O documento discute a agricultura de precisão na distribuição de corretivos e fertilizantes utilizando aplicações a taxas variáveis. Aborda os tipos de aplicadores, como distribuidores por gravidade, de esteira e hidráulicos, assim como o uso de piloto automático e sensores para monitorar a qualidade da distribuição e fatores que a afetam.
Agricultura de Precisão na distribuição de corretivos e fertilizantes
1. Agricultura de Precisão na
Distribuição de Corretivos e
Fertilizantes
Giovana D. Martins de Oliveira 11311AGR033
Leonardo Lima Ribeiro 11221AGR034
Slloane do Valle Nogueira Fernandes 11311AGR024
2. Aplicações a taxas variáveis
• A adubação a lanço é uma adubação feita superficialmente e não na linha, no suco do
plantio, como é feita normalmente.
• A aplicação com taxa variavél é um levantamento do solo feito através de uma
amostragem em grade. Com o uso da técnica o produtor tem maior conhecimento da sua
lavoura e ganha em agilidade no plantio e poder de decisão.
• Segundo Sérgio Luis Góes, consultor da Apagri a produtividade pode
aumentar de 5% a 10%.
A importância de aplicações de corretivos e fertilizantes
à taxa variável
3. Aplicações a taxas variáveis
Agricultura Convencional
Superdosagem Infradosagem
Gasto Inútil dos
insumos
↑Custo
Dosagem media para
todo talhão
4. Aplicações a taxas variáveis
A agricultura de precisão tem como principal objetivo otimizar a utilização dos
insumos agrícolas, através de sua aplicação diferenciada ao longo de uma
determinada área e de acordo com as reais necessidades de cada zona de
manejo, estabelecidas com critérios técnicos.
Eficiência com distribuição por taxas
variadas
5. Aplicações a taxas variáveis
Eficiência com distribuição por taxas
variadas
Algumas Vantagens do uso de Taxa Variada
Aumenta da produtividade
Eficiência econômica ↓Gasto com insumos
Aumenta sustentabilidade Ambiental
↓Risco Contaminação Ambiental
Aumenta a eficiência técnica
7. É uma máquina com depósito tradicionalmente em formato de cone ou trapézio, com um
orifício de saída de abertura regulável na parte inferior, a fim de possibilitar que o insumo
saia pela ação da gravidade.
Normalmente, este distribuidor agrega um agitador para desprender e facilitar o fluxo de
saída do insumo.
São muito utilizados especialmente em pequenas propriedades devido a seu baixo custo,
porém podem apresentar dificuldades na regulagem, dependendo da condição física do
insumo aplicado, e consequentemente reduzir sua eficiência de aplicação.
DISTRIBUIDOR POR
GRAVIDADE
11. Este maquinário apresenta o fundo do depósito móvel, com uma esteira que roda
no sentido longitudinal.
A esteira leva o insumo do interior do depósito até a abertura de saída, na parte
traseira.
A regulagem da dose de aplicação é feita por meio da variação da velocidade da
esteira e pela abertura do bocal de saída, combinados com a velocidade de deslocamento
da máquina.
Este tipo de distribuidor oferece boas condições de regulagem de acordo com o
insumo aplicado, porém tem custo mais alto.
DISTRIBUIDOR DE ESTEIRA
13. Tipos de aplicadores de
corretivos e fertilizantes
Classificação dos aplicadores quanto ao tipo de aplicação
14. Distribuidor de aplicação localizada
Independentemente da forma do fluxo interno do insumo, a adubadora
pode possuir um sistema que conduz o insumo para aplicação localizada.
Fonte:<http://www.jan.com.br/web/index.php?menu=implementos&sub=distribuicao&id=11&language=pt>
15. Vantagens
• Maior precisão na
regulagem e eficiência
na aplicação
• ↓Perda por deriva
• ↓Fixação ao solo e
volatilização de adubos
nitrogenados
Desvantagens
• Faixa útil de aplicação
com largura mais
estreita
• Menor rendimento da
operação
16. Distribuidor de aplicação a lanço
O calcário ou adubo são espalhados sobre o solo através de
mecanismos que utilizam a força centrífuga para a distribuição.
Fonte:<http://ruralagricola.net.br/produtos/distribuidores/id/28/distribuidor-hidraulico-a-lanco-tornado-600-md.html>
17. • O distribuidor a lanço possui um reservatório em formato cônico de
montagem nos três pontos do trator ou trapezoidal de arraste.
Vantagem Desvantagem
Alto rendimento
operacional
Menor uniformidade na
aplicação
Fonte:<http://www.plantiodireto.inf.br/?body=cont_int&id=928>
18. Controle dos aplicadores de insumos
O controle será feito com mecanismos específicos relacionados a cada
tipo de aplicador:
• os distribuidores de esteira são controlados por um motor
• os distribuidores por gravidade são controlados eletronicamente, com
abertura e fechamento do bocal de saída do fertilizante.
19. O conjunto trator/distribuidor possui ainda um computador de
bordo onde se inserem o mapa de recomendação de calcário ou
fertilizante e as informações da aplicação.
A necessidade de aplicação é controlada através de um arquivo
digital que contém o mapa de aplicação e é basicamente um arquivo de
três colunas: X (latitude), Y (longitude) e Z (dose).
Fonte:< https://www.youtube.com/watch?v=Sgs51eN6M7w>
20. Os métodos de aplicação à taxa variável
Existem duas maneiras específicas para a aplicação de corretivos
e fertilizantes a taxas variadas:
• em tempo real, por meio do uso de sensores; e
• programada, por meio do mapeamento prévio do terreno.
