SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Baixar para ler offline
AULA 27A. PARÁBOLAS SOBRE
USOS E COSTUMES SOCIAIS – 1ª PARTE
ESCOLA DE APRENDIZES DO
EVANGELHO
03 de Fevereiro de 2018
Expositora: Lilian Dias
Lilian.C.Dias@gmail.com
AVISO IMPORTANTE:
Grande parte dos expositores espíritas possuem treinamento e estudam para trazer o
melhor que podem para as aulas da EAE, todavia, é importante lembrar que, assim como
os alunos, os expositores ainda são aprendizes; portanto, crianças espirituais buscando se
instruir e se iluminar através dos ensinamentos do Mestre Jesus, o único modelo seguro a
ser seguido para quem busca a evolução moral.
Dessa forma, durante essa aula, abra o seu coração para absorver apenas o que for
melhor dos estudos dessa noite, pratique a caridade de ouvir de forma ativa e pratique
também a compaixão para com os possíveis enganos ou exageros dos expositores.
Tenha uma ótima aula.
OBJETIVOS DESSA AULA
 Refletir sobre alguns dos ensinamentos do Mestre Jesus, contidos especificamente em suas parábolas
com foco nos Usos e Costumes Sociais, conforme classificação sugerida no livro Cristo Jesus de Rafael
Housse, reproduzida no livro O Redentor de Edgar Armond. São elas:
1ª Parte (nessa aula):
I. Os talentos ou As Minas – Mateus 25:14-30 / Lucas 19:12-26
II. As bodas ou Veste Nupcial — Mateus 22:1-14 / Lucas 14:15-24
III. Viúva oprimida ou Juiz Iníquo/ Amigo Inoportuno — Lucas 18:1-8/ Lucas 11:5-13
IV. O bom samaritano — Lucas 10:30-37
2ª Parte (próxima aula):
I. O rico avarento — Lucas 12:16-21
II. Fariseu e publicano — Lucas 18:9-14
III. Os primeiros lugares — Lucas 14:7-14
IV. O rico e Lázaro — Lucas 16:19-31
 Reflexão final.
O QUE SÃO PARÁBOLAS?
PORQUE JESUS AS UTILIZAVA?
O QUE SÃO PARÁBOLAS?
PORQUE JESUS AS UTILIZAVA?
É uma narrativa alegórica que tem por objetivo transmitir uma mensagem de maneira
indireta, usando como recurso a analogia ou a comparação.
Primeiramente, porque este era o modo de narração e discurso da época, utilizado pelos
sábios do Oriente, o que tornava o entendimento mais fácil e acessível aos menos
letrados, que eram a maioria. Segundo, porque Jesus tinha o objetivo de gravar na
memória do seu povo as primeiras lições de sua doutrina de Amor e Caridade, que
ainda não podia ser amplamente compreendida e praticada na época.
1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26
Porque assim é como um homem que, ao ausentar-se para longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens. E deu a um cinco
talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo. O que recebera pois cinco talentos, foi-se, e
entrou a negociar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte também o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que havia
recebido um, indo-se com ele, cavou na Terra, e escondeu ali o dinheiro de seu senhor.
E passando muito tempo, veio o senhor daqueles servos, e chamou-os a contas. E chegando-se a ele o que havia recebido os cinco talentos,
apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me entregastes cinco talentos; eis aqui tens outros cinco mais que lucrei. Seu senhor
lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu
senhor. Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos, e eis aqui
tens outros dois que ganhei com eles. Seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel, já que fostes fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a
intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor.
E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes
onde não espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na Terra; eis aqui tens o que é teu. E respondendo o seu senhor, lhe disse:
Servo mau e preguiçoso, sabia que sego onde não semeei, e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo dar o meu dinheiro aos
banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com juro o que era meu. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai ao que tem dez talentos. Porque a
todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o nas
trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes. (Mateus, XXV: 14-30)
1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26
Atualmente, a palavra TALENTO quer dizer, quase exclusivamente, aptidão, dom, habilidade, capacidade
geralmente inata (embora possa ser aprimorada ou aprendida) para realizar algo que apresente certo grau
de dificuldade para a média das pessoas. Antes disso, porém, talento era uma MEDIDA (volumosa) DE PESO
MONETÁRIO (dinheiro).
Essa medida era variável de lugar para lugar e ao longo do tempo, acredita-se que oscilava entre 20 e 40
quilos. Era usada Egito, na Babilônia, em Israel, na Grécia e em Roma. Era, portanto, uma medida conhecida
e seu (alto) valor era sabido pelo povo da época.
A transição do conceito de valor monetário (material) para o atual valor imaterial, cujo dinheiro não pode
comprar, possivelmente aconteceu depois que Jesus fez essa parábola dos Talentos. Desde então, algo que
era de compreensão relativamente fácil, com o tempo, foi tornando-se difícil; a ponto de algumas pessoas
acreditarem, inadvertidamente, não possuirem “talentos”, quando o simples fato de estar vivo, ter um
trabalho, poder estudar, criar um filho, superar alguma doença, já poderiam de certa forma, entre outras
coisas, serem consideradas talentos.
1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26
Nessa parábola vemos que a divisão dos talentos é feita de forma DESIGUAL, justamente porque AS
PESSOAS NÃO SÃO IGUAIS, portanto, suas necessidades evolutivas são naturalmente diferentes. O que nos
leva a acreditar que, de fato, cada um recebe o que precisa e que, dada a perfeição do Universo, não é
exigido de ninguém esforço maior do que pode suportar. Isso, porém, não quer dizer que os menos
“talentosos” não mereçam apoio, ao contrário.
Os que já têm mais dons inatos ou adquiridos, os que aguentam mais pressão, os que tiveram melhores
professores de vida, os que já compreendem melhor as leis universais, os que são mais resilientes, não
apenas PODEM como DEVEM compartilhar seus conhecimentos e habilidades com os que, aparentemente
e temporariamente, têm menos recursos internos e/ou externos.
Todavia, a parte final da parábola deixa claro que o LIVRE ARBÍTRIO É UM DIREITO ABSOLUTO que será
respeitado sempre. Logo, “fazer nada” também é uma opção válida para quem tem muito ou pouco, mas
que, como toda decisão, terá consequências. E para nós, que acreditamos na reencarnação como meio de
evolução moral do espírito, seria um grande contrassenso vir a este plano e não nos desafiar de alguma
forma a sairmos melhores do que quando aqui chegamos.
2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24
E respondendo Jesus, lhes tornou a falar segunda vez em parábolas, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante a um rei, que desejando fazer
as bodas a seu filho, mandou os seus servos a chamar os convidados para a bodas, mas eles recusaram ir.
Enviou de novo outros servos, com este recado aos convidados: Eis aqui tenho preparado o meu banquete, os meus touros e os animais
