1) O documento descreve as práticas de parto e cuidados com as crianças entre as mulheres guaranis anhangatus da Amazônia, incluindo o parto na água e o corte do cordão umbilical com os dentes.
2) Detalha a medicina tradicional dessas comunidades, focada no bem-estar físico e energético das mulheres grávidas, parteiras e mães.
3) Critica a abordagem médica ocidental ao parto, defendendo em contraponto os valores da medicina energética e
3. Era Luqiqaman Tink’u
O valor energético para uso próprio
Originário da transcendência energética do
Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia.
Jaxy Ovoguaçu, Lua Cheia, 070423
4. Os corações dos passarinhos e das Olhos d’Água (pessoas paisagens) não são joelhos e
suas tradições e os costumes não se dobram perante os tiranos, acadêmicos, religiosos, reis e
rainhas, políticos partidários de turno, estes os tratam com desdém, com ódio absoluto.
5. Y’ry Ory,
Olho d’Água ~ Mãe do Rio
O fluxo sensível sustentável da pessoa paisagem
As experiências das prenhas e das mama’es nuas
Guaranis Anhangatus nos rios da Amazônia
A melodia dos rios que tanto devemos ouvir, ver e cantar na língua
corajosa, da Y’RY OTY, Mãe do Rio, oriunda das grandes florestas Amazônicas.
Intanha, a força que mora nos rios,
mborah’ei, entoar, lembra o choro de uma criança,
gwa-mitã-pa, criança recém-nascida.
6. Nhapuã Japoraí Pacha Lea
Vamos cantar ao movimento das Azaléas
Vamos cantar a respeito da concepção, da prática do movimento pélvico - ventral e do canal de
nascimento via baixa, através da coragem, da força, da agressividade, da fercidade,da solidariedade das
Olhos d’Água. Este Parakutia, obra, está baseado no patrimônio oral das Y’ry Oty, Olhos d’Água, das
Y’Pyruá Sy, Mães d’Umbigo Raizeiras e das Y’Sy, Mães d’Água das guaranis anhangatus amazônicas.
2. As concepções e práticas originárias da Olho d’Água, prenha e mãe nua que se inspirou no fluido das
águas, corajosamente sentou-se nas águas do rio para dar à luz, transcendeu, cortou com seus dentes o
cordão umbilical, transformou-se, aparou a sua y’poty porã (bonita flor d’água, criança), levantou-se,
ergueu-se e se movimentou para fora das águas para amamenta-la e oferendar a placenta, enterrando-a
sob a irmã árvore (Patuá).
3. A ciência étnica e a medicina tradicional das Olhos d’Água, das Mães d’Umbigo Raizeiras e das Mães
d’Água das guaranis anhangatus voltadas para a educação do fluxo sensível sustentável (as águas do rio
é utilizada para banhar a criança e a mama’e) das meninas-mulheres e das mulheres-mães nas
comunidades.
Sinônimos que serão usados em está obra: Y’ry Oty, Jaguaratê, Mãe do Fogo, Mãe do Rio, Olho d’Água.
7. Chegamos ao mundo nos braços da pélvis-ventral e do WAYRA, AR LIVRE,
sob as possibilidades de desenvolvimento do AJAYO, a energia vital ancestral ...
8. Concepções e Práticas da Olho d’Água, da
Mãe d’Umbigo Raizeira e da Mãe d’Água
Neste projeto colocou-se em posição de destaque a germinação e a história das Guaranis
Anhangatus amazônicas. Nela se originou a Medicina Tradicional e Transcendental Feminina, as
emanações da transcendência energética feminina. A caraterística mais importante e interessante dela é a
medicina da Mãe d’Umbigo Raizeira e da Mãe d’Água, a prenha vestida, originárias da árvore genealógica
energética da Olho d’Água.
2. A Olho d’Água, a prenha nua da floresta tropical amazônica da época áurea pegava e aparava a recém-
nascida, sentada na beira dos fluidos do rio junto à irmã árvore, com sua transcendência energética,
sensibilidade, sensitividade, intuição, flexibilidade, elasticidade e dilatação na pélvis.
3. Dessa maneira aconteciam os grandes encontros das emanações energéticas e as relações dos
movimentos magnéticos das Mães do Rio. A transcendência desses fluidos da Olho d’Água, da Mãe
d’Água e da Mãe d’Umbigo Raizeira fundamentaram a medicina transcendental energética da floresta
tropical amazônica.
4. Através desses fluidos energéticos transcendentais se determinavam e se determinam os valores
práticos do renascimento da Mãe d’Água com a sua Força d’Alento Universal e os valores práticos do
nascimento da criança em casa.
9. 5. No entanto, ao se levar em consideração a Mãe Cósmica e a Mãe Natureza, a Ciência Étnica esbarra-
se com o conceito do ‘bem estar’ apresentado pela Organização Mundial de Saúde, OMS. Segundo este
conceito, o ‘bem estar’ das mulheres grávidas e das mães é entendido como sinônimo de passividade,
paralisia, morbidez europeia, estagnação, intervenção mecânica, iatroquímica, suturas e cicatrizes pelas
cesáreas abomináveis sem necessidades fisiológicas praticadas num sistema fechado e realizado por um
técnico medíocre, sem paciência e de sangue frio numa Sala de Parto.
6. A história escrita pelos civilizados ajuíza um abuso deliberado de poder: suas atitudes de arrogância
religiosa, de discriminação, de intervenção e de desprezo em relação à prática médica transcendental
energética amazônica, a qual possui uma identidade dentro da germinação originária em vigência na
Terra sem Males.
7. A Olho d’Água foi enlaçada pelos bandeirantes homicidas e estupradores, e apesar de continuar a ser
perseguida e desprezada até hoje pelas velhas falácias eurointelectuais e pelo novo sistema de poder
institucional fechado, poderá ser ainda um manancial inesgotável para o desenvolvimento da germinação
energética brasileira.
8. A medicina transcendental energética feminina da Terra sem Males ficou quase irremediavelmente
perdida pela hegemonia médica civilizada, pela institucionalidade corporativista que pretende ser a única
possuidora de uma resposta verdadeira ante a cultura da enfermidade e do tratamento. A falta de
reconhecimento do esplendor aromático e colorido da medicina preventiva amazônica, da Mãe d’Umbigo
Raizeira e da Mãe d’Água, tem causado um enorme prejuízo, não somente às regiões isoladas do Pau-
Brasil, mas a todos os povos originários. (Trechos extraídos da obra Mãe d’Umbigo e a Mãe d’Água).
10. MARA WATA
A Ciência Étnica e a Medicina
Tradicional do Kollasuyo
O solstício de inverno 2023
associado ao ventre feminino
21 de Junho, Ano Novo Andino e
Amazônico -ano 5533.
Jallallay, jallallay, pela nossa vida.
Kollasuyo, Bolívia
Nascemos Phawary, livres, para alçar
voo, e Phawantaj, livres queremos
continuar ...