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Índice
Apresentação...................................................................................................................... 3
EIXO SITUACIONAL
Caracterização do Jardim Botânico Plantarum .................................................................. 9
Conservação..................................................................................................................... 11
Pesquisa............................................................................................................................ 14
Gestão ambiental ............................................................................................................. 21
Gênese da educação ambiental na instituição .................................................................. 22
Caracterização de Nova Odessa........................................................................................ 26
EIXO CONCEITUAL
O valor dos Jardins Botânicos .......................................................................................... 35
Matriz conceitual ............................................................................................................. 40
Estimativa de público....................................................................................................... 41
Público foco...................................................................................................................... 41
Matriz de princípios......................................................................................................... 42
Diretrizes para a Educação Básica.................................................................................... 43
Matriz epistemológica...................................................................................................... 45
Matriz temática................................................................................................................ 46
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EIXO OPERACINAL
Síntese do Programa de Educação Ambiental ................................................................. 49
Objetivos do Grupo de Educação Ambiental .................................................................. 50
Objetivo principal............................................................................................................. 50
Proposta inicial de atividades ........................................................................................... 51
Atividades para a equipe funcional................................................................................... 51
Atividades regulares para o público externo...................................................................... 51
Termo de referência para visitas escolares......................................................................... 53
Planejamento.................................................................................................................... 54
Regulamento de uso público ............................................................................................ 57
Plano de comunicação...................................................................................................... 60
Guia impresso de visitação............................................................................................... 61
Painéis interpretativos....................................................................................................... 62
Desenvolvimento.............................................................................................................. 64
Cronograma..................................................................................................................... 65
Plano de ações estratégicas............................................................................................... 66
Plano de metas para 2012................................................................................................. 69
Monitoramento e avaliação.............................................................................................. 70
Análise quantitativa.......................................................................................................... 72
Análise de impacto da visitação........................................................................................ 72
Monitoramento de resíduos.............................................................................................. 73
Equipe técnica.................................................................................................................. 74
Fontes consultadas............................................................................................................ 75
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APRESENTAÇÃO
Esta versão inicial do Projeto Político Pedagógico (PPP) é uma construção coletiva realizada
pela equipe do Jardim Botânico Plantarum ( JBP) em 2011.
Reúne uma coletânea de propostas para minimizar custos, subtrair empecilhos, somar idéias,
organizar e dividir tarefas, além de multiplicar oportunidades de pensar, praticar e difundir o
programa a ser desenvolvido pelo Grupo de Educação Ambiental do JBP.
Preliminarmente, cumpre a função de sistematizar os dados necessários ao planejamento,
implantação, avaliação e aprimoramento contínuo do programa educacional. Apresenta também os resultados preliminares de atendimento ao público.
Uma via impressa será enviada ao Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos visando
atender à exigência para enquadramento e categorização, relativa ao item VII – Programa de
Educação Ambiental.
“Projeto político pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se
concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar.’’
(VASCONCELOS, 2004)
Portanto, o presente PPP é um documento vivo, que intervirá como norteador e dinamizador.
Espera-se que sua apreciação influencie positivamente na atuação de toda a equipe do JBP e
especialmente na práxis da equipe educacional.
Sua essência textual foi aproveitada para impressos, para o portal da instituição na internet e
servirá também como base para o material didático de apoio aos professores.
Desde sua elaboração almejou-se oferecer à leitura em linguagem acessível, mesmo para leigos, um instrumento útil para despertar curiosidade e criatividade, que amplie a percepção
das possibilidades de mediação do conhecimento entre as pessoas, o acervo botânico e os
demais suportes didáticos da instituição, no decorrer de seu funcionamento.
São as principais fontes consultadas nessa investigação: Política Nacional de Educação Ambiental - Lei n° 9795, de 27/04/1999; Resolução n° 422 - 23/03/2010 - Conselho Nacional
de Meio Ambiente; Diretrizes para Educação Ambiental em Jardins Botânicos Botanic Garden Conservation International (BGCI), cuja versão em português foi publicada em 2003 pela
Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB) e o Plano de Ação para os Jardins Botânicos
Brasileiros – 2010, também publicado pela RBJB.
Mesmo não sendo a panacéia capaz de solver todos os problemas globais, crê-se na educação
como um dos mais nobres veículos de mudança, um direito inalienável do ser humano, mas
que não age isoladamente.
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Parafraseando Albert Einstein: “O mundo não vai superar sua crise atual usando o mesmo pensamento que criou essa situação” .
Deduz-se que não é frutífero fazer algo sempre do mesmo modo e esperar a cada vez um resultado diferente. Portanto a sociedade atual requer a educação ambiental, em todos os níveis,
de forma que se possa corrigir a trajetória de degradação do habitat que se tem vivenciado.
A educação ambiental é um “processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam
consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a
determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente na busca de soluções para
os problemas ambientais, presentes e futuros”. (UNESCO, 1987).
Destarte, a educação ambiental deve ser amplamente reconhecida como parte indissociável do movimento social contemporâneo, e imprescindível para a [re] discussão da relação
sociedade-natureza com vistas à construção de uma cidadania integral, ecológica e planetária.
É possível uma perspectiva mais saudável para o presente e o futuro da civilização. Algumas
ações humanas sobre o ambiente e a biodiversidade precisam ser repensadas e alteradas, incumbindo também aos educadores atuantes nos Jardins Botânicos, proporcional responsabilidade para motivação de pessoas dispostas à construção do ambiente ideal.
A mídia divulga, com efeito, que cada pessoa pode colaborar diariamente, com ações simples.
No entanto, esse conhecimento ainda precisa ser mais amplamente difundido, preferivelmente em grupos, capazes de propagar entre as pessoas a importância da conservação das plantas
e do ecossistema, para a manutenção da paz e da vida terrena saudável.
Ao tornar público esse trabalho, a equipe do Jardim Botânico Plantarum crê colaborar para
difundir a importância da educação ambiental.
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Caracterização
Situado na área urbana de Nova Odessa (Região Metropolitana de Campinas, a cerca de 120
km da Cidade de São Paulo – SP), o JARDIM BOTÂNICO PLANTARUM é um centro
de referência em pesquisa e conservação da flora brasileira.
Foi idealizado a partir de 1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro
Harri Lorenzi.
Com objetivo de contribuir para a conservação da flora brasileira, o pesquisador percorreu,
por mais de 30 anos, a maior parte dos ecossistemas da América do Sul, em expedições
científicas realizadas pelo Instituto Plantarum e parceiros, destinadas ao conhecimento e à
conservação das plantas ameaçadas de extinção.
Como resultado de seu trabalho, publicou a quase totalidade dos livros sobre identificação
de plantas em estilo popular no Brasil e se sentiu motivado a apresentar ao público o acervo
botânico vivo, fruto originado de sua pesquisa.
Em 1998, o Instituto Plantarum de Estudos da Flora adquiriu como sede, uma área de 10
hectares, anteriormente ocupada por uma fábrica de lançadeiras (peças feitas em madeira
para uso na indústria têxtil). O terreno passou então a receber tratamento paisagístico e ambiental, sendo estruturado para o desenvolvimento das pesquisas científicas e para o cultivo
sistemático das coleções botânicas em formação.
Em 2007, com um grupo inicial de 16 associados de diversas formações, foi fundado o Jardim
Botânico Plantarum, que é uma organização não governamental, de caráter privado, sem fins
lucrativos, cujos objetivos são o estudo e a preservação da biodiversidade vegetal brasileira e
do meio ambiente, através de ações educacionais e de pesquisa.
Desde então o número de associados e apoiadores vem aumentando e atualmente o Jardim
Botânico Plantarum conta com mais de 50 associados, o que colabora para o desenvolvimento de diversos projetos, dentre os quais: conservação de espécies ameaçadas, intercâmbio de
acervo vivo com outros jardins botânicos, identificação de novas espécies, publicação de artigos científicos, apoio técnico a entidades congêneres e o Programa de Educação Ambiental.
Atualmente o acervo botânico vivo é constituído por mais de 3600 espécies vegetais, predominantemente de plantas nativas do Brasil.
O JBP foi reconhecido pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos, enquadrado na categoria C provisório, conforme Diário Oficial da União de 04/03/2010. Aberto ao público em
2011, o JBP está apto a estabelecer diversas parcerias com pessoas físicas, empresas, poder
público e outras instituições.
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Identidade
Plantarum é uma palavra em latim, que significa relacionado às plantas. Sua escolha destaca
a ocupação principal da entidade no cuidado com a biodiversidade vegetal.
A logomarca da instituição tem como elemento central a rampa de acesso à recepção, guarnecida por um conjunto de dez palmeiras Syagrus oleracea (Mart.) Becc.
Ao fundo, a fachada frontal do prédio administrativo - cuja concepção arquitetônica é inspirada nas sedes de fazendas cafeeiras comuns na região até o século XIX – enaltece a importância da reconstrução e valorização da paisagem cultural, da qual a biodiversidade é
indissociável.
Nosso lema Conhecer para preservar! reflete o propósito institucional de estudar e preservar
a biodiversidade vegetal brasileira e o meio ambiente, através de ações educacionais e de
pesquisa.
Missão do Jardim Botânico Plantarum
“Desenvolver e apoiar estudos taxonômicos e conservacionistas com o maior número
possível de grupos botânicos da flora brasileira através da organização e manutenção de
coleções vivas e conservação dos recursos genéticos, fornecendo suporte para
pesquisadores, em diversos níveis”.
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Conservação ex-situ
Literalmente, conservação ex situ significa conservar fora do lugar de origem. Este é um dos
métodos de conservação de espécies de plantas em perigo de extinção quando os seus habitats
naturais estão ameaçados (áreas destinadas a construção de barragens, rodovias, exploração
de minério, exploração agrícola autorizada, etc).
Consiste basicamente em obter autorizações dos órgaos responsáveis, empreender expedições
científicas e proceder ao resgate de propágulos (sementes, rizomas, estacas, etc.) das espécies
ameaçadas.
Na expedição de resgate, as plantas coletadas são apropriadamente acondicionadas e posteriormente levadas ao Jardim Botânico Plantarum, onde são cultivadas em condições similares
às do habitat onde estavam.
Em alguns casos (quando a disponibilidade permite) também é feita a prensagem e desidratação de partes da planta, dando origem a uma exsicata, que será depositada no herbário,
juntamente com dados relativos àquele exemplar, que são muito úteis na pesquisa científica.
Desde a coleta de resgate, as plantas são monitoradas, possibilitando a pesquisa sobre as
técnicas de manejo ideais para seu pleno desenvolvimento e propagação, aumentando dessa
forma as chances de obter sucesso no cultivo e reduzindo o risco de extinção da espécie resgatada.
De acordo com a Estratégia Global para a Conservação de Plantas, uma das prioridades
voltadas a reduzir os riscos de extinção de espécies ameaçadas é o intercâmbio de material
propagativo entre Jardins Botanicos.
