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“O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos
princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos
os círculos evolutivos”.
(André Luiz, “Missionários da Luz”).
 “Não podemos, dessa forma,
limitar às loucuras humanas a
função do sexo, pois seríamos
tão insensatos quanto alguém
que pretendesse estudar o sol
apenas por uma réstia de luz
filtrada pela fenda de um
telhado”.
2
 Não devemos restringir as funções sagradas do
sexo às manifestações biofisiológicas e aos
desequilíbrios comuns da afetividade humana.
 Para estudar e compreender sexo com
Doutrina Espírita é necessário deslocarmos
nossa visão do campo estritamente fisiológico e
projetá-la no campo ilimitado do Espírito imortal. 3
 O casamento é a união permanente de um homem
e uma mulher, atraídos por interesses afetivos e
vínculos sexuais profundos.
 Esta união não é uma invenção
humana, mas, sim, o resultado da Lei Divina que nos
criou para o regime de interdependência.
 Nenhum sexo é superior ao outro, pois um
somente se realizará no outro. 4
O Espírito Emmanuel nos descreve os frutos
abençoados da comunhão sexual pelo matrimônio:
 “Através dele (do sexo) dimanam forças
criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da
reencarnação, o templo do lar, as bênçãos da
família, as alegrias revitalizadoras do afeto, o tesouro
inapreciável dos estímulos espirituais”.
5
 Com a união conjugal, nasce automaticamente o
compromisso de um para com o outro, pois ambos
viverão na dependência um do outro.
6
 No acasalamento entre os animais, não há
compromisso e nem responsabilidade permanente,
pois não existem os valores afetivos, morais e
conscienciais em jogo, e são justamente esses
valores que tornam o matrimônio uma realização
superior e de serviços extensos e complexos para
ambos os sexos.
7
 O casamento não é, pois, um contrato de
compromisso jurídico, mas, muito mais, um contrato
espiritual de consciência para consciência, de coração
para coração, onde surgem compromissos mútuos:
materiais, afetivos, morais, espirituais e
cármicos, determinando responsabilidades
intransferíveis de apoio mútuo.
8
X
O Espírito Emmanuel nos mostra a gravidade da
responsabilidade na união afetiva:
 “Imperioso, porém, que a ligação se baseie na
responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão
sexual um ser humano se entrega a outro ser humano
e, por isso mesmo, não deve haver qualquer
desconsideração entre si ”.
9
 A união matrimonial não está unindo somente dois
corpos, duas estruturas de carne e ossos, mas em
realidade duas almas, dois Espíritos com
personalidades próprias, dois mundos psicológicos
diferentes.
10
 A sexualidade entre os cônjuges não se restringe ao
contato corpo a corpo, com os prazeres que daí
decorrem, pois ela se apresenta também nas
manifestações sutis da alma, ainda imperceptíveis
para a quase totalidade da Humanidade.
11
“Quando o homem e a mulher se
confiam um ao outro, pelos vínculos
sexuais, essa rendição é tão absoluta
que passam, praticamente, a viver numa
simbiose de forças, qual se as duas
almas habitassem num só corpo”.
12
 Emmanuel nos lembra a figura
evangélica, quando fala que no casamento
os cônjuges passam a habitar um só corpo:
 Para tanto, é indispensável a vigilância interior de
ambos, a fim de não prejudicar o [equilíbrio emotivo]
do companheiro ou da companheira.
13
 “A sexualidade no casal existe, sobretudo, em
função de alimento magnético entre os dois corações
que se integram um no outro e daí procede a
necessidade de vigilância para que a harmonia não se
perca, nesse circuito de forças”.
14
 Imprescindível se torna aos cônjuges cuidar da
regularidade da união sexual fisiológica, mas muito
mais deve ser cuidada a sua sexualidade
espiritual, pois esta é que é a usina mantenedora da
união matrimonial, sendo a reunião dos corpos
apenas uma complementação e não o fator básico da
união.
15
 Se a perfeita normalidade sexual fosse o fator
fundamental da união, não poderia haver separação
e crescimento de antipatia entre casais, depois de
muitos anos de atividade sexual normal, satisfazendo
as necessidades do instinto sexual e a
complementação da sede afetiva.
 Neste caso, houve união de corpos, mas não de
corações.
16
 Quando na união conjugal o fator básico é a
relação sexual fisiológica, desprezando o
desenvolvimento da permuta de vibrações psíquicas
harmoniosas, é sinal de que essa união terá sempre
problemas de relacionamento, surgirão a insatisfação,
o desencanto e o desalento, e ela poderá vir a ser
desfeita com o tempo.
