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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
           Instituto de Ciências Humanas
                 Curso de História
               Teoria da História II




            Lilian Mascarenhas de Carvalho




                  ANÁLISE METODOLÓGICA:
Livro: Trabalhadores do Brasil O Imaginário Popular 1930-45
                      Jorge Ferreira




                     Belo Horizonte
                    29 Outubro 2012
Lilian Mascarenhas de Carvalho




                  ANÁLISE METODOLÓGICA:
Livro: Trabalhadores do Brasil O Imaginário Popular 1930-45
                      Jorge Ferreira




                       Trabalho de pesquisa relativo à
                       análise metodológica   apresentado
                       à disciplina Teoria da História II
                       do 3º Período do Curso de História
                       do Instituto de Ciências Humanas
                       da PUC Minas BH.

                       Professor: Mário Kleber




                     Belo Horizonte
                    29 Outubro 2012
SUMÁRIO


1.INTRODUÇÃO............................................ 01


2.OBJETO DE PESQUISA.................................... 02


3.PROBLEMATIZAÇÃO....................................... 03


4.REFERENCIAL TEÓRICO................................... 05


5.LINHA HISTORIOGRAFICA................................. 06


6.METODOLOGIA........................................... 08


7.BIBLIOGRAFIA.......................................... 09
INTRODUÇÃO


O presente trabalho é uma análise metodológica do livro
Trabalhadores          do   Brasil      o        imaginário     popular      1930-45
escrito por Jorge Ferreira. Para iniciar o trabalho, é
necessário uma breve fala sobre o autor bem como uma breve
síntese do assunto abordado no livro.
O    autor    Jorge     Ferreira       possui       graduação     e    mestrado    em
História pela Universidade de São Paulo(1996), atualmente é
Professor Titular da Universidade Federal Fluminense e é
pesquisador       da    FAPERJ     no    Programa         Cientistas      do    Nosso
Estado. Possui experiência na área de História do Brasil
República, com ênfase nos estudos de História Política e
História Cultural.
No     livro     Trabalhadores              do     Brasil,      Jorge        Ferreira
reconstitui ideias, praticas políticas e estratégias de
vida dos grupos sociais que viveram o período do primeiro
governo da era Vargas. Com uma rigorosa seleção de fontes e
se utilizando de conceitos de autores da História Cultural
como Thompson, Ginzburg, Chartier, Darnton e Peter Burke,
esse livro analisa a forma como o discurso varguista foi
sendo        apropriado      por       diversos          atores       sociais     que
vivenciaram essa experiência política em seu cotidiano.
Em um primeiro momento, tentaremos destacar de forma mais
aprofundada      o     objeto     de    pesquisa         do   autor,    em   seguida
discutiremos a problematização estabelecida pelo autor bem
como    sua     resposta      a    esse          questionamento,       feito     isso
iniciaremos uma análise do referencial teórico do autor bem
como    a     linha    historiográfica             que    foi   utilizada       nesse
trabalho e finalmente a metodologia utilizada pelo autor.
Em suma, tentaremos de forma breve e esclarecedora analisar
os principais aspectos metodológicos do livro se utilizando
muitas vezes trechos do livro para melhor explicitar as
discussões teóricas aqui apresentadas.
OBJETO DE PESQUISA


O objeto de pesquisa do autor remete ao “mito” Vargas, o
que alterou na vida dos trabalhadores e pessoas comuns.
Mesmo    com    a   propaganda        sofisticada       e   massificante,         ele
procura entender qual significado Vargas e sua política
exprimiam nessa parte da população. Como as pessoas comuns
do país viam a            situação do governo, como enxergavam a
figura Getúlio Vargas.
Como o próprio autor nos diz:


“ O objetivo deste livro, portanto, é reconstituir, em um enfoque histórico cultural,
algumas ideias, crenças, práticas políticas e estratégias de vida de grupos sociais que
viveram em uma época geradora de muitos desencontros entre os historiadores: o
primeiro governo de Getúlio Vargas.” (FERREIRA, 1997)
PROBLEMATIZAÇÃO


O autor Jorge Ferreira, em seu livro levanta uma questão
interessante         acerca    do   primeiro      governo      da       chamada    era
Vargas. Em seu livro ele coloca a seguinte indagação:


”Mas qual o significado que a imagem de Vargas assumiu na cultura política popular da
época? Quais as representações que dele construíram os trabalhadores, as pessoas
pobres e os indivíduos comuns?”(FERREIRA, 1997).


