mães de cara amarrada, de nariz empinado, de olhos sem luz, de lábios sem sorriso, de vida sem prazer, de poucas palavras e de raras amigas íntimas ignoram o arrotar. Não apreciam o mundo da mãe e nem da avó e denigrem a experiência delas.
  • 10. Exemplo 1ª Bronqueolite: A mãe chegava cansada do trabalho, ia dormir e acordava somente com o auxílio da babá eletrônica. Sonolenta, preparava a mamadeira e sem ao menos pegá-lo no colo, fazia o bebê mamar deitado no berço. Por desconhecer sua necessidade, não o fazia arrotar após a amamentação. Esse bebê de 2 ou 3 meses ficou doente e foi internado na UTI. Ele passou por tratamento de resfriado, de pneumonia até descobrirem que o problema havia surgido da falta de um ato muito simples como o arrotar. Foi, também, tratado de refluxo (o leite estava indo para o pulmão) e, por fim, foi dado um nome a essa disfunção fisiológica: bronqueolite. A mãe sempre se recusava a ouvir a sabedoria e os conselhos de sua própria mãe e da avó. Exemplo 2ª Não lave a “coroinha do neném” Uma babá foi contratada para cuidar de uma bebê de 3 ou 4 meses já que a mãe trabalhava e ficava fora de casa o dia todo. A avó estava presente, mas somente como dama de companhia. Quem mandava nos cuidados da criança era a babá. Ao notar que a babá sempre a banhava de noite, a avó lhe pediu para que não lavasse a “coroinha do neném” de noite. O seu pedido foi desacatado. Aliás, a babá jamais a obedecia. A criança adoeceu e teve que ser levado ao médico. Era desnecessário levar a criança ao médico. Parando de lavar a cabeça dela à noite, tudo se resolveria, comentou a avó. A mãe, no entanto, cria somente no que o médico dizia. A criança ficou internada por 15 dias na UTI. Teve pneumonia e bronqueolite. Segundo a avó, a bebê olhava para ela e os seus olhinhos lhe pediam socorro, enquanto a mãe reclamava por não conseguir “acertar” com os médicos.
  • 11. Exemplo 3ª Uma touca na cabeça do bebê Sob o sol escaldante, quando a avó aconselhava a colocar uma touca na cabeça do bebê, a filha lhe respondia que essa prática era do tempo dela, mas que não se fazia mais assim. “Nossa! Não pode assegurar o neném assim, tem que enrolar bem o neném”, dizia a avó. Então, irritada, a filha respondia: “não se usa mais isso. O médico disse que tudo isso é folclore”. 4. Divergências culturais entre a mãe e a filha A mãe contemporânea perdeu confiança em si mesma, perdeu o poder de intuir e de pressentir. A mulher-mãe de hoje não acha certo que sua mãe a aconselhe, a oriente e fale de alguns cuidados que ela deve ter com o neném. 5. Grandes divergências culturais estão em apogeu. A mãe quer ajudar, mas a filha não quer aceitar ajuda nem da mãe nem da avó. 6. Elas querem procurar uma ajuda cientificamente comprovada. Elas preferem perguntar ao médico, ao pediatra, ao obstetra, a alguém que supostamente “conhece” mais. Recorrem a um acadêmico porque não aceitam a sabedoria milenar. 7. O médico não enxerga a mãe e o neném como um todo A nova geração prefere o conhecimento racional, acadêmico e, então, caem numa tremenda insegurança. O médico não enxerga a mãe e o neném como um todo. Conhecem o corpo todo picado, fragmentado. Ele está mais preocupado com suas estatísticas .
  • 12. 8. Depressão pós-parto O médico só olha o neném para preencher sua curva de crescimento e sua curva de peso, pois está preocupado em preencher sua folha técnica. Ele está longe das verdadeiras necessidades da mãe. A mãe acaba acatando suas recomendações e termina ansiosa e insegura. Um curto caminho para uma depressão pós-parto. 9. Quando um cego tenta orientar outro cego, raras vezes evitam cair no buraco “As mães com as quais eu trabalho são de um grupo diferenciado, de classe média-alta, e elas sempre vão procurar a ajuda da babá e da enfermeira. Essas, por sua vez, vem com seus vícios. São indivíduos que estão a procura de lucro. Não sabem nada, são mesmo ignorantes. Fica pior do que estava. Quando um cego tenta orientar outro cego, raras vezes evitam cair no buraco”. 10. Sensibilizar-se com o neném As mães se enganam porque imaginam que as babás tenham trabalhado num hospital, numa maternidade, que saibam lidar com bebês pela sua suposta experiência. Elas acreditam que as babás saberão ensinar a maneira “certa” de cuidar do bebê, que lhes ensinarão a desenvolver certa sensibilidade e intuição sensitiva em relação ao neném. Isso demonstra o quanto elas se encontram desorientadas. Na realidade, o que já estava adormecido se entorpece mais, e todo o processo de relação entre mãe e filha(o) se narcotiza.
  • 13. 11. Menosprezam o mundo instintivo: não sentir emoção é a regra A lógica científica faz questão de ensinar a ficar frio. As babás, as enfermeiras e os médicos não levam consigo todo esse know how. Os acadêmicos tem grandes ilusões, mas não possuem nenhum conhecimento caseiro ou prático, são insondáveis. O conhecimento maternal dos técnicos é viciado. 12. A perda da percepção, da intuição e do instinto maternal A mãe moderna, ao invés de ganhar vibrações energéticas, perde a percepção, a intuição e o instinto. Esses fenômenos naturais, fundamentais para uma boa relação maternal, são ignorados pela instituição, onde impera a lógica do materialismo científico frio. 13. As instituições maternais fazem questão de ensinar os(as) médicos(as) a serem frios(as) A instituição maternal se apresenta fria, viciada e adormecida. Seu autoconhecimento e sua autoconfiança são mantidos num vácuo sem saída. A mãe deixa a babá e a enfermeira mecanizada a interferirem e tomarem conta da já caótica situação na relação mãe e filha(o), conduzindo-os à desolação e ao sofrimento.
  • 14. CASOS DE OMISSÃO DOS CONSELHOS MÉDICOS QUANTO À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NOS NASCIMENTOS A formação médica preenche as necessidades dos recém-nascidos e das mães? Já se disse que a incompreensão, a inércia e a lambança dos obstetras são tão prejudiciais quanto 5. violentas nos nascimentos. Na prática clínica, todavia, os erros de conduta médica chamam atenção tanto quanto os casos de 10. omissão dos conselhos médicos. Tudo que se distancia da comunidade, do povo, deixa um vazio difícil de suprir. Pode-se dizer o mesmo em relação à interferência no trabalho de parto.