17
 O amor não está limitado ao instinto sexual
satisfeito.
 A relação sexual, por si só, une corpos e
desejos, mas não funde almas, dentro da lei de
simpatia.
 O perfeito ajustamento sexual entre os
cônjuges, antes de tudo, nasce do cultivo de
vibrações simpáticas mútuas em todas as suas
realizações, seja no lar ou fora dele.
18
 Não queremos dizer que, com o desenvolvimento
da permuta dos recursos psíquicos harmoniosos entre
o casal, se esteja decretando a diminuição ou a
ausência da relação sexual. Não!
19
 O que vai acontecer é que as alegrias entre o
casal, não se limitando ao prazer rápido do instinto
sexual regularizado, encontrará fontes de prazer
muito mais [belas], [profundas] e [intensas], no reino
infinito do Espírito.
 As relações sexuais permanecem, mas
sustentadas, iluminadas e fortalecidas pelas
vibrações magnéticas equilibradas e
reconfortadoras dos cônjuges.
20
 Meditemos nas palavras esclarecedoras do
Codificador Allan Kardec, quando nos instrui sobre as
duas leis que devem reger a vida matrimonial:
“(...) na união dos sexos, a par da Lei Divina
material, comum a todos os seres, há outra Lei Divina
imutável como todas as Leis de Deus, exclusivamente
moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se
unissem não só pelos laços da carne, mas também
pelos da alma (...)”.
21
 Para a felicidade conjugal, é indispensável observar
estas duas leis:
a do instinto sexual e
a do amor...
22
 A primeira é poderosa e muito forte em todas as
pessoas e, além disso, sua atividade é comum e
fácil, pois rege a união dos corpos;
 A segunda já não está no corpo, não é instintiva e
se encontra no Espírito.
 A primeira necessita da utilização dos órgãos
genésicos;
 A segunda necessita do órgão da alma: o coração.
23
 O admirável apóstolo Paulo, dissertando sobre os
deveres dos cônjuges, em sua primeira carta aos
Coríntios, assim nos fala com clareza:
“Não vos recuseis um ao outro, a não ser por
consentimento mútuo, a fim de vos entregardes à
oração; depois ajuntai-vos outra vez para que Satanás
não vos tente pela vossa incontinência”.
(I Cor., 7:5)
24
 O homem e a mulher são livres para ter o
comportamento sexual que lhes aprouver no
leito conjugal, mas estão sujeitos às leis morais
e espirituais, como qualquer tipo de relação
amorosa na Terra.
25
 O apóstolo Paulo em sua Epístola aos
Hebreus, 12:21, nos diz: “Estamos rodeados
por uma grande nuvem de testemunhas”...
Temos a nossa volta as companhias
espirituais que atraímos em função do que
pensamos, sentimos, desejamos, falamos e
agimos.
Nem as relações sexuais dos cônjuges estão
livres necessariamente da presença dos
Espíritos, sejam eles inferiores ou elevados.26
 Vejamos como se apresenta o ambiente espiritual
dos cônjuges, em suas relações mais íntimas, em
três situações, conforme o estado moral e mental:
27
PRIMEIRO CASO
28
 O Espírito André Luiz, em seu livro “Missionários da
Luz”, apresenta, com nitidez, o ambiente espiritual
dos casais de vida sexual infeliz:
29
 “A esposa infiel aos princípios nobres da vida em
comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o
meretrício, não devem esperar que seus atos afetivos
permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas
relações mais íntimas são objeto de participação das
desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se
vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes
partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-
as à mais dolorosa viciação. Ainda que esses cônjuges
infelizes estejam temporariamente catalogados no
pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair
a miserável condição interior sequiosos que vivem de
prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível
volúpia”.
30
 Neste caso, as relações mais íntimas são sigilosas
para as criaturas humanas, mas não o são para os
habitantes infelizes e desequilibrados do Mundo
Espiritual.
 A casa material está devidamente fechada e
segura, mas, quanto à esfera espiritual, ela se encontra
escancarada e insegura, dando liberdade de entrada
para qualquer tipo de Espírito. 31
SEGUNDO CASO
32
É da lei que cada um receba de acordo com seus
méritos.
A esposa virtuosa não participará espiritualmente da
condição sombria de seu esposo infiel aos seus
sentimentos por estar ligado ao meretrício.
