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Amores inesgotáveis - 21São José do Rio Preto, abril 2015
É possível morrer de amor ?
A medicina garante que sim, há quem morra de amor. E isso tem até um nome:
Síndrome do Coração Partido. Separação pode desencadear a doença
CAROL SOLER E MÁRIO SOLER
“
Meu pai morreu de amor”, garante
a publicitária Rosana Marin, 38
anos. Desde a morte de sua
mãe, o pai Geraldo nunca
mais foi o mesmo. “Ele não
comia, não saía de casa,
só queria dormir. O
pouco que falava era
sobre minha mãe e
como se conheceram.
Contava a mesma his-
tória dez, doze vezes
por dia para os netos.
Tentávamos reanimá-
lo, trazê-lo de volta ao
nosso mundo, mas não
sabíamos que a decisão
já havia sido tomada.
Meupaimorreudormin-
do, no ninho de amor de-
les, numa tarde triste de
quarta-feira. Tenho certeza
de que ele sonhava com mi-
nha mãe”.
Afinal, é possível morrer de
amor?
Especialistas apostam que sim. O
trauma emocional causado pela morte
de alguém amado, ou até mesmo pela
separação em vida, seja de um com-
panheiro ou um ente querido, gera a
chamada Síndrome de Takotsuba, mais
conhecida como a Síndrome do Cora-
ção Partido.
Segundo o cardiologista e hemodi-
namicista da Santa Casa de São José
do Rio Preto. Hélio Trida Fernandes,
o nome é referência a um balão utiliza-
do no Japão como armadilha para pol-
vos, chamado de takotsuba, e que se
assemelha muito ao aspecto do cora-
ção quando sofre desse tipo de estres-
se. “Esta síndrome é desencadeada,
geralmente, por um estresse emocio-
nal muito grande”.
Os sintomas da Síndrome do Cora-
ção Partido são bem parecidos com o
infarto: dor no peito, sensação de des-
maio, falta de ar, náuseas e vômitos.
“É por meio do cateterismo, exame que
é necessário ser realizado na mesma
hora, que vemos que não existe nenhu-
ma obstrução e, no momento em que
filmamos o coração, observamos que
ele tem esse formato de balão, de co-
ração partido. É mesmo um quadro pa-
recidíssimo com infarto. Nesse caso,
p e r -
cebe-se
que é a sín-
drome”, explica
Fernandes.
Estudos também de-
monstraram um aumento
na incidência de ataques car-
díacos na fase aguda do luto.
“Este aumento de risco de ata-
que cardíaco pode chegar até 20
vezes nas primeiras 48h, com redu-
ção progressiva das chances, normali-
zando-se após um mês”, afirma o car-
diologista Eduardo Palmegiani.
Apesar de rara, a síndrome pode
matar nos casos em que o paciente já
chega ao hospital com choque cardio-
gênico (quando o coração, fraco, não
consegue bombear quantidade adequa-
da de sangue para as necessidades do
corpo). Mas, no geral, depois de um
pequeno período, o coração volta ao
normal.
“De qualquer forma, o paciente pre-
cisa ficar pelo menos um dia na UTI
para ser monitorizado. O curso da do-
ença é benigno e, geralmente, não fica
n e -
nhuma
s e q u e l a .
Mas é neces-
sário atenção es-
pecial”, afirma Hélio
Fernandes.
Depressão é outroDepressão é outroDepressão é outroDepressão é outroDepressão é outro
transtornotranstornotranstornotranstornotranstorno
Transtornos como a depressão
também podem agravar o quadro de
casais que sofrem separações ou per-
das, se não percebidas e tratadas a
tempo.
“Quando uma pessoa se habitua a
viver ao lado da outra e suas rotinas
se entrelaçam, ambas podem tornar-
se condicionadas a fazer determinadas
coisas juntos. Dessa forma, quando um
dos dois falece, o outro pode sentir-se
desorientado e desconectado de tudo
aquilo que fazia ao lado do cônjuge.
Não se trata de uma questão rara. Pes-
soas que conviveram muito tempo jun-
tas e apoiaram suas rotinas uma na ou-
tra podem, literalmente, não conseguir
reagir muito bem no luto e entrar em
um processo de desistência”, explica o
psicólogo cognitivo-comportamental,
Alexandre Caprio.
O especialista comenta que,
quando se fala em desistir de vi-
ver, é possível que o indivíduo
esteja passando pelo chama-
do Transtorno de Depres-
são. “Embora seja visto
por muitos como uma ilu-
são ou até mesmo pregui-
ça ou ‘frescura’, a de-
pressão torna-se extre-
mamente perigosa justa-
mente por não ser nota-
da. Ela se confunde com
o desejo do indivíduo que
pensa em não querer mais
sair, seguir sua rotina e
seus afazeres diários.
Pode ser causada por diver-
sos fatores, desde genéticos
a situacionais, como a perda
de um ente querido. É impor-
tante salientar que o luto não é de-
pressão. Luto é um processo natu-
ral e até saudável de introspecção que
passa com o tempo. Já a depressão é
uma redução da atividade química do
cérebro. Não se trata de tristeza, mas,
sim, de ausência de reações emocio-
nais”, afirma.
Os sintomas envolvem alteração no
apetite (para mais ou para menos), al-
teração no sono (para mais ou para
menos), dificuldade de levantar de
manhã, intolerância para conversar ou
lidar com as pessoas, absenteísmo das
rotinas sociais, profissionais ou famili-
ares, dificuldade para lidar com pro-
blemas simples, diminuição da libido
sexual, descuido em relação a tarefas
domésticas e higiene pessoal, queda da
autoestima e pensamentos suicidas.
“Combater uma situação de perda
que pode colocar em risco a vida de
quem ficou, nos obriga a retomar o
conceito de amor. Amor é tema am-
plamente discutido, mas o conceito em
si quase sempre não passa por uma
análise minuciosa. Se tudo o que faze-
mos envolve o outro, há uma perda de
sentido geral quando o outro se ausen-
ta. Mas, a jornada de um casal não é
feita de uma única estrada. É feita de
estradas paralelas, sintonizadas pela
afinidade e pelos interesses comuns. Se
um dos dois não consegue continuar,
22- Amores inesgotáveis São José do Rio Preto, abril 2015
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Amor que desafia o tempo
Casais que vivem juntos há décadas provam que é possível manter
viva a chama do amor. OquêOquêOquêOquêOquê registra depoimentos deliciosos de
quem ama e faz questão que todo mundo saiba.
por mais que isso seja doloroso, o ou-
tro ainda terá elementos em sua vida
que o puxem para frente e o façam
continuar”, comenta Caprio.
Nestes casos, quando a ajuda pro-
fissional se torna necessária? A psicó-
loga Cristiane F. Alves Lorga, especi-
alista em Intervenção Familiar, Psico-
terapia e Orientação Sistêmica, do Ins-
tituto Terapia Sistêmica (ITS), de São
José do Rio Preto, explica que, geral-
mente, as pessoas conseguem passar
por essa dor sem ajuda profissional.
“Entretanto, quando um quadro de
depressão se instala e se prolonga,
principalmente se já existiam apareci-
mentos anteriores ou transtornos afe-
tivos ou de humor, recomenda-se a
busca de um profissional. O psicólogo
vai acolhê-lo, sem julgamentos ou co-
branças, para que, juntos, a pessoa se
reaproprie de sua história, no seu tem-
po, recuperando sua energia e sua au-
toestima”.
Segundo Lorga, ao perder um ente
querido, ou algo muito importante, será
preciso preencher o vazio decorrente
dessa perda. “O sofrimento fica supor-
tável ao sabermos que ele terá um fim
e insuportável quando fingimos que não
existe. Dá uma sensação de vazio, uma
dor horrível que parece que não vai
mais acabar. Infelizmente, ninguém
está isento desse sofrimento”.
Casar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidade
Diferentemente dos tempos antigos,
hoje os casamentos estão acabando
cada vez mais cedo. A psicóloga Da-
niela Brandi comenta que, neste con-
texto, vários aspectos mudaram. A não
obrigatoriedade de permanecer casa-
dos por questões religiosas e sociais é
uma delas.
