2. ► Logo que chegou ao Brasil, em 1808, o
príncipe D. João requisitou a então Igreja
de Nossa Senhora do Carmo – localizada
na atual Praça XV – para ser Capela Real.
3. Agora, o templo - hoje conhecido como
Antiga Sé.Foi devolvido à cidade
amplamente. A igreja, monumento-
símbolo das Comemorações dos 200
anos da Chegada de Dom João ao Rio de
Janeiro, foi re-inaugurada na data da
comemoração da chegada da corte
portuguesa ao Rio, em 08 de março de
2008. No dia 11 de agosto de 2006, foi
assinado um contrato para a revitalização
da igreja.
4.
5. O projeto, orçado em R$ 11,5
milhões, envolveu o restauro
artístico do interior e das
fachadas da igreja e a
realização de obras de infra-
estrutura, além da
implementação de ações que
além do seu caráter educativo
e de documentação, irão
garantir recursos para a auto-
sustentabilidade do templo: um
espetáculo de som e luz,
programa de capacitação de
professores e visitas guiadas
de alunos de escolas públicas
e privadas ao canteiro de
restauração; criação de vídeo e
publicações educativas;
implantação de exposições.
6. Restauro artístico .A igreja foi
fechada para obras desde o dia 18 de
setembro de 2006, e só foi reaberta
em 08 de março de 2008, totalmente
restaurada. Equipes interdisciplinares
de arqueólogos, restauradores,
arquitetos, historiadores, educadores,
engenheiros, etc. Trabalharam nas
diversas frentes do trabalho de
restauração e nas pesquisas
realizadas.
7.
8. O processo de restauro, que envolveu uma equipe de
40 pessoas, seguiu o seguinte roteiro:
► Higienização.
► • Limpeza mais detalhada.
► • Fixação da camada de ouro que estava solta da
madeira.
► • Consolidação das partes ocas e afetadas por
cupins.
► • Aplicação do bolo armênio. (Argila especial que
serve de base para o douramento).
► • Aplicação das finíssimas folhas de ouro de 22
quilates. (Foram usadas, ao todo 22.500 folhas).
► • Por fim, foi feito o polimento de alguns detalhes dos
ornatos.
9.
10. As paredes receberam tinta
esmalte a base de água na cor
bege claro. A tonalidade foi
escolhida depois de mais de cem
prospecções estratigráficas –
camadas de tinta são retiradas
em diversos locais da igreja para
se descobrir quais eram as cores
que ficavam por baixo das muitas
repinturas que o local recebeu.
11.
12. Também foram
restauradas as
12 telas com
pinturas a óleo
que decoram o
interior da Antiga
Sé, além da
pintura em
madeira no teto
da Capela Mor e
a tela retrátil do
altar-mor.
13. Restauro das fachadas.
Do lado de fora,
um outro grupo
de restauradores
se dedicou a
recuperar as
fachadas.
14. Tecnologia moderna.
As obras incluíram
ainda toda a
estrutura para o
funcionamento do
som e luz. E a tarefa
não foi fácil.
Especialmente
porque nenhuma
fiação ou outro
equipamento
moderno pode
descaracterizar o
interior do templo.
15. Arqueologia na Antiga Sé.
Enquanto os
restauradores se
apoiavam nos
andaimes que
tomaram conta de
todo o templo,
embaixo do
assoalho, uma
outra equipe
realizou seu
16. Os arqueólogos, comandados pelo Professor
Ondemar Dias, do Instituto de Arqueologia
Brasileira, escavaram diversas áreas da igreja. Ali,
descobriram vestígios de cinco construções
diferentes. A primeira delas, batizada de “capela
vermelha” é provavelmente do século XVI ou XVII e
ganhou seu apelido por conta do barrado vermelho
na parede.
Os arqueólogos descobriram ainda que a
construção foi feita sobre a areia e encontraram
vestígios de mangue no local e muito
provavelmente, o mar chegava até aquele ponto.
17. Também foi encontrada
outra construção com
uma escadaria.
Acredita-se que ela
seja imediatamente
posterior à igreja
vermelha. Além
dessas duas, é
possível distinguir
estruturas
pertencentes a três
outros períodos,
provavelmente, dos
séculos XVIII, XIX e
XX.
18. As descobertas foram
tão importantes que
justificaram a criação
do Museu de Sítio
Arqueológico da Antiga
Sé, deixando parte dos
locais escavados
aberto à visitação, sem,
no entanto, conflitar
com as atividades
religiosas realizadas no
local.
19. A Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé foi a
única igreja das Américas que serviu de palco
para a sagração de um rei e a coroação de dois
imperadores. Também foi lá que D. Pedro I e
D. Pedro II se casaram. Por esse motivo, o
templo é o centro das comemorações dos 200
anos da chegada da família real ao Rio de
Janeiro. Construído em 1761, o templo passou
por diversas modificações na fachada, sendo
que a última intervenção aconteceu no início do
século XX. Seu interior guarda ainda os
resíduos mortais de Pedro Álvares Cabral e os
restos mortais do primeiro cardeal da América
Latina, D. Joaquim Arcoverde, localizados na
Cripta, que entrou no roteiro de visitações.