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Pesquisa &
Imprensa
Jorge Duarte
3ª edição revista e ampliada
Orientações para um bom relacionamento
Pesquisa &
Imprensa
Jorge Duarte
3ª edição revista e ampliada
Embrapa
Brasília, DF
2016
Orientações para um bom relacionamento
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Secretaria de Comunicação
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
Secretaria de Comunicação
Parque Estação Biológica
Av. W3 Norte (Final)
70770-901 Brasília, DF
Fone: (61) 3448-4012| Fax: (61) 3448-4207
www.embrapa.br
www.embrapa.br/fale-conosco/sac
Revisão de texto
Marcela Bravo Esteves
Projeto gráfico e editoração eletrônica
Guilherme A. F. de Carvalho
Foto da capa
Freeimages.com
1ª edição
1ª impressão (1994): 3.000 exemplares
2ª impressão (1994): 1.000 exemplares (parceria USP)
3ª impressão (1998): 3.700 exemplares (parceria Unesp)
2ª edição
1ª impressão (2005): 10.000 exemplares
3ª edição
1ª impressão (2016): 5.000 exemplares
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em
parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Informação Tecnológica
Duarte, Jorge.
Pesquisa e imprensa : orientações para um bom relacionamento / Jorge Duarte. – 3. ed. rev.
e ampl. - Brasília, DF : Embrapa, 2016.
65 p. : il. color. ; 10,0 cm x 13,8 cm.
ISBN 978-85-7035-559-1
1. Comunicação de massa. 2. Relações públicas. 3. Jornalismo. 4. Rádio. 5. Televisão. 6.
Telecomunicação. I. Título. II. Embrapa. Secretaria de Comunicação.
CDD 070.172
® Embrapa 2016
3
Autor
Jorge Duarte
Graduado em Jornalismo e em Relações Públi-
cas, doutor em Comunicação Social, analista
da Embrapa, Brasília, DF
Apresentação
Os profissionais da Embrapa convivem com ciência,
tecnologia e inovação em um ambiente dinâmico e
desafiador, consequência tanto de transformações
sociais como da presença de temas cada vez mais
complexos. O que se mantém é uma constante neces-
sidade de diálogo com a sociedade.
Temos um desafio gigantesco que é contar a cada
dia o que nossa organização faz, explicar sua visão,
mostrar como acessar e utilizar os resultados que pro-
duzimos. Precisamos dizer para a sociedade o impacto
do nosso trabalho e como a ciência transforma a vida.
O uso consciente e estratégico da comunicação
nesseambienteéfundamentalparaajudaraestabelecer,
fortalecer e viabilizar as opções de nossa organização.
A comunicação é capaz de garantir o compartilhamento
de visões, a articulação com diferentes parceiros, o
diálogo. Além disso, permite despertar o interesse,
o acesso e garantir a compreensão das informações
divulgadas. Também possibilita interagir de forma cada
vez mais intensa e ativa não apenas para mostrar o
que há de novo, mas para conhecer expectativas,
necessidades e exigências da sociedade. Ela amplia
a autonomia do cidadão e a capacidade de encontrar
as respostas necessárias para o desenvolvimento do
País.
A imprensa, em geral, e o jornalista, em particular,
são intermediários fundamentais nos processos de co-
municação. Esses profissionais ajudaram a Embrapa a
alcançar a reputação que hoje possui e permanecem
contribuindo com a divulgação do que nossa Empre-
sa faz, como atua, quais seus resultados e impactos e
que soluções oferece.
A efetiva inclusão da interação com a imprensa nas
rotinas de nosso trabalho continua não sendo opção.
A Embrapa, como detentora pública de conhecimento
especializado, comprometida com a excelência, assu-
me naturalmente a responsabilidade de interagir com a
sociedade tendo a imprensa como um dos interlocuto-
res mais relevantes.
A primeira edição do Pesquisa & Imprensa foi
lançada em 1994. As sucessivas reimpressões
mostram um esforço de garantir a compreensão
sobre as características e o papel da imprensa como
interlocutora privilegiada da sociedade, oferecendo
recomendações sobre como obter uma interação
mais produtiva entre a Embrapa e a imprensa. Agora,
atualizado, segue apresentando, de maneira simples e
prática, orientações sobre como atender à imprensa e
como melhor aproveitar as oportunidades oferecidas
pelo jornalista na busca de informação para seu
público.
Esta publicação destina-se a todos os empregados
da Embrapa que possam ter algum tipo de contato
com jornalistas e produtores de conteúdo. É muito im-
portante ler esta obra e ficar preparado para ajudar na
qualificação da informação que alcança nossos vários
públicos.
Precisamos estar habilitados para aproveitar toda e
qualquer oportunidade oferecida pela imprensa. Além
de atender às demandas rotineiras dos jornalistas, de-
vemos ter a iniciativa de fazer com que o resultado seja
claro, compreensível e adaptado ao conhecimento e às
exigências dos interessados.
A sociedade precisa e merece.
Gilceana Galerani
Chefe da Secretaria de Comunicação
Sumário
Introdução ...............................................................................................11
Definições ................................................................................................12
Por que a imprensa é importante? .........................................14
O papel do assessor de imprensa ..........................................16
O que é Notícia ...................................................................................19
Preparação ..............................................................................................21
Recebendo o jornalista ...................................................................28
Atendendo o jornalista ....................................................................34
Recomendações para entrevistas em rádio e TV ........45
Depois da entrevista .........................................................................53
Redigindo um artigo .........................................................................56
Sugestões para a redação ..........................................................58
Quando fazer uma coletiva? .......................................................61
11
Introdução
A Embrapa é procurada regularmente pela impren-
sa para fornecer informações sobre assuntos ligados
à ciência e à tecnologia, sobre pesquisas e sobre as
consequências do seu trabalho na vida das pessoas.
Se por um lado essa demanda possibilita maior visibili-
dade às ações da Empresa, por outro aumenta nossa
responsabilidade com jornalistas e o público a quem a
informação se destina.
Com o objetivo de facilitar o relacionamento e me-
lhorar a qualidade da informação transmitida à socie-
dade, apresentamos o manual Pesquisa & Imprensa.
Trata-se de uma publicação destinada a todos os em-
pregados da Embrapa que possam ter algum tipo de
contato com jornalistas e produtores de conteúdo des-
tinado à sociedade em geral.
As orientações aqui contidas não são regras rígi-
das, típicas de manuais de procedimentos. São reco-
mendações gerais, por reconhecermos que existe um
grande número de variáveis que podem ser considera-
das em cada caso, inclusive o contexto e a experiência
dos assessores de imprensa e técnicos envolvidos no
12
O importante é que todos os
empregados da Embrapa estejam
preparados para atuar como
interlocutores da imprensa.
atendimento. O importante é que todos os emprega-
dos da Embrapa estejam preparados para atuar como
interlocutores da imprensa e das pessoas que buscam
informações, em benefício não apenas do interessado
que nos procura, mas também da Embrapa, da ciência
e, principalmente, da sociedade.
Definições
Nesta publicação, utilizamos o termo imprensa para
designar jornalistas da mídia tradicional e também blo-
gueiros, editores de web e produtores de conteúdo
para redes sociais digitais.
Apenas por simplificação, nominamos como jor-
nalista qualquer profissional que busque informações
para transmissão em veículos de comunicação como
os citados. Muitos dos que interagem com a Embrapa
talvez não tenham atuação profissional vinculada a um
13
veículo de imprensa tradicional, mas isto é indiferen-
te, se possuem capacidade de reproduzir informações
oriundas da pesquisa para um público mais amplo.
Do mesmo modo, o profissional de comunicação
da Embrapa responsável pelo relacionamento com a
imprensa é um jornalista, mas aqui será chamado, para
simplificação, de assessor de imprensa, um dos papéis
que desempenha em nossa organização.
Utilizamos o termo imprensa para designar
jornalistas da mídia tradicional e também
blogueiros, editores de web e produtores de
conteúdo para redes sociais digitais.
14
Por que a imprensa é importante?
A imprensa é um público bastante tradicional da Em-
brapa e, historicamente, ajuda nossa empresa a cum-
prir sua missão. O jornalista exerce um tipo de manda-
to da sociedade para perguntar, questionar e expor a
atuação dos atores sociais, apresentando novidades e
estabelecendo o debate público. Ele pode ser fonte de
informação para a sociedade ou segmentos de públi-
co sobre a atuação e avanços tecnológicos gerados,
ajudando na prestação de contas, na transparência, na
conquista de parceiros e de apoio institucional. Tam-
bém fornece subsídios regulares que são úteis na ava-
liação de cenário, de contexto, e na identificação de
problemas de pesquisa. Tem a capacidade de alertar
sobre riscos, disseminar técnicas, orientar usuários,
fornecer subsídios para políticas públicas.
A imprensa forma uma instância de debate e troca
de informações que serve como controle de qualidade
na gestão pública. Divulgando o que faz e mantendo um
relacionamento adequado com a imprensa, a Embrapa
se fortalece, levando informações à sociedade e
demonstrando sua contribuição ao País.
15
Há, ainda, a responsabilidade da Embrapa, como
empresa pública, de informar o cidadão com qualida-
de suficiente que garanta o exercício da cidadania, o
acesso aos serviços e informações de interesse públi-
co, a transparência de suas ações e a prestação de
contas sobre suas atividades.
Atender jornalistas pode ser, eventualmente, um
desafio para quem não está acostumado a lidar com
entrevistas, mas sempre é uma oportunidade de levar
informações para a sociedade. Por isso, deve ser par-
te da rotina do pesquisador, do gestor e de todo em-
pregado estar disponível e preparado para divulgar à
sociedade, pela imprensa, o trabalho que realiza e os
resultados que busca ou obteve.
A imprensa forma uma instância
de debate e troca de informações
que serve como controle de
qualidade na gestão pública.
16
É importante conhecer a forma de atuação e ca-
racterísticas do trabalho jornalístico, não apenas para
divulgar de maneira precisa o resultado da pesquisa,
mas também para ajudar a sociedade a compreender
melhor a contribuição da ciência para o desenvolvi-
mento social e como ela afeta seu dia a dia.
O papel do assessor de imprensa
O assessor de imprensa da Embrapa desempenha
uma atividade técnica e especializada do jornalismo.
É imprescindível que o assessor de imprensa esteja
atualizado quanto a novidades, andamento das pesqui-
sas, agenda de eventos, temas prioritários, decisões ge-
renciais e tudo aquilo que possa ser de interesse tanto
para a imprensa quanto para os empregados ou públi-
cos específicos. Mais do que divulgador, ele deve atuar
como um estrategista capaz de ajudar na tomada de
decisões envolvendo comunicação de interesse público.
Quanto melhor acompanhar o que acontece na Empre-
sa, mais capaz será de desempenhar suas funções. Ele
é, junto à imprensa, um “explicador” sobre a Embrapa e,
na Embrapa, um facilitador para os jornalistas.
17
Seu papel inclui manter contato regular com as re-
dações, conhecer jornalistas, editores, seus interesses
e necessidades. Ele tem a responsabilidade de definir
estratégias e acompanhar as ações relacionadas à di-
vulgação jornalística das informações geradas na Em-
presa. Se um pesquisador avalia que um assunto pode
despertar interesse público e ser conhecido por meio
de veículos de comunicação, deve procurar o asses-
sor. Ele analisará o tema e discutirá alternativas para
dar tratamento jornalístico ao assunto.
O assessor de imprensa atende à imprensa a partir
da especificidade de perfil e necessidades de cada
O assessor de imprensa atende à
imprensa a partir da especificidade de
perfil e necessidades de cada veículo.
18
veículo. Ele tem a responsabilidade de orientar, preparar,
acompanhar e subsidiar o pesquisador, ou dirigente,
em entrevistas, inclusive na definição de mensagens.
Ele também é responsável por atender e encaminhar
os jornalistas às melhores fontes de informação sobre
cada assunto e intermediar contatos com a Secretaria de
Comunicação (Secom). Ajuda ainda a divulgar novidades
científicas e tecnológicas, apresenta fatos da Embrapa
para a imprensa, identifica e cria oportunidades de
divulgação, propõe e minuta artigos. Também produz
regularmente conteúdo noticioso próprio, inclusive para o
público interno, utilizando técnica jornalística para chamar
atenção, informar e explicar o que está ocorrendo.
Pelas características de seu trabalho, que exige
rapidez, capacidade de síntese e precisão, ele precisa ter
estrutura de apoio e fácil acesso a informações, setores
e pessoas. A agilidade é fundamental para o sucesso do
seu trabalho, já que a informação tem prazo de validade
para tornar-se notícia e as demandas da imprensa, em
geral, exigem respostas rápidas e adaptadas ao formato
do veículo. Assim, quanto menos pessoas necessitar
consultar para obter uma informação ou mostrar um
texto, mais eficaz será seu trabalho.
19
O que é Notícia
O Dicionário de Comunicação, de Carlos Alberto Raba-
ça e Gustavo Bastos, define Notícia como o “relato de
fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e impor-
tância para a comunidade, e capaz de ser compreen-
dido pelo público”. Para interessar aos jornalistas e se
tornar notícia, devem estar presentes, pelo menos, as
seguintes características:
» Ser novidade. É fundamental que a informação
seja nova e atual para o público a que se destina.
Informações já divulgadas têm menos chances de
interessar. Mas um novo enfoque, forma de apresen-
tação ou atualização aumentam a possibilidade de
aproveitamento.
