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LUÍS RASQUILHA - CEO DA AYR WORLDWIDE
CONTENT MARKETING: MUITO MAIS QUE “BUZZ”
Cada vez mais se fala e se cria “buzz” sobre o Content Marketing. E talvez seja exatamente por se criar
tanto “buzz” que, na opinião de muitos experts, ele corre o risco de passar de uma ferramenta de
Marketing extremamente eficaz para algo irrelevante ou mesmo irritante para o Consumidor.
Mas porque fazer uma assertiva como a acima, se a história que os números nos contam é a de que
ele está a aumentar? Não é por nada que o Content Marketing Institute, num estudo de Abril de 2014,
indica que 72 a 73% dos Marketeers norte-americanos que usam Content Marketing aumentarão a
produção de conteúdos e 59 a 62% destes Marketeers indicam que aumentarão os seus investimentos
nele. E esta importância crescente tem na base conjunto interligado de tendências: as duas primeiras
identiticadas e analisadas no pelo Trends Research Center AYR WW no seu World Trend Report
2014/2015 e a terceira pela Trendwatching, a saber:
· Empowerment: O Consumidor espera que as marcas contribuam para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional. Pelo que é cada vez mais um dever e uma
oportunidade para as marcas propiciar a criação de mais e melhores consumidores, já
que isto corresponde a criar mercado e mais clientes fiéis - internos e externos - para
quem o fizer;
· Global Connection & Convergence: A sociedade estará cada vez mais conectada
entre si, e a convergência é-nos facilitada e incentivada por uma tecnologia cada vez
mais inclusiva, simples e acessível. Isto já está alterando significativamente os conceitos
de agir junto a um cliente, presente ou potencial, o que faz com que a ação possa e deva
ocorrer onde o cliente está, no momento em que está pronto para interagir connosco;
· Flawsome: Na medida em que a conectividade e a convergência são uma realidade,
é também uma realidade cada vez mais presente o desejo do consumidor, interno ou
externo, de co-participar no desenvolvimento de produtos e serviços através das suas
críticas e sugestões, pelo que, o mostrar que se ouve o cliente – para o bom e para o mau
- e, sobretudo, articular o que diz em insights e usá-los para melhorar o que se oferece é
ganhar em vendas e fidelidade.
Mas o facto é que – provavelmente por todo o “buzz” gerado – muita gente ainda acha que basta criar e
colocar conteúdos à disposição que o Consumidor vai, necessariamente interessar-se, e nada poderia
ser mais errado do que isto, da mesma forma que qualquer anúncio “convencional” somente atrairá a
atenção e interesse do target a que se destina caso contenha uma promessa básica potente, uma
mensagem relevante e uma execução que atraia.
O melhor exemplo de gestão e execução de Content Marketing muito provavelmente vem da Red Bull,
que , muito mais do que simples “Buzz”, conseguiu ao longo do tempo ampliar e aprofundar o seu
posicionamento de bebida energética para uma verdadeira “usina de possibilidades”, e cujo segredo
para tal resume-se na constante auscultação do mercado para entender o “mental-mode” dos seus
targets, balizamento de como a Marca pode ajudá-los nisto e o alinhamento dos conteúdos no centro
destes 2 vértices, dando-lhe, assim, uma relevância e um papel nas suas vidas que poucos
podem sonhar em alcançar.
E para quem quer seguir o exemplo da Red Bull, evitar o genérico e entrar – seja pela primeira vez ou
não – no Content Marketing à séria, vão abaixo algumas recomendações retiradas de experts na
matéria:
1. Relevância do conteúdo.
· Estudar e testar o que o Consumidor quer e como pensa é crucial para conseguir
gerá-la.
2. Visibilidade para o conteúdo
· Uma estratégia bem feita englobando motores de busca e um plano de distribuição
forte são essenciais para tal.
3. Adaptabilidade a vários canais
· Fundamental para alcance e a possibilidade de ser compartilhado entre
consumidores.
4. Usar o feedback do Consumidor para a insights e preparação do futuro.
· Para uma otimização de mensagens, conteúdos e resultados sempre
crescentes.
Content Marketing, portanto, é muito mais do que o famigerado e limitado “buzz”, e sim a geração de
uma corrente inteligente, relevante e duradoura de impulsos para o Consumidor, sempre baseada e
refinada pelos inputs e insights que o mesmo Consumidor nos está disposto a dar, desde que o
façamos bem feito.