SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Conversando sobre memória
Adalberto Santos
O que é memória
Depósito passivo dos vestígios do
passado que sobrevivem no
presente
 não se pode rememorar o que
desapareceu por completo
 apenas aquilo que sobrevive,
concretamente, no presente
Princípio ativo = uma reflexão
 que se debruça sobre vestígios do
passado
 que sobrevivem no presente no
intuito
– de selecioná-los
– condensá-los
 dando sentido ao passado
e ao presente
Forma de ação
 atividade auto-representativa que
indivíduo, grupo ou sociedade
produz
 buscando assumir e defender a
identidade e orientar a ação
individual e coletiva
Caráter unificador
Se liga à reprodução da sociedade
– ao lastro da tradição de uma cultura
 conferindo sentido de permanência às sociedades e aos
grupos
Fixa os sentidos e as identidades
– permitindo às sociedades e aos grupos
 traçar suas origens
 garantir e reconhecer sua permanência no decorrer do
tempo
Caráter ativo transformador
Potencialmente uma ação reflexiva sobre a
mudança
– traze em si a possibilidade do presente ser visto não
como uma realidade fixa e imutável
 mas como um produto da ação humana
Ato de poder
A memória integra os mecanismos de controle
– Desse embate resulta
 o que será lembrado
 o que deve ser esquecido
Poder
 de transmitir ou eternizar memória(s)
 de propor ou impor dada memória à coletividade
– campo de conflitos
 pode criar, refazer ou destruir identidades sociais
 pode dar sentido e eficácia aos atos coletivos
Atuar na produção social da
memória coletiva e do
esquecimento é uma das grandes
preocupações dos grupos e dos
indivíduos que dominaram e
dominam as sociedades.
Estados-nacionais
Usurparam para si muitos dos antigos lugares
da memória
– a reforma dos calendários
– a reorganização das comemorações coletivas
– a proposição de novos símbolos e novas tradições
 conferiram-lhes unidade e legitimidade política
Mesmo reconhecendo os esforços de controle da produção da
memória, não se pode afirmar que apenas uma memória
unificada e monolítica vem sendo produzida
Hoje = proliferação de memórias particulares
 que têm como objetos e como autores
– grupos sociais antes excluídos do discurso social
 esforço para construir identidades e para redefinir
posição e interesses diante da sociedade.
Elementos que constituem a memória
Acontecimentos
Vividos individualmente
Vividos pelo grupo ou pela coletividade
Eventos fora do espaço-tempo da pessoa ou grupo
– por meio da socialização ocorre o fenômeno de
projeção ou de identificação com determinado
passado
 memória (quase) herdada
Elementos que constituem a memória
Pessoas = personagens
Encontradas no decorrer da vida
Que não pertenceram necessariamente ao
espaço-tempo da pessoa
Elementos que constituem a memória
Lugares
Ligados a uma lembrança pessoal
Ligados a uma lembrança que não tem apoio no
tempo cronológico
Na memória da pessoa, pode haver lugares de
apoio da memória, que são os lugares de
comemoração
Registro e memória
Para os antigos gregos, a memória era
sobrenatural
Um dom a ser exercitado
Mnemosine, mãe das Musas, protetoras das
artes e da história, possibilitava aos poetas
lembrar do passado e transmiti-lo aos mortais
Registro e memória
Surgimento da escrita e de outras formas de
registros
– configuram o esvaziamento das antigas
mnemotecnias orais
– Simmel fala de separação entre cultura subjetiva e
cultura objetiva
 distanciamento entre os recursos objetivados de memória e
a experiência vivida da rememoração
– desencadeia um processo de autonomização virtual
dos processos de racionalização do pensamento
importante para surgimento das “civilizações”
Registro e memória
A aceleração proporcionada pelo presente
trouxe consigo
– preocupação com passado
 traduzida em proecupação com memória
O alto grau de informação na(s) sociedade(s)
contemporânea(s) (visuais, sonoras, auditivas,e
virtuais)
– faz com que o célebro não registre todas infomações
Ameaça do esquecimento
 desejo de recuperar o passado
– vontade de memorizar
– dever de lembrar
Na sociedade
contemporânea
recorre-se aos recursos
tecnológicos para fazer
o inventário, o registro
e o reconhecimento
das manifestações
culturais, a fim de
assegurar sua
salvaguarda.
Inventariar, proteger e
garantir a transmissão
de fenômenos tão
diferentes (música,
artesanato, saberes) se
constitui em um
trabalho de análise
científica e conceitual
que deverá ser
registrado através de
novas tecnologias.
Todas essas questões são importantes de
serem pensadas, quando o foco do
interesse é o Patrimônio Cultural Brasileiro,
um conjunto de bens de natureza material e
imaterial que se referem à ação, à memória
e à identidade dos grupos formadores da
sociedade nacional

