O documento descreve a civilização do Antigo Egito, incluindo seus nomes para a terra, a unificação sob Menés, a estrutura de poder com o faraó no comando, a economia baseada na agricultura ao longo do Nilo e as pirâmides construídas como túmulos reais.
2. Os egípcios usaram vários nomes para se
referirem à sua terra. O mais comum era Kemet,
"a Terra Negra" ou "Terra Fértil", que se aplicava
especificamente ao território nas margens do Nilo
e que aludia à terra negra trazida pelo rio todos os
anos.
Decheret, "Terra Vermelha", referia-se aos
desertos que circundavam o Nilo, onde os
egípcios só penetravam para enterrar os seus
mortos ou para explorarem pedras e metais
preciosos.
Também poderiam chamá-la Taui ( "as Duas
Terras", ou seja, o Alto e o Baixo Egito), Ta-meri
("Terra Amada") ou Ta-netjeru ("A Terra dos
Deuses").
Na Bíblia o Egito é denominado Misraim, a atual
palavra Egito deriva do grego Aigyptos
(pronunciado Aiguptos), que se acredita derivar
por sua vez do egípcio Het-Ka-Ptah, "a mansão
da alma de Ptah".
3. Antigo Egito foi uma civilização da
antiguidade oriental do Norte da
África, concentrada ao longo ao curso
inferior do rio Nilo, no que é hoje é o
país moderno Egito. Era parte de um
complexo de civilizações, as
Civilizações do Vale do Nilo, dos quais
as regiões ao sul do Egito (hoje no
Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são
uma parte. Tinha como fronteira a
norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o
deserto da Líbia, a leste o deserto da
Arábia e a sul a primeira catarata do rio
Nilo.
Passado e Presente
Pirâmides de Guiza (ou Gizé), um dos monumentos mais
emblemáticos do Antigo Egito
7. A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o
soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no
Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o
faraó, a coroa tornou-se dupla : vermelha e branca, simbolizando a união dos
dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.
8. Por volta do ano 3200 a .C., o rei Menés, do Alto Egito (no
vale do Nilo), conquistou o Baixo Egito (no delta do Nilo),
unificando os dois reinos.
Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se
dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira
dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma
família).
Unificação do Egito
12. ANTIGO IMPÉRIO: Durante a maior
parte deste longo período, os faraós
conseguiram impor sua autoridade ao
reino e, auxiliados por seus funcionários,
coordenaram a construção de grandes
obras públicas, entre elas as pirâmides de
Quéops, Quéfren e Miquerinos.
13. MÉDIO IMPÉRIO: Neste período os egípcios
expandiram seu território em direção ao Sul,
conquistando a Núbia, região rica em
minerais, entre os quais o ouro. Apesar da
prosperidade material, o reino continuou
envolvido em guerras e revoltas internas que
o enfraqueceram. Isso encorajou os hicsos,
povo originário da Ásia Central, a
atravessarem o deserto e invadir o Egito,
conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se
ao uso de cavalos e carros de combate,
desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos
hicsos em território egípcio durou mais de
150 anos.
14. NOVO IMPÉRIO: Este período inicia-se com a expulsão
dos hicsos. Amósis, o líder militar da luta contra o
invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os faraós do
Novo Império organizaram um poderoso exército
com cavalaria e carros de combate e adotaram uma
política expansionista. Pela força, reconquistaram a
Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina e
estenderam seus domínios até o rio Eufrates. Depois
de efetuar estas conquistas, o governo egípcio
passou a exigir pesados impostos dos povos
dominados.
15. Essa situação provocou revoltas sociais
dentro do Egito, o que, somado às
sublevações dos povos conquistados
contra a cobrança de impostos
abusivos, acabou debilitando o poder
do faraó. A partir do século VIII a.C., o
Egito foi sucessivamente invadido por
núbios, assírios e persas, até que, em
332 a.C. foi conquistado por Alexandre,
o Grande, da Macedonia.
16. FIM DO IMPÉRIO: Dominação pelos
estrangeiros: assírios, persas, gregos da
Macedônia e romanos.
