O documento descreve o governo provisório de Getúlio Vargas no Brasil de 1930 a 1934, quando ele dissolveu as assembleias legislativas estaduais e suspendeu a constituição de 1889 para centralizar o poder. Isso levou a revoltas da elite paulista, culminando na Revolução Constitucionalista de 1932. Vargas concordou então em convocar uma nova assembleia constituinte em 1934 para elaborar uma nova constituição e encerrar os conflitos.
2. Governo Provisório (1930 – 1934)
Após o golpe de 1930, Vargas assumiu a presidência do
Brasil, de maneira indireta.
Para apoiar seu governo e golpe, Vargas contou com o apoio
dos militares, ao qual reconduziu-os ao poder.
A missão de Vargas era de “limitar” o poder da oligarquia
agrícola nacional.
Para tal missão, Vargas dissolveu as assembleias legislativas
em todo o país e suspendeu a Constituição de 1889, que
privilegiava a elite agrícola, pois cada estado era autônomo
economicamente em relação ao governo central.
Com essa atitude, Vargas demonstrava que queria
centralizar, de fato, o poder nas mãos do presidente da
República. As elites agrícolas, principalmente de SP, não
gostaram dos atos de Vargas.
3. A QUEIMA DO CAFÉ
O Brasil, em 1930, estava
sofrendo com os reflexos
do CRACK de 29. Os
produtores de café, viam
os preços despencarem.
Os lucros sumiram. O
desemprego era geral.
Para acalmar os barões
do café, Vargas comprou
180 milhões de sacas de
café (com o preço antigo)
para forçar a subida do
preço. As sacas foram
queimadas e jogadas ao
mar. Os preços
continuaram baixos.
4. A Revolução de 32.
Com o fracasso do café e o governo autoritário de
Vargas, a elite paulista, queria a todo custo “voltar” o
que era antes. AUTONOMIA ECONOMICA.
Os paulistas iniciaram uma campanha anti-getulista e
ganhou força na mídia nacional.
Vargas com medo do avanço paulista, decretou uma lei
dizendo: que se um estado não atendesse os interesses
da nação, o governo federal poderia “tirar” o “presidente
do estado” e colocar um interventor.
São Paulo queria uma nova constituição (que
atendessem seus interesses) e eleições presidenciais.
Vargas, percebendo a crescente revolta de SP, nomeou
um interventor, João Alberto de PE, em substituição a
Lineu Prestes.
Esse ato foi o estopim para a série de revoltas e
manifestações contra Vargas.
Mesmo nomeando Pedro de Toledo, como presidente
de SP, Vargas havia perdido a “mão de SP”.
Em 23 de maio de 1932, os estudantes: Martins,
Miragaia, Dráuzio e Camargo, foram mortos por forças
do governo federal. Em 9 de julho de 1932, iniciou-se a
Revolução Constitucionalista – uma revolução da elite
agrícola de SP.
5. Após 3 meses de combates, os paulistas perderam a guerra, mas
saíram vitoriosos. Vargas percebeu que não podia governar sem
acalmar os ânimos da elite paulista.
Getúlio Vargas, concordou em convocar uma Assembleia
Legislativa (fazer uma nova Constituição) para o ano de 1934.
A nova Constituição foi promulgada em julho de 1934 e previa:
- Fim do voto de cabresto;
- Trabalho 8 horas diária;
- Voto secreto;
- Voto feminino;
- Republica federativa (fortalecimento da União);
- Eleições presidências diretas em 1937.
- Eleições para presidente em 1934, a ser escolhido pela Assembleia
Constituinte.
Vargas foi eleito, de forma indireta, presidente do Brasil, dando início
ao governo constitucional.