1. Colégio Municipal Santa Terezinha
Aluno (a):
Profª: Claudinha Série:1ª do Ens. Médio Data:__ / _ /2020
ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Semana: 04/05/2020 a 08/05/2020
a) Leia o texto abaixo e resolva as questões propostas:
EmMinasGerais,700milalunosdevemficarsemacessaraulasremotas
Dado é da Secretaria de Educação, que planejou atividades por TV e YouTube
Por BRUNO MENEZES | @BRMENEZES 20/04/20 - 06h00
Foto: Uarlen Valério/ O Tempo
Alunos de baixa renda vivem o drama de não saber como vão fazer para estudar neste ano.
Diante da pandemia de Covid-19, escolas foram fechadas como medida de segurança para
evitar aglomerações e a consequente propagação do novo coronavírus. A principal opção para
que os estudantes não percam o ano letivo são as aulas virtuais. No entanto, nem todos têm
computador com acesso à internet banda larga ou mesmo televisão em casa.
É o caso de Adriel Castro, de 18 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio. Morador
da ocupação Helena Silva, na região do Barreiro, em BH, e aluno da Escola Estadual Doutor
Aurino de Morais, na região, ele sonha em ser professor de história. “Tem um lado da história
que precisa ser contado da forma como as pessoas da periferia enxergam. Fica mais fácil para
entender”, explica sua escolha.
Adriel vive o drama de não ter acesso ao conhecimento, por falta de estrutura tecnológica
básica. Com internet apenas no celular e com plano de dados limitado, o jovem diz que, sem o
professor para auxiliar a solucionar as dúvidas, a única alternativa que lhe resta é estudar por
meio dos livros que tem do colégio. Diante desse cenário, ele defende que o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 seja adiado, para que todos os estudantes de
classes sociais mais baixas tenham oportunidade de estudar para disputar vagas e não sejam
excluídos. “O Enem só vai provar pra gente o quanto o exame tem sido elitista”, diz.
Na prática
A estudante do primeiro ano do ensino médio Vitória Oliveira de Andrade, de 16 anos,
aluna da Escola Estadual Madre Carmelita, no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha,
tem TV em casa, mas não conta com internet. Em janeiro, a casa da avó, em Ribeirão das
Neves, foi afetada pelas chuvas. Então a estudante levou a avó para morar com ela e a mãe
em um imóvel alugado com a ajuda de familiares e amigos, no bairro Glória, na região
Noroeste de BH.
Sem internet em casa, a solução seria ter aulas pela TV, como propõe o governo. Mas a
adolescente não acredita que esta seja a melhor solução. “Você não consegue interagir de
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2. imediato com o professor se tiver alguma dúvida. A aula online às vezes seria mais fácil para
você fazer isso”, avalia.
Uma possibilidade levantada pela unidade em que a aluna estuda é a disponibilização de
computadores na escola para os alunos que não têm acesso. “Não temos carro em casa, então
eu teria que ir de carro de aplicativo ou de ônibus (até a escola). Teria contato com outras
pessoas”, conta a garota, que tem receio de que a avó, no grupo de risco da doença, seja
contaminada.
Curso preparatório
A crise gerada pela pandemia de coronavírus não deixou sair do papel o cursinho
preparatório para o Enem organizado pela Associação Metropolitana dos Estudantes
Secundaristas da Grande Belo Horizonte, que tem 20 professores voluntários. A ideia seria
oferecer aulas presenciais a estudantes de baixa renda do terceiro ano do ensino médio, mas o
cursinho vai funcionar temporariamente de forma virtual, aberto a qualquer público.
No entanto, segundo Rafael Morais, presidente da associação, há grande dificuldade de
conectividade entre os alunos de classes sociais mais baixas. “Como um estudante que tem
apenas rede 3G, limitada, vai fazer aula pela internet, sem o computador? A gente sabe que é
difícil pelo celular, ainda mais pelos aparelhos menos modernos”, disse.
Pendência judicial
Apesar do planejamento do governo do Estado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais
deferiu, na última quarta-feira, liminar impetrada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG) para barrar a volta presencial dos profissionais da
educação aos prédios da rede.
Até que o Estado apresente um plano para garantir a saúde dos servidores, nem os
professores poderão ser convocados a retornar às escolas, e, portanto, as transmissões pela
TV também estariam impedidas.
Governo não vai conseguir alcançar todos
Na última quarta-feira (15), a secretária de Estado de Educação, Julia Sant’Anna, anunciou
que, além das apostilas que serão distribuídas de forma online e física aos estudantes
mineiros, aulas vão ser transmitidas pela TV, pela Rede Minas. Ao todo, cinco horas de
programação da emissora serão destinadas às aulas, sendo uma hora para resposta de
dúvidas dos estudantes. As aulas vão começar em maio e vão ser disponibilizadas no YouTube.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) tem ciência de que, mesmo
com as duas alternativas, não vai alcançar todos os alunos de escolas públicas. Isso porque,
no caso da Rede Minas, o sinal chega a apenas 186 dos 853 municípios do Estado, o que
representa uma cobertura de 22% das cidades de Minas Gerais. A expectativa é que as aulas
estejam disponíveis a cerca de 1 milhão do 1,7 milhão de estudantes mineiros, deixando cerca
de 42% dos alunos sem acesso às aulas remotas propostas pelo governo.
