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ERA VARGAS
Apresentação montada por Celso Idamiano S. Júnior – celsoidamiano@gmail.com
Visite o blog “História em Foco” – http://historiaemfoco.ning.com
ANTECEDENTES
 O ano de 1889 marcou a queda do Império e a
Proclamação da República no Brasil.
 Os militares, personagens importantes para o
movimento, foram os primeiros presidentes;
• Marechal Deodoro (1891)
• Floriano Peixoto (1891 – 94)
 Das eleições de 1894, saíram vitoriosos os
latifundiários, apoiados por Floriano.
ANTECEDENTES
 Os governos subseqüentes consolidaram a
chamada “República do Café com Leite”.
 As elites latifundiárias de Minas (PRM) e de
São Paulo (PRP) se revezaram no poder.
 Sob o comando da oligarquia, este período foi
marcado pela ausência de políticas públicas.
 Práticas como o Convênio de Taubaté (1906)
revelam as reais intenções dos políticos.
ANTECEDENTES
 A eleição dos oligarcas era viabilizada pelos
dispositivos da Política dos Governadores;
• Câmara de verificação de poderes;
• Coronelismo e o “voto de cabresto”.
 Tais fraudes eleitorais eram acobertadas pela
Constituição de 1891.
 Sendo assim, diversos opositores tentaram
em vão derrubar oligarquia do poder.
Charges representando a divisão do poder entre SP e MG (esq.) e o voto de cabresto (dir.).
A ALIANÇA LIBERAL
 Em 1929 a economia brasileira foi
diretamente afetada pela quebra da Bolsa nos
EUA.
 O presidente Washington Luís (SP) não apoiou
Antônio Carlos (MG) para a presidência.
 O PRP indicou Júlio Prestes, um novo paulista,
para as eleições daquele ano.
 Tal atitude dos paulistas desagradou as elites
mineiras que romperam o café com leite.
A ALIANÇA LIBERAL
 Em meio àquela crise sucessória, MG, RS e PB
se reuniram na “Aliança Liberal”.
 Os aliancistas apostaram na nomeação de
Getúlio Vargas (RS) para as eleições.
 Apesar da força dos três estados, Vargas
perdeu as eleições para a oligarquia.
 Logo após as eleições, no entanto, o vice de
Vargas, João Pessoa, foi assassinado.
A ALIANÇA LIBERAL
 Imediatamente a Aliança Liberal utilizou o fato
para mobilizar a população brasileira.
 Ainda em 1930, portanto, Washington Luís foi
deposto com o auxílio de parte do Exército.
 Getúlio Vargas assumiu o país prometendo
realizar reformas estruturais na constituição.
 Iniciava assim, um governo provisório, até que
as mudanças fossem realizadas.
Manifestações ocorridas durante um comício da Aliança Liberal (1929).
Getúlio Vargas (esq.) e o seu vice João Pessoa (dir.)
Vargas e os aliancistas a caminho do Distrito Federal (RJ).
GOVERNO PROVISÓRIO
(1930 – 1934)
 Ao chegar no poder em 1930, Vargas revogou
a Constituição que vigorava no país.
 As casas legislativas foram fechadas, e novos
presidentes de estado foram nomeados;
• A maioria dos cargos couberam aos tenentes;
• João Alberto foi o interventor de São Paulo.
 Aos poucos, todos os defensores da oligarquia
foram afastados pelo novo presidente.
GOVERNO PROVISÓRIO
(1930 – 1934)
 O novo presidente buscou reorganizar os
ministérios que o auxiliariam a governar;
• Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio;
• Ministério da Educação e Saúde Pública.
 As primeiras leis trabalhistas foram
elaboradas ainda durante o Governo
Provisório;
• A sindicalização “oficial”;
• A implementação da Carteira de Trabalho.
GOVERNO PROVISÓRIO
(1930 – 1934)
 Durante o Governo Provisório Vargas buscou
regulamentar também a produção agrícola;
• Instituto do Açúcar e do Álcool;
• Conselho Nacional do Café (CNC).
 Getúlio ainda construiu um novo aeroporto no
RJ e renovou o porto de Santos.
 Aos poucos o corporativismo de Vargas ia se
configurando na política brasileira.
GOVERNO PROVISÓRIO
(1930 – 1934)
 Os paulistas, no entanto, não se conformavam
com a ilegitimidade do governo provisório.
 Sendo assim, o PRP comandou a Revolução
Constitucionalista em 1932.
