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História da Computação
22 de Setembro de 2008
Conteúdo
I Sobre essa apostila 2
II Informações Básicas 4
III GNU Free Documentation License 9
IV História da Computação 18
1 Sobre a Computação 19
2 Plano de ensino 20
2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3 Introdução 23
4 Máquina de Cartões Perfurados 25
5 Breve História da Internet 35
1
Parte I
Sobre essa apostila
2
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
Conteúdo
O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in-
ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br.
O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença
GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de
mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial).
A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC (suporte@cdtc.org.br), desde outubro
de 2006. Criticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo.
Autores
A autoria deste conteúdo, atividades e avaliações é de responsabilidade de Júlio Cesar Júnior
(julio@cdtc.org.br) .
O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnolgia e Conhecimento, que vem
sendo realizado pelo ITI em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjunto
com as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiando
inclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no país.
Informações adicionais podem ser obtidas atréves do email ouvidoria@cdtc.org.br, ou da
home page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br.
Garantias
O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi-
lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam
direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido.
Licença
Copyright ©2006,Júlio Cesar Júnior (julio@cdtc.org.br) .
Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms
of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by
the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-
TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation
License.
3
Parte II
Informações Básicas
4
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
Sobre o CDTC
Objetivo Geral
O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina-
ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do
desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.
Objetivo Específico
Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e
de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os
servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado
nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios
de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo
treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários,
criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como
incentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe-
recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de
produtos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros
(dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-
dutos de software livre.
Guia do aluno
Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece
seu curso. São elas:
• Licenças para cópia de material disponível
• Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância
• Como participar dos fóruns e da wikipédia
• Primeiros passos
É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o
roteiro acima.
Licença
Copyright ©2006, Júlio Cesar Júnior (julio@cdtc.org.br) .
5
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos
da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior
publicada pela Free Software Foundation; com o Capítulo Invariante SOBRE ESSA
APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-
mentação Livre GNU".
Os 10 mandamentos do aluno de educação online
• 1. Acesso a Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é
pré-requisito para a participação nos cursos a distância.
• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá-
tica é necessário para poder executar as tarefas.
• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-
cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,
dos colegas e dos professores.
• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus
colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.
• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão
e a sua recuperação de materiais.
• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e
realizá-las em tempo real.
• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.
• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário a mudança tecnológica, aprendizagens
e descobertas.
• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é
ponto-chave na comunicação pela Internet.
• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não
controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.
Como participar dos fóruns e Wikipédia
Você tem um problema e precisa de ajuda?
Podemos te ajudar de 2 formas:
A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:
O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações
que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a
6
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que
interesse ao grupo, favor postá-la aqui.
Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do
curso, é recomendado que você faça uso do Fórum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais
efetivos para esta prática.
. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo
para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas
a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem
ajudar.
Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a
formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico
é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.
A segunda forma se dá pelas Wikis:
Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-
ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem
ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um
ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-
dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por
pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:
• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/
Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!
Primeiros Passos
Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:
• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;
• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das
ferramentas básicas do mesmo;
• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;
• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.
Perfil do Tutor
Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.
O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos
valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as
idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.
7
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,
para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor
ou instrutor:
• fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá
utilizar;
• gosta que lhe façam perguntas adicionais;
• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por-
que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;
• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um
reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de
ameaça e de nervosismo’)
• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;
• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;
• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;
• é flexível quando necessário;
• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,
talvez numa fase menos interessante para o tutor);
• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;
• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;
8
Parte III
GNU Free Documentation License
9
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
(Traduzido pelo João S. O. Bueno através do CIPSGA em 2001)
Esta é uma tradução não oficial da Licençaa de Documentação Livre GNU em Português
Brasileiro. Ela não é publicada pela Free Software Foundation, e não se aplica legalmente a dis-
tribuição de textos que usem a GFDL - apenas o texto original em Inglês da GNU FDL faz isso.
Entretanto, nós esperamos que esta tradução ajude falantes de português a entenderem melhor
a GFDL.
This is an unofficial translation of the GNU General Documentation License into Brazilian Por-
tuguese. It was not published by the Free Software Foundation, and does not legally state the
distribution terms for software that uses the GFDL–only the original English text of the GFDL does
that. However, we hope that this translation will help Portuguese speakers understand the GFDL
better.
Licença de Documentação Livre GNU Versão 1.1, Março de 2000
Copyright (C) 2000 Free Software Foundation, Inc.
59 Temple Place, Suite 330, Boston, MA 02111-1307 USA
É permitido a qualquer um copiar e distribuir cópias exatas deste documento de licença, mas
não é permitido alterá-lo.
INTRODUÇÃO
O propósito desta Licença é deixar um manual, livro-texto ou outro documento escrito "livre"no
sentido de liberdade: assegurar a qualquer um a efetiva liberdade de copiá-lo ou redistribui-lo,
com ou sem modificações, comercialmente ou não. Secundariamente, esta Licença mantém
para o autor e editor uma forma de ter crédito por seu trabalho, sem ser considerado responsável
pelas modificações feitas por terceiros.
Esta Licença é um tipo de "copyleft"("direitos revertidos"), o que significa que derivações do
documento precisam ser livres no mesmo sentido. Ela complementa a GNU Licença Pública Ge-
ral (GNU GPL), que é um copyleft para software livre.
Nós fizemos esta Licença para que seja usada em manuais de software livre, por que software
livre precisa de documentação livre: um programa livre deve ser acompanhado de manuais que
provenham as mesmas liberdades que o software possui. Mas esta Licença não está restrita a
manuais de software; ela pode ser usada para qualquer trabalho em texto, independentemente
do assunto ou se ele é publicado como um livro impresso. Nós recomendamos esta Licença prin-
cipalmente para trabalhos cujo propósito seja de introdução ou referência.
APLICABILIDADE E DEFINIÇÕES
Esta Licença se aplica a qualquer manual ou outro texto que contenha uma nota colocada pelo
detentor dos direitos autorais dizendo que ele pode ser distribuído sob os termos desta Licença.
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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
O "Documento"abaixo se refere a qualquer manual ou texto. Qualquer pessoa do público é um
licenciado e é referida como "você".
Uma "Versão Modificada"do Documento se refere a qualquer trabalho contendo o documento
ou uma parte dele, quer copiada exatamente, quer com modificações e/ou traduzida em outra
língua.
Uma "Seção Secundária"é um apêndice ou uma seção inicial do Documento que trata ex-
clusivamente da relação dos editores ou dos autores do Documento com o assunto geral do
Documento (ou assuntos relacionados) e não contém nada que poderia ser incluído diretamente
nesse assunto geral (Por exemplo, se o Documento é em parte um livro texto de matemática, a
Seção Secundária pode não explicar nada de matemática).
Essa relação poderia ser uma questão de ligação histórica com o assunto, ou matérias relaci-
onadas, ou de posições legais, comerciais, filosóficas, éticas ou políticas relacionadas ao mesmo.
As "Seções Invariantes"são certas Seções Secundárias cujos títulos são designados, como
sendo de Seções Invariantes, na nota que diz que o Documento é publicado sob esta Licença.
Os "Textos de Capa"são certos trechos curtos de texto que são listados, como Textos de Capa
Frontal ou Textos da Quarta Capa, na nota que diz que o texto é publicado sob esta Licença.
Uma cópia "Transparente"do Documento significa uma cópia que pode ser lida automatica-
mente, representada num formato cuja especificação esteja disponível ao público geral, cujos
conteúdos possam ser vistos e editados diretamente e sem mecanismos especiais com editores
de texto genéricos ou (para imagens compostas de pixels) programas de pintura genéricos ou
(para desenhos) por algum editor de desenhos grandemente difundido, e que seja passível de
servir como entrada a formatadores de texto ou para tradução automática para uma variedade
de formatos que sirvam de entrada para formatadores de texto. Uma cópia feita em um formato
de arquivo outrossim Transparente cuja constituição tenha sido projetada para atrapalhar ou de-
sencorajar modificações subsequentes pelos leitores não é Transparente. Uma cópia que não é
"Transparente"é chamada de "Opaca".
Exemplos de formatos que podem ser usados para cópias Transparentes incluem ASCII sim-
ples sem marcações, formato de entrada do Texinfo, formato de entrada do LaTex, SGML ou XML
usando uma DTD disponibilizada publicamente, e HTML simples, compatível com os padrões, e
projetado para ser modificado por pessoas. Formatos opacos incluem PostScript, PDF, formatos
proprietários que podem ser lidos e editados apenas com processadores de texto proprietários,
SGML ou XML para os quais a DTD e/ou ferramentas de processamento e edição não estejam
disponíveis para o público, e HTML gerado automaticamente por alguns editores de texto com
finalidade apenas de saída.
A "Página do Título"significa, para um livro impresso, a página do título propriamente dita,
mais quaisquer páginas subsequentes quantas forem necessárias para conter, de forma legível,
o material que esta Licença requer que apareça na página do título. Para trabalhos que não
tenham uma página do título, "Página do Título"significa o texto próximo da aparição mais proe-
minente do título do trabalho, precedendo o início do corpo do texto.
11
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
FAZENDO CÓPIAS EXATAS
Você pode copiar e distribuir o Documento em qualquer meio, de forma comercial ou não
comercial, desde que esta Licença, as notas de copyright, e a nota de licença dizendo que esta
Licença se aplica ao documento estejam reproduzidas em todas as cópias, e que você não acres-
cente nenhuma outra condição, quaisquer que sejam, às desta Licença.
Você não pode usar medidas técnicas para obstruir ou controlar a leitura ou confecção de
cópias subsequentes das cópias que você fizer ou distribuir. Entretanto, você pode aceitar com-
pensação em troca de cópias. Se você distribuir uma quantidade grande o suficiente de cópias,
você também precisa respeitar as condições da seção 3.
Você também pode emprestar cópias, sob as mesmas condições colocadas acima, e também
pode exibir cópias publicamente.
FAZENDO CÓPIAS EM QUANTIDADE
Se você publicar cópias do Documento em número maior que 100, e a nota de licença do
Documento obrigar Textos de Capa, você precisará incluir as cópias em capas que tragam, clara
e legivelmente, todos esses Textos de Capa: Textos de Capa da Frente na capa da frente, e
Textos da Quarta Capa na capa de trás. Ambas as capas também precisam identificar clara e
legivelmente você como o editor dessas cópias. A capa da frente precisa apresentar o titulo com-
pleto com todas as palavras do título igualmente proeminentes e visíveis. Você pode adicionar
outros materiais às capas. Fazer cópias com modificações limitadas às capas, tanto quanto estas
preservem o título do documento e satisfaçam a essas condições, pode ser tratado como cópia
exata em outros aspectos.
Se os textos requeridos em qualquer das capas for muito volumoso para caber de forma
legível, você deve colocar os primeiros (tantos quantos couberem de forma razoável) na capa
verdadeira, e continuar os outros nas páginas adjacentes.
Se você publicar ou distribuir cópias Opacas do Documento em número maior que 100, você
precisa ou incluir uma cópia Transparente que possa ser lida automaticamente com cada cópia
Opaca, ou informar, em ou com, cada cópia Opaca a localização de uma cópia Transparente
completa do Documento acessível publicamente em uma rede de computadores, a qual o público
usuário de redes tenha acesso a download gratuito e anônimo utilizando padrões públicos de
protocolos de rede. Se você utilizar o segundo método, você precisará tomar cuidados razoavel-
mente prudentes, quando iniciar a distribuição de cópias Opacas em quantidade, para assegurar
que esta cópia Transparente vai permanecer acessível desta forma na localização especificada
por pelo menos um ano depois da última vez em que você distribuir uma cópia Opaca (direta-
mente ou através de seus agentes ou distribuidores) daquela edição para o público.
É pedido, mas não é obrigatório, que você contate os autores do Documento bem antes de
redistribuir qualquer grande número de cópias, para lhes dar uma oportunidade de prover você
com uma versão atualizada do Documento.
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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
MODIFICAÇÕES
Você pode copiar e distribuir uma Versão Modificada do Documento sob as condições das se-
ções 2 e 3 acima, desde que você publique a Versão Modificada estritamente sob esta Licença,
com a Versão Modificada tomando o papel do Documento, de forma a licenciar a distribuição
e modificação da Versão Modificada para quem quer que possua uma cópia da mesma. Além
disso, você precisa fazer o seguinte na versão modificada:
A. Usar na Página de Título (e nas capas, se houver alguma) um título distinto daquele do Do-
cumento, e daqueles de versões anteriores (que deveriam, se houvesse algum, estarem listados
na seção "Histórico do Documento"). Você pode usar o mesmo título de uma versão anterior se
o editor original daquela versão lhe der permissão;
B. Listar na Página de Título, como autores, uma ou mais das pessoas ou entidades responsá-
veis pela autoria das modificações na Versão Modificada, conjuntamente com pelo menos cinco
dos autores principais do Documento (todos os seus autores principais, se ele tiver menos que
cinco);
C. Colocar na Página de Título o nome do editor da Versão Modificada, como o editor;
D. Preservar todas as notas de copyright do Documento;
E. Adicionar uma nota de copyright apropriada para suas próprias modificações adjacente às
outras notas de copyright;
F. Incluir, imediatamente depois das notas de copyright, uma nota de licença dando ao público
o direito de usar a Versão Modificada sob os termos desta Licença, na forma mostrada no tópico
abaixo;
G. Preservar nessa nota de licença as listas completas das Seções Invariantes e os Textos de
Capa requeridos dados na nota de licença do Documento;
H. Incluir uma cópia inalterada desta Licença;
I. Preservar a seção entitulada "Histórico", e seu título, e adicionar à mesma um item dizendo
pelo menos o título, ano, novos autores e editor da Versão Modificada como dados na Página de
Título. Se não houver uma sessão denominada "Histórico"no Documento, criar uma dizendo o
título, ano, autores, e editor do Documento como dados em sua Página de Título, então adicionar
um item descrevendo a Versão Modificada, tal como descrito na sentença anterior;
J. Preservar o endereço de rede, se algum, dado no Documento para acesso público a uma
cópia Transparente do Documento, e da mesma forma, as localizações de rede dadas no Docu-
mento para as versões anteriores em que ele foi baseado. Elas podem ser colocadas na seção
"Histórico". Você pode omitir uma localização na rede para um trabalho que tenha sido publicado
pelo menos quatro anos antes do Documento, ou se o editor original da versão a que ela se refira
der sua permissão;
K. Em qualquer seção entitulada "Agradecimentos"ou "Dedicatórias", preservar o título da
13
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF
seção e preservar a seção em toda substância e fim de cada um dos agradecimentos de contri-
buidores e/ou dedicatórias dados;
L. Preservar todas as Seções Invariantes do Documento, inalteradas em seus textos ou em
seus títulos. Números de seção ou equivalentes não são considerados parte dos títulos da seção;
M. Apagar qualquer seção entitulada "Endossos". Tal sessão não pode ser incluída na Versão
Modificada;
N. Não reentitular qualquer seção existente com o título "Endossos"ou com qualquer outro
título dado a uma Seção Invariante.