Questionada pela reportagem, a SEE informou que, para aqueles alunos que não têm
acesso à internet, as escolas e Superintendências Regionais de Ensino vão identificar a melhor
forma de distribuição do material didático. Segundo a pasta, um aplicativo com navegação
gratuita também deve ser lançado para tirar dúvidas e promover a interação do professor com
os estudantes. A ferramenta ainda não tem data para ser lançada.
Jornal “O Tempo”
ATIVIDADES
01.O texto acima remete ao gênero:
a-( ) Notícia; b-( ) Reportagem; c-( ) Carta pessoal; d-( ) E-mail.
02.Informe o assunto tratado, no texto acima?
03.Qual seria o objetivo dele?
04.As reportagens, tal qual as notícias, podem apresentar dois títulos: um principal e mais
abrangente (chamado de manchete) e outro secundário (uma espécie de subtítulo) e mais
específico.
a) Qual seria a manchete do texto acima?
b) O subtítulo ou linha fina (linha de uma reportagem usada abaixo do título para destacar ou
complementar as informações dela. Qual seria a linha fina ou subtítulo da reportagem acima?
3. 05.O primeiro parágrafo de uma reportagem é chamado de lide ou lead. Em geral, ele é a
abertura do texto e apresenta resumidamente as informações que serão desenvolvidas, no
corpo da reportagem e tem a função de prender a atenção da(o) leitor(a), para que leia o
texto completo. Sobre o lide ou lead (informações importantes sobre as quais o autor
discorrerá) do texto acima, informe:
a) O que aconteceu? b) Quando acorreu? c) Quem são os envolvidos?
d) Onde aconteceu? e) Como aconteceu? f) Por que aconteceu? ( se possível)
06.A Reportagem é um tipo de texto que tem o intuito não só de informar mas também de
formar a opinião dos leitores, portanto, ela possui uma função social muito importante como
formadora de opinião, por isso a/o autora/autor apresenta juízos de valor sobre o que está
sendo discorrido, implícita ou explícita. Sendo assim, na sua opinião, o autor do texto acima,
mostra-se favorável ou contrário à realização das aulas remotas e on-line adotadas pela rede
de ensino de Minas Gerais?
07.Quais argumentos você encontrou, no texto, capazes de justificar sua opção, na questão
anterior?
08.Além das razões elencadas para sustentar sua posição, a (o) autora (or) de uma
reportagem apela para outros recursos bem interessantes (opiniões e interpretações dela/dele,
entrevistas e depoimentos, análises de dados e pesquisas, causas e consequências, dados
estatísticos, dentre outros) para tentar convencer ainda mais a leitora e o leitor. Quais destes
recursos citados anteriormente, o autor da reportagem usou, em seu texto?
09.Os estudantes mineiros relatam, em seus depoimentos, os desafios por que passam para
participar das aulas remotas e on-line. Quais seriam estas dificuldades?
10.Frente à situação dos estudantes, a Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE-MG)
oferta algumas alternativas para a resolução dos problemas enfrentados por estes estudantes.
Quais seriam estas opções?
11.No entanto os caminhos adotados pela Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE-MG)
para resolver os problemas relatados pelos estudantes estariam alinhados ou desencontrados
das decisões do Tribunal de Justiça de Minas Gerais? Justifique:
12.Observe o enunciado: “...Um aplicativo com navegação gratuita deve ser lançado para tira
dúvidas e promover a interação do professor com os estudantes. A ferramenta ainda não tem
data para ser lançada. O que o fato sublinhado confere à informação dada anteriormente? Por
quê? a-( ) descompromisso; b-( ) atenção; c-( ) indelicadeza; d-( ) confusão.
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13.No seu ponto de vista, o fato relatado seria relevante à vida da leitora e ao leitor, por isso
precisaria levado ao conhecimentos deles? Por quê?
14. Na sua opinião, a realidade retratada pelos estudantes mineiros, na reportagem, seria
muito diferente do dia a dia dos estudantes de Goiás? Por quê?
15.Em relação à modalidade de aulas remotas e on-line usadas, ministrada pela rede estadual
de ensino de Goiás, Bruno Menezes expressa, de maneira velada, seu posicionamento. Agora,
você assumirá uma ideia contrária a ele sobre o tema desenvolvido.
a) Nessa perspectiva, crie outra manchete para o texto:
b) Reescreva o subtítulo ou linha fina:
c) Por fim, elabore uma legenda (texto breve, objetivo e que serve para acrescentar
informações à imagem publicada ou confirmar a informação dada visualmente. Pode ser
colocado abaixo, ao lado ou dentro dessa imagem) para a foto do texto:
16. PRODUÇÃO DE TEXTO. Escreva um parágrafo, expressando sua opinião sobre a aplicação
das aulas remotas e on-line: