antonio inacio ferraz, técnico erm agropecuária-cana-de-açúcar no Brasil
Aula cacau
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACREUNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
Departamento de Ciências Biológicas e da NaturezaDepartamento de Ciências Biológicas e da Natureza
CULTURA DO CACAUCULTURA DO CACAU
Disciplina: Culturas PerenesDisciplina: Culturas Perenes
Prof.: Vanderley BorgesProf.: Vanderley Borges
Rio Branco, ACRio Branco, AC
2. 1. Introdução1. Introdução
lenda Mexicana:lenda Mexicana: deusa Quetzalcoatl deu a árvore de cacaudeusa Quetzalcoatl deu a árvore de cacau
à humanidade;à humanidade;
11osos
registros sobre cacau:registros sobre cacau: era pré-colombiana (América);era pré-colombiana (América);
Maias:Maias: 11osos
povos a cultivar a árvore do cacau e utilizar empovos a cultivar a árvore do cacau e utilizar em
cerimônias;cerimônias;
MaiasMaias →→ AstecasAstecas (cultivo);(cultivo);
sementes com “forças mágicas”:sementes com “forças mágicas”: meio de pagamento;meio de pagamento;
22
uso:uso: Astecas preparavam bebida espumante, espessa eAstecas preparavam bebida espumante, espessa e
estimulanteestimulante →→ xocolatl;xocolatl;
bebida semelhante ao suco de cupuaçu;bebida semelhante ao suco de cupuaçu;
3. 1. Introdução1. Introdução
preparo:preparo: sementes eram torradas, trituradas e misturadas àsementes eram torradas, trituradas e misturadas à
farinha de milho e usada como bebida quente;farinha de milho e usada como bebida quente;
considerada sagrada, era servida com cerimôniasconsiderada sagrada, era servida com cerimônias
e rituais, em sofisticados banquetes;e rituais, em sofisticados banquetes;
11oo
contato dos europeus com o cacau:contato dos europeus com o cacau: julho de 1502;julho de 1502;
33
Cristóvão Colombo (Honduras):Cristóvão Colombo (Honduras): canoa indígenacanoa indígena
contendo mercadorias e entre elas, cacau;contendo mercadorias e entre elas, cacau;
cultivo e utilização estavam estabelecidos entrecultivo e utilização estavam estabelecidos entre
osos
indígenas da América Central;indígenas da América Central;
cacau chegou à Europa por Cristóvão Colombocacau chegou à Europa por Cristóvão Colombo
→→
curiosidade;curiosidade;
4. 1. Introdução1. Introdução
EspanhaEspanha:: primeiros a aproveitar o valor comercial, levandoprimeiros a aproveitar o valor comercial, levando
sementes a diversas ilhas (Caribe e África);sementes a diversas ilhas (Caribe e África);
44
espanhóis:espanhóis: torraram as sementes e adicionaram açúcar;torraram as sementes e adicionaram açúcar;
ItáliaItália:: Francesco Carletti, em visita à América Central, viu comoFrancesco Carletti, em visita à América Central, viu como
os índios preparavam a bebida;os índios preparavam a bebida;
1606:1606: chocolate estava estabelecido entre os italianos;chocolate estava estabelecido entre os italianos;
FrançaFrança:: menos de 10 anos mais tarde, a côrte Francesamenos de 10 anos mais tarde, a côrte Francesa
também adotou a bebida exótica;também adotou a bebida exótica;
franceses:franceses: final do século 17 asseguraram o seu própriofinal do século 17 asseguraram o seu próprio
fornecimento com plantações em Cuba e Haiti;fornecimento com plantações em Cuba e Haiti;
≈≈ 1650:1650: italianos e francesesitalianos e franceses →→ Alemanha e Inglaterra;Alemanha e Inglaterra;
5. 1. Introdução1. Introdução 55
Inglaterra:Inglaterra: estabelecimento para tomar chocolate queestabelecimento para tomar chocolate que
concorriam com as de chá;concorriam com as de chá;
algumas farmácias vendiam como medicinal;algumas farmácias vendiam como medicinal;
consumo propagou-se:consumo propagou-se: casamentos entre as côrtescasamentos entre as côrtes
européias difundiram e colocaram em moda;européias difundiram e colocaram em moda;
séculos 17 e 18:séculos 17 e 18: chocolate permaneceu uma bebidachocolate permaneceu uma bebida
exclusiva para os ricos e nobres;exclusiva para os ricos e nobres;
século 19:século 19: disponibilizado para população européia;disponibilizado para população européia;
observado por botânicos desde 1582:observado por botânicos desde 1582: LineuLineu
classificou o cacau como "Theobroma“ (bebida dos deuses);classificou o cacau como "Theobroma“ (bebida dos deuses);
6. 1. Introdução1. Introdução 66
Brasil:Brasil: cultivo foi ordenado por carta régia em 1678;cultivo foi ordenado por carta régia em 1678;
sul da Bahia:sul da Bahia: ambiente perfeitoambiente perfeito →→ 17831783 →→ lavoura cacaueiralavoura cacaueira
já era significativa na região de Ilhéus;já era significativa na região de Ilhéus;
≈≈ 150 anos:150 anos: cacau símbolo de status, poder e riqueza entrecacau símbolo de status, poder e riqueza entre
"coronéis" baianos."coronéis" baianos.
1.1. Propriedades e usos1.1. Propriedades e usos
efeito estimulante:efeito estimulante: teobrominateobromina →→ alcalóide volátil, amargo,alcalóide volátil, amargo,
cristalino, incolor, diurético e tonificante;cristalino, incolor, diurético e tonificante;
rico em cafeína, glicosídeo e cacauína;rico em cafeína, glicosídeo e cacauína;
sementesemente:: apresenta fécula, açúcar, amido, ácido oxálico,apresenta fécula, açúcar, amido, ácido oxálico,
tanino, enzimas hidrolizantes e óleo;tanino, enzimas hidrolizantes e óleo;
7. 1.1. Propriedades e usos do fruto1.1. Propriedades e usos do fruto
polpapolpa:: contém 12% de sacarina (adocicada e ácida);contém 12% de sacarina (adocicada e ácida);
polpa fermentada:polpa fermentada: vinho, licor, vinagre fino, suco, geléia,vinho, licor, vinagre fino, suco, geléia,
aguardente e álcool de boa qualidade;aguardente e álcool de boa qualidade;
casca:casca: utilizada na alimentação de bovinos (utilizada na alimentação de bovinos (⇑⇑ qualidade) equalidade) e
produção de biogás e fertilizantes.produção de biogás e fertilizantes.
77
1.2. Chocolate atual1.2. Chocolate atual
1825:1825: Coenraad van Houten pesquisou bebida mais fina que aCoenraad van Houten pesquisou bebida mais fina que a
original dos astecas;original dos astecas;
1828:1828: primeira prensa de cacau;primeira prensa de cacau;
prensagem:prensagem: eliminou 2/3 da gordura;eliminou 2/3 da gordura;
8. 1.2. Chocolate1.2. Chocolate
restante:restante: seco e reduzido a um pó que, misturado com leite ouseco e reduzido a um pó que, misturado com leite ou
água, tornava-se bebida leve e fina;água, tornava-se bebida leve e fina;
gordura:gordura: massa que se solidificava à Tmassa que se solidificava à Too
ambienteambiente →→ manteigamanteiga
de cacau;de cacau;
88
1847:1847: Fry & Sons (Inglaterra) começou misturar "resíduo“ +Fry & Sons (Inglaterra) começou misturar "resíduo“ +
pasta de cacau + açúcarpasta de cacau + açúcar →→ sólido com sabor do chocolate;sólido com sabor do chocolate;
1875:1875: produção comercial do “chocolate ao leite”.produção comercial do “chocolate ao leite”.
México:México: chocolate tornou-se tão popular a ponto de serchocolate tornou-se tão popular a ponto de ser
servidoservido
em festividades religiosas;em festividades religiosas;
América Central:América Central: distribuído nos velórios e recomendadodistribuído nos velórios e recomendado
para mães lactantes.para mães lactantes.
9. 2. Origem e histórico2. Origem e histórico
origem:origem: região dos rios Napo, Putumayo e Caquetá;região dos rios Napo, Putumayo e Caquetá;
centro naturalcentro natural →→ AndesAndes →→ Venezuela, Colômbia,Venezuela, Colômbia,
Equador, países da América Central e México;Equador, países da América Central e México;
dispersão:dispersão: também ao longo do rio Amazonastambém ao longo do rio Amazonas →→ populaçõespopulações
no Brasil e Guianas;no Brasil e Guianas;
BrasilBrasil →→ ÁfricaÁfrica (São Tomé e Príncipe);(São Tomé e Príncipe);
99
posteriormente introduzido em Gana, Nigéria,posteriormente introduzido em Gana, Nigéria,
Costa do Marfim, Camarões e Malásia;Costa do Marfim, Camarões e Malásia;
gênerogênero TheobromaTheobroma (22 sp.)(22 sp.): presentes nas florestas: presentes nas florestas
úmidas do hemisfério ocidental (18úmidas do hemisfério ocidental (18oo
N e 15N e 15oo
S), mas apenasS), mas apenas T.T.
cacaocacao (cacau) e(cacau) e T. grandiflorumT. grandiflorum (cupuaçu) são exploradas.(cupuaçu) são exploradas.