cevados estão já mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas. Mas eles desprezaram o convite, e se foram, um para a sua casa de campo,
outro para o seu tráfico. Outros porém, lançaram mão dos servos que ele enviara, e depois de os haverem ultrajado, os mataram.
Mas o rei, tendo ouvido isto, se irou; e tendo feito marchar seus exércitos, acabou com aqueles homicidas, e pôs fogo à sua cidade.
Então disse aos seus servos: As bodas com efeito estão aparelhadas, mas os que foram convidados não foram dignos de se acharem no
banquete. Ide pois às saídas das ruas, e a quantos achardes, convidai-os para as bodas. E tenho os seus servos pelas ruas, congregaram
todos os que acharam, maus e bons; e ficou cheia de convidados a sala do banquete de bodas.
Entrou depois o rei para ver os que estavam à Mesa, e viu ali um homem que não estava vestido com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como
entraste aqui, não tendo veste nupcial? Mas ele emudeceu. Então disse o rei aos seus ministros: Atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas
exteriores: aí haverá choro e ranger de dentes. Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos. (Mateus, XXII: 1-4)
2. AS BODAS/ VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24
Observamos na Bíblia que Jesus dedicava-se mais especificamente a ensinar os mais simples, cujo os corações
ainda não estavam totalmente corrompidos pelo egoísmo, materialismo e pelas tradições hipócritas da
época, sendo, por esse motivo, mais abertos aos ensinamentos da Lei do Amor.
Nessa linha, muitas pregrações de Jesus aconteciam em locais públicos dando a oportunidade de inclusão
aos excluídos, uma vez que pobres, doentes, mulheres, estrangeiros, publicanos, entre outros, eram impedidos
de entrar nas sinogogas por serem considerados “inferiores”, “sujos”, “imorais”, “incultos”, “mal-vestidos”,
entre outras classificações que não os tornavam “dignos” de ouvir os ensinamentos divinos.
Todavia, apesar de se dedicar aos humildes, com os quais usava sempre linguagem carinhosa, exemplos
simples e analogias de fácil compreensão, Jesus não pregava exclusivamente para eles. Em algumas
passagens, como nos sugere essa párabola das bodas/ vestes nupciais, Jesus magistralmente se dirigia aos
letrados, aos cultos, aos escribas, aos sacerdotes, enfim, aos conhecedores da Lei Mosaica e dos Profetas.
2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24
Vemos nessa párabola a figura de um REI que prepara as BODAS de seu filho, o PRÍNCIPE. Para os judeus, o
Rei era um Ungido de Deus que recebia poderes sobre-humanos para governar, portanto, desobedecer um
Rei era o mesmo que desobedecer a Deus, o que para eles era um crime muitas vezes punível com a morte,
pois assim dizia a Lei de Moisés.
Porém, os mais humildes desconheciam muitas regras das sagradas escrituras, uma vez que, antes de Jesus, só
chegava até o povo o que era de interesse dos mais poderosos para garantir a exploração e a manipulação
das massas.
Quem, de fato, compreendia o significado do convite de um Rei, para a Cerimônia Solene de um Princípe,
regada a Comida Farta e Vestes Especiais, eram os aristocratas, coincidentemente, os conhecedores da Lei.
Portanto, nessa parábola Jesus nos revela que os primeiros convidados ou “chamados” por Deus para
conhecer seu filho Jesus foram os que se declaravam ao mundo como RELIGIOSOS, mas eles
RECUSARAM o convite porque apesar de conhecerem as Leis de Deus não estavam compremetidos com Deus
e sim com o mundo material.
2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24
Uma vez que o convidados mais óbvios não estavam preparados, Deus “chamou” então a TODOS,
independemente de religião, profissão, gênero, cor, condição social ou física.
Havia, contudo, uma única condição para adentrar à grande festa de casamento e não era a “ausência
de pecados” e sim a necessidade de trajar vestes nupciais. Na alegoria dessa parábola, Jesus é o noivo e
nós, a noiva. Como “noiva ou noivo” como você se vestiria para o seu casamento?
Não se esperava perfeição, nem luxo, ainda hoje não se espera, mas sim uma VONTADE SINCERA DE SE
COMPROMETER com o Amor, especialmente ao Próximo.
Portanto, usar a melhor veste, tomar um banho, passar um perfume, ajeitar o cabelo, colocar uma flor na
lapela, são simbologias que representam atitudes simples de quem QUER FAZER O SEU MELHOR em prol de
quem se ama. Mas esses adornos, mesmo que pareçam, não são externos e sim internos; e não adianta tentar
enfeitar-se por fora sem mudar por dentro, porque assim como na parábola, a verdade sempre aparecerá e
a as consequências da hipocrisia também.
3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO — LUCAS 18:1-8
Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que deviam orar sempre e nunca desanimar, dizendo: Havia em certa cidade um juiz, que não
temia a Deus, nem respeitava os homens. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que vinha constantemente ter com ele, dizendo:
Defende-me do meu adversário.
Ele por algum tempo não a queria atender, mas depois disse consigo: se bem que eu não tema a Deus, nem respeite os homens, todavia como
esta viúva me incomoda, julgarei a sua causa, para que ela não continue a molestar-me com suas visitas.
Ouvi, acrescentou o Senhor, o que disse este juiz injusto; e não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a Ele clamam dia e noite, embora
seja demorado a defendê-los? Digo-vos que bem depressa lhes farão justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura,
fé na Terra?" (Lucas, XVIII, 1-8)
3. AMIGO INOPORTUNO — LUCAS 11:5-13
Se um de vós tiverdes um amigo e fordes procurá-lo à meia-noite e lhe disserdes: Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu
acaba de chegar à minha casa de uma viagem, e nada tenho para lhe oferecer: e se do interior o outro lhe responder: Não me incomodes; a
porta está fechada, eu e meus filhos estamos deitados, não posso levantar-me para vos dar, digo-vos: embora não se queira levantar para
lhes dar, por seu amigo, ao menos por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar.
E eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que
bate, abrir-se-lhe-á. Qual de vós é o pai que, se o filho pedir um peixe, lhe dará um vez de um peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe
dará um escorpião? Ora se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial, que dará um bom
Espírito aos que lho pedirem. (Lucas, XI, 5-13)
3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO —
LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13
Se o juiz impiedoso ou o amigo egoísta acaba por fazer justiça e caridade para se ver livre da chateação
alheia, que dirá Deus que é todo compaixão e bondade? Que nunca se amola com os nossos pedidos e que
nos quer bem sinceramente?
Na minha opinião (que é apenas uma opinião), a mensagem contida nessas duas parábolas é uma das
SIMPLES do Evangelho para fins de compreensão, contudo, uma das mais DIFÍCEIS de aplicação na vida
prática, especialmente nos dias atuais.
