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Anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs)
FTC – JEQUIÉ
Sinais marcantes
4
Mediadores
• Atividade analgésica, antipirética e anti-
inflamatória;
• Inibem enzimas da via cicloxigenase (COX-1 e
COX-2);
• Excelentes para tratar os efeitos indesejáveis
causados pela resposta inflamatória
– Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor
e a rigidez;
AINES
Classificação
AINES
Salicilatos
AAS e
salicilato de
sódio
Ácidos indol
Indometacina
Ácidos
Fenilacético
(Diclofenaco)
Ácidos
propiônicos
(Naproxeno
Cetoprofeno)
Ácidos
antranílicos
(Ácido
mefanâmico,
ácido
meclofenâmico
)
Ácidos
enólicos
(Piroxicam,
tenoxicam,
meloxicam)
Ácido
Naftilacético
Nabumetona
Furanona diaril-
substituído
(Refecoxib)
Pirazol diaril-
substituído
(Celecoxib)
Sulfonanilida
(Nimesulida)
Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação
clínica
Salicilato AAS V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético e
anti-inflamatório
Pirazolônicos Dipirona
Fenilbutazona
V.O.
I.V.
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
e anti-
inflamatório
Para-aminofenol Paracetamol V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
Ácidos Antranílico Ácido
mefenâmico
V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico
Ácido Indolacético Indometacina V.O.
V.R.
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
e anti-
inflamatório
Ácido Fenilacético Diclofenaco de
sódio
V.O.
I.M
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação
clínica
Ácido Propiônico Ibuprofeno
Naproxeno
Cetoprofeno
V.O.
V.O. e I.M.
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético e
anti-inflamatório
Ácido Enólico Piroxicam
Meloxican
Tenoxicam
V.O.
V.R.
I.V.
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
e anti-
inflamatório
Ácido Naftilacético Nabumetona
Proquazona
V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
e anti-
inflamatório
Ácido Carbâmico Flupirtina V.O. e V.R. COX-1 e COX-2 Analgésico
Ácido Pirrolacético Tolmetina
Cetorolaco
V.O.
I.M.
COX-1 e COX-2 Analgésico,
anti-pirético
e anti-
inflamatório
Inibidores seletivos COX-2
Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação clínica
Sulfonanilida Nimesulida V.O. COX-2 Analgésico, anti-
pirético e anti-
inflamatório
Furanônico
diarilsubstituído
Rofecoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti-
pirético
e anti-inflamatório
Pirazol
diarilsubstituído
Celocoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti-
pirético
e anti-inflamatório
Bipiridínico
diarilsubstituído
Etoricoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti-
pirético
e anti-inflamatório
19
• Efeito sobre as plaquetas
TXA2 aumenta a aglutinação das
plaquetas
Doses baixas de
AAS
Podem inibir irreversivelmente a
produção de tromboxano nas plaquetas
Diminuição de TXA2 e redução da aglutinação
plaquetária
Efeito antiplaquetário com aumento do tempo de
sangramento.
Anti-inflamatórios não esteroides
Ação sobre os rins.
• Impedem a síntese de PGE2 e PGl2 - responsáveis pela
manutenção do fluxo sanguíneo renal;
• Retenção de sódio e água, podendo causar edema e
hiperpotassemia em alguns pacientes;
• Pode ocorrer nefrite intersticial com a utilização de todos
os AINEs.
20
Anti-inflamatórios não esteroides
• Uso terapêutico
1. Anti-inflamatório, antipirético e analgésico;
a. Tratamento de gota, febre reumática, osteoartrite e
artrite reumatoide;
a. Tratamento de condições comuns que requerem
analgesia (cefaleia, artralgia e mialgia).
21
2. Aplicações externas.
• Tratamento de acne, calosidades, calos ósseos e
verrugas.
3. Aplicações cardiovasculares.
• Inibição da aglutinação plaquetária.