 Em pouco tempo a luta armada tomou conta
do estado de São Paulo.
 Ainda em 1932, no entanto, a reação
varguista conseguiu conter os revoltosos.
Vargas e seus aliados logo após a posse no Rio de Janeiro.
Convocações constitucionalistas para a guerra.
As tropas constitucionalistas perfiladas em 1932.
CONSTITUIÇÃO DE 1934
 Mediante as pressões, Vargas nomeou uma
Assembléia Nacional Constituinte em 1933.
 Comandados por Antônio Carlos, os trabalhos
foram encerrados em 1934.
 A Constituição, que foi inspirada na República
de Weimar, foi a que menos vigorou no Brasil.
 Algumas reivindicações dos paulistas foram
inseridas no texto da Constituição.
CONSTITUIÇÃO DE 1934
 O processo eleitoral foi reformulado e as casas
legislativas foram reabertas;
• Criação da Justiça Eleitoral.
• Voto fechado e extenso a homens e mulheres.
 A Constituição ainda previa a estatização de
bancos e das riquezas do subsolo.
 Apesar das reformas eleitorais, as eleições de
1934 seriam indiretas para a presidência.
O General Gois Monteiro (esq.) e Antônio Carlos, presidente da Assembléia Constituinte (dir.).
Medeiros Netto assinando a Constituição promulgada em 1934.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
(1934 – 1937)
 Getúlio Vargas venceu as eleições indiretas de
1934 com larga vantagem.
 Ao iniciar o governo constitucional, portanto,
o presidente precisava do apoio popular.
 Sendo, assim, o governo financiou a compra
de rádios para a população brasileira.
 Estrategicamente foi criada a “Hora do Brasil”,
em que o presidente se dirigia ao povo.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
(1934 – 1937)
 O Governo Constitucional, no entanto, foi
marcado pela radicalização política nacional.
 A extrema direita era representada pela “Ação
Integralista Brasileira” (AIB);
• Partido fundado em 1932 por Plínio Salgado;
• Inspiração nos partidos fascistas europeus.
 Vargas manteve uma relação dúbia com os
“Camisas Verdes” durante seu governo.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
(1934 – 1937)
 Já a extrema esquerda era representada pela
“Aliança Nacional Libertadora” (ANL);
• Partido fundado em 1935, dissidente do PCB;
• Liderança exercida por Luís Carlos Prestes.
 Ainda em 1935 foi lançada a Lei de Segurança
Nacional, colocando o país em alerta.
 Concomitantemente, Vargas colocou a ANL e
os seus membros na ilegalidade.
GOVERNO CONSTITUCIONAL
(1934 – 1937)
 Atuando na ilegalidade, os partidários da ANL
organizaram a Intentona Comunista (1935);
• Tentativa de tomada simultânea de quartéis;
• O movimento se deu de forma desorganizada.
 Dada a desorganização do movimento, Vargas
conteve os revoltosos ainda em 1935.
 A ação dos comunistas abriu espaço para que
o presidente declarasse Estado de Sítio.
Plínio Salgado (esq.) e um cartaz de propaganda integralista (dir.).
Luís Carlos Prestes (esq.) e o noticiário da Intentona Comunista (dir.).
Leia estes versos:
Mataram-nos à traição quando dormiam,
E foram companheiros que os mataram
Não foi a guerra, foi o crime que os matou
Dormiam no quartel, de madrugada,
Mas a seu lado,
Em sinistra vigília,
Companheiros sem alma conspiravam,
Sem alma porque a tinham vendido
Ao estrangeiro de vestes vermelhas....
Eram os filhos malditos de Caim.
MAUL, Carlos. “Toque de Silêncio” .
É CORRETO afirmar que, nesses versos, o autor faz referência
A) à insurreição de novembro de 1935.
B) à Revolução Constitucionalista de 1932.
C) à Revolução de Outubro de 1930.
D) ao golpe civil-militar de 1964.
O GOLPE DE 1937
 Após a intentona e a decretação do Estado de
Sítio, a Constituição de 1934 foi suspensa.
 Entre 1935 e 1937 o Brasil se manteve envolto
em um clima de tensão.
 Vários rumores relativos a um novo levante
comunista corriam o país.
 Getúlio Vargas, que sairia da presidência em
1938, se aproveitou do “perigo vermelho”.
O GOLPE DE 1937
 Sendo assim, em 1937, o presidente divulgou
na Hora do Brasil, o Plano Cohen.
