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O Futuro da Indústria:
 para além do debate
da desindustrialização
          José Carlos Cavalcanti
                Depto. de Economia da UFPE
             http://jccavalcanti.wordpress.com
                http://twitter.com/jccavalcanti
                  cavalcanti.jc@gmail.com


              C.E.S.A.R., 04 de outubro de 2012
  Slides em => http://www.creativante.com.br/download/FI.pptx
Argumentos a serem defendidos:

- O debate sobre desindustrialização é um
  debate estagnante;
- O que estamos enfrentando é a combinação
  de dois complexos fenômenos: globalização
  da indústria de transformação e a
  internacionalização do P&D corporativo;
- O que precisamos hoje é de uma Agenda
  Tecnoeconômica para “Making Value”, mais
  que “Making Things”.
“O Brasil não é para principiantes” é
uma frase que é atribuída ao poeta e
compositor Antonio Carlos Jobim – Tom
Jobim, e que remete (pelo menos no
sentido “academicamente” aceito) ao
entendimento de que o país é repleto de
complexidades que podem revelar
armadilhas para os neófitos (ou
estrangeiros desavisados), e que, por
esta razão, não tolera análises simplistas.
Brazilian
Economic Data
Brazilian
Economic Data
PIB                                                             (R$ 3.530.871,48)(milhões) 2011

      Agropecuária                                                                       5,46%

      Indústria                                                                         27,53%

          Extrativa mineral

          Transformação                                                                 14,60%

          Produção e distribuição de eletricidade, gás e água

      Serviços                                                                          67,01%

          Comércio

          Serviços de informação

          Construção

          Outros serviços

          Atividades imobiliárias e aluguel

          Administração, saúde e educação públicas

          Intermediação financeira, previdência complementar

          Transporte, armazenagem e correio


          Fonte: Ipeadata (2012)
2011:
                                                                                                      14,60%
Fonte: Bonelli, Regis e Samuel de Abreu Pessôa (2010). “Desindustrialização no Brasil: Um resumo da
evidência”. Texto para Discussão 7. Centro de Desenvolvimento Econômico da FGV/RJ.
Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE):
USP/FGV-SP/UNICAMP
UFRJ/FGV-RJ/PUC-RJ
• Existe, de fato, um debate
  sobre “Desindustrialização” no
  Brasil;
• Este debate se insere no debate
  da “Agenda de
  Competitividade” do Brasil;
• Mas que “Agenda de
  Competitividade” é esta?
• A questão competitiva frequentemente
  se expressa a partir (1) do aumento da
  concorrência dos produtos importados –
  notadamente manufaturados – e (2) da
  mudança na composição da pauta de
  exportações;
• No primeiro caso, porque existe o receio
  de que parte substancial da produção
  doméstica venha a ser substituída por
  importações, fenômeno tipicamente
  associado à desindustrialização;
• No segundo caso, porque existe a
  suspeita de que um aumento na
  participação dos produtos básicos, e
  redução dos industrializados, seja o
  resultado de perdas de competitividade
  na produção destes bens;
• Nessa vertente o Brasil estaria perdendo
  participação nas exportações de
  produtos industrializados devido à
  expansão das exportações de países com
  câmbio mais competitivo (Bonelli, 2011).
Mudança na Composição da Pauta de Exportações




Aumento dos Básicos


                      Diminuição dos                    Aumento dos
                      Manufaturados                     Manufaturados
Evolução do Emprego no Brasil (2003 a 2010)
2500000



2000000

                                                                                                   2003
1500000                                                                                            2004
                                                                                                   2005
                                                                                                   2006
1000000
                                                                                                   2007
                                                                                                   2008
 500000                                                                                            2009
                                                                                                   2010

      0
                         Tradeables                              Non-Tradeables

-500000



          Fonte: Autor, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados –
          CAGED/Ministério do Trabalho e Emprego utilizando o saldo líquido de empregos gerados.
• Qual é o histórico das Agendas da
  Competitividade?
• Desde a II Guerra Mundial o Brasil
  adota, quase que sem
  interrupção, exemplos (alguns bens
  sucedidos, outros não) de “políticas
  para aumentar a
  competitividade”: são as chamadas
  “Políticas Industriais e de Comércio
  Exterior” =>
I – De forma geral, orientamo-nos
inicialmente a partir da lógica do
processo de substituição de
importações (redução do coeficiente de
importação da economia e a expansão
da capacidade produtiva do país);
II – Passando para deslocar o eixo
central de preocupação da expansão
da capacidade produtiva para a
questão da competitividade.
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

a) UFRJ (1922) + USP (1934): inicialmente
Processos de Formação Econômica e Social
do Brasil; depois Análises das Políticas
Industriais e de Comércio Exterior, bem
como do Papel do Estado no
Desenvolvimento Econômico do Brasil;
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

b) FGV (1944): inicialmente indicadores
econômicos e depois estudos de
produtividade e crescimento => Políticas
Horizontais (RJ):
- Desenvolvimento Institucional; Estrutura
Tributária; Legislação Trabalhista; Sistema
Educacional e Marco Regulatório.
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

c) PUC-RJ (1965): História Econômica
Brasileira e depois Macroeconomia e
Economia Monetária;
Papéis relevantes do BNDE (1952) e do
IPEA (1964), da FINEP (1967) e BC (1964)
nos estudos sobre Desenvolvimento
Econômico Brasileiro.
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

d) UNICAMP (1966): História Econômica
Brasileira e depois ??? Ironias à parte:
- Bloco 1 => Competitividade Setorial –
“Estudo da Competitividade da Indústria
Brasileira” (1993); Cadeias Produtivas
Integradas (2002/03); PITCE (2004); PDP – I
(2008); PDP – II (2011)/Plano Brasil Maior;
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

d) UNICAMP (+ recente):
- Bloco 2 => Sistemas Nacionais de
Inovação: Expansão e Consolidação do
Sistema Nacional de C&T&I; Promoção da
Inovação Tecnológica nas Empresas;
P&D&I em Áreas Estratégicas; C&T&I para
o Desenvolvimento Social.
O papel e a distribuição de competências
no Brazilian Economic Knowledge
Ecosystem (BEKE)

e) UFRJ + UNICAMP + IPEA (Ano 2.000 +):
Estratégias Empresariais + Políticas Públicas
Estratégicas (papel do Prof. ABC). Mais
recentemente: competitividade setorial
(incentivos setoriais, como
fatores, tecnologia), e perspectivas do
investimento.
O papel e a distribuição de competências
do Advanced Technology Addictive
Knowledge Ecosystem (ATAKE)

Premissas:

1) O que estamos enfrentando é a
combinação de dois complexos fenômenos
que se retroalimentam: globalização da
indústria de transformação e a
internacionalização do P&D corporativo;
“No Brasil, 10 grupos
respondem por 70% da
venda de software”
(Concentração nesse
segmento é maior que no
resto do mundo, mostra
estudo exclusivo da IDC).

Fonte: Valor
Econômico, 24/09/2012
Fonte: Valor
Econômico, 10
/12/2010
O papel e a distribuição de competências do
Advanced Technology Addictive Knowledge
Ecosystem (ATAKE)

Premissas:

2) Dadas nossas deficiências estruturais (e falta
de protagonismo), o que tem restado a este
ecossistema é “plugar” na globalização da
indústria de transformação e “cooperar” com
a internacionalização do P&D corporativo;
O papel e a distribuição de competências
do Advanced Technology Addictive
Knowledge Ecosystem (ATAKE)

Premissas:

3) O que hoje interessa a este ecossistema
é “agregar valor” de modo que fatias dos
“bolos” da globalização da indústria de
transformação e da internacionalização do
P&D corporativo fiquem aqui no Brasil.
O quê precisamos fazer?

• Precisamos sair da “agenda defensiva”
  (“BEKE”) e avançar para uma “agenda
  ofensiva” (“ATAKE”);
• Precisamos reconhecer que o que
  estamos fazendo até então pode ser
  transformado em uma “agenda
  ofensiva”;
• Precisamos “catequisar” esta “agenda
  ofensiva”.
Como fazer?

• Em primeiro lugar, precisamos criar e
  popularizar os novos (nossos ou não)
  paradigmas/metodologias
  tecnoeconômicos de reflexão:
  Ex: a Trindade Essencial (Ecossistema +
  Plataforma + Arquitetura); a Equação do
  E-Trabalho (Crowdsourcing +
  Cloudsourcing = Online Labor Markets) e
  outros;
A “Trindade Essencial”




Ecossistema                        Arquitetura
                 Plataforma
2012
Como fazer?
Pisano, Gary P. and
Willy C. Shin (2012).
“Does America Really
Need
Manufacturing?”
Harvard Business
Review. March.
Como fazer?

• Em segundo lugar, precisamos olhar com
  cautela “certos nacionalismos” que se
  manifestam através de políticas de
  “conteúdo nacional” (pré-
  sal, certificados, etc.) e arroubos de
  “estatismo”;
• Em terceiro lugar, diminuir o excesso de
  burocracia (que só agrega custos de
  transação): editais de inovação; legislações
  complexas (Decreto No 7.174, Lei No
13 de junho 2011
Fatores que concorrem para acreditar que a
Indústria de Transformação -ITr ainda importa

• A globalização da ITr contribui para a
  emergência da nova classe média global;
• A proliferação do livre comércio ajuda a
  abrir a porta para rápida globalização da ITr;
• O exponencial crescimento da infraestrutura
  digital está expandindo oportunidades para
  novos entrantes e aumentando a pressão
  para as firmas existentes;
Fatores que concorrem para acreditar que a
Indústria de Transformação -ITr ainda importa

• Grandes empresas da ITr estão perdendo
  suas posições de liderança a uma taxa
  crescente;
• A proliferação do comércio e acesso global
  à tecnologia digital têm sido os motores
  chave da expansão e desagregação das
  cadeias de suprimento de hoje;
Fatores que concorrem para acreditar que a
Indústria de Transformação -ITr ainda importa

• O protecionismo cresceu em resposta à
  crise econômica global e pressão política;
• À medida que o comércio expandiu e as
  cadeias      de       suprimentos          se
  desagregaram, países e empresas estão
  crescentemente expostos à volatilidade da
  moeda;
• A arbitragem das taxas de trabalho está
  desaparecendo.
A Competição Futura:
  Recursos, Capacidades e Política
              Pública

• A infraestrutura necessária para
  possibilitar a ITr florescer e
  contribuir para o crescimento do
  emprego crescerá em importância
  e sofisticação e será desafiadora
  para países desenvolverem e se
  manterem;
A Competição Futura:
  Recursos, Capacidades e Política
              Pública

• A competição entre nações para
  atrair IDE – Investimento Direto
  Estrangeiro crescerá
  dramaticamente, elevando os
  stakes para países e complicando
  os processos de decisão para as
  empresas;
A Competição Futura:
  Recursos, Capacidades e Política
              Pública

• A crescente competição por
  recursos materiais e escassez
  alterarão fundamentalmente as
  estratégias de recursos dos países
  e empresas, e servirão como
  catalizadores para avanços
  significativos em ciências dos
A Competição Futura:
  Recursos, Capacidades e Política
              Pública

• Estratégias de energia limpa
  suportáveis e políticas efetivas de
  energia irão ser uma prioridade
  para industriais e fazedores de
  políticas, e servirão como um
  importante diferenciador de
  países e empresas altamente
A Competição Futura:
Recursos, Capacidades e Política Pública

• A habilidade de inovar, a um passo
  acelerado, será a mais importante
  capacidade diferenciando o sucessor
  de países e empresas no futuro;
• Capital humano talentoso será o
  recurso mais crítico diferenciando a
  prosperidade de países e empresas;
A Competição Futura:
 Recursos, Capacidades e Política Pública

• O uso estratégico de política pública
  para possibilitar desenvolvimento
  econômico intensificará resultando
  numa competição entre nações por
  efetividade de política, colocando um
  prêmio na colaboração entre fazedores
  de políticas e líderes empresariais para
  criação de resultados win-win;
Em resumo, o Brasil
representa 3% do PIB Mundial.
Precisamos olhar para o
mercado dos “97% restantes”.
Se não começarmos a pensar
assim, os “globalizadores”
continuarão a fazer o papel
deles ...
Obrigado!
 Perguntas

José Carlos Cavalcanti
http://jccavalcanti.wordpress.com
http://www.creativante.com.br
http://twitter.com/jccavalcanti
cavalcanti.jc@gmail.com

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O Futuro da Indústria Brasileira: Além do Debate sobre Desindustrialização

  • 1. O Futuro da Indústria: para além do debate da desindustrialização José Carlos Cavalcanti Depto. de Economia da UFPE http://jccavalcanti.wordpress.com http://twitter.com/jccavalcanti cavalcanti.jc@gmail.com C.E.S.A.R., 04 de outubro de 2012 Slides em => http://www.creativante.com.br/download/FI.pptx
  • 2. Argumentos a serem defendidos: - O debate sobre desindustrialização é um debate estagnante; - O que estamos enfrentando é a combinação de dois complexos fenômenos: globalização da indústria de transformação e a internacionalização do P&D corporativo; - O que precisamos hoje é de uma Agenda Tecnoeconômica para “Making Value”, mais que “Making Things”.
  • 3. “O Brasil não é para principiantes” é uma frase que é atribuída ao poeta e compositor Antonio Carlos Jobim – Tom Jobim, e que remete (pelo menos no sentido “academicamente” aceito) ao entendimento de que o país é repleto de complexidades que podem revelar armadilhas para os neófitos (ou estrangeiros desavisados), e que, por esta razão, não tolera análises simplistas.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
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  • 11.
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  • 14.
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  • 19. PIB (R$ 3.530.871,48)(milhões) 2011 Agropecuária 5,46% Indústria 27,53% Extrativa mineral Transformação 14,60% Produção e distribuição de eletricidade, gás e água Serviços 67,01% Comércio Serviços de informação Construção Outros serviços Atividades imobiliárias e aluguel Administração, saúde e educação públicas Intermediação financeira, previdência complementar Transporte, armazenagem e correio Fonte: Ipeadata (2012)
  • 20.
  • 21. 2011: 14,60% Fonte: Bonelli, Regis e Samuel de Abreu Pessôa (2010). “Desindustrialização no Brasil: Um resumo da evidência”. Texto para Discussão 7. Centro de Desenvolvimento Econômico da FGV/RJ.
  • 22. Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE): USP/FGV-SP/UNICAMP UFRJ/FGV-RJ/PUC-RJ
  • 23. • Existe, de fato, um debate sobre “Desindustrialização” no Brasil; • Este debate se insere no debate da “Agenda de Competitividade” do Brasil; • Mas que “Agenda de Competitividade” é esta?
  • 24. • A questão competitiva frequentemente se expressa a partir (1) do aumento da concorrência dos produtos importados – notadamente manufaturados – e (2) da mudança na composição da pauta de exportações; • No primeiro caso, porque existe o receio de que parte substancial da produção doméstica venha a ser substituída por importações, fenômeno tipicamente associado à desindustrialização;
  • 25.
  • 26. • No segundo caso, porque existe a suspeita de que um aumento na participação dos produtos básicos, e redução dos industrializados, seja o resultado de perdas de competitividade na produção destes bens; • Nessa vertente o Brasil estaria perdendo participação nas exportações de produtos industrializados devido à expansão das exportações de países com câmbio mais competitivo (Bonelli, 2011).
  • 27. Mudança na Composição da Pauta de Exportações Aumento dos Básicos Diminuição dos Aumento dos Manufaturados Manufaturados
  • 28. Evolução do Emprego no Brasil (2003 a 2010) 2500000 2000000 2003 1500000 2004 2005 2006 1000000 2007 2008 500000 2009 2010 0 Tradeables Non-Tradeables -500000 Fonte: Autor, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED/Ministério do Trabalho e Emprego utilizando o saldo líquido de empregos gerados.
  • 29. • Qual é o histórico das Agendas da Competitividade? • Desde a II Guerra Mundial o Brasil adota, quase que sem interrupção, exemplos (alguns bens sucedidos, outros não) de “políticas para aumentar a competitividade”: são as chamadas “Políticas Industriais e de Comércio Exterior” =>
  • 30. I – De forma geral, orientamo-nos inicialmente a partir da lógica do processo de substituição de importações (redução do coeficiente de importação da economia e a expansão da capacidade produtiva do país); II – Passando para deslocar o eixo central de preocupação da expansão da capacidade produtiva para a questão da competitividade.
  • 31. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) a) UFRJ (1922) + USP (1934): inicialmente Processos de Formação Econômica e Social do Brasil; depois Análises das Políticas Industriais e de Comércio Exterior, bem como do Papel do Estado no Desenvolvimento Econômico do Brasil;
  • 32. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) b) FGV (1944): inicialmente indicadores econômicos e depois estudos de produtividade e crescimento => Políticas Horizontais (RJ): - Desenvolvimento Institucional; Estrutura Tributária; Legislação Trabalhista; Sistema Educacional e Marco Regulatório.
  • 33. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) c) PUC-RJ (1965): História Econômica Brasileira e depois Macroeconomia e Economia Monetária; Papéis relevantes do BNDE (1952) e do IPEA (1964), da FINEP (1967) e BC (1964) nos estudos sobre Desenvolvimento Econômico Brasileiro.
  • 34. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) d) UNICAMP (1966): História Econômica Brasileira e depois ??? Ironias à parte: - Bloco 1 => Competitividade Setorial – “Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira” (1993); Cadeias Produtivas Integradas (2002/03); PITCE (2004); PDP – I (2008); PDP – II (2011)/Plano Brasil Maior;
  • 35. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) d) UNICAMP (+ recente): - Bloco 2 => Sistemas Nacionais de Inovação: Expansão e Consolidação do Sistema Nacional de C&T&I; Promoção da Inovação Tecnológica nas Empresas; P&D&I em Áreas Estratégicas; C&T&I para o Desenvolvimento Social.
  • 36. O papel e a distribuição de competências no Brazilian Economic Knowledge Ecosystem (BEKE) e) UFRJ + UNICAMP + IPEA (Ano 2.000 +): Estratégias Empresariais + Políticas Públicas Estratégicas (papel do Prof. ABC). Mais recentemente: competitividade setorial (incentivos setoriais, como fatores, tecnologia), e perspectivas do investimento.
  • 37. O papel e a distribuição de competências do Advanced Technology Addictive Knowledge Ecosystem (ATAKE) Premissas: 1) O que estamos enfrentando é a combinação de dois complexos fenômenos que se retroalimentam: globalização da indústria de transformação e a internacionalização do P&D corporativo;
  • 38. “No Brasil, 10 grupos respondem por 70% da venda de software” (Concentração nesse segmento é maior que no resto do mundo, mostra estudo exclusivo da IDC). Fonte: Valor Econômico, 24/09/2012
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  • 47. O papel e a distribuição de competências do Advanced Technology Addictive Knowledge Ecosystem (ATAKE) Premissas: 2) Dadas nossas deficiências estruturais (e falta de protagonismo), o que tem restado a este ecossistema é “plugar” na globalização da indústria de transformação e “cooperar” com a internacionalização do P&D corporativo;
  • 48. O papel e a distribuição de competências do Advanced Technology Addictive Knowledge Ecosystem (ATAKE) Premissas: 3) O que hoje interessa a este ecossistema é “agregar valor” de modo que fatias dos “bolos” da globalização da indústria de transformação e da internacionalização do P&D corporativo fiquem aqui no Brasil.
  • 49. O quê precisamos fazer? • Precisamos sair da “agenda defensiva” (“BEKE”) e avançar para uma “agenda ofensiva” (“ATAKE”); • Precisamos reconhecer que o que estamos fazendo até então pode ser transformado em uma “agenda ofensiva”; • Precisamos “catequisar” esta “agenda ofensiva”.