Mapas ou sensores para aplicações em
taxas variadas
22. VANTAGENS
• sensores fundamentados na reflexão de luz, que
estimam as deficiências de nutrientes nas culturas
• sensores fundamentados na resistência elétrica,
que medem o teor em umidade do solo;
• sensores fundamentados na impedância elétrica,
utilizados para medir o teor em nutrientes no solos
em tempo real
DESVANTAGENS
• Necessitam de tecnologia específica,
para fornecer respostas em tempo
real.
• Custo alto
• Mão de obra especializada
TEMPO REAL
24. VANTAGENS
• permitem utilizar tecnologias de
coleta e análise de dados mais
complexas;
• facilitam o controle da operação;
• permitem calcular as quantidades
de insumos a serem aplicadas com
antecedência.
DESVANTAGENS
• necessita de softwares específicos
para a leitura dos mapas de
recomendação;
• podem se desaconselhadas quando
as características do solo e das
culturas tendem a alterar-se
rapidamente,
PROGRAMADA
25. Aplicações à taxa variável com equipamentos
convencionais
A técnica consiste em regular o
distribuidor convencional manualmente e
aplicar determinada concentração do insumo
por toda a zona de manejo de mesma cor.
Para aplicar sobre uma área referente
a outra isolinha de outra cor é necessário realizar
uma nova regulagem manual do distribuidor,
até perfazer toda a área.
26. • A aplicação tem as desvantagens:
• Ser mais demorada, de exigir que se façam muitas manobras dentro de
subáreas do talhão,
• Favorecer erros nas regulagens manuais do distribuidor.
Por outro lado, permite que o produtor adote o conceito da
agricultura de precisão e melhore sua produtividade mesmo sem possuir
todo o maquinário adaptado.
27. Piloto Automático
É um sistema de
direcionamento via satélite
automático que opera em reta ou em
curva e é extremamente preciso, pois
não tem a interferência do operador.
Direciona automaticamente o
equipamento sobre uma linha
planejada de aplicação através do
acionamento automático do
comando da direção.
Fonte:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAC_kAC/maquinas-agricolas
30. Piloto Automático Universal
• Consiste basicamente de um mecanismo de atuação fixado na barra
de direção, próximo ao volante
• O mecanismo é controlado por um monitor que governa a direção e
mantém o veículo no trajeto desejado durante a operação.
• O piloto universal é de fácil montagem e pode ser adaptado em
diversos modelos de tratores.
• Atualmente, são comercializados dois tipos de piloto universal: os
pilotos eletromecânico e elétrico
31. Piloto Automático Universal Eletromecânico
Estrutura formada pelo mecanismo de atuação, conectado diretamente
ao eixo central do volante, um monitor e um receptor de sinal GNSS com
tecnologia RTK.
http://www.deere.com.br/
32. Vantagens
Ocupa pouco espaço
Não limita a visibilidade do operador
Mante a funcionalidade do volante
Monitor possibilita visualizar as linhas a serem seguidas e
formação de mapa de aplicação
Teclado virtual para configurar o sistema
Receptor constitui a base móvel do sistema de correção diferencial RTK
Fonte:<http://www.stara.com.br/produto/topper-driver-2-was/
33. Piloto Automático Universal Elétrico
O piloto automático universal elétrico é constituído por um motor elétrico fixo
na coluna de direção por meio de um suporte universal.
34. Piloto Automático Integrado
O piloto automático integrado consiste em uma série de componentes
que são conectados diretamente aos componentes elétricos e hidráulicos
responsáveis pelo direcionamento do trator.
Suas principais partes constituintes são:
• o receptor de sinais GNSS,
• o comando de inclinação,
• o comando central e o atuador.
http:<//www.agrogeosul.com.br/index.php/produtos/>
35. Piloto Automático Integrado
VANTAGENS
• Melhor acurácia, erros entre 3 e
5 cm
• Correção do trajeto mais rápido
• Tecnologia para correção da
inclinação de terreno
• Manobras de cabeceira com
facilidade
DESVANTAGEM
• Elevado custo para aquisição
36. Configuração Piloto Automático
• Local da base fica :
• Alimentada com fonte de energia 12v
• Distancia entre as bases de 20 a 30 km
• Software para correção de sinal GNSS
é o que proporciona a correção RTK
Configuração do sistema de posicionamento
Fonte:< http://www.deere.com.uk/>
37. Configuração do Monitor
Os monitores que controlam o piloto
automático também são capazes de realizar
diversas outras tarefas, como aplicações a
taxas variáveis, controle de seções e operações
com função DGPS.
ETAPAS STARA Topper4500
• Senha e Usuário
• Seleção de Máquina
• Configuração de Medidas
• Criar Trabalho
• Criar Talhão
• Editar nome do Trabalho
• Carregar Trabalho
• Criar Bordadura
• Criar linha A-B
configuração do controlador de piloto
automático do fabricante Stara, modelo
Topper 4500
38. Monitoramento da qualidade de
distribuição de corretivos e
fertilizantes
A importância dos dispositivos de monitoramento
na distribuição de corretivos e fertilizantes
39. Desafios da aplicação de insumos no campo
Por que realizar monitoramento do processo de aplicação de insumos:
• Evitar perdas consideráveis durante aplicação
• Monitoramento visual da aplicação a jato
• Monitoramento da quantidade de produto
existente no deposito
• Para determinar a largura nominal de trabalho
Fonte:<http://www.basefertil.com.br/>
40. Principais tipos de dispositivos
Os distribuidores mais modernos
possuem diversos sensores embarcados
responsáveis por monitorar durante todo instante
a distribuição do adubo.