10. 3. Importância da cultura3. Importância da cultura
cadeia produtiva do cacau:cadeia produtiva do cacau: atualmente investimentos deatualmente investimentos de
R$ 2,5 bilhões;R$ 2,5 bilhões;
≈≈ R$ 2 bilhões do setor primárioR$ 2 bilhões do setor primário (terra, benfeitorias);(terra, benfeitorias);
≅≅ 300 mil empregos diretos300 mil empregos diretos (embora do cacau(embora do cacau
dependemdependem
mais de três milhões de pessoas);mais de três milhões de pessoas);
movimento de vendas da cadeia:movimento de vendas da cadeia: ≈≈ R$ 2,5 bilhões;R$ 2,5 bilhões;
3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica
cadeia produtiva mundial:cadeia produtiva mundial: ≅≅ R$ 40 bilhões;R$ 40 bilhões;
1010
atualmente:atualmente: 58 países produtores;58 países produtores;
11. 3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica
regiões:regiões: América Central e do Sul, África e Ásia;América Central e do Sul, África e Ásia;
economia mundial de cacaueconomia mundial de cacau ►►
área plantada (2003):área plantada (2003): 6,987 milhões de ha;6,987 milhões de ha;
produção mundial de cacauprodução mundial de cacau ►►
produção por continente e paísprodução por continente e país ►►
1111
Brasil:Brasil: produto nobre e tradicional na agricultura;produto nobre e tradicional na agricultura;
atividade considerada de médios e grandesatividade considerada de médios e grandes
produtores:produtores:
anos 90:anos 90: mais de 45% das áreas cultivadas erammais de 45% das áreas cultivadas eram
superioressuperiores
a 100 ha, chegando a 62% no PA;a 100 ha, chegando a 62% no PA;
12. 3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica
cacauicultura nacional:cacauicultura nacional: forte crise na década de 1990;forte crise na década de 1990;
queda na área plantada:queda na área plantada: de 664.853 ha em 1990 parade 664.853 ha em 1990 para
582.351 ha em 2002;582.351 ha em 2002;
1212
origem da crise:origem da crise:
↓↓ preços internacionais face àpreços internacionais face à ⇑⇑ da produçãoda produção
mundial;mundial;
concorrência com países africanos;concorrência com países africanos;
⇑⇑ dos estoques nos países produtores;dos estoques nos países produtores;
falta de investimentos em novas técnicas defalta de investimentos em novas técnicas de
plantio;plantio; ‘‘vassoura de bruxa’ na Bahiavassoura de bruxa’ na Bahia (principal região)(principal região);;
13. 3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica 1313
Amazônia:Amazônia: área cultivadaárea cultivada ≅≅ 106 mil ha;106 mil ha;
PA e RO:PA e RO: 75% da área plantada (75% da área plantada (≈≈ 12 mil famílias);12 mil famílias);
PA e RO:PA e RO: 1,5 ton ano1,5 ton ano-1-1
de cacau seco em 1976 (extrativismo)de cacau seco em 1976 (extrativismo)
→→ 55 mil ton ano55 mil ton ano-1-1
em 1994;em 1994;
Região Norte:Região Norte: ⇑⇑ produtividade nos últimos anosprodutividade nos últimos anos ►►
resultado deve-se a novas tecnologias e aoresultado deve-se a novas tecnologias e ao
reaproveitamento de áreas degradadas;reaproveitamento de áreas degradadas;
panorama da produção brasileira de cacaupanorama da produção brasileira de cacau ►►
14. 3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica 1414
evolução da participação brasileira na produçãoevolução da participação brasileira na produção
mundial de cacaumundial de cacau ►►
opção para melhora da situação:opção para melhora da situação: investir eminvestir em
agriculturaagricultura
orgânica na cacauiculturaorgânica na cacauicultura →→ mercado europeu;mercado europeu;
Venezuela:Venezuela: cultivos orgânicoscultivos orgânicos →→ preços 20% superiores;preços 20% superiores;
consumo de achocolatadosconsumo de achocolatados →→ concentra-se em paísesconcentra-se em países
de clima frio:de clima frio:
Bélgica:Bélgica: 5,5 kg hab5,5 kg hab-1-1
anoano-1-1
;;
Argentina:Argentina: 3,8 kg hab3,8 kg hab-1-1
anoano-1-1
;;
Suíça e Áustria:Suíça e Áustria: 3,6 kg hab3,6 kg hab-1-1
anoano-1-1
;;
Inglaterra:Inglaterra: 3,4 kg hab3,4 kg hab-1-1
anoano-1-1
;;
Islândia:Islândia: 3,0 kg hab3,0 kg hab-1-1
anoano-1-1
;;
15. 3.1. Importância econômica3.1. Importância econômica 1515
consumo mundialconsumo mundial (continente e país)(continente e país) ►►
vendas de produtos de chocolate:vendas de produtos de chocolate: US$ 42 bilhões naUS$ 42 bilhões na
União Européia e US$ 13 bilhões nos EUA;União Européia e US$ 13 bilhões nos EUA;
população infantil nos EUA:população infantil nos EUA: ⇑⇑ em 5 milhões na últimaem 5 milhões na última
décadadécada →→ perspectiva deperspectiva de ⇑⇑ na demanda;na demanda;
Brasil:Brasil: capacidade de processamentocapacidade de processamento ≅≅ 200 mil t ano200 mil t ano-1-1
, mas, mas
demanda nacional é de 250 mil t anodemanda nacional é de 250 mil t ano-1-1
;;
problema:problema: necessidade de importarnecessidade de importar ≅≅ 50 mil t ano50 mil t ano-1-1
;;
importações brasileiras (2000):importações brasileiras (2000): US$ 60 milhõesUS$ 60 milhões →→
demanda industrial não atendida.demanda industrial não atendida.
16. 3.1. Importância social3.1. Importância social 1616
Amazônia:Amazônia: atividade cacaueiraatividade cacaueira →→ 1 emprego direto para cada1 emprego direto para cada
2,5 ha cultivados;2,5 ha cultivados;
PA:PA: ≅≅ 49.454 ha com cacau49.454 ha com cacau →→ 19.782 empregos diretos;19.782 empregos diretos;
comercialização no PA e MT:comercialização no PA e MT:
cada emprego permanentecada emprego permanente →→ 11 empregos11 empregos
temporários;temporários;
cada 90 t comercializadascada 90 t comercializadas →→ 14 empregos14 empregos
temporários;temporários;
somente na comercializaçãosomente na comercialização →→ 415 empregos415 empregos
diretos e 4.570 empregos temporários;diretos e 4.570 empregos temporários;
conclusão:conclusão: atividade propulsora do desenvolvimento daatividade propulsora do desenvolvimento da
regiãoregião
Amazônica, gerando renda e emprego.Amazônica, gerando renda e emprego.
17. 3.3. Importância ambiental3.3. Importância ambiental 1717
cacauicultura:cacauicultura: mantenedora do equilíbrio ambientalmantenedora do equilíbrio ambiental
(sombreamento(sombreamento exige preservação da floresta);exige preservação da floresta);
característica favorece sua adequação aoscaracterística favorece sua adequação aos
ecossistemas do trópico úmido.ecossistemas do trópico úmido.
18. 4. Botânica4. Botânica
Divisão - AngiospermasDivisão - Angiospermas
Classe - DicotyledoneaeClasse - Dicotyledoneae
Ordem - MalvalesOrdem - Malvales
Família - SterculiaceaeFamília - Sterculiaceae
Espécie - Espécie - Theobroma cacaoTheobroma cacao L.L.
Gênero -Gênero - TheobromaTheobroma
1818
19. 4.1. Descrição da planta4.1. Descrição da planta
árvore adulta:árvore adulta: 5 a 8 m de altura e 4 a 6 m de5 a 8 m de altura e 4 a 6 m de ∅∅ copa;copa;
ambiente de florestas: pode atingir 20 m de altura;ambiente de florestas: pode atingir 20 m de altura;
floresflores:: ±± 100.000 se desenvolvem sob forma de almofadas no100.000 se desenvolvem sob forma de almofadas no
tronco ou ramos lenhosostronco ou ramos lenhosos ►►
características:características: auto-imcompatíveis, menos de 5% sãoauto-imcompatíveis, menos de 5% são
fertilizadas e apenas 0,1% se transforma em frutos;fertilizadas e apenas 0,1% se transforma em frutos;
frutosfrutos:: pericarpo espesso e são sustentados por pedúnculospericarpo espesso e são sustentados por pedúnculos
lenhososlenhosos ►►
1919
características:características: coloração do verde (juventude) ao amarelocoloração do verde (juventude) ao amarelo
(maturidade), e outros do laranja ao roxo(maturidade), e outros do laranja ao roxo ►►
20. 4.1. Descrição da planta4.1. Descrição da planta
15 a 31 frutos:15 a 31 frutos: obtenção de 1 kg de cacau comercial;obtenção de 1 kg de cacau comercial;
sementesemente:: formato elipsóide, 2 cm a 3 cm de comprimento,formato elipsóide, 2 cm a 3 cm de comprimento,
recoberta por polpa mucilaginosarecoberta por polpa mucilaginosa ►►
início da produção econômica:início da produção econômica: ≈≈ 6 anos;6 anos;
ciclo:ciclo: pode ultrapassar 100 anos, mas produçãopode ultrapassar 100 anos, mas produção
economicamente viável é de 35 anos.economicamente viável é de 35 anos.
