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[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Escola  EB 2, 3 / Sec. Vieira de Araújo
O Rosto e as Máscaras
Fernando   Pessoa   -  1888 - Nasce, a 13 de Junho, o poeta Fernando António Nogueira Pessoa, no 4º andar esquerdo do nº 4 do Largo de São Carlos em Lisboa, filho de Maria Madalena Pinheiro Nogueira e de Joaquim de Seabra Pessoa. - 1896 - Partida para a África do Sul de D. Maria Madalena e o filho, no início do mês de Janeiro. - 1905 - Regressa sozinho a Lisboa e vai viver com a avó Dionísia e as duas tias, na Rua da Bela Vista, n.º 17.  - 1915 - Sai, em Abril, o primeiro número do  Orpheu .  - 1934 - Aparece, em Dezembro,  Mensagem . É-lhe atribuída, nesse mesmo mês, a segunda categoria do prémio Antero de Quental, do Secretariado de Propaganda Nacional.  - 1935 - É internado, em 28 de Novembro, com uma cólica hepática, no Hospital de S. Luís, em Lisboa, onde morre a 30 de Novembro.
Fernando Pessoa   1888-1935
Ó sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro da minha alma. E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho, Soas-me na alma distante. A cada pancada tua, Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto.
Motivos Poéticos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Características do poeta ,[object Object],[object Object],[object Object]
Estilo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Heterónimos “ A origem mental dos meus heterónimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação.  Estes fenómenos fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo.”
Alberto Caeiro
O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás... (...) Creio no mundo como um malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... (...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
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[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Características do Poeta
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Ricardo Reis
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.  Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos  Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.    (Enlacemos as mãos.)  Depois pensemos, crianças adultas, que a vida  Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,  Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,    Mais longe que os deuses.  Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.  Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.  Mais vale saber passar silenciosamente    E sem desassossegos grandes.  Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,  Nem invejas, que dão movimento demais aos olhos,  Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,    E sempre iria ter ao mar. (…)
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Álvaro de Campos
1ª fase   -  O Decadentismo  “ Opiário”, exprime o tédio, o enfado, o cansaço, a naúsea, o abatimento e a necessidade de novas sensações  2ª fase  - O Futurismo e o Sensacionismo   “ Ode Triunfal”, celebra o triunfo da máquina, da energia mecânica e da civilização moderna. Sente-se nos poemas uma atracção quase erótica pelas máquinas, símbolo da vida moderna.  3ª fase  - A Abulia e a Inquietação  “ Lisbon revisited”, perante a incapacidade das realizações, traz de volta o abatimento. Nesta fase, Campos sente-se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado.  Evolução temática
Ode Triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica  Tenho febre e escrevo.  Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,  Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.  Ó rodas, ó engrenagens,  r-r-r-r-r-r  eterno!  Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!  Em fúria fora e dentro de mim,  Por todos os meus nervos dissecados fora,  Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!  Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,  De vos ouvir demasiadamente de perto,  E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso  De expressão de todas as minhas sensações,  Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Motivos Poéticos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Características Poéticas ,[object Object],[object Object],[object Object]
Estilo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Não deixem de ler Pessoa
José Maria Araújo 2009 FIM

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  • 4. Fernando Pessoa 1888-1935
  • 5. Ó sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro da minha alma. E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho, Soas-me na alma distante. A cada pancada tua, Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Heterónimos “ A origem mental dos meus heterónimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Estes fenómenos fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo.”
  • 11. O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás... (...) Creio no mundo como um malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... (...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 16. Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas, que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. (…)
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 21. 1ª fase - O Decadentismo “ Opiário”, exprime o tédio, o enfado, o cansaço, a naúsea, o abatimento e a necessidade de novas sensações 2ª fase - O Futurismo e o Sensacionismo “ Ode Triunfal”, celebra o triunfo da máquina, da energia mecânica e da civilização moderna. Sente-se nos poemas uma atracção quase erótica pelas máquinas, símbolo da vida moderna. 3ª fase - A Abulia e a Inquietação “ Lisbon revisited”, perante a incapacidade das realizações, traz de volta o abatimento. Nesta fase, Campos sente-se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado. Evolução temática
  • 22. Ode Triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
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  • 26. Não deixem de ler Pessoa