» Ser de interesse do público. O jornalista vai avaliar
se um assunto é importante pelo grau de impacto
que pode causar no público. É um critério subjetivo
que pode ser medido pela qualidade e oportunida-
de das informações. As pessoas querem saber, por
exemplo, assuntos que as afetam diretamente, o que
20
está acontecendo próximo a elas, ter informações
úteis, interessantes, significativas. Por isso, uma no-
tícia que mostre como o público é afetado terá mais
chance de ser aproveitada. Importante considerar
que, em geral, cada veículo tem uma audiência dife-
renciada. A avaliação e o tratamento da informação
pelo jornalista são feitos em função do interesse e
das expectativas dessa audiência.
É importante saber identificar o que é notícia e ten-
tar atender à necessidade do jornalista. Um assessor
de imprensa sabe que não deve pautar um assunto
que não é de interesse de determinado veículo, quan-
do não há informação suficiente ou, simplesmente, não
É mais importante atender à
necessidade de informação da
sociedade do que à necessidade
de visibilidade da organização.
21
é notícia. Também sabe que mais importante que a
quantidade de notícias veiculadas é o impacto que po-
dem causar por despertar a atenção do público. Afinal,
é mais importante atender à necessidade de informa-
ção da sociedade do que à necessidade de visibilidade
da organização.
É fundamental produzir informação relevante de for-
ma adaptada, atrativa e didática, de maneira a desper-
tar o interesse do público e garantir a compreensão.
Preparação
» A Embrapa busca ter presença relevante na impren-
sa. Para isso, deve estar disponível, atendendo os
jornalistas com o máximo de rapidez, com respeito
e clareza, a fim de facilitar seu trabalho. Todos os
empregados, e não apenas quem dá entrevistas, de-
vem ser orientados sobre a importância da imprensa
e como facilitar seu atendimento.
» Qualquer jornalista que entrar em contato com a Em-
brapa deve ser encaminhado imediatamente para
o Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO),
22
área especializada no atendimento à imprensa nas
Unidades descentralizadas, ou para a Secretaria de
Comunicação (Secom), na Sede. Esta área deve arti-
cular e garantir a qualidade do atendimento. Nenhu-
ma entrevista deve ser realizada sem conhecimento,
acompanhamento ou intermediação do NCO ou do
assessor de imprensa.
» O primeiro contato do jornalista deve ser com o as-
sessor de imprensa, que poderá organizar um roteiro
para atendimento de suas necessidades. Conhe-
cedor da Instituição, horários, pessoas e assuntos,
buscará facilitar o trabalho do repórter e garantir que
ele tenha a melhor informação disponível. O asses-
sor de imprensa é o responsável pela recepção e por
Nenhuma entrevista deve
ser realizada sem conheci-
mento, acompanhamento
ou intermediação do NCO
ou do assessor de imprensa.
23
conduzir eventuais visitas a campos experimentais
ou laboratórios. Além disso, deverá orientar o en-
trevistado sobre pauta, ajudará na organização de
subsídios, discutirá possibilidades de abordagem e a
melhor forma de apresentar o assunto. Assim, jorna-
lista e fonte estarão mais bem preparados.
» Se um pesquisador for acionado pela imprensa por
e-mail ou telefone, é importante informar imediata-
mente ao assessor de imprensa. Se o jornalista en-
trar em contato por e-mail, recomenda-se copiar o
NCO.
» Contatos com jornalistas realizados por meio de mí-
dias sociais (blogs, Twitter, Facebook, por exemplo)
Se sentir necessidade, o
entrevistado deve pedir
ajuda ao assessor de
imprensa para se preparar.
24
devem receber o mesmo tratamento que pedidos
feitos por vias tradicionais e ter a intermediação do
assessor. Mais importante do que as maneiras de a
imprensa procurar a Embrapa − se por meios tra-
dicionais ou usando recursos possibilitados pela in-
ternet − é a necessidade de garantir a qualidade do
processo de socializar conhecimentos e soluções
gerados na Empresa.
» Quando um jornalista agendar uma visita às insta-
lações da Embrapa, pessoal de laboratório, campo
experimental, secretárias, porteiros e todos os que
possam se envolver devem ser comunicados sobre
detalhes que lhes afetam, incluindo, se for o caso,
pauta, roteiro e orientações específicas. Secretárias
e telefonistas devem estar orientadas para facilitar o
atendimento do jornalista e encaminhá-lo inicialmen-
te ao NCO ou à Secom.
» Jornalistas devem ter acesso a prédios, campos
experimentais e eventos internos mas devidamente
autorizados e, necessariamente, acompanhados
pela assessoria de imprensa.
25
» O acesso de jornalistas a laboratórios e campos ex-
perimentais deve seguir os procedimentos rotineiros
que envolvam, por exemplo, uso de crachá, roupas
especiais, atendimento a horários específicos e ou-
tras restrições necessárias.
» Se sentir necessidade, o entrevistado deve pedir aju-
da ao assessor de imprensa para se preparar. Esse
processo pode envolver simulação de entrevista,
produção de documentos com perguntas e respos-
tas, elaboração de mensagens e orientações especí-
ficas sobre a abordagem do tema.
» Deixe, se necessário, profissionais preparados para
fornecer informações adicionais e mostrar laborató-
rios ou outra área da Empresa.
» Não dê uma entrevista em uma situação desconfor-
tável como, por exemplo, se for abordado abrupta-
mente, se a situação não for adequada ou não se
sentir preparado. Peça alguns minutos ao jornalista e
dê a entrevista em condições adequadas.
26
» Quando o jornalista vai abordar um tema de reper-
cussão nacional, seja pela importância da pauta ou
do veículo, pelo grau de sensibilidade do tema ou
potencial de impacto junto à opinião pública, é im-
portante que o NCO informe à Secom para conheci-
mento, eventual apoio ou monitoramento.
» No caso de a pauta tratar de tema diretamente rela-
cionado a outra Unidade, é importante que o NCO
da Unidade em questão tenha conhecimento. Por
exemplo, se uma Unidade ecorregional está ajudan-
do na produção de uma pauta sobre soja, é impor-
tante que o NCO da Embrapa Soja seja informado
antecipadamente. Além do alinhamento de informa-
ções, o contato pode permitir o apoio no atendimen-
to.
» Debates realizados com outras pessoas em
veículos de comunicação exigem um tipo específico
de preparação e devem ser bem avaliados. É
recomendável conhecer o roteiro, o perfil dos
participantes e discutir com o NCO antes de aceitar
participar.
27
» Documentário, filme e outros produtos com fins
comerciais ou institucionais não são considerados
jornalísticos. Nesses casos, recomenda-se dar co-
nhecimento da solicitação ao NCO, à Secom ou às
Unidades diretamente envolvidas e autorizar a grava-
ção ou uso das informações apenas após avaliação
do roteiro e aprovar o uso das imagens após verifica-
ção da edição final.
» É importante valorizar as mídias internas da Em-
brapa. Publicações como o Todos.com, Folha da
Embrapa, Agência Embrapa de Notícias e também
o conteúdo veiculado no portal são alguns dos pro-
dutos informativos que merecem atenção especial.
Se você acreditar que tem uma boa pauta, fale com
o NCO e ajude a qualificar a informação que circula
na Empresa e que é distribuída para a sociedade por
nossos veículos.
» Uma opção interessante para complementar con-
teúdos é gravar um vídeo curto, algo como dois a
cinco minutos, com depoimento ou entrevista para o
assessor de imprensa sobre um tema relevante. Este
28
vídeo pode ser postado na Sala de Imprensa, utiliza-
do na intranet ou em uma situação especial. Máqui-
nas fotográficas mais modernas e alguns modelos
de celulares têm capacidade de gerar bons vídeos,
facilitando bastante a produção. A sugestão vale
também para podcasts, muito utilizados por rádios.
» Se possível, utilize roupa de trabalho com a identifica-
ção da Embrapa: guarda-pó em laboratório e salas,
e boné ou camiseta no campo. Um dirigente pode
utilizar o bóton. Mas não force a situação. Procure fa-
zer com que a presença da marca seja natural. Se o
jornalista fizer restrições ao uso para obter imagens,
avalie com o assessor a necessidade de retirar.
Recebendo o jornalista
» Nunca deixe de atender ao jornalista. O pesquisador
deve considerar a entrevista como uma boa opor-
tunidade de apresentar seu trabalho à sociedade.
Afinal, milhares (talvez milhões) de pessoas terão co-
nhecimento de suas atividades e dos resultados que
está obtendo.
29
» O acompanhamento por um profissional de comu-
nicação é fundamental no momento da entrevista,
mesmo que por telefone e, particularmente, durante
a permanência nas instalações da Embrapa. O as-
sessor de imprensa tem a responsabilidade de ga-
rantir o atendimento adequado e evitar dificuldades
ou erros de informação. Ele deve preparar e acom-
panhar a entrevista, intervindo apenas se necessário.
» Quase sempre um repórter dispõe de tempo limita-
do para produzir e entregar seu trabalho. Ele possui
prazos a cumprir que envolvem, geralmente, realizar
outras entrevistas, voltar para a redação, gerar con-
teúdo e veicular no prazo previsto. Assim, o atendi-
mento às necessidades do jornalista deve ser priori-
zado em todas as etapas do contato.
» Um jornalista de veículo de comunicação é
independente e tem autonomia. Autorizado a circular
em uma área da Embrapa, ele tem, automaticamente,
liberdade para registrar imagens e conversar com as
pessoas. Assim, o que observar, fotografar, filmar, as
30
informações que obtiver podem ser utilizadas sem
necessidade de autorização. Por isso, é importante
que ele tenha o melhor acompanhamento e
orientação possíveis e que sejam estabelecidas
eventuais restrições antecipadamente, se for o caso.
» O entrevistado deve verificar previamente os aspec-
tos regulatórios e de propriedade intelectual antes de
falar publicamente sobre uma tecnologia que envolva
essas questões.
» Procure conhecer as características do veículo que o
jornalista representa. Sabendo antecipadamente so-
bre ele, sobretudo se for especializado, será possível
atendê-Io melhor.
O atendimento às
necessidades do jornalista
deve ser priorizado em todas
as etapas do contato.
31
» Para ajudar na produção de uma reportagem, o en-
trevistado deve adaptar e apresentar as informações
de uma maneira que permita a compreensão plena
do assunto pelo jornalista. O assessor de imprensa
pode ajudar na tarefa identificando previamente as
informações mais significativas a serem destacadas,
realizar uma simulação de entrevista, chamar aten-
ção para os aspectos mais relevantes. Se o entre-
vistado se preparar para a entrevista, certamente
aumentará a qualidade de sua exposição.
» Se tiver oportunidade e disponibilidade, não deixe de
enviar material prévio para o jornalista se aprofundar
no assunto antes da entrevista. Relatórios, resumos,
descritivos, fôlderes, sínteses, conteúdo disponível
na internet podem ser úteis, mas priorize material de
fácil compreensão. Não espere que conteúdo técni-
co seja compreendido e utilizado. E considere que
essas informações servirão como apoio, pois o im-
prescindível é que o jornalista entenda o que você vai
expor. Se for o caso, envie material complementar
depois da entrevista.
32
» Peça ajuda ao assessor de imprensa para identificar
o melhor conteúdo para disponibilizar ao jornalista.
Textos de livros, trabalhos acadêmicos e material
técnico em geral não são muito úteis se não inclu-
írem indicações ou explicações apropriadas. O pro-
fissional de comunicação da Unidade pode ajudar e,
inclusive, intermediar o envio.
» Não exija do repórter conhecimento prévio sobre
o assunto da entrevista. O jornalista é, na maioria
dos casos, um generalista que sabe tanto quanto
qualquer pessoa sobre a maior parte dos assuntos.
Mesmo um jornalista experiente na cobertura de
agricultura (não são muitos) pode não distinguir, por
exemplo, um charolês de um canchin. Esse desco-
nhecimento é natural e pode ser útil para ajudar as
pessoas a entenderem uma reportagem. Por isso
não se surpreenda se tiver que responder perguntas
que lhe pareçam óbvias.
» Se possível, antes da entrevista, dê em poucas pala-
vras um panorama sobre o assunto e destaque ob-
jetivamente os aspectos principais, o que existe de
33
novidade ou relevante. Algumas palavras ajudam a
chamar a atenção para o que é notícia. Por exemplo:
inédito, investimento, lançamento, novo, aumento de
produtividade, aumento de lucro, nova opção...
» O relacionamento com a imprensa deve ser de boa
qualidade e esse processo pode ser prejudicado por
um atendimento inadequado. O jornalista tende a
valorizar fontes que fornecem boas informações. Se
não tiver suas expectativas atendidas ou o assunto
não ficar claro, o espaço obtido no veículo de co-
municação será menor, as informações poderão sair
truncadas ou nada será veiculado.
» Procure dispor do tempo necessário para o pleno
entendimento das informações por parte do repór-
ter. Se seu tempo for limitado, combine previamente
o período da entrevista.
» Para ajudar a subsidiar a reportagem, é importante
reunir dados que interessem ao público. Jornalistas
valorizam números: produção, produtividade, usuá-
rios, beneficiários, área, percentuais. Por exemplo:
34
quantos já utilizam a tecnologia, impacto econômico
previsto, aumento efetivo da produtividade. Também
é importante destacar riscos, perfil do usuário, van-
tagens diferenciais da novidade, região beneficiada,
etc.
Atendendo o jornalista
» É decisivo estar preparado sempre. Não improvise
na entrevista. Defina com antecedência a mensagem
principal, os dados mais significativos e os aspectos
centrais. E lembre-se: relevante é aquilo que afeta o
público.
» Por causa de problemas de tempo ou distância, é
comum o repórter ter dificuldades de se deslocar
para realizar uma entrevista. Assim, pode optar por
realizá-la por telefone, Skype ou correio eletrônico. O
entrevistado não está sendo desprestigiado e deve
procurar atendê-lo. Nas entrevistas por telefone, não
esqueça de registrar o nome, veículo e telefone do
jornalista para conseguir contatá-lo posteriormente,
se necessário.