Se a Versão Modificada incluir novas seções iniciais ou apêndices que se qualifiquem como
Seções Secundárias e não contenham nenhum material copiado do Documento, você pode optar
por designar alguma ou todas aquelas seções como invariantes. Para fazer isso, adicione seus
títulos à lista de Seções Invariantes na nota de licença da Versão Modificada. Esses títulos preci-
sam ser diferentes de qualquer outro título de seção.
Você pode adicionar uma seção entitulada "Endossos", desde que ela não contenha qual-
quer coisa além de endossos da sua Versão Modificada por várias pessoas ou entidades - por
exemplo, declarações de revisores ou de que o texto foi aprovado por uma organização como a
definição oficial de um padrão.
Você pode adicionar uma passagem de até cinco palavras como um Texto de Capa da Frente
, e uma passagem de até 25 palavras como um Texto de Quarta Capa, ao final da lista de Textos
de Capa na Versão Modificada. Somente uma passagem de Texto da Capa da Frente e uma de
Texto da Quarta Capa podem ser adicionados por (ou por acordos feitos por) qualquer entidade.
Se o Documento já incluir um texto de capa para a mesma capa, adicionado previamente por
você ou por acordo feito com alguma entidade para a qual você esteja agindo, você não pode
adicionar um outro; mas você pode trocar o antigo, com permissão explícita do editor anterior que
adicionou a passagem antiga.
O(s) autor(es) e editor(es) do Documento não dão permissão por esta Licença para que seus
nomes sejam usados para publicidade ou para assegurar ou implicar endossamento de qualquer
Versão Modificada.
COMBINANDO DOCUMENTOS
Você pode combinar o Documento com outros documentos publicados sob esta Licença, sob
os termos definidos na seção 4 acima para versões modificadas, desde que você inclua na com-
binação todas as Seções Invariantes de todos os documentos originais, sem modificações, e liste
todas elas como Seções Invariantes de seu trabalho combinado em sua nota de licença.
O trabalho combinado precisa conter apenas uma cópia desta Licença, e Seções Invariantes
Idênticas com multiplas ocorrências podem ser substituídas por apenas uma cópia. Se houver
múltiplas Seções Invariantes com o mesmo nome mas com conteúdos distintos, faça o título de
14
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cada seção único adicionando ao final do mesmo, em parênteses, o nome do autor ou editor
origianl daquela seção, se for conhecido, ou um número que seja único. Faça o mesmo ajuste
nos títulos de seção na lista de Seções Invariantes nota de licença do trabalho combinado.
Na combinação, você precisa combinar quaisquer seções entituladas "Histórico"dos diver-
sos documentos originais, formando uma seção entitulada "Histórico"; da mesma forma combine
quaisquer seções entituladas "Agradecimentos", ou "Dedicatórias". Você precisa apagar todas as
seções entituladas como "Endosso".
COLETÂNEAS DE DOCUMENTOS
Você pode fazer uma coletânea consitindo do Documento e outros documentos publicados
sob esta Licença, e substituir as cópias individuais desta Licença nos vários documentos com
uma única cópia incluida na coletânea, desde que você siga as regras desta Licença para cópia
exata de cada um dos Documentos em todos os outros aspectos.
Você pode extrair um único documento de tal coletânea, e distribuí-lo individualmente sob
esta Licença, desde que você insira uma cópia desta Licença no documento extraído, e siga esta
Licença em todos os outros aspectos relacionados à cópia exata daquele documento.
AGREGAÇÃO COM TRABALHOS INDEPENDENTES
Uma compilação do Documento ou derivados dele com outros trabalhos ou documentos se-
parados e independentes, em um volume ou mídia de distribuição, não conta como uma Ver-
são Modificada do Documento, desde que nenhum copyright de compilação seja reclamado pela
compilação. Tal compilação é chamada um "agregado", e esta Licença não se aplica aos outros
trabalhos auto-contidos compilados junto com o Documento, só por conta de terem sido assim
compilados, e eles não são trabalhos derivados do Documento.
Se o requerido para o Texto de Capa na seção 3 for aplicável a essas cópias do Documento,
então, se o Documento constituir menos de um quarto de todo o agregado, os Textos de Capa
do Documento podem ser colocados em capas adjacentes ao Documento dentro do agregado.
Senão eles precisarão aparecer nas capas de todo o agregado.
TRADUÇÃO
Tradução é considerada como um tipo de modificação, então você pode distribuir traduções
do Documento sob os termos da seção 4. A substituição de Seções Invariantes por traduções
requer uma permissão especial dos detentores do copyright das mesmas, mas você pode incluir
traduções de algumas ou de todas as Seções Invariantes em adição às versões orignais dessas
Seções Invariantes. Você pode incluir uma tradução desta Licença desde que você também in-
clua a versão original em Inglês desta Licença. No caso de discordância entre a tradução e a
15
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versão original em Inglês desta Licença, a versão original em Inglês prevalecerá.
TÉRMINO
Você não pode copiar, modificar, sublicenciar, ou distribuir o Documento exceto como expres-
samente especificado sob esta Licença. Qualquer outra tentativa de copiar, modificar, sublicen-
ciar, ou distribuir o Documento é nula, e resultará automaticamente no término de seus direitos
sob esta Licença. Entretanto, terceiros que tenham recebido cópias, ou direitos de você sob esta
Licença não terão suas licenças terminadas, tanto quanto esses terceiros permaneçam em total
acordo com esta Licença.
REVISÕES FUTURAS DESTA LICENÇA
A Free Software Foundation pode publicar novas versões revisadas da Licença de Documen-
tação Livre GNU de tempos em tempos. Tais novas versões serão similares em espirito à versão
presente, mas podem diferir em detalhes ao abordarem novos porblemas e preocupações. Veja
http://www.gnu.org/copyleft/.
A cada versão da Licença é dado um número de versão distinto. Se o Documento especificar
que uma versão particular desta Licença "ou qualquer versão posterior"se aplica ao mesmo, você
tem a opção de seguir os termos e condições daquela versão específica, ou de qualquer versão
posterior que tenha sido publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation. Se o
Documento não especificar um número de Versão desta Licença, você pode escolher qualquer
versão já publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation.
ADENDO: Como usar esta Licença para seus documentos
Para usar esta Licença num documento que você escreveu, inclua uma cópia desta Licença
no documento e ponha as seguintes notas de copyright e licenças logo após a página de título:
Copyright (c) ANO SEU NOME.
É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença
de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Soft-
ware Foundation; com as Seções Invariantes sendo LISTE SEUS TÍTULOS, com os Textos da
Capa da Frente sendo LISTE, e com os Textos da Quarta-Capa sendo LISTE. Uma cópia da li-
cença está inclusa na seção entitulada "Licença de Documentação Livre GNU".
Se você não tiver nenhuma Seção Invariante, escreva "sem Seções Invariantes"ao invés de
dizer quais são invariantes. Se você não tiver Textos de Capa da Frente, escreva "sem Textos de
Capa da Frente"ao invés de "com os Textos de Capa da Frente sendo LISTE"; o mesmo para os
Textos da Quarta Capa.
Se o seu documento contiver exemplos não triviais de código de programas, nós recomenda-
mos a publicação desses exemplos em paralelo sob a sua escolha de licença de software livre,
16
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tal como a GNU General Public License, para permitir o seu uso em software livre.
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Parte IV
História da Computação
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Capítulo 1
Sobre a Computação
O desenvolvimento da tecnologia da computação foi a união de várias áreas do conhecimento
humano, dentre as quais: a matemática, a eletrônica digital, a lógica de programação, entre ou-
tras. Faremos aqui uma exposição das principais idéias que levaram a computação aos níveis
tecnológicos atuais.
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Capítulo 2
Plano de ensino
2.1 Objetivo
Expor brevemente a história de como os computadores chegaram a ser o que são hoje.
2.2 Público Alvo
Qualquer indivíduo que tenha interesse em saber como a Computação e Informática evoluí-
ram.
2.3 Pré-requisitos
Nenhum.
2.4 Descrição
O curso de História da Computação será realizado na modalidade EAD e utilizará a plata-
forma Moodle como ferramenta de aprendizagem. Ele é composto de um módulo de aprendizado
que será dado na primeira semana e um módulo de avaliação que será dado na segunda se-
mana. O material didático estará disponível on-line de acordo com as datas pré-estabelecidas no
calendário.
2.5 Metodologia
O curso está dividido da seguinte maneira:
2.6 Cronograma
• Introdução;
• Máquina de Cartões Perfurados;
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• O Primeiro Computador;
• Arquiteturas;
• Breve História da Internet;
• Avaliação de aprendizagem;
• Avaliação do curso;
As lições contém o conteúdo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes forem ne-
cessárias, desde que esteja dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você receberá
uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cada lição,
pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição for menor
do que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição.
Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das lições
quanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveis
para que possam ser consultados durante a avaliação final.
Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de
Ensino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.
Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser
enviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.
2.7 Programa
O curso História da Computação oferecerá o seguinte conteúdo:
• Introdução;
• Máquina de Cartões Perfurados;
• O Primeiro Computador;
• Arquiteturas;
• Breve História da Internet.
2.8 Avaliação
Toda a avaliação será feita on-line.
Aspectos a serem considerados na avaliação:
• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento;
• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados.
Instrumentos de avaliação:
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• Participação ativa nas atividades programadas.
• Avaliação ao final do curso.
• O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e
obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo
com a fórmula abaixo:
• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições
• AF = Avaliações
2.9 Bibliografia
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22
Capítulo 3
Introdução
Apesar dos computadores eletrônicos terem efetivamente aparecido somente na década de
40, os fundamentos em que se baseiam remontam a centenas ou até mesmo milhares de anos.
Levando em conta que o têrmo COMPUTAR, significa fazer cálculos, contar, efetuar operações
aritméticas, COMPUTADOR seria então o mecanismo ou máquina que auxilia essa tarefa, com
vantagens no tempo gasto e na precisão. Inicialmente o homem utilizou seus próprios dedos para
essa tarefa, dando origem ao sistema DECIMAL e aos termos DIGITAL e DIGITO. Para auxílio
deste método, eram usados gravetos, contas ou marcas na parede.
A partir do momento que o homem pré-histórico trocou seus hábitos nômades por aldeias e tri-
bos fixas, desenvolvendo a lavoura, tornou-se necessário um método para a contagem do tempo,
delimitando as épocas de plantio e colheita.
Tábuas de argila foram desenterradas por arqueólogos no Oriente Médio, próximo à Babilônia,
contendo tabuadas de multiplicação e recíprocos, acredita-se que tenham sido escritas por volta
de 1700 a.C. e usavam o sistema sexagesimal (base 60), dando origem às nossas atuais unida-
des de tempo.
Diz-se muito no dia a dia que vivemos na era da informação. Mas o que significa informação?
Informação significa fatos: é o tipo de coisa presente em livros, que pode ser expressa em pa-
lavras ou imagens. A informação pode portanto vir em várias formas: verbal, visual, por ondas,
etc...
Em computação, a definição atual é dada por Claude Shannon (1916-2001):
"A informação está presente sempre que um sinal é transmitido de um lugar para outro."
Desde os primórdios da humanidade, as formas de vida vem aperfeiçoando sua capacidade de
processamento da informação. Com a evolução, surgiram as palavras e as regras para combiná-
las: as leis da gramática e da lógica.
A capacidade do ser humano em calcular quantidades nos mais variados modos foi um dos
fatores que possibilitaram o desenvolvimento da matemática e da lógica. Nos primórdios da ma-
temática e da álgebra, como já foi dito, utilizavam-se os dedos das mãos para efetuar cálculos.
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Na região do Mar Mediterrâneo, surgiram o alfabeto e o ábaco. O ábaco dos romanos consistia de
bolinhas de mármore que deslizavam numa placa de bronze cheia de sulcos. Também surgiram
alguns termos matemáticos: em latim "Calx"significa mármore, assim "Calculos"era uma bolinha
do ábaco, e fazer cálculos aritméticos era "Calculare".
A primeira considerada máquina de calcular foi desenvolvida por Wilhelm Schickard em 1592.
Ela fazia multiplicação e divisão, mas foi perdida durante a Guerra dos Trinta Anos. A primeira
calculadora capaz de realizar as operações básicas de soma e subtração foi inventada em 1642
pelo filósofo, físico e matemático francês Blaise Pascal. Pascal, que aos 18 anos trabalhava com
seu pai em um escritório de coleta de impostos na cidade de Rouen, desenvolveu a máquina
para auxiliar o seu trabalho de contabilidade. A calculadora usava engrenagens que a faziam
funcionar de maneira similar a um odômetro. Pascal recebeu uma patente do rei da França para
que lançasse sua máquina no comércio. A comercialização de suas calculadoras não foi satisfa-
tória devido a seu funcionamento pouco confiável, apesar de Pascal ter construído cerca de 50
versões.
Em 1671, o filósofo e matemático alemão de Leipzig,Gottfried Wilhelm Leibniz introduziu o con-
ceito de realizar multiplicações e divisões através de adições e subtrações sucessivas. Em 1694,
a máquina foi construída, no entanto, sua operação apresentava muita dificuldade e sujeita a er-
ros.