Jesus faz uma comparação quase esdrúxula entre a bondade humana e a divina e chega a uma conclusão
lógica sobre o imenso amor de Deus por nós, porém, nos coloca a refletir sobre dois grandes pilares da
religiosidade: a PRECE e a FÉ, tocando, assim, num ponto sensível para muitos, que acostumados com a
autossuficiência e viciados no barulho interior, criam obstáculos para a ação do divino em suas vidas.
3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO —
LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13
Relacionamentos são como plantas, algumas precisam de água todos os dias, outras só uma vez por semana,
umas ficam bem no sol, outras só sobrevivem na sombra, mas todas precisam de adubo, de vitaminas, de
conversa carinhosa (Sim! Elas ouvem!), e não é só isso, de tempos em tempos será necessário colocar a mão
na terra, afofá-la, replantá-la e isso requer dedicação ativa e consciente, além, é claro, de paciência. Mas se
forem cuidadas com essa atenção, no tempo certo, essas plantas darão flores lindas ou frutos doces,
deixando sua casa alegre e seu espírito feliz. Dá trabalho, mas, sem dúvida, é muito recompensador.
Com Deus é a mesma coisa. Não adianta apenas rezar maquinalmente antes de dormir ou ao acordar e
esperar sentado pelos milagres baterem à porta. É necessário agir conscientemente na construção de um
relacionamento com Deus. Isso acontece através do diálogo constante e descontraído, que não precisa de
hora certa, tempo exato, palavras decoradas ou bonitas. Essa é a verdadeira prece. A ponte que nos liga
às esferas superiores e abre o caminho para Deus agir através de inspirações criativas, novas ideias,
mais energia para persistir, pensamentos fortalecedores, etc.
3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO —
LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13
A prece, porém, ainda não é tudo. Muitas pessoas conversam com Deus muitas horas por dia, mas
simplesmente não O ouvem porque não fazem silêncio interior. Estão com a mente sempre tomada pela
ansiedade, estresse, insegurança e dúvidas, muitas dúvidas, caracteríscas comuns de quem NÃO tem FÉ.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma, dá a paciência que sabe esperar e a certeza de que tudo
concorrerá para o bem. Ela é, portanto, fruto da ENTREGA que só acontece quando conscientemente
conseguimos renunciar à necessidade de controle, permitindo-nos entregar-se a um poder superior, mais
inteligente do que nós.
Enquanto não reconhecermos a existência de Deus e o seu absoluto poder sobre tudo, dificilmente teremos fé
e sem fé continuaremos sofrendo as angústias desse mundo pelo o que não conseguimos ainda compreender,
menos ainda gerenciar.
4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37
E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar: Mestre, que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna?
Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a sua alma, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a
ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o
meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse: Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões,
que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se retiraram, deixando-o meio morto.
Aconteceu pois que passava pelo mesmo caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um levita, chegando
perto daquele lugar, e vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho, chegou perto dele, e quando o viu,
se moveu à compaixão: E chegando-se atou as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, o levou a
uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e
quanto gastares demais, eu to satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos
ladrões? Respondeu logo o doutor: aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo. (Lucas,
X: 25-37)
4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37
A parábola do Bom Samaritano é uma das mais lembradas e reproduzidas em todas as religiões Cristãs
existentes atualmente. Essa passagem traz muitos ensinamentos, dentre eles, o mais importante talvez seja o
julgamento de Deus, que não leva em consideração a classe social, o gênero, a cor, a religião, a
profissão, ou qualquer outro atributo dado pelo homem, exceto e exclusivamente a atitude de cada um
perante ao próximo.
Segundo o evangelhista Lucas, foi um Doutor da Lei que questionou Jesus sobre ‘o que fazer para possuir a
vida eterna’ e depois sobre ‘quem seria o próximo’ que deveríamos amar como a nós mesmos.
Naturalmente, aquele estudioso já sabia a resposta racional e talvez literal do que perguntava, mas talvez,
até aquele momento, ainda não soubesse de que forma suas próprias respostas devessem ser praticadas.
Jesus então conta uma história simples, utilizando personagens e elementos amplamente conhecidos por todos,
e faz com que ao final da narrativa apenas uma única e lógica conclusão fosse possível, tanto para os mais
como os menos inteligentes. Ficando assim incontestável a sabedoria de Jesus sobre os desígnos de Deus.
4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37
Uma sugestão de interpretação por elementos do texto (inspirado na obra Cairbar Schutel)
1. O Bom Samaritano = representa o próprio JESUS, que ensina que, para Deus, não importa o que falam de você ou
de onde você vem, mas o que você faz. Representa, também, o que se espera do verdadeiro CRISTÃO.
2. O viajante ferido = são os “INVISÍVEIS” do mundo ou a própria HUMANIDADE que vem sendo saqueada de seus
verdadeiros valores espirituais.
3. O sacerdote = são os LÍDERES RELIGIOSOS que colocam os dogmas dos cultos acima da prática da caridade e do
amor ao próximo; são os hipócritas de virtudes externas, que não praticam o que pregam.
4. O levita = a tribo de Levi era a maior tribo da Terra Prometida, eles foram os “ESCOLHIDOS” para guardar a Arca
da Aliança com as sagradas escrituras. Assim como os Sacerdotes, portanto, representam, quem deveria melhor
praticar os ensinamentos de Deus, mas que praticam caridade exclusiva, apenas entre os da mesma classe ou religião.
5. Azeite e vinho nas feridas = o azeite era o principal combustível na época para acender os lampiões, ou seja,
representa o mecanismo que traz LUZ para iluminar onde há escuridão. O vinho, naquela época, antes da última ceia,
era uma bebida que simbolizada BENÇÃOS para os judeus, usada em muitos rituais e celebrações judaicas.
6. Os 2 denários dados para tratar do doente = são a CARIDADE e a SABEDORIA.
7. O que gastar além = a abnegação, as vigílias, a paciência, a dedicação, tudo que for dado com amor será
RECOMPENSADO.
8. O enfermeiro anônimo = em SILÊNCIO, com RESIGNAÇÃO e FÉ é como todos que recebem, verdadeiramente
compreendem e praticam os ensinamentos de Deus, deveriam agir.
QUE CONCLUSÕES PODEMOS TIRAR DESSA AULA?
Das quatro parábolas que estudamos até agora, qual a que te chamou mais atenção? Por quê?
Você acredita que o estudo de hoje vai mudar alguma coisa em sua vida? Foi bom para você essa aula? Por quê?
FIM
Agradeço a oportunidade e fico à disposição.
Lilian Dias