Um desses sensores é instalado na parte
debaixo do reservatório, ficando responsáveis
pela medição da massa presente no interior do
depósito através de um mecanismo semelhante a
uma célula de carga ou sensor de peso.
41. Um dos principais dispositivos utilizados no monitoramento da distribuição de adubo é o atuador
elétrico ou eletro-hidráulico de comando da abertura das placas de dosagem do adubo.
Constituído por uma estrutura composta de :
• motor elétrico ou hidráulico,
• válvulas e sensores de rotação
Fonte: Cemagref (1997)
42. • Os atuadores elétricos ou eletro-hidráulicos são conectados a monitores instalados na cabine do
trator e enviam dados de fluxo de descida e dose aplicada.
• Também respondem a comandos advindos do monitor, como variações controladas da rotação
para elevar ou reduzir a dose aplicada
• Os monitores são capazes de receber mapas de aplicação e assim transmitir informações sobre
fechamento e abertura do dosador de acordo com a necessidade de cada mancha demarcada
pelo mapa.
Fonte:<http://www.trimble.com/>
43. Sensores Isolados
• São responsáveis pela medição do fluxo de descida de adubo. Ele é colocado junto à mangueira de
descida do adubo e registra o fluxo de deposição do produto.
• Desempenham importante papel na eventual variação da
deposição,
• Informam sobre possíveis entupimento
ou esvaziamento do reservatório.
• São os dispositivos de monitoramento mais simples
disponíveis no mercado.
Fonte:<http://www.lohr.com.br/>
44. São compostos:
• por um monitor de comando,
• módulos de distribuição de sensores,
• cabos de comunicação e sensores
Fonte:<http://www.prosolus.com/_GI/pdf/>
45. Funcionamento dos monitores
Os monitores possuem interfaces de fácil comunicação com o operador: ao
iniciar o plantio, a luz de “monitorando” é acesa no monitor.
Em caso de falha por entupimento ou interrupção do fluxo de semente/adubo
a luz de “monitorando” se apaga e então se acende a de alerta, que é acompanhada
de um sinal sonoro.
O visor indica alternadamente a mensagem “Er” e o número do sensor (ou dos
sensores) que está com problema.
46. Fatores que interferem na
qualidade da distribuição
Condições
Ambientais
Características
do Produto
Modo de
Aplicação
47. Condições Ambientais☼
As condições ambientais podem prejudicar o deslocamento normal da máquina
durante a aplicação ou afetar o deslocamento normal do insumo até que ele atinja o solo.
Principais fatores ambientais que interferem na aplicação:
• Umidade do Solo
• Vento
• Chuva
48. • A umidade do solo deve ser baixa o suficiente para permitir o
fácil deslocamento do trator e do distribuidor de calcário e
fertilizante por toda a área.
Umidade
do solo
• A distribuição de corretivos e fertilizantes a lanço é
diretamente afetada por ventos fortes no momento da
aplicação.
Condições ideias de aplicação : De ventos leves a moderados.
Vento
• Distribuidores com proteção contra chuva, o problema é
minimizado em caso de chuvas leves.Chuva
49. Características do Produto
As características intrínsecas dos insumos podem reduzir a eficiência da aplicação ou
mesmo favorecer a ação indesejada dos fatores ambientais descritos anteriormente.
As principais características dos produtos relacionados à eficiência de aplicação são :
• Granulometria
• Umidade do Insumo
• Armazenamento e Conservação
50. • Fina: Ação negativa do vento, diminui a eficiência de
aplicação
Exemplo: Calcário demanda maiores cuidados durante
aplicação.
Granulometria
• Insumos com menor umidade possuem também menor
peso, sofrendo ação negativa do vento.
Insumos com alta umidade dificultam escoamento e a
saída pelos mecanismos da máquina.
Umidade do
insumo
• Corretivos e fertilizantes devem ser acomodados em
condições de umidade ideal, evitando a alteração física o
acomete a dificuldades na aplicação.
Armazenamento e
conservação
51. Modo de Aplicação
Outras variáveis relacionadas à distribuição de corretivos e fertilizantes também
podem afetar a eficiência da aplicação, tais como:
• Alimentação do Software
• Velocidade do deslocamento
• Conhecimento do operador
52. • A inserção dos dados no software da máquina deve ser feita de
forma correta pelo operador. A inserção incorreta do mapa de
recomendação ou da largura da faixa útil de aplicação afeta todo o
processo, reduzindo a eficiência da distribuição dos insumos.
Alimentação
do software
• A velocidade de deslocamento da máquina durante a distribuição
de corretivos e fertilizantes varia de acordo com o conjunto de
máquinas e com a marcha utilizada. Recomenda-se trabalhar em
um nível de rotação que garanta 540 rotações por minuto na
tomada de potência.
Velocidade de
deslocamento
• O operador da máquina deve ser capacitado para realizar tal
operação, de forma a utilizar todas as informações de forma
correta, acompanhar os dados da aplicação durante a operação e
reconhecer qualquer alteração indesejada durante a distribuição.