  • 50. Como fazer? • Em primeiro lugar, precisamos criar e popularizar os novos (nossos ou não) paradigmas/metodologias tecnoeconômicos de reflexão: Ex: a Trindade Essencial (Ecossistema + Plataforma + Arquitetura); a Equação do E-Trabalho (Crowdsourcing + Cloudsourcing = Online Labor Markets) e outros;
  • 51. A “Trindade Essencial” Ecossistema Arquitetura Plataforma
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  • 54. 2012
  • 56. Pisano, Gary P. and Willy C. Shin (2012). “Does America Really Need Manufacturing?” Harvard Business Review. March.
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  • 63. Como fazer? • Em segundo lugar, precisamos olhar com cautela “certos nacionalismos” que se manifestam através de políticas de “conteúdo nacional” (pré- sal, certificados, etc.) e arroubos de “estatismo”; • Em terceiro lugar, diminuir o excesso de burocracia (que só agrega custos de transação): editais de inovação; legislações complexas (Decreto No 7.174, Lei No
  • 64. 13 de junho 2011
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  • 68. Fatores que concorrem para acreditar que a Indústria de Transformação -ITr ainda importa • A globalização da ITr contribui para a emergência da nova classe média global; • A proliferação do livre comércio ajuda a abrir a porta para rápida globalização da ITr; • O exponencial crescimento da infraestrutura digital está expandindo oportunidades para novos entrantes e aumentando a pressão para as firmas existentes;
  • 69. Fatores que concorrem para acreditar que a Indústria de Transformação -ITr ainda importa • Grandes empresas da ITr estão perdendo suas posições de liderança a uma taxa crescente; • A proliferação do comércio e acesso global à tecnologia digital têm sido os motores chave da expansão e desagregação das cadeias de suprimento de hoje;
  • 70. Fatores que concorrem para acreditar que a Indústria de Transformação -ITr ainda importa • O protecionismo cresceu em resposta à crise econômica global e pressão política; • À medida que o comércio expandiu e as cadeias de suprimentos se desagregaram, países e empresas estão crescentemente expostos à volatilidade da moeda; • A arbitragem das taxas de trabalho está desaparecendo.
  • 71. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • A infraestrutura necessária para possibilitar a ITr florescer e contribuir para o crescimento do emprego crescerá em importância e sofisticação e será desafiadora para países desenvolverem e se manterem;
  • 72. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • A competição entre nações para atrair IDE – Investimento Direto Estrangeiro crescerá dramaticamente, elevando os stakes para países e complicando os processos de decisão para as empresas;
  • 73. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • A crescente competição por recursos materiais e escassez alterarão fundamentalmente as estratégias de recursos dos países e empresas, e servirão como catalizadores para avanços significativos em ciências dos
  • 74. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • Estratégias de energia limpa suportáveis e políticas efetivas de energia irão ser uma prioridade para industriais e fazedores de políticas, e servirão como um importante diferenciador de países e empresas altamente
  • 75. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • A habilidade de inovar, a um passo acelerado, será a mais importante capacidade diferenciando o sucessor de países e empresas no futuro; • Capital humano talentoso será o recurso mais crítico diferenciando a prosperidade de países e empresas;
  • 76. A Competição Futura: Recursos, Capacidades e Política Pública • O uso estratégico de política pública para possibilitar desenvolvimento econômico intensificará resultando numa competição entre nações por efetividade de política, colocando um prêmio na colaboração entre fazedores de políticas e líderes empresariais para criação de resultados win-win;
  • 77. Em resumo, o Brasil representa 3% do PIB Mundial. Precisamos olhar para o mercado dos “97% restantes”. Se não começarmos a pensar assim, os “globalizadores” continuarão a fazer o papel deles ...
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82. Obrigado! Perguntas José Carlos Cavalcanti http://jccavalcanti.wordpress.com http://www.creativante.com.br http://twitter.com/jccavalcanti cavalcanti.jc@gmail.com