SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 39
Eicosanóides são mediadores
inflamatórios (que modulam a resposta
inflamatória) de origem lipídica,
sintetizados a partir dos ácidos graxos
ômega-6, como o ácido araquidônico
(AA), ou dos ácidos graxos ômega-3,
como os ácidos eicosapentanóico (EPA)
e docosahexaenóico (DHA).
Anti-inflamatórios
não-esteroidais
(AINEs)
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs)
INFLAMAÇÃO
“Capacidade do organismo de desencadear uma
resposta inflamatória é fundamental à
sobrevivência, em vista dos patógenos e lesões
ambientais, embora em algumas situações e
doenças a resposta inflamatória possa ser
exagerada e persistente, sem qualquer benefício
aparente”
(GOODMAN, 1996)
1. Representa uma reação do tecido vivo vascularizado a
uma agressão local de origem:
 Externa
infecciosos, térmicos, mecânicos, químicos, radiações;
 Interna
doenças autoimunes (artrite reumatoide), doenças do
colágeno (lúpus eritematoso sistêmico);
2. Objetivo: limitar ou eliminar a disseminação do dano e
reconstruir os tecidos afetados (cicatrização completa).
INFLAMAÇÃO
A INFLAMAÇÃO É MULTIFATORIAL
calor rubor edema dor Perda da função
INFLAMAÇÃO
- Desencadeado por vários estímulos
(agentes infecciosos, isquemia, interações Ag-Ac, lesão
térmica, agentes físicos);
• Fase Transitória Aguda: caracterizada por vasodilatação
localizada e  da permeabilidade vascular;
• Fase Subaguda ou Tardia: marcada por infiltração de leucócitos
e células fagocitárias;
• Fase Proliferativa Crônica: degeneração tecidual e fibrose;
- Nível macroscópico: 4 sinais
Eritema, Edema, Hiperalgia, Dor
(Rubor, Tumor, Calor e Dor)
PROCESSO INFLAMATÓRIO
PROCESSO INFLAMATÓRIO
Mediadores químicos nos processos inflamatórios:
1) Aminas (Histaminas);
2) Lipídios (Prostaglandinas);
3) Peptídeos (Bradicinina);
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
Prostaglandinas:
Mediadores produzidos em quase todos os tecidos do corpo
em quantidades muito pequenas. Agem localmente nos tecidos
com metabolização rápida. Não circulam no sangue em
concentrações significativas.
Regulam o processo inflamatório, a temperatura corporal, a
analgesia, a agregação plaquetária e inúmeros outros
processos. Ativam o sistema imunológico iniciando o processo
de defesa (inflamação).
INFLAMAÇÃO
Ácido Araquidônico
COX-1
Prostaglandinas
Citoproteção GI
Agregação plaquetária
Função renal
COX-2
Prostaglandinas
Inflamação
Dor
Febre
COX-2
Inibição específica
fisiológico estímulos inflamatórios
Ácido Araquidônico
COX-1
Prostaglandinas
COX-2
Prostaglandinas
COX-2
Inibição específica
fisiológico estímulos inflamatórios
- A inflamação produz sensibilização do receptores da dor;
- A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no
hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a
temperatura corpórea é mantida;
Mecanismo de Ação dos AINE
Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a
lipoxigenase nem outros mediadores da
inflamação.
INFLAMAÇÃO
Mecanismo de ação dos AINEs
Fosfolipase A2
Ác. Aracdônico
Cicloxigenase (COX)
Lipoxigenase
Leucotrienos Prostaglandinas Prostaciclinas
Tromboxanos
Quimiotaxia Dor, Vasodilatação,
Febre
Dor,
Vasodilatação
Agregação Plaquetária
Vane, 1971
- A inflamação produz sensibilização do receptores da dor;
- A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no
hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a
temperatura corpórea é mantida;
Mecanismo de Ação dos AINE
Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a
lipoxigenase nem outros mediadores da
inflamação.
INFLAMAÇÃO
Farmacologia dos AINES
ANTINFLAMATÓRIA
- Reduz a síntese dos mediadores da inflamação
- Inibe a aderência dos granulócitos
- Estabiliza lisossomas
- Inibe a migração de leucócitos polimorfonu-
cleares e macrófagos para os sítios onde há
inflamação.
ANTIPIRÉTICA
EFEITO ANTIPIRÉTICO:
 Reduz a temperatura corporal elevada
 Bloqueia a produção de prostaglandinas
induzida pelos pirogênios
 Bloqueia a resposta no SNC à interleucina-1
Inibição da ação sensibilizante
das PG
Inibição da síntese do tromboxano.
Inibem a agregação plaquetária e
prolongam o tempo de sangramento
ANALGÉSICO
ANTIPLAQUETÁRIO
Ácido Araquidônico
COX-1
Prostaglandinas
Citoproteção GI
Agregação plaquetária
Função renal
COX-2
Prostaglandinas
Inflamação
Dor
Febre
COX-2
Inibição específica
fisiológico estímulos inflamatórios
Ulceração e intolerância gastrointestinais
- sangramento e anemia
Bloqueio da agregação plaquetária
- pela inibição da síntese de Tx
Inibição da motilidade uterina
- pela inibição da síntese de PG
Reações de Hipersensibilidade
EFEITOS COLATERAIS
Características Gerais dos AINEs
• São as drogas mais amplamente utilizadas na terapêutica;
• Incluem uma diversidade e agentes que pertencem a diferentes classes
Grupo Nome genérico Especialidade farm.
Salicilatos Ácido acetilsalicílico Aspirina®, AAS®
Fenamatos
Derivados do
ác. fenilacético
Ácido mefenâmico Ponstan®
Diclofenaco Voltaren®, Cataflan®
Aceclofenaco Proflam®
Derivados do
ác. Propiônico
Ibuprofeno Motrin®
Naproxeno Naprosyn®
Nimesulidas Nimesulida Nisulid®, Scaflam®
Oxicanas
Piroxicam Feldene®, Inflamene®
Meloxicam Movatec®
Coxibs
Celecoxib Celebra®
Rofecoxib Vioxx®
Etoricoxib Arcoxia®
Valdecoxib Bextra®
DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO
 SALICILATO DE METILA (Calminex H) –
uso externo
 AAS – ASPIRINA
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
• Aumenta ventilação alveolar (doses terapêuticas);
• Diminui a agregação plaquetária;
DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO
 SALICILATO DE METILA (Calminex H) –
uso externo
 AAS – ASPIRINA
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
INTOXICAÇÃO
- Salicilismo;
- Síndrome de Reye em crianças;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Pacientes hemofílicos;
- Hipersensíveis;
PIRAZOLÔNICOS
 Butazona (Butacid)
 Dipirona (Novalgina, Anador)
USOS CLÍNICOS:
• Potente Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
INTOXICAÇÃO
- Agranulocitose;
- Anemia aplástica;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Pacientes imunocomprometidos;
- Hipersensíveis;
PIRAZOLÔNICOS
 Butazona (Butacid)
 Dipirona (Novalgina, Anador)
FENAMATOS DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO
 Ácido mefenâmico (Ponstan)
 Diclofenaco (Voltaren, Cataflan)
 Aceclofenaco (Proflam)
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
- náuseas, vômitos, anorexia;
INTOXICAÇÃO
- Pancreatite aguda, hepatite, icterícia;
- Anemia aplástica;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Hipersensíveis;
FENAMATOS DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO
 Ácido mefenâmico (Ponstan)
 Diclofenaco (Voltaren, Cataflan)
 Aceclofenaco (Proflam)
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO
 Ibuprofeno (Ibupril)
 Cetoprofeno (Profenid)
 Naproxeno (Naprosyn)
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
INTOXICAÇÃO
- Pancreatite aguda, hepatite, icterícia;
- Anemia aplástica;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Hipersensíveis;
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO
 Ibuprofeno (Ibupril)
 Cetoprofeno (Profenid)
 Naproxeno (Naprosyn)
NIMESULIDAS
 Nimesulida (Nisulid)
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
INTOXICAÇÃO
- Pancreatite aguda, hepatite, icterícia;
- Nefropatia;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Hipersensíveis;
 Nimesulida (Nisulid)
NIMESULIDAS
OXICANAS
 Piroxicam (Feldene)
 Meloxicam (Movatec)
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
Obs.: São também utilizados no tratamento de
lesões musculoesqueléticas, dismenorreia, e dor do
pós-operatório.
EFEITOS COLATERAIS
- Desconforto epigástrico;
- náuseas, vômitos, anorexia;
INTOXICAÇÃO
- Pancreatite aguda, hepatite, icterícia;
- Úlcera estomacal;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Hipersensíveis;
OXICANAS
 Piroxicam (Feldene)
 Meloxicam (Movatec)
COXIBS
 Celecoxib (Celebra)
 Rofecoxib (Vioxx)
 Etoricoxib (Arcoxia)
USOS CLÍNICOS:
• Anti-inflamatório;
• Antipirético;
• Analgésico;
Estes fármacos têm a ação específica
sobre a enzima cicloxigenase-2 (COX-2)
EFEITOS COLATERAIS
- náuseas, vômitos, diarreia;
INTOXICAÇÃO
- Pancreatite aguda, hepatite, icterícia;
- Nefropatia;
CONTRA-INDICAÇÃO
- Hipersensíveis;
COXIBS
 Celecoxib (Celebra)
 Rofecoxib (Vioxx)
 Etoricoxib (Arcoxia)
COXIBS
 Celecoxib (Celebra)
 Rofecoxib (Vioxx)
 Etoricoxib (Arcoxia)
As limitações referem-se à elevação do risco de
eventos adversos cardiovasculares, especialmente
o aumento da incidência de infarto agudo do
miocárdio, embolia pulmonar e acidente vascular
cerebral. Esses fatos levaram à retirada do mercado
o rofecoxib (Vioxx, em 2004), o valdecoxib, em sua
apresentação oral (Bextra, em 2005) e por último o
lumiracoxib (Prexige, em julho de 2008).
Anti-inflamatórios
não-esteroidais
(AINEs)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a AINES

Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisMauro Cunha Xavier Pinto
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Safia Naser
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Mauro Cunha Xavier Pinto
 
Palestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em VeterináriaPalestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em VeterináriaLeonora Mello
 
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdf
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdfFARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdf
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdfnilsonmarques9
 
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacut
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacutEfeitos colaterais-de-antiinflamatoacut
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacutargeropulos1
 
Fármacos antiinflamatórios
Fármacos antiinflamatóriosFármacos antiinflamatórios
Fármacos antiinflamatóriosStheffany Araújo
 
Farmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfFarmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfProfYasminBlanco
 
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptx
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptxaula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptx
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptxPedroNabarrete
 
Antiinflamatórios AINES.pdf
Antiinflamatórios AINES.pdfAntiinflamatórios AINES.pdf
Antiinflamatórios AINES.pdfViviane Porto
 

Semelhante a AINES (20)

Antiinflamatórios veterinária
Antiinflamatórios veterinária Antiinflamatórios veterinária
Antiinflamatórios veterinária
 
Aines
AinesAines
Aines
 
Aines
AinesAines
Aines
 
5. AINES.pdf
5. AINES.pdf5. AINES.pdf
5. AINES.pdf
 
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
 
Antiinflamatorios
AntiinflamatoriosAntiinflamatorios
Antiinflamatorios
 
Aines
AinesAines
Aines
 
Aines
AinesAines
Aines
 
Resposta Orgânica ao Trauma
Resposta Orgânica ao TraumaResposta Orgânica ao Trauma
Resposta Orgânica ao Trauma
 
aines.ppt
aines.pptaines.ppt
aines.ppt
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
 
Palestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em VeterináriaPalestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em Veterinária
 
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdf
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdfFARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdf
FARMACOLOGIA DA DOR E INFLAMACAO PT2.pdf
 
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacut
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacutEfeitos colaterais-de-antiinflamatoacut
Efeitos colaterais-de-antiinflamatoacut
 
Fármacos antiinflamatórios
Fármacos antiinflamatóriosFármacos antiinflamatórios
Fármacos antiinflamatórios
 
Aines terminar
Aines terminarAines terminar
Aines terminar
 
Farmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdfFarmacologia_adrenergica.pdf
Farmacologia_adrenergica.pdf
 
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptx
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptxaula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptx
aula 4 - Dispensação e prescrição de medicamentos.pptx
 
Antiinflamatórios AINES.pdf
Antiinflamatórios AINES.pdfAntiinflamatórios AINES.pdf
Antiinflamatórios AINES.pdf
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 