Com base nesse trecho e com a completa leitura do livro bem
como a leitura de outros textos descritos na bibliografia
desse trabalho, pudemos perceber que a principal pergunta
estabelecida pelo autor e que é discutida ao longo do livro
faz   menção      ao   próprio      título     do   livro      “    o    imaginário
popular”, ou seja ele destaca a forma como o dito sucesso
varguista era vista pelos populares, por pessoas comuns,
pobres e trabalhadores.
Diferentemente de outros trabalhos acerca da era Vargas, o
livro analisado opta por uma perspectiva diferenciada, uma
vez que se utiliza em grande parte do imaginário popular
acerca da política estabelecida no período em questão.
Em suma, o que ele procura entender é qual o impacto que a
política      estado-novista        causou      entre     as   pessoas          comuns
daquela época.
Tenta mostrar que a ideia de “totalidade” não existia de
fato,     que    o     apoio     esperado      de     Vargas        da       população
trabalhadora na verdade não era o mesmo que a população de
fato tinha para com o governo.
Para o autor, as pessoas comuns, ao fazerem a leitura do
discurso      Varguista,       se   apropriavam        dele    dando          novos   e
diferentes       significados        aos    códigos,       normas        e    valores
autoritários e de acordo com suas experiências políticas
procuravam redirecioná-los em seu próprio beneficio. Ao
fazerem       isso    abriam        brechas         no    regime      autoritário          e
procuravam          saídas       alternativas.           O     que        ele    enfatiza
portanto, é que o apoio manifestado pela população não era
exatamente aquele que o governo almejava. Ele põe em pauta
a ideia de que a população optou pela aceitação o que não
implica        passividade          e       conformismo,       o     próprio         ato   de
escrever para o presidente já demonstra a não passividade
com relação ao novo regime, seria mai um consentimento que
é entendido como aceitação de um estado de coisas que fugia
ao    controle.       Além       disso,       o    objetivo         não    era    exaltar
gratuitamente Vargas, e sim avançar, conseguir um emprego,
um aumento ou melhorar de vida. A aceitação do regime
portanto       não        implicava         necessariamente           resignação           ou
conformismo.
O    autor,    ao     levantar         a    questão      do    “totalitarismo”             do
governo Vargas,tenta reverter a ideia de que o poder de
Vargas era total naquela sociedade, onde todos, inertes,
aceitaram      passivamente             a    doutrinação        política         e    sendo
aterrorizada         pela       violência         policial     do    regime       dando    a
ideia   de     um    regime       sólido,         coeso,      compacto      uniforme       e
isento de contradições internas. Ele tenta conhecer mais de
perto   a     dimensão          repressiva         estatal,     particularmente            o
sistema carcerário e penitenciário, tentando reconstruir a
vida    cotidiana           e     comum       dos       prisioneiros            políticos,
particularmente os comunistas.
Nessa perspectiva ele percebe que os presos estabeleceram
estratégias          de    sobrevivência            e    com       relativo          sucesso
resistiram ao poder autoritário que os oprimia, mais ainda,
desvenda      uma     série       de       contradições        dentro       do    aparato
repressivo do Estado sugerindo que mesmo em sua dimensão
mais tenebrosa, o regime político não foi coeso, unificado
e muito menos “total”.
REFERENCIAL TEÓRICO


Como    referencial     teórico       o     autor         utilizou    o        conceito
sugerido por Carlo Ginzburg de circularidade cultural, que
demonstrou, em um estudo de caso, que as ideias não são
produzidas apenas pelas classes dominantes e impostas, sem
mediações, de cima para baixo.
Ele    utiliza     também     em    sua     bibliografia         autores           como
E.P.Thompsom, Robert Darnton, Natalie Zemon Davis, Roger
Chartier e Peter Burke.
Resumidamente, as analises da História Cultural negam que
as    classes    dominantes        tenham    o    monopólio          exclusivo       da
produção de ideias. Com base nessa afirmação,o autor parte
do pressuposto de que as pessoas comuns também produzem
suas      próprias      ideias,           crenças,          valores,            códigos
comportamentais que no conjunto convencionou-se a chamar de
cultura popular. Segundo o autor, as pesquisas em historia
cultural demonstram que as ideias, longe de serem impostas
por um grupo a toda a sociedade, circulam, e como defende
Chartier, as camadas populares se apropriam das mensagens
dominantes dando-lhes novos e diferentes significados. Em
outros termos, a “ideologia dominante” de uma sociedade não
é tão dominante quanto se pensava (FERREIRA, 1997).
Se    utilizando     dessa    referencia         o    autor     Jorge          Ferreira
procura    mostrar     que    o     Estado       “totalitário”            de    Vargas
possuía    brechas,    ele     se    utiliza         das    cartas     de      pessoas
comuns    enviadas    ao     presidente      e       ao    analisa-las          percebe
exatamente o que nos diz Chartier, que as camadas populares
da sociedade brasileira daquela época, se apropriaram do
discurso Varguista e o modificaram com base na sua cultura
e experiência política.
LINHA HISTORIOGRAFICA