Em 1820, o francês natural de Paris, Charles Xavier Thomas, conhecido como Thomas de Col-
mar,projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4 operações aritméticas básicas: a
Arithmomet. Esta foi a primeira calculadora realmente comercializada com sucesso. Ela fazia
multiplicações com o mesmo princípio da calculadora de Leibnitz e efetuava as divisões com a
assistência do usuário.
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Capítulo 4
Máquina de Cartões Perfurados
Durante a Revolução Industrial...
Em 1801, na França, durante a Revolução Industrial, Joseph Marie Jacquard, mecânico fran-
cês, (1752-1834) inventou um tear mecânico controlado por grandes cartões perfurados. Sua
máquina era capaz de produzir tecidos com desenhos bonitos e intrincados. Foi tamanho o su-
cesso que Jacquard foi quase morto quando levou o tear para Lyon, pois as pessoas tinham medo
de perder o emprego. Em sete anos, já havia 11 mil teares desse tipo operando na França.
Babbage e Ada
O brilhante matemático inglês Charles Babbage (26 de dezembro de 1791 - 18 de outubro de
1871) é conhecido como o "Pai do Computador". Babbage projetou o chamado "Calculador Ana-
lítico", muito próximo da concepção de um computador atual.
O projeto, totalmente mecânico, era composto de uma memória, um engenho central, engre-
nagens e alavancas usadas para a transferência de dados da memória para o engenho central
e dispositivos para entrada e saída de dados. O calculador utilizaria cartões perfurados e seria
automático.
Por algum tempo, o governo britânico financiou Babbage para construir a sua invenção.
Em parceria com Charles Babbage, Ada Augusta (1815-1852) ou Lady Lovelace, filha do poeta
Lord Byron, era matemática amadora entusiasta. Ela se tornou a pioneira da lógica de progra-
mação, escrevendo séries de instruções para o calculador analítico. Ada inventou o conceito de
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subrotina, descobriu o valor das repetições - os laços (loops) e iniciou o desenvolvimento do des-
vio condicional.
Babbage teve muitas dificuldades com a tecnologia da época, que era inadequada para se cons-
truir componentes mecânicos com a precisão necessária. Com a suspensão do financiamento
por parte do governo britânico, Babbage e Ada utilizaram a fortuna da família Byron até a falência,
sem que pudessem concluir o projeto, e assim o calculador analítico nunca foi construído.
A lógica booleana
As máquinas do início do século XIX utilizavam base decimal (0 a 9), mas foram encontradas
dificuldades em implementar um dígito decimal em componentes eletrônicos, pois qualquer vari-
ação provocada por um ruído causaria erros de cálculo consideráveis.
O matemático inglês George Boole (1815-1864) publicou em 1854 os princípios da lógica bo-
oleana, onde as variáveis assumem apenas valores 0 e 1 (verdadeiro e falso), que passou a ser
utilizada a partir do início do século XX.
Hollerith e sua máquina de perfurar cartões
Por volta de 1890, Dr. Herman Hollerith (1860-1929) foi o responsável por uma grande mudança
na maneira de se processar os dados dos censos da época.
Os dados do censo de 1880, manualmente processados, levaram 7 anos e meio para serem
compilados. Os do censo de 1890 foram processados em 2 anos e meio, com a ajuda de uma
máquina de perfurar cartões e máquinas de tabular e ordenar, criadas por Hollerith e sua equipe.
As informações sobre os indivíduos eram armazenadas por meio de perfurações em locais espe-
cíficos do cartão. Nas máquinas de tabular, um pino passava pelo furo e chegava a uma jarra de
mercúrio, fechando um circuito elétrico e causando um incremento de 1 em um contador mecâ-
nico.
Mais tarde, Hollerith fundou uma companhia para produzir máquinas de tabulação. Anos de-
pois, em 1924, essa companhia veio a se chamar IBM.
O primeiro computador
Há uma grande polêmica em torno do primeiro computador. O Z-1 é considerado por muitos como
o primeiro computador eletromecânico. Ele usava relés e foi construído pelo alemão Konrad Zuse
(1910-1995) em 1936. Zuse tentou vendê-lo ao governo para uso militar, mas foi subestimado
pelos nazistas, que não se interessaram pela máquina.
Com a II Guerra Mundial, as pesquisas aumentaram nessa área. Nos Estados Unidos, a Ma-
rinha, em conjunto com a Universidade de Harvard e a IBM, construiu em 1944 o Mark I, um gi-
gante eletromagnético. Num certo sentido, essa máquina era a realização do projeto de Babbage.
Em segredo, o exército norte-americano também desenvolvia seu computador. Esse usava ape-
nas válvulas e tinha por objetivo calcular as trajetórias de mísseis com maior precisão.
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O engenheiro John Presper Eckert (1919-1995) e o físico John Mauchly (1907-1980) projetaram
o ENIAC: Eletronic Numeric Integrator And Calculator. Com 18 000 válvulas, o ENIAC conseguia
fazer 500 multiplicações por segundo, porém só ficou pronto em 1946, vários meses após o final
da guerra. Os custos para a manutenção e conservação do ENIAC eram proibitivos, pois deze-
nas a centenas de válvulas queimavam a cada hora e o calor gerado por elas necessitava ser
controlado por um complexo sistema de refrigeração, além dos gastos elevadíssimos de energia
elétrica.
Mark I e ENIAC
Com a segunda guerra mundial, se iniciaram várias pesquisas na área da informática, os pi-
oneiros foram os Americanos com duas invensões que deixaram suas marcas na história, os
famosos Mark I e ENIAC.
Mark I foi construído em 1944 pela Marinha dos Estados Unidos em conjunto som a Universidade
de Harvard e a IBM, Mark era um verdadeiro monstro, ocupava cerca de 120 metros cúbicos e
utilizava milhares de relês.
Em conjunto com este projeto, o Exército americano estava desenvolvendo outro computa-
dor, o ENIAC (Eletronic Numeric Integrator And Calculator), este utilizava apenas a tecnologia
das válvulas e tinha como objetivo calcular a trajetória de mísseis com uma precisão maior. Com
18.000 válvulas, o ENIAC era capaz de fazer 500 multiplicações por segundo, mas este magnífico
invento só ficou pronto em 1946, meses depois do final da guerra.
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Podemos dizer que até hoje tivemos quatro gerações de computadores, dentre estras quatro
gerações, as três primeiras foram marcadas pela evolução dos componentes básicos do compu-
tador, e a última (quarta geração) fica marcada como um aperfeiçoamento da técnologia aplicada
desde os anos 70.
• 1. A primeira geração se deu entre as décadas de 40 e 50, usavam válvulas eletrônicas,
cabos e seus maiores problemas eram a velocidade e temperatura;
• 2. A segunda geração se deu entre as décadas de 50 e 60, onde o grande avanço foi
a substituição das válvulas pelos transistores e a troca dos cabos por placas de circuito
impresso, com isso, tiveram um grande ganho em velocidade, tamanho e custo;
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• 3. A terceira geração se deu entre as décadas de 60 e 70, o grande avanço desta geração
foi a implementação dos Circuitos Integrados (CI´s ou Chip´s), proporcionando uma maior
compactação, redução de custo e um grande salto com a velocidade de processamento de
dados, na ordem de microsegundos;
• 4. A quarta geração se estende desde a década de 70 até os dias atuais, onde se teve uma
otimização da técnologia já existente para os problemas do usuário, com isso, a ordem de
processamento de dados esta na ordem de nanosegundos;
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Com tantas pesquisas na área, foi inventado o transistor (segunda geração), um semicondutor
capaz de substituir as válvulas, trazendo grande melhora, pois os transistores são muito meno-
res, mais rápidos e duradouros, além de não terem mais o problema com super aquecimento e
consumo de energia, resolvendo assim problemas da época.
Com uma forte influência do programa espacial americano, durante a década de 60 (terceira ge-
ração), o desenvolvimento da eletrônica levou a construção dos famosos Chip´s ou CI´s ( um chip
ou CI nada mais é que um conjunto de transistores integrados numa única pastilha de silício),
podemos encontrar dezenas de milhares de transistores em um único chip de alguns milimetros
quadrados, este foi outro passo muito importante para o desenvolvimento da informática, essa
evolução possibilitou o surgimento dos microcomputadores, ainda muito maiores do que os atu-
ais mas muito menores do que os computadores da época.
Dentre as várias tecnologias de fabricação de CI´s, podemos citar:
• SSI ? Small Scale Integration ? usados para portas lógicas;
• MSI ? Medium Scale Integration ? um contador de 4 bits;
• LSI ? Large Scale Integration ? primeiros processadores, primeiras memórias RAM com
4Kbits;
• P-Canal-MOS ? Primeira técnologia MOS ? muito lenta;
• MOS ? Metal Oxide Semicondutor ? Tecnologia de semicondutores com elevada impedân-
cia de entrada e alto grau de integração;
• N-MOS ? Tecnologia MOS de canal N de alta velocidade;
• MOS ? Complementar Metal Oxide Semicondutor ? BIOS ? consome pouca energia;
• VLSI ? Very Large Scale Integration ? Tenologia utilizada nos processadores atuais;
O microprocessador
O primeiro microprocessador foi produzido em 1970 pela Intel (quarta geração) denominado de
4004, este utilizava a tecnologia LSI, funcionava a 108KHz, continha apenas 2300 transistores e
possuia o tamanho de uma unha;
Em 1972, mais uma vez a Intel lança outro processador, o 8008, este funcionava a 200KHz e
possui 3500 transistores;
Em 1974, a Intel lança o 8080, também chamado de Altair, este já funcionava a 2MHz e pos-
suia 6000 transistores, este era 10 vezes mais poderoso que o 8008, lançado anteriormente;
Em 1976, a Intel lança o 8085, esta funcionava a 5MHz e possuia 6500 transistores;
Em 1978, a Intel lança o 8086, que funcionava a 5, 8 e 10 MHz e possuia 29000 transistores,
este é capas de atingir uma performance 10 vezes maior que o 8080;
Em 1982, a Intel lança o 80286, que funcionava a 6, 10 e 12 MHz, este possui 134.000 tran-
sistores e possuia uma performance de 3 a 6 vezes melhor que o 8086;
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Em 1985, a Intel lança a linha 386DX, o primeiro a ser chamado de CPU, este funcionava a
16, 20, 25 e 33 MHz e contém 275.000 transistores;
Em 1989, é lançada a linha 486, que funcionavam a 25, 33 e 50 MHz e já possuiam 1,2 mi-
lhões de transistores, este era 50 vezes melhor que o 8088
Em 1993, é lançada a linha que continua no mercado até hoje, a linha Pentium, atualmente,
os processadores para a linha doméstica e escritórios estão trabalhando na casa de 3,2GHz.
O microprocessador, CPU ou processador como é mais conhecido, pode ser considerado como
o cérebro do computador, ele é capaz de realizar operações lógicas e aritméticas, transferência
de dados e todo o controle de comunicação do microcomputador.
O processador recebe os dados através de algum periférico de entrada, processa essas infor-
mações e depois as exibe e, algum periférico de saída, um bom exemplo disto é o simples fato
de digitar um texto, vejamos:
• O Teclado é um dispositivo de entrada, quando você digita alguma coisa, o processador
recebe essas informações as processa e depois as exibe;
• O Monitor é um dispositivo de saída, assim que o processador processa as informações de
entrada fornecidas pelo teclado ele as exibe no monitor de vídeo;
• Assim monta-se um ciclo de entrada e saída, Teclado ? Processador ? Monitor;
Alan Turing
Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, filho de um oficial britânico,
Julius Mathison e Ethel Sara Turing. Seu interesse pela ciência começou cedo, logo que apren-
deu a ler e escrever, distraia-se fatorando números de hinos religiosos e desenhando bicicletas
anfíbias. A maior parte do seu trabalho foi desenvolvido no serviço de espionagem, durante a II
Grande Guerra, levando-o somente por volta de 1975 a ser reconhecido como um dos grandes
pioneiros no campo da computação, Em 1928, Alan começou a estudar a Teoria da Relatividade,
conhecendo Christopher Morcom, que o influenciou profundamente. Morcom morreu em 1930 e
Alan se motivou a fazer o que o amigo não teve tempo, durante anos trocou correspondências
com a mãe de Morcom a respeito das idéias do amigo e se maravilhou com a possibilidade de
resolver problemas com a teoria mecânica quântica.Chegou inclusive a escrever sobre a possibi-
lidade do espirito sobreviver após a morte.
Depois de concluir o mestrado em King’s College (1935) e receber o Smith’s prize em 1936 com
um trabalho sobre a Teoria das Probabilidades, Turing se enveredou pela área da computação.
Sua preocupação era saber o que efetivamente a computação poderia fazer. As respostas vieram
sob a forma teórica, de uma máquina conhecida como Turing Universal Machine, que possibili-
tava calcular qualquer número e função, de acordo com instruções apropriadas.
Quando a II Guerra Mundial eclodiu, Turing foi trabalhar no Departamento de Comunicações
da Gran Bretanha (Government Code and Cypher School) em Buckinghamshire, com o intuito
de quebrar o código das comunicações alemãs, produzido por um tipo de computador chamado
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Enigma. Este código era constantemente trocado, obrigando os inimigos a tentar decodifica-lo
correndo contra o relógio. Turing e seus colegas cientistas trabalharam num sistema que foi cha-
mado de Colossus, um enorme emaranhado de servo-motores e metal, considerado um precursor
dos computadores digitais.
Durante a guerra, Turing foi enviado aos EUA a fim de estabelecer códigos seguros para co-
municações transatlânticas entre os aliados. Supõe-se que foi em Princeton, NJ, que conheceu
Von Neumann e daí ter participado no projeto do ENIAC na universidade da Pensilvânia..
Terminada a guerra, Alan se juntou ao National Physical Laboratory para desenvolver um compu-
tador totalmente inglês que seria chamado de ACE (automatic computing engine). Decepcionado
com a demora da construção, Turing mudou-se para Manchester. Em 1952, foi preso por "inde-
cência", sendo obrigado a se submeter à pisicoanálise e a tratamentos que visavam curar sua
homosexualidade.Turing suicidou-se em Manchester, no dia 7 de junho de 1954, durante uma
crise de depressão, comendo uma maçã envenenada com cianureto de potássio.
