A primeira capela de Santo Antônio, origem da Catedral, foi construída no século 18 e reconstruída várias vezes à medida que a população crescia. A capela foi transformada na primeira paróquia de Juiz de Fora em 1850 e continuou a ser ampliada. A igreja atual passou por reformas nas décadas de 1920 e 1950 para preservar as antigas torres e construir uma cúpula.
2. A primeira capela de Santo Antônio, origem remota da Catedral, teria existido no
Morro da Boiada e pouco tempo depois, desmoronado. Em 1741, uma segunda capela
foi construída no mesmo local (fazenda de Antônio Vidal).
Já em 1812, com a venda da propriedade, o novo dono, Antônio Dias Tostes, pediu
autorização ao Governo do Império para transferir a capela para outro local.
A autorização da construção foi dada em 1844 e três anos depois, passou a funcionar
em frente à Estrada Geral (hoje, avenida Barão do Rio Branco). O espaço tinha cerca
de 100m de extensão. No mesmo local construiu-se o primeiro cemitério. Com a
emancipação do nosso município, em 31 de maio de 1850, a capela foi transformada na
primeira paróquia de Juiz de Fora e batizada em homenagem ao padroeiro da cidade,
Santo Antônio, e ficou sendo a única até 1900. Somente com a chegada dos padres da
Congregação dos Redentoristas é que novas paróquias foram instaladas. O templo
teve logo que ser ampliado, pois se tornou pequeno para o grande número de fiéis que
participavam das celebrações. Em 1864, a capela foi derrubada para a construção de
uma nova. Um ano depois, o cemitério foi transferido para as proximidades da
Estrada União Indústria, hoje Cemitério Municipal
3. A nova matriz foi inaugurada em 1866, com espaço maior e construída atrás do
prédio original. Em 1924, Dom Justino, nosso primeiro bispo, realizou algumas
reformas no prédio, como o novo piso, ampliação do presbitério, nova pintura, novo
púlpito, altar de mármore, além da reforma do trono e do lustre de cristal.
Segundo a pesquisa histórica, a Catedral já foi protegida por um muro de pedras
de cinco metros de altura. No entanto, no início do século XX, a parede foi
demolida e as pedras foram reaproveitadas no calçamento de diversas ruas da
cidade. O dinheiro arrecadado com a venda de parte destas pedras também foi
utilizado para a construção do jardim e das vias existentes em volta da igreja.
Na década de 40, Dom Justino lançou a idéia de reformar a matriz, adotando um
projeto arquitetônico em estilo gótico. Sem conseguir os recursos necessários
para a “Catedral Gótica”, foram construídas a cúpula e as varandas em frente ao
relógio, além do aumento das laterais, preservando as antigas torres. As obras
iniciaram em 1950 e foi reinauguradas em 1966.
A igreja já passou por várias modificações até chegar ao prédio atual. E ela se
destaca não só por sua estrutura física, mas também pela composição
administrativa e organizacional. Em toda a sua história, mais de 80 padres,
párocos e vigários paroquiais, já passaram por ela. Além disso, possui localização
privilegiada: fica na avenida principal da cidade, ocupando uma posição geográfica
8. Projeto da Catedral Metropolitana de Juiz de
Fora
Pablo Costa comentou:O arquiteto é Henri Sajous,
autor de importantes obras
A data deve ser década de 1940, porque o projeto
não teve os fundos necessários arrecadados
Assim, foi feita a cúpula da Catedral
O bispo de então, D. Justino, queria comemorar o
centenário de JF com uma grande obra.
Acervo Pablo Costa
10. Além de ser padroeiro da cidade, Santo Antônio é padroeiro da
Arquidiocese de Juiz de Fora, da Catedral Metropolitana e do
Seminário Arquidiocesano. É comemorado no dia 13 de junho,
feriado municipal. O que muitas pessoas não sabem é de onde vem
esta devoção a um dos santos mais populares da Igreja Católica. De
acordo com o documento produzido em homenagem ao Jubileu
Áureo da Arquidiocese, “Juiz de Fora: Nossa História é de fé,
Nossa Igreja tem arte”, a devoção da cidade a Santo Antônio surgiu
bem antes de sua emancipação política, quando Juiz de Fora era
apenas uma vila. A devoção teria sido trazida pelos portugueses.