 Redigido por Vargas e pela AIB, o plano falso
previa um suposto novo levante comunista.
 A divulgação do plano acabou atingindo seus
objetivos, ou seja, mobilizando a população.
 Com um grande respaldo popular, portanto,
Vargas aplicou golpe de estado em 1937.
XVIII - OS REFÉNS
“No plano de violências deverão figurar, como já foi dito
atrás, os homens a serem eliminados e o pessoal encarregado
dessa missão. Todavia, tão importantes quanto estes serão os
reféns, que, em caso de fracasso parcial, servirão para colocar
em xeque as autoridades. Serão reféns: os Ministros de Estado,
presidente do Supremo Tribunal, e os presidentes da Câmara e
do Senado, bem como, nas demais cidades, duas ou três
autoridades ou pessoas gradas. A técnica para a colheita de
reféns será a seguinte: os raptos deverão ser executados em
pleno dia, nas próprias residências, que serão invadidas por
grupos de 3 a 5 homens dispostos e bem-armados e munidos de
narcóticos violentos (clorofórmio, éter em pastas de algodão
empapadas) e serão transportadas para pontos secretos e
inatingíveis, com absoluta segurança. Em caso de fracasso,
proceder ao fuzilamento dos reféns”.
(SILVA, p.283-4)
Trecho do suporto Plano Cohen.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 Logo na inauguração do Estado Novo as casas
legislativas brasileiras foram fechadas.
 Para configurar a ditadura porvir, o presidente
outorgou a Constituição de 1937;
• Leis inspiradas na constituição da Polônia;
• Poderes plenos ao Executivo e fim do federalismo;
• Eleições indiretas para a presidência;
• Admissão da pena de morte para alguns crimes.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 Em uma atitude ditatorial, Vargas fechou os
todos os partidos políticos brasileiros.
 Se sentindo traídos, os membros da extinta
AIB realizaram a Intentona Integralista (1938).
 No intuito de fortalecer a sua ditadura, Vargas
nomeou órgãos políticos estratégicos;
• Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP);
• Dep. de Administração do Serviço Público (DASP).
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 No âmbito da economia, o Brasil passava por
dificuldades devido à Segunda Guerra.
 Buscando substituir as importações, Vargas
investiu nas indústrias estatais de base;
• Criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP);
• Criação da CSN em Volta Redonda (1941);
• Instalação da Vale do Rio Doce (1942);
• Construção da Fábrica Nacional de Motores.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 Para o desenvolvimento da cultura, o governo
Vargas sistematizou o ensino público gratuito.
 O ensino superior e a proteção ao patrimônio
cultural brasileiro também se valorizaram.
 Amarada pelo DIP, a homogenização cultural,
fortaleceu o nacionalismo brasileiro.
 Além da CLT (1943) Vargas criou o SENAI e o
SENAC para o treinamento da mão de obra.
Getúlio Vargas em uma cerimônia no Mato Grosso.
A boa imagem de Vargas reproduzida pelo DIP.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 Em 1942 o Brasil rompeu sua neutralidade,
entrando na Guerra a favor dos Aliados.
 Vargas, que agia claramente como um
ditador, contra o fascismo em solo europeu.
 Aproveitando da situação, parte da população
passou a exigir a renúncia do presidente.
 Os queremistas, no entanto, clamavam pela
manutenção de Vargas no poder.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 Pressionado, Vargas se comprometeu a
reabrir o Brasil para a democracia.
 Sendo assim, no ano de 1945, a liberdade para
a reorganização dos partidos foi concedida;
• Fundação do PTB e PSD por Getúlio Vargas;
• Criação da UDN e do PCB pela oposição.
 Ainda em 1945, em uma ação democratizante,
Vargas anistiou os presos políticos.
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
 No final de 1945, Vargas nomeou seu irmão
para Chefe de Polícia do Distrito Federal.
 Aquela ação evidenciou uma provocação por
parte do presidente às Forças Armadas.
 Sendo assim, o alto escalão do Exército iniciou
um movimento para depor Getúlio Vargas.
 Em outubro de 1945 o presidente foi deposto
sem que sofresse punições jurídicas.
A participação dos pracinhas na Segunda Guerra.
O símbolo da FEB e o retorno das tropas ao Brasil, em 1945.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O governo de Getúlio Vargas se caracterizou
pelo corporativismo político.
 O presidente não era sempre fiel a uma
mesma ideologia.
 Vargas não era um fascista, apesar das
semelhanças entre os governos.