O Teste de Turing
O teste consistia em submeter um operador, fechado em uma sala, a descobrir se quem res-
pondia suas perguntas, introduzidas através do teclado, era um outro homem ou uma máquina.
Sua intenção era de descobrir se podíamos atribuir à máquina a noção de inteligência.
Arquitetura Harvard
A técnica de armazenamento de dados e instruções separadamente tornou-se conhecida como
arquitetura Harvard. Apesar desta arquitetura ter sido descartada nos sistemas modernos de
computação, está sendo ressuscitada em muitos processadores modernos.
O ENIAC
No início dos anos 40 outro computador foi desenvolvido na Universidade da Pennsylvania, utili-
zando 18000 válvulas e 1500 relês para movimentar a informação através da máquina, chamado
de Electronic Numerical Integrator And Calculator. Podia fazer 5000 adições por segundo ou 357
multiplicações por segundo. Era programado por cartões perfurados e podia ler dois números por
segundo.
Ingressando nos anos 60
Os computadores dos anos 40 funcionavam. Em frações de segundos podiam executar cál-
culos que levariam semanas para serem efetuados por equipes utilizando máquinas de somar.
Também eram máquinas imensas, necessitando de salas inteiras para si próprios e seus sistemas
de ar-condicionado. Sua programação era lenta e complicada. E a portabilidade dos programas...
Dos anos 40 aos anos 60, os projetistas de computadores trabalharam na mudança dos com-
putadores. As máquinas deveriam ser menores, com programas intercambiáveis e fáceis de
escrever, maior quantidade de memória, mais velocidade, mais potência, ...
Mudanças no Hardware
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Alguns problemas dos primeiros computadores tinham a ver com o tamanho de seus componen-
tes, que os tornavam grandes, lentos, quentes e pesados. Para o final dos anos 50 foi introduzido
o uso do transistor. 1/200 do tamanho da válvula. Geravam muito menos calor que as válvulas e
eram muito, muito mais rápidos (as distâncias entre eles eram muito menores): podiam suportar
até 100.000 instruções por segundo.
Arquitetura von Neumann
Os programas lógicos eram introduzidos nos primeiros computadores durante a operação: ro-
los de papel eram perfurados para codificar 0s e 1s para que a máquina pudesse ler ou bancos
de chaves eram posicionados em longos padrões de 0s e 1s. Os dados necessários se encon-
travam dentro da máquina. Os contadores em anel do ENIAC eram representações físicas dos
números que os programas deveriam manipular. Em meados dos anos 40, John von Neumann
mostrou que as instruções poderiam ser representadas na mesma linguagem utilizada para os
dados. Instruções e dados poderiam, então, ser armazenadas juntas dentro do computador. O
primeiro computador com esta arquitetura von Neumann foi o Electronic Discrete Variable Auto-
matic Computer, o EDSAC que tornou-se operacional em 1952.
A arquitetura von Neumann tornou-se padrão para os sistemas computacionais modernos. A
maioria dos computadores desde então possuem alguma versão desta arquitetura. Num típico
sistema von Neumann, instruções e dados estão inseridos juntos na mesma memória. Muitas
vezes com os dados seguindo imediatamente as instruções. Instruções são apenas números,
não podendo ser distinguidas dos dados.
Combinar instruções e dados na mesma memória traz algumas vantagens:
• Uso eficiente da memória. Um único bloco (grande) de memória ao invés de dois menores.
• Instruções são facilmente manipuláveis (como os dados).
Como instruções e dados estão armazenados juntos, movimentar blocos de instruções (pro-
gramas) é mais simples, ou ...
• Facilidade em carregar programas na memória. Basta ler as instruções do disco ou outra
memória secundária e executá-las.
Combinar instruções e dados na mesma memória traz algumas desvantagens:
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• Dados podem sobrescrever instruções. Sem alguma precaução especial do hardware (pro-
teção de memória), uma escrita incorreta na memória pode sobrescrever algumas instru-
ções. Como os sistemas von Neumann não fazem distinção entre dados e instruções, a
máquina pode tentar executar dados como instruções, com resultados indesejados.
• Largura de banda limitada. Armazenar instruções e dados juntos significa que ambos per-
correm o mesmo caminho até o processador. Este é o gargalo da arquitetura von Neu-
mann. O processador deve executar um grande número de instruções por segundo e ler
uma grande quantidade de dados ao mesmo tempo.
34
Capítulo 5
Breve História da Internet
A Internet
A Internet, surgiu por vias militares nos períodos áureos da Guerra Fria. Na década de 60,
quando dois blocos antagônicos politicamente, socialmente e economicamente exerciam enorme
controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta
nova poderia contribuir nessa disputa lideradas pela União Soviética e por Estados Unidos. In-
dispensável dizer que as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta
dos meios de comunicação.
Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque às suas bases militares pela
URSS. Acontece que em caso de um ataque (deve-se levar em consideração o clima de tensão
que permeia a década de 60), informações importantes e sigilosas poderiam ser perdidas não
oferecendo aos EUA condições de resistência e reação. Então foi idealizado um modelo de troca
e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim se o
Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso,
portanto, criar um rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects
Agency. Vale lembrar que em 1962, J.C.R LickLider do Instituto Tecnológico de Massachusetts
(MIT) já falava em termos da existência de uma "Rede Galáxica".
A ARPANET funcionava através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que
é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são
divididas em pequenos "pacotes", que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do des-
tinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original. O ataque inimigo
nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não sabiam era
que tinha acabado de dar o pontapé inicial para o maior fenômeno midático do século. O único
meio de comunicação que em apenas 4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas.
Já na década de 70, a tensão entre URSS e EUA diminui. As duas potências entram definiti-
vamente naquilo em que a história se encarregou de chamar de Coexistência Pacífica. Não ha-
vendo mais a iminência de um ataque imediato, o governo dos EUA permitiu que pesquisadores
que desenvolvessem, nas suas respectivas universidades, estudos na área de defesa pudessem
também entrar na ARPANET. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar
todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas
nela.
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Dividiu-se então este sistema em dois grupos, a MILNET, que possuía as localidades militares
e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse
ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também seus alunos
e os alunos de seus amigos, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços
para aperfeiçoá-los. Houve uma época nos Estados Unidos em que se quer se cogitava a possi-
bilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los.
A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados
ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação
da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede,
Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet"(2003) que "A Internet é, acima de
tudo, uma criação cultural".
Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o trá-
fego de informações fosse encaminhado de uma rede para outra. Todas as redes conectadas
pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através
da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones
(que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por
linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óp-
tica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados
por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anár-
quica. É basicamente isto que consiste a Internet, que não tem um dono específico.
A World Wide Web
Na década de 80, o interesse pela rede se amplia e mais pesquisas foram realizadas. Em 1989
a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche
Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet, até
então uma rede fechada e com uma interface bastante diferente da que conhecemos hoje. Tim
Barners-Lee foi o responsável pela criação da World Wide Web, um sistema que inicialmente
interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. A rede
coletiva ganhou uma maior divulgação pública a partir de 1990.
Em Agosto de 1991, Berners-Lee publicou seu novo projeto para a World Wide Web, dois anos
depois de começar a criar o HTML, o HTTP e as poucas primeiras páginas web no CERN, na
Suíça. O CERN não tinha idéia da escala que a World Wide Web tomaria. Em 1993 o centro
quis abrir mão do direito de propriedade dos códigos básicos do projeto de um sistema global de
hipertexto.
Em 1994 a NCSA lança o primeiro browser para a Web, o navegador X Windows Mosaic 1.0.
O lançamento deste browser foi o responsável pela popularização da Internet, que desta maneira
saía do meio acadêmico e passou a fazer parte do cotidiano de pessoas comuns. Em 1996 a
palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na
maioria das vezes a WWW. Esta confusão entre a nomenclatura Internet e Web é freqüente até
hoje, mas é importante ressaltar que a Web é só uma parte da Internet.
Por fim, vale destacar que já em 1992, o então senador Al Gore, já falava na Superhighway
of Information. Essa "super-estrada da informação"tinha como unidade básica de funcionamento
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a troca, compartilhamento e fluxo contínuo de informações pelos quatro cantos do mundo atra-
vés de um rede mundial, a Internet. O que se pode notar é que o interesse mundial aliado ao
interesse comercial, que evidentemente observava o potencial financeiro e rentável daquela "no-
vidade", proporcionou o boom e a popularização da Internet na década de 90. Até 2003, cerca
de mais de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede. Segundo a Internet World Esta-
tistics, em junho de 2007 este número se aproxima de 1 bilhão e 234 milhões de usuários.
A Internet no Brasil e a RNP
No Brasil, os primeiros embriões de rede surgiram em 1988 e ligavam universidades do Brasil
a instituições nos Estados Unidos. No mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o pri-
meiro serviço brasileiro de internet não-acadêmica e não-governamental. Inicialmente o AlterNex
era restrito aos membros do Ibase e associados e só em 1992 foi aberto ao público.
Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia lança um projeto pioneiro, a Rede Nacional de
Ensino e Pesquisa (RNP). Existente ainda hoje, a RNP é uma organização de interesse público
cuja principal missão é operar uma rede acadêmica de alcance nacional. Quando foi lançada, a
organização tinha o objetivo de capacitar recursos humanos de alta tecnologia e difundir a tecno-
logia internet através da implantação do primeiro backbone nacional.
O backbone funciona como uma espinha dorsal, é a infra-estrutura que conecta todos os pontos
de uma rede. O primeiro backbone brasileiro foi inaugurado em 1991, destinado exclusivamente
à comunidade acadêmica. Mais tarde, em 1995, o governo resolveu abrir o backbone e fornecer
conectividade a provedores de acesso comerciais. A partir dessa decisão, surgiu uma discussão
sobre o papel da RNP como uma rede estritamente acadêmica com acesso livre para acadêmicos
e taxada para todos os outros consumidores. Com o crescimento da internet comercial, a RNP
voltou novamente sua atenção para a comunidade científica.
A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na internet brasileira. O aumento de acessos a rede
e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levou a investimentos em novas tec-
nologias. Entretanto, devido a carência de uma infra-estrutura de fibra óptica que cobrisse todo o
território nacional, primeiramente, optou-se pela criação de redes locais de alta velocidade, apro-
veitando a estrutura de algumas regiões metropolitanas. Como parte desses investimentos, em
2000, foi implantado o backbone RNP2 com o objetivo de interligar todo o país em uma rede de
alta tecnologia.
Atualmente, o RNP2 conecta os 27 estados brasileiros e interliga mais de 300 instituições de
ensino superior e de pesquisa no país.
Outro avanço alcançado pela RNP ocorreu em 2002. Nesse ano, o então presidente da repú-
blica transformou a RNP em uma organização social. Com isso ela passa a ter maior autonomia
administrativa para executar suas tarefas e o poder público ganha meios de controle mais eficazes
para avaliar e cobrar os resultados. Como objetivos dessa transformação estão o fornecimento
de serviços de infra-estrutura de redes IP avançadas, a implantação e a avaliação de novas tec-
nologias de rede, a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de recursos humanos na
área de segurança de redes, gerência e roteamento.
A partir de 2005, a comunicação entre os Pontos de Presença (PoPs) da rede começou a ser
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ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação a 11 Gbps.
Cronologia
Segue abaixo um histórico do desenvolvimento da informática e das tecnologias ligadas a com-
putação em geral.
• 1622 - O matemático inglês William Oughtred desenvolve a primeira régua de cálculo.
• 1642 - O pesquisador francês Blaise Pascal cria a primeira calculadora.
• 1822 - O matemático inglês Charles Babbage projeta um computador mecânico, porém este
não saiu do papel.
• 1847 - É criado o sistema binário pelo matemático inglês George Boole.
• 1880 - O norte-americano Herman Hollerith cria um processador de dados eletromecânico.
O sistema usava cartões perfurados para inserir dados.
• 1930 - Nos Estados Unidos, o engenheiro eletricista Vannevar Bush desenvolve um compu-
tador usando válvulas de rádio.
• 1946 - Os engenheiros norte-americanos John William Mauchly e John Presper Eckart Jr
desenvolvem o Eniac, o primeiro computador eletrônico. O Eniac foi desenvolvido para
servir aos interesses bélicos dos EUA na II Guerra Mundial. Serviu para fazer os cálculos
no desenvolvimento da bomba atômica.
• 1954 - A empresa eletrônica Texas Instruments fabrica o transistor usando silício.
• 1956 - Surge, no MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts - o primeiro computador
que utiliza transistores.
• 1963 - Douglas Engelbart patenteia o mouse.
• 1964 - Paul Baran, pesquisador norte-americano, projeta e cria a primeira rede de compu-
tadores interligada por fios.
• 1966 - A IBM desenvolve o Ramac 305, utilizando discos de memória com capacidade de 5
megabits.
• 1968 - Douglas Engelbart cria um sistema com mouse, teclado e janelas ( windows ).
• 1971 - A Intel cria o MCS-4, primeiro microcomputador pessoal com o processador 4004.
• 1972 - A empresa Atari cria o primeiro videogame com o jogo Pong.
• 1975 - Desenvolvem a linguagem Basic, primeira linguagem para microcomputadores. As
linguagens anteriores eram adequadas aos grandes e médios computadores.
• 1975 - Bill Gates e Paul Allen fundam a Microsoft.
• 1976 - Steve Wozniak e Steve Jobs projetam e desenvolvem o micro Apple I. No mesmo
ano a dupla a Apple Computer Company.
• 1981 - A IBM lança o micro PC 5150.
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• 1985 - A Microsoft o sistema operacional Windows e o Word 1.0 (primeira versão do pro-
cessador de textos).
• 1989 - Tim Berners-Lee , pesquisador europeu cria a World Wide Web ( WWW) que origina
a Internet.
• 1991 - Linus Torvald lança o sistema operacional Linux com código-fonte aberto.
• 1992 - A empresa americana Microsoft lança o sistema operacional Windows 3.1. A nova
versão do Windows incorpora tecnologias voltadas para a utilização de CD-Roms.