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Eae 22 À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.
Eae 22  À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.Eae 22  À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.
Eae 22 À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.PatiSousa1
 
Eae 38 Atos finais na Galiléia.
Eae 38 Atos finais na Galiléia.Eae 38 Atos finais na Galiléia.
Eae 38 Atos finais na Galiléia.PatiSousa1
 
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329Daniel de Melo
 
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULOAULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULODaniel de Melo
 
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCA
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCAEAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCA
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCALuiz Henrique Faleiros
 
( Espiritismo) e a e - aula 37 # a genese da alma # 01
( Espiritismo)   e a e - aula 37 # a genese da alma # 01( Espiritismo)   e a e - aula 37 # a genese da alma # 01
( Espiritismo) e a e - aula 37 # a genese da alma # 01Alencar Santana
 
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717Daniel de Melo
 
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIA
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIAA026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIA
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIADaniel de Melo
 
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de Temas
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de TemasAula 13 - EAE - Implantação do Caderno de Temas
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de TemasFlávio Darin Buongermino
 
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621Daniel de Melo
 
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908Daniel de Melo
 
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelação
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelaçãoAula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelação
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelaçãoJoyAlbanez
 
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o EspiritismoCB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o EspiritismoRoseli Lemes
 
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316Daniel de Melo
 
Eae10 governo dos juizes. Dos reis até Salomão
Eae10 governo dos juizes.  Dos reis até SalomãoEae10 governo dos juizes.  Dos reis até Salomão
Eae10 governo dos juizes. Dos reis até SalomãoMarciaMangabeira
 
EAE 16 - Infância e Juventude do Messias
EAE 16 -  Infância e Juventude do MessiasEAE 16 -  Infância e Juventude do Messias
EAE 16 - Infância e Juventude do MessiasPatiSousa1
 

Mais procurados (20)

Eae 22 À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.
Eae 22  À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.Eae 22  À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.
Eae 22 À volta a Jerusalém e as escolas rabínicas.
 
Eae 1 aula inaugural rev01
Eae 1   aula inaugural rev01Eae 1   aula inaugural rev01
Eae 1 aula inaugural rev01
 
Eae 38 Atos finais na Galiléia.
Eae 38 Atos finais na Galiléia.Eae 38 Atos finais na Galiléia.
Eae 38 Atos finais na Galiléia.
 
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329
A009 EAE DM - DECÁLOGO, REGRESSO A CANAÃ E MORTE DE MOISÉS 20170329
 
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULOAULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
AULA 058 EAE DM - A CONVERSÃO DE PAULO
 
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCA
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCAEAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCA
EAE - AULA 18 - AS SEITAS NACIONAIS E OS COSTUMES DA ÉPOCA
 
( Espiritismo) e a e - aula 37 # a genese da alma # 01
( Espiritismo)   e a e - aula 37 # a genese da alma # 01( Espiritismo)   e a e - aula 37 # a genese da alma # 01
( Espiritismo) e a e - aula 37 # a genese da alma # 01
 
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 09_O Decálogo_Escola de Aprendizes do Evangelho
 
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717
A031 EAE DM - PARÁBOLAS II - DOMÉSTICAS E FAMILIARES 20180717
 
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIA
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIAA026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIA
A026 EAE DM - OS TRABALHOS NA GALILÉIA
 
EAE 2 a criação
EAE 2 a criaçãoEAE 2 a criação
EAE 2 a criação
 
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de Temas
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de TemasAula 13 - EAE - Implantação do Caderno de Temas
Aula 13 - EAE - Implantação do Caderno de Temas
 
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621
AULA 015 EAE DM - OS REIS MAGOS - EXÍLIO NO ESTRANGEIRO 20170621
 
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908
A033 EAE DM - O QUADRO DOS DISCÍPULOS 20170908
 
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 39_Últimos Dias em Jerusalém_Escola de Aprendizes do Evangelho
 
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelação
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelaçãoAula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelação
Aula 6-eade-tomo-i-roteiro-5-moisés-mensageiro-da-1ª-revelação
 
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o EspiritismoCB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
CB 16 Esboço do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo
 
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316
AULA 065 EAE DM - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO A DOUTRINA DE PAULO - 20170316
 
Eae10 governo dos juizes. Dos reis até Salomão
Eae10 governo dos juizes.  Dos reis até SalomãoEae10 governo dos juizes.  Dos reis até Salomão
Eae10 governo dos juizes. Dos reis até Salomão
 
EAE 16 - Infância e Juventude do Messias
EAE 16 -  Infância e Juventude do MessiasEAE 16 -  Infância e Juventude do Messias
EAE 16 - Infância e Juventude do Messias
 

Semelhante a Ensinamentos sobre usos e costumes sociais

Parábolas de Jesus
Parábolas de JesusParábolas de Jesus
Parábolas de Jesusfrenjr
 
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunterguestf5f9194
 
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp012579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01Hellen Rocha
 
Trabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaTrabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaHelio Cruz
 
Lição 9 corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015
Lição 9   corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015Lição 9   corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015
Lição 9 corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015Andrew Guimarães
 
O poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergO poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergAbner Cirelli
 
O poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergO poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergActor Quantum
 
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda berg
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda bergO poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda berg
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda bergGevluz de Luz
 
O poder da cabala - yehuda berg
O poder da cabala -  yehuda bergO poder da cabala -  yehuda berg
O poder da cabala - yehuda bergDaniela Petito
 
