Regulando emoções na sala de aula

Este conteúdo está relacionado à BNCC!
Competências gerais:
8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de si.
9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução
de conflitos e a cooperação.
• Desenvolver estratégias para que os
estudantes possam regular melhor
suas emoções em sala de aula
• Tornar a sala de aula um ambiente
seguro onde cuidar de si e de suas
emoções é esperado.

Para nos desenvolvermos integralmente precisamos
olhar para todas nossas dimensões e isso envolve as
emoções e sentimentos.
Muito provavelmente vocês já devem ter se deparado
com crianças com dificuldades de aprendizagem por
conta de insegurança, ansiedade, tristeza ou medo,
aspectos relacionados à dimensão socioemocional da
criança. Nós, professores/as, lidamos com isso ao
ensinar, afinal as emoções e sentimentos fazem parte da
vida e, portanto, permeiam o espaço escolar. Entretanto,
muitas vezes nos sentimos despreparados para lidar com
esses temas. Parece nos faltar caminhos e ferramentas.

A rotina escolar em toda sua complexidade nem sempre torna fácil o
trabalho com as competências socioemocionais e muitas vezes nós
professores/as não sabemos por onde começar ou mesmo quais os
melhores caminhos a seguir.
Esse plano apresenta 5 ferramentas que podem apoiar o
desenvolvimento de habilidades e atitudes que apoiem as crianças a
identificar, nomear e gerenciar emoções em sala de aula.

Capítulo Nome do Capítulo
Aula 5 dicas para regular as emoções em sala de aula
Um primeiro passo para
regularmos nossas emoções
e sentimentos é sabermos
nomeá-las. O quadro das
emoções é uma ferramenta
poderosa para isso, seu
objetivo é ajudar as crianças
a reconhecer e nomear o
que estão sentindo,
ampliando o seu vocabulário
e tornando-as mais aptas a
falarem sobre o que sentem
no dia a dia.
A atividade é permanente
e a sugestão é que o
quadro fique exposto na
sala como uma fonte de
consulta que, no decorrer
do tempo, pode ser
alimentada pelas próprias
crianças e por sugestão da
educadora com novos
sentimentos que surgirem
no cotidiano da turma.
Os materiais podem ser
diversos e os mais básicos são
papel e caneta. É necessário
escolher um suporte para ser o
painel que pode ser uma
cartolina, um mural da escola,
um painel de cortiça ou até
mesmo a parede. Use sua
criatividade e os materiais que
têm disponíveis. Separe tudo e
traga para começar a atividade
com o grupo.

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Você sabia que emoções e sentimentos são coisas
diferentes?
As emoções são reações instintivas do nosso corpo, como o
choro ou o riso. As emoções são, portanto, irracionais e
automáticas, não passam pela consciência, simplesmente
acontecem. Existem cinco emoções universais: raiva, tristeza,
nojo, medo e alegria, que estão presentes em todos os seres
humanos, mas disparam em nós sentimentos diversos. Os
sentimentos, portanto, estão muito mais relacionados aos
nossos pensamentos, crenças e memórias e são
influenciados por nossas experiências individuais.
Diferenciar isso com as crianças ajuda a compreender que
quando trazemos consciência às emoções e aos sentimentos
e colocamos cada um em seu lugar, podemos inserir
pensamentos conscientes e ações intencionais ao invés de
somente reagir inconscientemente.

01
Vale destacar a importância de criar
um ambiente seguro no qual as falas
sejam respeitadas. Antes de iniciar a
conversa sobre o quadro, sugerimos
fazer combinados com o grupo para o
bom andamento da conversa.

02

Aula
Emoções
Sentimentos
5 dicas para regular as emoções em sala de aula

Após a disparada da atividade e início da
confecção do cartaz a proposta é que ele
seja continuamente alimentado conforme
novas emoções e sentimentos acontecem
no dia a dia da sala
03
É importante alinhar com a turma e
combinar onde ficarão os materiais,
quais são os melhores momentos
para preencher o quadro e como
isso será feito. Incentive as crianças
a utilizarem o quadro no dia a dia
para falar de seus próprios
sentimentos. E que tal você
mesmo/a usar o quadro com so
sentimentos que emergem?