“Outra, sem dúvida, é a independên-
cia financeira de ambas as partes, que
também liberou as pessoas. Mas, tal-
vez, o que mais tenha mudado é que
as pessoas ‘desaprenderam’ a ser ca-
sal; são casadas, mas não formam ‘par’,
não comungam opiniões, não trocam
afetos, não são mais cúmplices”.
Alexandre Caprio concorda, e ex-
plica que as pessoas não estão saben-
do – ou tendo paciência – de se co-
nhecerem de fato. Sentem atração um
pelo outro, mas não pensam de forma
parecida e seus comportamentos não
se afinam.
“Trata-se de estradas que seguem
trajetórias muito diferentes, com pou-
cas intersecções. Quando isso acon-
tece, o relacionamento dura pouco ou
uma das pessoas se anula para seguir
na estrada da outra. E, se abandonar-
mos nossos sonhos, nossos amigos,
nossos talentos e nossas expectativas
para vivermos a trajetória alheia, abri-
remos mão de nós mesmos e acabare-
mos como uma mera sombra que, sem
o outro, encontrará seu próprio fim
antes mesmo de ter vivido essa incrí-
vel experiência chamada vida”.
Dr. Paulo Nímer, com a mulher, dona Urânia: sempre de mãos dados pelas ruas
Álbum de família
Ela é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poema
“Quando nos conhecemos, Urâ-
nia tinha 12 anos e estudava no co-
légio Santo André. Eu, com 17,
morava na mesma pensão que ela.
Nos conhecemos num cruzar de
olhares; a vi pela primeira vez na sala
de jantar. Ela, percebendo que eu
tinha dificuldade em ligar a torneira
do banheiro, se dispôs a me ajudar.
Foi nesse simples momento, nessa
simples troca de olhares, que senti
que ela veio se instalar na retina de
meus olhos. Eu sabia que Urânia
seria a mulher dos meus sonhos, mi-
nha companheira e amiga por toda
a eternidade. Hoje, fizemos nossa
vida juntos e temos quatro filhos:
Paula Márcia, advogada; Paulo Ní-
mer Filho, juiz de direito em São
Paulo; Carlos Simão, advogado; e
Isabela Maria, advogada; além de
sete netos: Paulo José, Beatriz, Car-
los Simão, Marina, Lucas, Luiza e
Marcos. Uma coisa que chama a
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nós andamos sempre de mãos da-
das, e de mãos dadas vamos conti-
nuar caminhando por toda a eterni-
dade. Acredito que, para ser feliz no
casamento, primeiro, é preciso amar
muito, depois, compreender e tolerar
as mazelas de um e do outro. Urânia é
meu grande amor e nossa vida é um
namoro eterno. Ela é meu poema”.
(Paulo Nímer, advogado, 84 anos,
casado com Urânia Nímer, professora
aposentada, 79 anos)
Cinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amor
“Foram 58 anos de casados e mais
oito anos de namoro. Depois de dois
anos juntos, Paulo foi morar no Rio de
Janeiro. Quando chegou ao terceiro ano
de faculdade, já trabalhava em um es-
critório de advocacia considerado um
dos maiores do Rio de Janeiro. Foi en-
tão que voltou nas férias para me bus-
car para que fôssemos morar lá. Como
sou filha única, e meu pai era viúvo,
disse que não poderia deixá-lo sozinho.
Por minha causa, Paulo ficou em Rio
Preto. Casamos em José Bonifácio –
meu pai era cartorário lá – e, em segui-
da, nos mudamos para cá. Um momen-
to muito marcante para mim foi que,
quando namorávamos, combinamos de
escrever cartas um para o outro
todos os dias. Naquela época, a
comunicação era difícil, não tínha-
mos telefone e tudo era feito por
meio de uma central telefônica.