Relatos históricos narram que o fazendeiro Antônio Vidal deu
exemplo dessa devoção, em 1741, quando decidiu pedir licença para
construir uma capela com a invocação do santo.
11. Por ter seu nome homônimo ao de Santo Antônio, acredita-se que essa
atitude foi uma homenagem ao santo, o que remete a uma
“hereditariedade” da fé. “O arraial de Santo Antônio do Paraibuna se
formou não só a partir da movimentação proveniente do Caminho Novo,
mas também em virtude das manifestações de religiosidade das pessoas
que sentiram a necessidade de construção de uma capela”, diz o
documento a respeito do espaço coletivo, que se tornou ponto de
referência. Em 1850, a então Vila de Santo Antônio do Paraibuna de
Juiz de Fora teve sua capela de Santo Antônio elevada à categoria de
paróquia, a qual se tornou a matriz, no mesmo local onde se encontra
hoje, como a Catedral Metropo-litana de Juiz de Fora.
13. Igreja Nossa Senhora da Gloria
Morro da Glória
Avenida dos Andradas, 854
Em 1878, a Companhia União e Indústria doou ao Culto
Católico da colônia alemã um terreno, no Morro da Gratidão,
próxima à Estação de Diligências, para a construção de uma
capela “ sob a invocação de Nossa Senhora da Glória”
A obra projetada pelo arquiteto Miguel Lallemant foi
financiada com recursos obtidos através de doações dos
colonos, em dinheiro ou material
Um dos que contribuíram foi o Frei Capuchinho Américo
Hoffer de Prags, o primeiro capelão da colônia alemã.
A primeira Igreja da Gloria foi consagrada em agosto de
1879, e seria palco de uma disputa judicial e de
acontecimentos trágicos.
Em 1883, o frei Américo de Prags decidiu retornar à sua terra
natal, na Europa, alegando motivos de saúde
A diretoria do Culto Católico, decidiu, então, contratar outro
capelão,o italiano Roque Gaetani
Menos de um ano depois, o frei Prags retorna e tenta ser
reintegrado ao cargo
14. Apela aos paroquianos, que organizavam abaixo-assinados
a seu favor. Sem sucesso, o frei decide recorrer ao bispo de Mariana,
que o nomeia vigário da colônia Mas, proibido de reassumir pela
comissão diretora, que ignora a determinação do bispo, o frei leva o
caso à justiça
Angustiado com a demora da questão, resolve tomar o seu lugar à força
Impedido de entrar na igreja, passa mal e morre
Por volta de 1920, a igreja já não comportava o aumento de fiéis
A torre, que ameaçava ruir, teve de ser demolida
Os paroquianos já providenciavam a construção de uma nova igreja,
quando, em 1923, a velha capela foi invadida e destruída em um
incêndio criminoso
Em 25 de agosto do mesmo ano, a atual Igreja da Gloria foi inaugurada
e benta No terreno do lado, já existia, desde 1860, um cemitério para
os colonos O cemitério foi dividido em uma parte católica e outra
evangélica, devido à intolerância do padre Tiago, que proibiu
sepultamentos conjuntos.
15. Fontes
Fontes: Arquivo Histórico da Arquidiocese de Juiz de Fora
BETTENCOURT , Estêvão Tavares. Curso Bíblico por correspondência.
Rio de Janeiro: -- Biblioteca Municipal de Juiz de Fora FAZZOLATO,
Douglas. Juiz de Fora: imagens do passado. Funalfa: Juiz de Fora,
2001. www.arquidiocesejuizdefora.org.br
www.facom.ufjf.br/projetos/1sem_2006/200601PDF/SSilva.pdf
www.jflegis.pjf.mg.gov.br/c_norma.php?chave=0000019661
www.jfservice.com.br/arquivo/jf150anos/1704/
www.tratosculturais.com.br/Zona%20da%20Mata/UniVlerCidades/Hi
st%C3%B3ria/premoderno/index.htm www.catedraljf.org.br