SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
01Boletim Técnico
Deriva de herbicidas auxínicos
(2,4-D e Dicamba) em olerícolas
Ana Lourença Vaz do Nascimento¹
Marcelo Rodrigues dos Reis²
Leonardo Angelo Aquino²
Renato Adriane Alves Ruas²
INTRODUÇÃO
Os herbicidas auxínicos, 2,4-D e Dicamba,
também chamados de reguladores de
crescimento ou herbicidas hormonais por
serem muito parecidos com as auxinas
naturais presentes nas plantas.
Apresentando os mesmos efeitos
siológicos, mas podem causar, em doses
baixas, crescimento anormal e mortalidade
de plantas dicotiledôneas (Mortensen et
al., 2012). Os herbicidas hormonais se
ligam aos mesmos sítios de ação das
auxinas naturais, porém, as ligações são
muito mais estáveis e fortes, por isso
podem causar a morte das plantas
sensíveis (Grossmann, 2009).
O lançamento de novas cultivares de soja e
algodão com tecnologia Enlist que possui
genes que conferem resistência a três
diferentes herbicidas (glyphosate, 2,4-D e
glufosinato de amônio) e tecnologia Xtend
com genes que conferem resistência ao
glyphosate e ao dicamba, irá facilitar o
manejo das plantas daninhas resistentes
ao glyphosate nas culturas da soja e do
algodão (Enlist, 2018;Agrolink, 2017).
A grande área cultivada com soja
associada à presença de plantas daninhas
de difícil controle poderá aumentar o
cultivo das variedades resistentes aos
herbicidas auxínicos no intuito de se
conseguir melhor controle de plantas
daninhas e baixo custo com herbicidas. O
uso dos herbicidas auxínicos será
aumentado e com isso a chance de deriva
em culturas sensíveis (Egan et al., 2014).
Essa deriva pode causar lesões em
culturas sensíveis que estejam até 10
quilômetros de distância (Peterson et al.,
2016).
Com isso, torna-se cada vez mais
importante os cuidados com a tecnologia
de aplicação de modo a amenizar tais
danos (Antuniassi e Boller, 2011).
As olerícolas são extremamente sensíveis
1
Eng. Agra., Mestranda em Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa campus Rio Paranaíba, MG – UFV/CRP,
2
Professores do Instituto de Ciências Agrárias da UFV/CRP, marceloreis@ufv.br, leonardo.aquino@ufv.br e renatoruas@ufv.br
-1
ao 2,4-D. Doses de 2,4 e 16,8 g ha são
sucientes para intoxicar plantas de
tomate e brócolis, respectivamente
(Bauerle et al., 2015; Mohseni-Moghadam
e Doohan, 2015). São sensíveis também,
-1
ao Dicamba em que doses de 1 a 11 g ha
intoxicam plantas de abóbora (Dittmar et
al., 2016), de tomate (Bauerle et al., 2015),
de brócolis e de pimentão (Mohseni-
Moghadam e Doohan, 2015; Dittmar et al.,
2016).
Diante disso, objetivamos desenvolver
este trabalho para informar o agricultor de
forma antecipada sobre os efeitos tóxicos
e sintomas que podem ser causados pela
deriva de 2,4-D e Dicamba.
MATERIAL E MÉTODOS
As culturas testes utilizadas foram: tomate
(Solanum lycopersicum), pepino (Cucumis
sativus), cenoura (Daucus carota),
beterraba (Beta vulgaris) e batata
(Solanum tuberosum). Elas foram
semeadas em vasos e após a emergência
foi realizado o desbaste deixando-se duas
plantas por vaso para a batata e quatro
para as demais culturas.
Para a simulação da deriva, foram
aplicados sobre as plantas dois herbicidas
auxínicos, o 2,4-D, produto comercial
Campeon® e o dicamba, produto
comercial Dicamax®. As doses utilizadas
foram 0.05; 0.075; 0.1; 0.2; 1.0 L/ha. A
escolha dessas doses foi feita no sentido
de permitir avaliar o efeito que uma
possível deriva realizada durante a
aplicação desses produtos pudesse