Se     torna    um     pouco     difícil       determinar           qual     a    linha
historiográfica seguida pelo autor, num primeiro momento
podemos considerar que nesse trabalho especificamente, há
um alinhamento com a História Política bem como a História
Cultural pois no livro trata sobre relações de poder, mas
diferentemente de outros trabalhos, ele procura entender o
imaginário popular acerca da política exercida no governo
Vargas, permeia sua pesquisa com base no que trabalhadores,
pessoas     comuns,        pensavam     e    viam     o    governo     bem       como   a
própria figura de Vargas, o que nos leva a pensar na Nova
História Política.
Para    entender       o    porque      de   se     pesar      em   Nova     História
Política, podemos utilizar um trecho do livro onde Jorge
Ferreira faz a seguinte colocação:


“[...] A Secretaria da Presidência da Republica, desde a ascensão de Vargas ao poder,
contribuiu para que a nova ordem política fosse aceita como legitima pelos
trabalhadores, juntamente com inúmeras outras instituições.
O canal de comunicação que se abriu entre eles e o governo central reforçava a
imagem do Estado justo, que dispensava intermediários. [...]”

O que nos remete a ideia de uma história política mais
voltada para o popular, que muito tem a ver com um fator
importante da Nova História Política apontada por Burke, a
descoberta       da    cultura       pelos     historiadores           políticos        a
começar pelo conceito de “cultura política”.
Ao colocar em relevância o papel da SPR na pratica de
legitimar       a     ascensão     de       Vargas    ao       poder   perante          os
trabalhadores         reforçando        a    imagem       de   um   Estado       justo,
percebe-se uma aproximação com o que Burke destaca em A
escrita da história, o fato de estar a história política
dividida entre dois tipos de preocupação: com os centros do
governo (poder) e com as raízes sociais (da política e do
poder). Em geral, nas pegadas de Foucault, o interesse
maior é pelas investigações acerca das formas concretas que
assume      a     luta    pelo     poder      (e    o    seu      exercício)       em
instituições como a família, a escola, a fábrica, etc.
Para evidenciar melhor destaquemos outro trecho do livro:


“[...] A avaliação das mensagens contidas nas milhares de cartas enviadas a Vargas
revela que as temáticas mais recorrentes são as que aludem ao respeito ao operário, ao
reconhecimento de suas dificuldades e a valorização de seu papel na sociedade por
parte do presidente, bem como à justiça e aos benefícios generosamente concedidos por
ele.[...]”

Ou seja, com base nas analises das cartas enviadas o autor
tenta entender qual a profundidade de penetração da nova
política        estado-novista         nas    mentalidades         da   população
comum. Ao verificar os pedidos expressos nas cartas, ele
percebe quais as temáticas mais frequentes, no caso as que
aludem       ao       operariado,       ao      reconhecimento          de      suas
dificuldades          como   é    expressado       na    seguinte       carta      de
Dinorah, que assim argumenta com o presidente:


“[...]por isso eu imploro a V.Exa. que atenda o pedido que lhe vou fazer, como Chefe
da Nação, como Pai dos Brasileiros, pois eu me considero sua filha, e um pai não deve
negar nunca um pedido justo que lhe faz uma filha num dos momentos mais
angustiantes de sua vida[...].”