• Reduzem o risco de ataques isquêmicos e infarto do
miocárdio
22
Anti-inflamatórios não esteroides
Anti-inflamatórios não esteroides
Efeitos adversos
• Gastrintestinais: irritação epigástrica, náuseas e
êmese.
• Sangue
• Respiração: depressão respiratória
• Processos metabólicos: hipertermia
• Hipersensibilidade: urticária, broncoconstrição e
angioedema.
23
24
25
Anti-inflamatórios não esteroides
• PARACETAMOL (ACETAMINOFENO)
26
Inibe a síntese das prostaglandinas no
SNC
Propriedades antipiréticas e analgésicas e fraca atividade
anti-inflamatória
.
O paracetamol não afeta a função plaquetária
ou aumenta o tempo de coagulação.
PARACETAMOL
Biotransformação do paracetamol.
Efeitos adversos
•Em dosagens terapêuticas
normais, o paracetamol é
praticamente livre de qualquer
efeito adverso significativo.
•Necrose hepática e necrose
tubular renal.
Anti-inflamatórios
esteroides
Glicocorticoides
Mineralocorticoídes
• Principal mineralocorticoide
endógeno: Aldesterona;
• Função: controle do volume
de água e da concentração
de eletrólitos do organismo,
Corticosteróide
• Conceito: São hormônios produzidos a partir do
colesterol e secretados pela glândula adrenal.
Tipos de corticosteróide:
1. Glicorticóides  Representado pela hidrocortisona
2. Mineralocorticóides  Representado pela aldosterona
3. Androgênios
Conceito e classificação
Efeitos fisiológicos
EFEITOS FISIOLÓGICOS
-ação sobre metabolismo de carboidratos,proteínas e lipídios
-manutenção dos níveis adequados de glicose.
-regulação no estado de jejum e pós-prandial.
-estimulação da gliconeogênese
Efeitos fisiológicos
Classificação dos Glicocorticóides
Duração
Potência
Equivalente
(mg)
Potência Anti-
inflamatória
(mg)
Atividade
mineralocorticóide
CURTA (< 12 horas)
Hidrocortisona 20 1 ++
Cortisona 25 0,8 ++
INTERMEDIÁRIA (12-36
horas)
Prednisona 5 3,5 +
Prednisolona 5 4 +
Metilprednisolona 4 5 _
Triancinolona 4 5 _
LONGA (> 48 horas)
Betametasona 0,60 25 _
Dexametasona 0,75 30 _
Parametasona 2 10 _
Cortivazol 0,435 50 _
Fonte: SILVA,Penildo.Farmacologia, 8° ed.,pg.824. Rio de Janeiro:Guanabara,2010.
Absorção:
• São bem absorvidos por via oral na forma de acetato.
• Por via parenteral alcançam rapidamente altos níveis
plasmáticos na forma de succinato, hemissuccinato ou
fosfato.
• Utilizado por via inalatório para o tratamento da asma
(beclometasona).
Farmacocinética
Biodisponibilidade
• Cerca de 90% liga-se a alfa-globulina.
Distribuição
• São compostos lipofílicos e se distribuem
livremente no espaço extra e intracelular
Farmacocinética
Biotrasformação
• Sofrem biotransformações hepática.
• Os corticosteróides sintéticos são metabolizados
mais lentamente que a Hidrocortisona.
Farmacocinética
ELIMINAÇÃO:
renal
Excreção ou eliminação
• Efeito farmacológico
– hiperglicemia
– catabolismo muscular e
ósseo
– imunossupressão e anti-
inflamação
– retenção hídrica com
hipocalemia
– alt. do met. lipídico
– efeitos sobre SNC
– supressão adrenal
Efeito farmacológico
 O metabolismo pode ser acelerado por drogas como a
carbamazepina , rifampicina e fenobarbital .
 São inibidos pela ação da progesterona, do cetoconazol
e produção aumentada por ação da insulina.