35
» Se acreditar que o assunto é complexo para ser
tratado por telefone, discuta o problema com o jor-
nalista. Pode-se, por exemplo, enviar respostas por
e-mail e tirar dúvidas por telefone.
» O jornalista não é adversário. Mesmo que ocasional-
mente a complexidade de um tema o intimide, ou
que tenha que fazer uma matéria crítica, ele tem todo
o interesse em produzir uma boa reportagem.
» É importante considerar que cada tipo de veículo
(rádio, TV, jornal, revista, internet) tem características
próprias e públicos diferenciados e que é necessário
adaptar-se a cada um.
É melhor você simplificar para o jornalista
do que esperar que ele simplifique o que
você explicou.
36
» Se você ocupa cargo de gestão, é possível que o jor-
nalista faça perguntas sobre assuntos não previstos.
Por isso, é importante manter-se informado sobre to-
dos os temas relativos à administração da Empresa.
Ao mesmo tempo, evite falar sobre assunto fora de
sua competência técnica e gerencial, sobre os quais
não tenha toda a informação ou que você avalie
como polêmicos.
» A expressão “na minha opinião pessoal” não deve
ser usada. Um entrevistado da Embrapa sempre
representa a instituição e o que ele diz tende a ser
compreendido como a visão da Empresa sobre o
tema.
» É difícil abordar todos os pontos de uma questão
em um veículo de comunicação de massa. Assim,
sintetize a mensagem que deseja transmitir. Quanto
menos palavras utilizar para dar uma explicação ou
responder a uma pergunta, melhor.
» O jornalista deve entender a questão com o menor
número possível de explicações. Quanto mais facil-
37
mente as informações forem compreendidas, mais
chances haverá de que a reportagem seja veiculada
com exatidão.
» Jornalistas usam as informações mais acessíveis ao
público e tentarão facilitar a compreensão do que
transmitem. Assim, é melhor você simplificar para o
jornalista do que esperar que ele simplifique o que
você explicou.
» Cientistas tendem a valorizar o detalhamento da me-
todologia, do problema de pesquisa, dos processos
que levaram ao resultado. Jornalistas preferem sa-
ber objetivamente sobre a novidade, o resultado, o
que muda, o diferente, o que é inédito, o alcance,
quem pode usar, o que tem que ser feito, o impacto,
o benefício à sociedade, o que muda na vida das
pessoas.
» Geralmente é muito difícil explicar detalhadamen-
te uma técnica ou tecnologia em uma reportagem.
Mais importante é informar que existe, despertar o
interesse e dar as orientações básicas. Uma pessoa
38
que deseje detalhes sobre o assunto poderá obtê-los
por outros meios. Por isso, a não ser que seja preciso,
apenas diga claramente onde informações mais deta-
lhadas podem ser obtidas.
» Mostre o impacto da ação, da informação, como
modificam a realidade do cidadão comum. Relacione
seu trabalho com a vida das pessoas. Dê exemplos.
Faça comparações. É importante falar sobre a qua-
lidade e as vantagens econômicas da tecnologia e
dizer o que o público-alvo e a sociedade vão ganhar
com ela.
» Evite dizer “minha pesquisa”. Use a primeira pes-
soa do plural e destaque o trabalho coletivo: “Nossa
equipe...”, “A Embrapa...’’. Não esqueça de citar ins-
tituições parceiras, se existirem.
» Cuidado com resultados preliminares ou parciais, estima-
tivas ou projeções. Tenha certeza de que o jornalista com-
preendeu as limitações ou especificidades da informação.
Um dado fornecido ou divulgado fora de contexto pode
gerar interpretações equivocadas e mal-entendidos.
39
» Evite criar falsas expectativas. Elas podem gerar sen-
sacionalismo por parte do veículo de comunicação e
induzir a erros. Ao falar sobre resultados, explique o
impacto, limitações e eventuais consequências ne-
gativas de sua utilização, caso haja. Se forem im-
portantes, não deixe de pedir ao jornalista a inclusão
dos riscos e limitações na reportagem.
» No caso de entrevista sobre um novo serviço ou
produto colocado à disposição, oriente sobre como
acessá-lo. Coloque a Embrapa à disposição, diga
qual o setor que deve ser procurado. Dependendo
da entrevista e do assunto, você pode indicar uma
visita ao Portal ou contato com o SAC, por exemplo.
» Forneça o nome de fontes que possam colaborar com
a reportagem e diga de que maneira se pode contatá-
los. Se possível, indique quem já utilizou o trabalho.
» Atenção com perguntas que contenham teses, in-
formações, hipóteses ou pressupostos dos quais
discorde. Nesses casos, afirme claramente que não
concorda antes de responder.
40
» Evite evasivas. Se não souber, simplesmente diga
que não tem a informação. Se tiver dúvidas, revele.
Se surgir assunto de especialidade de um colega,
procure colocá-lo em contato com o jornalista. Mas,
caso você saiba a resposta, não há por que não res-
ponder. E dê o crédito: “O pesquisador tal fez um
trabalho sobre isto e concluiu que...’’. Dê o contato
e deixe ao repórter a iniciativa de procurar a fonte.
» Ao responder a uma pergunta, evite dizer que “tal
informação está no texto tal” ou “leia tal texto que
você vai entender”. O material de apoio é importante,
mas procure fazer com que o jornalista compreenda
o assunto por meio de sua explicação. Os resultados
serão melhores.
Nunca critique a imprensa,
outros jornalistas ou veículos
para um repórter.
41
» Não estranhe se o jornalista repetir perguntas ou re-
tomar um assunto. Provavelmente ele não entendeu
ou quer mais detalhes. É melhor explicar novamente
do que ver veiculadas informações erradas.
» Se o jornalista fizer várias perguntas de uma só vez
ou fizer uma pergunta vaga, simplesmente respon-
da o que você acha relevante dentro do que foi
perguntado. Mais importante que a pergunta é a
resposta.
» Como regra geral, dê ao jornalista apenas informa-
ções que possam ser veiculadas. Especialmente
quando você não conhece o repórter, há o risco de
qualquer informação tornar-se pública, inclusive o
que for dito antes e depois da entrevista. Se algo
não deve ser divulgado ou pode ser mal-interpre-
tado, não fale. Caso você não possa falar sobre
um assunto, explique o motivo. O recurso do off,
ou seja, dar uma informação combinando com o
jornalista que não publique a fonte ou a informação,
não é recomendável.
42
» Nunca critique a imprensa, outros jornalistas ou veí-
culos para um repórter.
» Evite polemizar ou discutir temas controversos – a
não ser que seja este o objetivo.
» Evite usar a palavra “projeto”. Prefira pesquisa ou
diga algo como “estamos implantando”, “estamos
fazendo”, “estamos desenvolvendo”. Projeto é con-
ceito interno que, fora da Embrapa, tende a ser in-
terpretado como documento, intenção, algo a ser
iniciado.
» Jornalistas priorizam material inédito. Evite sugerir
que busquem uma foto, imagem ou reportagem já
veiculada.
» Sempre que tiver oportunidade, cite fatos, exemplos,
casos, dados. Faça comparações.
» Coloque-se à disposição para que o jornalista pos-
sa tirar alguma dúvida a qualquer momento. Dê seu
cartão e, se julgar conveniente, o número do celular.
43
» Uma reportagem com bom visual é mais atraente ao
público. Por isso, prepare o ambiente para o repór-
ter cinematográfico ou fotógrafo sem que se perca
a naturalidade. Uma estante, um laboratório ou área
experimental ao fundo tornam a imagem mais in-
teressante do que um armário ou uma parede, por
exemplo.
» Enquanto o fotógrafo ou o repórter cinematográfico
fizer seu trabalho, fique à vontade e dirija-se com na-
turalidade ao entrevistador. Olhe para a câmera ape-
nas se tiver orientação específica para isso.
» Se determinada informação não está à disposição
no momento, combine de enviá-la quando possí-
vel. Procure remeter material de fácil compreensão,
o que diminuirá as chances de erros. Também não
se esqueça de que os veículos de comunicação têm
prazo rígido de fechamento. É importante que che-
gue no prazo combinado.
» Nunca peça para ler o texto antes de ser publicado,
muito menos anotações. O jornalista verá o gesto
44
como falta de confiança e não o atenderá. É respon-
sabilidade do entrevistado esclarecer suficientemen-
te o jornalista. Se tiver receio sobre a compreensão
do entrevistador quanto ao assunto, coloque-se à
disposição para tirar eventuais dúvidas no momento
da redação ou edição da matéria. Também chame
atenção do assessor de imprensa para o fato.
» Em situações em que a Embrapa é procurada no
mesmo momento por grande número de jornalistas,
é importante estabelecer uma estratégia de atendi-
mento. As principais recomendações para a gestão
de uma situação deste tipo são: apenas uma pes-
soa deve centralizar o atendimento; também apenas
uma pessoa presta esclarecimentos – e ela deve ser
preparada para isto. Nota técnica, nota oficial e Per-
guntas & Respostas costumam ser úteis. Vale a pena
produzir antecipadamente documentos desse tipo,
mesmo que não tenhamos certeza se iremos utili-
zá-los. A rapidez e qualidade da informação dispo-
nibilizada ao público é essencial para evitar boatos,
especulações e conclusões equivocadas.
45
Recomendações para entrevistas em rádio
e TV
O rádio e a TV têm um grande efeito multiplicador de
informação e estão ao alcance da maioria da população.
Geralmente o rádio oferece mais tempo para a en-
trevista, o que permite melhor compreensão do as-
sunto, envolvimento e motivação das pessoas. É um
veículo que possibilita maior explicação e análise. Ao
mesmo tempo, facilita a desconcentração do ouvinte,
que geralmente está envolvido com outras tarefas. O
programa e o entrevistado é que têm que manter o ou-
vinte interessado.
Na televisão, o estímulo principal é visual e, por isso,
é importante que haja boas imagens. Também é difícil
aprofundar um assunto, pois as reportagens costu-
mam ser curtas, com no máximo 60 segundos. Assim,
as entrevistas servem mais para despertar o interesse,
transmitir orientações básicas e estimular a busca de
outras informações.
» Se a entrevista for na sede do veículo de comu-
nicação, chegue com antecedência – algo como
20 minutos. Se possível, procure conversar com o
46
jornalista, pergunte sobre o tempo disponível e in-
forme os principais pontos de sua exposição.
» Maximize a entrevista. Estabeleça uma ideia clara do
que quer informar, o tipo de público do programa e
de que forma transmitirá a mensagem para atingi-
-lo de forma eficiente. Lembre-se de que não vale a
pena tentar falar sobre tudo num veículo de comuni-
cação. Identifique previamente o que é relevante ao
público, o que o afeta, estabeleça uma abordagem
clara, objetiva, que faça sentido para ele e procure
focar nesta mensagem. É importante saber sobre
interesses e necessidades do público para facilitar
a comunicação.
» Imagine frases que sintetizem o que é importante ser
dito. Não há necessidade de decorar, mas de ter cla-
reza da mensagem essencial que deve ser compre-
endida pela audiência.
» Lembre-se de que, provavelmente, a maioria das
pessoas que vai escutá-lo tem muito pouco conhe-
cimento do tema sobre o qual você tratará.
47
» Não comece a resposta por antecedentes, contexto,
justificativa. Vá direto à essência: o mais importante,
o impacto, a novidade, a solução. Responda ime-
diata e objetivamente à pergunta e dê os detalhes
depois, se for perguntado ou tiver oportunidade.
» Longos raciocínios tornam-se difíceis de acompa-
nhar. O ideal é procurar responder cada pergunta de
forma sintética, com frases curtas. Com a prática,
fica fácil e a entrevista torna-se mais dinâmica e in-
teressante. No caso da TV, se as respostas forem
extensas, o editor pode optar por cortar trechos, au-
mentando as chances de sua principal mensagem
não ser veiculada.
Vá direto à essência:
o mais importante, o
impacto, a novidade,
a solução.
48
» Não tema ser simples. É melhor que não ser com-
preendido. Use palavras acessíveis à maioria das
pessoas e dê respostas curtas e objetivas. Seja cla-
ro, breve, didático. Prefira palavras de uso cotidiano,
comuns. Evite jargões e termos técnicos. Lembre-se
de que você provavelmente se comunica com um
público não especializado. No teatro, o ator “fala”
para o espectador da última fila. Foque no público
menos informado e todos irão compreendê-lo.
» Às vezes, os que têm maior dificuldade de compre-
ender são os que mais necessitam da informação.
Use frases curtas e simples. Evite palavras estrangei-
ras, pouco usuais e abstrações.
» Vale a pena discorrer sobre o processo que resultou
na novidade ou a metodologia empregada? Muitas
vezes esta descrição confunde ou distrai e, se com-
preendida, dilui a mensagem principal.
» Ao falar, adote o ponto de vista do público e leve
em consideração o nível de conhecimento médio so-
bre o assunto. Mostre como a informação afeta as
49
pessoas. Se elas não se identificarem com o tema,
provavelmente perderão o interesse.
» Tenha sempre uma fala orientada por soluções. As
pessoas esperam respostas, orientações, resulta-
dos, esclarecimentos da Embrapa.
» Use linguagem coloquial e procure fazer com que a
entrevista seja como uma conversa. As informações
têm que ser dadas de forma simples e prática e não
como em uma palestra.
» Responda com energia, entusiasmo. Use gestos
para enfatizar. Fale positivamente. Atitude é tão im-
portante quanto argumento.
» Não se preocupe em ocupar o silêncio. Fale objeti-
vamente o que tem que falar e pare. Aguarde o jor-
nalista fazer nova pergunta. Não siga falando apenas
porque ele balança positivamente a cabeça.
» Olhe o interlocutor nos olhos. Se estiver sentado, fi-
que ligeiramente voltado para a frente, mantenha as
50
mãos abertas, postura ereta, gesticule à vontade,
mas não acima do peito, nem muito para a frente ou
para os lados.
» Se errar, apenas corrija e siga em frente.
» Procure chamar o entrevistador pelo nome, sempre
que possível e se tiver certeza de que não irá errar.
» Se a precisão não for fundamental, arredonde cifras
e números. Fica mais fácil compreender.
» Evite citar siglas comuns na Embrapa ou em sua
especialidade, mas provavelmente desconhecidas
para o público.
Tenha sempre
uma fala orientada
por soluções.
51
» É bom saber o tempo disponível para a entrevista, a
fim de organizar melhor a exposição.
» Em entrevistas para noticiários de TV, uma boa res-
posta tem aproximadamente 20 segundos. Se a fala
for longa, pode ser editada, e ficar confusa para o
telespectador. Em programas de rádio, é possível
utilizar um tempo maior, mas não muito.
» Não receie reafirmar para enfatizar uma ideia ou in-
formação que seja relevante para o público.
» Seja simpático e agradável, mesmo que não esteja
gostando da condução da entrevista.
» Ao gravar a entrevista, talvez seja melhor desligar
ar-condicionado, telefone e pedir para não ser inter-
rompido.
» Mesmo ao vivo, se não entender a pergunta, peça
para repetir.
» Se há necessidade de dar orientações ao público,
52
forneça o “comando”, ou seja, diga claramente o que
tem que ser feito.
» Se o entrevistador der oportunidade para você con-
cluir, sintetize objetivamente a ideia principal e reforce
os aspectos mais importantes do tema abordado. E
não se esqueça de agradecer ao final.
» Mesmo veículos de comunicação pouco conhecidos
podem ter audiência expressiva. Não deixe de dar
entrevistas para eles.
» Fale pausadamente, como se estivesse em uma
conversa informal. Evite ler ou decorar um texto. Isso
prejudica a comunicação pela perda da naturalidade
e mais atrapalha do que ajuda o entrevistado.
» Evite começar a resposta com a repetição da pergun-
ta. Também não comece a resposta dando a entender
que é óbvia: “Evidente...”, “Como disse antes...”, “Re-
petindo...”. Evite também afirmar “como já disse an-
tes”, “Repetindo o que disse...”, “Como já falei...”, “Não
ficou bem claro...”, “Acho que você não entendeu...”.
53
» Evite citar o nome da Unidade. Utilize apenas “Em-
brapa”. Isso economiza tempo, facilita a compreen-
são e valoriza toda a Empresa. Não esqueça de citar
eventuais parceiros da pesquisa, se for o caso.
» Vista-se com sobriedade e naturalidade. As informa-
ções têm que chamar atenção e não sua aparência.
E nunca use óculos escuros.
» Se o jornalista pedir para refazer uma parte ou toda a
entrevista, procure colaborar. O resultado certamen-
te será melhor.
Depois da entrevista
» Avalie o resultado da entrevista com o assessor de
imprensa. É um procedimento útil para aprendiza-
gem. Verifique como a notícia foi veiculada, o des-
taque que teve, os aspectos que chamaram mais
atenção do jornalista e as fontes consultadas. A ro-
tina de analisar como as notícias são apresentadas
ajuda a melhor compreender os interesses e proce-
dimentos da imprensa.
54
» Não espere que o jornalista produza a reportagem
exatamente como você imaginou. Os veículos de
comunicação têm sua própria maneira de apresentar
um tema. O importante é que não haja erro de con-
teúdo e que a mensagem principal seja transmitida.
» Não se iniba de dar várias vezes a mesma resposta ou
atender a muitas entrevistas sobre o mesmo assunto.
Se os jornalistas desejam ouvi-lo é porque julgam im-
portante que suas informações cheguem ao público
que querem alcançar. Ao mesmo tempo, é muito im-
portante reafirmar a mensagem, reforçar conceitos e
dar informações ao máximo de veículos para alcançar
um público amplo e fixar as informações relevantes.
A rotina de analisar
como as notícias são
apresentadas ajuda a
melhor compreender os
interesses e procedi-
mentos da imprensa.mentos da imprensa.
55
» Em casos muito especiais, depois de veiculada a re-
portagem, telefone cumprimentando o jornalista ou
escreva um e-mail oficializando sua satisfação.
» Vocêpodepromoverecompartilhar areportagem nas
redes sociais como forma de ampliar a divulgação ou
promover a discussão sobre o assunto. Avalie com
o NCO.
» Caso um veículo de comunicação divulgue informa-
ções equivocadas, analise as possíveis repercus-
sões antes de qualquer providência. Em geral, su-
perestimamos seu impacto. No caso de induzirem
a erro de interpretação, avalie com o assessor de
imprensa. O NCO pode, por exemplo, providenciar
um texto mostrando a importância da retificação e
pedindo correção.
» Não fique decepcionado se uma reportagem não
for veiculada, apresentar poucas citações da fonte
de informação ou sair muito pequena. Muitas vezes,
por vários motivos, mesmo uma boa pauta pode ser
cancelada ou encontrar pouco espaço disponível. O
56
mais importante é que o jornalista tenha compreen-
dido sua exposição e que a informação chegue cor-
retamente ao público.
Redigindo um artigo
O release é um texto objetivo, elaborado a partir de
técnica jornalística, informando sobre a novidade, seu
contexto, detalhes, impacto. Ele é produzido por as-
sessores de imprensa a partir de técnica específica.
Outra alternativa para informar a sociedade são os artigos
produzidos especialmente para a imprensa – e eles po-
dem ter aproveitamento e repercussão surpreendentes.
Ao contrário do que geralmente
ocorre numa matéria jornalística,
nem sempre a novidade é o que
mais interessa.
57
A diferença entre as matérias jornalísticas e os artigos é
que estes são assinados e transmitem opinião, posição
ou análise do autor sobre determinado tema, não so-
frendo intervenção no conteúdo.
Os artigos não são úteis apenas para informar
novos conhecimentos. Eles podem abordar alertas,
tratar questões antigas e um tanto esquecidas,
abordar questões políticas, contextos, explicar e
aprofundar a posição dos dirigentes ou pesquisadores
sobre assunto específico.
Ao contrário do que geralmente ocorre numa ma-
téria jornalística, nem sempre a novidade é o que mais
interessa. Uma boa análise pode ser muito relevante.
O assessor de imprensa possui habilidade para
ajudar a produzir o artigo. Ele pode redigir uma mi-
nuta a partir de informações disponíveis, entrevistar o
pesquisador e então produzir uma primeira versão do
texto ou mesmo ajudar na edição do conteúdo.
É importante considerar que alguns veículos so-
mente aceitam artigos inéditos. Para a maioria, a
exclusividade não é tão importante. Por isso, pode-
se enviar o mesmo texto para diversos veículos ao
mesmo tempo.
58
Sugestões para a redação
» Título com o mínimo de palavras. Pense em um título
atraente, forte, de ação, que sintetize o assunto com
objetividade, que desperte o interesse pela leitura.
» Elabore parágrafos curtos (algo como cinco a sete
linhas). Frases também curtas, com poucas vírgulas.
» Quanto mais adaptado ao veículo, mais chance de
ser publicado. Jornais menores preferem artigos
mais curtos, enquanto sites, grandes jornais e as
revistas têm maior disponibilidade de espaço. O ta-
manho típico está em torno de quatro mil caracteres,
incluindo espaços em branco. Se for produzir texto
para um veículo específico, pergunte o tamanho.
» Tente começar com uma frase ou trecho forte, atra-
tivo, instigante, algo que desperte o interesse em se-
guir em diante.
» Evite conceitos abstratos ou fazer relatos de determi-
nada pesquisa. Dê uma visão abrangente ao assun-
to, dirija-se ao leitor comum e considere que prova-
59
velmente tenha pouco conhecimento sobre o tema.
Fale de desafios, situações, mostre o problema em
questão, como as pessoas são afetadas.
» Possibilidades do roteiro: Apresentação do Tema/
Problema, Importância, Contexto, Alternativas, Solu-
ção, Exemplo, Conclusão.
» A Embrapa é conhecida por dar respostas a neces-
sidades da sociedade. Evite artigos que apresentam
situações, problemas e dificuldades, mas não trazem
soluções ou alternativas.
» Use números que ajudem a compreender o assunto,
mas poucos e com significado para as pessoas.
» Sugere-se que na redação, logo abaixo do título, à
direita, seja colocado em uma linha o nome do autor
e abaixo: “Pesquisador da Embrapa”.
» Não sublinhe ou coloque maiúsculas para destacar
algo. Também evite pontos de exclamação. Não use
notas de rodapé.
60
» Veículos de comunicação de massa não são ideais
para detalhar aspectos técnicos, apresentar meto-
dologia, teorias e descrições complexas. Evite eru-
dição, citações bibliográficas, jargões, nomes ou ter-
mos científicos.
» Elimine palavras desnecessárias, substitua ou ex-
plique as pouco conhecidas. Evite lugares-comuns,
banalidades, redundâncias, clichês.
» Prefira palavras de uso comum. Entre duas palavras,
escolha a mais comum. Entre duas comuns, use a
menor. Lembre-se de que os artigos deverão ter a
mesma facilidade de compreensão de qualquer outra
notícia do jornal. Simplificar é o ideal.
» Não se esqueça de pedir para um profissional do
NCO examinar o texto e verificar questões relaciona-
das à adequação de linguagem, estrutura de abor-
dagem, adaptação ao público. Ele pode dar boas
recomendações. Depois de redigido, um bom truque
é ler o texto em voz alta para verificar a fluência. Lem-
bre-se da revisão gramatical.
61
» Artigos para a imprensa que eventualmente passem
por Comitê Local de Publicações ou algum tipo de
processo de avaliação técnica devem ter seu trânsito
agilizado. Também é importante considerar que este
tipo de texto tem característica bastante diferente
de um artigo científico e não deve ser submetido
aos mesmos critérios de análise. Os artigos para a
imprensa são voltados para o público em geral ou
para conhecedores do tema (caso das revistas
especializadas). Em ambos os casos, devem ter
linguagem e abordagem diferente dos textos para
publicações científicas.
Quando fazer uma coletiva?
A entrevista coletiva é um recurso que deve ser utilizado
com muito cuidado. Deve-se considerar que os jornalis-
tas terão que se deslocar em determinado horário para
certo lugar, deixando de realizar outras tarefas. Assim, o
tema tem que ser realmente importante.
A organização de uma entrevista coletiva deve contar
com uma avaliação preliminar do NCO e informação à
Secom. Coletivas de grandes autoridades costumam ter
62
boa presença. Em outros casos tem sido cada vez mais
difícil. Por isso, sempre que possível, devem ser evita-
das. Uma solução é fazer uma série de entrevistas com
diferentes veículos em horários diferentes.
Se optar pela coletiva, tome os seguintes cuidados:
» Imagine as perguntas que serão feitas e prepare-se
para elas.
» Avalie com o assessor sobre como será a forma de
condução (por exemplo: apresentação dos entrevis-
tados, sequência, tempo de duração, forma de dirigir
as perguntas). Algumas dessas informações deverão
ser dadas pelo assessor aos jornalistas já na abertu-
ra da coletiva.
» Na apresentação inicial deixe bastante clara a novi-
dade, a mensagem principal.
» Fale apenas o suficiente para que as informações re-
levantes e a mensagem sejam compreendidas. En-
tão, dê início ao momento das perguntas.
63
» Vale enfatizar novamente: seja simples e objetivo. E
use todos os recursos didáticos possíveis.
» Não prolongue a apresentação inicial. Algo como 10
minutos costuma ser suficiente.
» Se for o caso, deixe uma outra pessoa disponível
para responder a questões específicas.
» Dê o mesmo tratamento a todos, independentemen-
te do veículo que representam.
» Garanta material didático e de fácil compreensão
para ser entregue.
» Atrasar a coletiva para esperar um ou mais jornalistas
é razoável, desde que por alguns minutos.
» Se for solicitado, fique à disposição depois da co-
letiva para fornecer entrevistas individuais, principal-
mente para rádios e TVs.
» Procure atender até mesmo os repórteres que te-
nham chegado depois do horário. Atrasos, nesta
atividade, muitas vezes são inevitáveis.
64
Independentemente do veículo,
dê o mesmo tratamento a todos.
» Veículos de comunicação de massa não são ideais
para detalhar aspectos técnicos, apresentar meto-
dologia, teorias e descrições complexas. Evite eru-
dição, citações bibliográficas, jargões, nomes ou
termos científicos.
» Elimine palavras desnecessárias, substitua ou ex-
plique as pouco conhecidas. Evite lugares-comuns,
banalidades, redundâncias, clichês.
» Prefira palavras de uso comum. Entre duas palavras,
escolha a mais comum. Entre duas comuns, use a
menor. Lembre-se de que os artigos deverão ter a
mesma facilidade de compreensão de qualquer ou-
tra notícia do jornal. Simplificar é o ideal.
» Não se esqueça de pedir para um profissional do
NCO examinar o texto e verificar questões relaciona-
das à adequação de linguagem, estrutura de abor-
65
dagem, adaptação ao público. Ele pode dar boas
recomendações. Depois de redigido, um bom tru-
que é ler o texto em voz alta para verificar a fluência.
Lembre-se da revisão gramatical.
Impressão e acabamento
Embrapa Informação Tecnológica
Jornalistas frequentemente buscam informações na Embrapa
sobre temas relacionados a ciência e tecnologia e, principalmente,
sobre as consequências de suas pesquisas na qualidade de vida
das pessoas.