Foram mais de cinco mil cartas es-
critas ao longo dos anos, e as dele
sempre em forma de poesia. Era
uma alegria quando as cartas che-
gavam, todos os dias. Na repúbli-
ca, os amigos de Paulo esperavam
por elas ansiosamente junto com
ele. Nessas cartas, estava escrito
a história do nosso amor, esse amor
que vive dentro de nós. Os tem-
pos também eram outros, fomos
pegar na mão depois de quatro
anos de namoro! Crescemos jun-
tos e eu sei exatamente o que ele
está pensando. Um entende o ou-
tro, sem precisar de palavras. Tem
muitos homens que não têm tem-
po de olhar para sua mulher. O
Paulo não, ele cuida de mim. Até
hoje, todos os dias ao acordarmos,
ele diz que estou linda!”.
(Urânia Nímer, professora aposen-
tada, 79 anos, casada com Paulo
Nímer, advogado, 84 anos)
Amores inesgotáveis - 23São José do Rio Preto, abril 2015
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Casamento na VilaCasamento na VilaCasamento na VilaCasamento na VilaCasamento na Vila
“Era uma vez em Ida Iolanda, in-
terior de São Paulo, um rapaz tímido
e franzino que resolveu se aventurar
na grande capital para ‘fazer’ a vida.
Em uma de suas viagens para rever
a família, conheceu uma colega de sua
irmã, filha caçula de pais muito rígi-
dos, e uma luz se acendeu. Dois me-
ses depois, o rapaz voltou para a pe-
quena vila na esperança de rever aque-
la menina que tanto havia mexido com
ele. Na ocasião, as fofocas sobre um
amor à primeira vista já haviam espa-
lhado e o pai dela queria tirar satisfa-
ções com o suposto namorado. Foi no
terceiroencontroque,finalmente,meu
pai pediu em namoro minha mãe. Na
ocasião, meu avô estava muito doente
e já quis combinar logo o casamento.
Meu pai, então, voltou para São Paulo
para ajeitar as coisas e só conseguiu
voltar no dia do casamento. Ele esta-
va assustado e até preparado para a
desistência da noiva, já que ficaram
muito tempo sem se falar e sem se ver
– naquela época não existiam essas
facilidades de comunicação que temos
hoje. Para alegria de meu pai, minha
mãe o esperava ansiosa e pronta para
assumir o compromisso de suas vidas.
Eles fizeram a vida com muita dificul-
dade financeira, falta de instrução, de-
semprego, mas superaram todos os de-
safios. Hoje, já estão juntos há 50 anos
e são totalmente inse-
paráveis. É impressio-
nante ver como um
vive intensamente
para o outro. São ple-
namente felizes e ser-
vem como espelho e
exemplo para toda a
nossa família”.
(Ivana Dutra é filha de
Nair Amaral Soler, dona de
casa, 66 anos, e de Geraldo
Alonso Soler, Técnico em
desenho mecânico e eletrô-
nica aposentado, 72 anos)
Diferentes,Diferentes,Diferentes,Diferentes,Diferentes,
masmasmasmasmas
inseparáveisinseparáveisinseparáveisinseparáveisinseparáveis
“Conheço o Orvi-
le há 45 anos. Ele ti-
nha ficado viúvo e
com três filhos adoles-
centes. Na época, as-
sumiu a gerência do
Banco do Brasil onde
eu já residia, em Mon-
te Aprazível. Eu o co-
nheci porque ele que-
ria alugar a casa onde
eu morava e me cha-
mou no banco acertar os detalhes.
Desde que o vi pela primeira vez achei-
o muito diferente de mim. Era tímido
demais para o meu gosto, mas muito
educado. Logo depois, acabei alugan-
do a casa para ele e me mudei com meu
filho e minha mãe para Rio Preto. Nes-
sa altura, já estávamos namorando e
esse namoro durou um ano. O casa-
mento aconteceu em São Paulo e es-
tamos juntos há 44 anos. Tivemos um
filho, o Rodrigo, que se juntou
ao Alessandro, filho do meu primeiro
casamento, e os três filhos do Orvile,
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Geraldo e Nair: exemplos para toda a família
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Orvile e Cida: “já não me vejo sem ele”
bisnetos. O momento mais mar-
cante dessa história foi o nascimento
do nosso filho Rodrigo que, no ano
passado, completou 40 anos e que
desde que nasceu só nos trouxe alegri-
as. Depois 44 anos juntos, passamos
por momentos difíceis, mas superamos
tudo e a nossa união vai muito bem.