Conhecimento
do operador
53. Referência Bibliográficas
• SENAR. Agricultura de precisão na distribuição de corretivos e fertilizantes. Disponível em:
<http://ead.senar.org.br/cursos/agricultura-de-precisao/agricultura-de-precisao-na-distribuicao-
de-corretivos-e-fertilizantes/>. Acesso em 25 de Outubro de 2016
• BASE FERTIL. Calcário. Disponível em: <https://www.basefertil.com.br/ calcario.html>.Acesso em
25 de Outubro de 2016
• JOHN DEERE. Sistema de Direcionamento.Disponivel em:
<https://www.deere.com.br/pt_BR/products/equipment/agriculture_management_solutions/gui
dance_system/autotrac_universal_200/autotrac_universal_200.page?>
• STARA.Piloto automático. Disponível em: <http://www.stara.com.br/produtos/piloto-automatico-
pt-br/>
Para esclarecer os ganhos da agricultura de precisão, é importante sublinhar com frequência as práticas da agricultura convencional, onde a recomendação e distribuição de corretivos de solo são feitas com base em valores médios para todo o talhão. A consequência direta dessa prática é que algumas áreas do talhão receberão doses menores do que o necessário, tornando a produtividade estática por falta de corretivos, enquanto outras áreas apresentarão superdosagem, gerando prejuízos pelo gasto desnecessário do insumo e, principalmente, redução na produtividade pela interferência na disponibilidade de nutrientes. Neste mesmo contexto, a recomendação e a distribuição convencional de fertilizantes são feitas com base em dosagens médias para todo o talhão, sendo que, em alguns casos, a quantidade é determinada com base em valores fixos para várias propriedades, ano após ano, de acordo com a cultura. Informalmente, essa prática é chamada de “receita de bolo”, e costuma trazer maiores prejuízos. À redução na produtividade, devida à super ou infradosagem de insumos nas áreas do talhão, soma-se o gasto inútil com insumos, que têm um valor agregado muito maior, representando grande perda.
aumentar a eficiência técnica da atividade, através do aumento esperado da produtividade, e a eficiência econômica, pela redução dos gastos com insumos. Além disso, é possível aumentar a sustentabilidade ambiental da atividade ao reduzir os riscos de contaminação ambiental por meio do uso racional dos insumos.
aumentar a eficiência técnica da atividade, através do aumento esperado da produtividade, e a eficiência econômica, pela redução dos gastos com insumos. Além disso, é possível aumentar a sustentabilidade ambiental da atividade ao reduzir os riscos de contaminação ambiental por meio do uso racional dos insumos.
É uma máquina com depósito tradicionalmente em formato de cone ou trapézio, com um orifício de saída de abertura regulável na parte inferior, a fim de possibilitar que o insumo saia pela ação da gravidade. Normalmente, este distribuidor agrega um agitador para desprender e facilitar o fluxo de saída do insumo. São muito utilizados especialmente em pequenas propriedades devido a seu baixo custo, porém podem apresentar dificuldades na regulagem, dependendo da condição física do insumo aplicado, e consequentemente reduzir sua eficiência de aplicação.
No caso do dosador gravitacional, o fluxo do produto do reservatório ao distribuidor ocorre por gravidade, sendo auxiliado em alguns casos por agitador mecânico, que opera sobre um orifício de abertura regulável (Figura 1). O principal representante desse dosador no mercado brasileiro é aquele normalmente utilizado nos equipamentos tipo “cocho”, sendo também empregado nos equipamentos com distribuidores pendulares e centrífugos
É uma máquina com depósito tradicionalmente em formato de cone ou trapézio, com um orifício de saída de abertura regulável na parte inferior, a fim de possibilitar que o insumo saia pela ação da gravidade. Normalmente, este distribuidor agrega um agitador para desprender e facilitar o fluxo de saída do insumo. São muito utilizados especialmente em pequenas propriedades devido a seu baixo custo, porém podem apresentar dificuldades na regulagem, dependendo da condição física do insumo aplicado, e consequentemente reduzir sua eficiência de aplicação.
Independentemente da forma do fluxo interno do insumo, a adubadora pode possuir um sistema que conduz o insumo para aplicação localizada. O distribuidor de aplicação localizada apresenta maior precisão na regulagem e eficiência na aplicação dos insumos, uma vez que os direciona diretamente para a planta. Isso evita perdas por deriva, fixação ao solo e volatilização de adubos nitrogenados. O aspecto negativo de produtividade destes equipamentos fica por conta da largura mais estreita da faixa útil de aplicação e pelo menor rendimento da operação.
Tem este nome a máquina na qual o calcário ou adubo são espalhados sobre o solo através de mecanismos que utilizam a força centrífuga (por discos) para a distribuição. O distribuidor a lanço possui um reservatório em formato cônico de montagem nos três pontos do trator ou trapezoidal de arraste. É um tipo de máquina bastante utilizada por produtores atualmente, uma vez que sua largura de distribuição é bastante grande, o que proporciona alto rendimento operacional. Porém, pode apresentar menor uniformidade na aplicação, devido à ação do vento ou ao efeito deriva, especialmente sobre insumos com granulometria mais fina e leve, como o calcário.
O distribuidor a lanço possui um reservatório em formato cônico de montagem nos três pontos do trator ou trapezoidal de arraste. É um tipo de máquina bastante utilizada por produtores atualmente, uma vez que sua largura de distribuição é bastante grande, o que proporciona alto rendimento operacional. Porém, pode apresentar menor uniformidade na aplicação, devido à ação do vento ou ao efeito deriva, especialmente sobre insumos com granulometria mais fina e leve, como o calcário.
. Podem ainda ser feitas adaptações, como motores hidráulicos ou outros controles eletrônicos para determinar velocidade de deslocamento da esteira e a abertura do bocal de saída dos insumos.