Às vezes pode parecer meio
cansativo, mas conversar com
as crianças sobre suas emoções
e sentimentos, compreender de
onde vem e dar luz a bons
caminhos de regulação é uma
ação importante. Mas nem
sempre é fácil de perceber um
sentimento, não é mesmo? O
objetivo dessa proposta é
relacionar nossas reações
emocionais com os eventos do
nosso dia a dia.
A proposta não tem um
tempo determinado.
Converse com suas crianças
sempre que achar
importante trazer uma
reflexão relacionada à algum
comportamento
desencadeado por um
evento da turma. Dia de
prova, por exemplo, sempre
mexe com o emocional das
crianças. Que tal dar luz a
isso?
Nesse caso, nenhum material
é necessário, mas registrar
essas conversas vai criando
uma memória do grupo que
pode acompanhar sua própria
evolução? Que tal deixar um
caderno separado para
registrar os principais pontos
conversados nesses
momentos?

Um ponto importante é o da escolha de momentos
importantes para dialogar sobre o tema com as
crianças. Por exemplo: muitos conflitos ocorrendo,
turma ansiosa, constantemente cansada, com
resistência a muitas atividades etc. Pode emergir de
uma situação que ocorreu na sala ou pode ser
proposta pelo educador a partir de alguma situação
pensada para despertar a reflexão sobre o
tema. Veja no slide a seguir algumas ideias.
Escolhido o tema, é hora de seguir para a roda de
conversa. Falar de emoções e sentimentos nem
sempre é fácil e para que tudo corra bem a mediação
do/a educador/a é fundamental. Por isso tenha
regras claras, acolha todas as falas que emergirem,
tenha atenção às reações das crianças na própria
roda, se coloque como um parceiro ativo. Fazer
inscrições também garante que todas possam se
expressar e ter o mesmo espaço de fala.
01 02

Que tal escolher uma
história e conversar sobre
o que ela desperta nas
crianças?
“Quando a personagem
fica sozinha, sem saber o
que vai acontecer, como
vocês se sentem?”
É semana de prova e você percebe
as crianças mais agitadas. Que tal
parar um momento e falar sobre
isso?
“Será que vocês estão assim
ansiosos por conta da prova?”
Tem algo acontecendo num grupo de WhatsApp das crianças
da escola, que querem saber e falar sobre o acontecimento e
isso tem deixado o grupo mais disperso.
Será que vocês estão dispersos pois estão concentrados outra
coisa?
Já pensou em trazer imagens e
sons da natureza e convidar o
grupo a perceber como mesmos
elementos despertam coisas
diferentes em cada e um/a nós?
“O que acontece dentro de você ao
escutar o som de um trovão?”

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Você conhece o filme Divertidamente?
Lançado em 2015, a animação apresenta as
cinco emoções e ajuda a compreender a
relação entre emoções e sentimentos por
meio da mente da menina Riley, que vive
uma grande mudança e precisa gerenciar
tudo que emerge nessa situação. É um
ótimo material para criar espaços de diálogo
com as crianças conectando à
acontecimentos.

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Vale lembrar que refletir sobre emoções e
comportamentos conectados com situações vivenciadas
nos ajuda a perceber a possibilidade de fazermos
escolhas emocionais: “De que outra forma eu poderia
ter agido?” é uma boa pergunta para convidar essa
reflexão.
Aos poucos as crianças (e a gente ao longo de toda vida,
não é mesmo?) aprendem as emoções podem ser
expressas de maneira construtiva e e aos poucos vamos
entendendo que nossa forma de lidar com elas é
determinante para isso.

O check-in é uma
possibilidade de instaurar
na sala de aula um
momento planejado para as
crianças falarem como se
sentem e o objetivo da
proposta é garantir um
ambiente seguro, validado
pelo grupo e mediado
pelo/a educador/a para
partilha de emoções e
sentimentos.
A frequência da atividade
é diária e é preferível que
ela aconteça logo no início
do período, quando as
crianças chegam.
Para essa proposta, nenhum
material específico é
necessário. Alguns elementos
podem ajudar a marcar o
momento e ajudar na
concentração do grupo como,
por exemplo, uma vela, um som
que marca o início (sino,
tambor, apito de pássaro,
música), um bastão da palavra a
ser passado de criança para
criança, dentre outras tantas
possibilidades. Lembrando que
elas são opcionais.

01
Inicie o dia com uma roda com a
seguinte pergunta orientadora: “Como
você chega hoje?” Uma forma de
concentrar a turma após a dispersão da
chegada é ligar uma música e combinar
com as crianças que elas têm até o final
da música para se organizar e sentar na
roda.
Novamente, para essa proposta, o formato de
roda é mais propício pois além de acolher e
convidar à fala ele permite que as crianças
olhem umas para as outras e isso faz toda
diferença quando exercitamos a escuta.

