SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Mallku Chanez
MÃE D’UMBIGO
Y’PYRUÁ SY
~ ~
MÃE D’ÁGUA
Y’SY
As Mães d’Água são as prenhas vestidas
que realizam seus nascimentos em casa,
manifestando o movimento pélvico- ventral,
a coragem, a força, a agressividade e a
liberdade das Olhos d’Água, as prenhas
nuas dos rios amazônicos. As(os) recém
nascidas(os) são recebidas(os) pelas
Mães d’Umbigo.
www.mallkuchanez.com
Facebook: Mallku Chanez
IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino
WhatsApp: 55 11 9 6329 3080
Mallku Chanez Pacha Lea Chanez
Medicina Kallawaya Itinerante
Luquiqaman Tink’u
A transcendência energética
A grande emanação das forças energéticas vibratórias,
a qual se relaciona com os movimentos magnéticos
naturais e sobrenaturais.
Era Luqiqaman Tink’u
o valor energético para uso próprio.
Originário da transcendencia energética do
Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia.
Jaxy Py’a Hu, novembro 2019
Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
Ministério da Cultura
Certificado de Registro ou Averbação
N- Registro : 103.273 Livro : 149 Folha :375
PATUÁ DA MÃE D’UMBIGO SIMBOL. DA MÃE D’ÁGUA
Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1995 - Brasil
Patuá da Mãe d’Umbigo
Renascimentos e Nascimentos em Casa
Trabalho apresentado na 1a Mostra nacional de práticas em
psicologia: “Psicologia e compromisso social”
1a Concurso de palavras e imagens -2000
N- 000029
Ofício Nº- 950-00/DIR-CFP
Y’Pyruá Sy Ka’ripu, Patuá da Mãe d’Umbigo
Y’SY Ka’ripu, Patuazinho da Mãe d’Água
Kaaeté Pya’ Nhe’ẽ Kuarasy
A transcendência energética das guaranis anhangatus amazônicas
São Paulo, de 5 a 7 de outubro de 2000
Dedicado a
Lara, a Nayara, a Yara, ao Negão, a Hugo, a Chihiro e a
Pacha Lea
Agradecimentos
Estas sementes e raízes foram concebidas e fecundadas nas águas quentes e fluentes das
Olhos d’Água e das Mães d’Água. Enquanto as mulheres-mães davam à luz, davam vida a
este alvitre através de seus mais íntimos sentimentos silvestres.
Elas foram recepcionadas, assistidas, modeladas e amparadas por Mônica Kayomi Shinjo
que me incentivou durante anos com a sua valiosa colaboração nas leituras, nos questionamentos
e na revisão desta empreitada.
Quero, também, estender meus mais profundos agradecimentos, à constelação de meninas-
mulheres, de mulheres-mães, de gestantes, mama’es, as M{aes d’Água pois sem as suas
colaborações, teria sido impossível reconstruir e resgatar a origem e o ninho destes
nascimentos.
Elas dedicaram-me seu tempo, cederam-me seu espaço, confiaram seus suspiros, suas
superstições, seus valores culturais, suas crenças e suas práticas naturais a minha pessoa nos
inúmeros e prolongados diálogos, entrevistas, gravações e atendimentos clínicos.
Deste modo, ressurgiu o avesso, o outro lado da lógica da razão, da cultura patriarcal, fria,
calculista, salvadora, religiosa, castradora, angustiante e reparadora da medicina cosmopolita
civilizada: a cultura dos opostos complementares, a arte da sobrenatureza feminina – as iniciações
da menina-mulher, a Olho d’Água e a Mãe do Fogo, a Mãe d’Umbigo Raizeira e a Mãe d’Água.
Ainda que tivéssemos conhecimento de sua existência, não a reconhecíamos como parte da
grande medicina sobrenatural amazônica.
Concepções da Mãe d’Umbigo e da Mãe d’Água
- Introdução
- Justificativa
- A família ocidental no pau Brasil
- Universo energético aberto I
- A Força d’Alento Universal Amazônica
- Os cumprimentos são uma ponte entre os corações, pya’
- Luquiqamam Tink’u, Mãe Natureza
- A germinação e a arte sobrenatural da etnia Guarany Anhangatu
- Germinação da Olho d’Água: Y’ry Oty Parakutia
- Y’ry Oty, Rembypy Nhandê: em busca de nossas origens através da Olho d’Água
- A Jaguaratê, a Mãe do Fogo, o poder ancestral dos entes sobrenaturais complementares
- As orientações da onça, jaguaratê antes de voltar ao Céu Alto
- O rugido, a coragem, a ferocidade e a agressividade da juaguaratê e do jaguar ecoam
no coração da floresta amazônica
- Jaguaratê, a Mãe do Fogo: o método secreto da Olho d’Água
- As artes sobrenaturais do movimento de energia e das emanações energéticas dos
conhecimentos universais femininos amazônicos
- O coração da Olho d’Água: Y’ry Oty Xe Pya’ Nhe’ẽ
- A água, a mãe das mães
- Xe Py’a Hu: meu novo coração
- Nhapuã Japoraí Y’ry Oty: vamos cantar ao movimento da Olho d’Água
- A passagem da prenha nua, a prenha vestida na floresta amazônica
-. A Olho d’Água transformada em Mãe d’Umbigo Raizeira e em Mãe d’Água
-. Águida
-. Retornar ao antigo estilo da mama’e jagunhanhén
-. Lua, Jaxy
-. Ciclo das luas
-. Kunhatei: menina-mulher
-. A grande Avó d’Umbigo: a lua da ovulação e a lua da menstruação
-. Oguapy: primeira ovulação e a menarca
-. Resguardo da Oguapy: alimentos que devem ser evitados no ciclo da Oguapy
-. A natureza íntima da Sacha
-. Ei Pakoa Y’Pyrua Sy: o Favo de Mel da Mãe d’Umbigo
-. O Patuá da Mãe d’Umbigo Raizeira e o Patuazinho da Mãe d’Água
-. Abertura do ritual de assistência da Mãe d’Umbigo
-. Patiguá
-. Deidade da Y’Guaçu: anel do lábio, clitóris
-. A imagem feminina do Anel do lábio: Y’Guaçu
-. Jaguaratê: a dança da Mãe do Fogo
-. Fecundação e concepção da Olho d’Água
-. Y’Sy Echara’u:os sonhos da Mãe d’Água
-. Tojo: enjoo
-. Y’Pyrua Sy Y’Atai: a escolha da Mãe d’Umbigo
-. O primeiro encontro da Mãe d’Água com a Mãe d’Água
-. O resguardo da Mãe d’Água
-. Flores brancas: “corrimento”
-. Cepinho do Fogo: anel de madeira cortado pelo raio
-. O assento da calma da Mãe d’Água em casa
-. Tipos de Mãe d’Umbigo Raizeiras
-. Farmacopeia da Mãe d’Umbigo Raizeira
-. Os remédios da Mãe d’Umbigo Raizeira
-. A transcendência da Mãe d’Água: Y’Poty Porã, flor bonita das águas
-. Toque instintivo da Mãe d’Umbigo: “diagnóstico”
-. Ari’ranhas: o imaginário da pélvis feminina
-. A atração universal dos campos magnéticos
-. A dor de puxo e a grande dor de Força d’Alento Universal: o ritmo da dor da Mãe d’Água
-. A descida da Olhinho d’Água
-. A transcendência energética nos nascimentos sobrenaturais de assento: Aliptanha
Pachakuytij
-. Mitã Ogureko: o nascimento da criança
-. A prenha molhada e prenha seca
-. Descida em umidade
-. Descida em seco: episiotomia
-. A dor de puxo fria é dor truncada e seca
-. A umidade lunar fortalece os fluxos dos Anéis d’Água, Anel do Lábio e Anel do Beiço
-. Secura lunar e os alimentos rimosos
-. Defumação com alfazema
-. Petynguá Imburana: a cerimônia do cachimbo do menino-homem
-. A pulsação do Anel d’Aguaí, placenta: aparar o Anel d’Umbigo
-. O banho escaldado para mitã e o banho do aperto das carnes da Mãe d’Água
-. Nhe’ẽ Ambará amby: cuia das virtudes e das atitudes
-. Jaguanhenhén, jaguanhenhén: mama’e, mama’e
-. Kamby: leite do peito materno
-. Aí Kamby: leite materno e os entoares para a mitã
-. Deitar na grande ágade: a irmã dos grandes infortúnios
-. O resguardo da Mãe d’Água depois de seu renascimento e o nascimento da Y’Agury
-. A reconstrução intuitiva e instintiva da Olho d’Água e de sua mutação complementar, a Mãe
do Fogo, são os segredos do conhecimento sobrenatural amazônico.
Lâminas
-. Aliptanha Pachakutij: a transcendência energética
-. A honi do piraguaçu, útero
-. Llallawa Pumas, par de pumas pya’, coração
-. Luquiqamam Tink’u
-. O renascimento da Olho d’Água
-. A Y’Agury Kapi-aí no ventre da mama’e nua das guaranis anhangatus
-. Par de onças
-. As constelações andinas e amazônicas
-. A transformação da Olho d’Água em jaguaratê
-. A Mãe do Fogo, jaguaratê, a irmã íntima na floresta amazônica
-. A semente
-. O patuá da Olho d’Água, Y’ry Oty
-. O patuá do cordão umbilical da Olho d’Água
-. O patuá do meu novo coração, pya’hu
-. Águida
-. A honi da Lua Cheia
-. A honi da iniciação do ritual da Pacha Lea: Jaxy Pya’Hu,
-. As borboletas na primavera
-. A sacha
-. O patuá do ‘Favo de Mel’ da Mãe d’Umbigo Raizeira
-. O patuá da Mãe d’Umbigo Raizeira
-. Y’Guaçu, Anel do Lábio, clitóris
-. A deidade da Y’Guaçu
-. A imagem feminina do Anel do Lábio
-. Jaguaratê
-. A concepção do IV milênio
-. O patuá da concepção kallawaya
-. O patuá da prenha
-. A honi da Y’Agury Kapi-aí
-. O assento na calma da Mãe d’Água
-. O renascimento na Mãe Terra
-. Capuli ou chilto, fruto energético amazônico
-. O universo secreto da Mãe d’Água é a Mãe do Fogo
-. A flor bonita nas águas
-. O simbolismo das ari’ranhas macias da Mãe d’Água, extraídas a partir da dilatação e da
flexibilidade da pélvis feminina
-. A honi da ari’ranha
-. A descida da Olhinho d’Água
-. O nascimento da mitã no cepinho do fogo
-. A Mãe do Corpo, útero, piraguaçu
-. Uypytu, cervatana
-. Patuá do uapé, Anel d’Aguaí, placenta
-. Mama’e, mama’e eu prefero teu suave rosnar
-. Leite materno e os entoares para a mitã
-. A grande ágade, a irmã dos infortúnios
.
Este Parakutia, livro está baseado no patrimônio oral das guaranis anhangatus
amazônicas. Suas práticas medicinais, psicossociais e sua transcendência
energética foram resgatadas através de depoimentos e reconstruídas com 30 anos
de árduo trabalho que se deu início na Universidade de São Paulo, USP, com a