Na visão do autor, o que Dinorah fez foi reinterpretar a
sua maneira o discurso estatal que pregava uma simbologia
do “grande pai”. Ele se utiliza de uma afirmação de Roger
Chartier        que   afirma     que    “ler,      olhar     ou    escutar      são,
definitivamente, uma série de atitudes intelectuais que –
longe de submeter o consumidor à toda poderosa mensagem
ideológica e/ou estética que supostamente o deve modelar –
permitem a reapropriação, o desvio, a desconfiança ou a
resistência.
Em suma, o próprio autor, na introdução do livro, nos
coloca que utilizara um enfoque histórico cultural, o que
nos leva apensar em história cultura bem como história
política, essa ultima pelo fato de o assunto do livre ser
justamente a relação de poder ente Estado e sociedade.
Portando   Jorge   Ferreira    se    aproxima   da   Nova      História
Política   no   momento   em   que   se   utiliza    de   um    enfoque
cultural para tratar de um assunto Político.
METODOLOGIA


Para a pesquisa feita por Jorge Ferreira apresentada nesse
livro, foram utilizadas como fonte principalmente cartas de
pessoas comuns e trabalhadores enviadas ao então presidente
Getúlio Vargas. Foi feita uma análise do discurso em todas
elas para se entender melhor o que de fato pensavam acerca
do governo.
Nessa    análise     das    cartas,   o    autor      procura    entender   o
significado que o nome Getúlio Vargas assumiu na cultua
política popular brasileira, busca considerar a repercussão
da legislação trabalhista e do discurso de valorização do
trabalho entre os trabalhadores.
O autor analisa também documentos burocráticos do governo
bem    como    documentos     de   penitenciárias       e   informações     de
presos políticos. Se utiliza também de livros de memória.
Em todos esses documentos, faz uma analise pormenorizada
para    entender     o     funcionamento    do     aparato      estatal   nas
camadas mais pobres da sociedade bem como entender a vida
cotidiana       de   presos   políticos     para      melhor     entender   a
difusão       do   discurso   Varguista     e    se    realmente     toda   a
população permaneceu inerte e passiva perante a opressão
estatal.
BIBLIOGRAFIA


FERREIRA, JORGE . TRABALHADORES DO BRASIL: O IMAGINÁRIO POPULAR .
1. ED. RIO DE JANEIRO: EDITORA DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 1997.
132P .

CARDOSO, C IRO FLAMARION & VAINFAS, RONALDO. D OMÍNIOS DA HISTÓRIA:
ENSAIOS DE TEORIA E METODOLOGIA.5º EDIÇÃO. R IO DE JANEIRO: EDITORA
CAMPUS LTDA. 1997.

RESENHA: CARDOSO, CIRO FLAMARION. U M HISTORIADOR FALA DE TEORIA E
METODOLOGIA : ENSAIOS . BAURU, SP: E DUSC , – POR F ABRÍCIO S ANT’A NNA DE
ANDRADE - REVISTA HISTÓRIA EM R EFLEXÃO: VOL. 3 N. 5 – UFGD -
DOURADOS JAN/JUN 2009

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Trabalho Análise Metodológica Livro de Jorge Ferreira - Trabalhadores do Brasil

  • 1. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Humanas Curso de História Teoria da História II Lilian Mascarenhas de Carvalho ANÁLISE METODOLÓGICA: Livro: Trabalhadores do Brasil O Imaginário Popular 1930-45 Jorge Ferreira Belo Horizonte 29 Outubro 2012
  • 2. Lilian Mascarenhas de Carvalho ANÁLISE METODOLÓGICA: Livro: Trabalhadores do Brasil O Imaginário Popular 1930-45 Jorge Ferreira Trabalho de pesquisa relativo à análise metodológica apresentado à disciplina Teoria da História II do 3º Período do Curso de História do Instituto de Ciências Humanas da PUC Minas BH. Professor: Mário Kleber Belo Horizonte 29 Outubro 2012
  • 3. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO............................................ 01 2.OBJETO DE PESQUISA.................................... 02 3.PROBLEMATIZAÇÃO....................................... 03 4.REFERENCIAL TEÓRICO................................... 05 5.LINHA HISTORIOGRAFICA................................. 06 6.METODOLOGIA........................................... 08 7.BIBLIOGRAFIA.......................................... 09
  • 4. INTRODUÇÃO O presente trabalho é uma análise metodológica do livro Trabalhadores do Brasil o imaginário popular 1930-45 escrito por Jorge Ferreira. Para iniciar o trabalho, é necessário uma breve fala sobre o autor bem como uma breve síntese do assunto abordado no livro. O autor Jorge Ferreira possui graduação e mestrado em História pela Universidade de São Paulo(1996), atualmente é Professor Titular da Universidade Federal Fluminense e é pesquisador da FAPERJ no Programa Cientistas do Nosso Estado. Possui experiência na área de História do Brasil República, com ênfase nos estudos de História Política e História Cultural. No livro Trabalhadores do Brasil, Jorge Ferreira reconstitui ideias, praticas políticas e estratégias de vida dos grupos sociais que viveram o período do primeiro governo da era Vargas. Com uma rigorosa seleção de fontes e se utilizando de conceitos de autores da História Cultural como Thompson, Ginzburg, Chartier, Darnton e Peter Burke, esse livro analisa a forma como o discurso varguista foi sendo apropriado por diversos atores sociais que vivenciaram essa experiência política em seu cotidiano. Em um primeiro momento, tentaremos destacar de forma mais aprofundada o objeto de pesquisa do autor, em seguida discutiremos a problematização estabelecida pelo autor bem como sua resposta a esse questionamento, feito isso iniciaremos uma análise do referencial teórico do autor bem como a linha historiográfica que foi utilizada nesse trabalho e finalmente a metodologia utilizada pelo autor. Em suma, tentaremos de forma breve e esclarecedora analisar os principais aspectos metodológicos do livro se utilizando muitas vezes trechos do livro para melhor explicitar as discussões teóricas aqui apresentadas.
  • 5. OBJETO DE PESQUISA O objeto de pesquisa do autor remete ao “mito” Vargas, o que alterou na vida dos trabalhadores e pessoas comuns. Mesmo com a propaganda sofisticada e massificante, ele procura entender qual significado Vargas e sua política exprimiam nessa parte da população. Como as pessoas comuns do país viam a situação do governo, como enxergavam a figura Getúlio Vargas. Como o próprio autor nos diz: “ O objetivo deste livro, portanto, é reconstituir, em um enfoque histórico cultural, algumas ideias, crenças, práticas políticas e estratégias de vida de grupos sociais que viveram em uma época geradora de muitos desencontros entre os historiadores: o primeiro governo de Getúlio Vargas.” (FERREIRA, 1997)
  • 6. PROBLEMATIZAÇÃO O autor Jorge Ferreira, em seu livro levanta uma questão interessante acerca do primeiro governo da chamada era Vargas. Em seu livro ele coloca a seguinte indagação: ”Mas qual o significado que a imagem de Vargas assumiu na cultura política popular da época? Quais as representações que dele construíram os trabalhadores, as pessoas pobres e os indivíduos comuns?”(FERREIRA, 1997). Com base nesse trecho e com a completa leitura do livro bem como a leitura de outros textos descritos na bibliografia desse trabalho, pudemos perceber que a principal pergunta estabelecida pelo autor e que é discutida ao longo do livro faz menção ao próprio título do livro “ o imaginário popular”, ou seja ele destaca a forma como o dito sucesso varguista era vista pelos populares, por pessoas comuns, pobres e trabalhadores. Diferentemente de outros trabalhos acerca da era Vargas, o livro analisado opta por uma perspectiva diferenciada, uma vez que se utiliza em grande parte do imaginário popular acerca da política estabelecida no período em questão. Em suma, o que ele procura entender é qual o impacto que a política estado-novista causou entre as pessoas comuns daquela época. Tenta mostrar que a ideia de “totalidade” não existia de fato, que o apoio esperado de Vargas da população trabalhadora na verdade não era o mesmo que a população de fato tinha para com o governo. Para o autor, as pessoas comuns, ao fazerem a leitura do discurso Varguista, se apropriavam dele dando novos e diferentes significados aos códigos, normas e valores autoritários e de acordo com suas experiências políticas procuravam redirecioná-los em seu próprio beneficio. Ao
  • 7. fazerem isso abriam brechas no regime autoritário e procuravam saídas alternativas. O que ele enfatiza portanto, é que o apoio manifestado pela população não era exatamente aquele que o governo almejava. Ele põe em pauta a ideia de que a população optou pela aceitação o que não implica passividade e conformismo, o próprio ato de escrever para o presidente já demonstra a não passividade com relação ao novo regime, seria mai um consentimento que é entendido como aceitação de um estado de coisas que fugia ao controle. Além disso, o objetivo não era exaltar gratuitamente Vargas, e sim avançar, conseguir um emprego, um aumento ou melhorar de vida. A aceitação do regime portanto não implicava necessariamente resignação ou conformismo. O autor, ao levantar a questão do “totalitarismo” do governo Vargas,tenta reverter a ideia de que o poder de Vargas era total naquela sociedade, onde todos, inertes, aceitaram passivamente a doutrinação política e sendo aterrorizada pela violência policial do regime dando a ideia de um regime sólido, coeso, compacto uniforme e isento de contradições internas. Ele tenta conhecer mais de perto a dimensão repressiva estatal, particularmente o sistema carcerário e penitenciário, tentando reconstruir a vida cotidiana e comum dos prisioneiros políticos, particularmente os comunistas. Nessa perspectiva ele percebe que os presos estabeleceram estratégias de sobrevivência e com relativo sucesso resistiram ao poder autoritário que os oprimia, mais ainda, desvenda uma série de contradições dentro do aparato repressivo do Estado sugerindo que mesmo em sua dimensão mais tenebrosa, o regime político não foi coeso, unificado e muito menos “total”.
  • 8. REFERENCIAL TEÓRICO Como referencial teórico o autor utilizou o conceito sugerido por Carlo Ginzburg de circularidade cultural, que demonstrou, em um estudo de caso, que as ideias não são produzidas apenas pelas classes dominantes e impostas, sem mediações, de cima para baixo. Ele utiliza também em sua bibliografia autores como E.P.Thompsom, Robert Darnton, Natalie Zemon Davis, Roger Chartier e Peter Burke. Resumidamente, as analises da História Cultural negam que as classes dominantes tenham o monopólio exclusivo da produção de ideias. Com base nessa afirmação,o autor parte do pressuposto de que as pessoas comuns também produzem suas próprias ideias, crenças, valores, códigos comportamentais que no conjunto convencionou-se a chamar de cultura popular. Segundo o autor, as pesquisas em historia cultural demonstram que as ideias, longe de serem impostas por um grupo a toda a sociedade, circulam, e como defende Chartier, as camadas populares se apropriam das mensagens dominantes dando-lhes novos e diferentes significados. Em outros termos, a “ideologia dominante” de uma sociedade não é tão dominante quanto se pensava (FERREIRA, 1997). Se utilizando dessa referencia o autor Jorge Ferreira procura mostrar que o Estado “totalitário” de Vargas possuía brechas, ele se utiliza das cartas de pessoas comuns enviadas ao presidente e ao analisa-las percebe exatamente o que nos diz Chartier, que as camadas populares da sociedade brasileira daquela época, se apropriaram do discurso Varguista e o modificaram com base na sua cultura e experiência política.
  • 9. LINHA HISTORIOGRAFICA Se torna um pouco difícil determinar qual a linha historiográfica seguida pelo autor, num primeiro momento podemos considerar que nesse trabalho especificamente, há um alinhamento com a História Política bem como a História Cultural pois no livro trata sobre relações de poder, mas diferentemente de outros trabalhos, ele procura entender o imaginário popular acerca da política exercida no governo Vargas, permeia sua pesquisa com base no que trabalhadores, pessoas comuns, pensavam e viam o governo bem como a própria figura de Vargas, o que nos leva a pensar na Nova História Política. Para entender o porque de se pesar em Nova História Política, podemos utilizar um trecho do livro onde Jorge Ferreira faz a seguinte colocação: “[...] A Secretaria da Presidência da Republica, desde a ascensão de Vargas ao poder, contribuiu para que a nova ordem política fosse aceita como legitima pelos trabalhadores, juntamente com inúmeras