2020
21. 5. Melhoramento genético5. Melhoramento genético
melhoramento genético do cacaueiro:melhoramento genético do cacaueiro: início a poucoinício a pouco
mais de 60 anos;mais de 60 anos;
base dos trabalhos:base dos trabalhos: expedições botânicas à região deexpedições botânicas à região de
origem em 1933 e 1938;origem em 1933 e 1938;
características dos materiais selecionados:características dos materiais selecionados:
amêndoas secas comamêndoas secas com ≅≅ 1,1 g ou 93 amêndoas por1,1 g ou 93 amêndoas por
100 g;100 g;
55% de gordura e 11% de casca;55% de gordura e 11% de casca;
tolerância ou resistência a pragas regionais;tolerância ou resistência a pragas regionais;
2121
ampla adaptabilidade local;ampla adaptabilidade local;
melhoramento:melhoramento: impulsionado com a obtenção de heteroseimpulsionado com a obtenção de heterose
(vigor superior ao dos progenitores) para produção de frutos;(vigor superior ao dos progenitores) para produção de frutos;
22. 5. Melhoramento genético5. Melhoramento genético
heterose:heterose: obtida a partir do cruzamento entre clones deobtida a partir do cruzamento entre clones de
origemorigem
genética distinta;genética distinta;
sementes dos 1sementes dos 1osos
híbridos foram distribuídashíbridos foram distribuídas
entreentre
os produtores;os produtores;
2222
híbridoshíbridos ⇑⇑ produtividade:produtividade:
atualmente:atualmente: > 3.000 kg ha> 3.000 kg ha-1-1
anoano-1-1
..
anos 60:anos 60: ≅≅ 400 kg ha400 kg ha-1-1
anoano-1-1
;;
anos 70:anos 70: 750 kg ha750 kg ha-1-1
anoano-1-1
;;
23. 6. Materiais genéticos6. Materiais genéticos
materiais cultivados subdivididos em 3 grupos:materiais cultivados subdivididos em 3 grupos:
Criollos, Forasteros e Trinitários;Criollos, Forasteros e Trinitários;
opção:opção: híbridos provenientes de cruzamentos interclonais;híbridos provenientes de cruzamentos interclonais;
grupo Trinitário:grupo Trinitário: considerado um híbrido entre os demais;considerado um híbrido entre os demais;
escolha levará em conta:escolha levará em conta:
regiãoregião (altitude, latitude)(altitude, latitude);;
exigências edafoclimáticas;exigências edafoclimáticas;
condições econômicas e técnicas do produtor;condições econômicas e técnicas do produtor;
2323
híbridos devem apresentar:híbridos devem apresentar:
⇑⇑ produtividade de amêndoas secas;produtividade de amêndoas secas;
24. 6. Materiais genéticos6. Materiais genéticos
resistência ou tolerância a pragas/doenças;resistência ou tolerância a pragas/doenças;
tolerância a estresse nutricional;tolerância a estresse nutricional;
amêndoas com boas características organolépticasamêndoas com boas características organolépticas
(aroma e sabor)(aroma e sabor) e comerciais;e comerciais;
sistema radicular profundo;sistema radicular profundo;
sementes com qualidade fisiológica;sementes com qualidade fisiológica;
precocidade;precocidade;
⇑⇑ teor de gordurateor de gordura (manteiga de cacau)(manteiga de cacau);;
2424
instituições de pesquisa:instituições de pesquisa: fornecem informações sobrefornecem informações sobre
híbridos ou clones indicados para cada região;híbridos ou clones indicados para cada região;
vantagem dos clones:vantagem dos clones: mantém características da plantamantém características da planta
progenitora;progenitora;
25. 6. Materiais genéticos6. Materiais genéticos
devem apresentar:devem apresentar: resistênciaresistência à ‘vassoura de bruxa’;à ‘vassoura de bruxa’;
procedência:procedência: plantas vigorosas, produtivas e sadias.plantas vigorosas, produtivas e sadias.
2525
seqüência de clonagem:seqüência de clonagem: ►►
clones em produção.clones em produção. ►►
26. sem impedimentos;sem impedimentos; ►►
7. Exigências edafoclimáticas7. Exigências edafoclimáticas
7.1. Aptidão edáfica7.1. Aptidão edáfica
solos ideais:solos ideais:
areno-argilosos:areno-argilosos: regiões com alta precipitação pluvial masregiões com alta precipitação pluvial mas
chuvas bem distribuídas;chuvas bem distribuídas;
2626
argilosos:argilosos: regiões com períodos definidos de estiagem;regiões com períodos definidos de estiagem;
reação neutra ou ligeiramente ácida;reação neutra ou ligeiramente ácida;
teor médio a alto de nutrientes disponíveis;teor médio a alto de nutrientes disponíveis;
bem drenados, permeáveis, boa retenção de água;bem drenados, permeáveis, boa retenção de água;
profundos (1,2 a 1,5 m);profundos (1,2 a 1,5 m);
27. 7.1. Aptidão edáfica7.1. Aptidão edáfica
arenosos:arenosos: não recomendados (pouca retenção de água enão recomendados (pouca retenção de água e
maior lixiviação de nutrientes);maior lixiviação de nutrientes);
comum:comum: solos anteriormente com mata, capoeira ou emsolos anteriormente com mata, capoeira ou em
consórcio com outros cultivos ou pastagem.consórcio com outros cultivos ou pastagem.
2727
7.2. Aptidão climática7.2. Aptidão climática
águaágua:: precipitação pluvial de 1.300 a 2.200 mm;precipitação pluvial de 1.300 a 2.200 mm;
época crucial:época crucial: fase juvenil e frutificação;fase juvenil e frutificação;
regiões inaptas:regiões inaptas: disponibilidade hídrica < 100 mm mensais;disponibilidade hídrica < 100 mm mensais;
TToo
:: adapta-se a regiões com Tadapta-se a regiões com Too
médias superiores a 21°C;médias superiores a 21°C;
ideal:ideal: regiões com médias anuais entre 24 e 28regiões com médias anuais entre 24 e 28oo
C;C;
28. 7.2. Aptidão climática7.2. Aptidão climática 2828
época crucial:época crucial: fase juvenil e frutificação;fase juvenil e frutificação;
toleratolera (pouco tempo)(pouco tempo) TToo
mínimas próximas a 7°C;mínimas próximas a 7°C;
efeito da Tefeito da Too
::
inferiores a 12inferiores a 12oo
C:C: ⇓⇓ ou impedem a frutificação;ou impedem a frutificação;
TToo
baixas:baixas: ≈≈ injúrias nas amêndoasinjúrias nas amêndoas →→ produto finalproduto final
de qualidade inferior;de qualidade inferior;
luzluz:: exigência moderada (desenvolve-se em matas tropicais);exigência moderada (desenvolve-se em matas tropicais);
ventovento:: ⇑⇑ demanda de água, dificulta atividade dosdemanda de água, dificulta atividade dos
polinizadorespolinizadores
e provoca quebra dos galhos;e provoca quebra dos galhos;
ideal:ideal: abaixo de 2,5 m sabaixo de 2,5 m s-1-1
..