intuição e a intenção de servir como uma referência de ensino e educacional para o
aprofundamento do conhecimento da sobrenatureza feminina amazônica.
Objetivamos resgatar e reinserir na memória a germinação das guaranis
anhangatus e mostrar o valor e a prática médica sobrenaturais da concepção
energética da mestra dos Patuás, a Mãe d’Umbigo Raizeira, a sua evolução e a sua
desenvoltura desde os tempos áureos da Amazônia. Para isso, colocamos em
evidência as origens das Olhos d’Água, a prenha e a mama’e nua dos fluidos
energéticos dos rios, das Mães d’Água, a prenha vestida, e das Mães d’Umbigo
Raizeiras, que aparam as crianças recém-nascidas em casa.
As práticas sobrenaturais da Olho d’Água, a prenha nua que se inspirou, sentou-
se nas águas do rio para dar à luz, transformou-se, levantou-se, ergueu-se e se
movimentou, das Mães d’Água, as prenhas vestidas que dão à luz sentadas em casa,
e das Mães d’Umbigo de coração alegre que recepcionam as crianças recém
nascidas, muito contribuíram para o desenvolvimento das práticas energéticas e
psicossociais que alegram os corações desde tempos imemoriais amazônicos.
A dádiva está aberta para que você possa fazer fluir sua energia potencial, a qual
servirá como um estímulo para sua intuição e reflexão, para os estudos comparativos
que você possa realizar e para a compreensão das diferentes práticas germinativas
femininas
Esperamos que estes sentimentos atendam e despertem o interesse das
meninas-mulheres, das futuras mulheres-mães, das gestantes e das (os) experientes
especialistas que pela primeira vez estarão tendo a oportunidade de se aproximar da
sobrenatureza, da Olho d’Água, da Mãe d’Umbigo Raizeira e da Mãe d’Água
amazônicas.
Observar, perceber e intuir a plenitude complementar da energia funcional da
criança para o seu nascimento e o tempo favorável das emanações energeticas da
Mãe d’Água para dar à luz não é tão simples, é uma arte delicada que só as
mulheres-mães poderão realizar. Com sua sensitividade, intenção e intuição aguçada
e bem treinada, elas farão aparar bons nascimentos de assento em casa.
A Mãe d’Umbigo e a Mãe d’Água estarão fluindo em as seguintes vertentes: O
universo energético aberto da Olho d’Água, Y’ry Oty, a Mãe do Fogo, Y’Sy Tata, a
Mãe d’Umbigo, Y’Pyruá Sy e a Mãe d’Água, Y’SY.
Y’ry Oty, as emanações energéticas a flor da pele das guaranis anhangatus amazônicas
A Olho d’Água, Y’ry Oty, a maternidade corajosa, agressiva e violenta, traços herdados da
jaguaratê, a Mãe do Fogo, Y’Sy Tata Amazônica. Exposta no sínodo da Amazônia de 2019, a
qual negou as mulheres de qualquer responsabilidade dentro do paraíso-infernal divino machista.
A OLHO D’ÁGUA, Y’RY OTY, A PRENHA NUA,
A MATERNIDADE AMAZÔNICA
A divindade patriarcal católica declarou
guerra e perseguição organizada e
perniciosa à maternidade amazônica
Na relação tribal, a maternidade já foi considerada importante, pois as
mulheres possuíam o direito sobre o seu ventre, os rios, a terra, a sua germinação
(colheita de ervas para remédios). Porém no decorrer da história, a descrição real das
Olhos d’Água, prenhas e mães nuas amazônicas, foram sendo maceradas,
descompostas de inúmeras formas .
Do ponto de vista psicossocial e fisiológico, a divindade patriarcal católica
negava e nega a todas as Olhos d’Água, os direitos sobrenaturais de seu
renascimento e nascimento, como por exemplo, o direito de escolher seu próprio
riacho e rio, enlaçando-as e caçando-as para violentá-las, torturá-las e assassiná-las,
afastando-as dos rios e tirando o seu livre arbítrio (direito) de se manter NUA.
UMA BREVE NOTA SOBRE AS CONSEQUÊCIAS DO
SÍNODO CATÓLICO AMAZÔNICO 2019
*“Eles (indígenas) necessitam de uma lúcida e misericordiosa atenção”.
...uma intervenção ideológica fulminante dos cristãos católicos, dos cristãos
evangélicos e das políticas liberais levaria ao desaparecimento total dos
povos originários y consequentemente da sociedade civil perdera muito mais!
Os atos permissivos e perversos dos homens divinos da Igreja Católica
Cristã contra os povos originários amazônicos. O sentimento instintivo
silvestre da Olho d’Água, da Mãe d’Água e da Mãe d’Umbigo está sendo
destruído pelos ataques a suas aldeias, a seus rituais.
*Folha de S.Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 2019
"De que servem nos lábios venenosos daqueles homens divinos que odeiam e
prejudicam uns aos outros, frases grandiosas e suaves nos sínodos sobre as assombrações
(almas)” que lhes circundam?
2ª. Há 2000 anos, os cristãos católicos vomitam bonito. Pode-se perceber seu veneno através da
eliminação das mulheres, das mulheres mães e das crianças. As amazônicas e as andinas
acabaram adotando a fé e os costumes dos homens divinos católicos (sincretismo religioso) para
que pudessem frear esse enfrentamento e sobreviver sem que fossem TORTURADAS ou
MORTAS.
3ª. Há necessidade da inserção do sentimento instintivo em oposição ao amor abstrato (racional)
na sociedade feminina urbana. As Olhos d’Água, as prenhas nuas, tiveram que abandonar os rios
por causa das perseguições que sofriam.
O processo de renúncia aos renascimentos e aos nascimentos realizados nos rios
acabou dando origem às Mãe d’Umbigo, para o recebimento das recém-nascidas em casa, e o
atendimento das Mães d’Água amazônicas, as prenhas vestidas. Essa transição, no entanto,
ocasionou a perda do sentimento instintivo materno silvestre.
4ª. O misterioso magnetismo e as vibrações da Olho d’Água nos rios amazônicos. Os nascimentos
em casa deveriam ser mantidos mesmo nas cidades para que as mulheres e as mulheres mães
civilizadas não perecessem se deixando oprimir ou intimidar, enfrentando a violência obstétrica
machista, a miséria, o desprezo e a discriminação enfrentando a violência obstétrica machista, a
miséria, o desprezo e a discriminação institucional. Certamente, saberiam, por meio do
sentimento instintivo materno, resistir com coragem e agressividade, defendendo a sua
maternidade originária.
5ª. O patriarcado da igreja católica cristã declarou que o pecado original foi perpetuado pelas
mulheres, através da imundície da concepção sexual e do nascimento (parto).
6ª. As mentes masculinas dos judeus e dos cristãos católicos da civilização ocidental foram e
continuam sendo profundamente intervencionistas ao cravarem com sangue a tradição de que
o "homem", e não a mulher, foi criado à imagem de deus, a qual é uma projeção humana da
imagem do divino homem católico.
7ª. O catolicismo primitivo e moderno tomam como certo que eles devem reverenciar a figura de
um Pai e Filho, nunca percebendo a divindade Mãe e Filha, em sua forma correspondente.
8ª. Embora os católicos ainda adorem as Deusas e utilizem alguns de seus antigos títulos
pagãos como Mãe de Deus, Rainha dos Céus, bem-aventurada Virgem e assim por diante, seus
teólogos se recusam a admitir que ela é a velha Deusa em um novo disfarce, e insistem em sua
não divindade.
9ª. Eles insistem que o misterioso e diabólico eletromagnetismo sexual da mulher seduz os
homens para os “desejos excessivos dos orgasmos ou as delícias sensuais” que, mesmo dentro
do casamento legítimo, transmite a mancha do pecado a todos os homens. Assim disse Santo
Agostinho e a igreja católica nunca alterou sua afirmação.
10ª. Ao longo da história encontramos clérigos defendendo o abuso sexual de mulheres, para
expressar seu horror à sexualidade feminina e sua convicção de que todas as mulheres merecem
punição pelo crime primordial de Eva que trouxe a morte e a condenação aos homens.
11ª. Assim, a igreja católica declarou desde o início que a mulher deve ser desprezada, e sua
magnificência e sua grandeza, destruída. Este é virtualmente o único princípio evangélico que
as igrejas católicas seguiram ao longo de todos os séculos sem devoção ou contradição. Assim
também, hoje, no sínodo amazônico 2019 voltaram a ratificar esse desapreço perante as
mulheres, revalorizando os homens.
12ª. A tradição persiste até o presente século. Os vários casos de *violência obstétrica praticada
pelos delinquentes acadêmicos, a história de alguns clérigos que foram contratados para serem
espancadores de esposas, as mulheres que são aconselhadas a serem subservientes aos
homens de acordo com a vontade 'divina' são alguns dos exemplos que confirmam essa realidade.
13ª. Séculos e séculos se passaram. A sociedade patriarcal católica cristã continua a fazer questão
de ignorar os direitos e os prazeres sensuais da mulher conseguidos através da evolução da
Y’Guaçu, clitóris **(a teta do demônio), o único órgão de poder sensual e exclusivamente feminino.
14ª. Um homem casado percebeu pela primeira vez as sensações e vibrações prazerosas de
sua esposa, descobrindo e constatando o Y’Guaçu, clitóris. Essa era a prova concreta da
culpabilidade da “bruxa”. Quando ele viu esse “pequeno nódulo de carne vermelho”, gritou
aterrorizado: “a teta do demônio!”. Os seus gritos espantaram a comunidade inteira. A mulher
sensual e prazerosa foi condenada e queimada. A Inquisição perseguiu, torturou, mutilou e