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02Eden Serrano
 
A arte perdida de fazer díscpulos
A arte perdida de fazer díscpulos A arte perdida de fazer díscpulos
A arte perdida de fazer díscpulos Josi E Edy
 
Carta de elcio noticias senegal
Carta de elcio noticias senegalCarta de elcio noticias senegal
Carta de elcio noticias senegalPessoal
 
O Caibalion - Tres Iniciados.pdf
O Caibalion - Tres Iniciados.pdfO Caibalion - Tres Iniciados.pdf
O Caibalion - Tres Iniciados.pdfCyberBronzil
 
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13T200 revisão provatrimestre1.25.04.13
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13GersonPrates
 
Trabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaTrabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaHelio Cruz
 
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdf
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdfA Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdf
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdfAiltonSantos854662
 

Semelhante a Ensinamentos sobre usos e costumes sociais (20)

Parábolas de Jesus
Parábolas de JesusParábolas de Jesus
Parábolas de Jesus
 
Parábolas de jesus
Parábolas de jesusParábolas de jesus
Parábolas de jesus
 
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter
2579110 Curando Os Enfermos Charles E Frances Hunter
 
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp012579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01
2579110 curando-os-enfermos-charles-e-frances-hunter-100226170808-phpapp01
 
curando os enfermos
curando os enfermoscurando os enfermos
curando os enfermos
 
Trabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaTrabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espírita
 
Quero seguir-te - Pe. Marcos lvim
Quero seguir-te - Pe. Marcos lvimQuero seguir-te - Pe. Marcos lvim
Quero seguir-te - Pe. Marcos lvim
 
Lição 9 corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015
Lição 9   corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015Lição 9   corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015
Lição 9 corrupção dos ultimos dias 3º trimestre de 2015
 
O poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergO poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_berg
 
O poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_bergO poder da_cabala_yehuda_berg
O poder da_cabala_yehuda_berg
 
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda berg
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda bergO poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda berg
O poder da cabala, tecnologia para a alma - yehuda berg
 
O poder da cabala - yehuda berg
O poder da cabala -  yehuda bergO poder da cabala -  yehuda berg
O poder da cabala - yehuda berg
 
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02
Aarteperdidadefazerdiscpulos leroyeims-110329120433-phpapp02
 
A arte perdida de fazer díscpulos
A arte perdida de fazer díscpulos A arte perdida de fazer díscpulos
A arte perdida de fazer díscpulos
 
Pregação e pregadores (d.martin lloyd jones)
Pregação e pregadores (d.martin lloyd jones)Pregação e pregadores (d.martin lloyd jones)
Pregação e pregadores (d.martin lloyd jones)
 
Carta de elcio noticias senegal
Carta de elcio noticias senegalCarta de elcio noticias senegal
Carta de elcio noticias senegal
 
O Caibalion - Tres Iniciados.pdf
O Caibalion - Tres Iniciados.pdfO Caibalion - Tres Iniciados.pdf
O Caibalion - Tres Iniciados.pdf
 
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13T200 revisão provatrimestre1.25.04.13
T200 revisão provatrimestre1.25.04.13
 
Trabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espíritaTrabalhar na seara espírita
Trabalhar na seara espírita
 
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdf
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdfA Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdf
A Arte de Pregar-a Comunicacao Na Homiletica- Robson M Marinho.pdf
 

Mais de liliancostadias

Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...liliancostadias
 
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismo
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de EspiritismoAula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismo
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismoliliancostadias
 
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalém
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em JerusalémAula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalém
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalémliliancostadias
 
Aula 36. O Sermão do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 36. O Sermão  do Monte. Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 36. O Sermão  do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 36. O Sermão do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 
Aula 42. O Tribunal Judaico
Aula 42. O  Tribunal JudaicoAula 42. O  Tribunal Judaico
Aula 42. O Tribunal Judaicoliliancostadias
 
Aula 05 Curso Básico de Espiritismo
Aula 05 Curso Básico de EspiritismoAula 05 Curso Básico de Espiritismo
Aula 05 Curso Básico de Espiritismoliliancostadias
 
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelho
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do EvangelhoAulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelho
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelholiliancostadias
 

Mais de liliancostadias (9)

Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 44_O Calvário_Escola de Aprendizes do Evangelho
 
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 33_O Quadro Dos Apóstolos_Escola de Aprendizes do Evangelho
 
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...
Aula 104_Regras para a Educação, Conduta e Aperfeiçoamento dos Seres_Escola d...
 
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismo
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de EspiritismoAula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismo
Aula 15_Lei de Causa e Efeito_Curso Básico de Espiritismo
 
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalém
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em JerusalémAula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalém
Aula 60. Escola de Aprendizes do Evangelho. Paulo defende-se em Jerusalém
 
Aula 36. O Sermão do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 36. O Sermão  do Monte. Escola de Aprendizes do EvangelhoAula 36. O Sermão  do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelho
Aula 36. O Sermão do Monte. Escola de Aprendizes do Evangelho
 
Aula 42. O Tribunal Judaico
Aula 42. O  Tribunal JudaicoAula 42. O  Tribunal Judaico
Aula 42. O Tribunal Judaico
 
Aula 05 Curso Básico de Espiritismo
Aula 05 Curso Básico de EspiritismoAula 05 Curso Básico de Espiritismo
Aula 05 Curso Básico de Espiritismo
 
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelho
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do EvangelhoAulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelho
Aulas 108 e 109 Escola de Aprendizes do Evangelho
 

Último

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 

Último (20)