  • 15. 2. Vigiar e punir Tudo se encontra muito segmentado, dissociado. Existe um tecnocrata para examinar, outro para acompanhar na sala de parto, outro para vigiar e punir. Cada um tem uma determinada preocupação e ocupação. Cada tecnocrata acha que faz sua parte, mas essa atitude acaba por incentivar uma grande fragmentação do todo, irreversível para o organismo sensorial da mulher. 3. A obstetriz como “dama de companhia” Não existe unidade, totalidade, sensibilidade no trabalho de parto. No caso das maternidades privadas, as obstetrizes só tem um papel a cumprir: o de ser “dama de companhia”, cuidando, transmitindo segurança, tranquilizando a gestante. 4. Vire enfermeira obstetriz para ser parteira A enfermeira obstetriz está sempre sujeita a hegemonia médica; sua autonomia, sua valorização como parteira é deixada de lado, não é considerada profissionalmente. É o “doutor” quem dita a última sentença sobre o que será ou deixará de ser feito. 5. A formação dos médicos deixa muito a desejar Atualmente, a formação dos profissionais de saúde deixa muito a desejar. São muito poucos os médicos que tem uma formação adequada para oferecer um diagnóstico e um atendimento ao menos regular no desenvolvimento e na evolução do parto.
  • 16. 6. A lepra moral das materidades estatais “Eu acho que nos partos do SUS (Sistema Único de Saúde) se deixa mais ao natural” porque as mulheres são, na realidade, abandonadas, muitas vezes por falta de bondade moral e por discriminação social. As parturientes são abandonadas a sua sorte. As mães vão parir na porta dos hospitais, nas calçadas, nas macas, muitas vezes ao lado de uma pessoa que levou um tiro, foi esfaqueada (ambas estão sangrando e com feridas abertas). Ainda assim, essas mães “correm menos riscos de adquirirem problemas traumáticos que numa clínica particular”. 7. O respeito para com a mãe é uma questão de princípios e valores As mulheres-mães que procuram atendimento no SUS não possuem meios financeiros para recorrer a outros tipos de acolhimentos. Portanto, as parturientes são deixadas em algum lugar, largadas a sua própria sorte (deixam o parto evoluir conforme a sua própria natureza), até que alguma “sombra de branco” apareça. A própria obstetriz acaba fazendo esporadicamente o parto. Todavia, as obstetrizes do SUS, em sua grande maioria, não apresentam nenhuma condição técnica para dar assistência às parturientes.
  • 17. 8. A interferência e a ingerência médica – indução do parto O médico tem pouco tempo e pouca paciência, por isso ele interfere e se intromete excessivamente no processo de parto. Quando ocorre uma interferência medicamentosa (ao que poderíamos chamar de Iatroquímica) para a indução do parto, a chance de a gestante terminar na sala de cirurgia é grande. Ela acaba recebendo uma indicação para a cesárea e, ainda, está pode não terminar bem. 9. É preciso ter confiança no parto expulsivo prolongado Nota-se medo e pavor na equipe de triagem num processo avançado do parto expulsivo. Além da falta de técnica, falta confiança e prática no acompanhamento do parto natural sem interferência medicamentosa: ficar junto com a mãe, saber o que é e o que não é uma contração, e mais que tudo, confiar na sabedoria da paciência da natureza. 10. Baratas tontas! Medo de agir no parto expulsivo prolongado “Nas universidades, alimenta-se muito, muito o medo. Não é engraçado? Você não acredita! Os médicos tem medo de agir. Por exemplo, uma gestante chega na maternidade num processo avançado do parto expulsivo prolongado. A mãe já está quase tendo nenê. Deixam a mãe mais assustada”.
  • 18. 11. O parto deve ser feito obrigatoriamente sobre a mesa ginecológica? Todo mundo fica morrendo de medo que o neném nasça na cama, na maca porque acham que o parto deve ser feito obrigatoriamente sobre a mesa ginecológica, na sala de parto ou na sala de inibição do parto. Acontece a maior correria. A equipe técnica fica totalmente desorientada, atua como barata tonta quando o nenê está para nascer. Geralmente, se apavoram e deixam a mulher que vai ser mãe mais assustada. 12. Jogam a mãe na sala de parto para trabalhá-la Correm com a paciente sem sentido, giram ao redor de si mesmos, chamam o elevador (se estiver funcionando, porque raras vezes os elevadores funcionam). Correndo, levam a parturiente e a jogam na sala de parto. Voltam com o médico e já começam a “trabalhá-la”: colocam o soro anestésico e cortam o períneo, adotando a técnica da episiotomia, sem perguntar ou pedir autorização da gestante. 13. Fazer “força” fora da hora, sem que o neném esteja bem encaixado na via fluvial Por ser assim, é muito frequente levarem a gestante à sala de parto, colocá-la para fazer força em posição deitada ou horizontal, fora da hora, antes da manifestação das contrações uterinas e da dilatação do colo uterino completar seu processo e, consequentemente, sem que o neném esteja bem encaixado na bacia ou na pélvis materna, na via fluvial.
  • 19. Diagrama 19 A conservação da energia, da sensibilidade instintiva e intuitiva e da mente, em toda desordem da natureza são melhores que o padecer, o sofrimento fetal e a salvação .
  • 20. O TABU PATRIARCAL DO SOFRIMENTO FETAL A “salvação”, o poder coercitivo obstétrico entra em ação Tudo nele nos revela o padecer. A vinda do recém-nascido não enternece corações O período expulsivo prolongado é considerado pelos técnicos, sofrimento fetal e pela instituição fechada religiosa em 5. decadência, um tabu patriarcal. O medo do desconhecido, o pavor do diferente são ameaças latentes para os obstetras. Devem fazer a mãe mudar de 10. ideia no mesmo instante. Através do modelo técnico e puritano civilizado, o poder coercitivo entra em ação. O poder baseado na agressão deixa a moral e a 15. pélvis sumamente angustiadas.