queimou milhares de mulheres para mantê-las sob o seu monopólio (p. 12).
*Leia: Violência Obstétrica, publicado no “IKA, Instituto Kallawaya de Pesquisa”, por Mallku Chanez.
**Notas extraídas do livro – Oguapy Poraceí- A Ovulação da Menina-Mulher-  Pytã Y’ Guaraná A força mais poderosa do fluido
vermelho –História da Medicina Sensitiva Feminina, publicado no dia 24 de abril de 2003, em São Paulo, Brasil, por Mallku Chanez
15ª. Os primeiros pensadores católicos perceberam corretamente que a destruição da intuição, da
sensitividade, do sentimento instintivo e do prazer sensual das mulheres significaria um golpe
esmagador para o respeito, o orgulho, a sensualidade e a confiança delas.
Os clérigos divinos sepultaram na obscuridade os sentimentos instintivos silvestres e o
movimento de transformação interna das mulheres e consagraram o amor absoluto de seu deus
para que este fosse semelhante a eles.
16ª. No entanto, o que a história católica raramente admite é que depois de mais de 500 anos de
violência aos povos originários, o sínodo machista ainda não venceu. E nunca irá vencer a
sensualidade, a vibração e o prazer da mulher. Eles estão cavando sua própria fossa cristianizada.
Os povos originários permanecem como os raios inatingíveis, como uma chuva torrencial andina
alimentando a Amazônia.
17ª. A intenção maior dos divinos é impor o medo e o terror interno às mulheres, e fortalecer as
relações entre os homens e os clérigos. Nas relações entre pais e filhos, a emoção dominante era
e é o medo. Homens divinos foram ordenados a incutir o temor e o terror de deus em seus filhos,
ameaçando-os com severas punições como o esquartejamento de mulheres. “Minha filha virgem e
a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este
homem não façais semelhante loucura”. (O levita e sua concubina: Juízes 19; 1-30).
18ª. A mais dura de todas as punições é a que vem do Pai Celestial: uma visão terrível da tortura
eterna no inferno, desenvolvida a partir do medo dos homens divinos.
O inferno católico é a fantasia mais sádica de todos os tempos para se disfarçar de
fato a ambição dos homens divinos que buscam perpetuar-se eternamente no poder.
19ª. As atitudes inquebrantáveis e inflexíveis dos materialistas divinos têm como objetivo prático
impedir que as mulheres ajam livremente e independentemente deles. Esperam submetê-las
totalmente para, então, como machos, ampará-las e consolá-las em sua solidão, afinal elas estão
ao lado de homens que se encontram com o poder de dominá-las.
20ª. Não querem que as mulheres desenvolvam e adquiram atitudes próprias, como movimento,
constância, perseverança, e fazem questão de interferir até na realização de seus nascimentos
conforme suas crenças. O ataque do homem divino e seu deus às mulheres geralmente não era
justificável como vingança por ferimentos reais. A lesão mítica provocada pela queda da mulher foi
essencial para o esboço do esquema teológico inicial.
21ª. Coibidas pelos conquistadores e intervencionistas católicos de expressarem suas próprias
crenças, as mulheres acabaram adotando a fé dos homens divinos. Ocasionalmente, elas foram
atraídas por concessões esperançosas de serem valorizadas nos sínodos, as quais foram
posteriormente anuladas, pois os seus pés foram impedidos de entrarem nos desenganos dos
anfitriões divinos.
22ª. Os homens que se enxergam como semideuses, na sua arrogância enterraram os segredos
das mulheres, a plenitude da vida das Olhos d’Água, gerada pela constância e transformada em
costume. A constância da Olho d’Água, a nudez, o movimento do ventre, a força, a
agressividade, a violência no renascimento e no nascimento da sua criança são virtuosidades
preciosas da mulher mãe, da Mãe do Fogo (jaguaratê, onça pintada) e da Mãe d’Água.
23ª. A perseverança é o patrimônio da Olho d’Água, da Mãe d’Água, da mulher mãe. Na empresa
dos malvados arrogantes, soberbos, há temeridade, arrojo, impaciência, tenacidade tentadora do
egoísmo e das ambições. Espera-se que a constância e a perseverança das mulheres originarias
ou não nunca sejam reencontradas e reintegradas.
24ª. A história judaica e católica raramente admite que, depois de mais de 2000 mil anos de
violência astuciosa, continuam a ferir a reputação, ofender, desacreditar e infamar qualquer atitude
das mulheres que desejam fazer parte desse mundo divino.
Na psicologia do espírito divino machista, não há atos que se chamem convencimento e
convicção das mulheres, já que o convencimento e a convicção, ambas, sempre irão parir a
REFLEXÃO. Sem ela não se pode adquirir uma nova CONSCIÊNCIA em relação àquilo que
pensamos ou acreditamos.
25. A despeito da insistência dos teólogos do paganismo alcoólatra católico de que um pai é o
único ser significativo, a antiga convicção, perseverança e constância feminina se mantem,
porque todo homem ainda é parido pela via baixa, o canal de nascimento da Mãe d’Água (muitos
consagrados e envolvidos com suas próprias fezes), e amamentado com leite pelas suas mamas.
26ª O homem divino traz consigo uma inteligência obtusa, uma mente pesada, tardia e um espirito
preguiçoso em suas concepções e em suas maneiras, é uma enfermidade natural. Homens divinos
foram ordenados do púlpito para instilar "o temor e terror de seu deus" em seus ‘filhos’ (mães e
crianças) através de duras punições como a fogueira, a morte sem sangue.
27ª. Descarte, o sínodo machista 2019, foi estupefato de entendimento, foi torpe, como se
estivesse entumecido. Nessa relação, a mulher-mãe que traz o grito da existência transcendental
foi conduzida a dependência infantil latente, através da emoção mais dominante, o medo.
Não é preciso muito para perceber que a hipocrisia dos sínodos serve para a auto
afirmação e valorização dos machos em detrimento das mulheres.
28ª. A ligação entre a "mulher" e o "diabo" na mente patriarcal divina é tão antiga quanto a história
do Jardim do Éden.
Os clérigos usaram-na (serpente - diabo), não apenas para aterrorizar as congregações
ingênuas e etnias com crenças diferentes para catequizar (lavagem cerebral), mas também para
desculpar a tortura e o assassinato das mulheres e das mulheres-mães. Os inquisidores sádicos
divinos modernos, dizem que a eterna punição de tais hereges deveria começar nesta vida,
continuando após a morte da vítima.
29ª. A tortura cruel persistiu mesmo depois que o alvorecer de uma era mais iluminada trouxe o
declínio da perseguição organizada, perniciosa e cruenta. No entanto, o fogo e a estaca foram
substituídos nos séculos XVIII e XIX por abusos mais sutis, visando suprimir as mulheres e as
mulheres-mães impiedosamente.
30ª. Os clérigos foram ajudados pelos defensores da oposição à educação das mulheres,
suprimindo todas as medidas físicas ou legais para manter as mulheres longe dos livros e da
escrita. Os homens divinos fizeram de deus sua fonte de crueldade primária para o desprezo,
comum e indisfarçado das mulheres consagradas com a sua fé e suas crenças.
31ª. Recentemente, algumas mulheres, mulheres-mães e Mães d’Água, começaram a buscar uma
melhor compreensão dessa natureza feminina agonizante e enterrada viva, sobre a proliferação
de imagens e de valores masculinos machistas na sociedade ocidental patriarcal.
32.ª O gênio do homem divino consagrou seis graus de progresso intelectual: o selvagem, o
bárbaro, o civilizado (humano), o culto, o instruído, e o ilustre, assim, o homem divino continuaria a
ser um arcanjo de deus.
33ª São os fundamentos para esmagar o sentimento instintivo silvestre feminino, estimulando as
aberrações como a pedofilia, o masoquismo e a depressão, muitas vezes pode ser atribuída ao
treinamento em uma religião orientada para homens, em desacordo com sua própria natureza
bilateral latente.
34ª. Se a transcendência do sentimento instintivo silvestre das Olhos d’Água para as Mulheres
d’Água tivesse continuado.
Uma práxis secular iria emergir dessa nova forma. Se a prática da transcendência
energética vibratória das mulheres tivesse continuado longe da violência do clérigo machista e
da alienação obstétrica, o mundo de hoje poderia ser menos perturbador.
35ª. Os deuses modernos, incluindo o senhor civilizado (humano), tendiam a ordenar aos seus
seguidores que fizessem guerra e torturas para dizimar as mulheres. Diferentemente, a grande
Mãe d’Água defende a evolução energética pacífica das suas habilidades, atitudes, cooperação,
harmonia, reciprocidade e o movimento ventral matriarcal.
36ª. Portanto, o culto da Mãe Terra, Pacas Mili (Pachamama) geralmente implicava na aceitação
franca dos ciclos naturais das fases da Lua, associadas as mulheres, o sentimento instintivo
silvestre, os rituais de iniciação, a ovulação, a menstruação, a sensualidade, o prazer sexual, do
renascimento, do nascimento, da morte; e da prevenção materna pelo bem-viver das gerações
vindouras.
O remédio preventivo parara as tiranias ideológicas seculares é a
transcendência energética, a escrita, a fala e a germinação tradicional