02
Decida com o grupo quem vai começar o Check-in. Pode ser uma
escolha espontânea, dia a dia, ou pode ser feita uma lista para garantir
que todos/as tenham a chance de iniciar. A criança fala sobre como se
sente naquele dia. É normal que no início elas tenham dificuldade ou
até mesmo resistência em se colocar e, nesses casos, algumas
perguntas podem ajudar: “Como foi sua noite?”, “Como seu corpo
está?”, “Algo de marcante aconteceu na sua manhã?”. Aos poucos o
grupo vai percebendo aquele espaço como um ambiente seguro para
se abrir.
O Quadro das emoções
pode ser um importante
apoio para o momento
de Check-in!
É importante destacar que por vezes é difícil identificar e
nomear sentimentos e silenciar também faz parte de uma
inteligência emocional. Se perceber que está difícil para seu
aluno/a se expressar, respeite o silêncio e observe a criança ao
longo do dia. Será que algo difícil está acontecendo, será que ela
estava confusa em relação ao que sentia? O Check-in é um espaço
privilegiado para estabelecermos conexão com nossas crianças.
!

Após a primeira criança falar, peça que ela
escolha outra para compartilhar e relembre
a pergunta ao grupo sempre que
necessário: “Como você está se sentindo
hoje?”. Ao final de cada fala a criança passa
a vez à um/a colega até todos terem
concluído
03
É importante, para oferecer segurança e abertura
ao grupo, que o/a educador também faça parte do
Check-in e diga como se sente, se colocando de
forma horizontal na roda. Perceber que o adulto de
referência também precisa identificar e
desenvolver estratégias para lidar com seus
sentimentos e emoções é muito rico para o
desenvolvimento emocional das crianças.

Quando abrimos espaço para que as crianças lidem com seus
sentimentos é importante pensarmos que considerar e validar
esses sentimentos é nosso papel educativo. Com o check-in
emocional podemos medir a temperatura emocional do grupo e
fazer um planejamento emocional do dia.
Por exemplo, se identificamos que nosso grupo está em um dia
mais desanimado, que ações podemos desenvolver para apoiá-los?
Talvez uma roda de energização com algum jogo de movimento?
Ou um momento de pausa e descanso no final da aula?
Ou mesmo recalcular o planejamento e mudar a ordem das aulas,
equilibrando as energias de concentração e expansão?

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Para a atividade de Check-in é fundamental que estejamos
atentos e abertos para ouvir e acolher o que trazem as
crianças. A escuta verdadeira é um caminho importante para
abertura e para a conexão.
Você sabia que existem diferentes níveis de escuta? O
professor Otto Scharmer, criador da Teoria U, apresenta esses
níveis e nos ajuda a pensar a importância de aprofundarmos
nossa escuta.
Já se pegou, durante uma conversa, pensando em outras
coisas enquanto o outro fala? Já perguntou algo para um/a
aluno/a e estava com a cabeça tão cheia que nem prestou
atenção à resposta? Da mesma forma, já entrou em diálogos
que te tocaram tão profundamente que despertaram uma
sensação de proximidade e afeto?

O espaço da calma é uma
ferramenta que tem por objetivo
tornar a sala de aula um ambiente
seguro onde cuidar de si e de suas
emoções é esperado. A ideia é
garantir um espaço validado e
organizado pelo grupo para
aquelas crianças que precisam se
equilibrar emocionalmente. Ele
convida a auto regulação, uma vez
que a criança pode estar lá sem
julgamento, interrupções e com
ferramentas disponíveis para que
ela própria encontre as melhores
formas de se acalmar.
Essa proposta é
permanente e pode ser
usada pelas crianças
sempre que necessário,
dentro dos acordos
estabelecidos pelo grupo
em parceria com o/a
educador/a.
Os materiais necessários podem
ser diversos, dos mais simples e
acessíveis - velas, livros, alguns
brinquedos que acalmam, papéis
e lápis para pintura, vasos de
plantas -, aos mais elaborados
como tapetes, almofadas,
cabanas, brinquedos anti-stress.
Tudo vai depender dos materiais
e do espaço que cada professor/a
têm disponível.

