Apresentação realizada em Painel alusivo ao Dia Mundial da Saúde.
Participantes:
- Marcelo Larratea e Ademir Koucher (IBGE)
- Cristian Guimarães (Secretaria Estadual da Saúde)
- Natalia Giordani (UFRGS)
- Marilyn Agranonik (FEE)
- Rafael Bernardini (FEE
Mediação: Marilene Dias Bandeira (FEE)
Data: 07/04/2016
Local: Auditório da FEE (Rua Duque de Caxias, 1691)
Riscos competitivos na sobrevida de pacientes com câncer
1. RISCOS COMPETITIVOS: UMA APLICAÇÃO NA SOBREVIDA
DE PACIENTES COM CÂNCER
Natalia Elis Giordani
Orientadora: Prof. Dra. Suzi Alves Camey
Co-orientadora: Prof. Dra. Luciana Neves Nunes
3. 1
CÂNCER
Problema de saúde pública 1
2012 2
14,1 milhões de novos casos
8,2 milhões de mortes
32,6 milhões de pessoas convivendo com a doença
ANÁLISE DE DADOS
Um dos parâmetros utilizados: Mortalidade
Metodologias tradicionalmente utilizadas
Método de Kaplan-Meier
Modelo de Cox
1 INCA – Câncer: um problema de saúde pública [Internet]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/ABRASCO/rede.pdf
2 GLOBOCAN 2012 – Estimated cancer inicdence, mortalily and prevalece worldwide in 2012.
SUPOSIÇÃO: APENAS UM
EVENTO DE INTERESSE
MOTIVAÇÃO
4. 1
REALIDADE: MAIS DE UM EVENTO DE INTERESSE
Paciente com câncer pode experimentar um evento
diferente do de interesse ao longo do período de
acompanhamento
EVENTOS COMPETITIVOS
Ignorá-los
Superestimação da função de distribuição acumulada e
interpretações questionáveis 3, 4
Metodologia ideal
Função de incidência acumulada
Modelo da subdistribuição do risco
MOTIVAÇÃO
3 Balakrishnan N, Rao CR. Handbook of Statistics: Advances in Survival Analysis. 2004; 23.
4 Kleinbaum DG, Klein M. Survival Analysis: A Self-Learning Text. 2nd ed. New York: Springer Science; 2005.
5. 2
GERAL
Aplicar a metodologia de riscos competitivos para estimar a
letalidade e fatores associados ao óbito de pacientes
diagnosticados com câncer primário entre os anos de 2002 e
2009 e atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
(HCPA)
ESPECÍFICOS
Descrever a metodologia utilizada em análise de sobrevida
na presença de riscos competitivos
Avaliar incidências, letalidades e fatores associados ao óbito
de pacientes diagnosticados com câncer primário e atendidos
pelo HCPA entre 2002 e 2009 usando a abordagem de riscos
competitivos
OBJETIVOS
6. 3
Coorte de casos primários de câncer atendidos no HCPA entre
os anos de 2002 e 2009
11.832 pacientes acompanhados até 31/12/2013
Base de dados HCPA
Sexo
Data de nascimento
Data da primeira consulta
Data do diagnóstico
Localização primária do tumor
Data do óbito
Causa básica de morte
Causa imediata de morte
METODOLOGIA
7. 3
SIM
Inclusão de óbitos não ocorridos ou notificados ao HCPA
Relacionamento determinístico de registros – nome e data
de nascimento
Software FRIL
2.425 datas de óbitos localizadas, totalizando 4.639
casos de morte
Causas de morte e localização primária do tumor
CID-10
Utilizados apenas os dois primeiros dígitos
METODOLOGIA
8. 3
Variáveis derivadas
Idade ao diagnóstico
Tempo de acompanhamento
Cânceres escolhidos para análise
Altas taxas de letalidade
Pâncreas
Brônquios e pulmões
Esôfago
Altas incidências
Mama
Próstata
METODOLOGIA
9. 3
Estimação da letalidade e avaliação dos fatores associados ao
óbito
Abordagem de riscos competitivos
Óbito por câncer primário (evento de interesse)
Óbito por metástase ou segundo câncer
Óbito por outras causas
Análises
Software R 11 - biblioteca cmprsk 12
Aprovação do comitê de pesquisa e ética em saúde do HCPA
Projeto 100056, data da versão - 29/06/2013
METODOLOGIA
11 R Development Core Team (2012). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical
Computing, Vienna, Austria. ISBN 3-900051-07-0, URL http://www.R-project.org/.