Além de tornar possível ao público conhecer e aprender mais sobre as plantas das mais variadas regiões, atualmente diversos Jardins Botânicos em todos os continentes se dedicam à
pesquisa e conservação de plantas ameaçadas, o que possibilita inclusive, a reintrodução de
exemplares de espeécies ameaçadas em áreas naturais, onde as populações dessas plantas já se
tornaram raras ou escassas.
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Acessos
Todo material botânico acolhido na instituição é registrado com uma seqüência numérica,
chamada de número de tombo.
Esse número de tombo é permanentemente associado àquele material, configurando o que
se chama de acesso.
O acesso e seu número de tombo são partes importantes do processo de conservação, já que
revelam dados peculiares sobre a data de coleta, a data de chegada para cultivo, o local onde
será cultivado, as informações do local onde o material foi coletado, ou o remetente (no caso
de intercâmbios com outras instituições), bem como define as orientações específicas requeridas para seu cultivo.
Após o tombamento e a anotação das informações básicas no livro de tombo, gera-se uma
placa, que será associada ao material botânico.
A placa permanece afixada junto ao vegetal e em caso de perda (morte) do exemplar, o número de tombo não poderá ser utilizado novamente.
Mesmo na ausência de dados taxonômicos completos (gênero, espécie, família, etc.), cada
acesso é reconhecido pelo seu número de tombo.
A inserção de outros aspectos relevantes, no banco de dados, pode ocorrer mesmo após o
tombamento.
Após devidamente tombado e plaqueado, o material fica em condições de seguir para o viveiro ou para o jardim e passa a fazer parte do cadastro do Acervo Vivo do Jardim Botânico
Plantarum.
Quando encaminhadas ao JBP, as plantas recebem o devido tratamento fitossanitário e de
climatização, a fim de prevenir e curar enfermidades. São então devidamente cultivadas em
condições similares ao ambiente natural.
Ocorre também o tombamento físico (instalação da placa com o código próximo ao indivíduo) e o tombamento informatizado, lançando-se as informações referentes ao acesso em um
banco digital de dados.
O Acervo Vivo do Jardim Botânico Plantarum compreende a aproximadamente 4000 acessos (janeiro / 2012), com exemplares de aproximadamente 3600 espécies / formas / híbridos
de plantas vasculares.
A lista atualizada do acervo vivo é disponibilizada no portal do JBP.
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Acervo botânico
O acervo botânico do Jardim Botânico Plantarum é constituído por coleções vivas e amostras
herborizadas.
Em constante crescimento, a coleção viva é constituída por mais de 3600 táxons, cuidadosamente identificados, principalmente da flora brasileira, o que representa mais de 185 famílias
botânicas.
Parte da coleção viva de plantas é disposta em ambientes paisagísticos, para acesso ao público.
A área de visitação pública, com 80 mil m², distribui-se entre jardins temáticos, lagos, bosques, e canteiros com acesso entre caminhos sinuosos.
Outra parte do acervo vivo da instituição exige tratamento intenso e ambiente com controle
de temperatura, umidade e luminosidade, por isso algumas plantas são cultivadas em casas
de vegetação (estufas e telados), com acesso restrito à equipe de manutenção e pesquisadores
credenciados.
Principais famílias botânicas pesquisadas e cultivadas pela instituição:
Arecaceae – com mais de 530 espécies de palmeiras, distribuídas em 106 gêneros; dos quais
34 gêneros e 280 espécies são nativas da flora brasileira;
Araceae – cuja coleção conta com mais de 430 espécies. São plantas conhecidas popularmente por antúrios, imbés, guaimbês, taiobas, comigo-ninguém-pode, milho-de-cobra, etc.
Begoniaceae – mais de 270 espécies de begônias.
Gesneriaceae – coleção com mais de 200 espécies.
Leguminosae - mais de 270 espécies.
Outras famílias são também representativas, não só pelo número de espécies pesquisadas,
mas também pela diversidade de espécies endêmicas e cujo ambiente sofre considerável pressão antrópica, dentre elas:
Acantáceas, passifloráceas, bignoniáceas, amarilidáceas, cactáceas, bromeliáceas, orquidáceas,
aristoloquiáceas e Zingiberales (marantaceae, costaceae, heliconiaceae, cannaceae).
É especial motivo de orgulho para a equipe do Jardim Botânico Plantarum, o privilégio de
tornar acessível ao público uma das maiores coleções de árvores nativas do Brasil, com mais
de 800 espécies.
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Pesquisa
Projeto Flora Brasileira
Este projeto de longo prazo, iniciado há vários anos, pretende estudar, catalogar e divulgar
através de publicações populares, todas as espécies até então conhecidas dos principais grupos
da flora brasileira, tendo já publicado neste ano seu primeiro volume que trata das palmeiras
(Arecaceae). Os principais grupos atualmente em estudo são:
Zingiberales (marantaceae, cannaceae, heliconiaceae, costaceae e zingiberaceae).
Coordenador: Harri Lorenzi
Participantes: Harri Lorenzi, Dr. Eduardo Gonçalves (Inhotim) e Antonio Campos Rocha Neto
Passifloraceae
Coordenador: Dr. Luis Carlos Bernacci (IAC)
Participantes: Harri Lorenzi e Fernando Machado Campos
Aristolochiaceae
Coordenador: Dr. Vinicius Castro Souza (USP)
Participantes: Harri Lorenzi e Thiago Flores
Araceae
Coordenador: Dr. Eduardo Gonçalves (UFMG)
Participante: Harri Lorenzi
Amaryllidaceae
Coordenadora: Dra. Joly Duthi
Participantes: Harri Lorenzi e Mauro Peixoto
Begoniaceae
Coordenador: Dra. Eliane Jacques (UFRRJ)
Participantes: Harri Lorenzi
Gesneriaceae
Coordenador: Dr. Allain Chautens ( Jardim Botânico de Genebra)
Participantes: Harri Lorenzi e Mauro Peixoto.
Acanthaceae
Coordenador: Dra. Cynthia Kameama (Instituto de Botânica)
Participante: Harri Lorenzi e estudantes de pós graduação do Instituto de Botânica
Bignoniaceae
Coordenadora: Dra. Lúcia Lohmann (USP)
Participantes: Harri Lorenzi e estudantes de pós graduação da USP
Cactaceae
Coordenador: Gerardus Olsthoorn
Participantes: Harri Lorenzi
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Herbário HPL
Um herbário é uma coleção científica de plantas secas, organizadas e preservadas segundo um
sistema determinado. Os herbários tem fundamental importância como material de pesquisa
para todas as áreas da ciência que utilizam os vegetais em seus estudos.
Porém, até fazer parte do acervo de um herbário, uma planta amostrada passa por várias etapas, a começar pela localização de um exemplar fértil, isto é, apresentando flores ou frutos,
muito importantes para a identificação da espécie, e em bom estado de conservação.
Para confeccionar o material de seu estudo o botânico então seleciona amostras da planta
– quando possível a toma por completo, inclusive com suas raízes e eventuais estruturas de
reserva. O material selecionado passa pelo processo conhecido como herborização, quando
é prensado e desidratado – seco sob pressão, entre folhas de jornal ou outro tipo de papel
absorvente, em pranchas de madeira, tecnicamente chamadas de prensas.
Após a secagem, o material é fixado em folhas de cartolinas de tamanho padrão, juntamente
com uma etiqueta contendo as informações sobre a espécie – em especial características que
irão se perder ou alterar com o processo de secagem, como odor e cor das flores, frutos ou
mesmo folhas, além de dados como hábito (árvore, arbusto ou erva), estágio de desenvolvimento ou presença de polinizadores, a exemplo de abelhas e vespas. As etiquetas ainda
incluem o nome e número do coletor, data e observações sobre o ambiente de coleta.
A amostra obtida é chamada exsicata, a unidade básica da coleção de um herbário. Ela é
então numerada antes de ser incorporada ao acervo. Posteriormente as exsicatas são acondicionadas e arquivadas em armários de metal, hermeticamente fechados, em ambiente com
temperatura e umidade controladas, a fim de se evitar a proliferação de insetos e fungos que
podem danificar a coleção, contribuindo com sua preservação para estudos futuros por centenas de anos.
As coleções de herbário atuam como verdadeiros bancos de informações sobre a flora e são
as bases do conhecimento sobre sua composição, distribuição e conservação, desempenhando
duas funções essenciais no processo de geração do saber, uma vez que são as fontes primárias
de material para diversos estudos e, por outro lado, servem como testemunho destes estudos.
Como centro de referência material, os herbários são indispensáveis para a identificação científica de plantas para distintos pesquisadores, a exemplo dos taxonomistas, ecólogos, conservacionistas e ambientalistas – a correta identificação é sempre o primeiro passo no acesso às
informações relacionadas à determinada espécie, permitindo o diálogo entre cientistas de
áreas do saber ou regiões do mundo distintas.
Os herbários ainda são o mais poderoso instrumento para o conhecimento sistemático e a
compreensão das relações fitogeográficas e evolutivas da flora de uma determinada região.
Através de suas coleções podem também ser obtidas amostras para análises químicas ou
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genéticas, dados a respeito da morfologia, fenologia e ecologia das espécies vegetais, fundamentais a inúmeras pesquisas em distintas áreas da ciência.
Um herbário serve como depositário de coleções históricas notáveis – tipos nomenclaturais, coleções citadas nos trabalhos clássicos ou identificadas por distintos especialistas, com
diferentes posicionamentos ao longo dos anos – e é especialmente útil na documentação
permanente da composição florística de regiões que foram alteradas ou devastadas; o que
comprova o valor e a versatilidade dessas coleções científicas e as coloca definitivamente no
centro dos esforços para a conservação de espécies. Muitas das informações que os herbários
tornam disponíveis, sem bases de dados semelhantes, certamente seriam inacessíveis ou de
acesso muito pouco provável.
Herbários também podem representar um importante instrumento didático para o treinamento de estudantes, técnicos e entusiastas no reconhecimento da flora de uma determinada
região.
No entanto, a verdadeira importância das coleções botânicas, sobretudo em nosso país, detentor da flora mais rica e diversa do mundo, apenas recente e parcialmente vem sendo reconhecida.
O Herbário do Jardim Botânico Plantarum foi fundado por seu diretor, Harri Lorenzi, em
2002 – o início de sua coleção, no entanto, remonta ao ano de 1990. Desde 2008 está indexado sob a sigla HPL junto ao Index Herbariorum, cadastro internacional de herbários. O
Herbário HPL também integra a Rede Brasileira de Herbários (RBH), por sua vez ligada à
Sociedade de Botânica do Brasil.
Localizado no subsolo do prédio administrativo, o Herbário HPL dispõe de mais de 15 mil
exsicatas em seu acervo, originárias, em sua vasta maioria, da flora nativa de nosso país.
Entre as mais de 300 famílias de angiospermas, gimnospermas e pteridófitas que compõe
seu patrimônio, o primeiro grupo respondendo por aproximadamente 95% dos acessos, destacam-se as coleções de Acanthaceae, Araceae, Arecaceae, Begoniaceae, Gesneriaceae, Marantaceae e Passifloraceae. A sua coleção de tipos nomenclaturais– exsicatas utilizadas na
descrição original de uma espécie até então nova para a ciência e selecionadas por seu ator
como sua permanente referência material – possui mais de 40 cadastros, com destaque absoluto para as palmeiras (Arecaceae), em particular do gênero Syagrus.