Último (6)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 

AINES

  • 1. Eicosanóides são mediadores inflamatórios (que modulam a resposta inflamatória) de origem lipídica, sintetizados a partir dos ácidos graxos ômega-6, como o ácido araquidônico (AA), ou dos ácidos graxos ômega-3, como os ácidos eicosapentanóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA).
  • 4. INFLAMAÇÃO “Capacidade do organismo de desencadear uma resposta inflamatória é fundamental à sobrevivência, em vista dos patógenos e lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a resposta inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício aparente” (GOODMAN, 1996)
  • 5. 1. Representa uma reação do tecido vivo vascularizado a uma agressão local de origem:  Externa infecciosos, térmicos, mecânicos, químicos, radiações;  Interna doenças autoimunes (artrite reumatoide), doenças do colágeno (lúpus eritematoso sistêmico); 2. Objetivo: limitar ou eliminar a disseminação do dano e reconstruir os tecidos afetados (cicatrização completa). INFLAMAÇÃO
  • 6.
  • 7. A INFLAMAÇÃO É MULTIFATORIAL
  • 8. calor rubor edema dor Perda da função INFLAMAÇÃO
  • 9. - Desencadeado por vários estímulos (agentes infecciosos, isquemia, interações Ag-Ac, lesão térmica, agentes físicos); • Fase Transitória Aguda: caracterizada por vasodilatação localizada e  da permeabilidade vascular; • Fase Subaguda ou Tardia: marcada por infiltração de leucócitos e células fagocitárias; • Fase Proliferativa Crônica: degeneração tecidual e fibrose; - Nível macroscópico: 4 sinais Eritema, Edema, Hiperalgia, Dor (Rubor, Tumor, Calor e Dor) PROCESSO INFLAMATÓRIO
  • 11. Mediadores químicos nos processos inflamatórios: 1) Aminas (Histaminas); 2) Lipídios (Prostaglandinas); 3) Peptídeos (Bradicinina); INFLAMAÇÃO
  • 13.
  • 14. Prostaglandinas: Mediadores produzidos em quase todos os tecidos do corpo em quantidades muito pequenas. Agem localmente nos tecidos com metabolização rápida. Não circulam no sangue em concentrações significativas. Regulam o processo inflamatório, a temperatura corporal, a analgesia, a agregação plaquetária e inúmeros outros processos. Ativam o sistema imunológico iniciando o processo de defesa (inflamação). INFLAMAÇÃO
  • 15. Ácido Araquidônico COX-1 Prostaglandinas Citoproteção GI Agregação plaquetária Função renal COX-2 Prostaglandinas Inflamação Dor Febre COX-2 Inibição específica fisiológico estímulos inflamatórios
  • 17. - A inflamação produz sensibilização do receptores da dor; - A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a temperatura corpórea é mantida; Mecanismo de Ação dos AINE Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a lipoxigenase nem outros mediadores da inflamação. INFLAMAÇÃO
  • 18. Mecanismo de ação dos AINEs Fosfolipase A2 Ác. Aracdônico Cicloxigenase (COX) Lipoxigenase Leucotrienos Prostaglandinas Prostaciclinas Tromboxanos Quimiotaxia Dor, Vasodilatação, Febre Dor, Vasodilatação Agregação Plaquetária Vane, 1971
  • 19. - A inflamação produz sensibilização do receptores da dor; - A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a temperatura corpórea é mantida; Mecanismo de Ação dos AINE Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a lipoxigenase nem outros mediadores da inflamação. INFLAMAÇÃO
  • 20. Farmacologia dos AINES ANTINFLAMATÓRIA - Reduz a síntese dos mediadores da inflamação - Inibe a aderência dos granulócitos - Estabiliza lisossomas - Inibe a migração de leucócitos polimorfonu- cleares e macrófagos para os sítios onde há inflamação. ANTIPIRÉTICA EFEITO ANTIPIRÉTICO:  Reduz a temperatura corporal elevada  Bloqueia a produção de prostaglandinas induzida pelos pirogênios  Bloqueia a resposta no SNC à interleucina-1 Inibição da ação sensibilizante das PG Inibição da síntese do tromboxano. Inibem a agregação plaquetária e prolongam o tempo de sangramento ANALGÉSICO ANTIPLAQUETÁRIO
  • 21. Ácido Araquidônico COX-1 Prostaglandinas Citoproteção GI Agregação plaquetária Função renal COX-2 Prostaglandinas Inflamação Dor Febre COX-2 Inibição específica fisiológico estímulos inflamatórios
  • 22. Ulceração e intolerância gastrointestinais - sangramento e anemia Bloqueio da agregação plaquetária - pela inibição da síntese de Tx Inibição da motilidade uterina - pela inibição da síntese de PG Reações de Hipersensibilidade EFEITOS COLATERAIS
  • 23. Características Gerais dos AINEs • São as drogas mais amplamente utilizadas na terapêutica; • Incluem uma diversidade e agentes que pertencem a diferentes classes Grupo Nome genérico Especialidade farm. Salicilatos Ácido acetilsalicílico Aspirina®, AAS® Fenamatos Derivados do ác. fenilacético Ácido mefenâmico Ponstan® Diclofenaco Voltaren®, Cataflan® Aceclofenaco Proflam® Derivados do ác. Propiônico Ibuprofeno Motrin® Naproxeno Naprosyn® Nimesulidas Nimesulida Nisulid®, Scaflam® Oxicanas Piroxicam Feldene®, Inflamene® Meloxicam Movatec® Coxibs Celecoxib Celebra® Rofecoxib Vioxx® Etoricoxib Arcoxia® Valdecoxib Bextra®
  • 24. DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO  SALICILATO DE METILA (Calminex H) – uso externo  AAS – ASPIRINA USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico; • Aumenta ventilação alveolar (doses terapêuticas); • Diminui a agregação plaquetária;
  • 25. DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO  SALICILATO DE METILA (Calminex H) – uso externo  AAS – ASPIRINA EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; INTOXICAÇÃO - Salicilismo; - Síndrome de Reye em crianças; CONTRA-INDICAÇÃO - Pacientes hemofílicos; - Hipersensíveis;
  • 26. PIRAZOLÔNICOS  Butazona (Butacid)  Dipirona (Novalgina, Anador) USOS CLÍNICOS: • Potente Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico;
  • 27. EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; INTOXICAÇÃO - Agranulocitose; - Anemia aplástica; CONTRA-INDICAÇÃO - Pacientes imunocomprometidos; - Hipersensíveis; PIRAZOLÔNICOS  Butazona (Butacid)  Dipirona (Novalgina, Anador)
  • 28. FENAMATOS DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO  Ácido mefenâmico (Ponstan)  Diclofenaco (Voltaren, Cataflan)  Aceclofenaco (Proflam) USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico;
  • 29. EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; - náuseas, vômitos, anorexia; INTOXICAÇÃO - Pancreatite aguda, hepatite, icterícia; - Anemia aplástica; CONTRA-INDICAÇÃO - Hipersensíveis; FENAMATOS DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO  Ácido mefenâmico (Ponstan)  Diclofenaco (Voltaren, Cataflan)  Aceclofenaco (Proflam)
  • 30. DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO  Ibuprofeno (Ibupril)  Cetoprofeno (Profenid)  Naproxeno (Naprosyn) USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico;
  • 31. EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; INTOXICAÇÃO - Pancreatite aguda, hepatite, icterícia; - Anemia aplástica; CONTRA-INDICAÇÃO - Hipersensíveis; DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO  Ibuprofeno (Ibupril)  Cetoprofeno (Profenid)  Naproxeno (Naprosyn)
  • 32. NIMESULIDAS  Nimesulida (Nisulid) USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico;
  • 33. EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; INTOXICAÇÃO - Pancreatite aguda, hepatite, icterícia; - Nefropatia; CONTRA-INDICAÇÃO - Hipersensíveis;  Nimesulida (Nisulid) NIMESULIDAS
  • 34. OXICANAS  Piroxicam (Feldene)  Meloxicam (Movatec) USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico; Obs.: São também utilizados no tratamento de lesões musculoesqueléticas, dismenorreia, e dor do pós-operatório.
  • 35. EFEITOS COLATERAIS - Desconforto epigástrico; - náuseas, vômitos, anorexia; INTOXICAÇÃO - Pancreatite aguda, hepatite, icterícia; - Úlcera estomacal; CONTRA-INDICAÇÃO - Hipersensíveis; OXICANAS  Piroxicam (Feldene)  Meloxicam (Movatec)
  • 36. COXIBS  Celecoxib (Celebra)  Rofecoxib (Vioxx)  Etoricoxib (Arcoxia) USOS CLÍNICOS: • Anti-inflamatório; • Antipirético; • Analgésico; Estes fármacos têm a ação específica sobre a enzima cicloxigenase-2 (COX-2)
  • 37. EFEITOS COLATERAIS - náuseas, vômitos, diarreia; INTOXICAÇÃO - Pancreatite aguda, hepatite, icterícia; - Nefropatia; CONTRA-INDICAÇÃO - Hipersensíveis; COXIBS  Celecoxib (Celebra)  Rofecoxib (Vioxx)  Etoricoxib (Arcoxia)
  • 38. COXIBS  Celecoxib (Celebra)  Rofecoxib (Vioxx)  Etoricoxib (Arcoxia) As limitações referem-se à elevação do risco de eventos adversos cardiovasculares, especialmente o aumento da incidência de infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral. Esses fatos levaram à retirada do mercado o rofecoxib (Vioxx, em 2004), o valdecoxib, em sua apresentação oral (Bextra, em 2005) e por último o lumiracoxib (Prexige, em julho de 2008).