Eu já não vejo mais minha vida sem ele,
e creio que nem ele sem eu, mesmo
sendo bem diferentes em todos os sen-
tidos”.
(Cida Caran, jornalista, 67 anos, casada com
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  • 1. Amores inesgotáveis - 21São José do Rio Preto, abril 2015 É possível morrer de amor ? A medicina garante que sim, há quem morra de amor. E isso tem até um nome: Síndrome do Coração Partido. Separação pode desencadear a doença CAROL SOLER E MÁRIO SOLER “ Meu pai morreu de amor”, garante a publicitária Rosana Marin, 38 anos. Desde a morte de sua mãe, o pai Geraldo nunca mais foi o mesmo. “Ele não comia, não saía de casa, só queria dormir. O pouco que falava era sobre minha mãe e como se conheceram. Contava a mesma his- tória dez, doze vezes por dia para os netos. Tentávamos reanimá- lo, trazê-lo de volta ao nosso mundo, mas não sabíamos que a decisão já havia sido tomada. Meupaimorreudormin- do, no ninho de amor de- les, numa tarde triste de quarta-feira. Tenho certeza de que ele sonhava com mi- nha mãe”. Afinal, é possível morrer de amor? Especialistas apostam que sim. O trauma emocional causado pela morte de alguém amado, ou até mesmo pela separação em vida, seja de um com- panheiro ou um ente querido, gera a chamada Síndrome de Takotsuba, mais conhecida como a Síndrome do Cora- ção Partido. Segundo o cardiologista e hemodi- namicista da Santa Casa de São José do Rio Preto. Hélio Trida Fernandes, o nome é referência a um balão utiliza- do no Japão como armadilha para pol- vos, chamado de takotsuba, e que se assemelha muito ao aspecto do cora- ção quando sofre desse tipo de estres- se. “Esta síndrome é desencadeada, geralmente, por um estresse emocio- nal muito grande”. Os sintomas da Síndrome do Cora- ção Partido são bem parecidos com o infarto: dor no peito, sensação de des- maio, falta de ar, náuseas e vômitos. “É por meio do cateterismo, exame que é necessário ser realizado na mesma hora, que vemos que não existe nenhu- ma obstrução e, no momento em que filmamos o coração, observamos que ele tem esse formato de balão, de co- ração partido. É mesmo um quadro pa- recidíssimo com infarto. Nesse caso, p e r - cebe-se que é a sín- drome”, explica Fernandes. Estudos também de- monstraram um aumento na incidência de ataques car- díacos na fase aguda do luto. “Este aumento de risco de ata- que cardíaco pode chegar até 20 vezes nas primeiras 48h, com redu- ção progressiva das chances, normali- zando-se após um mês”, afirma o car- diologista Eduardo Palmegiani. Apesar de rara, a síndrome pode matar nos casos em que o paciente já chega ao hospital com choque cardio- gênico (quando o coração, fraco, não consegue bombear quantidade adequa- da de sangue para as necessidades do corpo). Mas, no geral, depois de um pequeno período, o coração volta ao normal. “De qualquer forma, o paciente pre- cisa ficar pelo menos um dia na UTI para ser monitorizado. O curso da do- ença é benigno e, geralmente, não fica n e - nhuma s e q u e l a . Mas é neces- sário atenção es- pecial”, afirma Hélio Fernandes. Depressão é outroDepressão é outroDepressão é outroDepressão é outroDepressão é outro transtornotranstornotranstornotranstornotranstorno Transtornos como a depressão também podem agravar o quadro de casais que sofrem separações ou per- das, se não percebidas e tratadas a tempo. “Quando uma pessoa se habitua a viver ao lado da outra e suas rotinas se entrelaçam, ambas podem tornar- se condicionadas a fazer determinadas coisas juntos. Dessa forma, quando um dos dois falece, o outro pode sentir-se desorientado e desconectado de tudo aquilo que fazia ao lado do cônjuge. Não se trata de uma questão rara. Pes- soas que conviveram muito tempo jun- tas e apoiaram suas rotinas uma na ou- tra podem, literalmente, não conseguir reagir