A mulher, pelas suas virtudes reveladas, merecerá o
amparo e a vigilância dos benfeitores
espirituais, mesmo no momento das relações sexuais
no leito conjugal, superando as influências espirituais
negativas do marido desleal.
33
O mentor espiritual Alexandre nos explica com
discernimento a lei de Justiça e do Mérito:
“(...) que condição, por exemplo, é a da esposa fiel e
devotada, ante um marido desleal e aventureiro, no
campo sexual? Permanecerá a mulher nobre e santa à
mercê das criminosas testemunhas que o homem
escolheu?”
34
“- Não – disse ele, veemente – o mau não pode perturbar o
que é genuinamente bom. Em caso dessa espécie, a
esposa garantirá o ambiente doméstico, embora isto lhe
custe as mais difíceis abnegações e pesados sacrifícios. Os
atos que lhe exijam a presença enobrecedora são
sagrados, ainda que o companheiro, na vida comum, se
tenha colocado em nível inferior aos brutos. Em situações
como essa, no entanto, o marido imprevidente torna-se
paulatinamente cego à virtude e converte-se, por vezes, no
escravo integral das entidades perversas que tomou por
testemunhas habituais, presentes em todos os seus
caminhos e atividades fora do santuário da família. Chegado
a esse ponto, é muito difícil impedir-lhe a queda nos
desfiladeiros fatais do crime e das trevas”. 35
TERCEIRO CASO
36
 Existe a proteção espiritual, mas ela não é privilégio
automático de nenhum casal, pois está baseada
unicamente nas próprias irradiações mentais
equilibradas dos cônjuges.
 Estes têm que fazer por merecer essa proteção.
37
 Utilizando o material sutil e poderoso emanado do
campo mental do casal de qualidades nobres, os
mentores espirituais constroem a residência fluídica no
lar dos cônjuges virtuosos.
 Os Espíritos vampirizadores não têm condições de
ultrapassar as fronteiras vibratórias construídas pelos
benfeitores espirituais no recinto dos cônjuges
espiritualizados.
38
“Todos os encarnados que edificam o ninho
conjugal, sob a retidão, conquistam a presença de
testemunhas respeitosas, que lhes garantem a
privacidade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes
as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as
forças menos dignas, tomando, por base de seus
trabalhos, os pensamentos elevados que encontram
no ambiente doméstico dos amigos (...)”.
O mentor espiritual Alexandre explica a importância
da mente sadia nos cônjuges:
39
"Por mais que não possamos voltar atrás e fazer um novo começo,
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Chico Xavier

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  • 1. “O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os círculos evolutivos”. (André Luiz, “Missionários da Luz”).
  • 2.  “Não podemos, dessa forma, limitar às loucuras humanas a função do sexo, pois seríamos tão insensatos quanto alguém que pretendesse estudar o sol apenas por uma réstia de luz filtrada pela fenda de um telhado”. 2
  • 3.  Não devemos restringir as funções sagradas do sexo às manifestações biofisiológicas e aos desequilíbrios comuns da afetividade humana.  Para estudar e compreender sexo com Doutrina Espírita é necessário deslocarmos nossa visão do campo estritamente fisiológico e projetá-la no campo ilimitado do Espírito imortal. 3
  • 4.  O casamento é a união permanente de um homem e uma mulher, atraídos por interesses afetivos e vínculos sexuais profundos.  Esta união não é uma invenção humana, mas, sim, o resultado da Lei Divina que nos criou para o regime de interdependência.  Nenhum sexo é superior ao outro, pois um somente se realizará no outro. 4
  • 5. O Espírito Emmanuel nos descreve os frutos abençoados da comunhão sexual pelo matrimônio:  “Através dele (do sexo) dimanam forças criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da reencarnação, o templo do lar, as bênçãos da família, as alegrias revitalizadoras do afeto, o tesouro inapreciável dos estímulos espirituais”. 5
  • 6.  Com a união conjugal, nasce automaticamente o compromisso de um para com o outro, pois ambos viverão na dependência um do outro. 6
  • 7.  No acasalamento entre os animais, não há compromisso e nem responsabilidade permanente, pois não existem os valores afetivos, morais e conscienciais em jogo, e são justamente esses valores que tornam o matrimônio uma realização superior e de serviços extensos e complexos para ambos os sexos. 7
