O documento discute problemas com a representação de afro-descendentes em livros didáticos de história brasileira, como a omissão de suas contribuições culturais e o tratamento das religiões africanas como "crendices". Também critica a visão dos quilombos, a representação do negro como agente histórico passivo e a abordagem da escravidão. Sugere formas de ensinar a história de forma mais inclusiva.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
O negro em folhas brancas
1. RACISMO E ENSINO DE HISTÓRIA. Luiz Carlos Varella de Olivera Junho – 2010. O NEGRO EM FOLHAS BRANCAS.
2.
3. SUELI CARNEIRO. “A genialidade do racismo brasileiro reside exatamente nisso. Aqui se produziu a forma mais sofisticada e perversa de racismo que existe no mundo, porque nosso ordenamento jurídico assegurou uma igualdade formal, que dá a todos uma suposta igualdade de direitos e oportunidades, e liberou a sociedade para discriminar impunente”.
4.
5. MILTON SANTOS. “Aqui é natural os negros serem tratados de forma subalterna. Você não tem como reclamar. Se você protesta, é visto como alguém que está perturbando o “clima agradável” que possa existir nesse ou naquele lugar”.
6. AS BOAS INTENÇÕES... Foram encontradas vários problemas nos livros didáticos... Os textos escritos não pretendem declaradamente inferiorizar os afro-descendentes. Os autores caem em contradição, os livros didáticos acabam por cair em armadilhas e reproduzem idéias preconceituosas: como o despreparo do negro para o mercado de trabalho em função do longo e traumático período dos trabalhos forçados.
7.
8. PROBLEMAS COM A IDENTIDADE CULTURAL BRASILEIRA. Alguns autores não citam a presença do negros nos aspectos culturais... Outros restringem o papel dos negros na “contribuição” para a construção do Brasil dizendo que eles acrescentaram algo numa cultura pronta. Difundem idéias racistas em seus discursos. O afro-descendente é parte integrante da nossa história, não é saudável omiti-lo. O negro não deve ter um espaço limitado nos livros didáticos já que ele é uma parte integrante de acontecimentos e fatos.
9. AS RELIGIÕES AFRICANAS Para alguns autores são apenas crenças ou crendices. Qualquer tipo de atividade, manifestação cultural, hábito, vira objeto pitoresco.
10. OUTRAS SITUAÇÕES. O negro foi o único edificador da riqueza do Brasil mas não usufruiu nem um décimo. Questionamento: Sentir pena, dó, comoção resolve o problema do preconceito? Principal objetivo: chocar e não procurar caminhos para superar o problema da discriminação e do preconceito racial.
11. SOBRE O QUILOMBO Ele é uma ameaça para o senhor e é este o foco explorado pelos autores. Raramente é explicado como eles se formaram e qual o objetivo, As trocas comerciais realizadas.
12. O NEGRO COMO AGENTE HISTÓRICO. É muito peculiar; Não tem nenhum tipo de autonomia; A hegemonia pertence aos brancos; Escravidão intitucionalizada pelo branco e a abolição também; A abolição ocorreu porque a Inglaterra quis.
13. AVENTURA NA SALA DE AULA. O professor de História pode trabalhar com as rebeliões escravas: Quilombos; Insurreições; Família escrava/negra Formas de resistência Significado do treze de maio Imagens do negro na sociedade brasileira.
14. AUXÍLIO AO PROFESSOR DE HISTÓRIA. Apoios didáticos: Filmes; Trechos de documentos; Biografias; Jornais; Revistas; Poemas; Pinturas; Livros didáticos e paradidáticos.
15. ESPECIFICIDADES O professor precisa permitir aos alunos perceberem que essas fontes, cada uma a sua maneira apresentam representações construídas no tempo e no espaço por diferentes sujeitos/olhares. Ao professor e alunos cabe a missão de realizar suas próprias reflexões, com ou sem livros didáticos, afinal, eles também são agentes históricos.
16. A AULA É UMA AVENTURA QUE SE REALIZA A CADA DIA COM DIFERENTES ROTEIROS E DESAFIOS.
17. NÃO ESQUEÇAMOS QUE ESTA VIAGEM AO CONHECIMENTO HISTÓRICO NÃO SE FAZ SEM PARTICIPAÇÃO E DIÁLOGO ABERTO ENTRE PROFESSOR E ALUNOS.
18. Existem maneiras de se contar história, basta atravessarmos a rua que nós separa da sombra da repetição passiva “educação bancária”, para a luz da reflexão, a educação libertadora. Tenhamos em mente, como nos lembra Paulo Freire, que a educação é uma prática da liberdade.
19. SUGESTÕES E PROPOSTAS INOVADORAS PARA AULA DE HISTÓRIA O Ensino de História e a Criação do Fato. Jaime Pinsky, São Paulo, Contexto, 1991. O saber Histórico na Sala de Aula. Circe Bittencourt, São Paulo, Contexto, 1998 Inaugurando a História e Construindo a Nação. Lana Lara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca. Belo Horizonte. Autêntica. 2001. LEMBRETE: não é o livro didático sozinho que irá ensinar essas crianças e adolescentes a conhecerem a sí mesmos e ao mundo.
20. BIBLIOGRAFIA In.: Cadernos de Graduação, 2ͣ ed./ publicações dos graduandos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade Estadual de Campinas. UNICAMP/IFCH. 2003. 121p., anual. As imagens foram todas baixadas da internet.