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Tapera e Senhor Olcino,
um pouco de suas Histórias.
Trabalho de Pesquisa:
Profa. Fátima Chaves
Tapera, viveiro de beldades irresistíveis.
Bem no Centro de Hidrolândia.
“Casco Velho” dos Ferreiras de Aquino.
Pedro Rodrigues Pereira
Tapera
A Fazenda Tapera, localizava-se na Vila
Cajazeiras, Cajazeiras dos Timbós,
posteriormente Distrito de Batoque e
Hidrolândia, nome que permanece ate hoje.
O casarão foi construído na “cabeça de um
alto”, nas palavras dos mais antigos.
Até sua demolição, em 2013, sua localização
era na rua Raimundo Marques, S/N, Centro.
O mesmo foi construído nas últimas décadas
do século XVIII, pelos seus primeiros
proprietários, o casal Vicente Ferreira de
Sousa, conhecido como Pai Ferreira e Maria
Ferreira de Aquino, conhecida como Mãe
Quina, pelo fato de ser parteira.
Mãe Quina, foi uma das primeiras parteiras de
Cajazeiras, foi mãe de Januca, Liliu e Missanta.
Maria Ferreira de Aquino –
Mãe Quina
Festa em comemoração ao casamento Dona Nenem
com o Senhor Aldemir. Dona Nenem era filha do Sr.
Olcino e de Dona Januca.
Foto tirada em frente a Tapera.
No detalhe, da esquerda pra direita, Dona Missanta,
Dona Januca e Dona Aniceta, nora de Mãe Quina.
Foto tirada em frente a Tapera.
Casamento de Dona Nenem com o
Senhor Aldemir.
Na foto estão também os Senhores:
Manoel Cid, Horácio Lopes Maciel,
Simplício Rodrigues, Antenor Timbó e
Zeca Rufino.
Detalha para o Senhor Luiz Ferreira de Aquino (Liliu),
filho de Vicente Ferreira (Pai Ferreira) e Mãe Quina.
Após a morte de Vicente Ferreira de Aquino a fazenda passou para sua herdeira,
Joana Ferreira de Aquino (Januca) e seu marido Olcino Pereira de Souza.
Filhas de Olcino e Januca
De trás pra frente:
Elita, Nenem, Alda, Miraci e Mirian.
Filhas e Mãe
Filhos de Olcino e Januca
Senhor Ortan Ferreira
Senhor Vicente Ferreira,
o Vicentinho da Tapera
Senhor Bitião
Senhor Aldifax
“A Tapera era uma casa de todo mundo”.
Lá as pessoas eram sempre bem recebidas e sempre
havia espaço e comida pra mais um.
Dizem os mais antigos já falecidos e que conheceram
o casal Olcino e Januca, que as pessoas que por lá
passavam sempre eram servidas pela Dona da casa,
com um cafezinho ou um pedaço de rapadura, se
demorassem almoçavam e jantavam e se
resolvessem ficar, tinha sempre uma rede armada
pra dormirem.
“Lá na tapera era assim”.
Todos os transeuntes que andavam no sentido
Cajazeiras – Morro, Cajazeiras – Angical, Cajazeiras –
Verdugue, paravam lá para beber água, tomar café,
comprar ou vender alguma coisa.
A estrada que ligava Cajazeiras a Santa Quitéria
passava pelo seu terreiro.
Por se encontrar num lugar alto e espaçoso a Fazenda
era sempre muito visitada e frequentada.
Era um dos pontos de encontro dos moradores da
pequena Cajazeiras dos Timbós.
Além de casa de moradia, lá tinha também muita
criação bovina, caprina, suína e aves, como galinhas,
patos, perus e capotes.
Momentos da Fazenda Tapera
Dona Mirian,
amigos e amigas.
OBS: Na época era
moda as moça
usarem as
TIROLEZAS (lenço)
na cabeça.
Foto tirada nos
arredores da Fazenda
Tapera.
Nela estão 04 das filhas
do casal Olcino e
Januca: Alda, Nenem,
Mirian e Miraci.
Ano: 1945
Grupo de amigas e
amigos nos arredores
da Fazenda Tapera.
Na foto estão Dona
Mirian e Dona Iraci,
que seria a esposa do
Senhor Geci Maciel de
França.