  • 8.  O casamento não é, pois, um contrato de compromisso jurídico, mas, muito mais, um contrato espiritual de consciência para consciência, de coração para coração, onde surgem compromissos mútuos: materiais, afetivos, morais, espirituais e cármicos, determinando responsabilidades intransferíveis de apoio mútuo. 8 X
  • 9. O Espírito Emmanuel nos mostra a gravidade da responsabilidade na união afetiva:  “Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si ”. 9
  • 10.  A união matrimonial não está unindo somente dois corpos, duas estruturas de carne e ossos, mas em realidade duas almas, dois Espíritos com personalidades próprias, dois mundos psicológicos diferentes. 10
  • 11.  A sexualidade entre os cônjuges não se restringe ao contato corpo a corpo, com os prazeres que daí decorrem, pois ela se apresenta também nas manifestações sutis da alma, ainda imperceptíveis para a quase totalidade da Humanidade. 11
  • 12. “Quando o homem e a mulher se confiam um ao outro, pelos vínculos sexuais, essa rendição é tão absoluta que passam, praticamente, a viver numa simbiose de forças, qual se as duas almas habitassem num só corpo”. 12  Emmanuel nos lembra a figura evangélica, quando fala que no casamento os cônjuges passam a habitar um só corpo:
  • 13.  Para tanto, é indispensável a vigilância interior de ambos, a fim de não prejudicar o [equilíbrio emotivo] do companheiro ou da companheira. 13
  • 14.  “A sexualidade no casal existe, sobretudo, em função de alimento magnético entre os dois corações que se integram um no outro e daí procede a necessidade de vigilância para que a harmonia não se perca, nesse circuito de forças”. 14
  • 15.  Imprescindível se torna aos cônjuges cuidar da regularidade da união sexual fisiológica, mas muito mais deve ser cuidada a sua sexualidade espiritual, pois esta é que é a usina mantenedora da união matrimonial, sendo a reunião dos corpos apenas uma complementação e não o fator básico da união. 15
  • 16.  Se a perfeita normalidade sexual fosse o fator fundamental da união, não poderia haver separação e crescimento de antipatia entre casais, depois de muitos anos de atividade sexual normal, satisfazendo as necessidades do instinto sexual e a complementação da sede afetiva.  Neste caso, houve união de corpos, mas não de corações. 16
  • 17.  Quando na união conjugal o fator básico é a relação sexual fisiológica, desprezando o desenvolvimento da permuta de vibrações psíquicas harmoniosas, é sinal de que essa união terá sempre problemas de relacionamento, surgirão a insatisfação, o desencanto e o desalento, e ela poderá vir a ser desfeita com o tempo. 17
  • 18.  O amor não está limitado ao instinto sexual satisfeito.  A relação sexual, por si só, une corpos e desejos, mas não funde almas, dentro da lei de simpatia.  O perfeito ajustamento sexual entre os cônjuges, antes de tudo, nasce do cultivo de vibrações simpáticas mútuas em todas as suas realizações, seja no lar ou fora dele. 18
  • 19.  Não queremos dizer que, com o desenvolvimento da permuta dos recursos psíquicos harmoniosos entre o casal, se esteja decretando a diminuição ou a ausência da relação sexual. Não! 19
  • 20.  O que vai acontecer é que as alegrias entre o casal, não se limitando ao prazer rápido do instinto sexual regularizado, encontrará fontes de prazer muito mais [belas], [profundas] e [intensas], no reino infinito do Espírito.  As relações sexuais permanecem, mas sustentadas, iluminadas e fortalecidas pelas vibrações magnéticas equilibradas e reconfortadoras dos cônjuges. 20
  • 21.  Meditemos nas palavras esclarecedoras do Codificador Allan Kardec, quando nos instrui sobre as duas leis que devem reger a vida matrimonial: “(...) na união dos sexos, a par da Lei Divina material, comum a todos os seres, há outra Lei Divina imutável como todas as Leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma (...)”. 21
  • 22.  Para a felicidade conjugal, é indispensável observar estas duas leis: a do instinto sexual e a do amor... 22
  • 23.  A primeira é poderosa e muito forte em todas as pessoas e, além disso, sua atividade é comum e fácil, pois rege a união dos corpos;  A segunda já não está no corpo, não é instintiva e se encontra no Espírito.  A primeira necessita da utilização dos órgãos genésicos;  A segunda necessita do órgão da alma: o coração. 23
  • 24.  O admirável apóstolo Paulo, dissertando sobre os deveres dos cônjuges, em sua primeira carta aos Coríntios, assim nos fala com clareza: “Não vos recuseis um ao outro, a não ser por consentimento mútuo, a fim de vos entregardes à oração; depois ajuntai-vos outra vez para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência”. (I Cor., 7:5) 24