O conjunto trator/distribuidor possui ainda um computador de bordo onde se inserem o mapa de recomendação de calcário ou fertilizante e as informações da aplicação. A necessidade de aplicação é controlada através de um arquivo digital que contém o mapa de aplicação e é basicamente um arquivo de três colunas: X (latitude), Y (longitude) e Z (dose). Normalmente, a inserção de arquivos (mapas) pode ser realizada através de uma mídia compacta (pen-drive ou cartão de memória). Atenção: esses equipamentos possuem seu próprio receptor de GPS, de baixo custo e sem recursos de correção diferencial. Isso não compromete a qualidade da operação, mas não permite o uso de recursos mais precisos no deslocamento, por exemplo, a barra de luzes.
Na aplicação em tempo real, são usadas máquinas que apuram (por meio de sensores) e analisam informações sobre um determinado atributo específico à medida que o veículo se desloca pelo espaço das lavouras. Estas máquinas possuem dispositivos que comandam a dosagem e o local de aplicação de insumos a partir das informações coletadas a cada intervalo de tempo. Este método não depende de um sistema de posicionamento por satélite, porém, quando associado a um, pode gerar um mapa de variabilidade ao final da operação.
Nas aplicações programadas, no lugar de sensores, as máquinas obedecem à programação dos mapas de aplicação, previamente elaborados a partir de informações coletadas de forma georreferenciada, e analisadas de modo a definir as quantidades de insumos que serão aplicadas nos diferentes pontos das lavouras. Neste sistema, é de extrema importância que se utilize um sistema de posicionamento por satélite, a fim de relacionar a localidade da área com a necessidade de aplicação do insumo.
As aplicações programadas com mapas de aplicação apresentam algumas vantagens em rela- ção às aplicações em tempo real com sensores. Entre elas, destacam-se:
• permitem utilizar tecnologias de coleta e análise de dados mais complexas, levando-se em consideração mais de um mapa de condição;
• facilitam o controle da operação, uma vez que o sistema conhece previamente a situação que vem a seguir;
• permitem calcular as quantidades de insumos a serem aplicadas com antecedência, o que pode ser importante no planejamento da empresa agrícola, inclusive para evitar que falte insumo durante a aplicação. Entre os cuidados necessários à aplicação programada, destacam-se:• necessita de softwares específicos para a leitura dos mapas de recomendação; e • podem se desaconselhadas quando as características do solo e das culturas tendem a alterar-se rapidamente, por exemplo, uma infestação de pragas.
Para aplicar sobre uma área referente a outra isolinha de outra cor é necessário realizar uma nova regulagem manual do distribuidor, e assim sucessivamente, até perfazer toda a área.
O princípio de funcionamento dessa técnica se baseia no direcionamento automático do trator sobre uma linha preestabelecida e no monitoramento via satélite. O sistema utiliza sinais GNSS com técnicas de correção diferencial, sendo que a mais empregada ultimamente é o RTK, que utiliza uma base fixa, com a função de corrigir o posicionamento informado pelos satélites e enviar o sinal corrigido para o receptor móvel que fica localizado no trator, por meio de ondas de rádio UHF. A distância entre as duas bases pode ser de até 30 m, desde que não haja obstáculos ao longo do percurso do sinal. De modo geral, os erros observados nos sistemas de piloto automático mais avançados são baixos, podendo girar em torno de 1 a 5 cm. Assim ocorre durante a configuração das barras de luzes, o operador deverá criar uma linha guia e definir o espaçamento entre as passadas. Em seguida, o sistema elabora diversas linhas virtuais à direita e à esquerda da linha guia.
Para as aplicações de corretivos e fertilizantes realizadas com dispositivos de piloto automático, em geral, tem-se maior uniformidade na manutenção do alinhamento, paralelismo entre as passadas e adequada sobreposição dos jatos dos produtos aplicados a lanço. Além disso, os equipamentos agrícolas com piloto automático proporcionam maior conforto ao operador, que pode dedicar a sua atenção a outras atividades durante a aplicação, como o monitoramento da quantidade de produto nos reservatórios e a observação das diversas funções apresentadas nas telas dos monitores e painel do trator. Consequentemente, ao final da jornada de trabalho, o operador estará mais descansado e motivado para retornar às suas atividades no dia seguinte.
O piloto automático universal é a forma mais simples de automatizar o trator. Consiste basicamente de um mecanismo de atuação fixado na barra de direção, próximo ao volante. Pelo fato de ser adaptável a um veículo usado, ou seja, o produtor poder adquirir o acessório e instalar no seu próprio trator, muitos produtores têm optado por este tipo de automação. O mecanismo é controlado por um monitor que governa a direção e mantém o veículo no trajeto desejado durante a operação. De modo geral, o piloto universal é de fácil montagem e pode ser adaptado em diversos modelos de tratores. Entretanto, recomenda-se que seja realizada uma avaliação prévia sobre a compatibilidade entre o modelo de trator disponível e o piloto automático que se deseja adquirir. Alguns fabricantes, no intuito de garantir melhores resultados proporcionados pelos seus equipamentos, limitam o uso de seus dispositivos para apenas certos modelos de tratores, tendo em vista as posições de fixação do atuador e o desempenho do trator. Atualmente, são comercializados dois tipos de piloto universal: os pilotos eletromecânico e elétrico
A montagem consiste na substituição do volante original do trator por essa estrutura, que possui uma unidade de comando responsável por receber as coordenadas vindas do receptor e atuar diretamente na coluna de direção do trator, realizando os ajustes a fim de manter o alinhamento programado.