  • 21. Além de provocarem danos no ritmo da reciprocidade entre a mãe e o recém-nascido, quebram o projeto de vida da mulher-mãe e, ainda, lhe 20. dilaceram o períneo. Os nascimentos de transcendência energética se desenvolvem em harmonia e sintonia entre a Mãe d’Umbigo e a Mãe d’Água amazônica. Essa reciprocidade, essa relação social, essa sensibilidade instintiva reside na exigência inalterável do cumprimento da lei da Mãe Natureza e da Mãe Cósmica. 2. As mama’es rejeitam a paternidade institucional do sofrimento fetal por comprometer a harmonia e a sintonia da relação da mama’e com sua criança, da Mãe d’Umbigo com a Mãe d’Água. 3. A reciprocidade entre a mãe e a(o) filha(o) é uma verdadeira relação de vida e é culturalmente valorizada pelas mulheres-mães amazônicas. Os humanos civilizados, os euroíndios, os euroacadêmicos, com seu tabu patriarcal do sofrimento fetal, predadores e técnicos por excelência, desejam eliminar essa relação de serenidade, de paciência, repudiam-na, não a reconhecem e nem a respeitam, atemorizando a mãe e impondo uma reação violenta de sofrimento através do medo e do terror. 4. O medo Esse medo, essa desordem autoritária e agressiva é resultado da vida atual. O parto abdominal, a cesárea, é um parto abominável, descartável ou sintetizado, tem um preço no mercado e seu trabalho mecânico é considerado uma mercadoria.
  • 22. 5. Sofrimento de quem? Os obstetras inspiram confiança? O período expulsivo prolongado, geralmente, tem duração de 19 a 24 horas, e isso é sinônimo de “sofrimento fetal” para os técnicos médios. O parto humanizado do sistema patriarcal fechado é diferente do partejar assistido pelas parteiras tradicionais e o oposto das Mães d’Umbigo Raizeiras amazônicas , que possuem a sensibilidade intuitiva a flor da pele e a experiência em métodos milenares práticos e eficazes. 6. O princípio, o meio e o fim nos nascimentos naturais Quando os partos eram esperados e respeitados, percebia-se o princípio, o meio e o fim em sua evolução, os quais eram relativos e absolutos. Nessa reciprocidade natural entre a mãe e o bebê, aconteciam verdadeiramente as contrações uterinas e as dilatações pélvicas, as quais eram acompanhadas com grande coragem e paciência pelas parteiras e pela comunidade. 7. O período expulsivo prolongado por via fluvial baixa O período expulsivo prolongado, ainda hoje, é acompanhado por um ritual de espera nos nascimentos tradicionais em casa. Atualmente, o materialismo e a lógica científica institucional associados à medicina metropolitana e ao exagerado consumismo transformaram o período expulsivo num conflito fantasioso perturbador e persecutório de projeções incalculáveis e atemorizantes, finalizado em partos abomináveis dilacerantes (cesáreas).
  • 23. 8. A miopia da razão religiosa: a salvação Assim, instaurou-se uma guerra metafísica entre os acadêmicos delinquentes que transformaram a gestante numa moeda de troca da instituição falida e a mulher-mãe. Supostamente e melodramaticamente temendo fazer o neném sofrer, os obstetras agem sugestionando e apavorando automaticamente a mãe. 9. Os doutores querem salvar o neném da dor através de sua boca odorífera Jogam susceptibilidades, fazem fluir de sua boca odorífera preocupações que não possuem, querem salvar o neném da dor. Da dor da passagem natural pela via fluvial do bebê! Isso acaba se tornando motivo para a multiplicação da angústia, da dor e do sofrimento da gestante. Fazem vista grossa ou se mostram leigos ao não imaginarem que esse processo de dilaceração física e mental provoca tristeza e acaba afetando tanto a mãe como a criança.
  • 24. ANESTESIA INTERFERÊNCIA NO PARTO NATURAL A anestesia peridural, muitas vezes mal aplicada por algum técnico medíocre intervencionista, favorece as induções inoportunas e inadmissíveis. Quando a anestesia peridural surgiu, interferiu em toda a evolução do parto, fazendo com que ele deixasse de ser um processo natural. 2. O uso da anestesia peridural objetiva o controle da evolução do parto e da dor através de meios mecânicos. Essa técnica sintética interferiu na posição, no tempo, no espaço e na dor. Surgiu uma nova denominação de tecnocrata, o anestesista. O objetivo desse médico é controlar a evolução do parto e a dor através de meios mecânicos. Seu papel é o de ser literalmente intervencionista. Sua intenção o leva a interferir na dinâmica das contrações uterinas e no relaxamento pélvico para em seguida romper a bolsa d’água. 3. Rompendo a bolsa d’água, o parto deixa de ser natural. Furando-se a bolsa, o parto deixa de ser natural para se tornar mecânica, artificial. Esse parto de ferro ao frio é conhecido hoje como parto natural. 4. O processo de indução e de controle no parto natural. Na indução mecânica do parto, primeiramente, a gestante recebe soro misturado com Anfitófito e Citosina, os quais aceleram o parto e estimulam excessivamente as contrações uterinas.
  • 25. 5. Uma ampola vem com cinco unidades de Citocinol que é colocado num frasco de 500 ml de soro (glicose). Antigamente, usava-se Espetocim para a expulsão imediata do neném. Esse mesmo medicamento era usado para estimular o mecanismo do aborto. 6. O uso de Citocinol para a indução do parto Atualmente, existem outras técnicas mais sofisticadas e outros medicamentos mais fortes para a indução do parto. Não se induz diretamente, porém o uso de Citocinol continua a ser frequente. 7. Intervenção para o controle no parto. Como se observa, hoje, ocorre uma grande intervenção no parto chamado de “normal” ou “natural”. Se a paciente recorre a uma clínica particular e pede um parto normal, lhe oferecem um parto artificial. Eles induzem o parto ao entorpecerem o seu desencadeamento. 8. Percepções adormecidas da instituição civilizada. A maioria dos médicos não tem paciência para esperar o desencadeamento natural das contrações. Suas percepções se encontram totalmente adormecidas. 9. Diferenças entre as gestantes europeias e brasileiras As gestantes estrangeiras tem uma opinião formada sobre os riscos que se corre numa interferência ou na indução do parto. “Elas não deixam os médicos interferirem no parto natural”. Elas aprenderam a lidar com a dor. As gestantes brasileiras constantemente deixam o médico interferir no processo da dor, não se importando com suas consequências no processo do parto.
  • 26. Diagrama 20 A sensibilidade intuitiva e os sentidos femininos existem principalmente para não ter medo da própria natureza. Agora, existem homens temerosos da vida que são levados ao absolutismo extremo, considerando a cesárea como única experiência salvadora.