  • 25.  O homem e a mulher são livres para ter o comportamento sexual que lhes aprouver no leito conjugal, mas estão sujeitos às leis morais e espirituais, como qualquer tipo de relação amorosa na Terra. 25
  • 26.  O apóstolo Paulo em sua Epístola aos Hebreus, 12:21, nos diz: “Estamos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas”... Temos a nossa volta as companhias espirituais que atraímos em função do que pensamos, sentimos, desejamos, falamos e agimos. Nem as relações sexuais dos cônjuges estão livres necessariamente da presença dos Espíritos, sejam eles inferiores ou elevados.26
  • 27.  Vejamos como se apresenta o ambiente espiritual dos cônjuges, em suas relações mais íntimas, em três situações, conforme o estado moral e mental: 27
  • 29.  O Espírito André Luiz, em seu livro “Missionários da Luz”, apresenta, com nitidez, o ambiente espiritual dos casais de vida sexual infeliz: 29
  • 30.  “A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício, não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas relações mais íntimas são objeto de participação das desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo- as à mais dolorosa viciação. Ainda que esses cônjuges infelizes estejam temporariamente catalogados no pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair a miserável condição interior sequiosos que vivem de prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível volúpia”. 30
  • 31.  Neste caso, as relações mais íntimas são sigilosas para as criaturas humanas, mas não o são para os habitantes infelizes e desequilibrados do Mundo Espiritual.  A casa material está devidamente fechada e segura, mas, quanto à esfera espiritual, ela se encontra escancarada e insegura, dando liberdade de entrada para qualquer tipo de Espírito. 31
  • 33. É da lei que cada um receba de acordo com seus méritos. A esposa virtuosa não participará espiritualmente da condição sombria de seu esposo infiel aos seus sentimentos por estar ligado ao meretrício. A mulher, pelas suas virtudes reveladas, merecerá o amparo e a vigilância dos benfeitores espirituais, mesmo no momento das relações sexuais no leito conjugal, superando as influências espirituais negativas do marido desleal. 33
  • 34. O mentor espiritual Alexandre nos explica com discernimento a lei de Justiça e do Mérito: “(...) que condição, por exemplo, é a da esposa fiel e devotada, ante um marido desleal e aventureiro, no campo sexual? Permanecerá a mulher nobre e santa à mercê das criminosas testemunhas que o homem escolheu?” 34
  • 35. “- Não – disse ele, veemente – o mau não pode perturbar o que é genuinamente bom. Em caso dessa espécie, a esposa garantirá o ambiente doméstico, embora isto lhe custe as mais difíceis abnegações e pesados sacrifícios. Os atos que lhe exijam a presença enobrecedora são sagrados, ainda que o companheiro, na vida comum, se tenha colocado em nível inferior aos brutos. Em situações como essa, no entanto, o marido imprevidente torna-se paulatinamente cego à virtude e converte-se, por vezes, no escravo integral das entidades perversas que tomou por testemunhas habituais, presentes em todos os seus caminhos e atividades fora do santuário da família. Chegado a esse ponto, é muito difícil impedir-lhe a queda nos desfiladeiros fatais do crime e das trevas”. 35
  • 37.  Existe a proteção espiritual, mas ela não é privilégio automático de nenhum casal, pois está baseada unicamente nas próprias irradiações mentais equilibradas dos cônjuges.  Estes têm que fazer por merecer essa proteção. 37
  • 38.  Utilizando o material sutil e poderoso emanado do campo mental do casal de qualidades nobres, os mentores espirituais constroem a residência fluídica no lar dos cônjuges virtuosos.  Os Espíritos vampirizadores não têm condições de ultrapassar as fronteiras vibratórias construídas pelos benfeitores espirituais no recinto dos cônjuges espiritualizados. 38
  • 39. “Todos os encarnados que edificam o ninho conjugal, sob a retidão, conquistam a presença de testemunhas respeitosas, que lhes garantem a privacidade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as forças menos dignas, tomando, por base de seus trabalhos, os pensamentos elevados que encontram no ambiente doméstico dos amigos (...)”. O mentor espiritual Alexandre explica a importância da mente sadia nos cônjuges: 39
  • 40. "Por mais que não possamos voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo final." Chico Xavier