O principal objetivo do Herbário HPL é documentar a diversidade biológica vegetal de nosso país, servindo também como suporte para as pesquisas e depositário do material testemunho dos diversos livros publicados pelo Instituto Plantarum, atestando a sua autenticidade
científica. Por outro lado, em conjunto com as demais coleções biológicas, é fonte de material
científico e didático para o desenvolvimento de várias atividades e pesquisas realizadas pela
equipe técnica do Jardim Botânico Plantarum.
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A coleção do Herbário HPL hoje é consultada por pesquisadores de todo o Brasil e de outros
países, e são particularmente frequentes os intercâmbios de material com instituições de todo
o mundo. A visitação pública, contudo, só é possível em horários pré-agendados pela instituição. Os dados do Herbário HPL estão disponíveis na página do Projeto Species Link, em
http://splink.cria.org.br
Além do acervo principal, o Herbário HPL conta com outras importantes coleções científicas associadas:
• Xiloteca
As xilotecas são coleções botânicas constituídas por amostras de madeira obtidas, catalogadas
e armazenadas segundo técnicas específicas. Seu valor para o conhecimento científico e econômico das espécies madeireiras existentes é incalculável, uma vez que além de reunirem uma
grande quantidade de dados sobre essas espécies, auxiliam na identificação de novas amostras
e subsidiam os estudos de caracterização da madeira.
A xiloteca do Jardim Botânico Plantarum conta com cerca de 1000 amostras cadastradas,
pertencentes a quase 100 famílias botânicas distintas. O seu acervo é composto exclusivamente por espécies de árvores nativas do Brasil, sobressaindo-se as leguminosas (Fabaceae),
seguidas pelas mirtáceas (Myrtaceae) e bignoniáceas (Bignoniaceae), respectivamente. Muitas das espécies presentes em sua coleção são de enorme importância na vida econômica de
nosso país, a exemplo da peroba, cedro ou jacarandá.
A coleção da xiloteca HPL está organizada segundo a ordem numérica ascendente de registro. As amostras depositadas em seu acervo, obtidas através de seções transversais do tronco
– da casca até a medula, obedecem a dimensões padronizadas. Parte significativa de seus
acessos dispõe ainda de amostras menores, de superfície lixada. Todo o seu acervo encontra-se documentado através de fotos digitais de alta resolução.
O principal objetivo da xiloteca HPL é estabelecer-se como coleção de referência para madeiras de espécies arbóreas brasileiras, contribuindo para o seu conhecimento e conservação.
Suas amostras são também utilizadas como base material para as obras publicadas pelo Instituto Plantarum, colaborando na obtenção de dados como densidade, resistência e durabilidade.
Atualmente a xiloteca HPL encontra-se em processo de indexação junto ao Index Xylariorum¸ cadastro da Associação Internacional dos Anatomistas da Madeira, atualizado periodicamente a cada dez anos.
As visitas a seu acervo são restritas a pesquisadores cadastrados, ocorrendo apenas em horários previamente agendados.
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• Carpoteca
Mais do que armários fartos de frutos, a concorrer com as prateleiras dos supermercados ou
as barracas de feiras livres, as carpotecas são coleções cientificamente identificadas, além de
catalogadas e organizadas de maneira simples, mas sobretudo sistemática.
Como complemento do acervo de um herbário, as carpotecas significam um importante suporte material para as pesquisas em diferentes áreas da botânica, sendo especialmente úteis
na identificação e caracterização de espécies, em estudos sobre a dinâmica e evolução da
comunidade vegetal, e na elaboração de estratégias de conservação e manejo.
Coleções biológicas como as carpotecas, entretanto, são ferramentas muito valiosas não apenas ao saber botânico; são imprescindíveis a um grande número de estudos em outras áreas
da ciência, a exemplo dos trabalhos com interação ecológica – em particular às análises sobre
frugivoria, dispersão e dieta da fauna, das pesquisas em arqueologia e antropologia ou investigações técnico-científicas como as realizadas pela medicina forense.
As carpotecas, como coleções científicas acessíveis a todos, adquirem grande relevância para
a sociedade e são importantes ferramentas de apoio nos programas de educação.
A carpoteca do Jardim Botânico Plantarum é uma coleção científica de caráter didático,
composta por frutos (e infrutescências) desidratados de mais de 500 espécies distintas. Seu
acervo é constituído exclusivamente por espécies de plantas nativas do Brasil, em sua ampla
maioria árvores, muitas delas raras ou consideradas ameaçadas de extinção, como a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) ou o jequitibá-box (Cariniana ianeirensis).
Estabelecida no ano de 2009, os primeiros frutos incorporados à coleção da carpoteca HPL
foram os da faveira-de-wilson (Dimorphandra wilsonii), leguminosa em avançado processo
de extinção e da qual são conhecidos apenas 12 indivíduos. As famílias mais representativas
em número de amostras são Fabaceae e Bignoniaceae, seguidas por Malvaceae, Apocynaceae,
Vochysiaceae e Lecythidaceae, respectivamente.
As espécies estão organizadas preferencialmente de acordo com a sua proximidade filogenética, na intenção de tornar mais ágil a localização de um exemplar e, assim, facilitar o processo
de identificação de determinada espécie. Algumas espécies, entretanto, encontram-se representadas por mais de uma amostra, uma vez que, segundo sua procedência, algumas variações
significativas são esperadas.
Os frutos estão acondicionados em caixas de madeira, de acordo com sua dimensão e quantidade, e estas dispostas em estantes com tampa de vidro, a permitir sua pronta e plena visualização. Nas caixas é fixada uma etiqueta com a identificação científica e o nome popular,
acompanhados pelo número de tombamento. Todas as amostras que compõem a carpoteca
estão registradas em um banco de dados informatizado, onde, associadas a seu número de cadastro, constam ainda outras informações relevantes, como procedência, data de coleta, nome
e número do coletor, além de observações adicionais sobre a planta.
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A carpoteca é uma coleção associada e situada no herbário HPL, cujo principal objetivo é
manter e disponibilizar de maneira didática um acervo de referência em frutos de espécies de
árvores nativas da flora brasileira, servindo ainda como suporte a um grande número de projetos de pesquisa e atividades educacionais desenvolvidas pelo Jardim Botânico Plantarum.
A carpoteca HPL é também importante à medida que viabiliza o armazenamento de material do Herbário HPL, em especial frutos e infrutescências coletados em larga quantidade
ou que por serem excessivamente grandes e pesados, são difíceis de manusear e podem ainda
danificar as exsicatas armazenadas em seus armários. Como coleção associada, por sua vez,
para cada amostra de fruto constituinte do acervo da carpoteca HPL existe uma exsicata correspondente cadastrada na coleção do herbário HPL, com o propósito de que a identidade de
um acesso possa, a qualquer momento, ser verificada – contudo algumas amostras da coleção
didática não constam de registro no herbário.
Seu acervo, além de subsidiar pesquisas nas mais diferentes áreas da botânica, como espaço
didático, contribui para a formação educacional por serem uma evidência material da biodiversidade de nosso país, através dos mais distintos formatos, tamanhos, texturas e cores de
seus frutos.
As consultas ao seu acervo são restritas a pesquisadores cadastrados, ocorrendo somente em
horários previamente agendados. Porém, uma amostra educativa da carpoteca, onde são apresentados os seus mais notáveis exemplares, está disponível em exposição permanente para
todos os interessados em conhecer mais sobre as árvores brasileiras, no Centro Cultural do
Jardim Botânico Plantarum.
• Biblioteca
O Jardim Botânico Plantarum possui uma das mais completas bibliotecas de taxonomia
botânica do país, com quase tudo que já foi publicado sobre a flora neotropical, em vários
idiomas, equiparando-se às melhores bibliotecas dos renomados centros de pesquisa do país.
O acervo é disponível somente para pesquisadores cadastrados, mediante agendamento.
A equipe técnica do Jardim Botânico Plantarum preparou, editou e publicou a maioria dos
livros em estilo popular sobre identificação de plantas, produzidos no Brasil nos 20 anos mais
recentes.
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Estrutura para atendimento ao público e
realização de eventos
- Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida em todas as dependências.
- Estacionamento interno arborizado, com iluminação, para até 180 carros e 04 ônibus;
- Recepção para acolhimento dos visitantes, climatizada e com sanitários;
- Restaurante;
- Lanchonete;
- Empório de souvenirs / produtos sustentáveis;
- 4,5 km de vias sinuosas e pavimentadas em meio ao jardim;
- Meliponário;
- Bancos à sombra, bebedouros e sanitários dispostos pelo jardim;
- Placas direcionais, restritivas, interpretativas e de identificação botânica;
- Quiosque para repouso e leitura;
- Centro de eventos com auditório/teatro com capacidade para 200 pessoas, salão para eventos equipado com cozinha industrial, sala para reuniões com capacidade para 50 pessoas,
escritório e sala de controle multimídia;
- Casa destinada a sediar cientistas e convidados;
- Dois veículos elétricos destinados ao transporte de pessoas com dificuldade de locomoção;
- Centro Cultural e Beneficente Vera Luzia Samartin Lorenzi - salão de 200 m², com copa, cozinha, banheiros, sala de reunião, mesas e cadeiras – adequado ao uso pelo Grupo de Educação
Ambiental, para exposições temporárias, oficinas, mostras de cinema comentado, palestras e
outras atividades.
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Gestão ambiental
O Jardim Botânico Plantarum prestigia as tecnologias de impacto ambiental positivo, o que
confere ao roteiro de visitação vários exemplos sustentáveis.
Além do primor no manejo do acervo botânico e no uso criterioso de recursos ambientais,
colaboramos com a sociedade por meio de práticas simples, tais como:
- Triagem de todos os resíduos sólidos gerados na instituição e doação à Associação local de
catadores;
- Captação e armazenamento de água pluvial, que suprem integralmente as necessidades
de irrigação das plantas. Ao todo, mais de 10 milhões de litros de água de chuva são armazenados no lago e no reservatório subterrâneo; dessa forma somente a água para ingestão e
higienização é captada de poço artesiano.
- Preferência pela utilização de materiais e técnicas construtivas de menor impacto ambiental, tais como: uso de madeira de demolição ou certificada, pinturas à base de cal, ladrilho
hidráulico nas áreas úmidas, grandes portas e janelas para atender às necessidades de luz e
ventilação natural;
- Visando evitar seu descarte em aterros sanitários, todo o entulho de construção originado,
desde a aquisição da área até os dias atuais, é reutilizado no jardim para a formação de ambientes especiais para plantas que necessitam de alta drenagem de solo (rupícolas, epífitas e
suculentas);
- Toda a matéria orgânica vegetal proveniente da manutenção do jardim é triturada e utilizada como mulching (cobertura vegetal morta), nos canteiros e para compostagem, de onde se
obtêm um excelente revitalizador de solos, reduzindo assim a necessidade de fertilizantes de
síntese química industrializados;
- Em razão da inexistência de rede pública de esgoto doméstico na área onde se localiza o
jardim foi necessário implantar conjuntos de fossa, filtros anaeróbios e sumidouros. Está em
estudo de viabilidade a implantação de um sistema biológico de tratamento de efluentes;
- Arborização heterogênea da Avenida Brasil e sensibilização popular para sua conservação.