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 

Ensinamentos sobre usos e costumes sociais

  • 1. AULA 27A. PARÁBOLAS SOBRE USOS E COSTUMES SOCIAIS – 1ª PARTE ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO 03 de Fevereiro de 2018 Expositora: Lilian Dias Lilian.C.Dias@gmail.com
  • 2. AVISO IMPORTANTE: Grande parte dos expositores espíritas possuem treinamento e estudam para trazer o melhor que podem para as aulas da EAE, todavia, é importante lembrar que, assim como os alunos, os expositores ainda são aprendizes; portanto, crianças espirituais buscando se instruir e se iluminar através dos ensinamentos do Mestre Jesus, o único modelo seguro a ser seguido para quem busca a evolução moral. Dessa forma, durante essa aula, abra o seu coração para absorver apenas o que for melhor dos estudos dessa noite, pratique a caridade de ouvir de forma ativa e pratique também a compaixão para com os possíveis enganos ou exageros dos expositores. Tenha uma ótima aula.
  • 3. OBJETIVOS DESSA AULA  Refletir sobre alguns dos ensinamentos do Mestre Jesus, contidos especificamente em suas parábolas com foco nos Usos e Costumes Sociais, conforme classificação sugerida no livro Cristo Jesus de Rafael Housse, reproduzida no livro O Redentor de Edgar Armond. São elas: 1ª Parte (nessa aula): I. Os talentos ou As Minas – Mateus 25:14-30 / Lucas 19:12-26 II. As bodas ou Veste Nupcial — Mateus 22:1-14 / Lucas 14:15-24 III. Viúva oprimida ou Juiz Iníquo/ Amigo Inoportuno — Lucas 18:1-8/ Lucas 11:5-13 IV. O bom samaritano — Lucas 10:30-37 2ª Parte (próxima aula): I. O rico avarento — Lucas 12:16-21 II. Fariseu e publicano — Lucas 18:9-14 III. Os primeiros lugares — Lucas 14:7-14 IV. O rico e Lázaro — Lucas 16:19-31  Reflexão final.
  • 4. O QUE SÃO PARÁBOLAS? PORQUE JESUS AS UTILIZAVA?
  • 5. O QUE SÃO PARÁBOLAS? PORQUE JESUS AS UTILIZAVA? É uma narrativa alegórica que tem por objetivo transmitir uma mensagem de maneira indireta, usando como recurso a analogia ou a comparação. Primeiramente, porque este era o modo de narração e discurso da época, utilizado pelos sábios do Oriente, o que tornava o entendimento mais fácil e acessível aos menos letrados, que eram a maioria. Segundo, porque Jesus tinha o objetivo de gravar na memória do seu povo as primeiras lições de sua doutrina de Amor e Caridade, que ainda não podia ser amplamente compreendida e praticada na época.
  • 6. 1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26 Porque assim é como um homem que, ao ausentar-se para longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens. E deu a um cinco talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo. O que recebera pois cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte também o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que havia recebido um, indo-se com ele, cavou na Terra, e escondeu ali o dinheiro de seu senhor. E passando muito tempo, veio o senhor daqueles servos, e chamou-os a contas. E chegando-se a ele o que havia recebido os cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me entregastes cinco talentos; eis aqui tens outros cinco mais que lucrei. Seu senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu senhor. Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos, e eis aqui tens outros dois que ganhei com eles. Seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel, já que fostes fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor. E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na Terra; eis aqui tens o que é teu. E respondendo o seu senhor, lhe disse: Servo mau e preguiçoso, sabia que sego onde não semeei, e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo dar o meu dinheiro aos banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com juro o que era meu. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai ao que tem dez talentos. Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes. (Mateus, XXV: 14-30)
  • 7. 1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26 Atualmente, a palavra TALENTO quer dizer, quase exclusivamente, aptidão, dom, habilidade, capacidade geralmente inata (embora possa ser aprimorada ou aprendida) para realizar algo que apresente certo grau de dificuldade para a média das pessoas. Antes disso, porém, talento era uma MEDIDA (volumosa) DE PESO MONETÁRIO (dinheiro). Essa medida era variável de lugar para lugar e ao longo do tempo, acredita-se que oscilava entre 20 e 40 quilos. Era usada Egito, na Babilônia, em Israel, na Grécia e em Roma. Era, portanto, uma medida conhecida e seu (alto) valor era sabido pelo povo da época. A transição do conceito de valor monetário (material) para o atual valor imaterial, cujo dinheiro não pode comprar, possivelmente aconteceu depois que Jesus fez essa parábola dos Talentos. Desde então, algo que era de compreensão relativamente fácil, com o tempo, foi tornando-se difícil; a ponto de algumas pessoas acreditarem, inadvertidamente, não possuirem “talentos”, quando o simples fato de estar vivo, ter um trabalho, poder estudar, criar um filho, superar alguma doença, já poderiam de certa forma, entre outras coisas, serem consideradas talentos.
  • 8. 1. OS TALENTOS OU AS MINAS – MATEUS 25:14-30 / LUCAS 19:12-26 Nessa parábola vemos que a divisão dos talentos é feita de forma DESIGUAL, justamente porque AS PESSOAS NÃO SÃO IGUAIS, portanto, suas necessidades evolutivas são naturalmente diferentes. O que nos leva a acreditar que, de fato, cada um recebe o que precisa e que, dada a perfeição do Universo, não é exigido de ninguém esforço maior do que pode suportar. Isso, porém, não quer dizer que os menos “talentosos” não mereçam apoio, ao contrário. Os que já têm mais dons inatos ou adquiridos, os que aguentam mais pressão, os que tiveram melhores professores de vida, os que já compreendem melhor as leis universais, os que são mais resilientes, não apenas PODEM como DEVEM compartilhar seus conhecimentos e habilidades com os que, aparentemente e temporariamente, têm menos recursos internos e/ou externos. Todavia, a parte final da parábola deixa claro que o LIVRE ARBÍTRIO É UM DIREITO ABSOLUTO que será respeitado sempre. Logo, “fazer nada” também é uma opção válida para quem tem muito ou pouco, mas que, como toda decisão, terá consequências. E para nós, que acreditamos na reencarnação como meio de evolução moral do espírito, seria um grande contrassenso vir a este plano e não nos desafiar de alguma forma a sairmos melhores do que quando aqui chegamos.