  • 27. CESÁREA PARTO ABDOMINAL SEM NECESSIDADE FISIOLÓGICA É ABOMINÁVEL! Um excelente diagnóstico de parto natural para o obstetra e o anestesista é aquele que se encaixa no padrão da equipe, na normalidade do 5. parto de ferro ou do parto abdominal. O encaixe do neném na pélvis, a dor e os gritos da mãe são um filme de terror e não são aceitos na 10. instituição fechada. São delitos que contaminam a medicina civilizada, dizem os técnicos racionais medíocres. A intervenção é realizada em oitenta por cento dos partos no SUS e noventa por cento nas maternidades particulares. Essas intervenções se caracterizam, hoje, como a peste da Saúde Pública brasileira.
  • 28. - Indicações patológicas para a cesárea: Podem surgir indicações patológicas para o parto por cesárea e que, em essência, são as seguintes: a). pélvis estreito; b). feto excessivamente volumoso; c). má formação fetal (hidrocefalia e outras); d). histórico familiar de esterilidade em gestante primípara; e). apresentação pélvica e patologias associadas a tumor prévio e a placenta prévia (colada). O trabalho de parto indica o termo (término) da evolução que acontece no organismo sensorial da mãe, depois de nove meses de gestação. Sucede-se, então, a expulsão do neném, da placenta, das membranas e do líquido amniótico de seu útero pelo canal do parto. 2. Trabalho de parto natural sem cicatrizes psíquicas e danos de qualquer natureza Um trabalho de parto natural leva, no mínimo, vinte e quatro horas e como resultado desse processo, através dos esforços e dos relaxamentos autônomos, exclusivos e necessários da mãe, obtém-se um ser vivo para ser amamentado. Consegue-se uma criança sadia e uma mãe sem cortes, sem aberturas, sem feridas físicas, sem cicatrizes psíquicas e danos de qualquer natureza. 3. Injetar o anestésico para manipular e supostamente tirar a dor Os técnicos médios não conseguem acompanhar as dores da parturiente e se mostrar solidários a ela nos seus esforços e gritos. Eles se perderam, nunca souberam ou não sabem mais o que é normal ou anormal. Somente o que se encaixa em seu modelo mental de normalidade é aceito. Por conta disso, acabam prejudicando os sinais do trabalho de parto.
  • 29. 4. A aura ou o campo magnético da mãe Os técnicos médios pelo menos tem como mérito disputar o seu medo com as mudanças naturais do verdadeiro trabalho de parto. “Eles não conseguem aceitar e nem acompanhar a dor da outra, neste caso, da mulher gestante”. A dor da parturiente é muito forte. Para poder ficar ao lado de uma pessoa com dor é necessário ter uma preparação energética muito profunda. A aura ou o campo magnético da mãe se torna energizado. Muitas vezes é possível percebê-lo no toque inicial. 5. Indivíduos fracos e frios injetam anestésicos Para os indivíduos fracos e frios é muito mais fácil injetar o anestésico para manipular e supostamente tirar a dor. É por isso que os médicos se utilizam desses processos e recursos artificiais, os quais ao longo do tempo deixam uma série de sequelas físicas e psicológicas nas pacientes. 6. A evolução do nascimento natural sem interferências funciona muito bem por si só Quando se induz o parto quimicamente, as contrações uterinas se tornam fortíssimas. A dor é pior, fica mais forte que numa evolução natural. Automaticamente e irracionalmente, torna- se uma obsessão aplicar anestesia, pois o organismo da mulher não conseguiria suportar tamanha dor racional. 7. O vaivém da pélvis, um fenômeno natural? Quando as contrações surgem naturalmente, o corpo da mulher vai se adaptando. A pélvis vai gerando um movimento de vaivém. Conforme ela vai se tranquilizando, ela mesma vai liberando as substâncias hormonais de que irá precisar para que possa desencadear esse fenômeno natural. Se derem tempo e espaço relativo, o organismo da mãe irá aceitando as mudanças estruturais físicas, adquirindo a tão esperada elasticidade para conseguir lidar com a dor.
  • 30. 8. O tranco de mão, de braço, de joelho Quando a mãe não aguenta mais a ‘recepção da dor’ pela perda da paciência, ocorre a intervenção com a “mãozona fria do homem”. Infiltra-se anestesia no soro fisiológico para ser introduzida gota a gota na paciente. Somando-se a isso, força-se um tranco de mão, de braço, de joelho, para desbloquear o útero, deixando a pélvis agoniada. Assim, o parto não consegue ter sua fluidez natural. 9. O uso da citosina e o sofrimento fetal O uso intenso da CITOSINA gera contrações muito fortes, provoca sofrimentos ao neném e acaba oferecendo motivos para a indicação de cesárea. As intensas contrações uterinas e o uso do anestésico (bloqueador de dores) causa bradicardia no foco, feto, que pode resultar até numa anoxia fetal intrauterina (deficiência de oxigênio nos órgãos e nos tecidos). 10. Crianças com anoxia nunca serão acompanhadas após o nascimento Dependendo de como for conduzida a intervenção, nem a mãe nem o pai perceberão o ato médico, não chegarão a perceber o processo. Por via das dúvidas, indica-se a cesárea - tira logo o neném e pronto. Essas crianças com anoxia nunca serão acompanhadas após o nascimento. Ninguém acompanha essas crianças. Tira e acabou. 11. Muitas vezes, tal criança terá que tomar remédios controlados o resto da vida. Além de gerar desconforto, pois os remédios causam dependência, ela poderá sofrer, ainda, discriminação social.
  • 31. 12. A aceitação da morte simbólica da mulher-mãe Assim, a maioria dos obstetras e anestesistas não conseguem ouvir e nem querem perceber as dolorosas manifestações das mulheres-mães pelo dilaceramento de seu ventre. Eles permanecem inertes como pilares de ferro na aceitação da morte simbólica da mulher-mãe e na prática dos partos bruscos. 13. O mundo de terror dos partos sem dores A maioria das mulheres-mães dilaceradas não chegam a perceber as dolorosas relações de sua pélvis com a criança. Pelas especulações traumatizantes dos obstetras e anestesistas, que descansam na letargia primigênia da sua formação e ambição, semelhantes ao mundo de terror, permanecem sem nenhuma atormentação interior quanto ao angustiante problema dos partos abomináveis, as cesáreas. Alteram a complementariedade da energia e do sangue artificialmente e perigosamente, provocando doenças e indisposições futuras.