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a o-que-e-memoria.ppt

Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_ii
Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_iiApresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_ii
Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_iiDirce Cristiane Camilotti
 
IntroduçãO1
IntroduçãO1IntroduçãO1
IntroduçãO1rogerio
 
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundoemilianapomarico
 
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...Sâmia Érika Bandeira
 
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...guest14728fc
 
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)Charles Lemos
 
Candau 0908 memória e identidade do individuo
Candau 0908 memória e identidade do individuoCandau 0908 memória e identidade do individuo
Candau 0908 memória e identidade do individuoDany Pereira
 
Tempo livre-para-criar cristiano-jesus
Tempo livre-para-criar cristiano-jesusTempo livre-para-criar cristiano-jesus
Tempo livre-para-criar cristiano-jesusGiba Canto
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaHebert Balieiro
 
Linguagem, pensamento e cultura na filosofia
Linguagem, pensamento e cultura na filosofiaLinguagem, pensamento e cultura na filosofia
Linguagem, pensamento e cultura na filosofiaequacao
 
Sociedades complexas e o pluralismo temporal
Sociedades complexas e o pluralismo temporalSociedades complexas e o pluralismo temporal
Sociedades complexas e o pluralismo temporalAna Rocha
 
Adorno, Semiformação e educação
Adorno, Semiformação e educaçãoAdorno, Semiformação e educação
Adorno, Semiformação e educaçãoVanessa Zaniol
 
Legislação organização da educação brasileira george
Legislação organização da educação brasileira georgeLegislação organização da educação brasileira george
Legislação organização da educação brasileira georgeFernanda Angel Silva
 
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27Adelina Silva
 
Patrick Charaudeau - El discurso de la información
Patrick Charaudeau  - El discurso de la informaciónPatrick Charaudeau  - El discurso de la información
Patrick Charaudeau - El discurso de la informaciónPoliana Lopes
 
A comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalA comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalMargareth Michel
 
A comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalA comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalMargareth Michel
 
O arquivo como meio de resgate da memória
O arquivo como meio de resgate da memória O arquivo como meio de resgate da memória
O arquivo como meio de resgate da memória Wagner Ramos Ridolphi
 

Semelhante a o-que-e-memoria.ppt (20)

Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_ii
Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_iiApresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_ii
Apresentacao da curadoria_digital_-_projetos_e_praticas_ii
 
IntroduçãO1
IntroduçãO1IntroduçãO1
IntroduçãO1
 
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
 
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...
slides PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO D...
 
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...
PERCEPÇÃO DO URBANO A PARTIR DE IMAGENS GEOFOTOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE GUARA...
 
