O documento discute as competências necessárias para professores no século XXI. Essas competências incluem a capacidade de lidar com tecnologias, pensamento crítico, comunicação efetiva, empatia, liderança, resolução de problemas complexos e inteligência emocional.
2. Quais as competências do professor
no século XXI?
Ensinar é uma tarefa que precisa de esforço e dedicação de todas
as partes. Em uma sociedade que gera novos conhecimentos
constantemente, professores abertos a serem também
aprendizes são o diferencial. Formar pessoas neste século,
envolve um ensino de dentro e fora da sala de aula, que integre
conteúdos já tradicionais e habilidades de uma realidade
tecnológica e comunicativa.
3. Educação 4.0
A educação 4.0 teve início a partir da quarta onda
da Revolução Industrial e das tecnologias
disruptivas. Nessa última onda, é modificada
também a maneira de se adquirir conhecimento
pela automatização e facilidade nos processos. E
para a educação 4.0 une-se todo o conhecimento
já aplicado dentro da sala de aula com a inserção
das novas tendências digitais.
4. Geração Z e Alpha
Nossos alunos fazem parte da geração Z (nascidos entre o final
de 1990 e início de 2000), ou alpha (nascidos a partir de 2010).
Mas o que querem e como são movidas essas gerações?
A Z se caracteriza por jovens que compreendem e vivem a
diversidade, lutam por suas causas, são autênticos,
comunicadores e conectados.
Já a Geração Alpha representa todas as crianças que já nasceram
na era dos recursos e meios digitais. E a partir do momento em
que recebem o acesso às possibilidades tecnológicas, tornam-se
um grupo que se desenvolve pelo estímulo e são mais
independentes para resolver conflitos desde pequenos.
5. Em qualquer época essa é uma atividade
desafiadora, mas podemos dizer que as
mudanças ocorridas ao longo do tempo
aumentaram as exigências para esse tipo de
profissional.
Afinal, é enorme a responsabilidade de formar
pessoas no mundo de hoje.
6. Boa comunicação
A base do ato de lecionar é comunicar-se com o outro. A troca
entre pelo menos duas pessoas (no caso, o professor e o
aluno) é fundamental para a aprendizagem, a não ser que se
trate de um autodidata.
Sendo assim, o ideal é que esse intercâmbio aconteça da
melhor forma possível para que ambos consigam dividir
experiências, dúvidas e soluções. Para isso, é importante que as
informações sejam bem transmitidas — ou seja, que o
professor tenha a habilidade de expressar claramente sua
mensagem, instruindo e motivando o aluno.
7. Criatividade
Não há nada mais desgastante do que participar de
aulas que seguem o mesmo ritual sempre. Essa
previsibilidade e a falta de inovação acabam gerando
desinteresse do aluno, que sente falta de algo novo que
prenda sua atenção.
É claro que inventar uma coisa diferente a cada dia
também não é uma tarefa fácil ou obrigatória. Contudo,
trabalhar a criatividade para despertar a disposição dos
estudantes é uma tática que apresenta bons resultados.
8. Pensamento crítico
As redes sociais e a internet de forma geral nos colocam hoje
diante de uma imensidão de dados e opiniões. Notícias
verídicas e outras que nem sempre contêm verdades, mas que
correm o risco de se tornar realidade quando expostos em
massa (muitas vezes, a intenção é realmente essa).
Diante disso, é essencial que os alunos sejam incentivados a
refletir sobre tudo o que ouvem, leem e consomem. Essa
postura evita a reprodução automática e inconsciente e
conduz os jovens à pesquisa e reflexão — o que fortalece sua
capacidade de analisar informações e estruturar a própria
opinião a partir delas.
9. Capacidade de lidar com as
tecnologias
Para muitos isso foi uma grande dificuldade, pois sair
da zona de conforto nem sempre é simples. No
entanto, é extremamente importante que um
profissional conheça e consiga lidar com as
tecnologias atuais, sobretudo para oferecer um
ensino diferenciado e cheio de facilidades para seus
alunos.
10. Empatia
Uma das habilidades do século 21 é a empatia, tanto no mundo
corporativo, acadêmico quanto em qualquer outro. Quando o convívio e
a colaboração devem estar presentes, é de grande valor a capacidade de
se colocar no lugar do outro.
Isso facilita a aproximação e as interações em sala de aula, já que o
aluno é respeitado e sua condição é considerada. Para o professor, o
desafio está em perceber as diferenças existentes em sala de aula, de
forma a adequar sua abordagem sempre que sentir necessidade.
Consequentemente, as distâncias e as dificuldades são minimizadas.
11. Liderança
O professor deve ser capaz de direcionar uma turma com
diferentes perfis, adotando metodologias ativas de ensino e
propondo inovações que desafiem e façam sentido para todos,
como um verdadeiro líder de equipe. Ou seja, bons professores
precisam desenvolver competências técnicas que, somadas às
suas competências comportamentais, os tornem semelhantes
aos líderes empresariais.
Nesse sentido, um bom professor, assim como um grande líder,
não é aquele que apenas ensina, mas o que inspira, instrui e
motiva seus alunos.