  • 32. PARTO DISTÓPICO Parto artificialmente sintetizado nas mesas ginecológicas da morte para as mães inviabilizadas Com um instrumento afiado arrebentam a bolsa d’água e aceleram o período expulsivo do parto com um tranco de mão... Os técnicos medíocres asseguram-se de que não existe mais líquido amniótico suficiente na bolsa d’água porque furaram-na enquanto a gestante 5. estava totalmente tensa e desnorteada. Sentindo a inflexão, a tensão total da mãe, aconselham-na a sintetizar o parto, argumentando que o processo expulsivo do parto vaginal será 10. complicado e demorado.
  • 33. Convencem-na de que ela acabará sendo exposta a dor, já que pelas condições e circunstâncias em que se encontra o bebê, ele não 15. conseguirá se encaixar no canal do parto. Assim, a cesárea, o parto abominável, será prescrito. Para o profundo desconsolo da mãe, seus sonhos se evaporam 20. perante seus olhos umedecidos. Aceleram o período expulsivo do parto. Os técnicos medíocres perderam a arte e a noção do momento de acomodação do neném na pélvis. Quando a bolsa d’água se desfaz naturalmente, a criança entrará naturalmente em processo de acomodação. 2. Instrumento afiado para acelerar o período expulsivo Hoje em dia, interfere-se no processo natural do parto com um “tranco de mão”, o trabalho de parto, rompendo-se a bolsa d’água precocemente com um instrumento afiado para poder acelerar o período expulsivo do parto. Acham um absurdo demorar e ter que esperar a sua evolução natural. 3. Valorizar e reconstituir o nascimento longo A arte e a cultura da sabedoria ou a arte da paciência encontra-se na espera do demorado processo expulsivo. “O parto com seu fluir natural, que ontem era ritmicamente e cuidadosamente esperado, era longo e lento”. Atualmente, essa evolução natural é artificialmente sintetizada, sendo chamada de ‘parto distópico’.
  • 34. 4. Parto normal induzido por raqueanestesia O parto distópico ou o parto descartável passou a ser chamado de parto normal com a interferência dos técnicos médios, do obstetra e do anestesista, senhor e dono da raqueanestesia das sequelas paralizantes. Segundo o relato de algumas mulheres, após receberem raque, elas deveriam permanecer deitadas sem travesseiro e sem mover a cabeça. A desobediência às instruções resultou numa terrível punição, uma enxaqueca reversível somente pelo recebimento de mais uma dose de raque, respeitando-se,, dessa vez, o tempo em que a cabeça deveria permanecer imóvel para que a enxaqueca não se tornasse irreversível. 5. Deve-se respeitar a sincronização rítmica e funcional entre a mãe e sua criança Desde os primeiros sinais do parto ou desde as primeiras contrações uterinas até o nascimento do bebê num parto via vaginal, estima-se a demora média de 20 a 24 horas e como resultado dos esforços necessários da mãe teremos um bebê saudável e uma mulher-mãe sem feridas emocionais, sem cefaleias, sem dores lombares, sem danos de nenhuma natureza. 6. O trabalho de parto é espontâneo para todas as mulheres Muitos profissionais que trabalham em hospitais modernos fazem questão de esquecer ou ignorar que a grande maioria dos trabalhos de parto é espontânea. O processo do nascimento se desencadeia normalmente por si só. 7. Tipos de partos diferenciados para privilegiados Mas para a classe diferenciada ou classe média alta existem várias opções. São lhes sugeridos e oferecidos diversos tipos de partos. A saber: parto na penumbra, parto em água, parto lateral, parto Laboyer, parto de cócoras. Seu custo, dependendo do método e do lugar, é altíssimo.
  • 35. 8. Fases da evolução de um nascimento espontâneo Descreveremos, a seguir, algumas fases importantes que devem ser carinhosamente observadas e acompanhadas de perto na evolução de um parto vaginal: Primeiro estágio: Fase pré-expulsiva a) no início, algumas mães primíparas podem não reconhecer que estejam entrando em período expulsivo. Elas podem confundir os sinais desse estágio com sintomas de dor nas costas ou de gases intestinais (borborismos intestinais). b) pede-se à mãe para que se empenhe cada vez mais em relaxar e se tranquilizar entre uma contração e outra. c) a mãe, no princípio, sentirá muita pressão no baixo ventre. Certamente, urinará com muita frequência. Nas mães primíparas, a cabeça do nenê se encaixa na via fluvial duas a três semanas antes do parto. d) o primeiro estágio dura desde a primeira contração até a completa dilatação do canal uterino- cerca de 10 cm (3 polegadas). Segundo estágio: Fase expulsiva a) percebe-se um aumento da secreção vaginal no canal uterino. As mães de termo, as que completam toda a gestação, tendem a ter bastante secreção vaginal. O muco é expelido pelo colo uterino. b) assim que vêm as contrações uterinas, elas começam a se repetir em intervalos regulares e com intensidade crescente. c) quando a cabeça da criança começa a se encaixar no tecido gelatinoso, suave e delicado do canal fluvial, a textura toda começa a se esticar e a abrir junto com os lábios da vulva .
  • 36. d) no momento em que o neném começa a descer pelo canal fluvial, a mãe experimentará uma grande mudança em seu estado de sensibilidade intuitiva, ela se tornará irreconhecível. e) depois ela começará a fluir e a flutuar, se tornará mais sensível e sentirá todo seu organismo sensorial vibrar energeticamente . f) ela precisará de toda concentração e esforço possível para relaxar e se tranquilizar entre uma contração e outra. g) é difícil descrever ou imaginar as sensações que a mãe experimenta nessas circunstâncias. As contrações energéticas são muito fortes e vibrantes, porém a evolução do nascimento da criança não é necessariamente dolorosa. O processo todo pode durar de um par de minutos até várias horas. Terceiro estágio: A separação da placenta a) durante esse estágio, o útero continuará a vibrar e a se contrair. O seu tamanho irá se reduzindo cada vez mais, assim mesmo, continuará prendendo a placenta. b) contrações posteriores mais suaves separarão a placenta da parede do útero e a mesma será logo expelida pelo canal fluvial. Esse estágio pode durar entre quinze e vinte minutos, marcando, assim, o final do processo de expulsão da criança. Sem dúvida, é uma das experiências mais vibrantes, extremamente instintiva para a mulher-mãe corajosa, feroz e criadora.
