Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
O que é ser família e o divórcio
1. O QUE É SER FAMÍLIA
O DIVÓRCIO E AS NOVAS FAMÍLIAS
2. Introdução
Ao indagar aos Benfeitores se a união permanente de dois
seres seria contrária à Lei Natural [LE-qst 695], Kardec ouviu
deles a seguinte resposta:
"Não. A união de dois seres é um progresso na marcha da
Humanidade.”
E acrescentam [LE-qst 701]:
“Na poligamia nada mais há que sensualidade."
Allan Kardec, examinando a resposta dos Guias espirituais,
vai lembrar que a abolição do casamento seria um retorno à
infância da Humanidade, à vida dos animais, porque a
monogamia é um sinal indicativo do progresso da civilização.
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3. O ser humano é uma criatura sociável que necessita do
convívio com outros seres para desenvolver-se e por em
prática os ensinamentos adquiridos.
A sociedade como a conhecemos é composta de várias
outras sociedades menores que são as famílias.
Uma sociedade sadia só existe com famílias sadias.
E as famílias principiam no casamento.
O resultado natural do amor entre pessoas de sexos diferentes
é o casamento.
No princípio da relação afetiva o amor-paixão é muito forte
suplantando os demais.
À medida que o tempo passa, vai perdendo a sua força
embora permaneça.
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4. É quando surge então o amor-companheirismo, aquele amor
que se alegra com a alegria do outro, onde nos sentimos
bem em privar da sua presença, é quando fazemos o bem
sem esperarmos retribuição.
No futuro, restará apenas o amor-companheirismo que se
chamará então Amor Universal.
O casamento representa um alto estágio de evolução do ser,
quando se reveste de respeito e consideração pelo cônjuge,
firmando-se na fidelidade.
Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido
pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis
vigentes, que asseguram ao homem e à mulher direitos e
deveres.
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5. As principais funções do casamento são:
Formação do lar: através do casamento haverá a formação
do grupo familiar, permitindo que novos Espíritos mergulhem
nos fluidos do planeta, para avançarem em sua fieira
evolutiva.
A poligamia permitiria a reprodução, mas sem estrutura do lar,
indispensável ao crescimento espiritual da criatura.
Permuta afetiva: a instituição do casamento vai tornar
harmônica e sadia a relação entre os casais, permitindo a
troca de valores energéticos, através da permuta de vibrações
simpáticas.
Aprimoramento sexual: o casamento é um dos elementos mais
efetivos no burilamento do instinto sexual. 29/09/15
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6. Tipos de Casamento
Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] apresenta uma
divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos
distintos:
Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins,
onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles
sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações
diversas. Pouco comuns na Terra.
Transcendentais: São casamentos afins entre almas
enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande
valor para a Humanidade.
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7. Provacionais: São uniões entre almas mutuamente
comprometidas, que estão juntas para pacificarem as
consciências ante erros graves perpetrados no passado e
simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da
tolerância e da resignação. São os mais comuns.
Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande
diferença evolutiva entre os cônjuges.
Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio
com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso
espiritual.
Acidentais: São os casamentos que não foram programados no
mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes
na afetividade sincera.
Não sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o
acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera
casualidade.
“Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos
ou estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de
avanço aos outros”.
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8. Qual será o segredo dos casamentos duradouros?
Casais que convivem há anos falam de paciência, renúncia,
compreensão.Em verdade, cada um tem sua fórmula especial.
Recentemente lemos as anotações de um escritor que achamos
muito interessantes.
Ele afirma que um bom casamento deve ser criado.
No casamento,as pequenas coisas são as grandes coisas.
É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, diz ele. É lembrar
de dizer “te amo”, pelo menos uma vez ao dia.
É nunca ir dormir zangado. É ter valores e objetivos comuns.
É estar unidos ao enfrentar o mundo. É formar um círculo de amor
que una toda a família. 29/09/15
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9. É proferir elogios e ter capacidade para perdoar e esquecer.
É proporcionar uma atmosfera onde cada qual possa crescer
na busca recíproca do bem e do belo.
É não só casar-se com a pessoa certa. É ser o companheiro
perfeito.