• 1993 - Surge o primeiro browser, o NCSA Mosaic.
• 1993 - A empresa de processadores Intel coloca no mercado o processador Pentim.
• 1994 - É criado o navegador de internet Netscape Navigator.
• 1995 - Chega ao mercando o Windows 95, trazendo incorporado o navegador Internet Ex-
plorer.
• 1995 - Criada a linguagem Java pela Sun Microsystems.
• 1997 - Garri Kasparov, campeão mundial de xadrez, perde pra o computador Deep Blue da
IBM.
• 1997 - Justin Fraenkel desenvolve o Winamp, programa utilizado para ouvir músicas no
formato MP3.
• 1998 - A Microsoft lança no mercado o Windows 98.
• 1999 - A Intel lança no mercado o processador Pentium III.
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  • 1. História da Computação 22 de Setembro de 2008
  • 2. Conteúdo I Sobre essa apostila 2 II Informações Básicas 4 III GNU Free Documentation License 9 IV História da Computação 18 1 Sobre a Computação 19 2 Plano de ensino 20 2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 2.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3 Introdução 23 4 Máquina de Cartões Perfurados 25 5 Breve História da Internet 35 1
  • 3. Parte I Sobre essa apostila 2
  • 4. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Conteúdo O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in- ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br. O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial). A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC (suporte@cdtc.org.br), desde outubro de 2006. Criticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo. Autores A autoria deste conteúdo, atividades e avaliações é de responsabilidade de Júlio Cesar Júnior (julio@cdtc.org.br) . O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnolgia e Conhecimento, que vem sendo realizado pelo ITI em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjunto com as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiando inclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no país. Informações adicionais podem ser obtidas atréves do email ouvidoria@cdtc.org.br, ou da home page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br. Garantias O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi- lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido. Licença Copyright ©2006,Júlio Cesar Júnior (julio@cdtc.org.br) . Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS- TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation License. 3
  • 6. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Sobre o CDTC Objetivo Geral O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina- ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira. Objetivo Específico Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários, criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como incentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe- recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de produtos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros (dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro- dutos de software livre. Guia do aluno Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece seu curso. São elas: • Licenças para cópia de material disponível • Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância • Como participar dos fóruns e da wikipédia • Primeiros passos É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o roteiro acima. Licença Copyright ©2006, Júlio Cesar Júnior (julio@cdtc.org.br) . 5
  • 7. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Software Foundation; com o Capítulo Invariante SOBRE ESSA APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu- mentação Livre GNU". Os 10 mandamentos do aluno de educação online • 1. Acesso a Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é pré-requisito para a participação nos cursos a distância. • 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá- tica é necessário para poder executar as tarefas. • 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân- cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal, dos colegas e dos professores. • 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo. • 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão e a sua recuperação de materiais. • 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e realizá-las em tempo real. • 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre. • 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário a mudança tecnológica, aprendizagens e descobertas. • 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é ponto-chave na comunicação pela Internet. • 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração. Como participar dos fóruns e Wikipédia Você tem um problema e precisa de ajuda? Podemos te ajudar de 2 formas: A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso: O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a 6
  • 8. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que interesse ao grupo, favor postá-la aqui. Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do curso, é recomendado que você faça uso do Fórum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais efetivos para esta prática. . O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem ajudar. Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante. A segunda forma se dá pelas Wikis: Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par- ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé- dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links: • Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/ Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo! Primeiros Passos Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos: • Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar; • Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das ferramentas básicas do mesmo; • Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino; • Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais. Perfil do Tutor Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores. O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar. 7
  • 9. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e, para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor ou instrutor: • fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá utilizar; • gosta que lhe façam perguntas adicionais; • identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por- que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’; • tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de ameaça e de nervosismo’) • dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade; • esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente; • ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos; • é flexível quando necessário; • mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso, talvez numa fase menos interessante para o tutor); • escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado; • acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente; 8
  • 10. Parte III GNU Free Documentation License 9
  • 11. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF (Traduzido pelo João S. O. Bueno através do CIPSGA em 2001) Esta é uma tradução não oficial da Licençaa de Documentação Livre GNU em Português Brasileiro. Ela não é publicada pela Free Software Foundation, e não se aplica legalmente a dis- tribuição de textos que usem a GFDL - apenas o texto original em Inglês da GNU FDL faz isso. Entretanto, nós esperamos que esta tradução ajude falantes de português a entenderem melhor a GFDL. This is an unofficial translation of the GNU General Documentation License into Brazilian Por- tuguese. It was not published by the Free Software Foundation, and does not legally state the distribution terms for software that uses the GFDL–only the original English text of the GFDL does that. However, we hope that this translation will help Portuguese speakers understand the GFDL better. Licença de Documentação Livre GNU Versão 1.1, Março de 2000 Copyright (C) 2000 Free Software Foundation, Inc. 59 Temple Place, Suite 330, Boston, MA 02111-1307 USA É permitido a qualquer um copiar e distribuir cópias exatas deste documento de licença, mas não é permitido alterá-lo. INTRODUÇÃO O propósito desta Licença é deixar um manual, livro-texto ou outro documento escrito "livre"no sentido de liberdade: assegurar a qualquer um a efetiva liberdade de copiá-lo ou redistribui-lo, com ou sem modificações, comercialmente ou não. Secundariamente, esta Licença mantém para o autor e editor uma forma de ter crédito por seu trabalho, sem ser considerado responsável pelas modificações feitas por terceiros. Esta Licença é um tipo de "copyleft"("direitos revertidos"), o que significa que derivações do documento precisam ser livres no mesmo sentido. Ela complementa a GNU Licença Pública Ge- ral (GNU GPL), que é um copyleft para software livre. Nós fizemos esta Licença para que seja usada em manuais de software livre, por que software livre precisa de documentação livre: um programa livre deve ser acompanhado de manuais que provenham as mesmas liberdades que o software possui. Mas esta Licença não está restrita a manuais de software; ela pode ser usada para qualquer trabalho em texto, independentemente do assunto ou se ele é publicado como um livro impresso. Nós recomendamos esta Licença prin- cipalmente para trabalhos cujo propósito seja de introdução ou referência. APLICABILIDADE E DEFINIÇÕES Esta Licença se aplica a qualquer manual ou outro texto que contenha uma nota colocada pelo detentor dos direitos autorais dizendo que ele pode ser distribuído sob os termos desta Licença. 10
  • 12. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF O "Documento"abaixo se refere a qualquer manual ou texto. Qualquer pessoa do público é um licenciado e é referida como "você". Uma "Versão Modificada"do Documento se refere a qualquer trabalho contendo o documento ou uma parte dele, quer copiada exatamente, quer com modificações e/ou traduzida em outra língua. Uma "Seção Secundária"é um apêndice ou uma seção inicial do Documento que trata ex- clusivamente da relação dos editores ou dos autores do Documento com o assunto geral do Documento (ou assuntos relacionados) e não contém nada que poderia ser incluído diretamente nesse assunto geral (Por exemplo, se o Documento é em parte um livro texto de matemática, a Seção Secundária pode não explicar nada de matemática). Essa relação poderia ser uma questão de ligação histórica com o assunto, ou matérias relaci- onadas, ou de posições legais, comerciais, filosóficas, éticas ou políticas relacionadas ao mesmo. As "Seções Invariantes"são certas Seções Secundárias cujos títulos são designados, como sendo de Seções Invariantes, na nota que diz que o Documento é publicado sob esta Licença. Os "Textos de Capa"são certos trechos curtos de texto que são listados, como Textos de Capa Frontal ou Textos da Quarta Capa, na nota que diz que o texto é publicado sob esta Licença. Uma cópia "Transparente"do Documento significa uma cópia que pode ser lida automatica- mente, representada num formato cuja especificação esteja disponível ao público geral, cujos conteúdos possam ser vistos e editados diretamente e sem mecanismos especiais com editores de texto genéricos ou (para imagens compostas de pixels) programas de pintura genéricos ou (para desenhos) por algum editor de desenhos grandemente difundido, e que seja passível de servir como entrada a formatadores de texto ou para tradução automática para uma variedade de formatos que sirvam de entrada para formatadores de texto. Uma cópia feita em um formato de arquivo outrossim Transparente cuja constituição tenha sido projetada para atrapalhar ou de- sencorajar modificações subsequentes pelos leitores não é Transparente. Uma cópia que não é "Transparente"é chamada de "Opaca". Exemplos de formatos que podem ser usados para cópias Transparentes incluem ASCII sim- ples sem marcações, formato de entrada do Texinfo, formato de entrada do LaTex, SGML ou XML usando uma DTD disponibilizada publicamente, e HTML simples, compatível com os padrões, e projetado para ser modificado por pessoas. Formatos opacos incluem PostScript, PDF, formatos proprietários que podem ser lidos e editados apenas com processadores de texto proprietários, SGML ou XML para os quais a DTD e/ou ferramentas de processamento e edição não estejam disponíveis para o público, e HTML gerado automaticamente por alguns editores de texto com finalidade apenas de saída. A "Página do Título"significa, para um livro impresso, a página do título propriamente dita, mais quaisquer páginas subsequentes quantas forem necessárias para conter, de forma legível, o material que esta Licença requer que apareça na página do título. Para trabalhos que não tenham uma página do título, "Página do Título"significa o texto próximo da aparição mais proe- minente do título do trabalho, precedendo o início do corpo do texto. 11
  • 13. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF FAZENDO CÓPIAS EXATAS Você pode copiar e distribuir o Documento em qualquer meio, de forma comercial ou não comercial, desde que esta Licença, as notas de copyright, e a nota de licença dizendo que esta Licença se aplica ao documento estejam reproduzidas em todas as cópias, e que você não acres- cente nenhuma outra condição, quaisquer que sejam, às desta Licença. Você não pode usar medidas técnicas para obstruir ou controlar a leitura ou confecção de cópias subsequentes das cópias que você fizer ou distribuir. Entretanto, você pode aceitar com- pensação em troca de cópias. Se você distribuir uma quantidade grande o suficiente de cópias, você também precisa respeitar as condições da seção 3. Você também pode emprestar cópias, sob as mesmas condições colocadas acima, e também pode exibir cópias publicamente. FAZENDO CÓPIAS EM QUANTIDADE Se você publicar cópias do Documento em número maior que 100, e a nota de licença do Documento obrigar Textos de Capa, você precisará incluir as cópias em capas que tragam, clara e legivelmente, todos esses Textos de Capa: Textos de Capa da Frente na capa da frente, e Textos da Quarta Capa na capa de trás. Ambas as capas também precisam identificar clara e legivelmente você como o editor dessas cópias. A capa da frente precisa apresentar o titulo com- pleto com todas as palavras do título igualmente proeminentes e visíveis. Você pode adicionar outros materiais às capas. Fazer cópias com modificações limitadas às capas, tanto quanto estas preservem o título do documento e satisfaçam a essas condições, pode ser tratado como cópia exata em outros aspectos. Se os textos requeridos em qualquer das capas for muito volumoso para caber de forma legível, você deve colocar os primeiros (tantos quantos couberem de forma razoável) na capa verdadeira, e continuar os outros nas páginas adjacentes. Se você publicar ou distribuir cópias Opacas do Documento em número maior que 100, você precisa ou incluir uma cópia Transparente que possa ser lida automaticamente com cada cópia Opaca, ou informar, em ou com, cada cópia Opaca a localização de uma cópia Transparente completa do Documento acessível publicamente em uma rede de computadores, a qual o público usuário de redes tenha acesso a download gratuito e anônimo utilizando padrões públicos de protocolos de rede. Se você utilizar o segundo método, você precisará tomar cuidados razoavel- mente prudentes, quando iniciar a distribuição de cópias Opacas em quantidade, para assegurar que esta cópia Transparente vai permanecer acessível desta forma na localização especificada por pelo menos um ano depois da última vez em que você distribuir uma cópia Opaca (direta- mente ou através de seus agentes ou distribuidores) daquela edição para o público. É pedido, mas não é obrigatório, que você contate os autores do Documento bem antes de redistribuir qualquer grande número de cópias, para lhes dar uma oportunidade de prover você com uma versão atualizada do Documento. 12
  • 14. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF MODIFICAÇÕES Você pode copiar e distribuir uma Versão Modificada do Documento sob as condições das se- ções 2 e 3 acima, desde que você publique a Versão Modificada estritamente sob esta Licença, com a Versão Modificada tomando o papel do Documento, de forma a licenciar a distribuição e modificação da Versão Modificada para quem quer que possua uma cópia da mesma. Além disso, você precisa fazer o seguinte na versão modificada: A. Usar na Página de Título (e nas capas, se houver alguma) um título distinto daquele do Do- cumento, e daqueles de versões anteriores (que deveriam, se houvesse algum, estarem listados na seção "Histórico do Documento"). Você pode usar o mesmo título de uma versão anterior se o editor original daquela versão lhe der permissão; B. Listar na Página de Título, como autores, uma ou mais das pessoas ou entidades responsá- veis pela autoria das modificações na Versão Modificada, conjuntamente com pelo menos cinco dos autores principais do Documento (todos os seus autores principais, se ele tiver menos que cinco); C. Colocar na Página de Título o nome do editor da Versão Modificada, como o editor; D. Preservar todas as notas de copyright do Documento; E. Adicionar uma nota de copyright apropriada para suas próprias modificações adjacente às outras notas de copyright; F. Incluir, imediatamente depois das notas de copyright, uma nota de licença dando ao público o direito de usar a Versão Modificada sob os termos desta Licença, na forma mostrada no tópico abaixo; G. Preservar nessa nota de licença as listas completas das Seções Invariantes e os Textos de Capa requeridos dados na nota de licença do Documento; H. Incluir uma cópia inalterada desta Licença; I. Preservar a seção entitulada "Histórico", e seu título, e adicionar à mesma um item dizendo pelo menos o título, ano, novos autores e editor da Versão Modificada como dados na Página de Título. Se não houver uma sessão denominada "Histórico"no Documento, criar uma dizendo o título, ano, autores, e editor do Documento como dados em sua Página de Título, então adicionar um item descrevendo a Versão Modificada, tal como descrito na sentença anterior; J. Preservar o endereço de rede, se algum, dado no Documento para acesso público a uma cópia Transparente do Documento, e da mesma forma, as localizações de rede dadas no Docu- mento para as versões anteriores em que ele foi baseado. Elas podem ser colocadas na seção "Histórico". Você pode omitir uma localização na rede para um trabalho que tenha sido publicado pelo menos quatro anos antes do Documento, ou se o editor original da versão a que ela se refira der sua permissão; K. Em qualquer seção entitulada "Agradecimentos"ou "Dedicatórias", preservar o título da 13
  • 15. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF seção e preservar a seção em toda substância e fim de cada um dos agradecimentos de contri- buidores e/ou dedicatórias dados; L. Preservar todas as Seções Invariantes do Documento, inalteradas em seus textos ou em seus títulos. Números de seção ou equivalentes não são considerados parte dos títulos da seção; M. Apagar qualquer seção entitulada "Endossos". Tal sessão não pode ser incluída na Versão Modificada; N. Não reentitular qualquer seção existente com o título "Endossos"ou com qualquer outro título dado a uma Seção Invariante. Se a Versão Modificada incluir novas seções iniciais ou apêndices que se qualifiquem como Seções Secundárias e não contenham nenhum material copiado do Documento, você pode optar por designar alguma ou todas aquelas seções como invariantes. Para fazer isso, adicione seus títulos à lista de Seções Invariantes na nota de licença da Versão Modificada. Esses títulos preci- sam ser diferentes de qualquer outro título de seção. Você pode adicionar uma seção entitulada "Endossos", desde que ela não contenha qual- quer coisa além de endossos da sua Versão Modificada por várias pessoas ou entidades - por exemplo, declarações de revisores ou de que o texto foi aprovado por uma organização como a definição oficial de um padrão. Você pode adicionar uma passagem de até cinco palavras como um Texto de Capa da Frente , e uma passagem de até 25 palavras como um Texto de Quarta Capa, ao final da lista de Textos de Capa na Versão Modificada. Somente uma passagem de Texto da Capa da Frente e uma de Texto da Quarta Capa podem ser adicionados por (ou por acordos feitos por) qualquer entidade. Se o Documento já incluir um texto de capa para a mesma capa, adicionado previamente por você ou por acordo feito com alguma entidade para a qual você esteja agindo, você não pode adicionar um outro; mas você pode trocar o antigo, com permissão explícita do editor anterior que adicionou a passagem antiga. O(s) autor(es) e editor(es) do Documento não dão permissão por esta Licença para que seus nomes sejam usados para publicidade ou para assegurar ou implicar endossamento de qualquer Versão Modificada. COMBINANDO DOCUMENTOS Você pode combinar o Documento com outros documentos publicados sob esta Licença, sob os termos definidos na seção 4 acima para versões modificadas, desde que você inclua na com- binação todas as Seções Invariantes de todos os documentos originais, sem modificações, e liste todas elas como Seções Invariantes de seu trabalho combinado em sua nota de licença. O trabalho combinado precisa conter apenas uma cópia desta Licença, e Seções Invariantes Idênticas com multiplas ocorrências podem ser substituídas por apenas uma cópia. Se houver múltiplas Seções Invariantes com o mesmo nome mas com conteúdos distintos, faça o título de 14
  • 16. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF cada seção único adicionando ao final do mesmo, em parênteses, o nome do autor ou editor origianl daquela seção, se for conhecido, ou um número que seja único. Faça o mesmo ajuste nos títulos de seção na lista de Seções Invariantes nota de licença do trabalho combinado. Na combinação, você precisa combinar quaisquer seções entituladas "Histórico"dos diver- sos documentos originais, formando uma seção entitulada "Histórico"; da mesma forma combine quaisquer seções entituladas "Agradecimentos", ou "Dedicatórias". Você precisa apagar todas as seções entituladas como "Endosso". COLETÂNEAS DE DOCUMENTOS Você pode fazer uma coletânea consitindo do Documento e outros documentos publicados sob esta Licença, e substituir as cópias individuais desta Licença nos vários documentos com uma única cópia incluida na coletânea, desde que você siga as regras desta Licença para cópia exata de cada um dos Documentos em todos os outros aspectos. Você pode extrair um único documento de tal coletânea, e distribuí-lo individualmente sob esta Licença, desde que você insira uma cópia desta Licença no documento extraído, e siga esta Licença em todos os outros aspectos relacionados à cópia exata daquele documento. AGREGAÇÃO COM TRABALHOS INDEPENDENTES Uma compilação do Documento ou derivados dele com outros trabalhos ou documentos se- parados e independentes, em um volume ou mídia de distribuição, não conta como uma Ver- são Modificada do Documento, desde que nenhum copyright de compilação seja reclamado pela compilação. Tal compilação é chamada um "agregado", e esta Licença não se aplica aos outros trabalhos auto-contidos compilados junto com o Documento, só por conta de terem sido assim compilados, e eles não são trabalhos derivados do Documento. Se o requerido para o Texto de Capa na seção 3 for aplicável a essas cópias do Documento, então, se o Documento constituir menos de um quarto de todo o agregado, os Textos de Capa do Documento podem ser colocados em capas adjacentes ao Documento dentro do agregado. Senão eles precisarão aparecer nas capas de todo o agregado. TRADUÇÃO Tradução é considerada como um tipo de modificação, então você pode distribuir traduções do Documento sob os termos da seção 4. A substituição de Seções Invariantes por traduções requer uma permissão especial dos detentores do copyright das mesmas, mas você pode incluir traduções de algumas ou de todas as Seções Invariantes em adição às versões orignais dessas Seções Invariantes. Você pode incluir uma tradução desta Licença desde que você também in- clua a versão original em Inglês desta Licença. No caso de discordância entre a tradução e a 15
  • 17. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF versão original em Inglês desta Licença, a versão original em Inglês prevalecerá. TÉRMINO Você não pode copiar, modificar, sublicenciar, ou distribuir o Documento exceto como expres- samente especificado sob esta Licença. Qualquer outra tentativa de copiar, modificar, sublicen- ciar, ou distribuir o Documento é nula, e resultará automaticamente no término de seus direitos sob esta Licença. Entretanto, terceiros que tenham recebido cópias, ou direitos de você sob esta Licença não terão suas licenças terminadas, tanto quanto esses terceiros permaneçam em total acordo com esta Licença. REVISÕES FUTURAS DESTA LICENÇA A Free Software Foundation pode publicar novas versões revisadas da Licença de Documen- tação Livre GNU de tempos em tempos. Tais novas versões serão similares em espirito à versão presente, mas podem diferir em detalhes ao abordarem novos porblemas e preocupações. Veja http://www.gnu.org/copyleft/. A cada versão da Licença é dado um número de versão distinto. Se o Documento especificar que uma versão particular desta Licença "ou qualquer versão posterior"se aplica ao mesmo, você tem a opção de seguir os termos e condições daquela versão específica, ou de qualquer versão posterior que tenha sido publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation. Se o Documento não especificar um número de Versão desta Licença, você pode escolher qualquer versão já publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation. ADENDO: Como usar esta Licença para seus documentos Para usar esta Licença num documento que você escreveu, inclua uma cópia desta Licença no documento e ponha as seguintes notas de copyright e licenças logo após a página de título: Copyright (c) ANO SEU NOME. É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Soft- ware Foundation; com as Seções Invariantes sendo LISTE SEUS TÍTULOS, com os Textos da Capa da Frente sendo LISTE, e com os Textos da Quarta-Capa sendo LISTE. Uma cópia da li- cença está inclusa na seção entitulada "Licença de Documentação Livre GNU". Se você não tiver nenhuma Seção Invariante, escreva "sem Seções Invariantes"ao invés de dizer quais são invariantes. Se você não tiver Textos de Capa da Frente, escreva "sem Textos de Capa da Frente"ao invés de "com os Textos de Capa da Frente sendo LISTE"; o mesmo para os Textos da Quarta Capa. Se o seu documento contiver exemplos não triviais de código de programas, nós recomenda- mos a publicação desses exemplos em paralelo sob a sua escolha de licença de software livre, 16
  • 18. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF tal como a GNU General Public License, para permitir o seu uso em software livre. 17
  • 19. Parte IV História da Computação 18
  • 20. Capítulo 1 Sobre a Computação O desenvolvimento da tecnologia da computação foi a união de várias áreas do conhecimento humano, dentre as quais: a matemática, a eletrônica digital, a lógica de programação, entre ou- tras. Faremos aqui uma exposição das principais idéias que levaram a computação aos níveis tecnológicos atuais. 19
  • 21. Capítulo 2 Plano de ensino 2.1 Objetivo Expor brevemente a história de como os computadores chegaram a ser o que são hoje. 2.2 Público Alvo Qualquer indivíduo que tenha interesse em saber como a Computação e Informática evoluí- ram. 2.3 Pré-requisitos Nenhum. 2.4 Descrição O curso de História da Computação será realizado na modalidade EAD e utilizará a plata- forma Moodle como ferramenta de aprendizagem. Ele é composto de um módulo de aprendizado que será dado na primeira semana e um módulo de avaliação que será dado na segunda se- mana. O material didático estará disponível on-line de acordo com as datas pré-estabelecidas no calendário. 2.5 Metodologia O curso está dividido da seguinte maneira: 2.6 Cronograma • Introdução; • Máquina de Cartões Perfurados; 20
  • 22. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF • O Primeiro Computador; • Arquiteturas; • Breve História da Internet; • Avaliação de aprendizagem; • Avaliação do curso; As lições contém o conteúdo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes forem ne- cessárias, desde que esteja dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você receberá uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cada lição, pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição for menor do que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição. Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das lições quanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveis para que possam ser consultados durante a avaliação final. Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de Ensino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma. Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser enviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos. 2.7 Programa O curso História da Computação oferecerá o seguinte conteúdo: • Introdução; • Máquina de Cartões Perfurados; • O Primeiro Computador; • Arquiteturas; • Breve História da Internet. 2.8 Avaliação Toda a avaliação será feita on-line. Aspectos a serem considerados na avaliação: • Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento; • Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados. Instrumentos de avaliação: 21
  • 23. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF • Participação ativa nas atividades programadas. • Avaliação ao final do curso. • O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo com a fórmula abaixo: • Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições • AF = Avaliações 2.9 Bibliografia ØØÔ »»ÛÛÛº Ñ ºÙ×Ôº Ö» Ñ ÑÙÐØ » ×ØÓÖ Ó» ØØÔ »»ÛÛÛº ÙÐ Ó ØØ ×Ø º ÓѺ Ö»ØÙØÓÖ ×»ÖÓ Ö ÓÐ Ö Ò » ×ØÓÖ ÓÑÔÙØ Ó¼¼½º ×Ô ØØÔ »»ÔØºÛ Ô ºÓÖ »Û »À ×ر ¿± ¿Ö ÁÒØ ÖÒ Ø 22
  • 24. Capítulo 3 Introdução Apesar dos computadores eletrônicos terem efetivamente aparecido somente na década de 40, os fundamentos em que se baseiam remontam a centenas ou até mesmo milhares de anos. Levando em conta que o têrmo COMPUTAR, significa fazer cálculos, contar, efetuar operações aritméticas, COMPUTADOR seria então o mecanismo ou máquina que auxilia essa tarefa, com vantagens no tempo gasto e na precisão. Inicialmente o homem utilizou seus próprios dedos para essa tarefa, dando origem ao sistema DECIMAL e aos termos DIGITAL e DIGITO. Para auxílio deste método, eram usados gravetos, contas ou marcas na parede. A partir do momento que o homem pré-histórico trocou seus hábitos nômades por aldeias e tri- bos fixas, desenvolvendo a lavoura, tornou-se necessário um método para a contagem do tempo, delimitando as épocas de plantio e colheita. Tábuas de argila foram desenterradas por arqueólogos no Oriente Médio, próximo à Babilônia, contendo tabuadas de multiplicação e recíprocos, acredita-se que tenham sido escritas por volta de 1700 a.C. e usavam o sistema sexagesimal (base 60), dando origem às nossas atuais unida- des de tempo. Diz-se muito no dia a dia que vivemos na era da informação. Mas o que significa informação? Informação significa fatos: é o tipo de coisa presente em livros, que pode ser expressa em pa- lavras ou imagens. A informação pode portanto vir em várias formas: verbal, visual, por ondas, etc... Em computação, a definição atual é dada por Claude Shannon (1916-2001): "A informação está presente sempre que um sinal é transmitido de um lugar para outro." Desde os primórdios da humanidade, as formas de vida vem aperfeiçoando sua capacidade de processamento da informação. Com a evolução, surgiram as palavras e as regras para combiná- las: as leis da gramática e da lógica. A capacidade do ser humano em calcular quantidades nos mais variados modos foi um dos fatores que possibilitaram o desenvolvimento da matemática e da lógica. Nos primórdios da ma- temática e da álgebra, como já foi dito, utilizavam-se os dedos das mãos para efetuar cálculos. 23