Pereira (primo do
Senhor Olcino) com
Sandra, filha de Dona
Mirian.
Momentos da Fazenda Tapera
Sandra, primeira filha de
Dona Mirian e Senhor
Manoel Cid, no dia do seu
batizado.
Foto tirada em frente a
Tapera, por volta de 1948.
Os casais: Mirian e Manoel;
Aldemir e Nenem.
Na primeira fila, de baixo
para cima: Dona Ivinha é a
segunda e Dona Mirian é a
quinta.
Dona Fransquinha do Sr. Cãozinho,
Dona Raimunda Doca e
Dona Maria Doca.
Entre as crianças estão alguns dos
filhos de Dona Mirian
O Senhor Olcino tinha um quarto de comércio onde vendia farinha,
rapadura, feijão, queijo, caroços de algodão, etc.
O quarto ficava logo na entrada da casa da Fazenda Tapera.
Acima dele tinha um sótão onde eram guardadas coisas de pouco uso
e até mercadorias.
Lá ele trabalhava também com compra e venda de couros de animais.
Diz a história local que o Senhor Olcino adivinhava.
Segundo relatos antigos, quando vinham pessoas
do Morro, Verdugue, Angical e outros lugares dos
arredores de Cajazeiras, ao passarem pela Fazenda
Tapera, o Senhor Olcino se punha na janela da sala
ou no alpendre, chamava a pessoa e falava:
__ Fulano, me venda esse couro que você
vem trazendo.
__ Que couro, Seu Olcino?
__ Esse couro que você traz enrolado nesse surrão.
E a pessoa se perguntava: Mas como é que ele
adivinhou que eu tô trazendo esse couro
enrolado aqui?
No mesmo dia ou no dia seguinte, o couro já estava
espichado, posto no sol pra secar, pra ser
comercializado pelo Senhor Olcino.
Era um Pai bom, carinhoso, dedicado e amigo dos filhas e filhas, como vemos nestes pequenos bilhetes que
ele enviou para sua filha Mirian no ano 1957
Mirian mande mil
cruzeiros 100000 du
Dro du Aldifa que
amanhã eu lhe pago
Cazu você tenha gasto
deste du Aldifa de um
jeito em 50000 quinhe
ntos que da para oje
de seu pai que sempre
pede a Deus pela sua
felicidade.
Olcino Pereira
13 de 7 de 57
Dro = Dinheiro
22 de 7 de 57
Mirian coloquei
Todo sabão sem prejuízo
Pagamento 15 de agosto
Mas a sua parte pago
amanhã se Deus permi
tir de ao Nonato tre
zentos cruzeiros e mais
de para neném 20000 du
zentos cruzeiros que eu
pago todo Amanhã não
Tenha Medo Tenha Fé
em Deus que Tudo da Certo
de seu Pai que lhe estima.
Olcino Pereira
Mirian mande 30000
trezentos até amanhã
que vou receber
um do Dr. João
Mimozo.
de seu pai que
sempre pede a Deus
sua Felicidade.
Olcino P.
13 de 7 de 57
Era amigo de todos, como declarou o Senhor João Benício em uma entrevista.
“ O Senhor Olcino muito ajudava
o povo de Hidrolândia.
É reconhecido por todos que o conheceram
e conviveram com ele, como um homem
bondoso e prestativo.
Muitos o chamavam de Coronel da tapera”.
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CARTA DO PADRE LUIS XIMENES ARAGÃO ENVIADA A DONA MIRIAN E SENHOR MANOEL CID, POR ACASIÃO DO
FALECIMENTO DO SENHOR OLCINO PEREIRA DE SOUZA.
Caríssimos d. Mirian e
Manoel Cid
O meu sincero pesar pelo fa-
lecimento de nosso inofensivo e
bondoso (e santo) sr. Olcino.
Lamentei não ter estado pre-
sente, ao menos para fazer o
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até de deixar de fazer a pro-
cissão de passos.
Não celebrei ainda por ele,
por questão de vaga na caderneta
de missa, mas domingo, pretendo
estar ai, e, então acertaremos a
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o rei eterno da glória tenha o
seu querido e inesquecível pai
entre os anjos benditos para
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Tapera – um passado quase esquecido

  • 1. Tapera e Senhor Olcino, um pouco de suas Histórias. Trabalho de Pesquisa: Profa. Fátima Chaves
  • 2. Tapera, viveiro de beldades irresistíveis. Bem no Centro de Hidrolândia. “Casco Velho” dos Ferreiras de Aquino. Pedro Rodrigues Pereira
  • 3. Tapera A Fazenda Tapera, localizava-se na Vila Cajazeiras, Cajazeiras dos Timbós, posteriormente Distrito de Batoque e Hidrolândia, nome que permanece ate hoje. O casarão foi construído na “cabeça de um alto”, nas palavras dos mais antigos. Até sua demolição, em 2013, sua localização era na rua Raimundo Marques, S/N, Centro. O mesmo foi construído nas últimas décadas do século XVIII, pelos seus primeiros proprietários, o casal Vicente Ferreira de Sousa, conhecido como Pai Ferreira e Maria Ferreira de Aquino, conhecida como Mãe Quina, pelo fato de ser parteira.
  • 4. Mãe Quina, foi uma das primeiras parteiras de Cajazeiras, foi mãe de Januca, Liliu e Missanta. Maria Ferreira de Aquino – Mãe Quina Festa em comemoração ao casamento Dona Nenem com o Senhor Aldemir. Dona Nenem era filha do Sr. Olcino e de Dona Januca. Foto tirada em frente a Tapera. No detalhe, da esquerda pra direita, Dona Missanta, Dona Januca e Dona Aniceta, nora de Mãe Quina.
  • 5. Foto tirada em frente a Tapera. Casamento de Dona Nenem com o Senhor Aldemir. Na foto estão também os Senhores: Manoel Cid, Horácio Lopes Maciel, Simplício Rodrigues, Antenor Timbó e Zeca Rufino. Detalha para o Senhor Luiz Ferreira de Aquino (Liliu), filho de Vicente Ferreira (Pai Ferreira) e Mãe Quina.
  • 6. Após a morte de Vicente Ferreira de Aquino a fazenda passou para sua herdeira, Joana Ferreira de Aquino (Januca) e seu marido Olcino Pereira de Souza.
  • 7. Filhas de Olcino e Januca De trás pra frente: Elita, Nenem, Alda, Miraci e Mirian. Filhas e Mãe
  • 8. Filhos de Olcino e Januca Senhor Ortan Ferreira Senhor Vicente Ferreira, o Vicentinho da Tapera Senhor Bitião Senhor Aldifax
  • 9. “A Tapera era uma casa de todo mundo”. Lá as pessoas eram sempre bem recebidas e sempre havia espaço e comida pra mais um. Dizem os mais antigos já falecidos e que conheceram o casal Olcino e Januca, que as pessoas que por lá passavam sempre eram servidas pela Dona da casa, com um cafezinho ou um pedaço de rapadura, se demorassem almoçavam e jantavam e se resolvessem ficar, tinha sempre uma rede armada pra dormirem. “Lá na tapera era assim”. Todos os transeuntes que andavam no sentido Cajazeiras – Morro, Cajazeiras – Angical, Cajazeiras – Verdugue, paravam lá para beber água, tomar café, comprar ou vender alguma coisa. A estrada que ligava Cajazeiras a Santa Quitéria passava pelo seu terreiro. Por se encontrar num lugar alto e espaçoso a Fazenda era sempre muito visitada e frequentada. Era um dos pontos de encontro dos moradores da pequena Cajazeiras dos Timbós. Além de casa de moradia, lá tinha também muita criação bovina, caprina, suína e aves, como galinhas, patos, perus e capotes.
  • 10. Momentos da Fazenda Tapera Dona Mirian, amigos e amigas. OBS: Na época era moda as moça usarem as TIROLEZAS (lenço) na cabeça. Foto tirada nos arredores da Fazenda Tapera. Nela estão 04 das filhas do casal Olcino e Januca: Alda, Nenem, Mirian e Miraci. Ano: 1945 Grupo de amigas e amigos nos arredores da Fazenda Tapera. Na foto estão Dona Mirian e Dona Iraci, que seria a esposa do Senhor Geci Maciel de França. Pereira (primo do Senhor Olcino) com Sandra, filha de Dona Mirian.