outras instituições. O canal de comunicação que se abriu entre eles e o governo central reforçava a imagem do Estado justo, que dispensava intermediários. [...]” O que nos remete a ideia de uma história política mais voltada para o popular, que muito tem a ver com um fator importante da Nova História Política apontada por Burke, a descoberta da cultura pelos historiadores políticos a começar pelo conceito de “cultura política”. Ao colocar em relevância o papel da SPR na pratica de legitimar a ascensão de Vargas ao poder perante os trabalhadores reforçando a imagem de um Estado justo, percebe-se uma aproximação com o que Burke destaca em A escrita da história, o fato de estar a história política dividida entre dois tipos de preocupação: com os centros do governo (poder) e com as raízes sociais (da política e do poder). Em geral, nas pegadas de Foucault, o interesse
  • 10. maior é pelas investigações acerca das formas concretas que assume a luta pelo poder (e o seu exercício) em instituições como a família, a escola, a fábrica, etc. Para evidenciar melhor destaquemos outro trecho do livro: “[...] A avaliação das mensagens contidas nas milhares de cartas enviadas a Vargas revela que as temáticas mais recorrentes são as que aludem ao respeito ao operário, ao reconhecimento de suas dificuldades e a valorização de seu papel na sociedade por parte do presidente, bem como à justiça e aos benefícios generosamente concedidos por ele.[...]” Ou seja, com base nas analises das cartas enviadas o autor tenta entender qual a profundidade de penetração da nova política estado-novista nas mentalidades da população comum. Ao verificar os pedidos expressos nas cartas, ele percebe quais as temáticas mais frequentes, no caso as que aludem ao operariado, ao reconhecimento de suas dificuldades como é expressado na seguinte carta de Dinorah, que assim argumenta com o presidente: “[...]por isso eu imploro a V.Exa. que atenda o pedido que lhe vou fazer, como Chefe da Nação, como Pai dos Brasileiros, pois eu me considero sua filha, e um pai não deve negar nunca um pedido justo que lhe faz uma filha num dos momentos mais angustiantes de sua vida[...].” Na visão do autor, o que Dinorah fez foi reinterpretar a sua maneira o discurso estatal que pregava uma simbologia do “grande pai”. Ele se utiliza de uma afirmação de Roger Chartier que afirma que “ler, olhar ou escutar são, definitivamente, uma série de atitudes intelectuais que – longe de submeter o consumidor à toda poderosa mensagem ideológica e/ou estética que supostamente o deve modelar – permitem a reapropriação, o desvio, a desconfiança ou a resistência. Em suma, o próprio autor, na introdução do livro, nos coloca que utilizara um enfoque histórico cultural, o que nos leva apensar em história cultura bem como história
  • 11. política, essa ultima pelo fato de o assunto do livre ser justamente a relação de poder ente Estado e sociedade. Portando Jorge Ferreira se aproxima da Nova História Política no momento em que se utiliza de um enfoque cultural para tratar de um assunto Político.
  • 12. METODOLOGIA Para a pesquisa feita por Jorge Ferreira apresentada nesse livro, foram utilizadas como fonte principalmente cartas de pessoas comuns e trabalhadores enviadas ao então presidente Getúlio Vargas. Foi feita uma análise do discurso em todas elas para se entender melhor o que de fato pensavam acerca do governo. Nessa análise das cartas, o autor procura entender o significado que o nome Getúlio Vargas assumiu na cultua política popular brasileira, busca considerar a repercussão da legislação trabalhista e do discurso de valorização do trabalho entre os trabalhadores. O autor analisa também documentos burocráticos do governo bem como documentos de penitenciárias e informações de presos políticos. Se utiliza também de livros de memória. Em todos esses documentos, faz uma analise pormenorizada para entender o funcionamento do aparato estatal nas camadas mais pobres da sociedade bem como entender a vida cotidiana de presos políticos para melhor entender a difusão do discurso Varguista e se realmente toda a população permaneceu inerte e passiva perante a opressão estatal.
  • 13. BIBLIOGRAFIA FERREIRA, JORGE . TRABALHADORES DO BRASIL: O IMAGINÁRIO POPULAR . 1. ED. RIO DE JANEIRO: EDITORA DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 1997. 132P . CARDOSO, C IRO FLAMARION & VAINFAS, RONALDO. D OMÍNIOS DA HISTÓRIA: ENSAIOS DE TEORIA E METODOLOGIA.5º EDIÇÃO. R IO DE JANEIRO: EDITORA CAMPUS LTDA. 1997. RESENHA: CARDOSO, CIRO FLAMARION. U M HISTORIADOR FALA DE TEORIA E METODOLOGIA : ENSAIOS . BAURU, SP: E DUSC , – POR F ABRÍCIO S ANT’A NNA DE ANDRADE - REVISTA HISTÓRIA EM R EFLEXÃO: VOL. 3 N. 5 – UFGD - DOURADOS JAN/JUN 2009