Sabemos que os aspectos socioemocionais estão profundamente ligados à
aprendizagem, não se desenvolvendo de forma separada dos aspectos
cognitivos, mas sim de forma completamente integrada. Sendo assim, regular
as emoções têm um impacto positivo no desenvolvimento cognitivo das
crianças e quanto mais estratégias o espaço da sala tiver para apoiar essa
regulação, mais chances de aprendizados verdadeiros e significativos.
Nesse plano já falamos de identificar, nomear e descrever emoções e
sentimentos, assim como garantir espaços de fala sobre eles. Entretanto,
muitas vezes as emoções e sentimentos emergem na sala de aula de uma
forma intensa e desequilibrada e nesses momentos apenas a conversa não é
suficiente. Então, o que fazer nos momentos de crise, de conflito, de emoções
à flor da pele, nos quais, muitas vezes a criança precisa apenas de espaço e
tempo para se equilibrar e lidar com suas emoções?

01
Um primeiro passo para instaurar um Canto
da Calma na sua sala de aula é apoiar as
crianças a compreenderem o porquê desse
lugar e o quanto ele pode ter a cara do grupo.
Para isso, um caminho legal é começar a
levantar com as próprias crianças estratégias
que elas já utilizam para se acalmar.
É importante dar luz a essas estratégias e dizer que nós
podemos incorporar novas estratégias. Por exemplo, se estamos
nervosos, a respiração nos ajuda a acalmar. Se algo nos tirou do
sério, talvez pensar em outras coisas ou fazer um trabalho
artístico. Que tal compartilhar um exemplo seu? Essa partilha é
sempre muito rica e promove conexão com os estudantes.
Baixe aqui um e-book desenvolvido
pela plataforma de leitores A Taba com
uma seleção de livros inafntis que
ajudam no trabalho com as
competências socioemocionais.

02
Em um segundo momento já é hora de começar a
levantar com as crianças possibilidades de um
canto na própria sala que possa ser utilizado para
isso. Se a sala é grande, talvez um tapete no canto
da sala, se não, uma mesa reservada para isso. Se
existe a possibilidade de supervisão fora da sala,
um banco no jardim pode ser uma opção. Cada
grupo conhece seu contexto e as melhores
possibilidades.
!
Para uma
educação
socioemocional
a criatividade é
uma grande
aliada!

Aula 5 dicas para modular as emoções
Que tal escolher alguns itens para compor o espaço: mandalas para pintura, um
cubo mágico, algumas histórias, uma planta, uma vela, um caderno para registro
de insights, sensações e percepções? São muitas possibilidades e é importante o
grupo estar aberto a experimentar as que funcionam melhor para cada um/a..
03
Se seu espaço é pequeno, faça
uma Caixa da Calma com esses
elementos e a criança que
precisar, pode pegá-la, sentar-se
no espaço pré-estabelecido e
todos saberão que ela está no
movimento de autorregular-se.
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Não se esqueça que como qualquer espaço de uso compartilhado
ele precisa de combinados para seu bom uso. Que tal iniciar com a
elaboração de combinados coletivos como, por exemplo:
04 Que horas o espaço pode ser usado
Quais posturas são esperadas nele
Quais posturas são esperadas pelo grupo quando o
espaço está sendo usado
A necessidade de solicitar ao educador quando
surgir a necessidade de se acalmar
No diálogo com as crianças surgirão muitas possibilidades de combinados e eles podem ser feitos com o
tempo. É importante que sejam sempre revistos, trazendo novas perspectivas, olhares e percepções.

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Na plataforma ONDA DAS EMOÇÕES, você
encontra o Guia das emoções com muitas
informações preciosas sobre o trabalho
com as emoções e a busca pelo bem-estar

Muitas vezes temos a sensação de que nossos esforços e investimento na aprendizagem
dos alunos não estão gerando muitos resultados, não é mesmo? Entretanto na educação o
trabalho é processual e cada pequena ação pode reverberar bons resultados no futuro.
Com a aprendizagem da regulação emocional não é diferente: ela leva tempo e é
necessário paciência, confiança e persistência. O trabalho com as emoções e sentimentos é
algo que precisa ser plantado, cultivado, cuidado, para enfim florescer e frutificar.