muito bem no luto e entrar em um processo de desistência”, explica o psicólogo cognitivo-comportamental, Alexandre Caprio. O especialista comenta que, quando se fala em desistir de vi- ver, é possível que o indivíduo esteja passando pelo chama- do Transtorno de Depres- são. “Embora seja visto por muitos como uma ilu- são ou até mesmo pregui- ça ou ‘frescura’, a de- pressão torna-se extre- mamente perigosa justa- mente por não ser nota- da. Ela se confunde com o desejo do indivíduo que pensa em não querer mais sair, seguir sua rotina e seus afazeres diários. Pode ser causada por diver- sos fatores, desde genéticos a situacionais, como a perda de um ente querido. É impor- tante salientar que o luto não é de- pressão. Luto é um processo natu- ral e até saudável de introspecção que passa com o tempo. Já a depressão é uma redução da atividade química do cérebro. Não se trata de tristeza, mas, sim, de ausência de reações emocio- nais”, afirma. Os sintomas envolvem alteração no apetite (para mais ou para menos), al- teração no sono (para mais ou para menos), dificuldade de levantar de manhã, intolerância para conversar ou lidar com as pessoas, absenteísmo das rotinas sociais, profissionais ou famili- ares, dificuldade para lidar com pro- blemas simples, diminuição da libido sexual, descuido em relação a tarefas domésticas e higiene pessoal, queda da autoestima e pensamentos suicidas. “Combater uma situação de perda que pode colocar em risco a vida de quem ficou, nos obriga a retomar o conceito de amor. Amor é tema am- plamente discutido, mas o conceito em si quase sempre não passa por uma análise minuciosa. Se tudo o que faze- mos envolve o outro, há uma perda de sentido geral quando o outro se ausen- ta. Mas, a jornada de um casal não é feita de uma única estrada. É feita de estradas paralelas, sintonizadas pela afinidade e pelos interesses comuns. Se um dos dois não consegue continuar,
  • 2. 22- Amores inesgotáveis São José do Rio Preto, abril 2015 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Amor que desafia o tempo Casais que vivem juntos há décadas provam que é possível manter viva a chama do amor. OquêOquêOquêOquêOquê registra depoimentos deliciosos de quem ama e faz questão que todo mundo saiba. por mais que isso seja doloroso, o ou- tro ainda terá elementos em sua vida que o puxem para frente e o façam continuar”, comenta Caprio. Nestes casos, quando a ajuda pro- fissional se torna necessária? A psicó- loga Cristiane F. Alves Lorga, especi- alista em Intervenção Familiar, Psico- terapia e Orientação Sistêmica, do Ins- tituto Terapia Sistêmica (ITS), de São José do Rio Preto, explica que, geral- mente, as pessoas conseguem passar por essa dor sem ajuda profissional. “Entretanto, quando um quadro de depressão se instala e se prolonga, principalmente se já existiam apareci- mentos anteriores ou transtornos afe- tivos ou de humor, recomenda-se a busca de um profissional. O psicólogo vai acolhê-lo, sem julgamentos ou co- branças, para que, juntos, a pessoa se reaproprie de sua história, no seu tem- po, recuperando sua energia e sua au- toestima”. Segundo Lorga, ao perder um ente querido, ou algo muito importante, será preciso preencher o vazio decorrente dessa perda. “O sofrimento fica supor- tável ao sabermos que ele terá um fim e insuportável quando fingimos que não existe. Dá uma sensação de vazio, uma dor horrível que parece que não vai mais acabar. Infelizmente, ninguém está isento desse sofrimento”. Casar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidadeCasar na modernidade Diferentemente dos tempos antigos, hoje os casamentos estão acabando cada vez mais cedo. A psicóloga Da- niela Brandi comenta que, neste con- texto, vários aspectos mudaram. A não obrigatoriedade de permanecer casa- dos por questões