O primeiro poema fala sobre alguém que se sente sozinho e desprezado, mas que encontra forças para erguer-se e vencer a batalha. O segundo poema é sobre viajar para sentir novamente como a primeira vez, alargar horizontes e se conectar com boas memórias, mesmo quando se está sozinho.

1. POESIA PARTILHADA
Ancorados
Se eu pudesse…
Se eu tivesse forças para lutar,
Se não me sentisse tão sozinho,
Se não me sentisse tão desprezado,
Eu conseguiria erguer-me e vencer a batalha.
Mas irei encontrar forças para o conseguir!
Sentada, observo o destino...
Como que por magia, chegam a noite e a solidão.
Vêm cheias de pensamentos e sensações
como uma tempestade dentro da nossa mente.
E se uma mísera calma me atinge, faço tudo para não a deixar ir.
Sinto a brisa que se entranha, por si só, no meu peito e este enfado já nada o é,
Comparado com a solidão e o aperto crescente no meu coração.
Chega! Mas a dor reaparece, a tristeza me entorpece e o silêncio grita!
Mantém-se dentro de mim como a âncora de um barco.
Quero desancorar, mas o peso da âncora é mais forte que eu…
Por mais que eu insista, ficarei para sempre desta forma, parado.
Mas com muito esforço eu consigo desancorar
E seguir em frente!
Junho, 2020, Poema colaborativo, 10º A
JORNADA
Viajar para sentir de novo uma primeira vez
Para alargar horizontes há muito tempo estagnados
Para sentir uma brisa fresca a acalentar-me o coração
E com o tempo lembrar o que ainda há para desvendar.
Não há problema se doer,
Recorro a memórias magnificamente vívidas em que me encontro
perante o mar
Por onde posso navegar, sonhar e conquistar
E novos mundos encontrar.
Aí serei feliz e rasgarei as nuvens com o meu sonhar
Na simplicidade desta viagem vou fluir, viver e amar mesmo que a
imensidão seja vazia.
Preencho-a com as minhas memórias e nunca estarei sozinho!
Esta viagem jamais terminará, porque a jornada fará sempre parte de
mim,
E nem mesmo as maiores riquezas do mundo podem comparar-se com
o que fiz…
Junho, 2020, Poema colaborativo, 10º A