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A transcendência energética das Mães d'Água e d'Umbigo

MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez3
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez3
 
Kk’antu–tika A flor que se abre na juventude feminina
Kk’antu–tika  A flor que se abre na  juventude femininaKk’antu–tika  A flor que se abre na  juventude feminina
Kk’antu–tika A flor que se abre na juventude femininaMallkuChanez3
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez3
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez3
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez2
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYmallkuchanez
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYmallkuchanez
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’ÁguaOs segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Águamallkuchanez
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’ÁguaOs segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Águamallkuchanez
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água mallkuchanez
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez3
 
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável MallkuChanez3
 
Y'guaçu - clitóris
Y'guaçu - clitórisY'guaçu - clitóris
Y'guaçu - clitórismallkuchanez
 
União Conjugal de Pacha e William1.pptx
União Conjugal de Pacha e William1.pptxUnião Conjugal de Pacha e William1.pptx
União Conjugal de Pacha e William1.pptxMallkuChanez3
 
TUPANANCHISKAMA PACHA
TUPANANCHISKAMA PACHATUPANANCHISKAMA PACHA
TUPANANCHISKAMA PACHAMallkuChanez3
 
Tanxagem - Tembetary
Tanxagem - TembetaryTanxagem - Tembetary
Tanxagem - TembetaryPacha Chanez
 
Luqiqaman Tink’u 2. O valor energético para uso próprio
Luqiqaman Tink’u  2. O valor energético para uso próprioLuqiqaman Tink’u  2. O valor energético para uso próprio
Luqiqaman Tink’u 2. O valor energético para uso próprioMallkuChanez2
 
Comunidade Andina e Amazônica
Comunidade Andina e AmazônicaComunidade Andina e Amazônica
Comunidade Andina e AmazônicaPacha Chanez
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMallkuChanez2
 

Semelhante a A transcendência energética das Mães d'Água e d'Umbigo (20)

MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
Kk’antu–tika A flor que se abre na juventude feminina
Kk’antu–tika  A flor que se abre na  juventude femininaKk’antu–tika  A flor que se abre na  juventude feminina
Kk’antu–tika A flor que se abre na juventude feminina
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’ÁguaOs segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’ÁguaOs segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água
 
Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água Os segredos das Olhos d’Água
Os segredos das Olhos d’Água
 
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO RAIZEIRA Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável
Y’RY OTY, OLHO D’ÁGUA A Pessoa Paisagem e o Meio Ambiente Sustentável
 
Y'guaçu - clitóris
Y'guaçu - clitórisY'guaçu - clitóris
Y'guaçu - clitóris
 
União Conjugal de Pacha e William1.pptx
União Conjugal de Pacha e William1.pptxUnião Conjugal de Pacha e William1.pptx
União Conjugal de Pacha e William1.pptx
 
TUPANANCHISKAMA PACHA
TUPANANCHISKAMA PACHATUPANANCHISKAMA PACHA
TUPANANCHISKAMA PACHA
 
Tanxagem - Tembetary
Tanxagem - TembetaryTanxagem - Tembetary
Tanxagem - Tembetary
 
Luqiqaman Tink’u 2. O valor energético para uso próprio
Luqiqaman Tink’u  2. O valor energético para uso próprioLuqiqaman Tink’u  2. O valor energético para uso próprio
Luqiqaman Tink’u 2. O valor energético para uso próprio
 
Comunidade Andina e Amazônica
Comunidade Andina e AmazônicaComunidade Andina e Amazônica
Comunidade Andina e Amazônica
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 

Mais de mallkuchanez

ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIAESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIAmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO mallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO mallkuchanez
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA mallkuchanez
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIAESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIAmallkuchanez
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYmallkuchanez
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
  ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO  ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOmallkuchanez
 
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...mallkuchanez
 

Mais de mallkuchanez (20)

ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIAESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO -BOLIVIA
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
 
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIAESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIA
ESTADO PLURINACIONAL DEL KOLLASUYO - BOLIVIA
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
 
Fotos 1
Fotos 1Fotos 1
Fotos 1
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA – KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
  ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO  ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SYMADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
MADRE D’ OMBLIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MADRE D’AGUA Y’SY
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYOESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA –KOLLASUYO
 
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...
https://www.slideshare.net/mallkuchanez/estado-plurinacional-de-bolivia-kolla...
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (9)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