Interações
• Efeito adverso crônico
– diabetes
– miopatia proximal e osteoporose
– maior susceptibilidade a
infecções
– retenção hídrica, fraqueza,
hipertensão
– redistribuição da gordura
corporal
– psicose e depressão
– insuficiência adrenal
Efeito adverso crônico
• Sistema cardiovascular
– hipertensão arterial
– insufciência cardíaca congestiva
– fragilidade capilar
– tromboembolismo
Complicações
• Endócrino / metabólico
– supressão do crescimento em crianças
– diabetes
– balanço negativo de nitrogênio, cálcio e potássio
– retenção de sódio
Complicações
• Pele
– acne, atrofia e estrias cutâneas
– cicatrização lenta
• Olhos
– glaucoma, catarata subcapsular (crianças)
Complicações
• Sistema músculo esquelético
– miopatia proximal
– osteoporose
• Sistema imunológico
– susceptibilidade a infecções
(tuberculose, varicela)
Complicações
• Sistema nervoso central
– alteração do comportamento
– convulsões
• Sistema digestivo
– úlcera péptica
– pancreatite
Complicações
• Insuficiência adrenal aguda
– hipocalemia, hipotensão arterial severa;
• Síndrome de abstinência
– anorexia, vômitos, letargia, cefaléia, febre, hipotensão
arterial;
Retirada abrupta
• Efeitos adversos:
– rouquidão, disfonia, candidíase oral;
• Complicações
– crescimento (curto prazo - 0,4mg)
– catarata (3,2mg beclometasona - Toogood et al., 1993)
– osteoporose ( alterações bioquímicas sem relevância
clínica)
Corticóides inalatórios
• Estratégias para o uso terapêutico
– avaliar fatores predisponentes (diabetes, HAS,
osteoporose, infecções crônicas);
– dose mínima eficaz pelo menor tempo, considerar
potência e interações medicamentosas;
– doses em dias alternados - cronoterapia
– utilizar preparados de uso local
– RISCO x BENEFÍCIO
Reduzindo efeitos adversos
Linhas de uso dos
corticosteróides
Endocrinologia
Doenças alérgicas
pneumologia
nefrologia
Tratamento das doenças da supra-renal;
hipoprodução; doses abaixo das terapêuticas.
Manifestações alérgicas dermatológicas – condições
mais graves (adrenalina) e condições mais leves (anti-
histamínicos); alternativa de segunda linha
Síndrome nefrótica idiopática com lesão mínima,
envolvimento real em algumas doenças imunológicas
sistêmicas, controle de rejeição dos transplantes renais
Crises da asma brônquicas (broncodilatadores
inalatórios); alternativa de segunda linha.
Linhas de uso dos
corticosteróides
Doenças do aparelho
digestório
Doenças
infeciosas
Choque
Indicado para o tratamento de colite ulcerativa
(AINES e sulfassalazina) e que apresentem
quadros mais graves.
Indicados em muitas doenças de origem bacteriana e
viral. Associados aos anibióticos ou quimioterápicos
adequados.
insuficiência adrenocortical
Linhas de uso dos
corticosteróides
Uso tópico
Anti-inflamatório Anti-mitótico
Grau I – muito potentes
Grau II – potentes
Grau III – moderadamente
Grau IV - Fracos
Dermatite de contato, eczema atópíco em crianças,
eczema seborréico, prurido anal vulvar, psoríse,
lupus eritrematoso etc.
1) KATZUNG, B.G; Farmacologia Básica e Clínica. 9 ed. São Paulo:
Editora Guanabara S.A, 2003.
2) RANG, H.P et al., Farmacologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
3) GILMAN, AG. Goodman & Gilman - As Bases Farmacológicas da
Terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
4) SILVA, Penildon. Farmacologia, 8° edição. Rio de Janeiro:
Guanabara,2010
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  • 11.
  • 12.