18. VIZIR: A maior autoridade depois do faraó. Cabia a
ele tomar decisões jurídicas, administrativas e
financeiras em nome do faraó.
NOBRES: Descendentes das famílias mais
importantes dos antigos nomos cuidavam da
administração das províncias ou ocupavam os postos
mais altos do exército.
19. • SACERDOTES: detinham muito poder,
administravam todos os bens que os fiéis e o
próprio Estado ofereciam aos deuses e tinham
muita influência junto ao faraó. Enriqueciam
porque ficavam com parte das oferendas feitas pela
população aos deuses, além de serem dispensados
do pagamento de impostos.
• ESCRIBAS: os que dominavam a difícil escrita
egípcia, encarregavam-se da cobrança dos
impostos, da organização das leis e dos decretos e
da fiscalização da atividade econômica em geral.
20. • SOLDADOS: nunca atingiam os postos de comando,
pois estes eram reservados à nobreza.Eles viviam
dos produtos recebidos como pagamento e dos
saques que podiam realizar durante as guerras de
conquista.
• ARTESÃOS: exerciam as mais diversas profissões.
Trabalhavam como pedreiros, carpinteiros,
desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives,
etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas
grandes obras públicas (templos, túmulos, palácios,
etc.).
21. • CAMPONESES: chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria
da população. Trabalhavam nas propriedades do faraó e dos sacerdotes
e tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos
produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de
obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpeza de canais,
transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos,
templos e palácios.
• ESCRAVOS: geralmente estrangeiros e prisioneiros de guerra, também
compunham a base da sociedade. Trabalhavam, principalmente, nas
minas e pedreiras do Estado, nas terras reais e nos templos. Muitas vezes
faziam parte do exército em época de guerra e eram utilizados como
escravos domésticos .
24. COMÉRCIO
O Império Antigo é caracterizado por um
crescente comércio com o Líbano, Palestina,
Mesopotâmia e Punt, assim como por
expedições comerciais para exploração mineral
nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto
Oriental) e por campanhas militares contra
núbios e líbios. Com suas campanhas militares
e comerciais o Egito além de criar
acampamentos estratégicos também adquiriu
ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro,
mirra, malaquita e electrum. Sob Sahuré, com
o crescente comércio, foi criada a primeira
frota marítima egípcia.
25.
26.
27.
28.
29. MASTABA
Período tinita
Mastaba
Uma mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, com a
forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em
direção a um topo plano de menores dimensões que a
base), cujo comprimento era aproximadamente quatro
vezes a sua largura.
Começaram-se a construir desde a primeira era dinástica no
que chamavam de período arcaico (cerca de 3500 a.C.) e foi
o gênero de edifício que precedeu e preparou as pirâmides.
Quando estas começaram a ser construídas, mais exigentes
do ponto de vista técnico e económico, a mastaba
permaneceu a sua mais simples alternativa
Diagrama de uma mastaba
30.
31. O Egito tornou-se uma província do Império
Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco
Aurélio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior
o imperador Augusto) na Batalha de Actium.
Os romanos dependiam fortemente das
remessas de grãos do Egito, e o exército
romano, sob o controle de um prefeito
nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas,
aplicando estritamente a cobrança de pesados
impostos, e impediu os ataques de bandidos,
que havia se tornado um problema notório
durante o período. Alexandria se tornou um
centro cada vez mais importante na rota de
comércio com o Oriente, como luxos exóticos
que estavam em alta demanda em Roma.
CLEÓPATRA
Cleópatra
Acima. A atriz que vai
interpretar Cleópatra
na primeira novela
árabe sobre a última
Rainha do Egito.
32. Economia
Agricultura de regadio (diques e canais)
Servidão Coletiva
Cobrança de Impostos
Política
• Poder Centralizado – Faraó
• Teocrática (religião + poder político)Sociedade
FARAÓ
Ministros e sacerdotes
Escribas e demais funcionários
públicos
Camponeses servos
Escravos