Uma das vantagens desse tipo de piloto é que ocupa pouco espaço na cabine e não limita a visibilidade do operador a informações no painel do trator. Além disso, permite que a funcionalidade telescópica do volante seja mantida. O monitor, além de possuir uma barra de luzes para que o operador acompanhe o desempenho do piloto automático, tem a finalidade de interagir com o operador, possibilitando a visualização das linhas a serem seguidas e a geração do mapa de aplicação. Ainda possui um teclado virtual que permite configurar o sistema. O receptor constitui a base móvel do sistema de correção diferencial RTK.
Esse suporte permite que seja feito ajuste de modo que a extremidade do motor, que possui uma estrutura móvel, fique em contato com o volante, movimentando-o para que o trator siga o alinhamento determinado. Também é constituído por um monitor e um receptor de sinais GNSS. Em geral, são os pilotos automáticos de menor custo de aquisição, podendo ser adaptados a diversos tipos de tratores. Para obter um funcionamento adequado, o contato entre o volante e o motor elétrico do piloto deve proporcionar bom atrito, sob pena de ocorrer deslizamento e consequente perda na transmissão do movimento. Ressalta-se que o volante deve estar limpo e sem a presença de lubrificantes, fato comum em algumas situações verificadas no campo. Folgas no sistema de direção podem comprometer o desempenho do funcionamento desses dois tipos de automação.
O piloto automático integrado consiste em uma série de componentes que são conectados diretamente aos componentes elétricos e hidráulicos responsáveis pelo direcionamento do trator. Esse tipo de piloto se integra diretamente no sistema hidráulico do trator, o que permite uma maximização do espaço dentro da cabine, aumentando o conforto do operador e a segurança da operação. Suas principais partes constituintes são: o receptor de sinais GNSS, o comando de inclinação, o comando central e o atuador.
Em geral, o piloto integrado tem um custo de aquisição superior ao dos outros tipos de pilotos. Entretanto, apresenta melhor acurácia em rela- ção aos pilotos universais, podendo gerar erros entre 3 e 5 cm, pois atua diretamente no esterçamento do trator, proporcionando tempo de resposta mais curto durante os movimentos de correção do trajeto. Isso ocorre porque, diferentemente do que acontece nos sistemas de piloto universal, este sistema não é acometido pelas folgas que normalmente são verificadas na direção dos tratores. Dessa forma, o trator retorna mais rapidamente para o alinhamento, resultando em redução do tempo total e no aumento da capacidade operacional. Assim como em alguns tipos de piloto automático universal, o piloto automático integrado possui tecnologia para correção da inclinação do terreno, ajustando o trator em três eixos e corrigindo a inclinação diversas vezes por segundo. Isso garante a qualidade da aplicação mesmo em terrenos inclinados com longos terraços. Alguns modelos de piloto automático permitem realizar manobras de cabeceira com bastante facilidade. Uma das grandes vantagens disso é a redução do tempo destinado a essa manobra que, em equipamentos sem piloto automático, exige habilidade do operador para ser realizada de forma adequada, sobretudo em pequenos espaços.
Para trabalhar com piloto automático nas aplicações de corretivos e fertilizantes, umas das primeiras ações que precisam ser executadas é a definição do local onde ficará a base fixa do sistema de correção do sinal. Essa base é constituída por um receptor de dezenas de canais de sinais das bandas L1 e L2. Preferencialmente, ela deve ser posicionada em local que apresente rigidez, boa visão para o céu e presença de poucos obstáculos que possam refletir o sinal. Devem ser evitadas partes intermediárias de torres, proximidade de árvores e topos de galpões metálicos. A base deve ser alimentada com uma fonte de energia de 12 V e, se necessário, conversor de corrente alternada para corrente contínua. Também é recomendável que se disponibilize uma bateria de reserva para eventuais falhas no fornecimento de energia. Dependendo dos tipos de bases utilizadas, da potência do rádio e da situação da área, a distância entre as bases pode variar entre 20 e 30 km. O interessante é que, dentro desse raio, qualquer máquina com uma base móvel compatível com o sinal corrigido que é emitido pode utilizá-lo.
O software mais utilizado para a correção do sinal GNSS é o que proporciona a correção RTK, pois gera um erro muito pequeno, podendo ser inferior a 5 cm. Entretanto, algumas empresas já trabalham também com outros tipos de sinais que podem se adequar satisfatoriamente a certas situações nas quais a exigência de precisão não seja tão grande. Dentre eles, tem-se a correção SF1 e SF2. A correção SF1 gera erros de até 25 cm e é indicada para uso nas operações de cultivo, preparo de solo e aplicação de corretivos e fertilizantes. A correção SF2 é mais precisa e gera erros de até 10 cm, se adequando melhor às operações de plantio e sulcação. Os dados de precisão são mensurados na antena dos receptores durante 95% do tempo entre uma passada e outra. Deve-se destacar também que a precisão pode variar de acordo com a constelação de satélites e irregularidades das condições do solo. Um solo revolvido tende a apresentar maior irregularidade no alinhamento da máquina em relação a um solo sob plantio direto. A configuração da base fixa deve seguir procedimentos específicos informados pelos fabricantes em seus manuais e durante as entregas técnicas. Em geral, a forma de apresentação dessas informações pode variar de acordo com a marca e o tipo de base utilizada.
Senha e usuário O acesso à tela de configuração do monitor ocorre por meio de senha e nome de usuário, que devem ser cadastrados pelo operador. Isso garante maior segurança no uso do equipamento. Também é possível que determinada atividade seja registrada e salva por um operador, assim, ele poderá responder pela qualidade da atividade realizada. Seleção de máquina Após acessar a tela principal, clique em menu-máquina-tipo-distribuição e selecione a máquina que realizará a aplicação. Informações sobre diversos modelos de máquinas estão armazenadas na memória do monitor. Isso facilita a configuração, pois as características dessas máquinas são importadas automaticamente para o monitor. Caso a máquina utilizada não esteja registrada, é necessário utilizar o tipo padrão e descrever as características da máquina. Em seguida, o monitor será reiniciado. Configuração de medidas Esta etapa permite ao usuário, se necessário, descrever todas as características da máquina, caso elas não estejam registradas na memória do monitor. Para tanto, clique em menu-máquina-medidas e especifique a largura, número de seções, número de linhas/espaçamento, dentre outras medidas editáveis. Criar trabalho Clique em trabalho-novo, depois em trabalho-criar trabalho e atribua um nome a ele. Criar talhão Clique em trabalho-novo, então em trabalho-talhão-novo talhão, configure o nome desejado para o talhão e clique em criar trabalho. Editar nome do trabalho Clique em trabalho-editar nome do trabalho e escolha a nova nomenclatura. Carregar trabalho Essa função tem o objetivo de carregar algum trabalho realizado anteriormente e que tenha sido registrado e salvo pelo operador. Para tanto, clique em trabalho-carregar trabalho e selecione o trabalho ou clique sobre o talhão desejado.
Criar bordadura A criação das bordaduras é importante, pois indica o limite da área e pode definir uma nova configuração de uso de algumas seções do distribuidor. Para tanto, clique em talhão-bordadura e escolha o lado em que a bordadura será criada; depois, clique em criar bordadura e percorra a bordadura que deverá ser criada; finalmente, clique em fechar bordadura. Criar linha A-B A linha a ser criada pode ser reta, curva ou em formato de círculo. Deve- -se posicionar a máquina no início da linha em que se deseja iniciar a aplicação. Depois, clicar em talhão-marcar A, dirigir o trator por alguns metros e depois clicar em marcar B. Automaticamente, serão criadas linhas paralelas A-B à esquerda e à direita da linha criada. Assim, para início da aplicação, o trator deverá ser posicionado sobre o ponto A determinado, acionando o piloto automático e mantendo o alinhamento desejado.
. Esta pode ser uma tarefa difícil, a depender do tipo de produto aplicado. Para aqueles produtos de granulometria mais finas, que são aplicados a lanço, uma análise visual pode fornecer ao operador uma avaliação mais superficial. Geralmente, há uma grande dispersão desses produtos durante a aplicação e as perdas podem ser consideráveis. Assim, o operador deverá escolher a melhor hora do dia para aplicar o produto ou mesmo selecionar o sentido de deslocamento mais conveniente, de acordo com a direção do vento. Quando se trata de produtos de maior massa, esses problemas são atenuados durante a aplicação a lanço e o que se visualiza é uma distribuição mais uniforme, pelo menos na maioria das vezes. Além do monitoramento visual do lançamento dos jatos, deve-se monitorar constantemente também a quantidade de produto existente no interior dos depósitos. Isso ganha importância porque, em alguns modelos de distribuidores, a coluna de produtos sobre os mecanismos dosadores dentro do tanque proporciona maior distribuição pela área no início da aplicação e menor ao final. Isso acontece com os mecanismos rotativos, nos quais o produto desce por gravidade e cai diretamente sobre os discos. Uma forma de atenuar esse problema é a colocação de anteparos vazados para aliviar o peso sobre os mecanismos dosadores. Outro fato que justifica o monitoramento da distribuição dos corretivos e fertilizantes é a necessidade de determinação da largura nominal de trabalho. Em geral, para corretivos aplicados a lanço, a largura nominal é definida quando se tem sobreposição das laterais dos jatos e uma variação de até 15% na uniformidade de distribuição transversal. Fonte: . Agricultura de Precisão na Distribuição de Corretivos e Fertilizantes » 6 Essa informação é relevante para a definição da distância entre passadas e reflete diretamente na capacidade operacional da aplicação. Larguras de trabalho maiores proporcionam maiores capacidades operacionais, desde que não haja redução na velocidade de trabalho. Entretanto, espera-se sempre que o produto seja distribuído uniformemente ao longo dessa largura, caso contrário, falhas na aplicação reduzirão a capacidade operacional gerando a necessidade de realizar nova aplicação. O monitoramento também possibilita que o reservatório do distribuidor seja abastecido nos momentos corretos, como antes de se iniciar o deslocamento, logo após a realização da manobra de cabeceira. Nesse caso, o depósito deve ser abastecido se estiver com pouco produto, pois caso venha a se esvaziar no meio do talhão, terá que retornar vazio até a cabeceira da área para novo abastecimento. Isso reduz a eficiência da operação pelo fato de aumentar os tempos perdidos com deslocamentos desnecessários.
Para as operações de semeadura realizadas com adubação de plantio deve-se atentar para a colocação do adubo em profundidade maior do que as sementes. Caso a semente entre em contato direto com o adubo ela poderá se desidratar e não germinar, comprometendo toda a implantação da lavoura. A posição mais baixa do adubo também se justifica pelo fato de que, quando as primeiras radículas surgirem e descerem, encontrarão o adubo que proporcionará maior desenvolvimento à planta. Esse cuidado deve ser tomado inicialmente com a regulagem adequada dos mecanismos de abertura, deposição, fechamento e cobertura das semeadoras. Além disso, durante a operação, de tempos em tempos, deve-se abrir um sulco manualmente na área semeada e verificar se a deposição da semente e do adubo está correta. Esse efeito pode ser alterado de acordo com o tipo e preparo do solo, necessitando-se assim de maior atenção.
De modo geral, a importância do monitoramento também pode ser destacada pela presença de operários destinados exclusivamente a acompanhar a aplicação durante todo o tempo. Eles avaliam visualmente a quantidade de produto nos reservatórios, a profundidade de deposição, dentre outros aspectos. Alguns fabricantes de equipamentos distribuidores até disponibilizam acentos para esses operários. Entretanto, trata-se de uma situação de alto risco e a tendência é que esses operadores sejam substituídos por dispositivos eletrônicos que são mais eficientes e proporcionam monitoramento simultâneo de maior quantidade de unidades de distribuição, inclusive durante as aplicações no período noturno.
controlam, com precisão, a distribuição do adubo, eliminando possíveis variações e falhas que possam ocorrer com os mecanismos de distribuição convencionais, que são acionados pelos rodados da máquina
De modo geral, os monitores possuem interfaces de fácil comunicação com o operador: ao iniciar o plantio, a luz de “monitorando” é acesa no monitor. Em caso de falha por entupimento ou interrupção do fluxo de semente/adubo a luz de “monitorando” se apaga e então se acende a de alerta, que é acompanhada de um sinal sonoro. Além disso, o visor indica alternadamente a mensagem “Er” e o número do sensor (ou dos sensores) que está com problema. Normalmente, esses sensores são robustos e dotados de um sistema digital de autoajuste contra o acúmulo de sujeira. Isso garante uma maior quantidade de horas de trabalho sem paradas, elevando a capacidade operacional da atividade. Outra característica é que o operador é informado quando há necessidade de realizar as limpezas.
A umidade do solo deve ser baixa o suficiente para permitir o fácil deslocamento do trator e do distribuidor de calcário e fertilizante por toda a área. Solo muito encharcado pode provocar patinagem excessiva do trator, deslizamento do distribuidor e desalinhamento entre os rastros das máquinas, provocando redução na eficiência ou até mesmo inviabilizando a aplicação. Solos muito secos podem provocar redução no aproveitamento dos fertilizantes, especialmente os nitrogenados, que são perdidos por volatilização.
A condição ideal de aplicação é durante a ocorrência de ventos leves a moderados. Em condição de ventos fortes, a largura útil da faixa de aplicação fica muito variável e, quanto menor a granulometria do insumo aplicado, especialmente o calcário, mais sua aplicação é afetada, chegando ao ponto de ocorrerem perdas de produto pela ação do vento, reduzindo a dose de aplicação ou inviabilizando-a.
Em condições de ocorrência de chuva, a eficiência da distribuição de corretivos e fertilizantes é reduzida devido às dificuldades de escoamento e passagem pelos mecanismos da máquina. Distribuidores com proteção contra chuva, o problema é minimizado em caso de chuvas leves. Porém, em aplicações de fertilizantes nitrogenados, este problema é agravado devido à alta afinidade deste produto com a água, comprometendo a qualidade da aplicação. Em níveis mais elevados de chuva, o próprio deslocamento da máquina é afetado.
Quanto menor a granulometria dos corretivos e fertilizantes, maior a possibilidade de sofrerem a ação negativa do vento, diminuindo a eficiência da aplicação, conforme descrito anteriormente. Produtos de granulometria fina como o calcário exigem maiores cuidados durante sua distribuição, devendo ser aplicados em situações de ventos mais leves.
Produtos de granulometria mais fina como o calcário, quando apresentam menor umidade possuem também menor peso, portanto, sofrem maior ação negativa do vento durante a distribuição. Assim, o calcário seco necessita de grande atenção durante sua distribuição, devido à sua granulometria fina e ao baixo peso de suas partículas. Por outro lado, insumos com umidade muito alta podem dificultar o escoamento e a saída pelos mecanismos da máquina. Especialmente os fertilizantes, quando em contato com umidade, podem formar aglomerados e obstruir a saída do distribuidor.
Corretivos e fertilizantes mal armazenados podem sofrer alteração de seu estado físico devido ao aumento da umidade e/ou à formação de aglomerados, o que dificulta sua distribui- ção, conforme descrito anteriormente. Portanto, para aplicação na agricultura de precisão, os insumos devem apresentar boas características para a distribuição.
Alimentação do software
A inserção dos dados no software da máquina deve ser feita de forma correta pelo operador. A inserção incorreta do mapa de recomendação ou da largura da faixa útil de aplicação afeta todo o processo, reduzindo a eficiência da distribuição dos insumos.
Velocidade de deslocamento
A velocidade de deslocamento da máquina durante a distribuição de corretivos e fertilizantes varia de acordo com o conjunto de máquinas e com a marcha utilizada. Recomenda-se trabalhar em um nível de rotação que garanta 540 rotações por minuto na tomada de potência. A velocidade não deve ser muito baixa, de forma a proporcionar parco rendimento operacional, nem tão alta que afete a qualidade da operação.
Conhecimento do operador
O operador da máquina deve ser capacitado para realizar tal operação, de forma a utilizar todas as informações de forma correta, acompanhar os dados da aplicação durante a operação e reconhecer qualquer alteração indesejada durante a distribuição.