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Gênese da educação ambiental na instituição
O Jardim Botânico Plantarum é idealizado desde 1998 e foi aberto ao público em novembro
de 2011. Embora o presente projeto político pedagógico ainda não estivesse detalhado antes
da abertura oficial da instituição ao público se buscou atender à demanda de visitas orientadas, previamente agendadas, para pequenos grupos de estudantes da rede pública, em todos
os níveis.
Nessa modalidade excepcional de visitas foram atendidas aproximadamente 200 pessoas, entre 2009 e 2010.
As visitas tiveram propósitos variados, tais como: o interesse em grupos específicos de plantas
(como a coleção de palmeiras); referências para a elaboração de projetos paisagísticos e aulas
acadêmicas de campo, de diversas disciplinas.
Apesar de não haver sido implantado na época dessas visitas um método detalhado de avaliação qualitativa dos índices de apreensão de conhecimentos por parte dos visitantes, os registros demonstram que determinados aspectos presentes no jardim atraíram especialmente
a atenção dos grupos.
Nesse sentido o histórico de implantação do jardim e o modelo de gestão praticado podem
ser considerados conceitualmente a gênese da educação ambiental na instituição.
É notável constatar que em menos de duas décadas, em razão da mudança de tipo de ocupação, o espaço deixou de ser uma área degradada pela atividade industrial e passou a ser o locus
para pesquisa e cultivo de uma relevante coleção botânica e um local para a sobrevivência de
diversos outros seres, em especial a avifauna e miríades de invertebrados e de microorganismos.
A abordagem educativa por esse viés enfatiza a capacidade humana de modificar positivamente o ambiente. Considerando que a educação ambiental deve ser capaz de mudar comportamentos, por exemplificação a atitude é mais eloqüente que a simples retórica.
Antes de sua inauguração e abertura ao público, provavelmente a maior contribuição do Jardim Botânico Plantarum para a educação ambiental se refira à publicação de mais de uma
dezena de livros em estilo popular sobre várias categorias de plantas existentes no Brasil.
Previamente a abertura ao público buscou-se detectar no presente estudo as potencialidades e
vulnerabilidades a fim de elencar atividades constantes do programa de educação ambiental.
Os resultados preliminares computados desde novembro de 2011 apontam uma perspectiva
favorável de atendimento ao público e de divulgação do programa de educação ambiental,
o que contribuirá para o pleno exercício de sua função socioambiental, enquanto estrutura
educacional capaz de gerar reflexão, conhecimento, consciência, motivação e transformação
comportamental.
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Recursos didáticos disponíveis
- Oito hectares de área de visitação;
- Acervo botânico vivo e herborizado;
- Acervo fotográfico;
- Jardins temáticos;
- Painéis interpretativos;
- Placas de identificação botânica;
- Casas de vegetação;
- Lagos;
- Quiosque;
- Meliponário;
- Biblioteca;
- Herbário;
- Carpoteca;
- Edificações sustentáveis;
- Estação de compostagem;
- Estação de triagem de resíduos sólidos;
- Auditório multimídia;
- Salão de eventos;
- Sala para aulas teóricas e práticas;
- Computadores com acesso à internet;
- Impressoras;
- Portal do Jardim Botânico Plantarum na internet;
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Recursos humanos
O Grupo de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum conta atualmente com um
pedagogo, um biólogo, uma fisioterapeuta, uma graduanda em engenharia ambiental, uma
graduanda em pedagogia, ambos com experiência em educação ambiental não formal, além
de um designer gráfico e o apoio da equipe de pesquisa botânica da instituição.
Em caso de eventual necessidade de ampliação da equipe, voltada ao monitoramento da
modalidade de visitação autônoma e também para a realização de visitas escolares, as aptidões requeridas na seleção dos futuros integrantes da equipe serão: interesse por pesquisa em
educação e botânica, capacidade de articulação com pessoas de diferentes faixas etárias e a
disponibilidade para atuação em fins de semana e feriados.
Preferivelmente a seleção recrutará graduandos em ciências biológicas, pedagogia, geografia,
engenharia e gestão ambiental, turismo e comunicação.
É também desejável que a equipe disponha de profissionais com habilidades complementares
de comunicação, como a fluência em outros idiomas e linguagem de sinais.
Esse contingente será proporcional ao desenvolvimento de projetos e poderá variar de acordo
com demandas específicas e a disponibilidade de recursos financeiros.
Buscar-se-á sempre que possível, o estabelecimento de convênios de cooperação com instituições de ensino superior na região. Como frutos dessas parcerias serão disponibilizadas vagas de estágios supervisionados e co-orientação para a produção científica dos universitários
contemplados no programa.
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Recursos financeiros
Os recursos financeiros destinados ao desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental do Jardim botânico Plantarum têm como principais origens:
- Parte da doação anual dos associados do JBP;
- Parte das doações realizadas por pessoa física e jurídica;
- Parte do valor referente aos ingressos para visita autônoma;
- Parte do valor arrecadado em eventos, visitas guiadas e visitas escolares.
Atualmente o aporte de recursos é limitado, o que determina relativa redução na abrangência
do programa educacional, principalmente no que se refere às necessidades de aquisição de
materiais, ampliação de equipe e realização de atividades externas ao JBP.
Presume-se que a consolidação de parcerias possibilite aprimorar e ampliar o espectro de
atuação educacional para além das dependências do jardim, abrangendo também o núcleo
escolar da região e outras organizações congêneres.
Com esse intuito são detectadas como ações estratégicas: elaborar e submeter projetos visando captar recursos financeiros junto à iniciativa privada, órgãos governamentais, fundos e
editais, bem como as demais fontes de financiamento destinadas à educação ambiental.
Dentre os projetos a serem desenvolvidos através da captação de recursos será o Jardim Botânico vai à escola, em moldes adaptados ao referido Projeto, já desenvolvido por vários outros
Jardins Botânicos no Brasil.
Outras iniciativas educacionais poderão ser efetivadas com instituições congêneres, mediante
análise conjunta de viabilidade.
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Caracterização de Nova Odessa
Aspectos físicos
O Município de Nova Odessa situa-se na Região Metropolitana de Campinas – SP.
Latitude - 47” 29’ 51” W, Longitude - 22” 77’ 20” S. Ocupa uma área total de 73,8 km².
Confronta-se com Sumaré (Sul), Paulínia (Leste), Americana (Norte) e Santa Bárbara
D’Oeste (Oeste). Situa-se entre as cidades de Americana e Sumaré, a noroeste da capital do
Estado. Dista por rodovia: São Paulo 120 Km ; Campinas, 22 km; a Via Anhanguera cruza
o município a 7 Km da cidade.
O clima é do tipo tropical e semiúmido, com inverno seco e vento sudeste.
Compreende os biomas de Cerrado e Floresta Atlântica.
A temperatura oscila entre mínima de 10ºC e máxima de 35ºC; média 26ºC e a umidade
relativa do ar é, em média 76%.
A precipitação pluviométrica média é de 1.317,1mm/ano.
Os solos ocorrentes no município são: latossolo vermelho escuro, orto-argiloso e areno-argiloso.
O relevo é suavemente ondulado, com declividades fracas e encostas longas.
A altitude média é de 540m acima do nível do mar,
O município situa-se na bacia do Rio Atibaia, estendendo-se até sua represa.
Os principais cursos de água são: Ribeirão Quilombo, com 10 metros de largura (afluente
do Rio Jaguari). Córregos: da Fazenda Foguete, da Fazenda Santo Ângelo, dos Lopes, São
Francisco (divisa com Sumaré), Capoava, Palmital (divisa com Sumaré) e Recanto (divisa
com Americana).
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Principais distâncias
De
Nova Odessa
Até
Km
Americana
Campinas
Aeroporto de Viracopos
São Paulo
Aeroporto de Guarulhos
Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Brasília
5
22
40
119
145
523
615
959
Acessos
- Via Expressa que liga Nova Odessa a Americana;
- Av. Ampélio Gazzetta em Nova Odessa ligando a Sumaré com a Avenida Rebouças;
- Via Expressa que liga Nova Odessa a Sumaré;
- Rod. Luiz de Queiroz (SP-3O4) pela Via Expressa que liga Nova Odessa a Americana;
- Estrada Vicinal Rodolfo Kivitz que liga Nova Odessa a Santa Bárbara D’ Oeste;
- Estrada Júlio Mauerberg de Nova Odessa à Via Anhanguera Km 119 (SP-330).
Aspectos sociais
• Breve histórico
As origens do povoamento da região do Quilombo remontam ao século XVIII, na concessão
pelo Governo Colonial de sesmarias a vários desbravadores, principalmente a Joaquim José
Teixeira Nogueira (1798), cujos descendentes continuaram a colonização das terras, hoje
ocupadas pelo Município de Nova Odessa.
A colonização, no entanto, está mais ligada aos movimentos imigratórios, principalmente de
Portugueses e mais tarde de Russos, letos e mesmo americanos, estes últimos mais intensamente fixados no vizinho Município de Americana.
O Governo do Estado foi quem estimulou a corrente imigratória originária da Letônia e
Rússia, com a aquisição da antiga fazenda Pombal, em março de 1905 e sua transformação
em núcleo colonial, mediante entrega financiada de lotes de terras, implementos agrícolas,
construção de casas, etc.
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O núcleo Colonial de Nova Odessa pode ser considerado como o marco inicial do Município, sabendo-se como seu fundador, o então Secretário da Agricultura do Estado de São
Paulo, Carlos José Arruda Botelho. O próprio nome da localidade - Nova Odessa - é estribado a Odessa, cidade da Ucrânia (Rússia), que impressionou Carlos Botelho pelo seu traçado
urbano.
A primeira leva de imigrantes Russos não se fixou no núcleo, em virtude das especializações
profissionais do contingente, não afeito às práticas agrícolas rurais. Acabaram por abandonar
a colônia e mudar para cidades maiores.
O malogro da colonização Russa foi razão para reformulação do programa Governamental
para a vinda de imigrantes letos, em 1906, sejam oriundos de outras colônias de Santa Catarina ( Jacu - Açu), ou diretamente da Europa, pelo esforço de dois intermediários: Júlio Malves
e Janis Gutman.
Em 1908 esses movimentos já eram praticamente coroados de êxito, pela adaptação dos povoadores, nos lotes distribuídos pelo governo.
A construção da estação ferroviária, inaugurada em 1907, trouxe ao núcleo melhores condições de assistência a essas populações e provocou o desenvolvimento agrícola, primeiro com
cultura de cereais e frutas e depois com algodão, a avicultura e laticínios. A partir da década
de 40 veio o surto industrial, completando a prosperidade econômica da antiga colônia.
• Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Nova Odessa, por Decreto-lei Estadual no 9775, de
30 de novembro de 1938, no Município de Americana.
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o
quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Nova Odessa permanece no Município de Americana, assim como nos quadros fixados pelas Leis nos 233, de 24-XII-1948
e 2456, de 30-XII-53, para vigorar, respectivamente, os períodos 1949-1953 e 1954-1958.
Elevado à categoria de município com a denominação de Nova Odessa, por Lei Estadual
5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado de Americana, com Sede no Distrito de
Nova Odessa. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 01 de janeiro
de 1993.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.
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• Iconografia
Bandeira e Brasão de Armas de Nova Odessa
A Bandeira e o Brasão de Armas do Município de Nova Odessa foram instituídos pela Lei
Municipal nº 181, de 24 de junho de 1965, sendo prefeito municipal Arthur Rodriguez
Azenha.
O Brasão e a Bandeira são de autoria do heraldista Arcinoé Antonio Peixoto de Faria.
Significado
O escudo samnítico, preferido para representar o brasão de Nova Odessa é de origem francesa, sendo o primeiro estilo de escudo adotado em Portugal, servindo de referência à raça colonizadora e principal formadora da nacionalidade brasileira.
A coral mural que o sobrepõe, sendo de prata de seis torres, das quais apenas quatro são visíveis em perspectiva no desenho, identifica o brasão de domínio indicando a condição de cidade
de terceira grandeza, ou seja, sede de Município.
A cor goles (vermelha) simboliza a audácia, intrepidez, valor, galhardia, nobreza conspícua
e domínio, predicados atribuídos aos imigrantes letos, primeiros colonizadores, que, com a coragem e a audácia que os identifica, abandonaram sua terra natal e aqui vieram fixar-se, a despeito
das condições adversas do clima e da língua, para lançar os fundamentos da cidade que é hoje
Nova Odessa.
O grifo representado no campo do escudo é figura mitológica, sendo metade leão e metade
águia, simbolizando a custódia, a vigilância, a perfeição e o poder, identificando os propósitos
dos atuais habitantes de Nova Odessa, dignos continuadores da obra iniciada pelos colonizadores, que , com sabedoria e inteligência (águia) aliadas à força poderosa (leão) e um trabalho
constante, eficaz e realizador, constroem hoje a grandeza da cidade.
O metal prata da bordadura do escudo é um evocativo de paz e religiosidade de seu povo
que, irmanado em Deus, comungando um mesmo ideal, admite e professa o Cristianismo sob
várias seitas: é a cor do metal prata em que é representado o grifo, um símbolo de amizade, integridade, eqüidade, justiça e pureza.
Nos ornamentos exteriores, a haste de cana e o ramo de algodão representam os principais
produtos da terra dadivosa e fértil, esteios da economia municipal, muito embora a industrialização de tecidos, cerâmicas e outras indústrias tenham também papel de relevo.
No listel o slogan que se constituiu em afirmativa clara e eloqüente dos propósitos do povo,
sintetizando em três palavras, tudo o que o brasão representa:
“VIGILÂNCIA, SABEDORIA E PODER”
Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Odessa
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• Dados gerais
Segundo o censo realizado em 2010,pelo IBGE, a população de Nova Odessa é de 51.242
habitantes, com densidade demográfica de 694,34 hab./km². Mais de 95% da população vive
na zona urbana.
A captação de água para tratamento e abastecimento é realizada em mananciais localizados
no próprio município. A concessionária de saneamento é a CODEN – Serviço Municipal de
Água e Esgoto.
São as principais atividades econômicas: indústria, prestação de serviço e agropecuária.
A cidade dispõe de hotéis e restaurantes diversificados. Há agencias do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander.
O hospital municipal tem 52 leitos e há diversos postos de saúde nos bairros.
Há na cidade uma faculdade particular.
Não há teatros ou cinemas. As opções mais próximas situam-se em Americana e Campinas.
A Biblioteca Municipal funciona no Centro Cultural Herman Jankovitz, local dedicado às
artes plásticas e à leitura.
As ruas, praças e largos são arborizados – a cidade tem o slogan “`Paraíso do Verde’’. A média
é de 15 árvores por habitante na zona urbana.
Situados próximo ao centro da cidade, o Parque Ecológico Isidoro Bordon e o Instituto de
Zootecnia oferecem opções de lazer e interação ambiental à população.
Várias feiras-livres funcionam nos bairros da cidade, onde se podem adquirir hortifrutigranjeiros de produção familiar, além de outros produtos e serviços.
Em 2007 o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal declarou Nova Odessa como a
25a melhor cidade do Brasil.
Cenário educacional local
Ano Município Estado
Taxa de Analfabetismo da População de 15 Anos e Mais (Em %)
Média de Anos de Estudos da População de 15 a 64 Anos
População de 25 Anos e Mais com Menos de 8 Anos de Estudo (Em %)
População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio Completo (Em %)
2000
2000
2000
2000
5,59
7,40
58,61
39,45
6,64
7,64
55,55
41,88
Fonte: Sistema Estadual de Análise de Dados
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Iniciativas potenciais para consolidação
de redes educacionais socioambientais
Programa de Agentes Ambientais Escolares
Atende a: 55 crianças de 9 a 12 anos, das 3ª e 4ª séries das Escolas Municipais.
Objetivo: despertar o interesse e a sensibilização para as questões ambientais.
CEAI – Centro de Educação Ambiental Integrada
Atende a: comunidades, clubes de serviços, grupos de programas municipais, escolas.
Área da Escola Municipal Dante Gazzetta associado à Coordenadoria de Educação.
CEAM – Centro de Educação Ambiental
Criado no interior do Parque Ecológico Isidoro Bordon, conta com equipamentos de áudio e
vídeo, quadro negro, 50 carteiras universitárias, palco, sanitários, jardim geométrico, terrário,
alarme, animais taxidermizados, coleções de ovos e penas, animais peçonhentos (para as ações
do Setor de Zoonoses), material didático e biblioteca.
Parquinhos Infantis de Madeira Ecológica Tratada
O Programa contempla diversos bairros da cidade, com a instalação dos novos playgrounds
com brinquedos de eucalipto tratado.
Realização Anual da Caminhada Ecológica Paraíso do Verde
Caminhada realizada sempre no dia 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho, com convite aberto a toda a população e grupos específicos.
Projeto Bosque do Futuro
Cada criança registrada no Cartório de Registro Civil de Nova Odessa ganha a companhia de
uma árvore. Para cada nascimento, uma muda é plantada pelos pais no “Bosque do Futuro”.
Projeto Plantando a Vida
O projeto é desenvolvido nas CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil), que ganharam um espaço para o plantio de árvores, para permitir que as crianças façam um parâmetro entre o crescimento delas e das plantas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Odessa
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Instituições de ensino / alunos / docentes 2011
Instituição
Endereço
Telefone
Alunos Docentes
CMEI Arco-íris – Creche e EMEI
CMEI Beija-flor – Creche e EMEI
CMEI Bem te vi – Creche e EMEI
CMEI Criança feliz – Creche e EMEI
CMEI Jardim Alvorada – Berçário, creche e EMEI
EMEI João de barro – Creche e EMEI
CMEI Padre Vitor Facchin - EMEI
CMEI Pica pau
CMEI Toca do coelho – Berçário, creche e EMEI
EMEF Dante Gazzeta
EMEF Prof. Haldrey Muchelle Bueno
EMEF Paulo Azenha
EMEF Prof. Almerinda Delegá Delben
EMEF Prof. Alvina Maria Adansom
EMEF Prof. Alzira Ferreira Delegá
EMEF Prof. Salime Abdo
EMEFEI Jardim Encantado
EMEFEI Prefeito Simão Welsh
EMEFEI Prof. Augustina Adamson Paiva
EMEFEI Vereador Osvaldo Luiz da Silva
E. Estadual Alexandre Bassora
E. Estadual Dorti Zambello Calil
E. Estadual Dr. João Thienne
E. Estadual Joaquim Rodrigues Azenha
E. Estadual Silvania Aparecida Santos
Colégio Biocentrico
Colégio Network
Colégio FAVO’S / São Caetano
Colégio Objetivo
Escola de Educação Infantil João de Barros – Castelinho
SESI
Rua Frederico Bassora, 101 – Green Village
Rua Geraldo Leme, 250 – Pq. Residencial Klavin
Rua Herman Jankovitz, 600 – Jd. Santa Rosa
Rua Irineu José Bordon, 451 – Jd. Santa Luiza I
Rua dos Mognos, 340 – Jardim Alvorada
Rua José de Paiva, 165 – Jardim Planalto
Rua Manoel de Oliveira Azenha, 191 - Jardim São Manoel
Rua Maria Raposeiro Azenha, 475 – Vila Azenha
Rua São Paulo, 425 – Jardim São Jorge
Rua Aristeu Valente, 133 – Centro
Av. Paschoal Piconi, 415 – Jardim São Manoel
Rua Maria Raposeiro Azenha, 455 – Vila Azenha
Rua Theodoro Klavin, 560 – Pq. Residencial Klavin
Rua Aracajú, 215 – Jardim São Jorge
Rua Frederico Bassora, 101 – Green Village
Rua dos mognos, 336 – Jardim Alvorada
Rua Joaquim Sanches, 480 – Jardim Bela Vista
Rua João Bento Carneiro, 355 – Santa Rita II
Rua Porphirio A. Preto, 133 – Jardim São Francisco
Rua Vitório Fadel, 465 – Jardim Marajoara
Rua Juscelino Kubitschek de Oliveira, 377 – Jardim Planalto
A. Dr. Ernesto Sprongis, 1261 – Jardim Bela Vista
Rua Independência, 500 - Centro
Av. Paschoal Piconi, 399 – Jardim São Manoel
Rua Irineu Jose Bordon, s/n – Jardim Santa Luiza I
Rua Anchieta, 155 – Centro
Av. Ampelio Gazzeta, 2445 – Lopes Iglesias
Rua 1º de janeiro, 175 – Centro
Rua Antonio Rodrigues Azenha, s/n – Vila Azenha
Rua Rio Branco, 1460 – Jardim Santa Rosa
Rua dos Jacarandás, 100 – Jardim Palmeiras
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8
24
Fontes: Prefeitura Municipal de Nova Odessa – Coordenadoria Municipal de Educação, Instituições particulares de Ensino de Nova Odessa.
Quadro resumo
33 Instituições de ensino no município
Rede pública
Rede privada
26
07
10.451 alunos matriculados em 2011
Rede pública
Rede privada
7839
2612
536 docentes atuantes no município
Rede pública
Rede privada
32
Eixo Situacional
370
166
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O valor dos Jardins Botânicos
Provavelmente nossos antepassados não supunham que um dia seria
necessário salvaguardar espécies de plantas em Jardins Botânicos.