Essa demanda resulta em dois fatores positivos: dá maior visi-
bilidade às ações da Empresa e aumenta nossa responsabilidade
em relação à precisão e à forma como essas informações são
transmitidas.
Com o objetivo de facilitar o relacionamento com a mídia e
melhorar a qualidade da informação transmitida à sociedade,
apresentamos a obra Pesquisa & Imprensa: orientações para um
bom relacionamento, já na 3ª edição, revista e ampliada. O guia
destina-se, naturalmente, a todos os empregados da Embrapa
que venham a ter contato com jornalistas e produtores de
conteúdo destinado à sociedade em geral.
É muito importante que cada potencial fonte de informações
de nossa Empresa conheça todo o conteúdo desta publicação,
qualificando-se, assim, para veicular informações adaptadas às
exigências dos interessados.
A sociedade precisa dessa contribuição. E a merece. CGPE12790
ISBN:978-85-7035-559-1

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  • 1. Pesquisa & Imprensa Jorge Duarte 3ª edição revista e ampliada Orientações para um bom relacionamento
  • 2. Pesquisa & Imprensa Jorge Duarte 3ª edição revista e ampliada Embrapa Brasília, DF 2016 Orientações para um bom relacionamento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Secretaria de Comunicação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • 3. Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Secretaria de Comunicação Parque Estação Biológica Av. W3 Norte (Final) 70770-901 Brasília, DF Fone: (61) 3448-4012| Fax: (61) 3448-4207 www.embrapa.br www.embrapa.br/fale-conosco/sac Revisão de texto Marcela Bravo Esteves Projeto gráfico e editoração eletrônica Guilherme A. F. de Carvalho Foto da capa Freeimages.com 1ª edição 1ª impressão (1994): 3.000 exemplares 2ª impressão (1994): 1.000 exemplares (parceria USP) 3ª impressão (1998): 3.700 exemplares (parceria Unesp) 2ª edição 1ª impressão (2005): 10.000 exemplares 3ª edição 1ª impressão (2016): 5.000 exemplares Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Informação Tecnológica Duarte, Jorge. Pesquisa e imprensa : orientações para um bom relacionamento / Jorge Duarte. – 3. ed. rev. e ampl. - Brasília, DF : Embrapa, 2016. 65 p. : il. color. ; 10,0 cm x 13,8 cm. ISBN 978-85-7035-559-1 1. Comunicação de massa. 2. Relações públicas. 3. Jornalismo. 4. Rádio. 5. Televisão. 6. Telecomunicação. I. Título. II. Embrapa. Secretaria de Comunicação. CDD 070.172 ® Embrapa 2016
  • 4. 3 Autor Jorge Duarte Graduado em Jornalismo e em Relações Públi- cas, doutor em Comunicação Social, analista da Embrapa, Brasília, DF
  • 5.
  • 6. Apresentação Os profissionais da Embrapa convivem com ciência, tecnologia e inovação em um ambiente dinâmico e desafiador, consequência tanto de transformações sociais como da presença de temas cada vez mais complexos. O que se mantém é uma constante neces- sidade de diálogo com a sociedade. Temos um desafio gigantesco que é contar a cada dia o que nossa organização faz, explicar sua visão, mostrar como acessar e utilizar os resultados que pro- duzimos. Precisamos dizer para a sociedade o impacto do nosso trabalho e como a ciência transforma a vida. O uso consciente e estratégico da comunicação nesseambienteéfundamentalparaajudaraestabelecer, fortalecer e viabilizar as opções de nossa organização. A comunicação é capaz de garantir o compartilhamento de visões, a articulação com diferentes parceiros, o diálogo. Além disso, permite despertar o interesse, o acesso e garantir a compreensão das informações divulgadas. Também possibilita interagir de forma cada vez mais intensa e ativa não apenas para mostrar o que há de novo, mas para conhecer expectativas,
  • 7. necessidades e exigências da sociedade. Ela amplia a autonomia do cidadão e a capacidade de encontrar as respostas necessárias para o desenvolvimento do País. A imprensa, em geral, e o jornalista, em particular, são intermediários fundamentais nos processos de co- municação. Esses profissionais ajudaram a Embrapa a alcançar a reputação que hoje possui e permanecem contribuindo com a divulgação do que nossa Empre- sa faz, como atua, quais seus resultados e impactos e que soluções oferece. A efetiva inclusão da interação com a imprensa nas rotinas de nosso trabalho continua não sendo opção. A Embrapa, como detentora pública de conhecimento especializado, comprometida com a excelência, assu- me naturalmente a responsabilidade de interagir com a sociedade tendo a imprensa como um dos interlocuto- res mais relevantes. A primeira edição do Pesquisa & Imprensa foi lançada em 1994. As sucessivas reimpressões mostram um esforço de garantir a compreensão sobre as características e o papel da imprensa como interlocutora privilegiada da sociedade, oferecendo
  • 8. recomendações sobre como obter uma interação mais produtiva entre a Embrapa e a imprensa. Agora, atualizado, segue apresentando, de maneira simples e prática, orientações sobre como atender à imprensa e como melhor aproveitar as oportunidades oferecidas pelo jornalista na busca de informação para seu público. Esta publicação destina-se a todos os empregados da Embrapa que possam ter algum tipo de contato com jornalistas e produtores de conteúdo. É muito im- portante ler esta obra e ficar preparado para ajudar na qualificação da informação que alcança nossos vários públicos. Precisamos estar habilitados para aproveitar toda e qualquer oportunidade oferecida pela imprensa. Além de atender às demandas rotineiras dos jornalistas, de- vemos ter a iniciativa de fazer com que o resultado seja claro, compreensível e adaptado ao conhecimento e às exigências dos interessados. A sociedade precisa e merece. Gilceana Galerani Chefe da Secretaria de Comunicação
  • 9.
  • 10. Sumário Introdução ...............................................................................................11 Definições ................................................................................................12 Por que a imprensa é importante? .........................................14 O papel do assessor de imprensa ..........................................16 O que é Notícia ...................................................................................19 Preparação ..............................................................................................21 Recebendo o jornalista ...................................................................28 Atendendo o jornalista ....................................................................34 Recomendações para entrevistas em rádio e TV ........45 Depois da entrevista .........................................................................53 Redigindo um artigo .........................................................................56 Sugestões para a redação ..........................................................58 Quando fazer uma coletiva? .......................................................61
  • 11.
  • 12. 11 Introdução A Embrapa é procurada regularmente pela impren- sa para fornecer informações sobre assuntos ligados à ciência e à tecnologia, sobre pesquisas e sobre as consequências do seu trabalho na vida das pessoas. Se por um lado essa demanda possibilita maior visibili- dade às ações da Empresa, por outro aumenta nossa responsabilidade com jornalistas e o público a quem a informação se destina. Com o objetivo de facilitar o relacionamento e me- lhorar a qualidade da informação transmitida à socie- dade, apresentamos o manual Pesquisa & Imprensa. Trata-se de uma publicação destinada a todos os em- pregados da Embrapa que possam ter algum tipo de contato com jornalistas e produtores de conteúdo des- tinado à sociedade em geral. As orientações aqui contidas não são regras rígi- das, típicas de manuais de procedimentos. São reco- mendações gerais, por reconhecermos que existe um grande número de variáveis que podem ser considera- das em cada caso, inclusive o contexto e a experiência dos assessores de imprensa e técnicos envolvidos no
  • 13. 12 O importante é que todos os empregados da Embrapa estejam preparados para atuar como interlocutores da imprensa. atendimento. O importante é que todos os emprega- dos da Embrapa estejam preparados para atuar como interlocutores da imprensa e das pessoas que buscam informações, em benefício não apenas do interessado que nos procura, mas também da Embrapa, da ciência e, principalmente, da sociedade. Definições Nesta publicação, utilizamos o termo imprensa para designar jornalistas da mídia tradicional e também blo- gueiros, editores de web e produtores de conteúdo para redes sociais digitais. Apenas por simplificação, nominamos como jor- nalista qualquer profissional que busque informações para transmissão em veículos de comunicação como os citados. Muitos dos que interagem com a Embrapa talvez não tenham atuação profissional vinculada a um
  • 14. 13 veículo de imprensa tradicional, mas isto é indiferen- te, se possuem capacidade de reproduzir informações oriundas da pesquisa para um público mais amplo. Do mesmo modo, o profissional de comunicação da Embrapa responsável pelo relacionamento com a imprensa é um jornalista, mas aqui será chamado, para simplificação, de assessor de imprensa, um dos papéis que desempenha em nossa organização. Utilizamos o termo imprensa para designar jornalistas da mídia tradicional e também blogueiros, editores de web e produtores de conteúdo para redes sociais digitais.
  • 15. 14 Por que a imprensa é importante? A imprensa é um público bastante tradicional da Em- brapa e, historicamente, ajuda nossa empresa a cum- prir sua missão. O jornalista exerce um tipo de manda- to da sociedade para perguntar, questionar e expor a atuação dos atores sociais, apresentando novidades e estabelecendo o debate público. Ele pode ser fonte de informação para a sociedade ou segmentos de públi- co sobre a atuação e avanços tecnológicos gerados, ajudando na prestação de contas, na transparência, na conquista de parceiros e de apoio institucional. Tam- bém fornece subsídios regulares que são úteis na ava- liação de cenário, de contexto, e na identificação de problemas de pesquisa. Tem a capacidade de alertar sobre riscos, disseminar técnicas, orientar usuários, fornecer subsídios para políticas públicas. A imprensa forma uma instância de debate e troca de informações que serve como controle de qualidade na gestão pública. Divulgando o que faz e mantendo um relacionamento adequado com a imprensa, a Embrapa se fortalece, levando informações à sociedade e demonstrando sua contribuição ao País.
  • 16. 15 Há, ainda, a responsabilidade da Embrapa, como empresa pública, de informar o cidadão com qualida- de suficiente que garanta o exercício da cidadania, o acesso aos serviços e informações de interesse públi- co, a transparência de suas ações e a prestação de contas sobre suas atividades. Atender jornalistas pode ser, eventualmente, um desafio para quem não está acostumado a lidar com entrevistas, mas sempre é uma oportunidade de levar informações para a sociedade. Por isso, deve ser par- te da rotina do pesquisador, do gestor e de todo em- pregado estar disponível e preparado para divulgar à sociedade, pela imprensa, o trabalho que realiza e os resultados que busca ou obteve. A imprensa forma uma instância de debate e troca de informações que serve como controle de qualidade na gestão pública.
  • 17. 16 É importante conhecer a forma de atuação e ca- racterísticas do trabalho jornalístico, não apenas para divulgar de maneira precisa o resultado da pesquisa, mas também para ajudar a sociedade a compreender melhor a contribuição da ciência para o desenvolvi- mento social e como ela afeta seu dia a dia. O papel do assessor de imprensa O assessor de imprensa da Embrapa desempenha uma atividade técnica e especializada do jornalismo. É imprescindível que o assessor de imprensa esteja atualizado quanto a novidades, andamento das pesqui- sas, agenda de eventos, temas prioritários, decisões ge- renciais e tudo aquilo que possa ser de interesse tanto para a imprensa quanto para os empregados ou públi- cos específicos. Mais do que divulgador, ele deve atuar como um estrategista capaz de ajudar na tomada de decisões envolvendo comunicação de interesse público. Quanto melhor acompanhar o que acontece na Empre- sa, mais capaz será de desempenhar suas funções. Ele é, junto à imprensa, um “explicador” sobre a Embrapa e, na Embrapa, um facilitador para os jornalistas.
  • 18. 17 Seu papel inclui manter contato regular com as re- dações, conhecer jornalistas, editores, seus interesses e necessidades. Ele tem a responsabilidade de definir estratégias e acompanhar as ações relacionadas à di- vulgação jornalística das informações geradas na Em- presa. Se um pesquisador avalia que um assunto pode despertar interesse público e ser conhecido por meio de veículos de comunicação, deve procurar o asses- sor. Ele analisará o tema e discutirá alternativas para dar tratamento jornalístico ao assunto. O assessor de imprensa atende à imprensa a partir da especificidade de perfil e necessidades de cada O assessor de imprensa atende à imprensa a partir da especificidade de perfil e necessidades de cada veículo.
  • 19. 18 veículo. Ele tem a responsabilidade de orientar, preparar, acompanhar e subsidiar o pesquisador, ou dirigente, em entrevistas, inclusive na definição de mensagens. Ele também é responsável por atender e encaminhar os jornalistas às melhores fontes de informação sobre cada assunto e intermediar contatos com a Secretaria de Comunicação (Secom). Ajuda ainda a divulgar novidades científicas e tecnológicas, apresenta fatos da Embrapa para a imprensa, identifica e cria oportunidades de divulgação, propõe e minuta artigos. Também produz regularmente conteúdo noticioso próprio, inclusive para o público interno, utilizando técnica jornalística para chamar atenção, informar e explicar o que está ocorrendo. Pelas características de seu trabalho, que exige rapidez, capacidade de síntese e precisão, ele precisa ter estrutura de apoio e fácil acesso a informações, setores e pessoas. A agilidade é fundamental para o sucesso do seu trabalho, já que a informação tem prazo de validade para tornar-se notícia e as demandas da imprensa, em geral, exigem respostas rápidas e adaptadas ao formato do veículo. Assim, quanto menos pessoas necessitar consultar para obter uma informação ou mostrar um texto, mais eficaz será seu trabalho.