  • 37. Diagrama 21 Há diversos fatores que devem ser observados durante o trabalho de parto prematuro e que não devem ser condenados principalmente no que diz respeito à atitude da mãe.
  • 38. OS NASCIMENTOS DE RISCO E OS PARTOS PREMATUROS O tempo não volta, por isso é melhor não lamentar. O melhor é assistir adequadamente a mulher-mãe, pois o parto prematuro é cheio de obstáculos . A atitude da mãe Esses momentos são muito difíceis para a mãe e para a criança e nunca podem ser desconsiderados. A mãe, sabendo do risco que corre, dará à luz mais lentamente porque estará menos relaxada. Ela se sentirá mais tensa, vulnerável e muito instável. Ela prestará mais atenção nos seus instintos, pressentimentos, movimentos, na sua sensibilidade e o seu fluir energético estará à flor da pele. 2. A assistência A parturiente pré-termo deve receber assistência de pessoas bem treinadas tecnicamente e emocionalmente maduras, pessoas que possam inspirar confiança e empatia. Assim, ela saberá o que fazer nesse momento crítico de sua vida. 3. O toque sensitivo Ela quer, deseja ter confiança no toque sensitivo das mãos de quem a acolhe. Elas serão a extensão de sua pele e estarão a seu lado nos momentos mais cruciais do parto.
  • 39. 4. Gestantes de risco em todos os níveis sociais “Antigamente, só nasciam crianças prematuras nas favelas. Hoje, há um grande número de gestantes de risco e é impressionante o número de nenéns que nascem prematuros em todos os níveis sociais, tanto nos partos realizados em hospitais particulares como nas maternidades públicas brasileiras”. 5. Ala de inibição de parto O número de mulheres que entram em trabalho de parto prematuro é cada vez maior. Nas maternidades, existem alas de inibição de partos para bloquear as contrações do útero através de medicamentos e para exclusivamente relaxar a mãe, muitas vezes, à base de sedativos. 6. Inibir o processo de parto prematuro Medicamentos como Bricanil, Inibina, são remédios normalmente usados para o tratamento de asma, mas na iminência de um parto prematuro são receitados como tetrabloqueadores, inibidores do processo de parto. Também, são usados relaxantes musculares como Buscopam e sedativos; ainda assim, continuam nascendo muitos prematuros no estado de São Paulo. 7. Preventivo onde? Internar a paciente e aplicar soro fisiológico é o que se chama de preventivo. Não se conhece nenhum trabalho verdadeiramente preventivo sobre o parto. 8. Alto risco, alto índice de infecção hospitalar Em São Paulo, é espantosa a área dos hospitais ocupada pelas gestantes de alto risco, candidatas a dar à luz prematuramente.
  • 40. 9. Diagnósticos com Ultrassom “Muitos dos nenês são tirados antes da iniciação do trabalho de parto, por isso essa ala do hospital está sempre com excesso de nenês. Hoje em dia, eles mandam fazer diagnósticos com Ultrassom a cada mês para poderem fazer cesárea antes do período expulsivo, ou seja, antes do neném estar bem madurinho”, em sua plenitude energética. 10. Membrana hialina causa morte em crianças prematuras, crianças não respiravam direito Dez anos atrás, tiravam-se prematuramente muitos nenês. Essas crianças sofriam uma série de gravíssimas consequências ou sequelas. Desenvolviam doenças como a da membrana hialina. As crianças não respiravam direito, pois os pulmões não estavam suficientemente maduros ou preparados para a adaptação no mundo externo. Causa de morte mais comum em bebês prematuros. Atualmente, a medicina já tem controle sobre elas e, com isto, diminuíram os riscos para os bebês que nascem prematuros. 11. Sintomas de risco e repouso A gestante é aconselhada a ficar deitada o máximo possível, a buscar um ambiente tranquilo, a evitar trabalhos pesados, a não subir escadas frequentemente, ou seja, é orientada a diminuir suas atividades rotineiras. Geralmente, só com repouso já melhoram sutilmente os sintomas de risco, mas a gestante precisa não só de repouso. Ela precisa perceber e mudar uma série de hábitos que não lhe são benéficos nesse período. Deverá, por exemplo, cuidar de sua alimentação, pois isso a ajudará a se relaxar, se fortalecer e se sentir íntegra, o que evitará a dilatação e o relaxamento prematuro do seu útero.
  • 41. 12. Remédios que bloqueiam o repouso Se a gestante utiliza drogas estimulantes, cafeína, cigarro, álcool que bloqueiam seu repouso, é aconselhável ir diminuindo gradativamente até deixá-los completamente a fim de não causar alterações no neném e em seu próprio corpo. 13. Estresse e tensão Independente de classes sociais, estresse é uma das causas principais da perda da harmonia da mulher consigo mesma. A atenção acaba se voltando totalmente aos pontos de tensão no corpo, causando desequilíbrio emocional. “Eu estou em contato diário com mulheres que geralmente acumulam várias atividades como profissão e casa. Eu acho que elas não se dão conta do risco que estão correndo e, muitas vezes, exageram. Só percebem quando o grau de estresse está em seu ponto mais alto. Quando os sintomas de risco começam a ameaçar a sua saúde, se preocupam, procuram se cuidar e buscam uma orientação médica. No momento em que o médico lhes aconselha ficar em repouso, pedem licença no seu trabalho e toda sua rotina muda drasticamente”. 14. Estresse , hipertensão arterial e parto prematuro Com o repouso, já se consegue diminuir o estresse, a hipertensão arterial e evitar o parto prematuro. Essas três perturbações estão ligadas entre si. Uma pode ser consequência da outra. Nós achamos que as gestantes dos dias de hoje demoram muito para perceber e reconhecer as mudanças hormonais psicofísicas que se sucedem dentro delas. Sua imagem corporal sofre uma série de alterações e mudanças durante todo o processo de gravidez.
  • 42. 15. A falta de percepção do bebê e de si mesma Pela perda de sintonia consigo mesma, a gestante não consegue perceber as necessidades de seu corpo em lenta transformação. Ela não entende o que o seu corpo está lhe pedindo ou oferecendo, nesse momento em que ela está tomando parte da formação de outro corpo. Esse desconhecimento de si mesma pode ser uma das maiores causas dos partos prematuros e mortes intrauterinas. 16. Elas estão se ignorando ou se anulando? As mulheres, hoje em dia, se mostram desatentas à nova linguagem que seu corpo lhe oferece na gravidez. São tomadas de muitas surpresas e não conseguem dar conta do recado. Não encontram mais tempo para isso. Toda pressa começa no lar. Elas sentem dificuldades em trabalhar a sua imagem corporal em seu próprio lar e acabam se ignorando. 17. Se houvesse interesse em relação ao que estaria acontecendo com seu próprio corpo, certamente, as gestantes se preocupariam em escutar as parteiras e lhes perguntariam sobre coisas básicas ligadas aos sinais de gravidez, à prevenção, ao nascimento, sobre tudo o que não seria “normal” em seu cotidiano.