religiosas e sociais é uma delas. “Outra, sem dúvida, é a independên- cia financeira de ambas as partes, que também liberou as pessoas. Mas, tal- vez, o que mais tenha mudado é que as pessoas ‘desaprenderam’ a ser ca- sal; são casadas, mas não formam ‘par’, não comungam opiniões, não trocam afetos, não são mais cúmplices”. Alexandre Caprio concorda, e ex- plica que as pessoas não estão saben- do – ou tendo paciência – de se co- nhecerem de fato. Sentem atração um pelo outro, mas não pensam de forma parecida e seus comportamentos não se afinam. “Trata-se de estradas que seguem trajetórias muito diferentes, com pou- cas intersecções. Quando isso acon- tece, o relacionamento dura pouco ou uma das pessoas se anula para seguir na estrada da outra. E, se abandonar- mos nossos sonhos, nossos amigos, nossos talentos e nossas expectativas para vivermos a trajetória alheia, abri- remos mão de nós mesmos e acabare- mos como uma mera sombra que, sem o outro, encontrará seu próprio fim antes mesmo de ter vivido essa incrí- vel experiência chamada vida”. Dr. Paulo Nímer, com a mulher, dona Urânia: sempre de mãos dados pelas ruas Álbum de família Ela é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poemaEla é meu poema “Quando nos conhecemos, Urâ- nia tinha 12 anos e estudava no co- légio Santo André. Eu, com 17, morava na mesma pensão que ela. Nos conhecemos num cruzar de olhares; a vi pela primeira vez na sala de jantar. Ela, percebendo que eu tinha dificuldade em ligar a torneira do banheiro, se dispôs a me ajudar. Foi nesse simples momento, nessa simples troca de olhares, que senti que ela veio se instalar na retina de meus olhos. Eu sabia que Urânia seria a mulher dos meus sonhos, mi- nha companheira e amiga por toda a eternidade. Hoje, fizemos nossa vida juntos e temos quatro filhos: Paula Márcia, advogada; Paulo Ní- mer Filho, juiz de direito em São Paulo; Carlos Simão, advogado; e Isabela Maria, advogada; além de sete netos: Paulo José, Beatriz, Car- los Simão, Marina, Lucas, Luiza e Marcos. Uma coisa que chama a atenção das pessoas nas ruas é que nós andamos sempre de mãos da- das, e de mãos dadas vamos conti- nuar caminhando por toda a eterni- dade. Acredito que, para ser feliz no casamento, primeiro, é preciso amar muito, depois, compreender e tolerar as mazelas de um e do outro. Urânia é meu grande amor e nossa vida é um namoro eterno. Ela é meu poema”. (Paulo Nímer, advogado, 84 anos, casado com Urânia Nímer, professora aposentada, 79 anos) Cinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amorCinco mil cartas de amor “Foram 58 anos de casados e mais oito anos de namoro. Depois de dois anos juntos, Paulo foi morar no Rio de Janeiro. Quando chegou ao terceiro ano de faculdade, já trabalhava em um es- critório de advocacia considerado um dos maiores do Rio de Janeiro. Foi en- tão que voltou nas férias para me bus- car para que fôssemos morar lá. Como sou filha única, e meu pai era viúvo, disse que não poderia deixá-lo sozinho. Por minha causa, Paulo ficou em Rio Preto. Casamos em José Bonifácio – meu pai era cartorário lá – e, em segui- da, nos mudamos para cá. Um momen- to muito marcante para mim foi que, quando namorávamos, combinamos de escrever cartas um para o outro todos os dias. Naquela época, a comunicação era difícil, não tínha- mos telefone e tudo era feito por meio de uma central telefônica. Foram mais de cinco mil cartas es- critas ao longo dos anos, e as dele sempre em forma de poesia. Era uma alegria quando as cartas che- gavam, todos os dias. Na repúbli- ca, os amigos de Paulo esperavam por elas ansiosamente junto com ele. Nessas cartas, estava escrito a história do nosso amor, esse amor que vive dentro de nós. Os tem- pos também eram outros, fomos pegar na mão depois de quatro anos de namoro! Crescemos jun- tos e eu sei exatamente o que ele está pensando. Um entende o ou- tro, sem precisar de palavras. Tem muitos homens que não têm tem- po de olhar para sua mulher. O Paulo não, ele cuida de mim. Até hoje, todos os dias ao acordarmos, ele diz que estou linda!”. (Urânia Nímer, professora aposen- tada, 79 anos, casada com Paulo Nímer, advogado, 84 anos)