12 Bob Gray (2013). cmprsk: Subdistribution Analysis of Competing Risks. R package version 2.2-6.
10. 4
11.832 pacientes
Homens - 6.515 (55,1%)
Mulheres - 5.317 (44,9%)
Idade mediana ao diagnóstico primário de câncer
61,2 anos (49,6; 70,9)
Homens - 62,3 anos (51,9; 71,0)
Mulheres - 59,4 anos (46,9; 70,7)
Tempo mediano de acompanhamento
5,6 anos (1,6; 8,5)
Homens - 5,3 anos (1,2; 8,2)
Mulheres - 6,1 anos (2,5; 8,9)
Tempo mediano de seguimento inferior a 5 anos
corresponde ao tempo mediano de sobrevida após o
diagnóstico
RESULTADOS
11. 4 RESULTADOS
Cânceres de pâncreas e brônquios e pulmões
INCA - altas taxas de mortalidade pelas doenças dado seu
comportamento agressivo e diagnóstico tardio 13
13 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil
12. 4 RESULTADOS
14 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, v. 4
Câncer de mama
POA 14 é a capital com maiores valores de taxas médias de
incidências anuais de câncer de mama, ajustadas por idade
13. 4 RESULTADOS
14 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, v. 4
Câncer de próstata
Tipo mais frequente em todas as regiões do país 14
Idade é um fator de risco estabelecido 14
14. 4
10 tipos de câncer com maiores incidências entre os anos de
2002 e 2009 no HCPA
Pele - 1.920 casos
Próstata - 1.080 casos
Brônquios e pulmões - 950 casos
Mama - 893 casos
Sistema hematopoiético e reticuloendotelial - 654 casos
Cólon - 573 casos
Esôfago - 497 casos
Estômago - 422 casos
Neoplasia maligna secundária e não especificada dos
gânglios linfáticos - 360 casos
Colo do útero - 328 casos
RESULTADOS
15. 4
Mortalidade
4.639 óbitos observados entre 2002 e 2009
Causa básica de morte igual a localização primária do
tumor - 2.314 casos (49,9%)
Causa básica de morte por câncer diferente da
localização primária do tumor (metástase ou segundo
tumor primário) - 1.462 casos (31,5%)
Causa básica de morte não relacionada ao câncer - 863
casos (18,6%)
RESULTADOS
16. 4
10 tipos de câncer com maiores taxas de letalidade entre os
anos de 2002 e 2009 no HCPA
Pâncreas - 145 óbitos (57,1%)
Brônquios e pulmões - 527 óbitos (55,5%)
Esôfago - 262 óbitos (52,7%)
Estômago - 186 óbitos (44,1%)
Fígado e vias biliares - 122 óbitos (42,5%)
Vesícula biliar - 23 óbitos (42,6%)
Intestino delgado - 12 óbitos (40%)
Ovário - 42 óbitos (34,1%)
Cérebro - 40 óbitos (31,3%)
Neoplasia maligna de outras localizações e de partes não
especificadas das vias biliares - 23 óbitos (28%)
RESULTADOS
17. 4 RESULTADOS
14 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, v. 4
Número de novos casos aumentado ao longo dos anos
POA (2002-2004) 14
Cânceres de traqueia e reto estão entre os mais incidentes
19. 4 RESULTADOS
Probabilidade marginal de óbito por câncer de pâncreas, em 5
anos - 0,57
Probabilidade marginal de óbito por outros tipos de câncer, em
5 anos - 0,04
Probabilidade de óbito por câncer de pâncreas alta, em especial
nos primeiros anos após o diagnóstico
20. 4
Probabilidade marginal de óbito por câncer de brônquios e
pulmões, em 5 anos - 0,54
Probabilidade marginal de óbito por outros tipos de câncer, em
5 anos - 0,04
Estimativa de óbito, em até 5 anos, para câncer de brônquios e
pulmões divulgada pelo INCA - 0,90; 0,93 14
Indícios de superestimação
14 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, v. 4
RESULTADOS
21. 4
Probabilidade marginal de óbito por câncer de esôfago, em 5
anos - 0,52
Probabilidade marginal de óbito por outros tipos de câncer, em
5 anos - 0,05
Estimativa de óbito, em até 5 anos, para câncer de esôfago
divulgada pelo INCA - 0,90 15
Indícios de superestimação
15 INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil
RESULTADOS
22. 4
Probabilidade marginal de óbito por câncer de mama, em 5
anos - 0,12
Probabilidade marginal de óbito por outros tipos de câncer, em
5 anos - 0,02
Probabilidade marginal de óbito por outras causas é superior a
de óbito por outros tipos de câncer
RESULTADOS
23. 4 RESULTADOS
Probabilidade marginal de óbito por câncer de próstata, em 5
anos - 0,09
Probabilidade marginal de óbito por outros tipos de câncer, em
5 anos - 0,02
A partir de, aproximadamente, 10 anos após o diagnóstico
Probabilidade marginal de óbito por outras causas é
superior a de óbito por câncer de próstata
24. 4
Câncer de esôfago - indivíduos do sexo masculino têm risco
0,72 (0,54; 0,98) vezes menor de falecer do que as mulheres
Câncer de próstata - aumento de 1 ano de idade aumenta o
risco de óbito em 1,08 (1,05; 1,10) vezes
RESULTADOS
25. Achados discordantes com literatura
População diferente
Metodologia de riscos competitivos
Qualidade das informações apresentadas pelo INCA
Falta de um registro mais acurado para estimar incidência e
mortalidade para a população brasileira
CONCLUSÃO5
26. 6
COVARIÁVEIS
Ficha de registro de tumor contém apenas informações de
sexo e data de nascimento
RELACIONAMENTO DE BASES DE DADOS
Relacionamento determinístico
LIMITAÇÕES
27. RISCOS COMPETITIVOS: UMA APLICAÇÃO NA SOBREVIDA
DE PACIENTES COM CÂNCER
Natalia Elis Giordani
Orientadora: Prof. Dra. Suzi Alves Camey
Co-orientadora: Prof. Dra. Luciana Neves Nunes