 Getúlio Vargas foi realmente o “Pai dos
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Era vargas

  • 1. ERA VARGAS Apresentação montada por Celso Idamiano S. Júnior – celsoidamiano@gmail.com Visite o blog “História em Foco” – http://historiaemfoco.ning.com
  • 2. ANTECEDENTES  O ano de 1889 marcou a queda do Império e a Proclamação da República no Brasil.  Os militares, personagens importantes para o movimento, foram os primeiros presidentes; • Marechal Deodoro (1891) • Floriano Peixoto (1891 – 94)  Das eleições de 1894, saíram vitoriosos os latifundiários, apoiados por Floriano.
  • 3. ANTECEDENTES  Os governos subseqüentes consolidaram a chamada “República do Café com Leite”.  As elites latifundiárias de Minas (PRM) e de São Paulo (PRP) se revezaram no poder.  Sob o comando da oligarquia, este período foi marcado pela ausência de políticas públicas.  Práticas como o Convênio de Taubaté (1906) revelam as reais intenções dos políticos.
  • 4. ANTECEDENTES  A eleição dos oligarcas era viabilizada pelos dispositivos da Política dos Governadores; • Câmara de verificação de poderes; • Coronelismo e o “voto de cabresto”.  Tais fraudes eleitorais eram acobertadas pela Constituição de 1891.  Sendo assim, diversos opositores tentaram em vão derrubar oligarquia do poder.
  • 5. Charges representando a divisão do poder entre SP e MG (esq.) e o voto de cabresto (dir.).
  • 6. A ALIANÇA LIBERAL  Em 1929 a economia brasileira foi diretamente afetada pela quebra da Bolsa nos EUA.  O presidente Washington Luís (SP) não apoiou Antônio Carlos (MG) para a presidência.  O PRP indicou Júlio Prestes, um novo paulista, para as eleições daquele ano.  Tal atitude dos paulistas desagradou as elites mineiras que romperam o café com leite.
  • 7. A ALIANÇA LIBERAL  Em meio àquela crise sucessória, MG, RS e PB se reuniram na “Aliança Liberal”.  Os aliancistas apostaram na nomeação de Getúlio Vargas (RS) para as eleições.  Apesar da força dos três estados, Vargas perdeu as eleições para a oligarquia.  Logo após as eleições, no entanto, o vice de Vargas, João Pessoa, foi assassinado.
  • 8. A ALIANÇA LIBERAL  Imediatamente a Aliança Liberal utilizou o fato para mobilizar a população brasileira.  Ainda em 1930, portanto, Washington Luís foi deposto com o auxílio de parte do Exército.  Getúlio Vargas assumiu o país prometendo realizar reformas estruturais na constituição.  Iniciava assim, um governo provisório, até que as mudanças fossem realizadas.
  • 9. Manifestações ocorridas durante um comício da Aliança Liberal (1929).
  • 10. Getúlio Vargas (esq.) e o seu vice João Pessoa (dir.)
  • 11. Vargas e os aliancistas a caminho do Distrito Federal (RJ).
  • 12. GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1934)  Ao chegar no poder em 1930, Vargas revogou a Constituição que vigorava no país.  As casas legislativas foram fechadas, e novos presidentes de estado foram nomeados; • A maioria dos cargos couberam aos tenentes; • João Alberto foi o interventor de São Paulo.  Aos poucos, todos os defensores da oligarquia foram afastados pelo novo presidente.
  • 13. GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1934)  O novo presidente buscou reorganizar os ministérios que o auxiliariam a governar; • Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; • Ministério da Educação e Saúde Pública.  As primeiras leis trabalhistas foram elaboradas ainda durante o Governo Provisório; • A sindicalização “oficial”; • A implementação da Carteira de Trabalho.
  • 14. GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1934)  Durante o Governo Provisório Vargas buscou regulamentar também a produção agrícola; • Instituto do Açúcar e do Álcool; • Conselho Nacional do Café (CNC).  Getúlio ainda construiu um novo aeroporto no RJ e renovou o porto de Santos.  Aos poucos o corporativismo de Vargas ia se configurando na política brasileira.
  • 15. GOVERNO PROVISÓRIO (1930 – 1934)  Os paulistas, no entanto, não se conformavam com a ilegitimidade do governo provisório.  Sendo assim, o PRP comandou a Revolução Constitucionalista em 1932.  Em pouco tempo a luta armada tomou conta do estado de São Paulo.  Ainda em 1932, no entanto, a reação varguista conseguiu conter os revoltosos.