  • 9. 2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24 E respondendo Jesus, lhes tornou a falar segunda vez em parábolas, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante a um rei, que desejando fazer as bodas a seu filho, mandou os seus servos a chamar os convidados para a bodas, mas eles recusaram ir. Enviou de novo outros servos, com este recado aos convidados: Eis aqui tenho preparado o meu banquete, os meus touros e os animais cevados estão já mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas. Mas eles desprezaram o convite, e se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu tráfico. Outros porém, lançaram mão dos servos que ele enviara, e depois de os haverem ultrajado, os mataram. Mas o rei, tendo ouvido isto, se irou; e tendo feito marchar seus exércitos, acabou com aqueles homicidas, e pôs fogo à sua cidade. Então disse aos seus servos: As bodas com efeito estão aparelhadas, mas os que foram convidados não foram dignos de se acharem no banquete. Ide pois às saídas das ruas, e a quantos achardes, convidai-os para as bodas. E tenho os seus servos pelas ruas, congregaram todos os que acharam, maus e bons; e ficou cheia de convidados a sala do banquete de bodas. Entrou depois o rei para ver os que estavam à Mesa, e viu ali um homem que não estava vestido com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? Mas ele emudeceu. Então disse o rei aos seus ministros: Atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores: aí haverá choro e ranger de dentes. Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos. (Mateus, XXII: 1-4)
  • 10. 2. AS BODAS/ VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24 Observamos na Bíblia que Jesus dedicava-se mais especificamente a ensinar os mais simples, cujo os corações ainda não estavam totalmente corrompidos pelo egoísmo, materialismo e pelas tradições hipócritas da época, sendo, por esse motivo, mais abertos aos ensinamentos da Lei do Amor. Nessa linha, muitas pregrações de Jesus aconteciam em locais públicos dando a oportunidade de inclusão aos excluídos, uma vez que pobres, doentes, mulheres, estrangeiros, publicanos, entre outros, eram impedidos de entrar nas sinogogas por serem considerados “inferiores”, “sujos”, “imorais”, “incultos”, “mal-vestidos”, entre outras classificações que não os tornavam “dignos” de ouvir os ensinamentos divinos. Todavia, apesar de se dedicar aos humildes, com os quais usava sempre linguagem carinhosa, exemplos simples e analogias de fácil compreensão, Jesus não pregava exclusivamente para eles. Em algumas passagens, como nos sugere essa párabola das bodas/ vestes nupciais, Jesus magistralmente se dirigia aos letrados, aos cultos, aos escribas, aos sacerdotes, enfim, aos conhecedores da Lei Mosaica e dos Profetas.
  • 11. 2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24 Vemos nessa párabola a figura de um REI que prepara as BODAS de seu filho, o PRÍNCIPE. Para os judeus, o Rei era um Ungido de Deus que recebia poderes sobre-humanos para governar, portanto, desobedecer um Rei era o mesmo que desobedecer a Deus, o que para eles era um crime muitas vezes punível com a morte, pois assim dizia a Lei de Moisés. Porém, os mais humildes desconheciam muitas regras das sagradas escrituras, uma vez que, antes de Jesus, só chegava até o povo o que era de interesse dos mais poderosos para garantir a exploração e a manipulação das massas. Quem, de fato, compreendia o significado do convite de um Rei, para a Cerimônia Solene de um Princípe, regada a Comida Farta e Vestes Especiais, eram os aristocratas, coincidentemente, os conhecedores da Lei. Portanto, nessa parábola Jesus nos revela que os primeiros convidados ou “chamados” por Deus para conhecer seu filho Jesus foram os que se declaravam ao mundo como RELIGIOSOS, mas eles RECUSARAM o convite porque apesar de conhecerem as Leis de Deus não estavam compremetidos com Deus e sim com o mundo material.
  • 12. 2. AS BODAS OU VESTE NUPCIAL — MATEUS 22:1-14 / LUCAS 14:15-24 Uma vez que o convidados mais óbvios não estavam preparados, Deus “chamou” então a TODOS, independemente de religião, profissão, gênero, cor, condição social ou física. Havia, contudo, uma única condição para adentrar à grande festa de casamento e não era a “ausência de pecados” e sim a necessidade de trajar vestes nupciais. Na alegoria dessa parábola, Jesus é o noivo e nós, a noiva. Como “noiva ou noivo” como você se vestiria para o seu casamento? Não se esperava perfeição, nem luxo, ainda hoje não se espera, mas sim uma VONTADE SINCERA DE SE COMPROMETER com o Amor, especialmente ao Próximo. Portanto, usar a melhor veste, tomar um banho, passar um perfume, ajeitar o cabelo, colocar uma flor na lapela, são simbologias que representam atitudes simples de quem QUER FAZER O SEU MELHOR em prol de quem se ama. Mas esses adornos, mesmo que pareçam, não são externos e sim internos; e não adianta tentar enfeitar-se por fora sem mudar por dentro, porque assim como na parábola, a verdade sempre aparecerá e a as consequências da hipocrisia também.
  • 13. 3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO — LUCAS 18:1-8 Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que deviam orar sempre e nunca desanimar, dizendo: Havia em certa cidade um juiz, que não temia a Deus, nem respeitava os homens. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que vinha constantemente ter com ele, dizendo: Defende-me do meu adversário. Ele por algum tempo não a queria atender, mas depois disse consigo: se bem que eu não tema a Deus, nem respeite os homens, todavia como esta viúva me incomoda, julgarei a sua causa, para que ela não continue a molestar-me com suas visitas. Ouvi, acrescentou o Senhor, o que disse este juiz injusto; e não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a Ele clamam dia e noite, embora seja demorado a defendê-los? Digo-vos que bem depressa lhes farão justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na Terra?" (Lucas, XVIII, 1-8)
  • 14. 3. AMIGO INOPORTUNO — LUCAS 11:5-13 Se um de vós tiverdes um amigo e fordes procurá-lo à meia-noite e lhe disserdes: Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu acaba de chegar à minha casa de uma viagem, e nada tenho para lhe oferecer: e se do interior o outro lhe responder: Não me incomodes; a porta está fechada, eu e meus filhos estamos deitados, não posso levantar-me para vos dar, digo-vos: embora não se queira levantar para lhes dar, por seu amigo, ao menos por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar. E eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Qual de vós é o pai que, se o filho pedir um peixe, lhe dará um vez de um peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial, que dará um bom Espírito aos que lho pedirem. (Lucas, XI, 5-13)