12. ORIENTAÇÃO E SERVIÇOS
Se antes o professor era o detentor do conhecimento, principal
responsável por transmiti-lo ao aluno, hoje ele precisa se
colocar mais como um curador de conteúdo. Isso porque a
informação está aí, disponível e acessível aos alunos por meio
da internet, vinda das mais variadas fontes e nos mais diversos
formatos possíveis.
Dessa forma, cabe ao professor de hoje identificar os
conteúdos de boa qualidade e direcionar o aluno em sua
própria busca pelo conhecimento.
13. Capacidade de Inovação
Um dos maiores desafios do educador na educação 4.0 é o
fato de ele próprio ainda estar assimilando a transformação
digital enquanto leciona para uma geração de nativos digitais.
Apostar em novas metodologias, ferramentas e técnicas de
ensino é um ponto crucial, porém, mais do que isso, precisam
criar novas formas de se conectar com seus alunos, criando
espaços de construção do saber e não mais de transferência
de conhecimento.
14. Atualização constante
Adquirir conhecimento nunca é demais, pois há sempre
algo novo a se aprender.
Por isso, todo meio de absorver bons conteúdos deve
ser aproveitado: livros, cursos, palestras, seminários,
congressos, entre outros. Um profissional que está
sempre em busca de conquistar novas competências
certamente tem mais chances de contribuir com o outro
15. Integralidade
No século XXI, os alunos deixaram de ser passivos no aprendizado e agora
querem ter uma participação ativa. Professores não são mais apenas
transmissores de conteúdo, mas mediadores. Ou seja, agora é preciso que
ofereçam recursos e possibilidades de que alunos criem também seu
próprio aprendizado pela integralidade e colaboração.
Essa mudança no comportamento dos alunos, faz com que metodologias
de ensino também precisem ser adaptadas. Em conjunto, os educandos
conseguem aprender melhor, entender o outro e trabalhar o convívio.
Então, proporcionar ambientes integrativos desde a infância faz com que
cresçam entendendo as diferenças e opiniões de cada um.
16. Precisamos de professores que
também sejam alunos
A tecnologia está ocupando mais espaço na educação e o papel do
professor no século XXI aos poucos mudando. Educadores são a base
da educação e agora compartilham esse posto ao lado dos seus
alunos que também querem fazer parte do aprendizado. Como
educador que acredita em uma escola transformadora, não deixe para
trás o aluno que também há em você. Sempre há novas formas de
inovarmos dentro da sala de aula!
“O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender.”
Janoí Mamedes
17. Resolução de Problemas Complexos
O contexto escolar no qual o professor está inserido é um ambiente de muitas situações
conflitantes e estressantes. Assim sendo, é urgente a necessidade de se estruturar e
implementar um programa de formação que almeje o desenvolvimento da Inteligência
Emocional do professor a fim de desenvolver nele a capacidade para gerir
adequadamente as emoções, favorecendo, com isso, abertura para as mudanças sociais e
o equilíbrio emocional, pois, “O professor para este novo século terá que ser capaz de
ensinar a aritmética do coração e a gramática das relações sociais” porque “A verdadeira
Inteligência Emocional é o que une o emocional e o cognitivo, e a sua harmonia é o que
garante o seu desenvolvimento eficaz para enfrentarmos qualquer situação da vida”
18. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
“A Inteligência Emocional se revela primordial
na atividade dos professores, pois pode
promover melhores resultados, aumentar a
capacidade para lidar com as tensões
vivenciadas na escola, assim como melhorar as
competências de relacionamento interpessoal.”
19. Conhecimento intrapessoal como maneira de aprender
consigo e desenvolver habilidades socioemocionais;
o aumento de casos de docentes que estão perdendo
“facilmente” o controle em sala de aula; que estão saturados
de apelar para o bom senso e respeito de pais e alunos; que
estão cansados de sua longa jornada de trabalho para
sobreviver; que estão adoecendo, com, por exemplo, a
síndrome de Burnout; e que estão, principalmente, passando a
maior parte do seu tempo a refletir sobre o seu papel na
sociedade que aí está.
20. A Inteligência Emocional é a competência que
as pessoas têm para se automotivar e fazer
face às frustrações, para controlar os seus
impulsos adiando o prazer da recompensa,
para fazer autorregulação do estado de
espírito impedindo que o desânimo controle
ou reprima a capacidade de pensar,
fomentando ainda o sentimento de empatia e
esperança (GOLEMAN
21. Um professor com Inteligência
Emocional é capaz de:
1. Relacionar-se melhor consigo e com o outro.
2. Ter determinação para com os seus objetivos
pessoais e profissionais.
3. Gerir melhor os sentimentos negativos e
positivos.
4. Ser resiliente.
5. Tomar decisões conscientes.
22. 6. Ter empatia pelo outro.
7. Conseguir maior produtividade.
8. Refletir sobre o seu próprio comportamento
e corrigi-lo quando necessário.
9. Ter melhor autoestima.
10. Ter menos ansiedade e estresse.
11. Saber equilibrar razão e emoção.
12. Ser mais comedido emocionalmente