causar nas olerícolas estudadas neste
trabalho.
As pulverizações foram feitas com
pulverizador costal pressurizado com CO ,2
equipado com uma barra de pulverização
com duas pontas hidráulicas de jato tipo
leque simples, modelo jacto API-11002,
-2
operando na pressão de 3 kgf cm ,
posicionada a 50 cm de altura das plantas.
A deriva foi simulada quando a cultura do
tomate e da beterraba apresentavam dois
pares de folhas verdadeiras e o pepino, a
cenoura e a batata apresentavam três
pares de folhas verdadeiras.
Aos 14 dias após as aplicações, os efeitos
provocados pelos produtos nas olerícolas
foram fotografados para posterior análise.
RESULTADOS
EFEITO 2,4-D EM OLERÍCOLAS
Figura 1. Deriva do 2,4-D em plantas de
tomate aos 14 dias após aplicação.
Figura 2. Deriva do 2,4-D em plantas de
pepino aos 14 dias após a aplicação.
Figura 3. Deriva do 2,4-D em plantas de
cenoura aos 14 dias após a aplicação.
Figura 4. Deriva do 2,4-D em plantas de
beterraba aos 14 dias após a aplicação.
2 Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 1
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 2
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 3
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 4
Figura 5. Deriva do 2,4-D em plantas de
batata aos 14 dias após a aplicação.
E F E I T O D O D I C A M B A E M
OLERÍCOLAS
Figura 6. Deriva do Dicamba em plantas
de tomate aos 14 dias após a aplicação.
Figura 7. Deriva do Dicamba em plantas
de pepino aos 14 dias após a aplicação.
Figura 8. Deriva do Dicamba em plantas
de cenoura aos 14 dias após a aplicação.
Figura 9 Deriva do Dicamba em plantas de
beterraba aos 14 dias após a aplicação.
Figura10. Deriva do Dicamba em plantas
de batata aos sete dias após a aplicação.
SINTOMAS HERBICIDASAUXÍNICOS
SINTOMAS CAUSADOS PELA DERIVA
DO 2,4-D, AOS 14 DIAS APÓS A
APLICAÇÃO:
Figura 11. Encarquilhamento das folhas
de beterraba.
Figura 12. Retorcimento no caule do
tomate.
Figura 13. Encarquilhamento nas folhas
da cenoura.
3Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 5
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 6
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 7
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 8
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 9
0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha
FIGURA 10
SINTOMAS CAUSADOS PELA DERIVA
DO DICAMBA, AOS 14 DIAS APÓS A
APLICAÇÃO:
Figura 14. Epinastia por
retorcimento no caule da cenoura.
Figura 15. Retorcimento do caule do
pepino.
Figura 16. Obstrução do oema e
formação de calos no caule do tomate.
Figura 17. Amarelecimento e necrose das
folhas de batata.
Observa-se pelas guras que a ocorrência
de deriva durante a aplicação de
herbicidas auxínicos pode ser altamente
prejudicial às plantas olerícolas. Até
mesmo doses muito baixas, cerca de 1%
da dose recomendada, provocaram
intoxicações muito severas nas plantas
analisadas.
Assim, alguns cuidados importantes
devem ser tomados durante a aplicação
desses produtos de modo a evitar tais
problemas em áreas de produção de
olerícolas.
A L G U N S C U I D A D O S A S E R E M
TOMADOS:
- Evitar o uso de herbicidas auxínicos em
lavouras próximas a cultivos de olerícolas;
- Monitorar as condições climáticas e
evitar pulverizar com velocidade do vento
-1 -1
inferior a 3 km h e superior a 10 km h ,
umidade relativa do ar abaixo de 50% e
temperatura superior a 30º C.
- Não pulverizar em condições de inversão