A transcendência energética das Mães d'Água e d'Umbigo

  • 1. Mallku Chanez MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY As Mães d’Água são as prenhas vestidas que realizam seus nascimentos em casa, manifestando o movimento pélvico- ventral, a coragem, a força, a agressividade e a liberdade das Olhos d’Água, as prenhas nuas dos rios amazônicos. As(os) recém nascidas(os) são recebidas(os) pelas Mães d’Umbigo.
  • 2. www.mallkuchanez.com Facebook: Mallku Chanez IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino WhatsApp: 55 11 9 6329 3080
  • 3. Mallku Chanez Pacha Lea Chanez Medicina Kallawaya Itinerante Luquiqaman Tink’u A transcendência energética A grande emanação das forças energéticas vibratórias, a qual se relaciona com os movimentos magnéticos naturais e sobrenaturais.
  • 4. Era Luqiqaman Tink’u o valor energético para uso próprio. Originário da transcendencia energética do Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia. Jaxy Py’a Hu, novembro 2019
  • 5. Fundação BIBLIOTECA NACIONAL Ministério da Cultura Certificado de Registro ou Averbação N- Registro : 103.273 Livro : 149 Folha :375 PATUÁ DA MÃE D’UMBIGO SIMBOL. DA MÃE D’ÁGUA Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1995 - Brasil
  • 6. Patuá da Mãe d’Umbigo Renascimentos e Nascimentos em Casa Trabalho apresentado na 1a Mostra nacional de práticas em psicologia: “Psicologia e compromisso social” 1a Concurso de palavras e imagens -2000 N- 000029 Ofício Nº- 950-00/DIR-CFP Y’Pyruá Sy Ka’ripu, Patuá da Mãe d’Umbigo Y’SY Ka’ripu, Patuazinho da Mãe d’Água Kaaeté Pya’ Nhe’ẽ Kuarasy A transcendência energética das guaranis anhangatus amazônicas São Paulo, de 5 a 7 de outubro de 2000
  • 7. Dedicado a Lara, a Nayara, a Yara, ao Negão, a Hugo, a Chihiro e a Pacha Lea
  • 8. Agradecimentos Estas sementes e raízes foram concebidas e fecundadas nas águas quentes e fluentes das Olhos d’Água e das Mães d’Água. Enquanto as mulheres-mães davam à luz, davam vida a este alvitre através de seus mais íntimos sentimentos silvestres. Elas foram recepcionadas, assistidas, modeladas e amparadas por Mônica Kayomi Shinjo que me incentivou durante anos com a sua valiosa colaboração nas leituras, nos questionamentos e na revisão desta empreitada. Quero, também, estender meus mais profundos agradecimentos, à constelação de meninas- mulheres, de mulheres-mães, de gestantes, mama’es, as M{aes d’Água pois sem as suas colaborações, teria sido impossível reconstruir e resgatar a origem e o ninho destes nascimentos. Elas dedicaram-me seu tempo, cederam-me seu espaço, confiaram seus suspiros, suas superstições, seus valores culturais, suas crenças e suas práticas naturais a minha pessoa nos inúmeros e prolongados diálogos, entrevistas, gravações e atendimentos clínicos. Deste modo, ressurgiu o avesso, o outro lado da lógica da razão, da cultura patriarcal, fria, calculista, salvadora, religiosa, castradora, angustiante e reparadora da medicina cosmopolita civilizada: a cultura dos opostos complementares, a arte da sobrenatureza feminina – as iniciações da menina-mulher, a Olho d’Água e a Mãe do Fogo, a Mãe d’Umbigo Raizeira e a Mãe d’Água. Ainda que tivéssemos conhecimento de sua existência, não a reconhecíamos como parte da grande medicina sobrenatural amazônica.
  • 9. Concepções da Mãe d’Umbigo e da Mãe d’Água - Introdução - Justificativa - A família ocidental no pau Brasil - Universo energético aberto I - A Força d’Alento Universal Amazônica - Os cumprimentos são uma ponte entre os corações, pya’ - Luquiqamam Tink’u, Mãe Natureza - A germinação e a arte sobrenatural da etnia Guarany Anhangatu - Germinação da Olho d’Água: Y’ry Oty Parakutia - Y’ry Oty, Rembypy Nhandê: em busca de nossas origens através da Olho d’Água - A Jaguaratê, a Mãe do Fogo, o poder ancestral dos entes sobrenaturais complementares - As orientações da onça, jaguaratê antes de voltar ao Céu Alto - O rugido, a coragem, a ferocidade e a agressividade da juaguaratê e do jaguar ecoam no coração da floresta amazônica - Jaguaratê, a Mãe do Fogo: o método secreto da Olho d’Água - As artes sobrenaturais do movimento de energia e das emanações energéticas dos conhecimentos universais femininos amazônicos - O coração da Olho d’Água: Y’ry Oty Xe Pya’ Nhe’ẽ - A água, a mãe das mães - Xe Py’a Hu: meu novo coração - Nhapuã Japoraí Y’ry Oty: vamos cantar ao movimento da Olho d’Água - A passagem da prenha nua, a prenha vestida na floresta amazônica
  • 10. -. A Olho d’Água transformada em Mãe d’Umbigo Raizeira e em Mãe d’Água -. Águida -. Retornar ao antigo estilo da mama’e jagunhanhén -. Lua, Jaxy -. Ciclo das luas -. Kunhatei: menina-mulher -. A grande Avó d’Umbigo: a lua da ovulação e a lua da menstruação -. Oguapy: primeira ovulação e a menarca -. Resguardo da Oguapy: alimentos que devem ser evitados no ciclo da Oguapy -. A natureza íntima da Sacha -. Ei Pakoa Y’Pyrua Sy: o Favo de Mel da Mãe d’Umbigo -. O Patuá da Mãe d’Umbigo Raizeira e o Patuazinho da Mãe d’Água -. Abertura do ritual de assistência da Mãe d’Umbigo -. Patiguá -. Deidade da Y’Guaçu: anel do lábio, clitóris -. A imagem feminina do Anel do lábio: Y’Guaçu -. Jaguaratê: a dança da Mãe do Fogo -. Fecundação e concepção da Olho d’Água -. Y’Sy Echara’u:os sonhos da Mãe d’Água -. Tojo: enjoo -. Y’Pyrua Sy Y’Atai: a escolha da Mãe d’Umbigo
  • 11. -. O primeiro encontro da Mãe d’Água com a Mãe d’Água -. O resguardo da Mãe d’Água -. Flores brancas: “corrimento” -. Cepinho do Fogo: anel de madeira cortado pelo raio -. O assento da calma da Mãe d’Água em casa -. Tipos de Mãe d’Umbigo Raizeiras -. Farmacopeia da Mãe d’Umbigo Raizeira -. Os remédios da Mãe d’Umbigo Raizeira -. A transcendência da Mãe d’Água: Y’Poty Porã, flor bonita das águas -. Toque instintivo da Mãe d’Umbigo: “diagnóstico” -. Ari’ranhas: o imaginário da pélvis feminina -. A atração universal dos campos magnéticos -. A dor de puxo e a grande dor de Força d’Alento Universal: o ritmo da dor da Mãe d’Água -. A descida da Olhinho d’Água -. A transcendência energética nos nascimentos sobrenaturais de assento: Aliptanha Pachakuytij -. Mitã Ogureko: o nascimento da criança -. A prenha molhada e prenha seca -. Descida em umidade -. Descida em seco: episiotomia -. A dor de puxo fria é dor truncada e seca
  • 12. -. A umidade lunar fortalece os fluxos dos Anéis d’Água, Anel do Lábio e Anel do Beiço -. Secura lunar e os alimentos rimosos -. Defumação com alfazema -. Petynguá Imburana: a cerimônia do cachimbo do menino-homem -. A pulsação do Anel d’Aguaí, placenta: aparar o Anel d’Umbigo -. O banho escaldado para mitã e o banho do aperto das carnes da Mãe d’Água -. Nhe’ẽ Ambará amby: cuia das virtudes e das atitudes -. Jaguanhenhén, jaguanhenhén: mama’e, mama’e -. Kamby: leite do peito materno -. Aí Kamby: leite materno e os entoares para a mitã -. Deitar na grande ágade: a irmã dos grandes infortúnios -. O resguardo da Mãe d’Água depois de seu renascimento e o nascimento da Y’Agury -. A reconstrução intuitiva e instintiva da Olho d’Água e de sua mutação complementar, a Mãe do Fogo, são os segredos do conhecimento sobrenatural amazônico.
  • 13. Lâminas -. Aliptanha Pachakutij: a transcendência energética -. A honi do piraguaçu, útero -. Llallawa Pumas, par de pumas pya’, coração -. Luquiqamam Tink’u -. O renascimento da Olho d’Água -. A Y’Agury Kapi-aí no ventre da mama’e nua das guaranis anhangatus -. Par de onças -. As constelações andinas e amazônicas -. A transformação da Olho d’Água em jaguaratê -. A Mãe do Fogo, jaguaratê, a irmã íntima na floresta amazônica -. A semente -. O patuá da Olho d’Água, Y’ry Oty -. O patuá do cordão umbilical da Olho d’Água -. O patuá do meu novo coração, pya’hu -. Águida -. A honi da Lua Cheia -. A honi da iniciação do ritual da Pacha Lea: Jaxy Pya’Hu, -. As borboletas na primavera -. A sacha -. O patuá do ‘Favo de Mel’ da Mãe d’Umbigo Raizeira -. O patuá da Mãe d’Umbigo Raizeira -. Y’Guaçu, Anel do Lábio, clitóris -. A deidade da Y’Guaçu -. A imagem feminina do Anel do Lábio
  • 14. -. Jaguaratê -. A concepção do IV milênio -. O patuá da concepção kallawaya -. O patuá da prenha -. A honi da Y’Agury Kapi-aí -. O assento na calma da Mãe d’Água -. O renascimento na Mãe Terra -. Capuli ou chilto, fruto energético amazônico -. O universo secreto da Mãe d’Água é a Mãe do Fogo -. A flor bonita nas águas -. O simbolismo das ari’ranhas macias da Mãe d’Água, extraídas a partir da dilatação e da flexibilidade da pélvis feminina -. A honi da ari’ranha -. A descida da Olhinho d’Água -. O nascimento da mitã no cepinho do fogo -. A Mãe do Corpo, útero, piraguaçu -. Uypytu, cervatana -. Patuá do uapé, Anel d’Aguaí, placenta -. Mama’e, mama’e eu prefero teu suave rosnar -. Leite materno e os entoares para a mitã -. A grande ágade, a irmã dos infortúnios .