  • 13. • Atividade analgésica, antipirética e anti- inflamatória; • Inibem enzimas da via cicloxigenase (COX-1 e COX-2); • Excelentes para tratar os efeitos indesejáveis causados pela resposta inflamatória – Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor e a rigidez; AINES
  • 14. Classificação AINES Salicilatos AAS e salicilato de sódio Ácidos indol Indometacina Ácidos Fenilacético (Diclofenaco) Ácidos propiônicos (Naproxeno Cetoprofeno) Ácidos antranílicos (Ácido mefanâmico, ácido meclofenâmico ) Ácidos enólicos (Piroxicam, tenoxicam, meloxicam) Ácido Naftilacético Nabumetona Furanona diaril- substituído (Refecoxib) Pirazol diaril- substituído (Celecoxib) Sulfonanilida (Nimesulida)
  • 15.
  • 16. Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação clínica Salicilato AAS V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório Pirazolônicos Dipirona Fenilbutazona V.O. I.V. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti- inflamatório Para-aminofenol Paracetamol V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético Ácidos Antranílico Ácido mefenâmico V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico Ácido Indolacético Indometacina V.O. V.R. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti- inflamatório Ácido Fenilacético Diclofenaco de sódio V.O. I.M COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético
  • 17. Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação clínica Ácido Propiônico Ibuprofeno Naproxeno Cetoprofeno V.O. V.O. e I.M. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório Ácido Enólico Piroxicam Meloxican Tenoxicam V.O. V.R. I.V. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti- inflamatório Ácido Naftilacético Nabumetona Proquazona V.O. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti- inflamatório Ácido Carbâmico Flupirtina V.O. e V.R. COX-1 e COX-2 Analgésico Ácido Pirrolacético Tolmetina Cetorolaco V.O. I.M. COX-1 e COX-2 Analgésico, anti-pirético e anti- inflamatório
  • 18. Inibidores seletivos COX-2 Classificação Exemplo Vias Mecanismos Indicação clínica Sulfonanilida Nimesulida V.O. COX-2 Analgésico, anti- pirético e anti- inflamatório Furanônico diarilsubstituído Rofecoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti- pirético e anti-inflamatório Pirazol diarilsubstituído Celocoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti- pirético e anti-inflamatório Bipiridínico diarilsubstituído Etoricoxib V.O. COX-2 Analgésico, anti- pirético e anti-inflamatório
  • 19. 19 • Efeito sobre as plaquetas TXA2 aumenta a aglutinação das plaquetas Doses baixas de AAS Podem inibir irreversivelmente a produção de tromboxano nas plaquetas Diminuição de TXA2 e redução da aglutinação plaquetária Efeito antiplaquetário com aumento do tempo de sangramento.
  • 20. Anti-inflamatórios não esteroides Ação sobre os rins. • Impedem a síntese de PGE2 e PGl2 - responsáveis pela manutenção do fluxo sanguíneo renal; • Retenção de sódio e água, podendo causar edema e hiperpotassemia em alguns pacientes; • Pode ocorrer nefrite intersticial com a utilização de todos os AINEs. 20
  • 21. Anti-inflamatórios não esteroides • Uso terapêutico 1. Anti-inflamatório, antipirético e analgésico; a. Tratamento de gota, febre reumática, osteoartrite e artrite reumatoide; a. Tratamento de condições comuns que requerem analgesia (cefaleia, artralgia e mialgia). 21
  • 22. 2. Aplicações externas. • Tratamento de acne, calosidades, calos ósseos e verrugas. 3. Aplicações cardiovasculares. • Inibição da aglutinação plaquetária. • Reduzem o risco de ataques isquêmicos e infarto do miocárdio 22 Anti-inflamatórios não esteroides
  • 23. Anti-inflamatórios não esteroides Efeitos adversos • Gastrintestinais: irritação epigástrica, náuseas e êmese. • Sangue • Respiração: depressão respiratória • Processos metabólicos: hipertermia • Hipersensibilidade: urticária, broncoconstrição e angioedema. 23
  • 24. 24
  • 26. • PARACETAMOL (ACETAMINOFENO) 26 Inibe a síntese das prostaglandinas no SNC Propriedades antipiréticas e analgésicas e fraca atividade anti-inflamatória . O paracetamol não afeta a função plaquetária ou aumenta o tempo de coagulação. PARACETAMOL
  • 27. Biotransformação do paracetamol. Efeitos adversos •Em dosagens terapêuticas normais, o paracetamol é praticamente livre de qualquer efeito adverso significativo. •Necrose hepática e necrose tubular renal.