E para ser o companheiro perfeito é preciso ter bom humor e
otimismo. Ser natural e saber agir com tato.
É saber escutar com atenção, sem interromper a cada
instante. 29/09/15
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10. É mostrar admiração e confiança, interessando-se pelos
problemas e atividades do outro.O que o atormenta? O que o
deixa feliz? Por que está de cenho carregado?
É ser discreto, sabendo o momento de deixar o companheiro
a sós para que coloque em ordem seus pensamentos.
É distribuir carinho e compreensão, combinando amor e
poesia, sem esquecer galanteios e cortesia.
É ter sabedoria para reprisar os momentos do namoro. Aqueles
momentos mágicos em que a orquestra do mundo parecia
tocar somente para os dois.
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11. É ser o apoio diante dos demais. É ter cuidado no linguajar.
Que as respostas sejam firmes, mas leais.
É ter atenção além do trivial e conseguir descobrir quando um
se tiver esmerado na apresentação para o outro.Um novo corte
de cabelo, uma vestimenta diferente. Detalhes pequenos mas
importantes.
É saber dar atenção para a família do outro pois que sempre,
ao se unir o casal, as duas famílias formam uma unidade.
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12. É cultivar o desejo constante de superação.
É responder dignamente e de forma justa por todos os atos.
É não permitir que falte gratidão por tudo o que um significa
na vida do outro.
(A partir da obra Um presente especial/Editora Aquariana/Roger
Patrón Luján – cap. A arte do matrimônio; cap. Na mulher o homem
aprecia; cap. No homem a mulher aprecia).
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13. O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, se vai
afirmando dia a dia, por intermédio da convivência que se
vai estreitando.
O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não
tende a acabar-se, mas a ampliar-se, uma vez que os
envolvidos passarão a conhecer vícios e virtudes de um e de
outro, manias e costumes.
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14. O Divórcio
A posição espírita ante o divórcio está plenamente
estabelecida nas duas obras mais conhecidas da
codificação espírita: [O Livro dos Espíritos] e [O Evangelho
Segundo o Espiritismo].
Em [LE-qst 697] Kardec pergunta se a indissolubilidade do
casamento pertence a Lei de Deus ou se é apenas uma lei
humana. Os Espíritos responderam:
“A indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito
contrária a lei natural.”
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15. Quando Kardec [LE-qst 940] examina as uniões infelizes, os
Benfeitores voltam a insistir e dizem:
“As vossas leis nesse particular são erradas, pois acreditais
que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos
desagradam.”
Em [ESE-cap XXII] Kardec comenta:
“O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar
legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a
Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram.”
A posição de Kardec deixa-nos serenos para afirmar que o
Espiritismo não é contrário à instituição do divórcio, embora
não venha a estimulá-lo, nem tampouco incitá-lo nos casais
com problemas de relacionamento .
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16. A este respeito, apresentamos algumas opiniões importantes:
Quanto ao divórcio, somos de parecer que não deva ser
facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem
na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos
graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
(Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier)
Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o divórcio,
tudo se envide em prol da reconciliação, ainda mais
considerando quanto os filhos, que merecem que os pais se
imponham em uma união respeitável, de cujo esforço muito
dependerá a felicidade deles. (Após a Tempestade - Joanna
de Ângelis - Divaldo Franco)
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17.
18. Bibliografia
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
Após a Tempestade - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Vida e Sexo - Emmanuel/Chico Xavier
Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier - Waldo Vieira
Curso de Introdução a Doutrina Espírita – www.cvdee.org.cbr.
Roteiro de Palestras Públicas – Federação Espírita do Paraná -Site:
http://www.feparana.com.br/palestras/palestras.htm
Um Jeito de Ser Feliz – Richard Simonetti.
Aprendendo Sempre – Jobel Sampaio Cardoso.
Vereda familiar – Thereza de Brito (José Raul Teixeira).
Amor Imbatível Amor – Joanna de Ângelis (Divaldo Pereira Franco).
Palestra: João Batista Armani
Site: http://espirito.org.br/portal/palestras/diversos/casamento.html
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