01 02 03
Tenha no radar que esse
aprendizado se relaciona a um
percurso muito individual de cada
criança: sua história de vida, seu
contexto social, sua estrutura
familiar, dentre outros. Nesse
sentido, um olhar individualizado é
uma ferramenta muito potente
que pode dar bons indicativos do
andamento do trabalho.
Celebrar faz parte do
aprendizado. Dê luz
e celebre os
progressos do grupo,
das crianças e os
seus próprios no
desenvolvimento
deste trabalho.
Desafios fazem parte da
caminhada e estarão sempre
presentes em nossa prática
educativa. Alguns dias serão
mais fáceis, outros, mais
desafiadores. Quando
compreendemos e
aceitamos isso, fica mais
simples persistir.

Confiança é uma das bases da
persistência e dela brotam ações
consistentes e genuínas para uma
educação integral. Que tal confiar
na potência das crianças em se
desenvolver emocionalmente, no
potencial do seu trabalho e na
importância de estabelecermos
novas relações no espaço escolar?
Ninguém precisa fazer
isso sozinho. Atualmente
existem diversas
publicações, textos,
vídeos, websites,
comunidades digitais que
podem ser um espaço
importante de nutrição e
fortalecimento.
Vale lembrar que para nós, na
vida adulta, muitas vezes é um
desafio gerenciar as emoções.
Quantas vezes explodimos,
perdemos o controle, agimos de
forma que não gostaríamos de
ter agido. Lembrar disso no olhar
para as crianças promove
empatia e conexão.
06
04 05

Para uma avaliação do desenvolvimento das
competências socioemocionais é necessário uma
observação contínua e integral para a trajetória de cada
criança, garantindo o monitoramento do processo de
evolução. Nesse sentido no decorrer das propostas
realizadas observe e registre o percurso das crianças
observando os seguintes aspectos:
Além disso, quando falamos de desenvolvimento da
inteligência emocional é muito importante que as
crianças percebam a evolução do seu aprendizado
socioemocional e seu papel ativo na construção dessas
competências. Para isso a AUTOAVALIAÇÃO é muito
importante e pode acontecer de muitas formas. No
quadro acima apresentamos duas possibilidades.
Habilidades de pensamento: capacidade
reflexiva, relação dos aprendizados com
outras esferas da vida, comentários nas rodas
e nas relações cotidianas.
Habilidades comportamentais: participação,
presença nas atividades, trabalho em grupo,
percepção do outro.
Habilidades atitudinais: Abertura, reações
emocionais, autocontrole autoconfiança.

Às vezes parece muito distante pensar em uma sala de aula com menos
conflitos e crianças que são capazes de regular suas emoções. Mas não é.
Muitos estudos apontam o quanto o desenvolvimento de um trabalho
sócio emocional intencional traz benefícios para o desenvolvimento e a
aprendizagem das crianças.
Nesse sentido, se trabalhar as emoções nos alunos é uma tarefa da escola,
prevista na legislação educacional ela é, portanto, uma tarefa dos
educadores/as. E se você chegou até aqui, com certeza quer criar um
ambiente mais favorável para o ensino e aprendizagem das competências
socioemocionais na sua sala de aula

Para apoiarmos o desenvolvimento socioemocional das crianças precisamos
estar atentos ao nosso próprio e na vida intensa e corrida, muitas vezes
descuidamos do nosso percurso de desenvolvimento da inteligência
emocional, que ocorre ao longo de toda a vida.
Você já parou para refletir como as emoções e sentimentos se articulam em
você, como elas impactam sua forma de ensinar ou como elas interferem na
sua relação com as crianças? Você tem clareza e intencionalidade na
percepção e regulação dos seus sentimentos no dia a dia da sala de aula e
consegue interferir intencionalmente nos seus estados emocionais?

Se essa proposta te convidou a refletir
sobre as questões acima, em nossa
plataforma, no curso Emoções,
aprofundarmos nesse assunto
oferecendo suporte teórico e prático
para professores/as, em diferentes
contextos de trabalho, cuidarem do
desenvolvimento da sua dimensão
emocional.

E aí, gostou dessa proposta e se animou para
começar a praticar essas dicas com seu grupo de
crianças? Que tal compartilhar uma foto da sua
experiência para incentivar outros professores a
realizar essa atividade com os alunos?

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5 dicas para regular as emoções
5 práticas que os/as educadores/as podem desenvolver para apoiar os
alunos a regularem suas emoções no contexto da sala de aula.
Emoções, Sentimentos, Regulação Emocional, Competências
Socioemocionais., problemas de convivência, motivação
Junho/2022
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