  • 29.
  • 30.
  • 32. Mineralocorticoídes • Principal mineralocorticoide endógeno: Aldesterona; • Função: controle do volume de água e da concentração de eletrólitos do organismo,
  • 33. Corticosteróide • Conceito: São hormônios produzidos a partir do colesterol e secretados pela glândula adrenal. Tipos de corticosteróide: 1. Glicorticóides  Representado pela hidrocortisona 2. Mineralocorticóides  Representado pela aldosterona 3. Androgênios Conceito e classificação
  • 34.
  • 35. Efeitos fisiológicos EFEITOS FISIOLÓGICOS -ação sobre metabolismo de carboidratos,proteínas e lipídios -manutenção dos níveis adequados de glicose. -regulação no estado de jejum e pós-prandial. -estimulação da gliconeogênese
  • 37. Classificação dos Glicocorticóides Duração Potência Equivalente (mg) Potência Anti- inflamatória (mg) Atividade mineralocorticóide CURTA (< 12 horas) Hidrocortisona 20 1 ++ Cortisona 25 0,8 ++ INTERMEDIÁRIA (12-36 horas) Prednisona 5 3,5 + Prednisolona 5 4 + Metilprednisolona 4 5 _ Triancinolona 4 5 _ LONGA (> 48 horas) Betametasona 0,60 25 _ Dexametasona 0,75 30 _ Parametasona 2 10 _ Cortivazol 0,435 50 _ Fonte: SILVA,Penildo.Farmacologia, 8° ed.,pg.824. Rio de Janeiro:Guanabara,2010.
  • 38.
  • 39. Absorção: • São bem absorvidos por via oral na forma de acetato. • Por via parenteral alcançam rapidamente altos níveis plasmáticos na forma de succinato, hemissuccinato ou fosfato. • Utilizado por via inalatório para o tratamento da asma (beclometasona). Farmacocinética
  • 40. Biodisponibilidade • Cerca de 90% liga-se a alfa-globulina. Distribuição • São compostos lipofílicos e se distribuem livremente no espaço extra e intracelular Farmacocinética
  • 41. Biotrasformação • Sofrem biotransformações hepática. • Os corticosteróides sintéticos são metabolizados mais lentamente que a Hidrocortisona. Farmacocinética
  • 43. • Efeito farmacológico – hiperglicemia – catabolismo muscular e ósseo – imunossupressão e anti- inflamação – retenção hídrica com hipocalemia – alt. do met. lipídico – efeitos sobre SNC – supressão adrenal Efeito farmacológico
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.  O metabolismo pode ser acelerado por drogas como a carbamazepina , rifampicina e fenobarbital .  São inibidos pela ação da progesterona, do cetoconazol e produção aumentada por ação da insulina. Interações
  • 51. • Efeito adverso crônico – diabetes – miopatia proximal e osteoporose – maior susceptibilidade a infecções – retenção hídrica, fraqueza, hipertensão – redistribuição da gordura corporal – psicose e depressão – insuficiência adrenal Efeito adverso crônico
  • 52. • Sistema cardiovascular – hipertensão arterial – insufciência cardíaca congestiva – fragilidade capilar – tromboembolismo Complicações
  • 53. • Endócrino / metabólico – supressão do crescimento em crianças – diabetes – balanço negativo de nitrogênio, cálcio e potássio – retenção de sódio Complicações
  • 54. • Pele – acne, atrofia e estrias cutâneas – cicatrização lenta • Olhos – glaucoma, catarata subcapsular (crianças) Complicações
  • 55. • Sistema músculo esquelético – miopatia proximal – osteoporose • Sistema imunológico – susceptibilidade a infecções (tuberculose, varicela) Complicações