térmica. Essa situação pode ser vericada
ser o ar estiver parado, ou seja, velocidade
do vento igual a zero, principalmente em
regiões de baixada e nas épocas mais frias
e secas do ano.
- Proceder a correta regulagem e
calibração do pulverizador, além de
fornecer treinamento adequado ao
operador.
- Preferir o 2,4-D sal colina com tecnologia
Colex-D, reduzindo a volatilização (Enlist.,
2018). No entanto, deve-se tomar cuidado
com a tecnologia de aplicação, pois essa
formulação também está sujeita à deriva
pelo vento. O 2,4-D sal colina é mais
estável que o 2,4-D dimetilamina, pois
possui menor dissociação, menor perda
p o r v a p o r, o c a s i o n a n d o m e n o r
movimentação das moléculas do herbicida
e consequentemente menor deriva
(Peterson et al., 2016);
- Selecionar pontas hidráulicas com
tecnologia anti-deriva, sobretudo aquelas
com indução de ar. As pontas leque cone
vazio com indução de ar e leque simples
4 Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01
martelinho com indução reduzem em 80%
a deriva do 2,4-D, quando comparadas
com as pontas sem indução na mesma
pressão de trabalho (Godinho, 2018).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A G R O L I N K . D i s p o n í v e l e m :
https://www.agrolink.com.br/noticias/ctnbi
o-aprova-2--soja-com-tecnologia-xtend-
da-monsanto_370253.html. Acessado em
16/02/2018.
ANTUNIASSI, U. R., BOLLER, W.
Tecnologia de aplicação para culturas
a n u a i s . P a s s o F u n d o : A l d e i a
Norte/FEPAF, 279, 2011.
BAUERLE, M. J.; GRIFFIN, J. L.;
ALFORD, J. L.; CURRY III, A. B.; KENTY,
M, M. Field Evaluation of Auxin Herbicide
Volatility Using Cotton and Tomato as
Bioassay Crops. Weed Technology,
29:185–197, 2015.
DITTMAR, P. J.; FERRELL, J. A.;
FERNANDEZ, J. V.; SMITH, H. Effect of
Glyphosate and Dicamba Drift Timing and
Rates in Bell Pepper and Yellow Squash.
WeedTechnology, 30:217–223, 2016.
EGAN, J.F.; BARLOW, K.M.; MORTENSE
Nortensen, D.A. A meta-analysis on the
effects of 2,4-D and dicamba drift on
soybean and cotton. Weed Science, 62:
193:206, 2014.
Universidade Federal de Viçosa
Campus de Rio Paranaíba
Rodovia MG-230 – Km 7
Rio Paranaíba – MG
CEP: 38810-000
Caixa Postal 22
ExpedienteBoletim
Técnico
5Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01
E N L I S T . D i s p o n í v e l e m :
www.enlist.com/en. Acesso em 13 de
fevereiro de 2018.
GODINHO, J.J.D. Pontas hidráulicas,
pressões de trabalho e adição do
adjuvante LI-700 na deriva do herbicida
2,4-D em tomate (Solanum lycopersicum).
Dissertação (Mestrado em Produção
vegetal) - Instituto de Ciências Agrárias,
Universidade Federal de Viçosa, Rio
Paranaíba.
G R O S S M A N N , K L A U S . A u x i n
herbicides: current status of mechanism
and mode of action. Pest Management
Science, 66: 113–120, 2010.
MOHSENI-MOGHADAM, M.; DOOHAN,
D. Response of Bell Pepper and Broccoli
to Simulated Drift Rates of 2,4-D and
Dicamba. Weed Technology, 29:226-232,
2015.
MORTENSEN, D.A.; EGAN, J.F.;
MAXWELL, B.D.; RYAN, M.R.; SMITH, R.
G. Navigation a critical juncture for
sustainable weed management.
BioScience, 62:75-85, 2012.
PETERSON, MCMASTER, S.A.;
RIECHERS, D.E.; SKELTON, J.;
STAHLMAN, P.W. 2,4-D Past, Present,
and Future: A Review. Weed Technology,
30:303–345, 2016.
Marcelo Rodrigues dos Reis
Leonardo Angelo Aquino
Flávio Lemes Fernandes
Corpo Editorial:
Revisão de texto:
Meire Gisele Rocha
Diagramação e arte:
Antônio Sérgio Souza
Normalização Bibliográfica:
Crislene Silva de Sousa