29. 8. Preparo da área8. Preparo da área
considerar:considerar: tipo de vegetação x sistema de implantação;tipo de vegetação x sistema de implantação;
sistemas mais comuns:sistemas mais comuns: derruba total, sub-bosque ederruba total, sub-bosque e
trilhamento;trilhamento;
derrubaderruba totaltotal:: mais utilizado na região amazônica e commais utilizado na região amazônica e com
melhores resultados;melhores resultados;
abrange as fases deabrange as fases de desmatamentodesmatamento,, balizamentobalizamento
ee instalação dos sombreamentosinstalação dos sombreamentos;;
2929
desmatamento:desmatamento: derrubada/queima dos restos, 4 mesesderrubada/queima dos restos, 4 meses
antesantes
do plantiodo plantio
favorece crescimento do sombreamento provisório;favorece crescimento do sombreamento provisório;
balizamentobalizamento:: distribuição de estacas (espaçamento 3 x 3 mdistribuição de estacas (espaçamento 3 x 3 m
→→
1.111 pl ha1.111 pl ha-1-1
)) ►►
30. 8. Preparo da área8. Preparo da área
sombreamentosombreamento:: ƒƒ regular a atividade fisiológica das plantasregular a atividade fisiológica das plantas
(restrição da luz);(restrição da luz);
luz plena:luz plena: intensa emissão de folhasintensa emissão de folhas →→ favorável tanto àfavorável tanto à
produção quanto a pragas (tripes);produção quanto a pragas (tripes);
3030
sombreamento deficiente:sombreamento deficiente: ⇑⇑ do metabolismo, exigindodo metabolismo, exigindo
maior suprimento de água e nutrientes;maior suprimento de água e nutrientes;
sombreamento em excesso:sombreamento em excesso: favorece aparecimento defavorece aparecimento de
doenças (vassoura-de-bruxa, mal rosado, podridão parda);doenças (vassoura-de-bruxa, mal rosado, podridão parda);
condução do sombreamento:condução do sombreamento:
estádios iniciais da cultura:estádios iniciais da cultura: 25% a 50% de25% a 50% de
luminosidade;luminosidade;
estádios + avançados:estádios + avançados: 70% (desbaste das plantas do70% (desbaste das plantas do
sombreamento provisório);sombreamento provisório);
31. 8. Preparo da área8. Preparo da área
sombreamento provisóriosombreamento provisório:: proteção na fase juvenil contraproteção na fase juvenil contra
injúrias pelo sol e ventos;injúrias pelo sol e ventos;
3131
opções:opções: bananeira, mandioca, guandu, mamona, mamãobananeira, mandioca, guandu, mamona, mamão
(todos no mesmo espaçamento do cacau - 3 x 3 m);(todos no mesmo espaçamento do cacau - 3 x 3 m);
época de plantio:época de plantio: 4 a 6 meses antes do plantio do cacau;4 a 6 meses antes do plantio do cacau;
sombreamento definitivosombreamento definitivo:: estabiliza as condições micro-estabiliza as condições micro-
ambientais do cultivo;ambientais do cultivo;
opções:opções: gmelinagmelina ((Gmelina arbórea)Gmelina arbórea),, eritrinaeritrina ((Erytrina poeppigiana)Erytrina poeppigiana),,
paricáparicá ((Schyzolobium amazonicumSchyzolobium amazonicum)), amaparana, amaparana ((Bagassa guianensisBagassa guianensis));;
espaçamento sombreamento:espaçamento sombreamento: ƒƒ ∅∅ copa da espéciecopa da espécie
sombreadorasombreadora →→ 20 x 20 m, 25 x 25 m, 30 x 30 m;20 x 20 m, 25 x 25 m, 30 x 30 m;
cuidados:cuidados: plantio na mesma linha facilita os tratos culturais;plantio na mesma linha facilita os tratos culturais;
32. manter:manter: 30 árvores de maior30 árvores de maior ∅∅ haha-1-1
e algumas de menore algumas de menor ∅∅
(menores serão eliminadas 2 ou 3 anos após o plantio);(menores serão eliminadas 2 ou 3 anos após o plantio); ►►
8. Preparo da área8. Preparo da área 3232
época de plantio:época de plantio: mesma do sombreamento provisório;mesma do sombreamento provisório;
sub-bosquesub-bosque:: usado em áreas de capoeira ou capoeirão;usado em áreas de capoeira ou capoeirão;
desvantagem:desvantagem: competição por luz com a cultura do cacaucompetição por luz com a cultura do cacau →→
cacaueiros ficam menos vigorosos;cacaueiros ficam menos vigorosos;
selecionar:selecionar: árvores vigorosas, com copasárvores vigorosas, com copas ±± densas, fustesdensas, fustes
eretos e não sujeitas ao tombamento;eretos e não sujeitas ao tombamento;
trilhamentotrilhamento:: também derruba-se totalmente a vegetaçãotambém derruba-se totalmente a vegetação
nativa e espera a regeneração.nativa e espera a regeneração. ►►
33. 9. Nutrição e adubação9. Nutrição e adubação
macronutrientes:macronutrientes: K e N em maior quantidade, CaK e N em maior quantidade, Ca
intermediária e P e Mg em menor quantidade;intermediária e P e Mg em menor quantidade;
22oo
ano (produção) em diante:ano (produção) em diante: início das chuvasinício das chuvas →→ épocaépoca
de intensa floração;de intensa floração;
3333
11aa
adubação:adubação: 2-4 meses após transplantio das mudas (2 x);2-4 meses após transplantio das mudas (2 x);
principais fertilizantes químicos:principais fertilizantes químicos:
N:N: uréia, sulfato de amônio, nitrocálcio, nitrato de potássio;uréia, sulfato de amônio, nitrocálcio, nitrato de potássio;
P:P: fosfato mono e diamônico, SS, ST;fosfato mono e diamônico, SS, ST;
K:K: cloreto e sulfato de K, sulfato duplo de K e Mg;cloreto e sulfato de K, sulfato duplo de K e Mg;
quantidade de nutrientes no cacaueiroquantidade de nutrientes no cacaueiro ►►
34. 9. Nutrição e adubação9. Nutrição e adubação 3434
escolha das fontes de nutrientes:escolha das fontes de nutrientes: ƒƒ propriedadespropriedades
químicas e textura do solo;químicas e textura do solo;
N (uréia):N (uréia): aplicada superficialmente em solos com resíduosaplicada superficialmente em solos com resíduos
orgânicos frescos pode se perder na forma de amôniaorgânicos frescos pode se perder na forma de amônia
(microrganismos);(microrganismos);
N (forma de nitrato):N (forma de nitrato): regiões deregiões de ⇑⇑ chuvas se perdechuvas se perde
facilmente por percolação;facilmente por percolação;
adubação fosfatada:adubação fosfatada: fontes altamente solúveis em águafontes altamente solúveis em água
apresentam melhores resultados;apresentam melhores resultados;
desenvolvimento inicial:desenvolvimento inicial: colocar adubos sob a área dacolocar adubos sob a área da
copa, de acordo com cada fasecopa, de acordo com cada fase ►►
cultura já formada:cultura já formada: aplicações poderão ser feitas à lanço eaplicações poderão ser feitas à lanço e
em cobertura, com boa distribuição.em cobertura, com boa distribuição.
35. 10. Mudas – plantio - manejo10. Mudas – plantio - manejo
tamanhotamanho:: ƒƒ número de mudas a serem formadas;número de mudas a serem formadas;
10.1. Construção do viveiro10.1. Construção do viveiro
localizaçãolocalização:: considerar distância, topografia, drenagem,considerar distância, topografia, drenagem,
luminosidade;luminosidade;
3535
distância:distância: próxima à área de plantio e de água de qualidade;próxima à área de plantio e de água de qualidade;
topografia:topografia: evitar áreas íngremes ou muito planas;evitar áreas íngremes ou muito planas; ::
luminosidade:luminosidade: luz abundanteluz abundante ⇓⇓ risco de doenças e acelera orisco de doenças e acelera o
desenvolvimento das mudas, mas pode queimar as folhas;desenvolvimento das mudas, mas pode queimar as folhas;
materialmaterial:: preferir materiais de baixo custo;preferir materiais de baixo custo;
laterais:laterais: protegidas contra ventos e animais.protegidas contra ventos e animais.
36. 10.2. Formação das mudas10.2. Formação das mudas 3636
substratosubstrato:: camada superficial (0-10 cm) de solos sob mata;camada superficial (0-10 cm) de solos sob mata;
livre de impurezaslivre de impurezas ►►
tamanhotamanho dosdos sacossacos:: ƒƒ permanência das mudas no viveiro;permanência das mudas no viveiro;
permanência:permanência: ƒƒ chuva e sombreamento no plantio;chuva e sombreamento no plantio;
enchimentoenchimento:: ±± 3 cm da borda e compactação substrato3 cm da borda e compactação substrato ►►
disposição:disposição: faixas de 1 m com ruas de 1 m;faixas de 1 m com ruas de 1 m; ►►
obtenção das sementes;obtenção das sementes; ►►
sacos devem ser furados;sacos devem ser furados;
regar os sacos antes da semeadura;regar os sacos antes da semeadura;
37. 10.2. Formação das mudas10.2. Formação das mudas 3737
semeadura:semeadura: sementes asementes a ±± 1 cm, base para baixo, cobertas1 cm, base para baixo, cobertas
com de 2 cm de substrato;com de 2 cm de substrato; ►►
atenção:atenção: semeadura no viveiro deve ser feita em época quesemeadura no viveiro deve ser feita em época que
permita levar a muda para o campo compermita levar a muda para o campo com ≅≅ 6 meses;6 meses;
mudas formadas.mudas formadas. ►►
10.3. Cuidados com o viveiro10.3. Cuidados com o viveiro
irrigaçãoirrigação:: dias alternados na estiagemdias alternados na estiagem ►►
imprescindível água de qualidade;imprescindível água de qualidade;
38. 10.3. Cuidados com o viveiro10.3. Cuidados com o viveiro
adubaçãoadubação:: logo nas primeiras folhas verde pálido (N);logo nas primeiras folhas verde pálido (N);
3838
adubação foliar:adubação foliar: N (50 g uréia 10 LN (50 g uréia 10 L-1-1
água), a cada 15 dias,água), a cada 15 dias,
até o fim dos sintomas;até o fim dos sintomas;
sombreamentosombreamento:: início das chuvas, retirar parte da coberturainício das chuvas, retirar parte da cobertura
→→ melhor arejamento e iluminação;melhor arejamento e iluminação;
próximo ao transplantio:próximo ao transplantio: aclimatar as mudas;aclimatar as mudas; ►►
ervaservas invasorasinvasoras:: controle manual, químico ou culturalcontrole manual, químico ou cultural ►►
pragaspragas:: formigas, grilos, vaquinhas, lagartas e gafanhotosformigas, grilos, vaquinhas, lagartas e gafanhotos
aparecem após as surgimento das primeiras folhas;aparecem após as surgimento das primeiras folhas;
prejuízos:prejuízos: ⇓⇓ área foliar;área foliar;
39. 10.3. Cuidados com o viveiro10.3. Cuidados com o viveiro 3939
controle:controle: rápido para não ultrapassar o NDE;rápido para não ultrapassar o NDE;
NDE:NDE: destruição de 50% da área foliar;destruição de 50% da área foliar;
doençasdoenças:: queima das folhas (queima das folhas (PhytophthoraPhytophthora) e antracnose) e antracnose
((ColetotrichumColetotrichum););
patógenos:patógenos: favorecidos por sombreamento intenso;favorecidos por sombreamento intenso;
solução:solução: ⇓⇓ sombreamento, mudas doentes e aplicarsombreamento, mudas doentes e aplicar
fungicidas;fungicidas;
pode ocorrer ‘vassoura-de-bruxa’pode ocorrer ‘vassoura-de-bruxa’ (engrossamento do(engrossamento do
broto terminal e secamento das folhas + novas):broto terminal e secamento das folhas + novas):
eliminar mudas doenteseliminar mudas doentes..