  • 56. • Sistema nervoso central – alteração do comportamento – convulsões • Sistema digestivo – úlcera péptica – pancreatite Complicações
  • 57. • Insuficiência adrenal aguda – hipocalemia, hipotensão arterial severa; • Síndrome de abstinência – anorexia, vômitos, letargia, cefaléia, febre, hipotensão arterial; Retirada abrupta
  • 58. • Efeitos adversos: – rouquidão, disfonia, candidíase oral; • Complicações – crescimento (curto prazo - 0,4mg) – catarata (3,2mg beclometasona - Toogood et al., 1993) – osteoporose ( alterações bioquímicas sem relevância clínica) Corticóides inalatórios
  • 59. • Estratégias para o uso terapêutico – avaliar fatores predisponentes (diabetes, HAS, osteoporose, infecções crônicas); – dose mínima eficaz pelo menor tempo, considerar potência e interações medicamentosas; – doses em dias alternados - cronoterapia – utilizar preparados de uso local – RISCO x BENEFÍCIO Reduzindo efeitos adversos
  • 60. Linhas de uso dos corticosteróides Endocrinologia Doenças alérgicas pneumologia nefrologia Tratamento das doenças da supra-renal; hipoprodução; doses abaixo das terapêuticas. Manifestações alérgicas dermatológicas – condições mais graves (adrenalina) e condições mais leves (anti- histamínicos); alternativa de segunda linha Síndrome nefrótica idiopática com lesão mínima, envolvimento real em algumas doenças imunológicas sistêmicas, controle de rejeição dos transplantes renais Crises da asma brônquicas (broncodilatadores inalatórios); alternativa de segunda linha.
  • 61. Linhas de uso dos corticosteróides Doenças do aparelho digestório Doenças infeciosas Choque Indicado para o tratamento de colite ulcerativa (AINES e sulfassalazina) e que apresentem quadros mais graves. Indicados em muitas doenças de origem bacteriana e viral. Associados aos anibióticos ou quimioterápicos adequados. insuficiência adrenocortical
  • 62. Linhas de uso dos corticosteróides Uso tópico Anti-inflamatório Anti-mitótico Grau I – muito potentes Grau II – potentes Grau III – moderadamente Grau IV - Fracos Dermatite de contato, eczema atópíco em crianças, eczema seborréico, prurido anal vulvar, psoríse, lupus eritrematoso etc.
  • 63.
  • 64.
  • 65. 1) KATZUNG, B.G; Farmacologia Básica e Clínica. 9 ed. São Paulo: Editora Guanabara S.A, 2003. 2) RANG, H.P et al., Farmacologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 3) GILMAN, AG. Goodman & Gilman - As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 4) SILVA, Penildon. Farmacologia, 8° edição. Rio de Janeiro: Guanabara,2010 Referências

Notas do Editor

  1. Diagnóstico mais provável: Artrite monoarticular aguda, possivelmente cristalina ou infecciosa, provavelmente gota, por causa da história (Ver Considerações). • Próximo passo: Punção da articulação do joelho e envio do líquido sinovial para citologia, cultura e pesquisa de cristais. • Melhor tratamento inicial: Se a análise do líquido sinovial comprovar infecção, há necessidade de drenagem do líquido infectado por aspiração e de administração de antibióticos. Se for sugestiva de artrite induzida por cristal, ele pode ser tratado com colchicina, AINE ou corticosteroides.