  • 20. 19 O que é Notícia O Dicionário de Comunicação, de Carlos Alberto Raba- ça e Gustavo Bastos, define Notícia como o “relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e impor- tância para a comunidade, e capaz de ser compreen- dido pelo público”. Para interessar aos jornalistas e se tornar notícia, devem estar presentes, pelo menos, as seguintes características: » Ser novidade. É fundamental que a informação seja nova e atual para o público a que se destina. Informações já divulgadas têm menos chances de interessar. Mas um novo enfoque, forma de apresen- tação ou atualização aumentam a possibilidade de aproveitamento. » Ser de interesse do público. O jornalista vai avaliar se um assunto é importante pelo grau de impacto que pode causar no público. É um critério subjetivo que pode ser medido pela qualidade e oportunida- de das informações. As pessoas querem saber, por exemplo, assuntos que as afetam diretamente, o que
  • 21. 20 está acontecendo próximo a elas, ter informações úteis, interessantes, significativas. Por isso, uma no- tícia que mostre como o público é afetado terá mais chance de ser aproveitada. Importante considerar que, em geral, cada veículo tem uma audiência dife- renciada. A avaliação e o tratamento da informação pelo jornalista são feitos em função do interesse e das expectativas dessa audiência. É importante saber identificar o que é notícia e ten- tar atender à necessidade do jornalista. Um assessor de imprensa sabe que não deve pautar um assunto que não é de interesse de determinado veículo, quan- do não há informação suficiente ou, simplesmente, não É mais importante atender à necessidade de informação da sociedade do que à necessidade de visibilidade da organização.
  • 22. 21 é notícia. Também sabe que mais importante que a quantidade de notícias veiculadas é o impacto que po- dem causar por despertar a atenção do público. Afinal, é mais importante atender à necessidade de informa- ção da sociedade do que à necessidade de visibilidade da organização. É fundamental produzir informação relevante de for- ma adaptada, atrativa e didática, de maneira a desper- tar o interesse do público e garantir a compreensão. Preparação » A Embrapa busca ter presença relevante na impren- sa. Para isso, deve estar disponível, atendendo os jornalistas com o máximo de rapidez, com respeito e clareza, a fim de facilitar seu trabalho. Todos os empregados, e não apenas quem dá entrevistas, de- vem ser orientados sobre a importância da imprensa e como facilitar seu atendimento. » Qualquer jornalista que entrar em contato com a Em- brapa deve ser encaminhado imediatamente para o Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO),
  • 23. 22 área especializada no atendimento à imprensa nas Unidades descentralizadas, ou para a Secretaria de Comunicação (Secom), na Sede. Esta área deve arti- cular e garantir a qualidade do atendimento. Nenhu- ma entrevista deve ser realizada sem conhecimento, acompanhamento ou intermediação do NCO ou do assessor de imprensa. » O primeiro contato do jornalista deve ser com o as- sessor de imprensa, que poderá organizar um roteiro para atendimento de suas necessidades. Conhe- cedor da Instituição, horários, pessoas e assuntos, buscará facilitar o trabalho do repórter e garantir que ele tenha a melhor informação disponível. O asses- sor de imprensa é o responsável pela recepção e por Nenhuma entrevista deve ser realizada sem conheci- mento, acompanhamento ou intermediação do NCO ou do assessor de imprensa.
  • 24. 23 conduzir eventuais visitas a campos experimentais ou laboratórios. Além disso, deverá orientar o en- trevistado sobre pauta, ajudará na organização de subsídios, discutirá possibilidades de abordagem e a melhor forma de apresentar o assunto. Assim, jorna- lista e fonte estarão mais bem preparados. » Se um pesquisador for acionado pela imprensa por e-mail ou telefone, é importante informar imediata- mente ao assessor de imprensa. Se o jornalista en- trar em contato por e-mail, recomenda-se copiar o NCO. » Contatos com jornalistas realizados por meio de mí- dias sociais (blogs, Twitter, Facebook, por exemplo) Se sentir necessidade, o entrevistado deve pedir ajuda ao assessor de imprensa para se preparar.
  • 25. 24 devem receber o mesmo tratamento que pedidos feitos por vias tradicionais e ter a intermediação do assessor. Mais importante do que as maneiras de a imprensa procurar a Embrapa − se por meios tra- dicionais ou usando recursos possibilitados pela in- ternet − é a necessidade de garantir a qualidade do processo de socializar conhecimentos e soluções gerados na Empresa. » Quando um jornalista agendar uma visita às insta- lações da Embrapa, pessoal de laboratório, campo experimental, secretárias, porteiros e todos os que possam se envolver devem ser comunicados sobre detalhes que lhes afetam, incluindo, se for o caso, pauta, roteiro e orientações específicas. Secretárias e telefonistas devem estar orientadas para facilitar o atendimento do jornalista e encaminhá-lo inicialmen- te ao NCO ou à Secom. » Jornalistas devem ter acesso a prédios, campos experimentais e eventos internos mas devidamente autorizados e, necessariamente, acompanhados pela assessoria de imprensa.
  • 26. 25 » O acesso de jornalistas a laboratórios e campos ex- perimentais deve seguir os procedimentos rotineiros que envolvam, por exemplo, uso de crachá, roupas especiais, atendimento a horários específicos e ou- tras restrições necessárias. » Se sentir necessidade, o entrevistado deve pedir aju- da ao assessor de imprensa para se preparar. Esse processo pode envolver simulação de entrevista, produção de documentos com perguntas e respos- tas, elaboração de mensagens e orientações especí- ficas sobre a abordagem do tema. » Deixe, se necessário, profissionais preparados para fornecer informações adicionais e mostrar laborató- rios ou outra área da Empresa. » Não dê uma entrevista em uma situação desconfor- tável como, por exemplo, se for abordado abrupta- mente, se a situação não for adequada ou não se sentir preparado. Peça alguns minutos ao jornalista e dê a entrevista em condições adequadas.
  • 27. 26 » Quando o jornalista vai abordar um tema de reper- cussão nacional, seja pela importância da pauta ou do veículo, pelo grau de sensibilidade do tema ou potencial de impacto junto à opinião pública, é im- portante que o NCO informe à Secom para conheci- mento, eventual apoio ou monitoramento. » No caso de a pauta tratar de tema diretamente rela- cionado a outra Unidade, é importante que o NCO da Unidade em questão tenha conhecimento. Por exemplo, se uma Unidade ecorregional está ajudan- do na produção de uma pauta sobre soja, é impor- tante que o NCO da Embrapa Soja seja informado antecipadamente. Além do alinhamento de informa- ções, o contato pode permitir o apoio no atendimen- to. » Debates realizados com outras pessoas em veículos de comunicação exigem um tipo específico de preparação e devem ser bem avaliados. É recomendável conhecer o roteiro, o perfil dos participantes e discutir com o NCO antes de aceitar participar.
  • 28. 27 » Documentário, filme e outros produtos com fins comerciais ou institucionais não são considerados jornalísticos. Nesses casos, recomenda-se dar co- nhecimento da solicitação ao NCO, à Secom ou às Unidades diretamente envolvidas e autorizar a grava- ção ou uso das informações apenas após avaliação do roteiro e aprovar o uso das imagens após verifica- ção da edição final. » É importante valorizar as mídias internas da Em- brapa. Publicações como o Todos.com, Folha da Embrapa, Agência Embrapa de Notícias e também o conteúdo veiculado no portal são alguns dos pro- dutos informativos que merecem atenção especial. Se você acreditar que tem uma boa pauta, fale com o NCO e ajude a qualificar a informação que circula na Empresa e que é distribuída para a sociedade por nossos veículos. » Uma opção interessante para complementar con- teúdos é gravar um vídeo curto, algo como dois a cinco minutos, com depoimento ou entrevista para o assessor de imprensa sobre um tema relevante. Este
  • 29. 28 vídeo pode ser postado na Sala de Imprensa, utiliza- do na intranet ou em uma situação especial. Máqui- nas fotográficas mais modernas e alguns modelos de celulares têm capacidade de gerar bons vídeos, facilitando bastante a produção. A sugestão vale também para podcasts, muito utilizados por rádios. » Se possível, utilize roupa de trabalho com a identifica- ção da Embrapa: guarda-pó em laboratório e salas, e boné ou camiseta no campo. Um dirigente pode utilizar o bóton. Mas não force a situação. Procure fa- zer com que a presença da marca seja natural. Se o jornalista fizer restrições ao uso para obter imagens, avalie com o assessor a necessidade de retirar. Recebendo o jornalista » Nunca deixe de atender ao jornalista. O pesquisador deve considerar a entrevista como uma boa opor- tunidade de apresentar seu trabalho à sociedade. Afinal, milhares (talvez milhões) de pessoas terão co- nhecimento de suas atividades e dos resultados que está obtendo.
  • 30. 29 » O acompanhamento por um profissional de comu- nicação é fundamental no momento da entrevista, mesmo que por telefone e, particularmente, durante a permanência nas instalações da Embrapa. O as- sessor de imprensa tem a responsabilidade de ga- rantir o atendimento adequado e evitar dificuldades ou erros de informação. Ele deve preparar e acom- panhar a entrevista, intervindo apenas se necessário. » Quase sempre um repórter dispõe de tempo limita- do para produzir e entregar seu trabalho. Ele possui prazos a cumprir que envolvem, geralmente, realizar outras entrevistas, voltar para a redação, gerar con- teúdo e veicular no prazo previsto. Assim, o atendi- mento às necessidades do jornalista deve ser priori- zado em todas as etapas do contato. » Um jornalista de veículo de comunicação é independente e tem autonomia. Autorizado a circular em uma área da Embrapa, ele tem, automaticamente, liberdade para registrar imagens e conversar com as pessoas. Assim, o que observar, fotografar, filmar, as
  • 31. 30 informações que obtiver podem ser utilizadas sem necessidade de autorização. Por isso, é importante que ele tenha o melhor acompanhamento e orientação possíveis e que sejam estabelecidas eventuais restrições antecipadamente, se for o caso. » O entrevistado deve verificar previamente os aspec- tos regulatórios e de propriedade intelectual antes de falar publicamente sobre uma tecnologia que envolva essas questões. » Procure conhecer as características do veículo que o jornalista representa. Sabendo antecipadamente so- bre ele, sobretudo se for especializado, será possível atendê-Io melhor. O atendimento às necessidades do jornalista deve ser priorizado em todas as etapas do contato.
  • 32. 31 » Para ajudar na produção de uma reportagem, o en- trevistado deve adaptar e apresentar as informações de uma maneira que permita a compreensão plena do assunto pelo jornalista. O assessor de imprensa pode ajudar na tarefa identificando previamente as informações mais significativas a serem destacadas, realizar uma simulação de entrevista, chamar aten- ção para os aspectos mais relevantes. Se o entre- vistado se preparar para a entrevista, certamente aumentará a qualidade de sua exposição. » Se tiver oportunidade e disponibilidade, não deixe de enviar material prévio para o jornalista se aprofundar no assunto antes da entrevista. Relatórios, resumos, descritivos, fôlderes, sínteses, conteúdo disponível na internet podem ser úteis, mas priorize material de fácil compreensão. Não espere que conteúdo técni- co seja compreendido e utilizado. E considere que essas informações servirão como apoio, pois o im- prescindível é que o jornalista entenda o que você vai expor. Se for o caso, envie material complementar depois da entrevista.
  • 33. 32 » Peça ajuda ao assessor de imprensa para identificar o melhor conteúdo para disponibilizar ao jornalista. Textos de livros, trabalhos acadêmicos e material técnico em geral não são muito úteis se não inclu- írem indicações ou explicações apropriadas. O pro- fissional de comunicação da Unidade pode ajudar e, inclusive, intermediar o envio. » Não exija do repórter conhecimento prévio sobre o assunto da entrevista. O jornalista é, na maioria dos casos, um generalista que sabe tanto quanto qualquer pessoa sobre a maior parte dos assuntos. Mesmo um jornalista experiente na cobertura de agricultura (não são muitos) pode não distinguir, por exemplo, um charolês de um canchin. Esse desco- nhecimento é natural e pode ser útil para ajudar as pessoas a entenderem uma reportagem. Por isso não se surpreenda se tiver que responder perguntas que lhe pareçam óbvias. » Se possível, antes da entrevista, dê em poucas pala- vras um panorama sobre o assunto e destaque ob- jetivamente os aspectos principais, o que existe de
  • 34. 33 novidade ou relevante. Algumas palavras ajudam a chamar a atenção para o que é notícia. Por exemplo: inédito, investimento, lançamento, novo, aumento de produtividade, aumento de lucro, nova opção... » O relacionamento com a imprensa deve ser de boa qualidade e esse processo pode ser prejudicado por um atendimento inadequado. O jornalista tende a valorizar fontes que fornecem boas informações. Se não tiver suas expectativas atendidas ou o assunto não ficar claro, o espaço obtido no veículo de co- municação será menor, as informações poderão sair truncadas ou nada será veiculado. » Procure dispor do tempo necessário para o pleno entendimento das informações por parte do repór- ter. Se seu tempo for limitado, combine previamente o período da entrevista. » Para ajudar a subsidiar a reportagem, é importante reunir dados que interessem ao público. Jornalistas valorizam números: produção, produtividade, usuá- rios, beneficiários, área, percentuais. Por exemplo:
  • 35. 34 quantos já utilizam a tecnologia, impacto econômico previsto, aumento efetivo da produtividade. Também é importante destacar riscos, perfil do usuário, van- tagens diferenciais da novidade, região beneficiada, etc. Atendendo o jornalista » É decisivo estar preparado sempre. Não improvise na entrevista. Defina com antecedência a mensagem principal, os dados mais significativos e os aspectos centrais. E lembre-se: relevante é aquilo que afeta o público. » Por causa de problemas de tempo ou distância, é comum o repórter ter dificuldades de se deslocar para realizar uma entrevista. Assim, pode optar por realizá-la por telefone, Skype ou correio eletrônico. O entrevistado não está sendo desprestigiado e deve procurar atendê-lo. Nas entrevistas por telefone, não esqueça de registrar o nome, veículo e telefone do jornalista para conseguir contatá-lo posteriormente, se necessário.