  • 15. 3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO — LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13 Se o juiz impiedoso ou o amigo egoísta acaba por fazer justiça e caridade para se ver livre da chateação alheia, que dirá Deus que é todo compaixão e bondade? Que nunca se amola com os nossos pedidos e que nos quer bem sinceramente? Na minha opinião (que é apenas uma opinião), a mensagem contida nessas duas parábolas é uma das SIMPLES do Evangelho para fins de compreensão, contudo, uma das mais DIFÍCEIS de aplicação na vida prática, especialmente nos dias atuais. Jesus faz uma comparação quase esdrúxula entre a bondade humana e a divina e chega a uma conclusão lógica sobre o imenso amor de Deus por nós, porém, nos coloca a refletir sobre dois grandes pilares da religiosidade: a PRECE e a FÉ, tocando, assim, num ponto sensível para muitos, que acostumados com a autossuficiência e viciados no barulho interior, criam obstáculos para a ação do divino em suas vidas.
  • 16. 3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO — LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13 Relacionamentos são como plantas, algumas precisam de água todos os dias, outras só uma vez por semana, umas ficam bem no sol, outras só sobrevivem na sombra, mas todas precisam de adubo, de vitaminas, de conversa carinhosa (Sim! Elas ouvem!), e não é só isso, de tempos em tempos será necessário colocar a mão na terra, afofá-la, replantá-la e isso requer dedicação ativa e consciente, além, é claro, de paciência. Mas se forem cuidadas com essa atenção, no tempo certo, essas plantas darão flores lindas ou frutos doces, deixando sua casa alegre e seu espírito feliz. Dá trabalho, mas, sem dúvida, é muito recompensador. Com Deus é a mesma coisa. Não adianta apenas rezar maquinalmente antes de dormir ou ao acordar e esperar sentado pelos milagres baterem à porta. É necessário agir conscientemente na construção de um relacionamento com Deus. Isso acontece através do diálogo constante e descontraído, que não precisa de hora certa, tempo exato, palavras decoradas ou bonitas. Essa é a verdadeira prece. A ponte que nos liga às esferas superiores e abre o caminho para Deus agir através de inspirações criativas, novas ideias, mais energia para persistir, pensamentos fortalecedores, etc.
  • 17. 3. VIÚVA OPRIMIDA OU JUIZ INÍQUO/ AMIGO INOPORTUNO — LUCAS 18:1-8/ LUCAS 11:5-13 A prece, porém, ainda não é tudo. Muitas pessoas conversam com Deus muitas horas por dia, mas simplesmente não O ouvem porque não fazem silêncio interior. Estão com a mente sempre tomada pela ansiedade, estresse, insegurança e dúvidas, muitas dúvidas, caracteríscas comuns de quem NÃO tem FÉ. A fé sincera e verdadeira é sempre calma, dá a paciência que sabe esperar e a certeza de que tudo concorrerá para o bem. Ela é, portanto, fruto da ENTREGA que só acontece quando conscientemente conseguimos renunciar à necessidade de controle, permitindo-nos entregar-se a um poder superior, mais inteligente do que nós. Enquanto não reconhecermos a existência de Deus e o seu absoluto poder sobre tudo, dificilmente teremos fé e sem fé continuaremos sofrendo as angústias desse mundo pelo o que não conseguimos ainda compreender, menos ainda gerenciar.
  • 18. 4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37 E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar: Mestre, que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse: Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se retiraram, deixando-o meio morto. Aconteceu pois que passava pelo mesmo caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um levita, chegando perto daquele lugar, e vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho, chegou perto dele, e quando o viu, se moveu à compaixão: E chegando-se atou as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, o levou a uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e quanto gastares demais, eu to satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor: aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo. (Lucas, X: 25-37)
  • 19. 4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37 A parábola do Bom Samaritano é uma das mais lembradas e reproduzidas em todas as religiões Cristãs existentes atualmente. Essa passagem traz muitos ensinamentos, dentre eles, o mais importante talvez seja o julgamento de Deus, que não leva em consideração a classe social, o gênero, a cor, a religião, a profissão, ou qualquer outro atributo dado pelo homem, exceto e exclusivamente a atitude de cada um perante ao próximo. Segundo o evangelhista Lucas, foi um Doutor da Lei que questionou Jesus sobre ‘o que fazer para possuir a vida eterna’ e depois sobre ‘quem seria o próximo’ que deveríamos amar como a nós mesmos. Naturalmente, aquele estudioso já sabia a resposta racional e talvez literal do que perguntava, mas talvez, até aquele momento, ainda não soubesse de que forma suas próprias respostas devessem ser praticadas. Jesus então conta uma história simples, utilizando personagens e elementos amplamente conhecidos por todos, e faz com que ao final da narrativa apenas uma única e lógica conclusão fosse possível, tanto para os mais como os menos inteligentes. Ficando assim incontestável a sabedoria de Jesus sobre os desígnos de Deus.
  • 20. 4. O BOM SAMARITANO — LUCAS 10:30-37 Uma sugestão de interpretação por elementos do texto (inspirado na obra Cairbar Schutel) 1. O Bom Samaritano = representa o próprio JESUS, que ensina que, para Deus, não importa o que falam de você ou de onde você vem, mas o que você faz. Representa, também, o que se espera do verdadeiro CRISTÃO. 2. O viajante ferido = são os “INVISÍVEIS” do mundo ou a própria HUMANIDADE que vem sendo saqueada de seus verdadeiros valores espirituais. 3. O sacerdote = são os LÍDERES RELIGIOSOS que colocam os dogmas dos cultos acima da prática da caridade e do amor ao próximo; são os hipócritas de virtudes externas, que não praticam o que pregam. 4. O levita = a tribo de Levi era a maior tribo da Terra Prometida, eles foram os “ESCOLHIDOS” para guardar a Arca da Aliança com as sagradas escrituras. Assim como os Sacerdotes, portanto, representam, quem deveria melhor praticar os ensinamentos de Deus, mas que praticam caridade exclusiva, apenas entre os da mesma classe ou religião. 5. Azeite e vinho nas feridas = o azeite era o principal combustível na época para acender os lampiões, ou seja, representa o mecanismo que traz LUZ para iluminar onde há escuridão. O vinho, naquela época, antes da última ceia, era uma bebida que simbolizada BENÇÃOS para os judeus, usada em muitos rituais e celebrações judaicas. 6. Os 2 denários dados para tratar do doente = são a CARIDADE e a SABEDORIA. 7. O que gastar além = a abnegação, as vigílias, a paciência, a dedicação, tudo que for dado com amor será RECOMPENSADO. 8. O enfermeiro anônimo = em SILÊNCIO, com RESIGNAÇÃO e FÉ é como todos que recebem, verdadeiramente compreendem e praticam os ensinamentos de Deus, deveriam agir.
  • 21. QUE CONCLUSÕES PODEMOS TIRAR DESSA AULA? Das quatro parábolas que estudamos até agora, qual a que te chamou mais atenção? Por quê? Você acredita que o estudo de hoje vai mudar alguma coisa em sua vida? Foi bom para você essa aula? Por quê? FIM Agradeço a oportunidade e fico à disposição. Lilian Dias