O documento descreve a criação de uma unidade de robótica no Porto, Portugal, através da fusão dos grupos de robótica do INESC Porto e do ISEP. A nova unidade visa exportar tecnologia de robótica, como um submarino robô, para mercados em expansão como o Brasil, e desenvolver novas competências para a economia do mar e produção automatizada em Portugal.
1. Robótica: Grupo criado no Porto vai exportar tecnologia<br />A exportação de tecnologia na área da automação para mercados em forte expansão, como o Brasil, é um dos eixos da estratégia da maior unidade de robótica do Norte do país que hoje foi formalmente constituída no Porto.<br />A fusão entre os grupos de robótica do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC Porto) e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) partiu de um movimento de bases iniciado pelos próprios investigadores, cujos objectivos passam por optimizar recursos, incrementar massa crítica e sinergias e fortalecer a capacidade científica e tecnológica de ambas as instituições. A partir de agora vai ser possível aumentar e melhorar as actividades de transferência e de comercialização de tecnologia portuguesa para mercados em forte expansão.<br />Mesmo no contexto nacional, esta Unidade de Robótica vai reunir novas competências necessárias para dar resposta às necessidades da economia do mar (segurança marítima, indústria naval, náutica de recreio e pesca, conservação e transformação do pescado) e para desenvolver I&D com aplicação nas tecnologias de produção automatizadas para o mercado dos equipamentos industriais. É sobre estes três eixos que assenta a estratégia da nova Unidade de Robótica, que reúne 42 investigadores do INESC Porto e do ISEP.<br />Em declarações à Lusa, Vladimiro Miranda, director do INESC Porto, congratulou-se com este exemplo de “união” que as duas instituições estão a dar ao país. “Ao constituirmos este acordo, uma ponte entre o sistema politécnico e universitário, queremos dar exemplo de que a união de forças e a cooperação valem muito mais do que discussões estéreis sobre o ‘pedigree’ de cada um”, sustentou.<br />Também o presidente do ISEP, João Rocha, considerou que o memorando de entendimento que hoje foi assinado “resulta da constatação de que é possível estabelecer sinergias entre actividades similares, criando assim grupos com massa crítica suficiente para poderem concorrer quer do ponto de vista científico que da criação de valor através da transferência da tecnologia para o mercado empresarial”.<br />Submarino robô<br />“Quer o INESC Porto quer o ISEP têm desenvolvido actividades nomeadamente na área da robótica, que, sendo complementares, serão potenciadas por um grupo que será agora muito maior e terá agora capacidade significativamente superior”, acrescentou.<br />Na cerimónia de assinatura do acordo entre as duas entidades estiveram expostos vários projectos e protótipos na área da robótica. Entre eles, estava o «TRIMARES», um submarino robô capaz de inspeccionar estruturas de barragens e o assoreamento das bacias com grau de precisão na ordem dos centímetros e em tempo real.<br />Este submarino robô, de tecnologia INESC Porto, vai ser utilizado no primeiro trabalho conjunto de consultoria internacional que o novo grupo de robótica se prepara para executar no Brasil. “O projecto não se extingue no robô, um dos objectivos passa precisamente pela criação de uma empresa ‘spin-off’ para prestar esses serviços de inspecção e verificação de estruturas de barragens e rios”, sustentou Vladimiro Miranda.<br />Fonte: http://www2.inescporto.pt/robis/noticias-eventos/nos-na-imprensa/robotica-grupo-criado-no-porto-vai-exportar-tecnologia-1/<br />