  • 15. Este Parakutia, livro está baseado no patrimônio oral das guaranis anhangatus amazônicas. Suas práticas medicinais, psicossociais e sua transcendência energética foram resgatadas através de depoimentos e reconstruídas com 30 anos de árduo trabalho que se deu início na Universidade de São Paulo, USP, com a intuição e a intenção de servir como uma referência de ensino e educacional para o aprofundamento do conhecimento da sobrenatureza feminina amazônica. Objetivamos resgatar e reinserir na memória a germinação das guaranis anhangatus e mostrar o valor e a prática médica sobrenaturais da concepção energética da mestra dos Patuás, a Mãe d’Umbigo Raizeira, a sua evolução e a sua desenvoltura desde os tempos áureos da Amazônia. Para isso, colocamos em evidência as origens das Olhos d’Água, a prenha e a mama’e nua dos fluidos energéticos dos rios, das Mães d’Água, a prenha vestida, e das Mães d’Umbigo Raizeiras, que aparam as crianças recém-nascidas em casa. As práticas sobrenaturais da Olho d’Água, a prenha nua que se inspirou, sentou- se nas águas do rio para dar à luz, transformou-se, levantou-se, ergueu-se e se movimentou, das Mães d’Água, as prenhas vestidas que dão à luz sentadas em casa, e das Mães d’Umbigo de coração alegre que recepcionam as crianças recém nascidas, muito contribuíram para o desenvolvimento das práticas energéticas e psicossociais que alegram os corações desde tempos imemoriais amazônicos.
  • 16. A dádiva está aberta para que você possa fazer fluir sua energia potencial, a qual servirá como um estímulo para sua intuição e reflexão, para os estudos comparativos que você possa realizar e para a compreensão das diferentes práticas germinativas femininas Esperamos que estes sentimentos atendam e despertem o interesse das meninas-mulheres, das futuras mulheres-mães, das gestantes e das (os) experientes especialistas que pela primeira vez estarão tendo a oportunidade de se aproximar da sobrenatureza, da Olho d’Água, da Mãe d’Umbigo Raizeira e da Mãe d’Água amazônicas. Observar, perceber e intuir a plenitude complementar da energia funcional da criança para o seu nascimento e o tempo favorável das emanações energeticas da Mãe d’Água para dar à luz não é tão simples, é uma arte delicada que só as mulheres-mães poderão realizar. Com sua sensitividade, intenção e intuição aguçada e bem treinada, elas farão aparar bons nascimentos de assento em casa. A Mãe d’Umbigo e a Mãe d’Água estarão fluindo em as seguintes vertentes: O universo energético aberto da Olho d’Água, Y’ry Oty, a Mãe do Fogo, Y’Sy Tata, a Mãe d’Umbigo, Y’Pyruá Sy e a Mãe d’Água, Y’SY.
  • 17. Y’ry Oty, as emanações energéticas a flor da pele das guaranis anhangatus amazônicas A Olho d’Água, Y’ry Oty, a maternidade corajosa, agressiva e violenta, traços herdados da jaguaratê, a Mãe do Fogo, Y’Sy Tata Amazônica. Exposta no sínodo da Amazônia de 2019, a qual negou as mulheres de qualquer responsabilidade dentro do paraíso-infernal divino machista.
  • 18. A OLHO D’ÁGUA, Y’RY OTY, A PRENHA NUA, A MATERNIDADE AMAZÔNICA A divindade patriarcal católica declarou guerra e perseguição organizada e perniciosa à maternidade amazônica Na relação tribal, a maternidade já foi considerada importante, pois as mulheres possuíam o direito sobre o seu ventre, os rios, a terra, a sua germinação (colheita de ervas para remédios). Porém no decorrer da história, a descrição real das Olhos d’Água, prenhas e mães nuas amazônicas, foram sendo maceradas, descompostas de inúmeras formas . Do ponto de vista psicossocial e fisiológico, a divindade patriarcal católica negava e nega a todas as Olhos d’Água, os direitos sobrenaturais de seu renascimento e nascimento, como por exemplo, o direito de escolher seu próprio riacho e rio, enlaçando-as e caçando-as para violentá-las, torturá-las e assassiná-las, afastando-as dos rios e tirando o seu livre arbítrio (direito) de se manter NUA.
  • 19. UMA BREVE NOTA SOBRE AS CONSEQUÊCIAS DO SÍNODO CATÓLICO AMAZÔNICO 2019 *“Eles (indígenas) necessitam de uma lúcida e misericordiosa atenção”. ...uma intervenção ideológica fulminante dos cristãos católicos, dos cristãos evangélicos e das políticas liberais levaria ao desaparecimento total dos povos originários y consequentemente da sociedade civil perdera muito mais! Os atos permissivos e perversos dos homens divinos da Igreja Católica Cristã contra os povos originários amazônicos. O sentimento instintivo silvestre da Olho d’Água, da Mãe d’Água e da Mãe d’Umbigo está sendo destruído pelos ataques a suas aldeias, a seus rituais. *Folha de S.Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 2019
  • 20. "De que servem nos lábios venenosos daqueles homens divinos que odeiam e prejudicam uns aos outros, frases grandiosas e suaves nos sínodos sobre as assombrações (almas)” que lhes circundam? 2ª. Há 2000 anos, os cristãos católicos vomitam bonito. Pode-se perceber seu veneno através da eliminação das mulheres, das mulheres mães e das crianças. As amazônicas e as andinas acabaram adotando a fé e os costumes dos homens divinos católicos (sincretismo religioso) para que pudessem frear esse enfrentamento e sobreviver sem que fossem TORTURADAS ou MORTAS. 3ª. Há necessidade da inserção do sentimento instintivo em oposição ao amor abstrato (racional) na sociedade feminina urbana. As Olhos d’Água, as prenhas nuas, tiveram que abandonar os rios por causa das perseguições que sofriam. O processo de renúncia aos renascimentos e aos nascimentos realizados nos rios acabou dando origem às Mãe d’Umbigo, para o recebimento das recém-nascidas em casa, e o atendimento das Mães d’Água amazônicas, as prenhas vestidas. Essa transição, no entanto, ocasionou a perda do sentimento instintivo materno silvestre. 4ª. O misterioso magnetismo e as vibrações da Olho d’Água nos rios amazônicos. Os nascimentos em casa deveriam ser mantidos mesmo nas cidades para que as mulheres e as mulheres mães civilizadas não perecessem se deixando oprimir ou intimidar, enfrentando a violência obstétrica machista, a miséria, o desprezo e a discriminação enfrentando a violência obstétrica machista, a miséria, o desprezo e a discriminação institucional. Certamente, saberiam, por meio do sentimento instintivo materno, resistir com coragem e agressividade, defendendo a sua maternidade originária.
  • 21. 5ª. O patriarcado da igreja católica cristã declarou que o pecado original foi perpetuado pelas mulheres, através da imundície da concepção sexual e do nascimento (parto). 6ª. As mentes masculinas dos judeus e dos cristãos católicos da civilização ocidental foram e continuam sendo profundamente intervencionistas ao cravarem com sangue a tradição de que o "homem", e não a mulher, foi criado à imagem de deus, a qual é uma projeção humana da imagem do divino homem católico. 7ª. O catolicismo primitivo e moderno tomam como certo que eles devem reverenciar a figura de um Pai e Filho, nunca percebendo a divindade Mãe e Filha, em sua forma correspondente. 8ª. Embora os católicos ainda adorem as Deusas e utilizem alguns de seus antigos títulos pagãos como Mãe de Deus, Rainha dos Céus, bem-aventurada Virgem e assim por diante, seus teólogos se recusam a admitir que ela é a velha Deusa em um novo disfarce, e insistem em sua não divindade. 9ª. Eles insistem que o misterioso e diabólico eletromagnetismo sexual da mulher seduz os homens para os “desejos excessivos dos orgasmos ou as delícias sensuais” que, mesmo dentro do casamento legítimo, transmite a mancha do pecado a todos os homens. Assim disse Santo Agostinho e a igreja católica nunca alterou sua afirmação. 10ª. Ao longo da história encontramos clérigos defendendo o abuso sexual de mulheres, para expressar seu horror à sexualidade feminina e sua convicção de que todas as mulheres merecem punição pelo crime primordial de Eva que trouxe a morte e a condenação aos homens.
  • 22. 11ª. Assim, a igreja católica declarou desde o início que a mulher deve ser desprezada, e sua magnificência e sua grandeza, destruída. Este é virtualmente o único princípio evangélico que as igrejas católicas seguiram ao longo de todos os séculos sem devoção ou contradição. Assim também, hoje, no sínodo amazônico 2019 voltaram a ratificar esse desapreço perante as mulheres, revalorizando os homens. 12ª. A tradição persiste até o presente século. Os vários casos de *violência obstétrica praticada pelos delinquentes acadêmicos, a história de alguns clérigos que foram contratados para serem espancadores de esposas, as mulheres que são aconselhadas a serem subservientes aos homens de acordo com a vontade 'divina' são alguns dos exemplos que confirmam essa realidade. 13ª. Séculos e séculos se passaram. A sociedade patriarcal católica cristã continua a fazer questão de ignorar os direitos e os prazeres sensuais da mulher conseguidos através da evolução da Y’Guaçu, clitóris **(a teta do demônio), o único órgão de poder sensual e exclusivamente feminino. 14ª. Um homem casado percebeu pela primeira vez as sensações e vibrações prazerosas de sua esposa, descobrindo e constatando o Y’Guaçu, clitóris. Essa era a prova concreta da culpabilidade da “bruxa”. Quando ele viu esse “pequeno nódulo de carne vermelho”, gritou aterrorizado: “a teta do demônio!”. Os seus gritos espantaram a comunidade inteira. A mulher sensual e prazerosa foi condenada e queimada. A Inquisição perseguiu, torturou, mutilou e queimou milhares de mulheres para mantê-las sob o seu monopólio (p. 12). *Leia: Violência Obstétrica, publicado no “IKA, Instituto Kallawaya de Pesquisa”, por Mallku Chanez. **Notas extraídas do livro – Oguapy Poraceí- A Ovulação da Menina-Mulher- Pytã Y’ Guaraná A força mais poderosa do fluido vermelho –História da Medicina Sensitiva Feminina, publicado no dia 24 de abril de 2003, em São Paulo, Brasil, por Mallku Chanez