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores
Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadoresReguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores
Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadoresGeagra UFG
 
Cultura do Amendoim
Cultura do AmendoimCultura do Amendoim
Cultura do AmendoimKiller Max
 
Tecnologia de Aplicação
Tecnologia de AplicaçãoTecnologia de Aplicação
Tecnologia de AplicaçãoGeagra UFG
 
Manejo de plantas daninhas no algodoeiro
Manejo de plantas daninhas no algodoeiroManejo de plantas daninhas no algodoeiro
Manejo de plantas daninhas no algodoeiroGeagra UFG
 
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptx
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptxNUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptx
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptxGeagra UFG
 
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxMECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxGeagra UFG
 
Adubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e FoliarAdubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e FoliarGeagra UFG
 
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidosUniversidade Federal do Piauí
 
Introdução a-mecanização-agrícola22
Introdução a-mecanização-agrícola22Introdução a-mecanização-agrícola22
Introdução a-mecanização-agrícola22Djair Felix
 
MANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESMANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESGeagra UFG
 
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Geagra UFG
 
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja Geagra UFG
 
Mecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasMecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasGeagra UFG
 
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...GETA - UFG
 
Introdução ao Manejo de Herbicidas
Introdução ao Manejo de Herbicidas Introdução ao Manejo de Herbicidas
Introdução ao Manejo de Herbicidas Geagra UFG
 

Mais procurados (20)

Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores
Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadoresReguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores
Reguladores de crescimento, desfolhantes e maturadores
 
Cultura do Amendoim
Cultura do AmendoimCultura do Amendoim
Cultura do Amendoim
 
Tecnologia de Aplicação
Tecnologia de AplicaçãoTecnologia de Aplicação
Tecnologia de Aplicação
 
Manejo de plantas daninhas no algodoeiro
Manejo de plantas daninhas no algodoeiroManejo de plantas daninhas no algodoeiro
Manejo de plantas daninhas no algodoeiro
 
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptx
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptxNUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptx
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE SORGO E MILHETO.pptx
 
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxMECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
 
Viveiricultura
Viveiricultura Viveiricultura
Viveiricultura
 
Adubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e FoliarAdubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e Foliar
 
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos
217566575 126777486-exercicios-de-mecanizacao-resolvidos
 
Introdução a-mecanização-agrícola22
Introdução a-mecanização-agrícola22Introdução a-mecanização-agrícola22
Introdução a-mecanização-agrícola22
 
MANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDESMANEJO DE FITONEMATOIDES
MANEJO DE FITONEMATOIDES
 
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
 
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja
Biotecnologias e posicionamento de cultivares de soja
 
Mecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasMecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidas
 
08.1 preparo inicial
08.1   preparo inicial08.1   preparo inicial
08.1 preparo inicial
 
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...
Apresentação Inseticidas - Inibidores da Respiração Celular e Neonicotinóides...
 
Métodos de pastejo
Métodos de pastejoMétodos de pastejo
Métodos de pastejo
 
1.histórico e importância
1.histórico e importância1.histórico e importância
1.histórico e importância
 
Introdução ao Manejo de Herbicidas
Introdução ao Manejo de Herbicidas Introdução ao Manejo de Herbicidas
Introdução ao Manejo de Herbicidas
 
Herbicidas
HerbicidasHerbicidas
Herbicidas
 

Semelhante a Efeitos da deriva de herbicidas auxínicos em culturas olerícolas

Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...
Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...
Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...Paulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerrado
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerradoManejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerrado
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerradodaviagr
 
Fruta de mesa (fitosanitário)
Fruta de mesa (fitosanitário)Fruta de mesa (fitosanitário)
Fruta de mesa (fitosanitário)João Carraça
 
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...João Siqueira da Mata
 
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...Henrique Eggers
 
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROSUSO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROSLeandro Araujo
 
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*Rural Pecuária
 
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicos
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicosFundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicos
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicosClaudio Spadotto, Ph.D.
 
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agricultura
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agriculturaAnálsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agricultura
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agriculturaJoão Siqueira da Mata
 
Efeito de soluções de enxágue na remoção
Efeito de soluções de enxágue na remoçãoEfeito de soluções de enxágue na remoção
Efeito de soluções de enxágue na remoçãoJoão Siqueira da Mata
 
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLADOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLAPaulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-D
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-DInformações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-D
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-DCarol Daemon
 
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e Planta
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e PlantaGlifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e Planta
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e PlantaGeagra UFG
 

Semelhante a Efeitos da deriva de herbicidas auxínicos em culturas olerícolas (20)

Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...
Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...
Altas diluições de Solanum lycopersicum e Camellia sinensis no manejo fitossa...
 
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...
Avaliação do extrato de quitosana no manejo de tripes, Thrips tabaci, míldio,...
 
rebron.pdf
rebron.pdfrebron.pdf
rebron.pdf
 
Agrotóxicos e as suas consequências
Agrotóxicos e as suas consequênciasAgrotóxicos e as suas consequências
Agrotóxicos e as suas consequências
 
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerrado
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerradoManejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerrado
Manejo e-praticas-culturais-e-fitossanitario-em-gravioleira-no-cerrado
 
Pesticidas
PesticidasPesticidas
Pesticidas
 
Fruta de mesa (fitosanitário)
Fruta de mesa (fitosanitário)Fruta de mesa (fitosanitário)
Fruta de mesa (fitosanitário)
 
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...
Problemas de nutrição e de doenças de plantas na agricultura moderna: Palestr...
 
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
DETERMINAÇÃO DE PERDA DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS NA CULTURA DA SOJA CAUSADA PO...
 
Glifosato yamada
Glifosato yamadaGlifosato yamada
Glifosato yamada
 
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROSUSO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS
USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS
 
Cartilha
CartilhaCartilha
Cartilha
 
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*
Calagem e adubação para hortaliças sob cultivo protegido*
 
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicos
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicosFundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicos
Fundamentos e aplicações da modelagem ambiental de agrotóxicos
 
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agricultura
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agriculturaAnálsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agricultura
Análsie da toxidade e da genotoxidade de agrotóxicos utilizados na agricultura
 
Efeito de soluções de enxágue na remoção
Efeito de soluções de enxágue na remoçãoEfeito de soluções de enxágue na remoção
Efeito de soluções de enxágue na remoção
 
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLADOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
 
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-D
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-DInformações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-D
Informações técnicas do fabricante do herbicida 2,4-D
 
Contiero_2018.pdf
Contiero_2018.pdfContiero_2018.pdf
Contiero_2018.pdf
 
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e Planta
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e PlantaGlifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e Planta
Glifosato e Paraquat: Dinâmica Solo e Planta
 

Efeitos da deriva de herbicidas auxínicos em culturas olerícolas

  • 1. 01Boletim Técnico Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas Ana Lourença Vaz do Nascimento¹ Marcelo Rodrigues dos Reis² Leonardo Angelo Aquino² Renato Adriane Alves Ruas² INTRODUÇÃO Os herbicidas auxínicos, 2,4-D e Dicamba, também chamados de reguladores de crescimento ou herbicidas hormonais por serem muito parecidos com as auxinas naturais presentes nas plantas. Apresentando os mesmos efeitos siológicos, mas podem causar, em doses baixas, crescimento anormal e mortalidade de plantas dicotiledôneas (Mortensen et al., 2012). Os herbicidas hormonais se ligam aos mesmos sítios de ação das auxinas naturais, porém, as ligações são muito mais estáveis e fortes, por isso podem causar a morte das plantas sensíveis (Grossmann, 2009). O lançamento de novas cultivares de soja e algodão com tecnologia Enlist que possui genes que conferem resistência a três diferentes herbicidas (glyphosate, 2,4-D e glufosinato de amônio) e tecnologia Xtend com genes que conferem resistência ao glyphosate e ao dicamba, irá facilitar o manejo das plantas daninhas resistentes ao glyphosate nas culturas da soja e do algodão (Enlist, 2018;Agrolink, 2017). A grande área cultivada com soja associada à presença de plantas daninhas de difícil controle poderá aumentar o cultivo das variedades resistentes aos herbicidas auxínicos no intuito de se conseguir melhor controle de plantas daninhas e baixo custo com herbicidas. O uso dos herbicidas auxínicos será aumentado e com isso a chance de deriva em culturas sensíveis (Egan et al., 2014). Essa deriva pode causar lesões em culturas sensíveis que estejam até 10 quilômetros de distância (Peterson et al., 2016). Com isso, torna-se cada vez mais importante os cuidados com a tecnologia de aplicação de modo a amenizar tais danos (Antuniassi e Boller, 2011). As olerícolas são extremamente sensíveis 1 Eng. Agra., Mestranda em Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa campus Rio Paranaíba, MG – UFV/CRP, 2 Professores do Instituto de Ciências Agrárias da UFV/CRP, marceloreis@ufv.br, leonardo.aquino@ufv.br e renatoruas@ufv.br
  • 2. -1 ao 2,4-D. Doses de 2,4 e 16,8 g ha são sucientes para intoxicar plantas de tomate e brócolis, respectivamente (Bauerle et al., 2015; Mohseni-Moghadam e Doohan, 2015). São sensíveis também, -1 ao Dicamba em que doses de 1 a 11 g ha intoxicam plantas de abóbora (Dittmar et al., 2016), de tomate (Bauerle et al., 2015), de brócolis e de pimentão (Mohseni- Moghadam e Doohan, 2015; Dittmar et al., 2016). Diante disso, objetivamos desenvolver este trabalho para informar o agricultor de forma antecipada sobre os efeitos tóxicos e sintomas que podem ser causados pela deriva de 2,4-D e Dicamba. MATERIAL E MÉTODOS As culturas testes utilizadas foram: tomate (Solanum lycopersicum), pepino (Cucumis sativus), cenoura (Daucus carota), beterraba (Beta vulgaris) e batata (Solanum tuberosum). Elas foram semeadas em vasos e após a emergência foi realizado o desbaste deixando-se duas plantas por vaso para a batata e quatro para as demais culturas. Para a simulação da deriva, foram aplicados sobre as plantas dois herbicidas auxínicos, o 2,4-D, produto comercial Campeon® e o dicamba, produto comercial Dicamax®. As doses utilizadas foram 0.05; 0.075; 0.1; 0.2; 1.0 L/ha. A escolha dessas doses foi feita no sentido de permitir avaliar o efeito que uma possível deriva realizada durante a aplicação desses produtos pudesse causar nas olerícolas estudadas neste trabalho. As pulverizações foram feitas com pulverizador costal pressurizado com CO ,2 equipado com uma barra de pulverização com duas pontas hidráulicas de jato tipo leque simples, modelo jacto API-11002, -2 operando na pressão de 3 kgf cm , posicionada a 50 cm de altura das plantas. A deriva foi simulada quando a cultura do tomate e da beterraba apresentavam dois pares de folhas verdadeiras e o pepino, a cenoura e a batata apresentavam três pares de folhas verdadeiras. Aos 14 dias após as aplicações, os efeitos provocados pelos produtos nas olerícolas foram fotografados para posterior análise. RESULTADOS EFEITO 2,4-D EM OLERÍCOLAS Figura 1. Deriva do 2,4-D em plantas de tomate aos 14 dias após aplicação. Figura 2. Deriva do 2,4-D em plantas de pepino aos 14 dias após a aplicação. Figura 3. Deriva do 2,4-D em plantas de cenoura aos 14 dias após a aplicação. Figura 4. Deriva do 2,4-D em plantas de beterraba aos 14 dias após a aplicação. 2 Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 1 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 2 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 3 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 4
  • 3. Figura 5. Deriva do 2,4-D em plantas de batata aos 14 dias após a aplicação. E F E I T O D O D I C A M B A E M OLERÍCOLAS Figura 6. Deriva do Dicamba em plantas de tomate aos 14 dias após a aplicação. Figura 7. Deriva do Dicamba em plantas de pepino aos 14 dias após a aplicação. Figura 8. Deriva do Dicamba em plantas de cenoura aos 14 dias após a aplicação. Figura 9 Deriva do Dicamba em plantas de beterraba aos 14 dias após a aplicação. Figura10. Deriva do Dicamba em plantas de batata aos sete dias após a aplicação. SINTOMAS HERBICIDASAUXÍNICOS SINTOMAS CAUSADOS PELA DERIVA DO 2,4-D, AOS 14 DIAS APÓS A APLICAÇÃO: Figura 11. Encarquilhamento das folhas de beterraba. Figura 12. Retorcimento no caule do tomate. Figura 13. Encarquilhamento nas folhas da cenoura. 3Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 5 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 6 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 7 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 8 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 9 0,075 L/ha0 L/ha 0,05 L/ha 0,1 L/ha 0,2 L/ha 1 L/ha FIGURA 10
  • 4. SINTOMAS CAUSADOS PELA DERIVA DO DICAMBA, AOS 14 DIAS APÓS A APLICAÇÃO: Figura 14. Epinastia por retorcimento no caule da cenoura. Figura 15. Retorcimento do caule do pepino. Figura 16. Obstrução do oema e formação de calos no caule do tomate. Figura 17. Amarelecimento e necrose das folhas de batata. Observa-se pelas guras que a ocorrência de deriva durante a aplicação de herbicidas auxínicos pode ser altamente prejudicial às plantas olerícolas. Até mesmo doses muito baixas, cerca de 1% da dose recomendada, provocaram intoxicações muito severas nas plantas analisadas. Assim, alguns cuidados importantes devem ser tomados durante a aplicação desses produtos de modo a evitar tais problemas em áreas de produção de olerícolas. A L G U N S C U I D A D O S A S E R E M TOMADOS: - Evitar o uso de herbicidas auxínicos em lavouras próximas a cultivos de olerícolas; - Monitorar as condições climáticas e evitar pulverizar com velocidade do vento -1 -1 inferior a 3 km h e superior a 10 km h , umidade relativa do ar abaixo de 50% e temperatura superior a 30º C. - Não pulverizar em condições de inversão térmica. Essa situação pode ser vericada ser o ar estiver parado, ou seja, velocidade do vento igual a zero, principalmente em regiões de baixada e nas épocas mais frias e secas do ano. - Proceder a correta regulagem e calibração do pulverizador, além de fornecer treinamento adequado ao operador. - Preferir o 2,4-D sal colina com tecnologia Colex-D, reduzindo a volatilização (Enlist., 2018). No entanto, deve-se tomar cuidado com a tecnologia de aplicação, pois essa formulação também está sujeita à deriva pelo vento. O 2,4-D sal colina é mais estável que o 2,4-D dimetilamina, pois possui menor dissociação, menor perda p o r v a p o r, o c a s i o n a n d o m e n o r movimentação das moléculas do herbicida e consequentemente menor deriva (Peterson et al., 2016); - Selecionar pontas hidráulicas com tecnologia anti-deriva, sobretudo aquelas com indução de ar. As pontas leque cone vazio com indução de ar e leque simples 4 Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01
  • 5. martelinho com indução reduzem em 80% a deriva do 2,4-D, quando comparadas com as pontas sem indução na mesma pressão de trabalho (Godinho, 2018). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A G R O L I N K . D i s p o n í v e l e m : https://www.agrolink.com.br/noticias/ctnbi o-aprova-2--soja-com-tecnologia-xtend- da-monsanto_370253.html. Acessado em 16/02/2018. ANTUNIASSI, U. R., BOLLER, W. Tecnologia de aplicação para culturas a n u a i s . P a s s o F u n d o : A l d e i a Norte/FEPAF, 279, 2011. BAUERLE, M. J.; GRIFFIN, J. L.; ALFORD, J. L.; CURRY III, A. B.; KENTY, M, M. Field Evaluation of Auxin Herbicide Volatility Using Cotton and Tomato as Bioassay Crops. Weed Technology, 29:185–197, 2015. DITTMAR, P. J.; FERRELL, J. A.; FERNANDEZ, J. V.; SMITH, H. Effect of Glyphosate and Dicamba Drift Timing and Rates in Bell Pepper and Yellow Squash. WeedTechnology, 30:217–223, 2016. EGAN, J.F.; BARLOW, K.M.; MORTENSE Nortensen, D.A. A meta-analysis on the effects of 2,4-D and dicamba drift on soybean and cotton. Weed Science, 62: 193:206, 2014. Universidade Federal de Viçosa Campus de Rio Paranaíba Rodovia MG-230 – Km 7 Rio Paranaíba – MG CEP: 38810-000 Caixa Postal 22 ExpedienteBoletim Técnico 5Deriva de herbicidas auxínicos (2,4-D e Dicamba) em olerícolas - Boletim Técnico 01 E N L I S T . D i s p o n í v e l e m : www.enlist.com/en. Acesso em 13 de fevereiro de 2018. GODINHO, J.J.D. Pontas hidráulicas, pressões de trabalho e adição do adjuvante LI-700 na deriva do herbicida 2,4-D em tomate (Solanum lycopersicum). Dissertação (Mestrado em Produção vegetal) - Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba. G R O S S M A N N , K L A U S . A u x i n herbicides: current status of mechanism and mode of action. Pest Management Science, 66: 113–120, 2010. MOHSENI-MOGHADAM, M.; DOOHAN, D. Response of Bell Pepper and Broccoli to Simulated Drift Rates of 2,4-D and Dicamba. Weed Technology, 29:226-232, 2015. MORTENSEN, D.A.; EGAN, J.F.; MAXWELL, B.D.; RYAN, M.R.; SMITH, R. G. Navigation a critical juncture for sustainable weed management. BioScience, 62:75-85, 2012. PETERSON, MCMASTER, S.A.; RIECHERS, D.E.; SKELTON, J.; STAHLMAN, P.W. 2,4-D Past, Present, and Future: A Review. Weed Technology, 30:303–345, 2016. Marcelo Rodrigues dos Reis Leonardo Angelo Aquino Flávio Lemes Fernandes Corpo Editorial: Revisão de texto: Meire Gisele Rocha Diagramação e arte: Antônio Sérgio Souza Normalização Bibliográfica: Crislene Silva de Sousa