40. 10.4. Plantio e manejo10.4. Plantio e manejo
transplante:transplante: considerar sombreamento no campo econsiderar sombreamento no campo e
distribuição das chuvas;distribuição das chuvas;
sombreamento provisório formado:sombreamento provisório formado: transplantar notransplantar no
início das chuvas (mudas cominício das chuvas (mudas com ≅≅ 6 meses);6 meses);
selecionar as mudas;selecionar as mudas;
cuidados no plantio:cuidados no plantio: remover saco sem destruir torrão;remover saco sem destruir torrão;
4040
densidade populacional:densidade populacional: ƒƒ fertilidade do solo e objetivosfertilidade do solo e objetivos
da exploração (1.000 a 2.000 plantas hada exploração (1.000 a 2.000 plantas ha-1-1
););
espaçamento:espaçamento: 3 x 3 m3 x 3 m →→ 1.111 plantas ha1.111 plantas ha-1-1
;;
irrigação logo após plantio:irrigação logo após plantio: ⇑⇑ pegamento;pegamento;
41. 10.4. Plantio e manejo10.4. Plantio e manejo
tratos culturaistratos culturais após plantio:após plantio: roçagem, desbrota, poda eroçagem, desbrota, poda e
manejo do sombreamento;manejo do sombreamento;
4141
roçagemroçagem:: manter área livre de ervas invasoras;manter área livre de ervas invasoras;
desbrotadesbrota:: ramos doentes, mal-formados e improdutivos;ramos doentes, mal-formados e improdutivos; ►►
podapoda:: formata a copa, promove limpeza,formata a copa, promove limpeza, ⇑⇑ arejamento earejamento e
facilita tratos culturais e colheitasfacilita tratos culturais e colheitas ►►
manejomanejo dodo sombreamentosombreamento:: evitar fechamento excessivo.evitar fechamento excessivo.
42. 4242
opções:opções: mandioca, banana, guandu e mamona e feijão;mandioca, banana, guandu e mamona e feijão;
vantagens:vantagens:
recuperação da fertilidade do solorecuperação da fertilidade do solo;;
conservação do solo;conservação do solo;
melhora as propriedades físicas, químicas emelhora as propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo;biológicas do solo;
controle de invasoras;controle de invasoras;
ciclagem de nutrientes;ciclagem de nutrientes;
11. Consorciação11. Consorciação
aproveitamento de adubo residual;aproveitamento de adubo residual;
maior eficiência no uso de máquinas,maior eficiência no uso de máquinas,
equipamentosequipamentos
e mão de obra;e mão de obra;
43. 11. Consorciação11. Consorciação
diversificação do sistema produtivo;diversificação do sistema produtivo;
aumento da produtividade e lucratividade;aumento da produtividade e lucratividade;
4343
pesquisas:pesquisas: seringueira é opção para consórcioseringueira é opção para consórcio
fileiras triplas de cacaufileiras triplas de cacau (3 x 3 m)(3 x 3 m);;
fileiras duplas de seringueirafileiras duplas de seringueira (5 m entrelinhas x 2 m(5 m entrelinhas x 2 m
entre plantas);entre plantas);
espaçamento entre fileiras duplas de seringueira:espaçamento entre fileiras duplas de seringueira:
1010
m.m. ►►
44. 12. Pragas, doenças e invasoras12. Pragas, doenças e invasoras
12.1. Pragas12.1. Pragas
pragas temporáriaspragas temporárias:: ocorrência sazonal (ocorrência sazonal (ƒƒ fenologia dafenologia da
planta e condições climáticas;planta e condições climáticas;
importantes:importantes: tripes, chupança, vaquinhas, lagartas, abelhatripes, chupança, vaquinhas, lagartas, abelha
cachorro, manhoso e broca dos frutos;cachorro, manhoso e broca dos frutos;
4444
tripestripes ((Selenothrips rubrocinctusSelenothrips rubrocinctus): ocorre na estação seca e em): ocorre na estação seca e em
lavouras pouco sombreadaslavouras pouco sombreadas ►►
sintomas nas folhas:sintomas nas folhas: cloroseclorose →→ necrose;necrose;
preferência;preferência; ►►
45. 12.1. Pragas12.1. Pragas
sintomas em frutossintomas em frutos;; ►►
controle cultural:controle cultural: sombreamento;sombreamento;
4545
controle químico:controle químico: NDENDE
2 adultos por folha, em 1000 folhas de 100 plantas2 adultos por folha, em 1000 folhas de 100 plantas
amostradas ao acaso na área;amostradas ao acaso na área;
produtos:produtos: carbaril (5%) ou endossulfan (3%);carbaril (5%) ou endossulfan (3%);
se necessário 2 aplicaçõesse necessário 2 aplicações →→ após 20 dias;após 20 dias;
chupançachupança (Monalonion(Monalonion spp.spp.):): percevejo ataca folhas, ramos epercevejo ataca folhas, ramos e
frutos novos;frutos novos;
sintomas nos ramos e folhas:sintomas nos ramos e folhas: necrose nos locais danecrose nos locais da
picada;picada;
46. 12.1. Pragas12.1. Pragas 4646
ataque intenso:ataque intenso: ramos poderão secar;ramos poderão secar;
sintomas em frutos:sintomas em frutos: manchas salientes e posterior quedamanchas salientes e posterior queda
de frutos jovens;de frutos jovens;
controle:controle: 16 kg ha16 kg ha-1-1
de carbaril (5%), no período de maiorde carbaril (5%), no período de maior
brotação de folhas;brotação de folhas;
vaquinhavaquinha ((Maecolaspis ornataMaecolaspis ornata): destroem folhas novas): destroem folhas novas →→ ⇓⇓
dada
área foliar;área foliar; ►►
controle:controle: carbaril (5%) - 16 kg hacarbaril (5%) - 16 kg ha-1-1
;;
lagartaslagartas:: abundantes em cultivos de cacau, mas populaçãoabundantes em cultivos de cacau, mas população
não chega atingir níveis elevados;não chega atingir níveis elevados; ►►
47. 12.1. Pragas12.1. Pragas 4747
controle no viveiro e campo:controle no viveiro e campo: carbaril (5%) ou triclorfoncarbaril (5%) ou triclorfon
(2,5%);(2,5%);
abelhaabelha cachorrocachorro ((TrigonaTrigona spinipesspinipes): destrói folhas para): destrói folhas para
construir ninhos com as fibrasconstruir ninhos com as fibras ►►
controle:controle: destruir ninhos na mata próxima;destruir ninhos na mata próxima;
manhosomanhoso ((Chalcodermus angulicollisChalcodermus angulicollis): coleóptero praga no): coleóptero praga no
Equador, Venezuela, Trinidad, Suriname e Brasil;Equador, Venezuela, Trinidad, Suriname e Brasil;
Brasil:Brasil: considerado problema na Amazônia, com severasconsiderado problema na Amazônia, com severas
infestações em RO;infestações em RO;
adultos:adultos: alimentam-se nos ramos ou troncos de plantasalimentam-se nos ramos ou troncos de plantas
jovens;jovens;
48. 12.1. Pragas12.1. Pragas 4848
larvas:larvas: destroem o sistema vascular das plantas;destroem o sistema vascular das plantas;
sintomas:sintomas: escurecimento da casca, presença de serragem eescurecimento da casca, presença de serragem e
exsudação gomosa na região afetada;exsudação gomosa na região afetada;
conseqüências:conseqüências: pode haver morte de plantas jovens ou mápode haver morte de plantas jovens ou má
formação da copa de plantas adultas;formação da copa de plantas adultas;
controle cultural:controle cultural: eliminar galhos e plantas mortos;eliminar galhos e plantas mortos;
controle químico:controle químico: 450 mL de endosulfan (35%) ou 400 mL450 mL de endosulfan (35%) ou 400 mL
de endrin (20%) em 100 L água;de endrin (20%) em 100 L água;
2 a 3 pulverizações, com intervalo de 20 dias;2 a 3 pulverizações, com intervalo de 20 dias;
49. 12.1. Pragas12.1. Pragas
brocabroca dosdos frutosfrutos ((Conotrachelus humeropictusConotrachelus humeropictus): larvas): larvas
furamfuram
frutos e propiciam entrada de fungos;frutos e propiciam entrada de fungos; ►►
controle profilático:controle profilático: recolher e queimar frutos atacados;recolher e queimar frutos atacados;
4949
controle químico:controle químico: 2 a 3 pulverizações (endosulfan 35% - 1,52 a 3 pulverizações (endosulfan 35% - 1,5
L haL ha-1-1
) em intervalo de 20 dias;) em intervalo de 20 dias;
época de controle:época de controle: formação dos bilros;formação dos bilros; ►►
pragas permanentespragas permanentes:: formiga caçarema, formiga deformiga caçarema, formiga de
enxerto, formiga de fogo, saúvas e quenquéns;enxerto, formiga de fogo, saúvas e quenquéns;