A história elucida que desde sempre a humanidade utilizou as plantas para suprir suas necessidades vitais. Mas somente na pré-história, durante o período neolítico, ou da pedra polida,
há pouco mais de dez mil anos, a prática da agricultura se tornou usual entre alguns povos,
que antes eram caçadores coletores.
Com o desenvolvimento intelectual do ser humano também evoluiu sua capacidade de se
socializar, de criar utensílios e constituir abrigos, controlar o fogo, compreender a ciência e a
existência, prospectar recursos e dominar as tecnologias necessárias, à sua sobrevivência e de
seus entes.
A consolidação de sociedades sedentárias deu início à necessidade de ampliar o uso dos
recursos disponíveis de modo a garantir a oferta de alimentos, fontes de energia e matérias-primas diversas imprescindíveis a seu uso e posteriormente, também utilizadas como recurso
mercantil.
A conotação ocidental de humanidade preconiza a posse e o acúmulo como ferramentas do
poder. Ávido por conquistar, o homem exerce pressão sobre a natureza. Nota-se no percurso
da história exponencial aumento na intensidade de exploração de recursos e serviços ambientais, sem a percepção que se tem hoje a respeito de resiliência.
Na Europa medieval a disputa por territórios e os avanços científicos, sobretudo na navegação, desencadearam relevantes transformações nas sociedades do Velho Mundo, cujo impacto
refletiu posteriormente também nos demais continentes. A diversidade biológica, relativamente desconhecida, passa a ter outro valor.
A partir de 1492, a descoberta da América por Cristóvão Colombo fortalece a importância
do estudo botânico. Naturalistas espanhóis, como Francisco Hernandez (médico de Filipe I),
participam das viagens ao Novo Mundo e descrevem espécies.
Com a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498, estabelece-se o comércio marítimo de
recursos vegetais muito cobiçados na Europa, como o açafrão, a cúrcuma e a laca.
No século XVI foram criados os primeiros jardins botânicos de que se tem notícia.
Em 1533, por decisão do Senado de Veneza é criada na Universidade de Pádua a disciplina
de Lectura Simplicium, dedicada ao estudo das plantas medicinais, juntamente com um hortus
medicus. O local era destinado à aclimatação, cultivo e estudo de plantas medicinais oriundas
de diversos lugares, levadas até lá por expedicionários e cientistas. Em 1545 a República de
Veneza funda o Real Jardim Botânico de Pádua, o primeiro do mundo ocidental.
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Fonte: Google
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Real Jardim Botânico de Pádua
Em pouco mais de uma década de funcionamento já eram cultivadas em Pádua mais de 1500
espécies de plantas, de vários lugares do mundo.
Os jardins médicos são a origem dos jardins botânicos atuais.
Fonte: Google
Diversos outros jardins de pesquisa foram implantados desde então, inclusive o de Upsala, na
Suécia, idealizado por Lineu conforme plano inicial, abaixo:
Planta inicial do Jardim
idealizado por Lineu, em Upsala
Nos séculos XVI e XVII, grandes explorações marítimas, originadas sobretudo na Europa,
ampliaram o conhecimento das rotas marinhas entre continentes, o que favoreceu a coleta e
envio de diversas novas plantas até então desconhecidas da comunidade científica européia.
36
Eixo Conceitual
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Esses propágulos vegetais necessitavam locais apropriados para seu cultivo exitoso, fomentando a importância dos jardins botânicos agora não somente com fins médicos, mas também
com perspectivas econômicas às nações que empreendiam ou financiavam a singradura dos
oceanos em busca dos recursos do Novo Mundo.
Ocasionalmente, jardins em colônias tropicais também eram construídos para manter grupos
vegetais mais exigentes.
Gradualmente, o estudo botânico impõe-se ao estudo medicinal das espécies vegetais e os
jardins aclimatam cada vez mais plantas exóticas, permitindo a observação comparada das
plantas e o aprimoramento das técnicas de aclimatação e propagação, principalmente das espécies de valor comercial. Nota-se que biopirataria e economia globalizada têm raízes antigas.
No Brasil, o primeiro Jardim Botânico foi implantado em Recife por ordem de Maurício de
Nassau, durante a invasão holandesa ocorrida entre 1630 e 1654. Reunia espécimes da flora
coletadas nas expedições ao sertão nordestino. Em 1808, D. João VI ordena criar no Rio de
Janeiro, o Jardim da Aclimação.
Desde o início da Era Industrial, profundos impactos ambientais vem ocorrendo em todo o
planeta, e especialmente nos países subdesenvolvidos, com repercussão direta sobre a diversidade biológica global.
A partir da segunda metade do século XX tem início a reflexão mundial a respeito da noção
de perda. Deflagrado na Conferencia de Estocolmo, em 1972, o movimento ambientalista
passou a se intensificar nas décadas seguintes. No Brasil o marco desse processo foi a Rio-92.
Entretanto debates, acordos e leis não resolvem instantaneamente as questões ambientais
globais. E enquanto não se instala a consciência mundial necessária à manutenção do equilíbrio ecossistêmico, avança a erosão genética, fruto da perda de habitat, sobrexploração, proliferação de patologias e espécies invasoras.
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, realizada entre 2001 e 2005 pelo International Panel
of Climate Changes, alerta à humanidade que dos ambientes pesquisados, mais de 60% dos
ecossistemas mundiais já foram alterados ou estão severamente ameaçados.
Deduz-se que a crise contemporânea mundial não é somente política, ou ambiental, ou econômica. Trata-se realmente de uma crise civilizatória.
Cidades superpopulosas, hábitos exagerados de consumo e desperdício demandam da atividade industrial cada vez mais matérias-primas e energia. Em decorrência disso o ambiente
natural é alterado e suprimido, resultando em perdas consideráveis da biota.
No Brasil, detentor da maior diversidade biológica da Terra, a degradação de ecossistemas
também assume ritmo vertiginoso, o que não ocorre simultaneamente com o estado de conhecimento e possibilidades de conservação desses ambientes e das espécies que o compõe.
O mesmo ocorre cotidianamente em várias outras nações.
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Dentre as iniciativas para minimizar a perda de biodiversidade vegetal global, destaca-se o
trabalho realizado por mais de quinhentos Jardins Botânicos em todo o mundo.
Para Botanic Gardens Conservation International (BGCI) “A Botanical Garden is an institution
holding documented collections of living plants for the purposes of scientific research, conservation,
display and education”
No Brasil, Jardim Botânico é definido como: “Área protegida, constituída no seu todo, ou em
parte, por coleções de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, documentadas
e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico
do País, acessível ao público, no todo ou em parte, servindo à educação, à cultura, ao lazer
e à conservação do meio ambiente” (Conselho Nacional de Meio Ambiente - Resolução n°
339 – 25/09/2003).
Segundo a página da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, no ano corrente, 36 (trinta e seis)
instituições são reconhecidas como Jardins Botânicos, sediadas em todas as regiões do país e
que totalizam mais de 3000 profissionais atuantes no setor.
Os Jardins Botânicos são importantes centros de educação ambiental e seu potencial educacional vem sendo progressivamente descoberto pelo público.
O sentido de zelo pelas coisas vivas é pulsante no ser humano, embora viver nas grandes
cidades de certa forma corrobore para que essa relação seja esmaecida em decorrência do
ritmo frenético de produção e consumo. No entanto há de se considerar o grande número de
crianças e adultos que visitam jardins zoológicos e jardins botânicos. No livro Biofilia (E. O.
Wilson, 1993) menciona “habitantes de cidades que continuam sonhando com cobras, por razões
que não sabem explicar”.
Em relação à constituição genética a ancestralidade prevalece sobre a tecnologia e por mais
confortável que seja a vida moderna, o ser humano tem maior compatibilidade com a clorofila do que com os plásticos.
Segundo o BGCI, por ano, mais de 200 milhões de pessoas visitam jardins botânicos, o que
os consagra como locais importantes para formação de opinião pública.
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Eixo Conceitual
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Perspectivas
Mediante a coleta e análise dos dados apresentados nos capítulos anteriores desse plano, o
grupo de trabalho elucidou questões chave para o delineamento de matrizes a fim de auxiliar
no elenco das ações educacionais a serem empreendidas.
Obteve-se consenso ao se detectar os tipos de público que vão ser atendidos, as bases orçamentárias para a implantação e adaptação de estruturas, assim como as estratégias para a
contratação e capacitação de equipe educativa.
Foram selecionadas formas de registro das atividades bem como as possíveis maneiras de
avaliar os resultados obtidos.
Foi considerada a necessidade de um plano de comunicação para divulgar amplamente a
inauguração do Jardim Botânico e de suas iniciativas em educação ambiental, de forma a
ampliar também as oportunidades de captação de parcerias e recursos necessários a realização
de projetos futuros.
O Jardim Botânico Plantarum, aberto ao público em novembro 2011, vem proporcionando a
seus frequentadores um espaço/tempo de lazer, conhecimento e sensibilização para a importância da conservação das plantas.
Pretende-se que o Grupo de Educação Ambiental colabore para popularizar o conhecimento
a respeito da biodiversidade e das tecnologias sustentáveis, utilizando para isso, os recursos
educacionais disponíveis no Jardim Botânico Plantarum e as metodologias pesquisadas em
outros Jardins Botânicos e demais instituições de ensino- aprendizagem não-formal.
O Programa de Educação Ambiental priorizará a qualidade de atendimento e da experiência
e não somente o contingente de pessoas atendidas na ação educativa.
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Matriz conceitual
Missão
O Grupo de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum tem como missão:
“Sensibilizar pessoas para a importância da conservação das plantas
e para o uso parcimonioso dos recursos ambientais”
Visão de futuro
“O Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum contribuirá
para o aprendizado e motivação de pessoas, em atividades lúdico-didáticas,
no âmbito prático e reflexivo, utilizando como referência o acervo botânico
e as tecnologias aplicadas na instituição”
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Eixo Conceitual
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Estimativa de público
Por várias razões considera-se que haverá relativa diversidade e heterogeneidade de públicos
que usufruirão do Programa de Educação Ambiental.
Prioritariamente, o PEA será voltado ao público interno da instituição, visando instrumentalizar aos profissionais dos diversos setores do Jardim Botânico Plantarum.
Levando em conta sua abertura ao público, ocorrerão modificações de fluxo na via de acesso
ao Jardim, e caberá à instituição mediar essa perspectiva de mudanças locais junto aos moradores do bairro.
Além de ser um espaço ideal para construção de conhecimentos, o JBP é um atrativo turístico, e como tal oferecerá mais uma opção de lazer e entretenimento aos moradores de cidades
vizinhas.
Por estar localizado no perímetro urbano, próximo ao centro da cidade, presume-se que isso
seja facilitador para a realização de visitas escolares, possibilitando a participação de alunos e
professores da rede de ensino formal.
A instituição é um potencial centro de referência na flora brasileira. Sua proximidade da
capital e do Aeroporto Internacional de Viracopos contribuem para que o local seja visitado
por turistas e pesquisadores de várias procedências.