  • 36. 35 » Se acreditar que o assunto é complexo para ser tratado por telefone, discuta o problema com o jor- nalista. Pode-se, por exemplo, enviar respostas por e-mail e tirar dúvidas por telefone. » O jornalista não é adversário. Mesmo que ocasional- mente a complexidade de um tema o intimide, ou que tenha que fazer uma matéria crítica, ele tem todo o interesse em produzir uma boa reportagem. » É importante considerar que cada tipo de veículo (rádio, TV, jornal, revista, internet) tem características próprias e públicos diferenciados e que é necessário adaptar-se a cada um. É melhor você simplificar para o jornalista do que esperar que ele simplifique o que você explicou.
  • 37. 36 » Se você ocupa cargo de gestão, é possível que o jor- nalista faça perguntas sobre assuntos não previstos. Por isso, é importante manter-se informado sobre to- dos os temas relativos à administração da Empresa. Ao mesmo tempo, evite falar sobre assunto fora de sua competência técnica e gerencial, sobre os quais não tenha toda a informação ou que você avalie como polêmicos. » A expressão “na minha opinião pessoal” não deve ser usada. Um entrevistado da Embrapa sempre representa a instituição e o que ele diz tende a ser compreendido como a visão da Empresa sobre o tema. » É difícil abordar todos os pontos de uma questão em um veículo de comunicação de massa. Assim, sintetize a mensagem que deseja transmitir. Quanto menos palavras utilizar para dar uma explicação ou responder a uma pergunta, melhor. » O jornalista deve entender a questão com o menor número possível de explicações. Quanto mais facil-
  • 38. 37 mente as informações forem compreendidas, mais chances haverá de que a reportagem seja veiculada com exatidão. » Jornalistas usam as informações mais acessíveis ao público e tentarão facilitar a compreensão do que transmitem. Assim, é melhor você simplificar para o jornalista do que esperar que ele simplifique o que você explicou. » Cientistas tendem a valorizar o detalhamento da me- todologia, do problema de pesquisa, dos processos que levaram ao resultado. Jornalistas preferem sa- ber objetivamente sobre a novidade, o resultado, o que muda, o diferente, o que é inédito, o alcance, quem pode usar, o que tem que ser feito, o impacto, o benefício à sociedade, o que muda na vida das pessoas. » Geralmente é muito difícil explicar detalhadamen- te uma técnica ou tecnologia em uma reportagem. Mais importante é informar que existe, despertar o interesse e dar as orientações básicas. Uma pessoa
  • 39. 38 que deseje detalhes sobre o assunto poderá obtê-los por outros meios. Por isso, a não ser que seja preciso, apenas diga claramente onde informações mais deta- lhadas podem ser obtidas. » Mostre o impacto da ação, da informação, como modificam a realidade do cidadão comum. Relacione seu trabalho com a vida das pessoas. Dê exemplos. Faça comparações. É importante falar sobre a qua- lidade e as vantagens econômicas da tecnologia e dizer o que o público-alvo e a sociedade vão ganhar com ela. » Evite dizer “minha pesquisa”. Use a primeira pes- soa do plural e destaque o trabalho coletivo: “Nossa equipe...”, “A Embrapa...’’. Não esqueça de citar ins- tituições parceiras, se existirem. » Cuidado com resultados preliminares ou parciais, estima- tivas ou projeções. Tenha certeza de que o jornalista com- preendeu as limitações ou especificidades da informação. Um dado fornecido ou divulgado fora de contexto pode gerar interpretações equivocadas e mal-entendidos.
  • 40. 39 » Evite criar falsas expectativas. Elas podem gerar sen- sacionalismo por parte do veículo de comunicação e induzir a erros. Ao falar sobre resultados, explique o impacto, limitações e eventuais consequências ne- gativas de sua utilização, caso haja. Se forem im- portantes, não deixe de pedir ao jornalista a inclusão dos riscos e limitações na reportagem. » No caso de entrevista sobre um novo serviço ou produto colocado à disposição, oriente sobre como acessá-lo. Coloque a Embrapa à disposição, diga qual o setor que deve ser procurado. Dependendo da entrevista e do assunto, você pode indicar uma visita ao Portal ou contato com o SAC, por exemplo. » Forneça o nome de fontes que possam colaborar com a reportagem e diga de que maneira se pode contatá- los. Se possível, indique quem já utilizou o trabalho. » Atenção com perguntas que contenham teses, in- formações, hipóteses ou pressupostos dos quais discorde. Nesses casos, afirme claramente que não concorda antes de responder.
  • 41. 40 » Evite evasivas. Se não souber, simplesmente diga que não tem a informação. Se tiver dúvidas, revele. Se surgir assunto de especialidade de um colega, procure colocá-lo em contato com o jornalista. Mas, caso você saiba a resposta, não há por que não res- ponder. E dê o crédito: “O pesquisador tal fez um trabalho sobre isto e concluiu que...’’. Dê o contato e deixe ao repórter a iniciativa de procurar a fonte. » Ao responder a uma pergunta, evite dizer que “tal informação está no texto tal” ou “leia tal texto que você vai entender”. O material de apoio é importante, mas procure fazer com que o jornalista compreenda o assunto por meio de sua explicação. Os resultados serão melhores. Nunca critique a imprensa, outros jornalistas ou veículos para um repórter.
  • 42. 41 » Não estranhe se o jornalista repetir perguntas ou re- tomar um assunto. Provavelmente ele não entendeu ou quer mais detalhes. É melhor explicar novamente do que ver veiculadas informações erradas. » Se o jornalista fizer várias perguntas de uma só vez ou fizer uma pergunta vaga, simplesmente respon- da o que você acha relevante dentro do que foi perguntado. Mais importante que a pergunta é a resposta. » Como regra geral, dê ao jornalista apenas informa- ções que possam ser veiculadas. Especialmente quando você não conhece o repórter, há o risco de qualquer informação tornar-se pública, inclusive o que for dito antes e depois da entrevista. Se algo não deve ser divulgado ou pode ser mal-interpre- tado, não fale. Caso você não possa falar sobre um assunto, explique o motivo. O recurso do off, ou seja, dar uma informação combinando com o jornalista que não publique a fonte ou a informação, não é recomendável.
  • 43. 42 » Nunca critique a imprensa, outros jornalistas ou veí- culos para um repórter. » Evite polemizar ou discutir temas controversos – a não ser que seja este o objetivo. » Evite usar a palavra “projeto”. Prefira pesquisa ou diga algo como “estamos implantando”, “estamos fazendo”, “estamos desenvolvendo”. Projeto é con- ceito interno que, fora da Embrapa, tende a ser in- terpretado como documento, intenção, algo a ser iniciado. » Jornalistas priorizam material inédito. Evite sugerir que busquem uma foto, imagem ou reportagem já veiculada. » Sempre que tiver oportunidade, cite fatos, exemplos, casos, dados. Faça comparações. » Coloque-se à disposição para que o jornalista pos- sa tirar alguma dúvida a qualquer momento. Dê seu cartão e, se julgar conveniente, o número do celular.
  • 44. 43 » Uma reportagem com bom visual é mais atraente ao público. Por isso, prepare o ambiente para o repór- ter cinematográfico ou fotógrafo sem que se perca a naturalidade. Uma estante, um laboratório ou área experimental ao fundo tornam a imagem mais in- teressante do que um armário ou uma parede, por exemplo. » Enquanto o fotógrafo ou o repórter cinematográfico fizer seu trabalho, fique à vontade e dirija-se com na- turalidade ao entrevistador. Olhe para a câmera ape- nas se tiver orientação específica para isso. » Se determinada informação não está à disposição no momento, combine de enviá-la quando possí- vel. Procure remeter material de fácil compreensão, o que diminuirá as chances de erros. Também não se esqueça de que os veículos de comunicação têm prazo rígido de fechamento. É importante que che- gue no prazo combinado. » Nunca peça para ler o texto antes de ser publicado, muito menos anotações. O jornalista verá o gesto
  • 45. 44 como falta de confiança e não o atenderá. É respon- sabilidade do entrevistado esclarecer suficientemen- te o jornalista. Se tiver receio sobre a compreensão do entrevistador quanto ao assunto, coloque-se à disposição para tirar eventuais dúvidas no momento da redação ou edição da matéria. Também chame atenção do assessor de imprensa para o fato. » Em situações em que a Embrapa é procurada no mesmo momento por grande número de jornalistas, é importante estabelecer uma estratégia de atendi- mento. As principais recomendações para a gestão de uma situação deste tipo são: apenas uma pes- soa deve centralizar o atendimento; também apenas uma pessoa presta esclarecimentos – e ela deve ser preparada para isto. Nota técnica, nota oficial e Per- guntas & Respostas costumam ser úteis. Vale a pena produzir antecipadamente documentos desse tipo, mesmo que não tenhamos certeza se iremos utili- zá-los. A rapidez e qualidade da informação dispo- nibilizada ao público é essencial para evitar boatos, especulações e conclusões equivocadas.
  • 46. 45 Recomendações para entrevistas em rádio e TV O rádio e a TV têm um grande efeito multiplicador de informação e estão ao alcance da maioria da população. Geralmente o rádio oferece mais tempo para a en- trevista, o que permite melhor compreensão do as- sunto, envolvimento e motivação das pessoas. É um veículo que possibilita maior explicação e análise. Ao mesmo tempo, facilita a desconcentração do ouvinte, que geralmente está envolvido com outras tarefas. O programa e o entrevistado é que têm que manter o ou- vinte interessado. Na televisão, o estímulo principal é visual e, por isso, é importante que haja boas imagens. Também é difícil aprofundar um assunto, pois as reportagens costu- mam ser curtas, com no máximo 60 segundos. Assim, as entrevistas servem mais para despertar o interesse, transmitir orientações básicas e estimular a busca de outras informações. » Se a entrevista for na sede do veículo de comu- nicação, chegue com antecedência – algo como 20 minutos. Se possível, procure conversar com o
  • 47. 46 jornalista, pergunte sobre o tempo disponível e in- forme os principais pontos de sua exposição. » Maximize a entrevista. Estabeleça uma ideia clara do que quer informar, o tipo de público do programa e de que forma transmitirá a mensagem para atingi- -lo de forma eficiente. Lembre-se de que não vale a pena tentar falar sobre tudo num veículo de comuni- cação. Identifique previamente o que é relevante ao público, o que o afeta, estabeleça uma abordagem clara, objetiva, que faça sentido para ele e procure focar nesta mensagem. É importante saber sobre interesses e necessidades do público para facilitar a comunicação. » Imagine frases que sintetizem o que é importante ser dito. Não há necessidade de decorar, mas de ter cla- reza da mensagem essencial que deve ser compre- endida pela audiência. » Lembre-se de que, provavelmente, a maioria das pessoas que vai escutá-lo tem muito pouco conhe- cimento do tema sobre o qual você tratará.
  • 48. 47 » Não comece a resposta por antecedentes, contexto, justificativa. Vá direto à essência: o mais importante, o impacto, a novidade, a solução. Responda ime- diata e objetivamente à pergunta e dê os detalhes depois, se for perguntado ou tiver oportunidade. » Longos raciocínios tornam-se difíceis de acompa- nhar. O ideal é procurar responder cada pergunta de forma sintética, com frases curtas. Com a prática, fica fácil e a entrevista torna-se mais dinâmica e in- teressante. No caso da TV, se as respostas forem extensas, o editor pode optar por cortar trechos, au- mentando as chances de sua principal mensagem não ser veiculada. Vá direto à essência: o mais importante, o impacto, a novidade, a solução.
  • 49. 48 » Não tema ser simples. É melhor que não ser com- preendido. Use palavras acessíveis à maioria das pessoas e dê respostas curtas e objetivas. Seja cla- ro, breve, didático. Prefira palavras de uso cotidiano, comuns. Evite jargões e termos técnicos. Lembre-se de que você provavelmente se comunica com um público não especializado. No teatro, o ator “fala” para o espectador da última fila. Foque no público menos informado e todos irão compreendê-lo. » Às vezes, os que têm maior dificuldade de compre- ender são os que mais necessitam da informação. Use frases curtas e simples. Evite palavras estrangei- ras, pouco usuais e abstrações. » Vale a pena discorrer sobre o processo que resultou na novidade ou a metodologia empregada? Muitas vezes esta descrição confunde ou distrai e, se com- preendida, dilui a mensagem principal. » Ao falar, adote o ponto de vista do público e leve em consideração o nível de conhecimento médio so- bre o assunto. Mostre como a informação afeta as
  • 50. 49 pessoas. Se elas não se identificarem com o tema, provavelmente perderão o interesse. » Tenha sempre uma fala orientada por soluções. As pessoas esperam respostas, orientações, resulta- dos, esclarecimentos da Embrapa. » Use linguagem coloquial e procure fazer com que a entrevista seja como uma conversa. As informações têm que ser dadas de forma simples e prática e não como em uma palestra. » Responda com energia, entusiasmo. Use gestos para enfatizar. Fale positivamente. Atitude é tão im- portante quanto argumento. » Não se preocupe em ocupar o silêncio. Fale objeti- vamente o que tem que falar e pare. Aguarde o jor- nalista fazer nova pergunta. Não siga falando apenas porque ele balança positivamente a cabeça. » Olhe o interlocutor nos olhos. Se estiver sentado, fi- que ligeiramente voltado para a frente, mantenha as
  • 51. 50 mãos abertas, postura ereta, gesticule à vontade, mas não acima do peito, nem muito para a frente ou para os lados. » Se errar, apenas corrija e siga em frente. » Procure chamar o entrevistador pelo nome, sempre que possível e se tiver certeza de que não irá errar. » Se a precisão não for fundamental, arredonde cifras e números. Fica mais fácil compreender. » Evite citar siglas comuns na Embrapa ou em sua especialidade, mas provavelmente desconhecidas para o público. Tenha sempre uma fala orientada por soluções.