  • 23. 15ª. Os primeiros pensadores católicos perceberam corretamente que a destruição da intuição, da sensitividade, do sentimento instintivo e do prazer sensual das mulheres significaria um golpe esmagador para o respeito, o orgulho, a sensualidade e a confiança delas. Os clérigos divinos sepultaram na obscuridade os sentimentos instintivos silvestres e o movimento de transformação interna das mulheres e consagraram o amor absoluto de seu deus para que este fosse semelhante a eles. 16ª. No entanto, o que a história católica raramente admite é que depois de mais de 500 anos de violência aos povos originários, o sínodo machista ainda não venceu. E nunca irá vencer a sensualidade, a vibração e o prazer da mulher. Eles estão cavando sua própria fossa cristianizada. Os povos originários permanecem como os raios inatingíveis, como uma chuva torrencial andina alimentando a Amazônia. 17ª. A intenção maior dos divinos é impor o medo e o terror interno às mulheres, e fortalecer as relações entre os homens e os clérigos. Nas relações entre pais e filhos, a emoção dominante era e é o medo. Homens divinos foram ordenados a incutir o temor e o terror de deus em seus filhos, ameaçando-os com severas punições como o esquartejamento de mulheres. “Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; humilhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este homem não façais semelhante loucura”. (O levita e sua concubina: Juízes 19; 1-30). 18ª. A mais dura de todas as punições é a que vem do Pai Celestial: uma visão terrível da tortura eterna no inferno, desenvolvida a partir do medo dos homens divinos. O inferno católico é a fantasia mais sádica de todos os tempos para se disfarçar de fato a ambição dos homens divinos que buscam perpetuar-se eternamente no poder.
  • 24. 19ª. As atitudes inquebrantáveis e inflexíveis dos materialistas divinos têm como objetivo prático impedir que as mulheres ajam livremente e independentemente deles. Esperam submetê-las totalmente para, então, como machos, ampará-las e consolá-las em sua solidão, afinal elas estão ao lado de homens que se encontram com o poder de dominá-las. 20ª. Não querem que as mulheres desenvolvam e adquiram atitudes próprias, como movimento, constância, perseverança, e fazem questão de interferir até na realização de seus nascimentos conforme suas crenças. O ataque do homem divino e seu deus às mulheres geralmente não era justificável como vingança por ferimentos reais. A lesão mítica provocada pela queda da mulher foi essencial para o esboço do esquema teológico inicial. 21ª. Coibidas pelos conquistadores e intervencionistas católicos de expressarem suas próprias crenças, as mulheres acabaram adotando a fé dos homens divinos. Ocasionalmente, elas foram atraídas por concessões esperançosas de serem valorizadas nos sínodos, as quais foram posteriormente anuladas, pois os seus pés foram impedidos de entrarem nos desenganos dos anfitriões divinos. 22ª. Os homens que se enxergam como semideuses, na sua arrogância enterraram os segredos das mulheres, a plenitude da vida das Olhos d’Água, gerada pela constância e transformada em costume. A constância da Olho d’Água, a nudez, o movimento do ventre, a força, a agressividade, a violência no renascimento e no nascimento da sua criança são virtuosidades preciosas da mulher mãe, da Mãe do Fogo (jaguaratê, onça pintada) e da Mãe d’Água. 23ª. A perseverança é o patrimônio da Olho d’Água, da Mãe d’Água, da mulher mãe. Na empresa dos malvados arrogantes, soberbos, há temeridade, arrojo, impaciência, tenacidade tentadora do egoísmo e das ambições. Espera-se que a constância e a perseverança das mulheres originarias ou não nunca sejam reencontradas e reintegradas.
  • 25. 24ª. A história judaica e católica raramente admite que, depois de mais de 2000 mil anos de violência astuciosa, continuam a ferir a reputação, ofender, desacreditar e infamar qualquer atitude das mulheres que desejam fazer parte desse mundo divino. Na psicologia do espírito divino machista, não há atos que se chamem convencimento e convicção das mulheres, já que o convencimento e a convicção, ambas, sempre irão parir a REFLEXÃO. Sem ela não se pode adquirir uma nova CONSCIÊNCIA em relação àquilo que pensamos ou acreditamos. 25. A despeito da insistência dos teólogos do paganismo alcoólatra católico de que um pai é o único ser significativo, a antiga convicção, perseverança e constância feminina se mantem, porque todo homem ainda é parido pela via baixa, o canal de nascimento da Mãe d’Água (muitos consagrados e envolvidos com suas próprias fezes), e amamentado com leite pelas suas mamas. 26ª O homem divino traz consigo uma inteligência obtusa, uma mente pesada, tardia e um espirito preguiçoso em suas concepções e em suas maneiras, é uma enfermidade natural. Homens divinos foram ordenados do púlpito para instilar "o temor e terror de seu deus" em seus ‘filhos’ (mães e crianças) através de duras punições como a fogueira, a morte sem sangue. 27ª. Descarte, o sínodo machista 2019, foi estupefato de entendimento, foi torpe, como se estivesse entumecido. Nessa relação, a mulher-mãe que traz o grito da existência transcendental foi conduzida a dependência infantil latente, através da emoção mais dominante, o medo. Não é preciso muito para perceber que a hipocrisia dos sínodos serve para a auto afirmação e valorização dos machos em detrimento das mulheres.
  • 26. 28ª. A ligação entre a "mulher" e o "diabo" na mente patriarcal divina é tão antiga quanto a história do Jardim do Éden. Os clérigos usaram-na (serpente - diabo), não apenas para aterrorizar as congregações ingênuas e etnias com crenças diferentes para catequizar (lavagem cerebral), mas também para desculpar a tortura e o assassinato das mulheres e das mulheres-mães. Os inquisidores sádicos divinos modernos, dizem que a eterna punição de tais hereges deveria começar nesta vida, continuando após a morte da vítima. 29ª. A tortura cruel persistiu mesmo depois que o alvorecer de uma era mais iluminada trouxe o declínio da perseguição organizada, perniciosa e cruenta. No entanto, o fogo e a estaca foram substituídos nos séculos XVIII e XIX por abusos mais sutis, visando suprimir as mulheres e as mulheres-mães impiedosamente. 30ª. Os clérigos foram ajudados pelos defensores da oposição à educação das mulheres, suprimindo todas as medidas físicas ou legais para manter as mulheres longe dos livros e da escrita. Os homens divinos fizeram de deus sua fonte de crueldade primária para o desprezo, comum e indisfarçado das mulheres consagradas com a sua fé e suas crenças. 31ª. Recentemente, algumas mulheres, mulheres-mães e Mães d’Água, começaram a buscar uma melhor compreensão dessa natureza feminina agonizante e enterrada viva, sobre a proliferação de imagens e de valores masculinos machistas na sociedade ocidental patriarcal. 32.ª O gênio do homem divino consagrou seis graus de progresso intelectual: o selvagem, o bárbaro, o civilizado (humano), o culto, o instruído, e o ilustre, assim, o homem divino continuaria a ser um arcanjo de deus.
  • 27. 33ª São os fundamentos para esmagar o sentimento instintivo silvestre feminino, estimulando as aberrações como a pedofilia, o masoquismo e a depressão, muitas vezes pode ser atribuída ao treinamento em uma religião orientada para homens, em desacordo com sua própria natureza bilateral latente. 34ª. Se a transcendência do sentimento instintivo silvestre das Olhos d’Água para as Mulheres d’Água tivesse continuado. Uma práxis secular iria emergir dessa nova forma. Se a prática da transcendência energética vibratória das mulheres tivesse continuado longe da violência do clérigo machista e da alienação obstétrica, o mundo de hoje poderia ser menos perturbador. 35ª. Os deuses modernos, incluindo o senhor civilizado (humano), tendiam a ordenar aos seus seguidores que fizessem guerra e torturas para dizimar as mulheres. Diferentemente, a grande Mãe d’Água defende a evolução energética pacífica das suas habilidades, atitudes, cooperação, harmonia, reciprocidade e o movimento ventral matriarcal. 36ª. Portanto, o culto da Mãe Terra, Pacas Mili (Pachamama) geralmente implicava na aceitação franca dos ciclos naturais das fases da Lua, associadas as mulheres, o sentimento instintivo silvestre, os rituais de iniciação, a ovulação, a menstruação, a sensualidade, o prazer sexual, do renascimento, do nascimento, da morte; e da prevenção materna pelo bem-viver das gerações vindouras.
  • 28. O remédio preventivo parara as tiranias ideológicas seculares é a transcendência energética, a escrita, a fala e a germinação tradicional