  • 16. Vargas e seus aliados logo após a posse no Rio de Janeiro.
  • 18. As tropas constitucionalistas perfiladas em 1932.
  • 19. CONSTITUIÇÃO DE 1934  Mediante as pressões, Vargas nomeou uma Assembléia Nacional Constituinte em 1933.  Comandados por Antônio Carlos, os trabalhos foram encerrados em 1934.  A Constituição, que foi inspirada na República de Weimar, foi a que menos vigorou no Brasil.  Algumas reivindicações dos paulistas foram inseridas no texto da Constituição.
  • 20. CONSTITUIÇÃO DE 1934  O processo eleitoral foi reformulado e as casas legislativas foram reabertas; • Criação da Justiça Eleitoral. • Voto fechado e extenso a homens e mulheres.  A Constituição ainda previa a estatização de bancos e das riquezas do subsolo.  Apesar das reformas eleitorais, as eleições de 1934 seriam indiretas para a presidência.
  • 21. O General Gois Monteiro (esq.) e Antônio Carlos, presidente da Assembléia Constituinte (dir.).
  • 22. Medeiros Netto assinando a Constituição promulgada em 1934.
  • 23. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937)  Getúlio Vargas venceu as eleições indiretas de 1934 com larga vantagem.  Ao iniciar o governo constitucional, portanto, o presidente precisava do apoio popular.  Sendo, assim, o governo financiou a compra de rádios para a população brasileira.  Estrategicamente foi criada a “Hora do Brasil”, em que o presidente se dirigia ao povo.
  • 24. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937)  O Governo Constitucional, no entanto, foi marcado pela radicalização política nacional.  A extrema direita era representada pela “Ação Integralista Brasileira” (AIB); • Partido fundado em 1932 por Plínio Salgado; • Inspiração nos partidos fascistas europeus.  Vargas manteve uma relação dúbia com os “Camisas Verdes” durante seu governo.
  • 25. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937)  Já a extrema esquerda era representada pela “Aliança Nacional Libertadora” (ANL); • Partido fundado em 1935, dissidente do PCB; • Liderança exercida por Luís Carlos Prestes.  Ainda em 1935 foi lançada a Lei de Segurança Nacional, colocando o país em alerta.  Concomitantemente, Vargas colocou a ANL e os seus membros na ilegalidade.
  • 26. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937)  Atuando na ilegalidade, os partidários da ANL organizaram a Intentona Comunista (1935); • Tentativa de tomada simultânea de quartéis; • O movimento se deu de forma desorganizada.  Dada a desorganização do movimento, Vargas conteve os revoltosos ainda em 1935.  A ação dos comunistas abriu espaço para que o presidente declarasse Estado de Sítio.
  • 27. Plínio Salgado (esq.) e um cartaz de propaganda integralista (dir.).
  • 28. Luís Carlos Prestes (esq.) e o noticiário da Intentona Comunista (dir.).
  • 29. Leia estes versos: Mataram-nos à traição quando dormiam, E foram companheiros que os mataram Não foi a guerra, foi o crime que os matou Dormiam no quartel, de madrugada, Mas a seu lado, Em sinistra vigília, Companheiros sem alma conspiravam, Sem alma porque a tinham vendido Ao estrangeiro de vestes vermelhas.... Eram os filhos malditos de Caim. MAUL, Carlos. “Toque de Silêncio” . É CORRETO afirmar que, nesses versos, o autor faz referência A) à insurreição de novembro de 1935. B) à Revolução Constitucionalista de 1932. C) à Revolução de Outubro de 1930. D) ao golpe civil-militar de 1964.
  • 30. O GOLPE DE 1937  Após a intentona e a decretação do Estado de Sítio, a Constituição de 1934 foi suspensa.  Entre 1935 e 1937 o Brasil se manteve envolto em um clima de tensão.  Vários rumores relativos a um novo levante comunista corriam o país.  Getúlio Vargas, que sairia da presidência em 1938, se aproveitou do “perigo vermelho”.
  • 31. O GOLPE DE 1937  Sendo assim, em 1937, o presidente divulgou na Hora do Brasil, o Plano Cohen.  Redigido por Vargas e pela AIB, o plano falso previa um suposto novo levante comunista.  A divulgação do plano acabou atingindo seus objetivos, ou seja, mobilizando a população.  Com um grande respaldo popular, portanto, Vargas aplicou golpe de estado em 1937.