  • 43. PREOCUPAÇÕES ESTÉTICAS NA GRAVIDEZ AS MULHERES ABOMINAM-SE A CADA DIA DE SUA GESTAÇÃO Noites mal dormidas. Seios deformados. Celulite! Gordura! Nariz grande! Vômitos! Barriga dilatada! Pés inchados! Rosto avermelhado! Colostro no seio! Azia! Incontinência urinária! Irritação! Tensão! Edema! Câimbra nos pés! Estrias! Hemorroidas! Constipação! Gases! Que horror! Sinais de gravidez que perturbam a gestante contemporânea. A mulher civilizada expressa seu desconforto físico, sua frustração mental e emocional. 5. Abominam-se a cada dia de sua gestação. O excesso de alimentação durante a gravidez não ajuda na circulação sanguínea e provoca peso excessivo em algumas gestantes privilegiadas.
  • 44. A gestante, muitas vezes, se lamenta e diz: “olha! Estou cheia de estrias e de celulite! Eu não como quase nada e continuo engordando. As roupas que eu usava não me servem mais. Sinto-me uma baleia. Não durmo, não aguento mais tanto peso. Onde vai parar tudo isso?”. 2. “Surgiu um risco no meio de minha barriga. Meus mamilos estão escuros!”. Acham feias todas essas mudanças que elas percebem. Tem receio de que se formem estrias no abdômen, nos seios, nos quadris. Elas criam uma imagem aterrorizante, persecutória, negativa de seu estado físico e psíquico. Rejeitam-se e se abominam a cada dia de sua gestação. 3. Elas ficam enojadas de si mesmas porque seu corpo vai aparentemente e literalmente mudando. Perdidas e desorientadas pelas perdas físicas, estéticas e pelas perseguições psíquicas, procuram evitar comentar a origem dessas alterações que as fazem sofrer e se sentir feias. Mas, depois, elas farão o impossível para recuperar sua boa forma perdida com a gravidez.   4. Sentenciadas a se perturbarem com suas próprias sombras A mãe moderna enxerga a gravidez como uma fábrica de doenças. Gestantes que não tiveram oportunidade de receber uma educação preventiva não sabem se cuidar. À procura de uma solução para seus sintomas e suas dores, a qualquer sinal de dor buscam um especialista. Até o final da gravidez, acabam percorrendo um longo caminho, sozinhas, já que não existe nesse sistema fechado machista alguém que as acompanhe desde o início até o fim. Elas estão sentenciadas a se perturbarem e a conviverem com suas próprias sombras.
  • 45. 5. Cirurgia estética nos seios Uma mãe, em São Paulo, achando-se feia porque seus seios estavam caídos, deixou de amamentar seu bebê de dois meses e, ignorando os conselhos da sogra, foi fazer cirurgia estética nos seios. A criança ficou deprimida, chorava muito e acabou pegando pneumonia. Esteve entre a vida e a morte por dez dias na UTI. A mãe teve que deixar de estudar e de trabalhar para poder cuidar do neném após sair da UTI. 6- Algumas grávidas sofrem de câimbras, problemas gástricos, azia, prisão de ventre, hemorroidas, dor lombar, dor ciática, varizes, edemas, dor nas juntas, mãos e pés, tendinite, dor nas articulações, gengivites. Aparecem problemas de sono como insônia, sono irregular, pesadelos. Podem surgir problemas nos rins, como cálculos renais, e na bexiga. Há aquelas que sofrem de incontinência urinária. Infecção urinária, dor na coluna vertebral são comuns nos meses de gestação. As que sofrem de dor ciática e lombar procuram fazer RPG, hidroginástica ou massagem. O agravante é que cada técnico prescreve um tipo de medicação que mais cedo ou mais tarde poderá alterar algumas funções vitais do corpo da mulher. 7. Estrias As estrias costumam aparecer entre o oitavo e o nono mês, quase no final da gravidez. Não aparecem em todas as mulheres porque depende da alimentação, da prática ou não das atividades físicas e do grupo étnico. As “mais privilegiadas” são as mais clarinhas, pois costumam ter mais estrias. Engordar ou emagrecer em excesso causa estrias por causa da falta de elasticidade e da dinâmica de recolhimento da pele e do tônus muscular.
  • 46. 8. Fumo Entre as gestantes fumantes, algumas procuram diminuir a quantidade de cigarros, fazem um esforço sobre-humano para parar de fumar pelo menos nessa situação. Há quem consiga largar definitivamente o fumo, outras não, e ficam com peso na consciência, sentindo remorso e culpa. É importante controlar e até cortar o fumo. Existem pacientes que não conseguem cortar o fumo por mais que se esforcem. Vão fumando até a criança nascer. Essa é uma ameaça real, pois o fumo pode deixar sequelas nas crianças: bronquite, sinusite, pneumonia, asma, alergia e outras. 9. Automedicação Algumas mulheres gostam de automedicar. Tomam laxantes regularmente, tomam UMOLAX para combater a azia, tomam remédios para dormir por causa da insônia, relaxantes por causa da constante tensão em que vivem. Assim, tudo vai de vento em popa. Se a gestante fica com qualquer dor, lá vai ela. Primeiro, parte para a automedicação para não ficar sofrendo. Vai e vem à procura de uma solução para seus sintomas e suas dores. Quando a gestante sofre de dor de coluna, lombalgia, ciática, é encaminhada para o ortopedista ou o terapeuta corporal. Fazem massagens e exercícios. Com problemas renais, procura-se um nefrologista. Quando o problema é no estômago, no intestino, geralmente se automedicam. Para edemas e varizes, procuram meias elásticas. 10. As gestantes de classes diferenciadas possuem liberdade de escolha. Por conta própria, procuram um especialista para cada sintoma ou dor. Outras tantas, intuitivamente, empurram os problemas gestacionais com o volume de sua barriga. Há quem pare de usar drogas, beber ou fumar somente a partir do sexto mês de gestação.