  • 25. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Na região do Mar Mediterrâneo, surgiram o alfabeto e o ábaco. O ábaco dos romanos consistia de bolinhas de mármore que deslizavam numa placa de bronze cheia de sulcos. Também surgiram alguns termos matemáticos: em latim "Calx"significa mármore, assim "Calculos"era uma bolinha do ábaco, e fazer cálculos aritméticos era "Calculare". A primeira considerada máquina de calcular foi desenvolvida por Wilhelm Schickard em 1592. Ela fazia multiplicação e divisão, mas foi perdida durante a Guerra dos Trinta Anos. A primeira calculadora capaz de realizar as operações básicas de soma e subtração foi inventada em 1642 pelo filósofo, físico e matemático francês Blaise Pascal. Pascal, que aos 18 anos trabalhava com seu pai em um escritório de coleta de impostos na cidade de Rouen, desenvolveu a máquina para auxiliar o seu trabalho de contabilidade. A calculadora usava engrenagens que a faziam funcionar de maneira similar a um odômetro. Pascal recebeu uma patente do rei da França para que lançasse sua máquina no comércio. A comercialização de suas calculadoras não foi satisfa- tória devido a seu funcionamento pouco confiável, apesar de Pascal ter construído cerca de 50 versões. Em 1671, o filósofo e matemático alemão de Leipzig,Gottfried Wilhelm Leibniz introduziu o con- ceito de realizar multiplicações e divisões através de adições e subtrações sucessivas. Em 1694, a máquina foi construída, no entanto, sua operação apresentava muita dificuldade e sujeita a er- ros. Em 1820, o francês natural de Paris, Charles Xavier Thomas, conhecido como Thomas de Col- mar,projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4 operações aritméticas básicas: a Arithmomet. Esta foi a primeira calculadora realmente comercializada com sucesso. Ela fazia multiplicações com o mesmo princípio da calculadora de Leibnitz e efetuava as divisões com a assistência do usuário. 24
  • 26. Capítulo 4 Máquina de Cartões Perfurados Durante a Revolução Industrial... Em 1801, na França, durante a Revolução Industrial, Joseph Marie Jacquard, mecânico fran- cês, (1752-1834) inventou um tear mecânico controlado por grandes cartões perfurados. Sua máquina era capaz de produzir tecidos com desenhos bonitos e intrincados. Foi tamanho o su- cesso que Jacquard foi quase morto quando levou o tear para Lyon, pois as pessoas tinham medo de perder o emprego. Em sete anos, já havia 11 mil teares desse tipo operando na França. Babbage e Ada O brilhante matemático inglês Charles Babbage (26 de dezembro de 1791 - 18 de outubro de 1871) é conhecido como o "Pai do Computador". Babbage projetou o chamado "Calculador Ana- lítico", muito próximo da concepção de um computador atual. O projeto, totalmente mecânico, era composto de uma memória, um engenho central, engre- nagens e alavancas usadas para a transferência de dados da memória para o engenho central e dispositivos para entrada e saída de dados. O calculador utilizaria cartões perfurados e seria automático. Por algum tempo, o governo britânico financiou Babbage para construir a sua invenção. Em parceria com Charles Babbage, Ada Augusta (1815-1852) ou Lady Lovelace, filha do poeta Lord Byron, era matemática amadora entusiasta. Ela se tornou a pioneira da lógica de progra- mação, escrevendo séries de instruções para o calculador analítico. Ada inventou o conceito de 25
  • 27. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF subrotina, descobriu o valor das repetições - os laços (loops) e iniciou o desenvolvimento do des- vio condicional. Babbage teve muitas dificuldades com a tecnologia da época, que era inadequada para se cons- truir componentes mecânicos com a precisão necessária. Com a suspensão do financiamento por parte do governo britânico, Babbage e Ada utilizaram a fortuna da família Byron até a falência, sem que pudessem concluir o projeto, e assim o calculador analítico nunca foi construído. A lógica booleana As máquinas do início do século XIX utilizavam base decimal (0 a 9), mas foram encontradas dificuldades em implementar um dígito decimal em componentes eletrônicos, pois qualquer vari- ação provocada por um ruído causaria erros de cálculo consideráveis. O matemático inglês George Boole (1815-1864) publicou em 1854 os princípios da lógica bo- oleana, onde as variáveis assumem apenas valores 0 e 1 (verdadeiro e falso), que passou a ser utilizada a partir do início do século XX. Hollerith e sua máquina de perfurar cartões Por volta de 1890, Dr. Herman Hollerith (1860-1929) foi o responsável por uma grande mudança na maneira de se processar os dados dos censos da época. Os dados do censo de 1880, manualmente processados, levaram 7 anos e meio para serem compilados. Os do censo de 1890 foram processados em 2 anos e meio, com a ajuda de uma máquina de perfurar cartões e máquinas de tabular e ordenar, criadas por Hollerith e sua equipe. As informações sobre os indivíduos eram armazenadas por meio de perfurações em locais espe- cíficos do cartão. Nas máquinas de tabular, um pino passava pelo furo e chegava a uma jarra de mercúrio, fechando um circuito elétrico e causando um incremento de 1 em um contador mecâ- nico. Mais tarde, Hollerith fundou uma companhia para produzir máquinas de tabulação. Anos de- pois, em 1924, essa companhia veio a se chamar IBM. O primeiro computador Há uma grande polêmica em torno do primeiro computador. O Z-1 é considerado por muitos como o primeiro computador eletromecânico. Ele usava relés e foi construído pelo alemão Konrad Zuse (1910-1995) em 1936. Zuse tentou vendê-lo ao governo para uso militar, mas foi subestimado pelos nazistas, que não se interessaram pela máquina. Com a II Guerra Mundial, as pesquisas aumentaram nessa área. Nos Estados Unidos, a Ma- rinha, em conjunto com a Universidade de Harvard e a IBM, construiu em 1944 o Mark I, um gi- gante eletromagnético. Num certo sentido, essa máquina era a realização do projeto de Babbage. Em segredo, o exército norte-americano também desenvolvia seu computador. Esse usava ape- nas válvulas e tinha por objetivo calcular as trajetórias de mísseis com maior precisão. 26
  • 28. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF O engenheiro John Presper Eckert (1919-1995) e o físico John Mauchly (1907-1980) projetaram o ENIAC: Eletronic Numeric Integrator And Calculator. Com 18 000 válvulas, o ENIAC conseguia fazer 500 multiplicações por segundo, porém só ficou pronto em 1946, vários meses após o final da guerra. Os custos para a manutenção e conservação do ENIAC eram proibitivos, pois deze- nas a centenas de válvulas queimavam a cada hora e o calor gerado por elas necessitava ser controlado por um complexo sistema de refrigeração, além dos gastos elevadíssimos de energia elétrica. Mark I e ENIAC Com a segunda guerra mundial, se iniciaram várias pesquisas na área da informática, os pi- oneiros foram os Americanos com duas invensões que deixaram suas marcas na história, os famosos Mark I e ENIAC. Mark I foi construído em 1944 pela Marinha dos Estados Unidos em conjunto som a Universidade de Harvard e a IBM, Mark era um verdadeiro monstro, ocupava cerca de 120 metros cúbicos e utilizava milhares de relês. Em conjunto com este projeto, o Exército americano estava desenvolvendo outro computa- dor, o ENIAC (Eletronic Numeric Integrator And Calculator), este utilizava apenas a tecnologia das válvulas e tinha como objetivo calcular a trajetória de mísseis com uma precisão maior. Com 18.000 válvulas, o ENIAC era capaz de fazer 500 multiplicações por segundo, mas este magnífico invento só ficou pronto em 1946, meses depois do final da guerra. 27
  • 29. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Podemos dizer que até hoje tivemos quatro gerações de computadores, dentre estras quatro gerações, as três primeiras foram marcadas pela evolução dos componentes básicos do compu- tador, e a última (quarta geração) fica marcada como um aperfeiçoamento da técnologia aplicada desde os anos 70. • 1. A primeira geração se deu entre as décadas de 40 e 50, usavam válvulas eletrônicas, cabos e seus maiores problemas eram a velocidade e temperatura; • 2. A segunda geração se deu entre as décadas de 50 e 60, onde o grande avanço foi a substituição das válvulas pelos transistores e a troca dos cabos por placas de circuito impresso, com isso, tiveram um grande ganho em velocidade, tamanho e custo; 28
  • 30. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF • 3. A terceira geração se deu entre as décadas de 60 e 70, o grande avanço desta geração foi a implementação dos Circuitos Integrados (CI´s ou Chip´s), proporcionando uma maior compactação, redução de custo e um grande salto com a velocidade de processamento de dados, na ordem de microsegundos; • 4. A quarta geração se estende desde a década de 70 até os dias atuais, onde se teve uma otimização da técnologia já existente para os problemas do usuário, com isso, a ordem de processamento de dados esta na ordem de nanosegundos; 29
  • 31. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Com tantas pesquisas na área, foi inventado o transistor (segunda geração), um semicondutor capaz de substituir as válvulas, trazendo grande melhora, pois os transistores são muito meno- res, mais rápidos e duradouros, além de não terem mais o problema com super aquecimento e consumo de energia, resolvendo assim problemas da época. Com uma forte influência do programa espacial americano, durante a década de 60 (terceira ge- ração), o desenvolvimento da eletrônica levou a construção dos famosos Chip´s ou CI´s ( um chip ou CI nada mais é que um conjunto de transistores integrados numa única pastilha de silício), podemos encontrar dezenas de milhares de transistores em um único chip de alguns milimetros quadrados, este foi outro passo muito importante para o desenvolvimento da informática, essa evolução possibilitou o surgimento dos microcomputadores, ainda muito maiores do que os atu- ais mas muito menores do que os computadores da época. Dentre as várias tecnologias de fabricação de CI´s, podemos citar: • SSI ? Small Scale Integration ? usados para portas lógicas; • MSI ? Medium Scale Integration ? um contador de 4 bits; • LSI ? Large Scale Integration ? primeiros processadores, primeiras memórias RAM com 4Kbits; • P-Canal-MOS ? Primeira técnologia MOS ? muito lenta; • MOS ? Metal Oxide Semicondutor ? Tecnologia de semicondutores com elevada impedân- cia de entrada e alto grau de integração; • N-MOS ? Tecnologia MOS de canal N de alta velocidade; • MOS ? Complementar Metal Oxide Semicondutor ? BIOS ? consome pouca energia; • VLSI ? Very Large Scale Integration ? Tenologia utilizada nos processadores atuais; O microprocessador O primeiro microprocessador foi produzido em 1970 pela Intel (quarta geração) denominado de 4004, este utilizava a tecnologia LSI, funcionava a 108KHz, continha apenas 2300 transistores e possuia o tamanho de uma unha; Em 1972, mais uma vez a Intel lança outro processador, o 8008, este funcionava a 200KHz e possui 3500 transistores; Em 1974, a Intel lança o 8080, também chamado de Altair, este já funcionava a 2MHz e pos- suia 6000 transistores, este era 10 vezes mais poderoso que o 8008, lançado anteriormente; Em 1976, a Intel lança o 8085, esta funcionava a 5MHz e possuia 6500 transistores; Em 1978, a Intel lança o 8086, que funcionava a 5, 8 e 10 MHz e possuia 29000 transistores, este é capas de atingir uma performance 10 vezes maior que o 8080; Em 1982, a Intel lança o 80286, que funcionava a 6, 10 e 12 MHz, este possui 134.000 tran- sistores e possuia uma performance de 3 a 6 vezes melhor que o 8086; 30
  • 32. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Em 1985, a Intel lança a linha 386DX, o primeiro a ser chamado de CPU, este funcionava a 16, 20, 25 e 33 MHz e contém 275.000 transistores; Em 1989, é lançada a linha 486, que funcionavam a 25, 33 e 50 MHz e já possuiam 1,2 mi- lhões de transistores, este era 50 vezes melhor que o 8088 Em 1993, é lançada a linha que continua no mercado até hoje, a linha Pentium, atualmente, os processadores para a linha doméstica e escritórios estão trabalhando na casa de 3,2GHz. O microprocessador, CPU ou processador como é mais conhecido, pode ser considerado como o cérebro do computador, ele é capaz de realizar operações lógicas e aritméticas, transferência de dados e todo o controle de comunicação do microcomputador. O processador recebe os dados através de algum periférico de entrada, processa essas infor- mações e depois as exibe e, algum periférico de saída, um bom exemplo disto é o simples fato de digitar um texto, vejamos: • O Teclado é um dispositivo de entrada, quando você digita alguma coisa, o processador recebe essas informações as processa e depois as exibe; • O Monitor é um dispositivo de saída, assim que o processador processa as informações de entrada fornecidas pelo teclado ele as exibe no monitor de vídeo; • Assim monta-se um ciclo de entrada e saída, Teclado ? Processador ? Monitor; Alan Turing Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, filho de um oficial britânico, Julius Mathison e Ethel Sara Turing. Seu interesse pela ciência começou cedo, logo que apren- deu a ler e escrever, distraia-se fatorando números de hinos religiosos e desenhando bicicletas anfíbias. A maior parte do seu trabalho foi desenvolvido no serviço de espionagem, durante a II Grande Guerra, levando-o somente por volta de 1975 a ser reconhecido como um dos grandes pioneiros no campo da computação, Em 1928, Alan começou a estudar a Teoria da Relatividade, conhecendo Christopher Morcom, que o influenciou profundamente. Morcom morreu em 1930 e Alan se motivou a fazer o que o amigo não teve tempo, durante anos trocou correspondências com a mãe de Morcom a respeito das idéias do amigo e se maravilhou com a possibilidade de resolver problemas com a teoria mecânica quântica.Chegou inclusive a escrever sobre a possibi- lidade do espirito sobreviver após a morte. Depois de concluir o mestrado em King’s College (1935) e receber o Smith’s prize em 1936 com um trabalho sobre a Teoria das Probabilidades, Turing se enveredou pela área da computação. Sua preocupação era saber o que efetivamente a computação poderia fazer. As respostas vieram sob a forma teórica, de uma máquina conhecida como Turing Universal Machine, que possibili- tava calcular qualquer número e função, de acordo com instruções apropriadas. Quando a II Guerra Mundial eclodiu, Turing foi trabalhar no Departamento de Comunicações da Gran Bretanha (Government Code and Cypher School) em Buckinghamshire, com o intuito de quebrar o código das comunicações alemãs, produzido por um tipo de computador chamado 31
  • 33. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Enigma. Este código era constantemente trocado, obrigando os inimigos a tentar decodifica-lo correndo contra o relógio. Turing e seus colegas cientistas trabalharam num sistema que foi cha- mado de Colossus, um enorme emaranhado de servo-motores e metal, considerado um precursor dos computadores digitais. Durante a guerra, Turing foi enviado aos EUA a fim de estabelecer códigos seguros para co- municações transatlânticas entre os aliados. Supõe-se que foi em Princeton, NJ, que conheceu Von Neumann e daí ter participado no projeto do ENIAC na universidade da Pensilvânia.. Terminada a guerra, Alan se juntou ao National Physical Laboratory para desenvolver um compu- tador totalmente inglês que seria chamado de ACE (automatic computing engine). Decepcionado com a demora da construção, Turing mudou-se para Manchester. Em 1952, foi preso por "inde- cência", sendo obrigado a se submeter à pisicoanálise e a tratamentos que visavam curar sua homosexualidade.Turing suicidou-se em Manchester, no dia 7 de junho de 1954, durante uma crise de depressão, comendo uma maçã envenenada com cianureto de potássio. O Teste de Turing O teste consistia em submeter um operador, fechado em uma sala, a descobrir se quem res- pondia suas perguntas, introduzidas através do teclado, era um outro homem ou uma máquina. Sua intenção era de descobrir se podíamos atribuir à máquina a noção de inteligência. Arquitetura Harvard A técnica de armazenamento de dados e instruções separadamente tornou-se conhecida como arquitetura Harvard. Apesar desta arquitetura ter sido descartada nos sistemas modernos de computação, está sendo ressuscitada em muitos processadores modernos. O ENIAC No início dos anos 40 outro computador foi desenvolvido na Universidade da Pennsylvania, utili- zando 18000 válvulas e 1500 relês para movimentar a informação através da máquina, chamado de Electronic Numerical Integrator And Calculator. Podia fazer 5000 adições por segundo ou 357 multiplicações por segundo. Era programado por cartões perfurados e podia ler dois números por segundo. Ingressando nos anos 60 Os computadores dos anos 40 funcionavam. Em frações de segundos podiam executar cál- culos que levariam semanas para serem efetuados por equipes utilizando máquinas de somar. Também eram máquinas imensas, necessitando de salas inteiras para si próprios e seus sistemas de ar-condicionado. Sua programação era lenta e complicada. E a portabilidade dos programas... Dos anos 40 aos anos 60, os projetistas de computadores trabalharam na mudança dos com- putadores. As máquinas deveriam ser menores, com programas intercambiáveis e fáceis de escrever, maior quantidade de memória, mais velocidade, mais potência, ... Mudanças no Hardware 32
  • 34. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Alguns problemas dos primeiros computadores tinham a ver com o tamanho de seus componen- tes, que os tornavam grandes, lentos, quentes e pesados. Para o final dos anos 50 foi introduzido o uso do transistor. 1/200 do tamanho da válvula. Geravam muito menos calor que as válvulas e eram muito, muito mais rápidos (as distâncias entre eles eram muito menores): podiam suportar até 100.000 instruções por segundo. Arquitetura von Neumann Os programas lógicos eram introduzidos nos primeiros computadores durante a operação: ro- los de papel eram perfurados para codificar 0s e 1s para que a máquina pudesse ler ou bancos de chaves eram posicionados em longos padrões de 0s e 1s. Os dados necessários se encon- travam dentro da máquina. Os contadores em anel do ENIAC eram representações físicas dos números que os programas deveriam manipular. Em meados dos anos 40, John von Neumann mostrou que as instruções poderiam ser representadas na mesma linguagem utilizada para os dados. Instruções e dados poderiam, então, ser armazenadas juntas dentro do computador. O primeiro computador com esta arquitetura von Neumann foi o Electronic Discrete Variable Auto- matic Computer, o EDSAC que tornou-se operacional em 1952. A arquitetura von Neumann tornou-se padrão para os sistemas computacionais modernos. A maioria dos computadores desde então possuem alguma versão desta arquitetura. Num típico sistema von Neumann, instruções e dados estão inseridos juntos na mesma memória. Muitas vezes com os dados seguindo imediatamente as instruções. Instruções são apenas números, não podendo ser distinguidas dos dados. Combinar instruções e dados na mesma memória traz algumas vantagens: • Uso eficiente da memória. Um único bloco (grande) de memória ao invés de dois menores. • Instruções são facilmente manipuláveis (como os dados). Como instruções e dados estão armazenados juntos, movimentar blocos de instruções (pro- gramas) é mais simples, ou ... • Facilidade em carregar programas na memória. Basta ler as instruções do disco ou outra memória secundária e executá-las. Combinar instruções e dados na mesma memória traz algumas desvantagens: 33
  • 35. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF • Dados podem sobrescrever instruções. Sem alguma precaução especial do hardware (pro- teção de memória), uma escrita incorreta na memória pode sobrescrever algumas instru- ções. Como os sistemas von Neumann não fazem distinção entre dados e instruções, a máquina pode tentar executar dados como instruções, com resultados indesejados. • Largura de banda limitada. Armazenar instruções e dados juntos significa que ambos per- correm o mesmo caminho até o processador. Este é o gargalo da arquitetura von Neu- mann. O processador deve executar um grande número de instruções por segundo e ler uma grande quantidade de dados ao mesmo tempo. 34
  • 36. Capítulo 5 Breve História da Internet A Internet A Internet, surgiu por vias militares nos períodos áureos da Guerra Fria. Na década de 60, quando dois blocos antagônicos politicamente, socialmente e economicamente exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa lideradas pela União Soviética e por Estados Unidos. In- dispensável dizer que as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação. Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque às suas bases militares pela URSS. Acontece que em caso de um ataque (deve-se levar em consideração o clima de tensão que permeia a década de 60), informações importantes e sigilosas poderiam ser perdidas não oferecendo aos EUA condições de resistência e reação. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar um rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Vale lembrar que em 1962, J.C.R LickLider do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) já falava em termos da existência de uma "Rede Galáxica". A ARPANET funcionava através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos "pacotes", que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do des- tinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original. O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não sabiam era que tinha acabado de dar o pontapé inicial para o maior fenômeno midático do século. O único meio de comunicação que em apenas 4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas. Já na década de 70, a tensão entre URSS e EUA diminui. As duas potências entram definiti- vamente naquilo em que a história se encarregou de chamar de Coexistência Pacífica. Não ha- vendo mais a iminência de um ataque imediato, o governo dos EUA permitiu que pesquisadores que desenvolvessem, nas suas respectivas universidades, estudos na área de defesa pudessem também entrar na ARPANET. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas nela. 35
  • 37. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF Dividiu-se então este sistema em dois grupos, a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também seus alunos e os alunos de seus amigos, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los. Houve uma época nos Estados Unidos em que se quer se cogitava a possi- bilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los. A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet"(2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o trá- fego de informações fosse encaminhado de uma rede para outra. Todas as redes conectadas pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones (que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óp- tica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anár- quica. É basicamente isto que consiste a Internet, que não tem um dono específico. A World Wide Web Na década de 80, o interesse pela rede se amplia e mais pesquisas foram realizadas. Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet, até então uma rede fechada e com uma interface bastante diferente da que conhecemos hoje. Tim Barners-Lee foi o responsável pela criação da World Wide Web, um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. A rede coletiva ganhou uma maior divulgação pública a partir de 1990. Em Agosto de 1991, Berners-Lee publicou seu novo projeto para a World Wide Web, dois anos depois de começar a criar o HTML, o HTTP e as poucas primeiras páginas web no CERN, na Suíça. O CERN não tinha idéia da escala que a World Wide Web tomaria. Em 1993 o centro quis abrir mão do direito de propriedade dos códigos básicos do projeto de um sistema global de hipertexto. Em 1994 a NCSA lança o primeiro browser para a Web, o navegador X Windows Mosaic 1.0. O lançamento deste browser foi o responsável pela popularização da Internet, que desta maneira saía do meio acadêmico e passou a fazer parte do cotidiano de pessoas comuns. Em 1996 a palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na maioria das vezes a WWW. Esta confusão entre a nomenclatura Internet e Web é freqüente até hoje, mas é importante ressaltar que a Web é só uma parte da Internet. Por fim, vale destacar que já em 1992, o então senador Al Gore, já falava na Superhighway of Information. Essa "super-estrada da informação"tinha como unidade básica de funcionamento 36
  • 38. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF a troca, compartilhamento e fluxo contínuo de informações pelos quatro cantos do mundo atra- vés de um rede mundial, a Internet. O que se pode notar é que o interesse mundial aliado ao interesse comercial, que evidentemente observava o potencial financeiro e rentável daquela "no- vidade", proporcionou o boom e a popularização da Internet na década de 90. Até 2003, cerca de mais de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede. Segundo a Internet World Esta- tistics, em junho de 2007 este número se aproxima de 1 bilhão e 234 milhões de usuários. A Internet no Brasil e a RNP No Brasil, os primeiros embriões de rede surgiram em 1988 e ligavam universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. No mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o pri- meiro serviço brasileiro de internet não-acadêmica e não-governamental. Inicialmente o AlterNex era restrito aos membros do Ibase e associados e só em 1992 foi aberto ao público. Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia lança um projeto pioneiro, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Existente ainda hoje, a RNP é uma organização de interesse público cuja principal missão é operar uma rede acadêmica de alcance nacional. Quando foi lançada, a organização tinha o objetivo de capacitar recursos humanos de alta tecnologia e difundir a tecno- logia internet através da implantação do primeiro backbone nacional. O backbone funciona como uma espinha dorsal, é a infra-estrutura que conecta todos os pontos de uma rede. O primeiro backbone brasileiro foi inaugurado em 1991, destinado exclusivamente à comunidade acadêmica. Mais tarde, em 1995, o governo resolveu abrir o backbone e fornecer conectividade a provedores de acesso comerciais. A partir dessa decisão, surgiu uma discussão sobre o papel da RNP como uma rede estritamente acadêmica com acesso livre para acadêmicos e taxada para todos os outros consumidores. Com o crescimento da internet comercial, a RNP voltou novamente sua atenção para a comunidade científica. A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na internet brasileira. O aumento de acessos a rede e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levou a investimentos em novas tec- nologias. Entretanto, devido a carência de uma infra-estrutura de fibra óptica que cobrisse todo o território nacional, primeiramente, optou-se pela criação de redes locais de alta velocidade, apro- veitando a estrutura de algumas regiões metropolitanas. Como parte desses investimentos, em 2000, foi implantado o backbone RNP2 com o objetivo de interligar todo o país em uma rede de alta tecnologia. Atualmente, o RNP2 conecta os 27 estados brasileiros e interliga mais de 300 instituições de ensino superior e de pesquisa no país. Outro avanço alcançado pela RNP ocorreu em 2002. Nesse ano, o então presidente da repú- blica transformou a RNP em uma organização social. Com isso ela passa a ter maior autonomia administrativa para executar suas tarefas e o poder público ganha meios de controle mais eficazes para avaliar e cobrar os resultados. Como objetivos dessa transformação estão o fornecimento de serviços de infra-estrutura de redes IP avançadas, a implantação e a avaliação de novas tec- nologias de rede, a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de recursos humanos na área de segurança de redes, gerência e roteamento. A partir de 2005, a comunicação entre os Pontos de Presença (PoPs) da rede começou a ser 37
  • 39. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação a 11 Gbps. Cronologia Segue abaixo um histórico do desenvolvimento da informática e das tecnologias ligadas a com- putação em geral. • 1622 - O matemático inglês William Oughtred desenvolve a primeira régua de cálculo. • 1642 - O pesquisador francês Blaise Pascal cria a primeira calculadora. • 1822 - O matemático inglês Charles Babbage projeta um computador mecânico, porém este não saiu do papel. • 1847 - É criado o sistema binário pelo matemático inglês George Boole. • 1880 - O norte-americano Herman Hollerith cria um processador de dados eletromecânico. O sistema usava cartões perfurados para inserir dados. • 1930 - Nos Estados Unidos, o engenheiro eletricista Vannevar Bush desenvolve um compu- tador usando válvulas de rádio. • 1946 - Os engenheiros norte-americanos John William Mauchly e John Presper Eckart Jr desenvolvem o Eniac, o primeiro computador eletrônico. O Eniac foi desenvolvido para servir aos interesses bélicos dos EUA na II Guerra Mundial. Serviu para fazer os cálculos no desenvolvimento da bomba atômica. • 1954 - A empresa eletrônica Texas Instruments fabrica o transistor usando silício. • 1956 - Surge, no MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts - o primeiro computador que utiliza transistores. • 1963 - Douglas Engelbart patenteia o mouse. • 1964 - Paul Baran, pesquisador norte-americano, projeta e cria a primeira rede de compu- tadores interligada por fios. • 1966 - A IBM desenvolve o Ramac 305, utilizando discos de memória com capacidade de 5 megabits. • 1968 - Douglas Engelbart cria um sistema com mouse, teclado e janelas ( windows ). • 1971 - A Intel cria o MCS-4, primeiro microcomputador pessoal com o processador 4004. • 1972 - A empresa Atari cria o primeiro videogame com o jogo Pong. • 1975 - Desenvolvem a linguagem Basic, primeira linguagem para microcomputadores. As linguagens anteriores eram adequadas aos grandes e médios computadores. • 1975 - Bill Gates e Paul Allen fundam a Microsoft. • 1976 - Steve Wozniak e Steve Jobs projetam e desenvolvem o micro Apple I. No mesmo ano a dupla a Apple Computer Company. • 1981 - A IBM lança o micro PC 5150. 38
  • 40. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF • 1985 - A Microsoft o sistema operacional Windows e o Word 1.0 (primeira versão do pro- cessador de textos). • 1989 - Tim Berners-Lee , pesquisador europeu cria a World Wide Web ( WWW) que origina a Internet. • 1991 - Linus Torvald lança o sistema operacional Linux com código-fonte aberto. • 1992 - A empresa americana Microsoft lança o sistema operacional Windows 3.1. A nova versão do Windows incorpora tecnologias voltadas para a utilização de CD-Roms. • 1993 - Surge o primeiro browser, o NCSA Mosaic. • 1993 - A empresa de processadores Intel coloca no mercado o processador Pentim. • 1994 - É criado o navegador de internet Netscape Navigator. • 1995 - Chega ao mercando o Windows 95, trazendo incorporado o navegador Internet Ex- plorer. • 1995 - Criada a linguagem Java pela Sun Microsystems. • 1997 - Garri Kasparov, campeão mundial de xadrez, perde pra o computador Deep Blue da IBM. • 1997 - Justin Fraenkel desenvolve o Winamp, programa utilizado para ouvir músicas no formato MP3. • 1998 - A Microsoft lança no mercado o Windows 98. • 1999 - A Intel lança no mercado o processador Pentium III. 39