formigaformiga caçaremacaçarema ((Azteca chartifexAzteca chartifex): associadas a insetos): associadas a insetos
sugadores;sugadores;
50. 12.1. Pragas12.1. Pragas
danos diretos:danos diretos: quebra de galhos pelo peso dos ninhos equebra de galhos pelo peso dos ninhos e ⇓⇓
área de emissão de flores;área de emissão de flores;
formigaformiga dede enxertoenxerto ((Azteca paraensisAzteca paraensis): destrói ramos e): destrói ramos e
brotações novas,brotações novas, ⇓⇓ vitalidade das plantas;vitalidade das plantas;
5050
controle:controle: polvilhar ninho com carbaril (5%);polvilhar ninho com carbaril (5%);
danos indiretos:danos indiretos: criam e protegem sugadores;criam e protegem sugadores;
controle:controle: carbaril (5%) no ninho (bomba injetora);carbaril (5%) no ninho (bomba injetora);
formigaformiga dede fogofogo ((Wasmannia auropunctataWasmannia auropunctata): criam e): criam e
protegem sugadores;protegem sugadores; ►►
problema sério:problema sério: causam ferimentos nos operários;causam ferimentos nos operários;
51. 12.1. Pragas12.1. Pragas 5151
controle:controle: polvilhar ninho com carbaril (5%);polvilhar ninho com carbaril (5%);
saúvassaúvas ((Atta sexdensAtta sexdens)) ee quenquénsquenquéns ((AcromyrmexAcromyrmex sp.):sp.):
desfolha parcial ou total da plantadesfolha parcial ou total da planta →→ morte;morte;
controle:controle: destruir formigueiros;destruir formigueiros;
cochonilhacochonilha ((Maconellicoccus hirsutusMaconellicoccus hirsutus): sugam a seiva e): sugam a seiva e
associam-se a formigasassociam-se a formigas ►►
grilosgrilos:: alimentam-se do limbo foliaralimentam-se do limbo foliar →→ ⇓⇓ a transpiração e a áreaa transpiração e a área
fotossinteticamente ativa;fotossinteticamente ativa;
cupinscupins:: provocam quebra de galhos e dificultam colheita.provocam quebra de galhos e dificultam colheita. ►►
52. 12.2. Doenças12.2. Doenças
vassouravassoura--dede--bruxabruxa ((Crinipellis perniciosaCrinipellis perniciosa): doença mais): doença mais
importante na cacauicultura;importante na cacauicultura;
sintomassintomas::
principais doenças:principais doenças: vassoura-de-bruxa, podridão parda,vassoura-de-bruxa, podridão parda,
antracnose e mal-rosado, monilíase;antracnose e mal-rosado, monilíase;
intensa brotação de gemas lateraisintensa brotação de gemas laterais (vassoura);(vassoura);
brotos ficam com <brotos ficam com < ∅∅ e comprimento, folhase comprimento, folhas
curvadas e retorcidas;curvadas e retorcidas; ►►
flores ficam atrofiadasflores ficam atrofiadas →→ frutos deformados quefrutos deformados que
morrem prematuramente;morrem prematuramente;
5252
frutos ficam globosos e se tornam negros efrutos ficam globosos e se tornam negros e
endurecidos;endurecidos; ►►
amêndoas ficam seriamente danificadas;amêndoas ficam seriamente danificadas;
53. 12.2. Doenças12.2. Doenças
esporos disseminados pelo vento:esporos disseminados pelo vento: contaminação dacontaminação da
lavoura pode ser rápida;lavoura pode ser rápida;
remover tecidos infectadosremover tecidos infectados (ramos, flores, frutos);(ramos, flores, frutos);
desbastar cacaueiros com espaçamentos < 2,5 xdesbastar cacaueiros com espaçamentos < 2,5 x
2,5 m;2,5 m;
retirar árvores de copa muito baixa e compactaretirar árvores de copa muito baixa e compacta
(evitar sombreamento intenso);(evitar sombreamento intenso);
5353
controle culturalcontrole cultural
cultivos em início de infecção:cultivos em início de infecção: remoção das vassourasremoção das vassouras
logo após aparecimento;logo após aparecimento;
cultivos altamente infectados:cultivos altamente infectados: eliminar vassouraseliminar vassouras
remanescentesremanescentes logo após a colheita;logo após a colheita;
54. 12.2. Doenças12.2. Doenças
cuidados no controle cultural:cuidados no controle cultural:
flores serão removidas com um pouco de casca,flores serão removidas com um pouco de casca,
sem atingir lenho;sem atingir lenho;
remoção das vassouras:remoção das vassouras: cortar ramo 12-20 cm abaixocortar ramo 12-20 cm abaixo
dada
infecção;infecção;
eliminar material infectado;eliminar material infectado;
5454
práticas que auxiliam no controle:práticas que auxiliam no controle:
adubação com micronutrientesadubação com micronutrientes (Mn e Si):(Mn e Si): ⇓⇓ % plântulas% plântulas
infectadas (pesquisa);infectadas (pesquisa);
genótipos resistentes ou tolerantes.genótipos resistentes ou tolerantes.
podridãopodridão pardaparda ((Phytophthora megakaryaPhytophthora megakarya): desenvolve-se): desenvolve-se
nas mudas, tronco e frutos;nas mudas, tronco e frutos;
55. 12.2. Doenças12.2. Doenças 5555
sintomas nos frutos:sintomas nos frutos:
manchas;manchas; ►►
frutos novos:frutos novos: manchas, enrugamento e escurecimento;manchas, enrugamento e escurecimento;
controle cultural:controle cultural: remoção e destruição de frutos comremoção e destruição de frutos com
lesões mínimas;lesões mínimas;
controle químico:controle químico: pulverizações mensais a partir dapulverizações mensais a partir da
frutificação (fungicida cúprico - 400 g 10 Lfrutificação (fungicida cúprico - 400 g 10 L-1-1
água);água);
sintomas no tronco:sintomas no tronco:
exsudação de líquido avermelhado na casca;exsudação de líquido avermelhado na casca;
infecção pode atingir o lenho e matar a planta;infecção pode atingir o lenho e matar a planta;
controle químico:controle químico: remover tecido lesionado e aplicar pastaremover tecido lesionado e aplicar pasta
cúprica;cúprica;
56. 12.2. Doenças12.2. Doenças 5656
sintomas em mudas:sintomas em mudas:
queima das folhas e tombamento;queima das folhas e tombamento;
controle cultural viveiro:controle cultural viveiro: eliminar mudas doentes eeliminar mudas doentes e
reduzirreduzir
excesso de sombra e umidade (drenagem);excesso de sombra e umidade (drenagem);
controle cultural campo:controle cultural campo: idem viveiroidem viveiro;;
controle químico:controle químico: pulverizações mensais (fungicidapulverizações mensais (fungicida
cúpricocúprico
- 30 g 10 L- 30 g 10 L-1-1
água);água);
antracnoseantracnose ((Colletotrichum gloeosporioidesColletotrichum gloeosporioides): folhas, ramos e): folhas, ramos e
frutos;frutos;
folhas novas:folhas novas: manchas escuras e necróticas no ápice e nasmanchas escuras e necróticas no ápice e nas
bordas do limbo, que se enrola;bordas do limbo, que se enrola;
pode ocorrer queda das folhas e morte dospode ocorrer queda das folhas e morte dos
ramos;ramos;
57. 12.2. Doenças12.2. Doenças
malmal rosadorosado ((Phanerochaete salmonicolorPhanerochaete salmonicolor): maior freqüência): maior freqüência
em galhos finos;em galhos finos;
sintomas:sintomas: folhas amarelecem precocemente, com posteriorfolhas amarelecem precocemente, com posterior
morte dos ramos;morte dos ramos;
5757
maior freqüência nos viveiros:maior freqüência nos viveiros:
controle químico (viveiro):controle químico (viveiro): pulverizações quinzenais compulverizações quinzenais com
Dithane (400 g 10 LDithane (400 g 10 L-1-1
água);água);
controle químicocontrole químico (viveiro): pulverizações quinzenais com(viveiro): pulverizações quinzenais com
Dithane (200 g 10 LDithane (200 g 10 L-1-1
água).água).
Monilíase ((Moniliophthora roreriMoniliophthora roreri):): O fruto é a única parte do
cacaueiro que é afetada, em qualquer fase de desenvolvimento.
58. 12.3. Plantas invasoras12.3. Plantas invasoras
principais:principais:
Cyperus esculentusCyperus esculentus ►►
5858
solo turfoso altamente infestado foram encontradassolo turfoso altamente infestado foram encontradas
18 t ha18 t ha-1-1
de tubérculos a 45 cm;de tubérculos a 45 cm;
em área altamente infestada calcula-se a existênciaem área altamente infestada calcula-se a existência
de 30 milhões de tubérculos hade 30 milhões de tubérculos ha-1-1
..