  • 32. XVIII - OS REFÉNS “No plano de violências deverão figurar, como já foi dito atrás, os homens a serem eliminados e o pessoal encarregado dessa missão. Todavia, tão importantes quanto estes serão os reféns, que, em caso de fracasso parcial, servirão para colocar em xeque as autoridades. Serão reféns: os Ministros de Estado, presidente do Supremo Tribunal, e os presidentes da Câmara e do Senado, bem como, nas demais cidades, duas ou três autoridades ou pessoas gradas. A técnica para a colheita de reféns será a seguinte: os raptos deverão ser executados em pleno dia, nas próprias residências, que serão invadidas por grupos de 3 a 5 homens dispostos e bem-armados e munidos de narcóticos violentos (clorofórmio, éter em pastas de algodão empapadas) e serão transportadas para pontos secretos e inatingíveis, com absoluta segurança. Em caso de fracasso, proceder ao fuzilamento dos reféns”. (SILVA, p.283-4) Trecho do suporto Plano Cohen.
  • 33. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  Logo na inauguração do Estado Novo as casas legislativas brasileiras foram fechadas.  Para configurar a ditadura porvir, o presidente outorgou a Constituição de 1937; • Leis inspiradas na constituição da Polônia; • Poderes plenos ao Executivo e fim do federalismo; • Eleições indiretas para a presidência; • Admissão da pena de morte para alguns crimes.
  • 34. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  Em uma atitude ditatorial, Vargas fechou os todos os partidos políticos brasileiros.  Se sentindo traídos, os membros da extinta AIB realizaram a Intentona Integralista (1938).  No intuito de fortalecer a sua ditadura, Vargas nomeou órgãos políticos estratégicos; • Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP); • Dep. de Administração do Serviço Público (DASP).
  • 35. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  No âmbito da economia, o Brasil passava por dificuldades devido à Segunda Guerra.  Buscando substituir as importações, Vargas investiu nas indústrias estatais de base; • Criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP); • Criação da CSN em Volta Redonda (1941); • Instalação da Vale do Rio Doce (1942); • Construção da Fábrica Nacional de Motores.
  • 36. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  Para o desenvolvimento da cultura, o governo Vargas sistematizou o ensino público gratuito.  O ensino superior e a proteção ao patrimônio cultural brasileiro também se valorizaram.  Amarada pelo DIP, a homogenização cultural, fortaleceu o nacionalismo brasileiro.  Além da CLT (1943) Vargas criou o SENAI e o SENAC para o treinamento da mão de obra.
  • 37. Getúlio Vargas em uma cerimônia no Mato Grosso.
  • 38. A boa imagem de Vargas reproduzida pelo DIP.
  • 39. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  Em 1942 o Brasil rompeu sua neutralidade, entrando na Guerra a favor dos Aliados.  Vargas, que agia claramente como um ditador, contra o fascismo em solo europeu.  Aproveitando da situação, parte da população passou a exigir a renúncia do presidente.  Os queremistas, no entanto, clamavam pela manutenção de Vargas no poder.
  • 40. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  Pressionado, Vargas se comprometeu a reabrir o Brasil para a democracia.  Sendo assim, no ano de 1945, a liberdade para a reorganização dos partidos foi concedida; • Fundação do PTB e PSD por Getúlio Vargas; • Criação da UDN e do PCB pela oposição.  Ainda em 1945, em uma ação democratizante, Vargas anistiou os presos políticos.
  • 41. ESTADO NOVO (1937 – 1945)  No final de 1945, Vargas nomeou seu irmão para Chefe de Polícia do Distrito Federal.  Aquela ação evidenciou uma provocação por parte do presidente às Forças Armadas.  Sendo assim, o alto escalão do Exército iniciou um movimento para depor Getúlio Vargas.  Em outubro de 1945 o presidente foi deposto sem que sofresse punições jurídicas.
  • 42. A participação dos pracinhas na Segunda Guerra.
  • 43. O símbolo da FEB e o retorno das tropas ao Brasil, em 1945.
  • 44. CONSIDERAÇÕES FINAIS  O governo de Getúlio Vargas se caracterizou pelo corporativismo político.  O presidente não era sempre fiel a uma mesma ideologia.  Vargas não era um fascista, apesar das semelhanças entre os governos.  Getúlio Vargas foi realmente o “Pai dos Pobres”? Ou seria mesmo a “Mãe dos Ricos”?