  • 52. 51 » É bom saber o tempo disponível para a entrevista, a fim de organizar melhor a exposição. » Em entrevistas para noticiários de TV, uma boa res- posta tem aproximadamente 20 segundos. Se a fala for longa, pode ser editada, e ficar confusa para o telespectador. Em programas de rádio, é possível utilizar um tempo maior, mas não muito. » Não receie reafirmar para enfatizar uma ideia ou in- formação que seja relevante para o público. » Seja simpático e agradável, mesmo que não esteja gostando da condução da entrevista. » Ao gravar a entrevista, talvez seja melhor desligar ar-condicionado, telefone e pedir para não ser inter- rompido. » Mesmo ao vivo, se não entender a pergunta, peça para repetir. » Se há necessidade de dar orientações ao público,
  • 53. 52 forneça o “comando”, ou seja, diga claramente o que tem que ser feito. » Se o entrevistador der oportunidade para você con- cluir, sintetize objetivamente a ideia principal e reforce os aspectos mais importantes do tema abordado. E não se esqueça de agradecer ao final. » Mesmo veículos de comunicação pouco conhecidos podem ter audiência expressiva. Não deixe de dar entrevistas para eles. » Fale pausadamente, como se estivesse em uma conversa informal. Evite ler ou decorar um texto. Isso prejudica a comunicação pela perda da naturalidade e mais atrapalha do que ajuda o entrevistado. » Evite começar a resposta com a repetição da pergun- ta. Também não comece a resposta dando a entender que é óbvia: “Evidente...”, “Como disse antes...”, “Re- petindo...”. Evite também afirmar “como já disse an- tes”, “Repetindo o que disse...”, “Como já falei...”, “Não ficou bem claro...”, “Acho que você não entendeu...”.
  • 54. 53 » Evite citar o nome da Unidade. Utilize apenas “Em- brapa”. Isso economiza tempo, facilita a compreen- são e valoriza toda a Empresa. Não esqueça de citar eventuais parceiros da pesquisa, se for o caso. » Vista-se com sobriedade e naturalidade. As informa- ções têm que chamar atenção e não sua aparência. E nunca use óculos escuros. » Se o jornalista pedir para refazer uma parte ou toda a entrevista, procure colaborar. O resultado certamen- te será melhor. Depois da entrevista » Avalie o resultado da entrevista com o assessor de imprensa. É um procedimento útil para aprendiza- gem. Verifique como a notícia foi veiculada, o des- taque que teve, os aspectos que chamaram mais atenção do jornalista e as fontes consultadas. A ro- tina de analisar como as notícias são apresentadas ajuda a melhor compreender os interesses e proce- dimentos da imprensa.
  • 55. 54 » Não espere que o jornalista produza a reportagem exatamente como você imaginou. Os veículos de comunicação têm sua própria maneira de apresentar um tema. O importante é que não haja erro de con- teúdo e que a mensagem principal seja transmitida. » Não se iniba de dar várias vezes a mesma resposta ou atender a muitas entrevistas sobre o mesmo assunto. Se os jornalistas desejam ouvi-lo é porque julgam im- portante que suas informações cheguem ao público que querem alcançar. Ao mesmo tempo, é muito im- portante reafirmar a mensagem, reforçar conceitos e dar informações ao máximo de veículos para alcançar um público amplo e fixar as informações relevantes. A rotina de analisar como as notícias são apresentadas ajuda a melhor compreender os interesses e procedi- mentos da imprensa.mentos da imprensa.
  • 56. 55 » Em casos muito especiais, depois de veiculada a re- portagem, telefone cumprimentando o jornalista ou escreva um e-mail oficializando sua satisfação. » Vocêpodepromoverecompartilhar areportagem nas redes sociais como forma de ampliar a divulgação ou promover a discussão sobre o assunto. Avalie com o NCO. » Caso um veículo de comunicação divulgue informa- ções equivocadas, analise as possíveis repercus- sões antes de qualquer providência. Em geral, su- perestimamos seu impacto. No caso de induzirem a erro de interpretação, avalie com o assessor de imprensa. O NCO pode, por exemplo, providenciar um texto mostrando a importância da retificação e pedindo correção. » Não fique decepcionado se uma reportagem não for veiculada, apresentar poucas citações da fonte de informação ou sair muito pequena. Muitas vezes, por vários motivos, mesmo uma boa pauta pode ser cancelada ou encontrar pouco espaço disponível. O
  • 57. 56 mais importante é que o jornalista tenha compreen- dido sua exposição e que a informação chegue cor- retamente ao público. Redigindo um artigo O release é um texto objetivo, elaborado a partir de técnica jornalística, informando sobre a novidade, seu contexto, detalhes, impacto. Ele é produzido por as- sessores de imprensa a partir de técnica específica. Outra alternativa para informar a sociedade são os artigos produzidos especialmente para a imprensa – e eles po- dem ter aproveitamento e repercussão surpreendentes. Ao contrário do que geralmente ocorre numa matéria jornalística, nem sempre a novidade é o que mais interessa.
  • 58. 57 A diferença entre as matérias jornalísticas e os artigos é que estes são assinados e transmitem opinião, posição ou análise do autor sobre determinado tema, não so- frendo intervenção no conteúdo. Os artigos não são úteis apenas para informar novos conhecimentos. Eles podem abordar alertas, tratar questões antigas e um tanto esquecidas, abordar questões políticas, contextos, explicar e aprofundar a posição dos dirigentes ou pesquisadores sobre assunto específico. Ao contrário do que geralmente ocorre numa ma- téria jornalística, nem sempre a novidade é o que mais interessa. Uma boa análise pode ser muito relevante. O assessor de imprensa possui habilidade para ajudar a produzir o artigo. Ele pode redigir uma mi- nuta a partir de informações disponíveis, entrevistar o pesquisador e então produzir uma primeira versão do texto ou mesmo ajudar na edição do conteúdo. É importante considerar que alguns veículos so- mente aceitam artigos inéditos. Para a maioria, a exclusividade não é tão importante. Por isso, pode- se enviar o mesmo texto para diversos veículos ao mesmo tempo.
  • 59. 58 Sugestões para a redação » Título com o mínimo de palavras. Pense em um título atraente, forte, de ação, que sintetize o assunto com objetividade, que desperte o interesse pela leitura. » Elabore parágrafos curtos (algo como cinco a sete linhas). Frases também curtas, com poucas vírgulas. » Quanto mais adaptado ao veículo, mais chance de ser publicado. Jornais menores preferem artigos mais curtos, enquanto sites, grandes jornais e as revistas têm maior disponibilidade de espaço. O ta- manho típico está em torno de quatro mil caracteres, incluindo espaços em branco. Se for produzir texto para um veículo específico, pergunte o tamanho. » Tente começar com uma frase ou trecho forte, atra- tivo, instigante, algo que desperte o interesse em se- guir em diante. » Evite conceitos abstratos ou fazer relatos de determi- nada pesquisa. Dê uma visão abrangente ao assun- to, dirija-se ao leitor comum e considere que prova-
  • 60. 59 velmente tenha pouco conhecimento sobre o tema. Fale de desafios, situações, mostre o problema em questão, como as pessoas são afetadas. » Possibilidades do roteiro: Apresentação do Tema/ Problema, Importância, Contexto, Alternativas, Solu- ção, Exemplo, Conclusão. » A Embrapa é conhecida por dar respostas a neces- sidades da sociedade. Evite artigos que apresentam situações, problemas e dificuldades, mas não trazem soluções ou alternativas. » Use números que ajudem a compreender o assunto, mas poucos e com significado para as pessoas. » Sugere-se que na redação, logo abaixo do título, à direita, seja colocado em uma linha o nome do autor e abaixo: “Pesquisador da Embrapa”. » Não sublinhe ou coloque maiúsculas para destacar algo. Também evite pontos de exclamação. Não use notas de rodapé.
  • 61. 60 » Veículos de comunicação de massa não são ideais para detalhar aspectos técnicos, apresentar meto- dologia, teorias e descrições complexas. Evite eru- dição, citações bibliográficas, jargões, nomes ou ter- mos científicos. » Elimine palavras desnecessárias, substitua ou ex- plique as pouco conhecidas. Evite lugares-comuns, banalidades, redundâncias, clichês. » Prefira palavras de uso comum. Entre duas palavras, escolha a mais comum. Entre duas comuns, use a menor. Lembre-se de que os artigos deverão ter a mesma facilidade de compreensão de qualquer outra notícia do jornal. Simplificar é o ideal. » Não se esqueça de pedir para um profissional do NCO examinar o texto e verificar questões relaciona- das à adequação de linguagem, estrutura de abor- dagem, adaptação ao público. Ele pode dar boas recomendações. Depois de redigido, um bom truque é ler o texto em voz alta para verificar a fluência. Lem- bre-se da revisão gramatical.
  • 62. 61 » Artigos para a imprensa que eventualmente passem por Comitê Local de Publicações ou algum tipo de processo de avaliação técnica devem ter seu trânsito agilizado. Também é importante considerar que este tipo de texto tem característica bastante diferente de um artigo científico e não deve ser submetido aos mesmos critérios de análise. Os artigos para a imprensa são voltados para o público em geral ou para conhecedores do tema (caso das revistas especializadas). Em ambos os casos, devem ter linguagem e abordagem diferente dos textos para publicações científicas. Quando fazer uma coletiva? A entrevista coletiva é um recurso que deve ser utilizado com muito cuidado. Deve-se considerar que os jornalis- tas terão que se deslocar em determinado horário para certo lugar, deixando de realizar outras tarefas. Assim, o tema tem que ser realmente importante. A organização de uma entrevista coletiva deve contar com uma avaliação preliminar do NCO e informação à Secom. Coletivas de grandes autoridades costumam ter
  • 63. 62 boa presença. Em outros casos tem sido cada vez mais difícil. Por isso, sempre que possível, devem ser evita- das. Uma solução é fazer uma série de entrevistas com diferentes veículos em horários diferentes. Se optar pela coletiva, tome os seguintes cuidados: » Imagine as perguntas que serão feitas e prepare-se para elas. » Avalie com o assessor sobre como será a forma de condução (por exemplo: apresentação dos entrevis- tados, sequência, tempo de duração, forma de dirigir as perguntas). Algumas dessas informações deverão ser dadas pelo assessor aos jornalistas já na abertu- ra da coletiva. » Na apresentação inicial deixe bastante clara a novi- dade, a mensagem principal. » Fale apenas o suficiente para que as informações re- levantes e a mensagem sejam compreendidas. En- tão, dê início ao momento das perguntas.
  • 64. 63 » Vale enfatizar novamente: seja simples e objetivo. E use todos os recursos didáticos possíveis. » Não prolongue a apresentação inicial. Algo como 10 minutos costuma ser suficiente. » Se for o caso, deixe uma outra pessoa disponível para responder a questões específicas. » Dê o mesmo tratamento a todos, independentemen- te do veículo que representam. » Garanta material didático e de fácil compreensão para ser entregue. » Atrasar a coletiva para esperar um ou mais jornalistas é razoável, desde que por alguns minutos. » Se for solicitado, fique à disposição depois da co- letiva para fornecer entrevistas individuais, principal- mente para rádios e TVs. » Procure atender até mesmo os repórteres que te- nham chegado depois do horário. Atrasos, nesta atividade, muitas vezes são inevitáveis.
  • 65. 64 Independentemente do veículo, dê o mesmo tratamento a todos. » Veículos de comunicação de massa não são ideais para detalhar aspectos técnicos, apresentar meto- dologia, teorias e descrições complexas. Evite eru- dição, citações bibliográficas, jargões, nomes ou termos científicos. » Elimine palavras desnecessárias, substitua ou ex- plique as pouco conhecidas. Evite lugares-comuns, banalidades, redundâncias, clichês. » Prefira palavras de uso comum. Entre duas palavras, escolha a mais comum. Entre duas comuns, use a menor. Lembre-se de que os artigos deverão ter a mesma facilidade de compreensão de qualquer ou- tra notícia do jornal. Simplificar é o ideal. » Não se esqueça de pedir para um profissional do NCO examinar o texto e verificar questões relaciona- das à adequação de linguagem, estrutura de abor-
  • 66. 65 dagem, adaptação ao público. Ele pode dar boas recomendações. Depois de redigido, um bom tru- que é ler o texto em voz alta para verificar a fluência. Lembre-se da revisão gramatical.
  • 67. Impressão e acabamento Embrapa Informação Tecnológica
  • 68. Jornalistas frequentemente buscam informações na Embrapa sobre temas relacionados a ciência e tecnologia e, principalmente, sobre as consequências de suas pesquisas na qualidade de vida das pessoas. Essa demanda resulta em dois fatores positivos: dá maior visi- bilidade às ações da Empresa e aumenta nossa responsabilidade em relação à precisão e à forma como essas informações são transmitidas. Com o objetivo de facilitar o relacionamento com a mídia e melhorar a qualidade da informação transmitida à sociedade, apresentamos a obra Pesquisa & Imprensa: orientações para um bom relacionamento, já na 3ª edição, revista e ampliada. O guia destina-se, naturalmente, a todos os empregados da Embrapa que venham a ter contato com jornalistas e produtores de conteúdo destinado à sociedade em geral. É muito importante que cada potencial fonte de informações de nossa Empresa conheça todo o conteúdo desta publicação, qualificando-se, assim, para veicular informações adaptadas às exigências dos interessados. A sociedade precisa dessa contribuição. E a merece. CGPE12790 ISBN:978-85-7035-559-1