  • 11. Momentos da Fazenda Tapera Sandra, primeira filha de Dona Mirian e Senhor Manoel Cid, no dia do seu batizado. Foto tirada em frente a Tapera, por volta de 1948. Os casais: Mirian e Manoel; Aldemir e Nenem. Na primeira fila, de baixo para cima: Dona Ivinha é a segunda e Dona Mirian é a quinta. Dona Fransquinha do Sr. Cãozinho, Dona Raimunda Doca e Dona Maria Doca. Entre as crianças estão alguns dos filhos de Dona Mirian
  • 12. O Senhor Olcino tinha um quarto de comércio onde vendia farinha, rapadura, feijão, queijo, caroços de algodão, etc. O quarto ficava logo na entrada da casa da Fazenda Tapera. Acima dele tinha um sótão onde eram guardadas coisas de pouco uso e até mercadorias. Lá ele trabalhava também com compra e venda de couros de animais.
  • 13. Diz a história local que o Senhor Olcino adivinhava. Segundo relatos antigos, quando vinham pessoas do Morro, Verdugue, Angical e outros lugares dos arredores de Cajazeiras, ao passarem pela Fazenda Tapera, o Senhor Olcino se punha na janela da sala ou no alpendre, chamava a pessoa e falava: __ Fulano, me venda esse couro que você vem trazendo. __ Que couro, Seu Olcino? __ Esse couro que você traz enrolado nesse surrão. E a pessoa se perguntava: Mas como é que ele adivinhou que eu tô trazendo esse couro enrolado aqui? No mesmo dia ou no dia seguinte, o couro já estava espichado, posto no sol pra secar, pra ser comercializado pelo Senhor Olcino.
  • 14. Era um Pai bom, carinhoso, dedicado e amigo dos filhas e filhas, como vemos nestes pequenos bilhetes que ele enviou para sua filha Mirian no ano 1957 Mirian mande mil cruzeiros 100000 du Dro du Aldifa que amanhã eu lhe pago Cazu você tenha gasto deste du Aldifa de um jeito em 50000 quinhe ntos que da para oje de seu pai que sempre pede a Deus pela sua felicidade. Olcino Pereira 13 de 7 de 57 Dro = Dinheiro 22 de 7 de 57 Mirian coloquei Todo sabão sem prejuízo Pagamento 15 de agosto Mas a sua parte pago amanhã se Deus permi tir de ao Nonato tre zentos cruzeiros e mais de para neném 20000 du zentos cruzeiros que eu pago todo Amanhã não Tenha Medo Tenha Fé em Deus que Tudo da Certo de seu Pai que lhe estima. Olcino Pereira Mirian mande 30000 trezentos até amanhã que vou receber um do Dr. João Mimozo. de seu pai que sempre pede a Deus sua Felicidade. Olcino P. 13 de 7 de 57
  • 15. Era amigo de todos, como declarou o Senhor João Benício em uma entrevista. “ O Senhor Olcino muito ajudava o povo de Hidrolândia. É reconhecido por todos que o conheceram e conviveram com ele, como um homem bondoso e prestativo. Muitos o chamavam de Coronel da tapera”.
  • 16. Era admirado e querido por muitos. CARTA DO PADRE LUIS XIMENES ARAGÃO ENVIADA A DONA MIRIAN E SENHOR MANOEL CID, POR ACASIÃO DO FALECIMENTO DO SENHOR OLCINO PEREIRA DE SOUZA. Caríssimos d. Mirian e Manoel Cid O meu sincero pesar pelo fa- lecimento de nosso inofensivo e bondoso (e santo) sr. Olcino. Lamentei não ter estado pre- sente, ao menos para fazer o seu sepultamento, mas em ra- zão de falta de transporte tive até de deixar de fazer a pro- cissão de passos. Não celebrei ainda por ele, por questão de vaga na caderneta de missa, mas domingo, pretendo estar ai, e, então acertaremos a sua missa de “réquiem”. Que Nosso Senhor Jesus Cristo, o rei eterno da glória tenha o seu querido e inesquecível pai entre os anjos benditos para a alegria da Ressurreição da Carne. Quem morre cristãmente, não morre, muda-se. Não é? Adeus d. Mirian e creia no seu irmão que os estima. Padre Luís.