  • 3. Amores inesgotáveis - 23São José do Rio Preto, abril 2015 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Casamento na VilaCasamento na VilaCasamento na VilaCasamento na VilaCasamento na Vila “Era uma vez em Ida Iolanda, in- terior de São Paulo, um rapaz tímido e franzino que resolveu se aventurar na grande capital para ‘fazer’ a vida. Em uma de suas viagens para rever a família, conheceu uma colega de sua irmã, filha caçula de pais muito rígi- dos, e uma luz se acendeu. Dois me- ses depois, o rapaz voltou para a pe- quena vila na esperança de rever aque- la menina que tanto havia mexido com ele. Na ocasião, as fofocas sobre um amor à primeira vista já haviam espa- lhado e o pai dela queria tirar satisfa- ções com o suposto namorado. Foi no terceiroencontroque,finalmente,meu pai pediu em namoro minha mãe. Na ocasião, meu avô estava muito doente e já quis combinar logo o casamento. Meu pai, então, voltou para São Paulo para ajeitar as coisas e só conseguiu voltar no dia do casamento. Ele esta- va assustado e até preparado para a desistência da noiva, já que ficaram muito tempo sem se falar e sem se ver – naquela época não existiam essas facilidades de comunicação que temos hoje. Para alegria de meu pai, minha mãe o esperava ansiosa e pronta para assumir o compromisso de suas vidas. Eles fizeram a vida com muita dificul- dade financeira, falta de instrução, de- semprego, mas superaram todos os de- safios. Hoje, já estão juntos há 50 anos e são totalmente inse- paráveis. É impressio- nante ver como um vive intensamente para o outro. São ple- namente felizes e ser- vem como espelho e exemplo para toda a nossa família”. (Ivana Dutra é filha de Nair Amaral Soler, dona de casa, 66 anos, e de Geraldo Alonso Soler, Técnico em desenho mecânico e eletrô- nica aposentado, 72 anos) Diferentes,Diferentes,Diferentes,Diferentes,Diferentes, masmasmasmasmas inseparáveisinseparáveisinseparáveisinseparáveisinseparáveis “Conheço o Orvi- le há 45 anos. Ele ti- nha ficado viúvo e com três filhos adoles- centes. Na época, as- sumiu a gerência do Banco do Brasil onde eu já residia, em Mon- te Aprazível. Eu o co- nheci porque ele que- ria alugar a casa onde eu morava e me cha- mou no banco acertar os detalhes. Desde que o vi pela primeira vez achei- o muito diferente de mim. Era tímido demais para o meu gosto, mas muito educado. Logo depois, acabei alugan- do a casa para ele e me mudei com meu filho e minha mãe para Rio Preto. Nes- sa altura, já estávamos namorando e esse namoro durou um ano. O casa- mento aconteceu em São Paulo e es- tamos juntos há 44 anos. Tivemos um filho, o Rodrigo, que se juntou ao Alessandro, filho do meu primeiro casamento, e os três filhos do Orvile, João Alberto, Paulo Sérgio e Beatriz. Tenho 4 netos e ele tem 9 netos e 5 Álbum de família Geraldo e Nair: exemplos para toda a família Álbum de família Orvile e Cida: “já não me vejo sem ele” bisnetos. O momento mais mar- cante dessa história foi o nascimento do nosso filho Rodrigo que, no ano passado, completou 40 anos e que desde que nasceu só nos trouxe alegri- as. Depois 44 anos juntos, passamos por momentos difíceis, mas superamos tudo e a nossa união vai muito bem. Eu já não vejo mais minha vida sem ele, e creio que nem ele sem eu, mesmo sendo bem diferentes em todos os sen- tidos”. (Cida Caran, jornalista, 67 anos, casada com Orvile Tucunduva Westin, gerente aposentado do Banco do Brasil, 89 anos)