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)
Do mito à filosofia (Prof. Mário de Souza)
 
Candau 0908 memória e identidade do individuo
Candau 0908 memória e identidade do individuoCandau 0908 memória e identidade do individuo
Candau 0908 memória e identidade do individuo
 
Tempo livre-para-criar cristiano-jesus
Tempo livre-para-criar cristiano-jesusTempo livre-para-criar cristiano-jesus
Tempo livre-para-criar cristiano-jesus
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônica
 
Linguagem, pensamento e cultura na filosofia
Linguagem, pensamento e cultura na filosofiaLinguagem, pensamento e cultura na filosofia
Linguagem, pensamento e cultura na filosofia
 
Sociedades complexas e o pluralismo temporal
Sociedades complexas e o pluralismo temporalSociedades complexas e o pluralismo temporal
Sociedades complexas e o pluralismo temporal
 
Adorno, Semiformação e educação
Adorno, Semiformação e educaçãoAdorno, Semiformação e educação
Adorno, Semiformação e educação
 
Legislação organização da educação brasileira george
Legislação organização da educação brasileira georgeLegislação organização da educação brasileira george
Legislação organização da educação brasileira george
 
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27
Comunidades ciberespaco apa_11 set_painel27
 
Patrick Charaudeau - El discurso de la información
Patrick Charaudeau  - El discurso de la informaciónPatrick Charaudeau  - El discurso de la información
Patrick Charaudeau - El discurso de la información
 
A comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalA comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucional
 
A comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucionalA comunicação organizacional e memória institucional
A comunicação organizacional e memória institucional
 
O arquivo como meio de resgate da memória
O arquivo como meio de resgate da memória O arquivo como meio de resgate da memória
O arquivo como meio de resgate da memória
 
Pré 2 conceitos básicos
Pré 2   conceitos básicosPré 2   conceitos básicos
Pré 2 conceitos básicos
 
Sociologia 2
Sociologia 2Sociologia 2
Sociologia 2
 

Mais de josepinto578782

PEP - CFM [Salvo automaticamente].ppt
PEP - CFM [Salvo automaticamente].pptPEP - CFM [Salvo automaticamente].ppt
PEP - CFM [Salvo automaticamente].pptjosepinto578782
 
Sobre o prontuário.pptx
Sobre o prontuário.pptxSobre o prontuário.pptx
Sobre o prontuário.pptxjosepinto578782
 
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptx
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptxRegistros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptx
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptxjosepinto578782
 

Mais de josepinto578782 (7)

PEP - CFM [Salvo automaticamente].ppt
PEP - CFM [Salvo automaticamente].pptPEP - CFM [Salvo automaticamente].ppt
PEP - CFM [Salvo automaticamente].ppt
 
Sobre o prontuário.pptx
Sobre o prontuário.pptxSobre o prontuário.pptx
Sobre o prontuário.pptx
 
la-memoria.ppt
la-memoria.pptla-memoria.ppt
la-memoria.ppt
 
Esus AB.pptx
Esus AB.pptxEsus AB.pptx
Esus AB.pptx
 
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptx
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptxRegistros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptx
Registros do Paciente ELETRONICOS - ACS.pptx
 
aula prontuário.pptx
aula prontuário.pptxaula prontuário.pptx
aula prontuário.pptx
 
Memoria_Cidade.pdf
Memoria_Cidade.pdfMemoria_Cidade.pdf
Memoria_Cidade.pdf
 

Último

GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 

Último (20)

GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 

o-que-e-memoria.ppt

  • 2. O que é memória Depósito passivo dos vestígios do passado que sobrevivem no presente  não se pode rememorar o que desapareceu por completo  apenas aquilo que sobrevive, concretamente, no presente Princípio ativo = uma reflexão  que se debruça sobre vestígios do passado  que sobrevivem no presente no intuito – de selecioná-los – condensá-los  dando sentido ao passado e ao presente Forma de ação  atividade auto-representativa que indivíduo, grupo ou sociedade produz  buscando assumir e defender a identidade e orientar a ação individual e coletiva
  • 3. Caráter unificador Se liga à reprodução da sociedade – ao lastro da tradição de uma cultura  conferindo sentido de permanência às sociedades e aos grupos Fixa os sentidos e as identidades – permitindo às sociedades e aos grupos  traçar suas origens  garantir e reconhecer sua permanência no decorrer do tempo
  • 4. Caráter ativo transformador Potencialmente uma ação reflexiva sobre a mudança – traze em si a possibilidade do presente ser visto não como uma realidade fixa e imutável  mas como um produto da ação humana
  • 5. Ato de poder A memória integra os mecanismos de controle – Desse embate resulta  o que será lembrado  o que deve ser esquecido Poder  de transmitir ou eternizar memória(s)  de propor ou impor dada memória à coletividade – campo de conflitos  pode criar, refazer ou destruir identidades sociais  pode dar sentido e eficácia aos atos coletivos
  • 6. Atuar na produção social da memória coletiva e do esquecimento é uma das grandes preocupações dos grupos e dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades.
  • 7. Estados-nacionais Usurparam para si muitos dos antigos lugares da memória – a reforma dos calendários – a reorganização das comemorações coletivas – a proposição de novos símbolos e novas tradições  conferiram-lhes unidade e legitimidade política
  • 8. Mesmo reconhecendo os esforços de controle da produção da memória, não se pode afirmar que apenas uma memória unificada e monolítica vem sendo produzida Hoje = proliferação de memórias particulares  que têm como objetos e como autores – grupos sociais antes excluídos do discurso social  esforço para construir identidades e para redefinir posição e interesses diante da sociedade.
  • 9. Elementos que constituem a memória Acontecimentos Vividos individualmente Vividos pelo grupo ou pela coletividade Eventos fora do espaço-tempo da pessoa ou grupo – por meio da socialização ocorre o fenômeno de projeção ou de identificação com determinado passado  memória (quase) herdada
  • 10. Elementos que constituem a memória Pessoas = personagens Encontradas no decorrer da vida Que não pertenceram necessariamente ao espaço-tempo da pessoa
  • 11. Elementos que constituem a memória Lugares Ligados a uma lembrança pessoal Ligados a uma lembrança que não tem apoio no tempo cronológico Na memória da pessoa, pode haver lugares de apoio da memória, que são os lugares de comemoração
  • 12. Registro e memória Para os antigos gregos, a memória era sobrenatural Um dom a ser exercitado Mnemosine, mãe das Musas, protetoras das artes e da história, possibilitava aos poetas lembrar do passado e transmiti-lo aos mortais
  • 13. Registro e memória Surgimento da escrita e de outras formas de registros – configuram o esvaziamento das antigas mnemotecnias orais – Simmel fala de separação entre cultura subjetiva e cultura objetiva  distanciamento entre os recursos objetivados de memória e a experiência vivida da rememoração – desencadeia um processo de autonomização virtual dos processos de racionalização do pensamento importante para surgimento das “civilizações”
  • 14. Registro e memória A aceleração proporcionada pelo presente trouxe consigo – preocupação com passado  traduzida em proecupação com memória O alto grau de informação na(s) sociedade(s) contemporânea(s) (visuais, sonoras, auditivas,e virtuais) – faz com que o célebro não registre todas infomações
  • 15. Ameaça do esquecimento  desejo de recuperar o passado – vontade de memorizar – dever de lembrar
  • 16. Na sociedade contemporânea recorre-se aos recursos tecnológicos para fazer o inventário, o registro e o reconhecimento das manifestações culturais, a fim de assegurar sua salvaguarda. Inventariar, proteger e garantir a transmissão de fenômenos tão diferentes (música, artesanato, saberes) se constitui em um trabalho de análise científica e conceitual que deverá ser registrado através de novas tecnologias.
  • 17. Todas essas questões são importantes de serem pensadas, quando o foco do interesse é o Patrimônio Cultural Brasileiro, um conjunto de bens de natureza material e imaterial que se referem à ação, à memória e à identidade dos grupos formadores da sociedade nacional