O local dispõe de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
Estima-se que a constituição paisagística e o acervo botânico atraiam a atenção de fotógrafos, ilustradores, paisagistas, e outros profissionais correlatos às ciências ambientais.
Público foco
- Funcionários;
- Visitantes espontâneos da instituição;
- Professores e alunos do ensino fundamental, de Nova Odessa e cidades vizinhas.
Resultado preliminar
No primeiro mês de abertura ao público mais de 700 pessoas visitaram a instituição.
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Matriz de princípios
O marco legal fundamental para o Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum é sustentado pelo teor da Lei Federal 9795, 27/04/1999 e o Decreto 4281,
25/06/2002. Ambos elucidam que “A educação ambiental deve ser um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter forma e não-formal considerando a concepção de meio ambiente em sua
totalidade, a interdependência entre o meio natural, socioeconômico e o cultural, sob enfoque da sustentabilidade, a vinculação entre a ética, o conhecimento, a pesquisa e a prática sociais.”.
Como referencial para as ações do PEA dirigidas aos estudantes da educação básica, é considerada essencial a proposta elaborada em 2010 pelo Ministério da Educação, para o estabelecimento de Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental no Ensino Formal,
conforme seguem trechos integralmente transcritos do documento em epígrafe:
Diretrizes gerais
1. Promoção de espaços educadores sustentáveis que têm a intencionalidade pedagógica de
se constituir em referências de sustentabilidade socioambiental para suas comunidades, com
readequação de prédios (escolares e universitários) e da gestão, além da formação de professores e da inserção de temáticas relacionadas à sustentabilidade ambiental nos currículos e
materiais didáticos;
2. Estímulo à visão complexa da questão ambiental, considerando o estudo da diversidade
biológica e seus processos ecológicos vitais, bem como as influências políticas na relação humana com o ambiente;
3. Abordagem da Educação Ambiental com uma visão sistêmica e perspectiva inter e transdisciplinar, de forma contínua e permanente em todas as áreas de conhecimento e componentes curriculares em projetos e atividades inseridos na vida escolar e acadêmica, enfatizando a
natureza como fonte de vida e relacionando o meio ambiente com outras dimensões, como a
pluralidade etnicorracial, o enfrentamento do racismo ambiental, justiça social e ambiental,
saúde, gênero, trabalho, consumo, direitos humanos, dentre outras;
4. Abordagem crítica dos aspectos constituintes e determinantes da dinâmica da hidrosfera,
atmosfera, biosfera, sociosfera e tecnosfera, contextualizando os conhecimentos a partir da
dinâmica da paisagem, da bacia hidrográfica, do bioma, do clima, dos processos geológicos,
das ações antrópicas e suas interações, analisando os diferentes recortes territoriais, cujas
riquezas e potencialidades, os usos e os problemas devem ser identificados e compreendidos;
5. Valorização da diversidade sob a ótica da Educação Ambiental, trazendo os múltiplos saberes e olhares científicos, de povos originários e tradicionais sobre o meio ambiente, captando os vários sentidos que os grupos sociais lhes atribuem, numa perspectiva transdisciplinar;
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6. Inserção da Educação Ambiental no Projeto Político-Pedagógico dos estabelecimentos de
ensino de forma inter e transdisciplinar, acompanhada de um plano elaborado coletivamente
pela comunidade escolar ou acadêmica;
7. Criação de coletivos, comissões, grupos ou outros espaços estruturantes nas escolas e comunidades, a exemplo dos “círculos de cultura” de Paulo Freire, que incentivem a participação
da comunidade escolar no planejamento e gestão de projetos a partir das experiências tradicionais e dos saberes multidisciplinares, como ciências, artes, filosofia, educomunicação, entre
outros.
8. Promoção em todas as escolas, especialmente nas localizadas em regiões de risco e com
populações mais vulneráveis e baixa renda, atividades de adaptação às mudanças ambientais
e prevenção de desastres gerados por fatores climáticos e hídricos (eventos críticos tais como
chuvas intensas, enchentes, inundações, secas prolongadas, trombas d’água, tsunamis), por
meio do conhecimento científico, além de parcerias estratégicas com instituições locais como
Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, médicos sanitaristas que podem fornecer alertas, orientações e informações técnicas preventivas, minimizando o sofrimento e salvando vidas.
Diretrizes para a Educação Básica
a) Educação Infantil
1. Emprego de recursos pedagógicos que promovam a percepção da interação humana com
a natureza e a cultura, evidenciando aspectos estéticos, éticos, sensoriais e cognitivos em suas
múltiplas relações;
2. Emprego de experiências que promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais (art. 9º do parecer CNE/CEB nº 20/2009);
3. Desenvolvimento de projetos que valorizem a dimensão positiva da relação dos seres humanos com a natureza, a diversidade dos seres vivos, das diferentes culturas locais, da tradição
oral, entre outras;
4. Promoção do cuidado para com as diversas formas de vida, do respeito às pessoas e sociedades e do desenvolvimento da cidadania ambiental;
5. Promoção de momentos lúdicos, que propiciem a conexão e a experimentação com os
elementos da natureza;
6. Realização de atividades em espaços abertos e externos, que privilegiem o meio ambiente
e levem as crianças a identificarem-se como partes integrantes da natureza, estimulando o
sentido de pertencimento, de forma a perceberem o meio ambiente como elemento fundamental para a cidadania;
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7. Estímulo a vivências que promovam o reconhecimento, o respeito, a responsabilidade e o
convívio cuidadoso com os seres vivos e seu habitat;
8. Criação de ambiente sustentável, sadio e acolhedor para enfrentar os desafios da transição
para o Ensino Fundamental e para alfabetização, valorizando os conhecimentos prévios das
crianças.
b) Anos Iniciais do Ensino Fundamental
1. Consideração de princípios éticos, políticos, estéticos e pedagógicos na construção de conceitos que contribuam para os valores e saberes da sustentabilidade, observando a diversidade
de manifestações não apenas artísticas e culturais, mas da própria vida;
2. Realização de atividades em espaços abertos e externos, que privilegiem o meio ambiente
e levem as crianças a identificarem-se como partes integrantes da natureza, estimulando o
sentido de pertencimento, de forma a perceberem o meio ambiente como elemento fundamental para a cidadania;
3. Estímulo a vivências que promovam o reconhecimento, o respeito, a responsabilidade e o
convívio cuidadoso com os seres vivos e seu habitat;
4. Educação para a mudança de hábitos, valores e estilos de vida que promovam a sustentabilidade ambiental;
5. Ampliação de conceitos e conteúdos que contribuam para a compreensão de que o ambiente interfere na qualidade de vida das sociedades humanas, local e globalmente;
6. Estímulo ao pensamento criativo, à resolução de problemas, à tomada de decisões e à capacidade de liderança e comunicação.
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Matriz epistemológica
O Grupo de Educação Ambiental terá como prerrogativa principal utilizar os recursos educacionais disponíveis no Jardim Botânico Plantarum visando desenvolver atividades de sensibilização do público para o sentido de valores:
Valor da vida;
Valor das plantas para o equilíbrio do ecossistema e para a existência humana;
Valor relacionado à biodiversidade vegetal como alimento, remédio, matéria-prima para vestuário e construção, fonte de energia, lazer, símbolo religioso, etc.;
Valor das Unidades de Conservação na defesa das espécies ameaçadas;
Valor da educação ambiental para reorientar a sociedade contemporânea;
Valor da pesquisa e inovação tecnológica para soluções ambientais;
Valor dos Jardins Botânicos para a biodiversidade vegetal;
Valor dos Jardins Botânicos para educação, lazer e entretenimento das pessoas;
Valor dos recursos financeiros para proporcionar obras úteis à humanidade e ao ecossistema;
Espera-se que por meio da experiência no Jardim Botânico Plantarum, o visitante possa
adquirir sensibilidades para compreender significados e aspectos que não seriam possíveis de
ser compreendidos em outro local.
As informações estarão disponíveis em múltiplas camadas, consubstanciando redes integradas por natureza, vivência e ciência.
O contato com o acervo possibilitará a mediação de conceitos, técnicas, idéias e valores da
temática socioambiental e contribuirá para que o público possa estabelecer correlações entre
as pessoas, o ambiente, a diversidade cultural e biológica.
O Programa de Educação Ambiental visa despertar as pessoas para a interação, sensibilidade,
criatividade e formação crítica, na condição de sujeito integrante e transformador do ambiente e da realidade.
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Matriz temática
A biodiversidade vegetal constituirá a principal linha temática abordada no Programa de
Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum.
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BIODIVERSIDADE
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SUSTENTABILIDADE
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CONSERVAÇÃO
Para compor o plano de fundo nas práticas educativas, também serão enfocados outros temas
e conceitos de interface com a linha principal de abordagem, de acordo com a faixa etária e
grau de discernimento do público atendido, conforme exemplo abaixo:
Atividades especiais poderão ser moduladas sob demanda, desde que sua viabilidade seja
confirmada pela equipe educacional, flexibilizando dessa forma o percurso, tempo e grau de
interatividade nas atividades.
Especial atenção deve ser dispensada em relação ao nível de linguagem utilizado pela equipe
durante as práticas, de modo a aperfeiçoar a mediação das informações e construção do conhecimento pelo público atendido.
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Síntese do Programa de Educação Ambiental
do Jardim Botânico Plantarum
O Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum é dirigido à equipe
da instituição, visitantes do Jardim, educadores e educandos em todos os níveis de ensino
e aprendizagem, em especial à educação infantil, além de outros grupos interessados no
universo botânico.
O Programa privilegia a mediação de conhecimentos em atividades lúdico-didáticas.
Os principais recursos educacionais são o Jardim, o histórico acervo da instituição e seus
equipamentos científicos, que disponibilizam informações em múltiplas camadas, consubstanciando redes integradas por natureza, vivência e ciência.
Intenciona-se proporcionar ao público momentos de interação, sensibilidade, criatividade e
formação crítica, motivando as pessoas no âmbito reflexivo e prático, a assumir a sua condição de sujeito integrante e transformador , do ambiente, da sociedade e da realidade.
Esperamos que sua experiência no Jardim Botânico Plantarum lhe permita adquirir habilidades para compreender significados que não seriam possíveis de ser compreendidos em
outro local.
Sentimo-nos honrados em constatar que nosso trabalho motiva pessoas a aplicar os conhecimentos e valores da temática socioambiental em prol do respeito à vida, à cultura e à
natureza.
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Objetivos do Grupo de Educação Ambiental
do Jardim Botânico Plantarum
Objetivo principal
Desenvolver o Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum.