  • 47. 11. Drogas lícitas ou ilícitas As adolescentes e as adultas tem relações maritais quando se drogam. Elas fumam maconha, craque, cheiram cocaína e bebem álcool. Drogadas, muitas vezes são abusadas ou cedem espontaneamente a parceiros. 12. Gravidez precoce As perturbações e as doenças nos adolescentes e adultos se iniciam habitualmente numa infância carente. Infelizmente, nem todas as crianças nascem e vivem em ambientes adequados para o desenvolvimento de suas faculdades, virtudes e atitudes. A gravidez precoce é resultado de sonhos, fantasias, carências e abandono. Curiosamente, elas se rebelam e acham, pensam, imaginam que nunca acontecerá com elas. 13. As indisposições fisiológicas na infância e as perturbações familiares, sem dúvida, as fragilizam na passagem da infância para a adolescência, causando uma série de perturbações emocionais, impelindo-as, em casos extremos, a irem buscar refúgio nas drogas e, muitas vezes, resultando numa gestação precoce. 15. Quando entram em estado de euforia, as adolescentes, as gestantes precoces aparecem de noite para o dia e, muitas vezes, não sabem ao menos quem é o pai. A gestação é conflitiva em seu processo evolutivo para toda a família. Há casos em que as adolescentes surtadas fogem do lar, são encontradas jogadas na rua, tornam-se moradoras de rua, consumidoras de drogas. A família fica desesperada sem saber o que fazer. Encontram-na e levam-na para casa, mas ela torna a fugir novamente e os ciclos se mantem por vários dias ininterruptamente até a criança nascer antes do tempo.
  • 48. 16. Abortos clandestinos clínicos realizados até com o consentimento da mãe, tentativas de abortos caseiros que resultam em dramáticas lesões no ventre, crianças que são tidas em casa com a ajuda da mãe. São casos e mais casos. 17. Elas se negam a ir para um posto de saúde ou para um hospital por medo de castigos reais ou imaginários que poderão receber. Afogadas nas dores e nas tristezas, dão mortais suspiros e se culpam por sua má sorte. A gravidez precoce se tornou uma epidemia e um surto de grandes proporções sociais no Brasil. 18. A germinação através dos métodos tradicionais da Pacas Mili e o Kheno da Pacas Mili, o eletromagnetismo do ventre feminino As perturbações e as tensões no ventre tanto das adolescentes como das adultas são muito frequentes nos nossos dias, mas poderiam ser prevenidas através da Medicina Itinerante Kallawaya Andina, utilizando-se dos métodos tradicionais da Pacas Mili e do Kheno da Pacas Mili, o eletromagnetismo do ventre feminino. Elas fecundam a energia potencial, abrem os olhos para as emanações energéticas funcionais femininas que inspiram a prevenção, a cultura e o prazer feminino.
  • 49. RELAÇÕES MARITAIS As relações sexuais durante a gravidez ajudam a preparar o colo uterino e dilatam a via fluvial baixa para o nascimento Ter ou não ter relações na gestação é opção de cada casal? Cada casal precisa ser ouvido para saber o que se passa na cabeça de cada um. As relações sexuais durante a gravidez ajudam na preparação da abertura do colo uterino, por isso podem evitar o parto prematuro em gravidez de risco. O espermatozoide contem um hormônio chamado Prostaglandina, o qual ajuda a dar dilatação e flexibilidade no canal de nascimento, fazendo com que a via fluvial se dilate, se descontraia em seu devido tempo. 2. Relações sexuais antes do trabalho de parto Ter ou não ter relações sexuais antes do parto ou em plena evolução da gravidez depende muito da sensitividade e sentimentos do casal. Caso exista um impedimento fisiológico, a orientação e a opinião do médico devem ser levados em conta. Geralmente, não é indicada a abstinência sexual se a gestante não tiver problemas fisiológicos.
  • 50. 3. Sintomas para prescrição da abstinência em gestantes de risco Dilatação do colo uterino, contrações uterinas, placenta prévia (implantação baixa da placenta faz sobrevir hemorragias prematuras perigosas), perda de sangue na gravidez, náuseas. Se não existir nenhum desses sintomas, de modo geral, não é recomendada a abstinência sexual. 4. Relações sexuais no começo, no meio ou no final de uma gravidez É uma questão que incomoda literalmente os casais, o fato de poder ou não poder ter relações sexuais no começo, no meio ou no final de uma gravidez. É uma prática instintiva que preocupa muito as mães por alimentar fantasias dolorosas em relação ao neném. 5. O esposo deve evitar as fantasias frustrantes. As relações maritais não são para machucar a esposa. São para ajudá-la, amá-la, fazê-la vibrar, relaxar e dilatar a via fluvial baixa. O companheiro deve estar seguro de si e não deve fazer transparecer preocupações e nem ser impecavelmente e estritamente cuidadoso para não provocar uma paranoia na mãe-gestante já insegura com suas próprias fantasias. Exemplo de fantasias que a mãe poderá alimentar: a) medo de machucar o neném b) achar que o neném vai sentir a relação c) acreditar que irá provocar aborto (no começo da gravidez)
  • 51. . 5. Abstinência sexual após o nascimento do neném A única prescrição que os médicos enfatizam é a abstinência sexual logo após o nascimento da criança até um mês ou quarenta dias depois. 6. Fazendo refluir a sensualidade energética e deixar o medo e as inibições individuais de lado A mulher-mãe deve se certificar de que está em um bom relacionamento com seu companheiro. Ambos devem se sentir espontâneos, muito íntimos e amigáveis. O marido deve fazer com que a mulher confie totalmente nele. A falta de comunicação é uma faísca de desconfiança entre o casal e acaba colaborando para sua própria destruição. Não falar o que realmente sente poderá mudar a sensualidade energética e social de ambos. Terão que se sentir muito íntimos na gestação e estar atentos a qualquer mudança brusca de sentimentos no momento do nascimento da criança. Devem se doar um ao outro, expressando afeto e sensualidade ao se tocarem e se acariciarem.
  • 52. Mallku Chanez VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL “Minhas mamas e meu peito oprimidos e o meu ventre comprimido e dilacerado”
  • 53. Uma temática da política psicossocial autoritária com as vítimas de assédio, do preconceito, da descriminação, da repressão obstétrica e da omissão estatal www.mallkuchanez.com e-mail: mallkuchanez.site@gmail.com Facebook: Mallku Chanez IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino