O documento resume comentários sobre a tabela de uma colega chamada Teresa Oliveira. Apresenta pontos comuns com outros trabalhos, como a falta de entendimento sobre o papel fundamental da biblioteca escolar e a necessidade de mais formação em TIC. Também destaca desafios específicos da biblioteca em questão, como estar em implementação e as oportunidades do projeto Mocho XXI.
1. Comentário à grelha da colega Teresa
Oliveira
Nesta tabela que proponho comentar destaco alguns aspectos comuns a outras e alguns
que me parecem mais particulares.
Assim começo pelos pontos que encontrei em vários trabalhos e que vão também ao
encontro de alguns dos que referi no meu trabalho.
Uma grande parte da comunidade em geral e a escolar em particular ainda não
entenderam o papel fundamental da biblioteca escolar e do professor bibliotecário no
processo de ensino-aprendizagem, continuando a ver a BE apenas como um recurso, um
serviço que auxilia mas não como promotora de informação e conhecimento. Os
professores que a equipa da BE consegue envolver em projectos/trabalhos colaborativos
já não dispensam essa forma de trabalhar, passando até a exigi-la mais vezes,
reconhecendo os benefícios do trabalho colaborativo e da importância da inovação no
ensino. No entanto ainda são poucos os que entenderam e estão dispostos a esse
trabalho que altera a forma de encarar o processo de ensino-aprendizagem há tanto
tempo centrado no trabalho individualista do professor. Parece-me que em muitos casos
os alunos já entenderam melhor do que uma grande parte dos docentes a importância da
BE.
Outro problema que é referido é a falta de formação, tanto das equipas da BE como dos
docentes em geral, principalmente na área das TIC. E isso faz-me interrogar “como
poderá o professor bibliotecário ser a vanguarda do processo educativo integrando as
novas tecnologias de informação se tantos de nós ainda não as dominam para ser uso
diário? Como vencer as barreiras dos professores em utilizar ambientes digitais se não
demonstramos mestria?”
Neste trabalho, em particular, também me surgem duas observações.
A primeira é o facto de ser uma BE em implementação, o que deve criar dificuldades na
implementação do modelo de auto-avaliação. Com tantos assuntos para organizar no
inicio de uma BE, deve ser uma força de vontade e grande dose de trabalho que o ênfase
da atenção se centra na auto-avaliação.
A segunda prende-se com o projecto Mocho XXI, referido várias vezes, que aparece
como uma grande oportunidade na área das TIC para professores e alunos e que sugere
a preparação para este século.
A necessidade de nos prepararmos e de prepararmos as novas gerações para a sociedade
de comunicação do século XXI só pode ser encarada como uma tarefa global como o
mundo em que vivemos e como tal, o trabalho colaborativo surge como a melhor
2. solução para a criação de conhecimento e a construção de seres literatos capazes de
enfrentar os desafios da nossa sociedade moderna.
Jaquelina Almeida