Objetivos específicos
- Pesquisar em fontes bibliográficas e projetos de outras instituições as metodologias adaptáveis e aplicáveis ao Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Plantarum;
- Colaborar para o pleno desenvolvimento das atividades institucionais;
- Auxiliar no aprimoramento da gestão ambiental na instituição;
- Participar do recrutamento, seleção e capacitação contínua da equipe educacional;
- Desenvolver projetos de atendimento ao público interno e externo, compatíveis com a
realidade da instituição;
- Organizar as demandas e prover soluções para a realização das atividades propostas;
- Divulgar amplamente o Programa de Educação Ambiental da instituição;
- Executar as atividades propostas no PEA;
- Registrar as atividades desenvolvidas;
- Sistematizar os registros das atividades desenvolvidas;
- Monitorar os resultados alcançados e as eventuais dificuldades observadas;
- Avaliar continuamente as atividades, visando sua melhoria;
- Aprimorar continuamente os métodos de realização das atividades;
- Produzir relatórios e demais trabalhos técnicos relativos ao Programa;
- Inscrever em eventos científicos a produção técnica resultante do Programa;
- Popularizar amplamente os resultados científicos do Programa;
- Elaborar material didático e paradidático para uso interno e externo;
- Contribuir para a ampla difusão dos parceiros institucionais e dos trabalhos realizados em
parceiras.
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Proposta inicial de atividades do Grupo de
Educação Ambiental JBP
A seguir são relacionadas algumas das atividades educacionais a serem realizadas como
experiências-piloto no contexto do Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico
Plantarum.
Sua realização será experimentada, registrada e avaliada pela equipe institucional , a fim de
verificar sua viabilidade, decidindo-se posteriormente por sua continuidade.
Atividades para a equipe funcional
Exercícios de formação continuada do Grupo de Educação Ambiental
Tem como objetivos principais:
- Proporcionar formação continuada à equipe educacional atuante no JBP;
- Estimular por meio do acesso ao acervo da instituição e orientação, a produção científica
dos participantes do programa.
Programa de educação corporativa
Encontros realizados mensalmente com a equipe do Jardim Botânico Plantarum, tem como
objetivos principais:
- Integrar , capacitar e motivar os profissionais dos diversos setores da instituição;
- Avaliar coletivamente e buscar soluções para o funcionamento da instituição.
Atividades regulares para o público externo
Visita autônoma
Para os visitantes que desejam explorar o jardim com o auxílio do guia impresso de visitação e das placas interpretativas.
Para o ingresso, nesta modalidade, cada visitante fará uma doação ao Jardim Botânico Plantarum, no valor de R$ 20,00 (vinte reais).
Será concedida meia-entrada nos seguintes casos:
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- Estudante menor de 18 anos
- Estudante maior de 18 anos com documentação que comprove estar matriculado;
- Pessoas com mais de 60 anos, com documentação que comprove sua idade;
- Professores, que comprovem o exercício atual da profissão;
Visita guiada
As visitas guiadas consistem na prática de uma trilha interpretativa, guiada, ao ar livre. Tem
duração média de duas horas. São destinadas a grupos interessados em abordagens mais
aprofundadas sobre os projetos desenvolvidos pelo Jardim Botânico Plantarum.
Para realização de visitas guiadas, cada grupo de até 15 pessoas, fará uma doação ao Jardim
Botânico Plantarum, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais). Cada grupo de
até 15 pessoas será conduzido por um integrante de nosso Grupo de Educação Ambiental.
Caso o pagamento seja feito em cheque, deverá ser nominal ao Jardim Botânico Plantarum.
O pedido de agendamento para visitas guiadas deve ser feito com antecedência mínima de
3 dias úteis, pelo telefone (19) 3466-5587, ou e-mail: plantarum@plantarum.org.br (sujeito
a confirmação de disponibilidade para a data escolhida).
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Termo de referência para visitas escolares
Prezado (a) educador (a).
A equipe do Jardim Botânico Plantarum agradece por seu interesse.
Estas páginas têm como objetivo lhe auxiliar no planejamento de visitas escolares, visando
seu melhor aproveitamento educacional.
As visitas escolares são especialmente desenvolvidas para professores e alunos, de várias
modalidades e níveis de ensino e aprendizagem.
Descrição
As visitas escolares no Jardim Botânico Plantarum consistem na prática de uma trilha interpretativa, guiada, ao ar livre.
São realizadas as quintas e sextas-feiras de 9 às 11h ou de 14 às 16h.
A mediação de conhecimentos enfatiza os aspectos relacionados à diversidade vegetal e a
importância de sua conservação.
São utilizados como instrumentos didáticos o acervo botânico, as estruturas técnicas e tecnologias destinadas ao desenvolvimento dos projetos pela instituição.
A linguagem utilizada, assim como a abordagem de cada tema, dependerá da idade, conhecimento prévio dos alunos e do projeto escolar que motivou a visita.
O roteiro objetiva despertar a curiosidade dos alunos e percorre diversos jardins temáticos,
onde são cultivadas plantas dos mais variados ecossistemas, permitindo a comparação entre
os ambientes e as suas plantas típicas.
Os alunos terão oportunidade de aprender mais sobre o reino vegetal e de se familiarizar
com as características das espécies.
A visita escolar no Jardim Botânico Plantarum é uma atividade em grupo, repleta de interatividade e descobertas.
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Planejamento
Cada professor é quem conhece sua classe, e saberá a melhor maneira de abordar o tema
Jardim Botânico a fim de despertar nos alunos a curiosidade e o interesse.
Para evitar imprevistos, elencamos algumas sugestões:
- Recomende aos alunos que investiguem na internet o Jardim Botânico Plantarum;
- Prefira o serviço oferecido por empresas de transporte e turismo credenciadas;
- Confirme se o condutor do veículo destinado ao transporte do grupo conhece bem o
itinerário e verifique qual o tempo necessário para o trajeto;
- Cuide para que os alunos não arremessem nenhum objeto ou detrito para fora do veículo,
bem como estejam com o cinto de segurança afivelado durante toda ida e volta;
- Programe a saída da escola de modo a aproveitar integralmente o tempo destinado para a
visita. Caso ocorra atraso na chegada, o tempo de visitação será reduzido;
- Os grupos devem ter até 25 alunos, e no mínimo um professor da escola como auxiliar.
Cada grupo assim constituído será conduzido por um de nossos guias;
- Os alunos devem estar uniformizados e identificados (pode ser um crachá simples);
- São permitidas fotos e filmagens, desde que para fins não comerciais. Contudo, o ato de
registrar não deve atrapalhar as atividades educacionais;
- Recomenda-se uso de tênis ao invés de sandálias;
- É recomendável a hidratação, uso de boné, filtro solar e reelente de insetos;
- Para maior comodidade do grupo, as mochilas devem permanecer no veículo;
- O grupo deve caminhar junto ao guia, sem correr, e somente no trajeto indicado;
- Não remover folhas, flores, pedras e outros elementos do jardim;
- A grama poderá ser pisada somente nos locais indicados;
- Para evitar acidentes, os alunos devem permanecer a uma distância segura dos lagos;
- As visitas escolares têm duração de duas horas, com possível intervalo para lanche;
- Uma lanchonete oferece lanches leves (solicita-se informar previamente o número de alunos que optarão por esse serviço);
- A organização da visita também pode trazer o alimento, ou orientar que cada aluno traga
seu próprio lanche. Nestes casos, prefira alimentos leves. Sugere-se que os alimentos sejam
devidamente acondicionados em embalagens térmicas que evitem sua deterioração, pois
deverão permanecer no veículo até o momento de serem levados pelo responsável da escola
para distribuição aos alunos;
- O espaço é frequentado também por outras pessoas, cuide para manter sua harmonia e
limpeza.
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Como agendar
Objetivando aprimorar o aproveitamento educacional na visita escolar, antes de solicitar o
agendamento de visitas com alunos, os professores devem conhecer pessoalmente o Jardim
Botânico Plantarum e participar de nossa pesquisa ação participativa, cujo propósito principal é motivar o desenvolvimento de projetos na escola, que justifiquem a futura visita com
os alunos.
Os professores interessados devem comunicar sua intenção de cadastrar-se e participar do
projeto entrando em contato com nossa equipe educacional pelo e-mail plantarum@plantarum.org.br
Professores já cadastrados em nossa pesquisa ação participativa, podem solicitar o agendamento de visitas escolares pelo e-mail plantarum@plantarum.org.br
Nossa equipe fará contato para proceder ao agendamento da visita.
Taxa
Para a realização de visitas escolares a escola fará uma doação ao Jardim Botânico Plantarum, no valor de R$ 20,00 (vinte reais), por aluno.
Escolas públicas têm desconto de 50%, pagando apenas R$ 10,00 (dez reais) por aluno.
Caso o pagamento seja feito em cheque, este deverá ser nominal ao Jardim Botânico Plantarum.
Os condutores do veículo utilizado no transporte do grupo e os professores responsáveis
pelo grupo são isentos da taxa de entrada.
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Entrevista com profesores – pré visita escolar
Nome da instituição de ensino: ________________________________________________
( ) Particular
( ) Pública
Endereço _______________________________ Cidade _______________ UF _________
Telefone ( __) ___________ Fax (__) ____________ E-mail _________________________
Nome do solicitante___________________________ E-mail ________________________
Cargo ou função _____________________________ Telefone: (___) _________________
Data pretendida para a visita ____/_____/______ Horário ( ) 9 às 11h ( )14 às 16h
Número de alunos ________ Faixa etária _________ Série / ciclo: ___________________
Algum portador de necessidades especiais? Qual? _________________________________
Qual o principal objetivo da visita? ____________________________________________
A visita terá relação com algum projeto da escola? _________________________________
O grupo já visitou outro Jardim Botânico? __________ Qual? _______________________
Após a visita será desenvolvida alguma atividade com o grupo na escola? ______________
________________________________________________________
De que forma tomou conhecimento do Jardim Botânico Plantarum?
( ) indicação de alguém ( ) televisão
( ) jornal impresso ( ) internet ( ) ____________
Gostaria de fornecer alguma informação adicional? _______________________________
__________________________________________
Entrevistador e data
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Regulamento de uso público do Jardim
Botânico Plantarum
Srs. (as) visitantes.
O Jardim Botânico Plantarum é uma associação sem fins lucrativos, dedicada à educação,
pesquisa e conservação da flora brasileira.
A estrutura de atendimento contempla acessibilidade plena às pessoas com necessidades especiais, em toda a área de visitação.
• Dias de visitação: de quinta-feira a domingo, e feriados.
• Horário de visitação: de 9 até as 17h.
• Telefone para atendimento: 19 3466 5587
Nosso Programa de Educação Ambiental objetiva despertar nas pessoas o interesse pela
conservação das plantas e uso parcimonioso dos recursos naturais.
Ao visitar, divirta-se e contribua para manter a quietude, limpeza e harmonia do lugar.
Pode-se caminhar no gramado.
Algumas plantas e suas partes (galhos, flores, folhas, frutos e sementes) podem causar intoxicação.
Cuide para que crianças estejam a uma distância segura dos lagos e de animais.
Utilize as lixeiras. Realizamos a triagem e doamos os materiais recicláveis à associação local
de catadores.
Fotografias e filmagens são permitidas somente para uso pessoal e familiar!
Para uso comercial a obtenção de imagens no local dependerá de autorização expressa do JBP.
Em caso de dúvida ou dificuldade conte com nossa equipe.
O Regulamento de uso público encontra-se disponível na recepção.
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