Sida rhombifoliaSida rhombifolia ►►
Spermacoce latifoliaSpermacoce latifolia ►►
Lantana camaraLantana camara ►►
Stachytarpheta cayennensisStachytarpheta cayennensis ►►
60. 12.3. Plantas invasoras12.3. Plantas invasoras 6060
hospedeiras de patógenos e/ou pragashospedeiras de patógenos e/ou pragas ((SpermacoceSpermacoce
latifolialatifolia → nematóide→ nematóide););
efeito alelopático;efeito alelopático;
problemas em cacauais:problemas em cacauais: ⇓⇓ desenvolvimento plantasdesenvolvimento plantas
jovensjovens →→ sistema radicular muito próximo das invasoras ao seusistema radicular muito próximo das invasoras ao seu
redor e sobre a superfície;redor e sobre a superfície;
métodos de controle:métodos de controle: cultural, mecânico ou químico;cultural, mecânico ou químico;
culturalcultural:: carreadores roçados, adubações equilibradas, mantercarreadores roçados, adubações equilibradas, manter
solo sob cobertura morta;solo sob cobertura morta;
mecânicomecânico:: uso de facões e enxadas;uso de facões e enxadas;
desconfortáveldesconfortável (altas T(altas Too
e UR ar);e UR ar);
61. 12.3. Plantas invasoras12.3. Plantas invasoras 6161
químicoquímico:: mais comum;mais comum;
paraquat 0,2 kg haparaquat 0,2 kg ha-1-1
+ diuron 2,4 kg ha+ diuron 2,4 kg ha-1-1
+ sulfosate+ sulfosate
2,4 kg ha2,4 kg ha-1-1
ou alachlor (4,0 kg i.a. haou alachlor (4,0 kg i.a. ha-1-1
) e haloxyfop-) e haloxyfop-
metil (0,24 kg i.a. hametil (0,24 kg i.a. ha-1-1
).).
cuidados na aplicação de produtos químicos paracuidados na aplicação de produtos químicos para
controle de patógenos, pragas e invasoras:controle de patógenos, pragas e invasoras:
qualidade da água;qualidade da água;
TToo
da águada água (entre 12 e 35(entre 12 e 35oo
C)C);;
vento;vento;
qualidade da aplicação;qualidade da aplicação;
12.4. Cuidados no controle químico12.4. Cuidados no controle químico
62. 12.4. Cuidados no controle químico12.4. Cuidados no controle químico
6262
atenção à segurança dos operários (E.P.I.);atenção à segurança dos operários (E.P.I.);
mistura de produtosmistura de produtos (pH);(pH);
evitar:evitar: uso do mesmo i.a. e de largo espectro e o controleuso do mesmo i.a. e de largo espectro e o controle
preventivopreventivo indiscriminadoindiscriminado;;
fundamental:fundamental: identificar a praga/doença/invasora eidentificar a praga/doença/invasora e
correlacionar com fatores climáticos;correlacionar com fatores climáticos;
necessário ainda considerar:necessário ainda considerar:
inimigos naturais;inimigos naturais;
surgimento de resistência na população dasurgimento de resistência na população da
praga/patógeno/invasora.praga/patógeno/invasora.
63. 13. Irrigação13. Irrigação
estresse hídrico em espécies tropicais:estresse hídrico em espécies tropicais: redução ouredução ou
paralisação do crescimento;paralisação do crescimento;
genótipo;genótipo;
exigências em irrigação variam em função:exigências em irrigação variam em função:
época do ano;época do ano;
estádio de desenvolvimento;estádio de desenvolvimento;
tratos culturaistratos culturais (podas(podas ⇑⇑ demanda)demanda);;
vigor;vigor;
idade da planta;idade da planta;
conduçãocondução (plantas em pleno sol necessitam mais água)(plantas em pleno sol necessitam mais água);;
6363
64. métodos:métodos: gotejamento, aspersão ougotejamento, aspersão ou sulcossulcos;; ►►
13. Irrigação13. Irrigação
escolha:escolha: ƒƒ disponibilidade de equipamentos, custo, topografiadisponibilidade de equipamentos, custo, topografia
ee
quantidade de água;quantidade de água;
quantidade de água a aplicarquantidade de água a aplicar →→ levar em conta:levar em conta:
necessidades da culturanecessidades da cultura ((≅≅ 6,03 mm dia6,03 mm dia-1-1
));;
características do solocaracterísticas do solo (densidade/textura)(densidade/textura)..
6464
Justificável, principalmente em regiões comJustificável, principalmente em regiões com
precipitação < 1.200 mmprecipitação < 1.200 mm)). Como Venezuela e Espírito. Como Venezuela e Espírito
Santo, no BrasilSanto, no Brasil
65. 14. Colheita14. Colheita
fundamental: frutos madurosfundamental: frutos maduros (amarelos ou roxos)(amarelos ou roxos) →→
açúcar suficiente para fermentação;açúcar suficiente para fermentação; ►►
frutos imaturos:frutos imaturos: ↑↑ acidez, amêndoas menores e máacidez, amêndoas menores e má
fermentação;fermentação;
frutos pós-maduros:frutos pós-maduros: germinação ou apodrecimento dasgerminação ou apodrecimento das
amêndoasamêndoas →→ defeito grave na classificação;defeito grave na classificação;
operação de colheita:operação de colheita: podão ou terçado;podão ou terçado; ►►
6565
cortes:cortes: 3 em 3 semanas3 em 3 semanas →→ maturação uniforme.maturação uniforme.
arrancamento:arrancamento: contaminação por patógenoscontaminação por patógenos →→ alteraçãoalteração
no sabor;no sabor;
66. 14.1. Beneficiamento14.1. Beneficiamento 6666
etapas:etapas: quebra, fermentação e secagem;quebra, fermentação e secagem;
quebra:quebra: realizada 3 a 4 dias após colheita;realizada 3 a 4 dias após colheita; ►►
fermentação;fermentação; ►►
cuidados:cuidados: não misturar amêndoas de quebras em diasnão misturar amêndoas de quebras em dias
diferentesdiferentes →→ fermentação desuniforme.fermentação desuniforme.
cuidados:cuidados: fermentar no mesmo dia ou proteger da chuva;fermentar no mesmo dia ou proteger da chuva;
67. 14.2. Fermentação14.2. Fermentação
conceito:conceito: processo bioquímicoprocesso bioquímico →→ morte do embrião;morte do embrião;
fermentação se processa na polpa e a cura nasfermentação se processa na polpa e a cura nas
amêndoas;amêndoas;
fermentação:fermentação: nos 3 primeiros dias e daí por diante é a cura;nos 3 primeiros dias e daí por diante é a cura;
cura:cura: ↑↑ TToo
matam o embrião ematam o embrião e ⇑⇑ processos enzimáticosprocessos enzimáticos →→
chocolate;chocolate;
fermentação objetiva:fermentação objetiva: conservação das amêndoas econservação das amêndoas e
conferir aroma e gosto.conferir aroma e gosto.
6767
68. camadas de 5 cm e revolvimento;camadas de 5 cm e revolvimento; ►►
14.3. Secagem14.3. Secagem
amêndoas fermentadas:amêndoas fermentadas: teor de águateor de água ≈≈ 50%;50%;
secagem:secagem: ⇓⇓ para 8% (armazenamento);para 8% (armazenamento);
pode ser natural ou artificial;pode ser natural ou artificial;
secagemsecagem naturalnatural:: ação de raios solares;ação de raios solares;
cuidados:cuidados:
6868
alta insolação:alta insolação: secagem ocorre entre 6 e 20 dias;secagem ocorre entre 6 e 20 dias;
juntar à noite (amontoar) e proteger de Umid;juntar à noite (amontoar) e proteger de Umid;
69. 14.3. Secagem14.3. Secagem
secagemsecagem artificialartificial:: secadores a lenha, gás ou diesel;secadores a lenha, gás ou diesel; ►►
imprescindível na época chuvosa ou pico daimprescindível na época chuvosa ou pico da
safra;safra;
cuidados em relação à Tcuidados em relação à Too
::
subir lentamente, sem ultrapassar 55subir lentamente, sem ultrapassar 55oo
C e manterC e manter
por 30 horas;por 30 horas;
TToo
altas e bruscas amêndoas ficam torradas ealtas e bruscas amêndoas ficam torradas e
quebradiças;quebradiças;
6969
secagem rápida = secagem apenas superficialsecagem rápida = secagem apenas superficial →→
mofo interno.mofo interno.
70. 14.4. Armazenamento14.4. Armazenamento
armazém:armazém: seco, janelas voltadas para os ventos e protegidas,seco, janelas voltadas para os ventos e protegidas,
cobertura e paredes impermeáveis;cobertura e paredes impermeáveis;
pisos de cimento:pisos de cimento: empilhar sobre estrados;empilhar sobre estrados; ►►
armazenamento a granel:armazenamento a granel: armazéns de alvenaria comarmazéns de alvenaria com
paredes internas forradas com madeira.paredes internas forradas com madeira.
local deve ser isolado de odores externos;local deve ser isolado de odores externos;
7070
71. 15. Rendimento e classificação15. Rendimento e classificação
→→ Fatores que afetam o florescimento, a frutificaçãoFatores que afetam o florescimento, a frutificação
e a produção do cacaueiroe a produção do cacaueiro
agentes polinizadores:agentes polinizadores:
15.1. Rendimento15.1. Rendimento
micromoscasmicromoscas (gênero(gênero ForcipomyiaForcipomyia)) atraídas pela coratraídas pela cor
das pétalas;das pétalas;
depositam 35 a 40 grãos de pólen viáveis;depositam 35 a 40 grãos de pólen viáveis;
7171
formigas e cochonilhas?formigas e cochonilhas?
horário de tratamento fitossanitário:horário de tratamento fitossanitário:
das 9 h às 15 h micromoscas ficam dispersasdas 9 h às 15 h micromoscas ficam dispersas
sobresobre
copa das árvores de sombreamento;copa das árvores de sombreamento;
72. 15.1. Rendimento15.1. Rendimento
chuvas:chuvas:
promovem aglutinação dos grãos de pólen;promovem aglutinação dos grãos de pólen;
comprometem a atividade dos polinizadores;comprometem a atividade dos polinizadores;
7272
falta de água no solofalta de água no solo ⇑⇑ nível de abortamento denível de abortamento de
flores por desordens nutricionais;flores por desordens nutricionais;
autoimcompatibilidade:autoimcompatibilidade:
mecanismos genéticos-fisiológicos que tornammecanismos genéticos-fisiológicos que tornam
pólen e o estigma da mesma planta incompatíveis;pólen e o estigma da mesma planta incompatíveis;
polinização artificial podepolinização artificial pode ⇑⇑ rendimento:rendimento: ►►
índice de pegamento é baixo (inferior a 20%);índice de pegamento é baixo (inferior a 20%);
viabilidade da técnica é questionável:viabilidade da técnica é questionável: ƒƒ valor dovalor do
cacau, mão-de-obra e condições ambientais.cacau, mão-de-obra e condições ambientais.
73. 15.2. Classificação15.2. Classificação 7373
classeclasse II:: amêndoas fermentadas, secas (8% de água), aromaamêndoas fermentadas, secas (8% de água), aroma
natural, livre de material estranho;natural, livre de material estranho;
defeitos admitidos nas amêndoas:defeitos admitidos nas amêndoas:
4% de mofas e/ou danificadas por insetos;4% de mofas e/ou danificadas por insetos;
2% de germinadas e/ou achatadas.2% de germinadas e/ou achatadas.
classeclasse IIII:: idem classe I;idem classe I;
defeitos admitidos:defeitos admitidos:
6% mofas e/ou danificadas por insetos;6% mofas e/ou danificadas por insetos;
4% germinadas e/ou achatadas;4% germinadas e/ou achatadas;
74. 15.2. Classificação15.2. Classificação 7474
classeclasse IIIIII:: amêndoas que não se enquadram nas classes I eamêndoas que não se enquadram nas classes I e
II,II,
mas devem estar secas (8% de água);mas devem estar secas (8% de água);
defeitos admitidos:defeitos admitidos:
8% mofas;8% mofas;
5% danificadas por insetos;5% danificadas por insetos;
1% germinadas e/ou achatadas;1% germinadas e/ou achatadas;
1% matérias estranhas;1% matérias estranhas;
odores estranhos.odores estranhos.
75. 15.2. Classificação15.2. Classificação 7575
classeclasse IVIV:: refugo;refugo;
características:características:
mau estado de conservação;mau estado de conservação;
presença marcante de odores estranhos;presença marcante de odores estranhos;
% de defeitos acima do permitido.% de defeitos acima do permitido.
78. Panorama da economia mundial de cacau (1960-2005).Panorama da economia mundial de cacau (1960-2005).
79. Produção mundial (t) de cacau em amêndoa (1999-2004).Produção mundial (t) de cacau em amêndoa (1999-2004).
Países 1999 2000 2001 2002 2003 2004
C. Marfim 1.306.150 1.395.980 1.330.000 1.264.708 1.351.546 1.331.494
Gana 434.200 436.600 389.591 340.562 497.000 736.000
Indonésia 367.475 421.142 428.263 433.415 453.382 430.000
Nigéria 225.000 338.000 340.000 340.000 361.000 366.000
Brasil 205.003 196.788 185.662 174.796 169.602 169.416
Camarões 116.000 122.600 122.100 125.000 130.000 130.000
Equador 94.687 99.875 76.030 87.986 87.599 88.000
Colômbia 51.485 44.544 43.694 47.930 53.687 49.000
México 41.055 28.046 46.738 46.194 48.405 48.405
Outros 277.338 290.887 267.792 268.742 262.345 258.737
Fonte: FNP Consultoria (Agrianual 2006).Fonte: FNP Consultoria (Agrianual 2006).
80. Produção mundial de cacau por continente e país, entreProdução mundial de cacau por continente e país, entre
2000 e 2001.2000 e 2001.
81. Produtividade da cultura do cacau nos principais EstadosProdutividade da cultura do cacau nos principais Estados
produtores do Brasil em 1990 e 2002.produtores do Brasil em 1990 e 2002.
Pará
82. Regiões 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
NORTE 40.515 38.677 46.871 45.918 51.751 50.611 52.598
RO 6.896 6.848 17.293 15.780 16.248 17.855 18.592
AC 6 78 76 76 76 - -
AM 978 1.224 1.224 1.034 1.358 1.232 1.202
PA 32.635 30.527 28.278 29.028 34.069 31.524 32.804
NORDESTE 234.918 159.328 137.568 126.812 110.205 110.654 134.780
BA 234.918 159.328 137.568 126.812 110.205 110.654 134.780
SUDESTE 4.614 6.613 11.329 11.759 11.779 8.541 6.944
MG 37 37 24 37 57 64 -
ES 4.539 6.540 11.305 11.722 11.722 8.477 6.944
SP 38 36 - - - - -
C. OESTE 754 385 1.020 1.173 1.061 198 244
MT 754 385 1.020 1.173 1.061 198 244
BRASIL 280.801 205.003 196.788 185.662 174.796 170.004 194.566
Produção brasileira (t) de cacau em amêndoa, entre 1998Produção brasileira (t) de cacau em amêndoa, entre 1998
e 2004, nas diferentes regiões e Estados.e 2004, nas diferentes regiões e Estados.
83. Participação do Brasil na produção mundial de cacau,Participação do Brasil na produção mundial de cacau,
entre 1990 e 2004.entre 1990 e 2004.
84. Consumo mundial de cacau por país e continente, entreConsumo mundial de cacau por país e continente, entre
1999 e 2000.1999 e 2000.
93. Sistema radicular do cacaueiro sob condição deSistema radicular do cacaueiro sob condição de
solo ideal (A) e apresentando restrições (B).solo ideal (A) e apresentando restrições (B).
piçarrapiçarra
98. Idade Requerimento médio de nutrientes (kg ha-1
)Fase da
Planta (meses) N P K Ca Mg Mn Zn
Viveiro 5-12 2,4 0,6 2,4 2,3 1,1 0,04 0,01
Desenvolvimento 28 135 14 151 113 47 3,9 0,05
Início Produção 39 212 23 321 140 71 7,1 0,09
Produção plena 50-87 438 48 633 373 129 6,1 1,5
Amêndoas1
50-87 20,4 3,6 10,5 1,1 2,7 0,03 0,05
Frutos1
50-87 31,0 4,9 53,8 4,9 5,2 0,11 0,09
Exigência nutricional do cacaueiro em diferentes fasesExigência nutricional do cacaueiro em diferentes fases
de desenvolvimento.de desenvolvimento.
11
Amêndoas e frutos de plantação com 50-87 meses e produtividade de 1000 kg haAmêndoas e frutos de plantação com 50-87 meses e produtividade de 1000 kg ha-1-1
dede
amêndoas secas.amêndoas secas.
113. X: cacau; O: seringueiraX: cacau; O: seringueira
X X X O O X X X O O X X X
O O O O
X X X X X X X X X
O O O O
X X X O O X X X O O X X X
O O O O
X X X X X X X X X
O O O O
X X X O O X X X O O X X X
O O O O
X X X X X X X X X
O O O O
X X X O O X X X O O X X X
O O O O
X X X X X X X X X
O O O O
X X X O O X X X O O X X X
3 m3 m 5 m5 m3 m3 m 5 m5 m
3m3m
2m2m
10 m10 m
131. difícil controledifícil controle (tubérculos);(tubérculos);
Cyperus esculentusCyperus esculentus (tiririca amarela)(tiririca amarela)
mais de 40 países;mais de 40 países;
agressividade maior em áreas úmidas.agressividade maior em áreas úmidas.
132. perene e agressiva;perene e agressiva;
reprodução por sementes.reprodução por sementes.
Sida rhombifoliaSida rhombifolia (guanxuma, vassourinha)(guanxuma, vassourinha)
133. Spermacoce latifoliaSpermacoce latifolia (erva-quente)(erva-quente)
planta anual reproduzida por sementes;planta anual reproduzida por sementes;
↑↑ desenvolvimentodesenvolvimento no verão;no verão;
≈≈ nematóidesnematóides ((MeloidogyneMeloidogyne spp.)spp.)..
134. planta perene;planta perene;
Lantana camaraLantana camara (cambará, chumbinho)(cambará, chumbinho)
reprodução por sementes;reprodução por sementes;
135. Stachytarpheta cayennensisStachytarpheta cayennensis (gervão)(gervão)
perene com reprodução por sementes;perene com reprodução por sementes;
pouco exigente em solos;pouco exigente em solos;
prefere Tprefere Too
superior a 17superior a 17oo
C;C;
136. Croton lobatusCroton lobatus (velame)(velame)
planta anual, reprodução por sementes;planta anual, reprodução por sementes;
Amazônia e Região Sudeste.Amazônia e Região Sudeste.
137. planta anual reproduzida por sementes;planta anual reproduzida por sementes;
Phyllanthus niruriPhyllanthus niruri (quebra-pedra)(quebra-pedra)
desenvolve-se bem sob sol ou sombreamento;desenvolve-se bem sob sol ou sombreamento;
prefere Tprefere Too
superior a 17superior a 17oo
C;C;
campo e viveiro.campo e viveiro.
139. Pennisetum purpureumPennisetum purpureum (capim-elefante)(capim-elefante)
perene, com reprodução vegetativa (rizomas,perene, com reprodução vegetativa (rizomas,
colmos) ou por sementes;colmos) ou por sementes;
↑↑ adaptada ao trópico úmido;adaptada ao trópico úmido;
ciclo Cciclo C44;;